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autocad

civi l
projeto viário

1ª edição
RESUMO

RESUMO ..................................................................................................................................................................................... 1

TABELA DE FIGURAS............................................................................................................................................................ 3

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................................................... 5

ENTENDENDO O SOFTWARE ......................................................................................................................................... 7

O RIBBON ............................................................................................................................................................................. 7

O TOOLSPACE................................................................................................................................................................... 9

O TEMPLATE E O COUNTRY KIT ...........................................................................................................................10

TOPOGRAFIA .........................................................................................................................................................................10

A SUPERFÍCIE.................................................................................................................................................................... 15

TRAÇADO HORIZONTAL ................................................................................................................................................. 18

PERFIL LONGITUDINAL .................................................................................................................................................... 19

O GREIDE ............................................................................................................................................................................ 21

BANDS ..................................................................................................................................................................................23

SEÇÃO-TIPO ..........................................................................................................................................................................24

CORREDOR .............................................................................................................................................................................26

INSERINDO AS REPRESENTAÇÕES DE TALUDE ............................................................................................27

VOLUME ...................................................................................................................................................................................27

CRIANDO A SUPERFÍCIE DO CORREDOR .........................................................................................................27

VOLUME DE COMPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES ................................................................................................28

VOLUME POR ESTACA ................................................................................................................................................30

SEÇÃO TRANSVERSAL .....................................................................................................................................................30

SAMPLE LINES ..................................................................................................................................................................30

GERANDO AS SEÇÕES TRANSVERSAIS ............................................................................................................. 31

COMPUTANDO MATERIAIS .......................................................................................................................................33

RELATÓRIOS ..........................................................................................................................................................................34

VOLUME POR ESTACA ................................................................................................................................................34

NOTAS DE SERVIÇO .....................................................................................................................................................34

DATA SHORTCUTS E TRABALHOS COLABORATIVOS ..................................................................................35

1
DRENAGEM ............................................................................................................................................................................. 36

PERFIL LONGITUDINAL DA REDE ........................................................................................................................... 37

TERRAPLENAGEM ................................................................................................................................................................ 38

ARTICULAÇÕES DE FOLHAS ........................................................................................................................................ 41

DICIONÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS ....................................................................................................................... 44

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Ribbon na versão 2016 ............................................................................................................................. 7


Figura 2 - Toolspace .......................................................................................................................................................... 9
Figura 3 – Cogo Point .....................................................................................................................................................10
Figura 4 - Arquivo de dados do levantamento topográfico ..................................................................... 11
Figura 5 – Arquivo de pontos no bloco de notas ........................................................................................... 12
Figura 6 - Ferramenta Create Points ...................................................................................................................... 13
Figura 7 - Import Points ................................................................................................................................................. 13
Figura 8 - Menu Paste ..................................................................................................................................................... 14
Figura 9 - Propriedades de grupo de pontos.................................................................................................... 14
Figura 10 - Superfície TIN ............................................................................................................................................. 15
Figura 11 - Exemplo de malha regular .................................................................................................................. 16
Figura 12 - Janela de criação de superfície ...................................................................................................... 16
Figura 13 - Inserção de dados na superfície .................................................................................................... 17
Figura 14 - Ferramenta para adicionar cotas nas curvas de nível ....................................................... 17
Figura 15 - Ferramenta de criação de alinhamento ..................................................................................... 18
Figura 16 - Ferramenta de desenho do alinhamento .................................................................................. 18
Figura 17 - Janela Panorama mostrando os dados do alinhamento ................................................. 19
Figura 18 - Processo de adicionar superfícies ao perfil longitudinal .................................................20
Figura 19 - Etapas de configuração do perfil longitudinal .......................................................................20
Figura 20 - Ferramenta de criação do greide .................................................................................................. 21
Figura 21 - Barra de ferramentas para desenho do greide ......................................................................22
Figura 22 - Botão de criação de curvas verticais ..........................................................................................22
Figura 23 - Janela panorama mostrando os dados do greide lançado. ..........................................23
Figura 24 - Exemplo de "band" em um perfil longitudinal .........................................................................23
Figura 25 - Configuração das "bands" no perfil longitudinal ..................................................................24
Figura 26 - Alteração do "Profile 2" na "band" ................................................................................................24
Figura 27 - Criação da seção-tipo ..........................................................................................................................24
Figura 28 - Ícone de abertura do "Tool Palettes" ...........................................................................................25
Figura 29 – “Subassemblies” utilizados na configuração da seção tipo ..........................................25
Figura 30 - Parâmetros do subassembly "Daylight" ......................................................................................25
Figura 31 - Modelo tridimensional do corredor ..............................................................................................26
Figura 32 - Configurações de frequência do corredor ...............................................................................26
Figura 33 - Tela para criação do corredor .........................................................................................................26
Figura 34 - Propriedades do "Slope Patterns" ..................................................................................................27
Figura 35 - Processo de criação da superfície do corredor ....................................................................28
Figura 36 - Definição do "boundary" .....................................................................................................................28
Figura 37 - Criação da superfície de volume ....................................................................................................29
Figura 38 - Panorama mostrando o processo de volume por comparação de superfícies ..29
Figura 39 - Análise da superfície de volume pelas elevações ................................................................29

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Figura 40 - Seleção dos dados para a "Sample Line" ................................................................................. 30
Figura 41 - Menu "Sample Line creation methods" ....................................................................................... 31
Figura 42 - Parâmetro de criação das "Sample Lines" ............................................................................... 31
Figura 43 - Barra de ferramentas para criação das linhas de amostra (Sample Lines) ......... 31
Figura 44 - Janela de configuração das seções transversais ................................................................ 31
Figura 45 - "Section Placement" na criação de seções múltiplas ........................................................ 32
Figura 46 - Computar materiais inserindo as duas superfícies de referência .............................. 33
Figura 47 - Relatório de Volume ............................................................................................................................... 34
Figura 48 - Relatório de Nota de Serviço ........................................................................................................... 35
Figura 49 - Compartilhamento dos dados via "data shortcut" .............................................................. 36
Figura 50 - Gerenciamento de "data shortcut" no "Toolspace/Prospector" ................................. 37
Figura 51 - Criando a rede de tubulações .......................................................................................................... 37
Figura 52 - Barra de ferramentas para desenho da rede de tubulações ........................................ 37
Figura 53 - Perfil a partir da rede............................................................................................................................. 37
Figura 54 - Terraplenagem de platô ....................................................................................................................... 38
Figura 55 - Polilinha desenhada no centro da parte mais alta da curva de nível ...................... 38
Figura 56 - Ferramenta para criação de platôs de terraplenagem ..................................................... 38
Figura 57 - Processo para criação do grupo .................................................................................................... 39
Figura 58 - Menu de seleção de critérios ........................................................................................................... 39
Figura 59 - Platô final após a atribuição dos critérios ................................................................................ 40
Figura 60 - Volume do platô de terraplenagem .............................................................................................. 41
Figura 61 - Exemplo de articulação de folhas .................................................................................................. 41
Figura 62 - Criação dos "View Frames" na Etapa "Sheets" ...................................................................... 42
Figura 63 - Processo de criação dos layouts das folhas articuladas ................................................ 43

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INTRODUÇÃO

Meu nome é Lecius de Albuquerque Prado e trabalho no ramo de infraestrutura rodoviária e


urbana há 10 anos desde o primeiro estágio na área pela qual me apaixonei. Sou graduado em
Tecnologia em Agrimensura (2007) e também Tecnologia em Estradas (2014), ambos pelo Instituto
Federal de Goiás. Atualmente, curso Engenharia Civil na mesma instituição. O primeiro contato
com o software de estradas foi logo em uma matéria do primeiro curso. Lá utilizávamos o
Topograph da antiga Char Pointer e hoje incorporado pela empresa norte-americana Bentley.
Utilizei bastante este software para cálculos de poligonais e irradiações, além de descarregamento
de dados das estações totais que trabalhei. O módulo de estradas do software era bem didático,
porém não muito prático, fazendo com que eu buscasse por novas tecnologias. Aliás, sou um
eterno apaixonado por tecnologia.

FIQUE ATENTO O AutoCAD Civil 3D é uma solução


poderosa da Autodesk de engenharia e design
Atualmente, estamos na versão 2015 do
produto, mas na verdade o software baseada no conceito BIM (Building Information
possui muitos anos de existência. Em Modeling). Profissionais como engenheiros,
1982, John Walker e outros 12 co- desenhistas, projetistas, topógrafos, arquitetos
fundadores inaugurou a Autodesk em
podem usufruir do programa fazendo com que os
San Raphael, California. O produto
principal da empresa foi o AutoCAD, trabalhos se tornem mais dinâmicos e produtivos.
anteriormente chamado MicroCAD que
mal permitia fazer projetos simples em O BIM pode ser resumido como um
2D. Ele foi escrito para várias processo de construção e gerenciamento de dados
plataformas, entre elas a CP/M de 8 Bits, durante o seu ciclo. Em linguagem popular e de
DOS e Linux. O AutoCAD evoluiu e
engenharia, isto significa que se você muda
ganhou versões específicas para projetos
de infraestrutura, arquitetura, mecânica e qualquer coisa no seu projeto, todos os objetos
geoprocessamento. Ela comprou a vinculados à ela serão alterados sem a
Softdesk em 1996 que já fabricava o
necessidade de intervenção do usuário. Por
Softdesk Civil e renomeou seu produto
exemplo, se o traçado de uma estrada sofre aquela
para Land Desktop. Em 2003, a
Autodesk lança o AutoCAD Civil 3D que famosa mudança de planos, automaticamente o
passa a ter novos conceitos de projeto. perfil desse traçado, o corredor modelado, as
Daí para frente a evolução do software
seções transversais e quantitativos também
tomou proporções mundiais e o Brasil
sofrerão a alteração.

Mas é verdade que ele faz tudo que o Topograph faz e não faz? Sim, é verdade. Mas cada
usuário tem a forma de aprender e interagir com o software. Eu sempre digo que o Topograph é
um software didático e o Civil 3D, executivo. Atualmente, a maior barreira encontrada pelos os
novos usuários do Civil 3D é o idioma em inglês. E isso, até você que fala fluentemente o inglês
que não seja da área de atuação, sofre com o entendimento dos termos técnicos. Mas é claro que
você como bom estudioso e dedicado a tudo não vai pensar sempre no pior da situação.
Aprender a usar as ferramentas é fácil, já inovar e buscar aprofundar os conhecimentos sobre o
básico é que faz você se destacar em seu meio de trabalho. O ilustre Steve Jobs já indagava:

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“Você quer passar o resto de sua vida vendendo água com açúcar ou quer ter a chance de mudar
o mundo?”. Você quer apenas calcular o volume de terraplenagem da obra ou você quer saber se
existem outros meios de chegar à mesma solução com um volume menor? Enfim, o programa pode
te oferecer “n” possibilidades de se chegar a tal resposta e você irá descobrir muita coisa aqui.

Agora que você já conhece a serventia do programa, que tal começar a aprender? Esta
apostila te indicará os caminhos do projeto rodoviário, as ferramentas usuais, além de conter
algumas dicas e truques para que possa chegar melhor ao seu objetivo.

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ENTENDENDO O SOFTWARE

O AutoCAD Civil 3D possui algumas ferramentas com nomes específicos que será
esclarecido a partir de agora para que você se familiarize e comece a trabalhar do jeito prático.
Algumas dessas ferramentas talvez você já possa conhecer, pois não são específicas do Civil 3D,
mas está contida em outros produtos da Autodesk que trabalham com a plataforma CAD.

O RIBBON
A partir da versão 2009, o AutoCAD chegou com uma nova interface gráfica de menus e
ferramentas que a princípio desagradou muitos usuários mas que com o tempo foram se
acostumando com a novidade. O Ribbon, que quer dizer “fita” ou “faixa” é o nome dado a esta
interface, e que já estava na mente dos criativos engenheiros da Autodesk desde que fora lançado
o Microsoft Office 2007, que por sinal continha a tal interface “ribonizada”. Esta nova aparência
reorganizava o menu em “abas” de forma que ficasse mais prático o acesso às ferramentas e a
edição dos objetos criados. Por outro lado, o Civil 3D não adquiriu esta configuração na versão
2009, mas no ano seguinte a Autodesk implantou a parafernália para gosto de uns e desgostos de
outros. Porém, estes contrariados tiveram a opção de usar o menu clássico. Sim! Aquele com as
ferramentas em forma de menus como todos estamos acostumados. Bastava então com um
clique mudar no workspace para o modo clássico para que voltasse ao modo antigo. Mas porque
tanta polêmica em cima de um menu? A questão é que os usuários nunca achavam as ferramentas
que precisavam, apesar de elas estarem lá com toda certeza. E isso é natural em mudanças como
essa, pois você teria que reorganizar os menus também em sua mente. Hoje, apesar de ainda ter
pessoas que não se acostumaram é mais comum ver Autocads abertos por aí já com a nova
interface. Pra você que está iniciando agora e conhecendo o Civil 3D a partir da versão 2010 pra
frente, não hesite, explore o Ribbon. Na versão 2015, já não é possível mais mudar para a versão
clássica por vias naturais do software, mas há quem consiga por intermédio da gambiarra.

Figura 1 - Ribbon na versão 2016

O ribbon pode ser entendido então da seguinte maneira:

 As ferramentas de criação, como a de criar um alinhamento novo, criar um perfil,


criar um platô de terraplenagem, criar uma seção-tipo etc, estão na aba Home. Lá
também se encontra os painéis do AutoCad como o do layer; o das ações em
objetos, como copy, rotate, match properties; o de desenho, do tipo linha, polilinha,
círculo e etc. Aliás em todas as abas há sempre essa mesclagem de ferramentas
do Civil com as do AutoCAD. Isso acontece porque você sempre usa uma dessas
ferramentas no seu projeto, pode acreditar.
 Na aba Insert a melhor forma de mentalizar é dizendo que tudo que for inserido no
desenho estará lá. Por exemplo, se quero importar uma superfície do Land Desktop

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ou LandXML, se quero importar pontos de um arquivo ou talvez pipes do Storm
Sewer. Como sempre também tem as ferramentas do AutoCAD, como atributos de
blocos, inserir referência, inserir field etc.
 A aba Annotate é basicamente a mesma do AutoCAD com exceção do painel
Labels & Tables. Ali você poderá usá-lo sempre quando quiser adicionar um rótulo
a algum objeto ou ainda uma tabela de alguma coisa. Abrindo o menu Add Labels
é possível ver todas as categorias de projeto para adicionar algum rótulo. E por
falar em rótulo, quem está aprendendo agora e não se familiarizou com o inglês
dos softwares de projetos de engenharia, atente-se para palavras como “labels”.
Esta palavra, que significa “rótulo” ou “etiqueta”, assim como várias outras, é usada
frequentemente no programa e é preciso que você
não apenas decore essas palavras, mas substitua-as
FIQUE ATENTO
no seu dicionário de português. Voltando ao menu,
No final desta apostila, há um dicionário por exemplo, se você clicar em Surface/Add Surface
com alguns dos termos técnicos mais
Label aparecerá uma janela básica para todas as
utilizados traduzidos para o português.
Uma das grandes barreiras dos usuários categorias, não só a de Surface, em que você terá a
para o domínio do software é a opção de rotular o que for preciso. Na imagem
dificuldade da lingua inglesa, uma vez abaixo foi escolhido qualquer ponto na superfície
que tais termos não são de fácil
para mostrar a elevação nele. Isso foi feito com o
assimilação.
label Spot Elevation. Abra as outras opções e veja quantas possibilidades se tem
para rótulos. Teste seu aprendizado com elas se você já sabe como. Quanto às
tabelas, adivinhe! É a mesma coisa dos rótulos, só que você irá adicionar tabelas
de diversos fins, como quadro de curvas, volumes, dispositivos de drenagem etc.
 Trocando agora para a aba Modify já é possível ver que há muitas ferramentas
repetidas da aba Home. A diferença é que aqui você irá modificar o que se deseja.
Ao clicar, por exemplo, em Alignment, abrirá uma nova aba de cor azul com esse
mesmo nome que conterá todas as ferramentas para editar o alinhamento. E
ainda, ao clicar em qualquer dessas ferramentas, o Civil 3D pedirá que você
escolha qual alinhamento editar. Além disso, esse processo de modificar/editar
objetos pode ser feito de uma maneira bem mais simples apenas selecionando o
que se quer editar. No caso do alinhamento, apenas clique no qual queira, que
você verá a aba aparecendo lá no Ribbon com o nome do alinhamento. E detalhe:
a aba está verde! Esta cor da aba indica que você está modificando um objeto
específico, ou seja, aquele que você selecionou para edição. Quando a aba está
azul significa que você não tem nada selecionado e ainda terá que fazer isso. Com
o Ribbon é prático editar objetos, porém é preciso ter muita atenção no que se
está selecionando para não editar coisa errada. E na aba Modify sempre vai
aparecer uma segunda aba azul (magenta na versão 2015) com as ferramentas de
edição após clicar em qualquer um elemento daqueles, com exceção do painel Edit
Geometry e Edit Elevations que é da edição das Feature Lines, talvez porque a aba
Modify iria ficar pequena, visto que são as mesmas ferramentas. O importante é

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memorizar o processo, pois a ação é igual para todos os objetos. E ainda nessa
ideia de abas com pouco conteúdo, a Autodesk sim repete elementos em várias
abas como padrão, mas você pode também customizar o Ribbon da forma que
quiser colocando os menus que quiser com o comando “CUI”.
 As outras abas são mais específicas tornando seu conteúdo explorado em
assuntos isolados. Mas eu queria dar um enfoque na aba Analyse em especial ao
painel Volumes and Materials. Esta seção é muito usada no dia a dia para calcular
volumes e gerar relatórios de materiais e se encaixa perfeitamente no nome da
aba, uma vez que você analisa primeiro os resultados dessas informações. Perceba
também que no Civil 3D possui a aba “Express Tools” do AutoCAD e quer saber
qual a diferença? Nenhuma! São as mesmas ferramentas caso precise usar também
no Civil 3D.

O TOOLSPACE
O Toolspace é um painel do Civil 3D em que você pode
controlar objetos de desenhos e suas configurações. Caso ele não
esteja aparecendo em seu projeto, pode-se ativá-lo na aba Home do
Ribbon. Ele é composto por várias abas, mas as principais são a
Prospector e a Settings.

Na aba Prospector se localiza todos os objetos do desenho


de forma hierárquica. Um alinhamento novo, por exemplo, aparecerá
dentro do ícone de Alignments que por sua vez o acessará como se
fosse arquivos em pastas. Eu costumo associar o Prospector ao
Windows Explorer quanto à disposição dos elementos em árvore.
Este mesmo conceito se aplica a todos os outros objetos quando
estiverem no desenho. Ao decorrer de suas aventuras pelo Civil 3D,
verá que este ícone aparecerá com frequência em certos lugares.
Isto significa que aquele item contém algum tipo de dado que foi
adicionado manual ou automaticamente. Um ótimo exemplo disso
são os Points. Quando há pontos inseridos no desenho, esse ícone
aparecerá no lugar do + ou – indicando que o projeto contém Cogo
Points. Já o ícone indica que tal objeto está sendo usado no
desenho e o impossibilita até de apagar o objeto pelo Toolspace.

Na aba Settings você poderá criar e gerenciar estilos do seu Figura 2 - Toolspace
desenho. Os estilos são parâmetros de configuração relacionados à
aparência do objeto. Por exemplo, um ponto do Civil 3D pode ter várias formas de ser exibido.
Pode conter o número do ponto, a cota e a descrição, ou só cota e descrição, ou só cota. Pode
também ser amarelo, azul, branco, verde, cota amarela, descrição verde. Pode ainda estar no
layer “0” ou no layer “Pontos”. Enfim, o estilo controla qualquer ajuste da feição deste elemento.
E assim é feito com todos os objetos do Civil 3D. Cada um tem o seu estilo próprio. Mas não se

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assuste com a infinidade de estilo que você vai encontrar na aba Settings, afinal, o software é
muito extenso e há muitos objetos a serem configurados. Mas você vai configurar somente o que
lhe interessar montando assim o que chamamos de Template.

O TEMPLATE E O COUNTRY KIT


Template é um arquivo de extensão “.dwt” que possui todas as configurações de estilos
feitas para um projeto. Esse arquivo é o início de todos os seus projetos, portanto, deve-se sempre
que iniciar o programa selecionar o template correto para que você não tenha problemas quanto
às suas configurações de projeto. Depois de iniciado o trabalho é difícil fazer uma troca de
template e pode acontecer de você até perder seu projeto por questões operacionais do software.
Para salvar um template novo com as configurações feitas por você basta salvar o arquivo como
“dwt”, e em seguida é melhor e mais lógico que apague todo o conteúdo existente no desenho,
para que fique somente os estilos e ajustes salvos. No Brasil, a Autodesk elaborou o Country Kit
Brazil, onde é possível instalar as configurações ajustadas para o padrão brasileiro, dentre elas o
template. A cada ano, a Autodesk vem aprimorando o Country Kit e corrigindo falhas reportadas
por usuários. Atualmente, o pacote conta com vários elementos brasileiros, como relatórios
padrão DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), seções-tipo, blocos etc.

TOPOGRAFIA

Para iniciar qualquer projeto de engenharia, a topografia é sempre o ponto de partida


quando se quer obter dados sobre o local a ser implantada a obra. O serviço topográfico pode ser
feito in loco como também a partir de dados de satélites, bastando saber qual a finalidade do seu
projeto para a escolha de qual método usar. Mas vamos focar no que
diz respeito a “Pontos Coordenados”.

No Civil 3D existem dois principais tipos de pontos. Um já é


bastante conhecido, pois é usado no AutoCAD e é chamado pelo
Figura 3 – Cogo Point
comando “POINT” ou “PO”. Esta entidade é muito usada por topógrafos
que exportam seus levantamentos de outros programas para o AutoCAD. Muitos desses softwares
exportam o bloco envolvendo cota, descrição, número do ponto e o Point propriamente dito,
denominando blocos com atributos. Se quiser saber mais sobre blocos com atributos, faça uma
pesquisa na internet a respeito, pois existem vários blogs e sites sobre o tema. O outro tipo de
ponto é o “COGO Point” (Coordinate Geometry Point). Enquanto a anatomia do Point é constituída
basicamente por coordenadas x, y e z, o COGO Point possui várias outras informações integradas
como descrição, nome, latitude, longitude, convergência meridiana e outras. E o mais interessante
é que o Civil 3D permite que você rotule todas essas informações no seu desenho. Há ainda o
Survey Point, que é usado na caderneta de campo do módulo Survey para cálculos.

A princípio quero mostrar como se importa pontos de um arquivo de texto para o seu
desenho. De certa forma, isto é bem simples, pois o segredo é arranjar os dados de maneira
compatível com a configuração de importação. Pode acontecer de o arquivo de texto que você

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tenha já estar pronto para importar no Civil 3D, mas também pode não estar. Mas como vou saber
se está ou não? Para isso, prossiga com a explicação ou se pontos em arquivos de texto não é o
seu caso, leia mais à frente onde explicarei como se importa a partir dos pontos do AutoCAD.

Supondo que você já tenha os dados do levantamento e que estes dados estão em uma
planilha assim como na figura abaixo ou parecido. Se você não tem dado nenhum, abra o arquivo
de exemplo “Pontos.xls” que está na pasta Dados.

Figura 4 - Arquivo de dados do levantamento topográfico

Agora, você terá que reorganizar cada coluna de acordo com a configuração que será
usada na importação para o Civil3D. A Figura 4 está organizada na forma PDNEZ. Particularmente,
eu costumo posicionar as colunas como PNEZD, ou seja, primeira coluna é o número do ponto; a
segunda, coordenada y ou norte; a terceira, coordenada x ou este; a quarta, cota; a quinta,
descrição do ponto. Se você está com dificuldade de organizar isso no Excel, proponho que faça
um curso básico do software primeiro.

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Feito isso, copie apenas os pontos, sem os títulos, para um arquivo de texto qualquer.
Salve num lugar que ache, geralmente na mesma pasta do projeto. Dê um nome humanizado para
o arquivo, nunca “Sem título.txt” ou “asahdgasd.txt”. Aprenda a ser organizado, pois isso faz parte
do projeto.

Figura 5 – Arquivo de pontos no bloco de notas

Neste momento, abra o AutoCAD Civil 3D e inicie o template “_AutoCAD Civil 3D 2016_BRA
(DER-SP).dwt” (comando “NEW”). Em seguida, clique na aba Home e aponte para o menu Points e
selecione Point Creation Tools. Abrirá a ferramenta Creation Points. Esta ferramenta é muito boa,
pois cria pontos de todas as maneiras que imaginar. Por exemplo, abra o primeiro ícone
(Miscellaneous) e clique em “Manual”. Com este comando é possível criar COGO Points
manualmente aonde você quiser. Experimente clicar em qualquer parte do desenho e veja o que
se pede na barra de comando. Primeiro a descrição, depois a cota do ponto e pronto, você criou
seu primeiro COGO Point. E assim há várias outras formas de criar pontos de forma automática.
Não se assuste com a infinidade de opções que você tem em mãos para criar um ponto. Não vou
explicar cada uma delas, pois você irá assimilar elas com o tempo.

De volta ao Civil 3D e ainda na ferramenta Creation Points, clique no último ícone dessa
ferramenta (Import Points).

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Figura 6 - Ferramenta Create Points

Abrirá a janela com o mesmo nome


da ferramenta onde é possível abrir o
arquivo organizado e salvo a partir do
Excel. Para isso, clique no à direita
e ao topo dessa janela. Em seguida, logo
abaixo, será possível escolher aquele
formato que organizamos anteriormente, lá
no Excel, o PNEZD. Porém, no Civil 3D, tem
duas opções para escolha. Uma, considera
que a divisa entre as colunas de dados
serão feitas por “vírgulas” e a outra, fala
que é feita por “espaços”. Se você
observar o arquivo txt, verá que as colunas
estão separadas por espaços, portanto, a
opção a ser escolhida deverá ser PNEZD
(space delimited). E se der errado? Volte,
repita os passos verificando se fez tudo
corretamente, pois tem que dar certo.

Se conseguiu, o próximo passo é


adicionar esses pontos importados a um
grupo de pontos. O Civil 3D permite que
Figura 7 - Import Points
faça isso para facilitar o controle de pontos
de diferentes origens. Por exemplo, se esse é o levantamento primitivo, iremos colocar no grupo
“TN – Primitivo”. Mas, vamos supor que daqui há alguns dias tenha uma medição do volume de
terraplenagem dessa obra e o topógrafo lhe aparece com mais uma porrada de pontos. É simples!
Basta colocar em outro grupo, chamando de “Medição 1”. Já adivinhou o que tem que fazer para
agrupar os pontos? Está bem visível na janela. É só marcar onde está escrito “Add Points to Point
Group.” e dar um nome para o grupo clicando no botão ao lado.

De “Ok” na janela e veja o resultado do desenho. Se não estiver visualizando os pontos, dê


um Zoom Extents para focar.

Se os dados que possui estão em um arquivo do AutoCAD, primeiramente terá que analisar
como estão disponibilizados os pontos neste desenho (se não possui, baixe o arquivo de exemplo
deste tutorial). Lá atrás eu disse sobre os blocos com atributos e aqui será a hora de manipular
eles. Na internet deve ter uma serie de modos, rotinas, data extract etc para converter esses

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atributos ou extraí-los para um arquivo de texto, mas nesse caso, os pontos de que exemplifico já
foram calculados por outro programa, talvez o famigerado Topograph, e você apenas está
importando os pontos para o Civil 3D.

E por falar em Topograph, é muito comum topógrafos mandarem desenhos para projetistas
em 2D. Quem trabalha com ele sabe do que falo, portanto, na hora
de exportar utilize a opção 3D, por Deus, ou terá um trabalhão
depois. Como o Civil 3D ainda não possui uma ferramenta de
conversão de blocos com atributos para COGO Point (não que eu
saiba), o modo mais prático é explodir os blocos e em seguida
apagar o texto do atributo que explodiu também. Como fazer isso?
Bem, se você não sabe como explodir nem apagar algo no AutoCAD,
sugiro fazer um curso do software o mais rápido possível para
depois ler esse tutorial. Enfim, no desenho ficaria somente os
pontos (Points) para em seguida copiar e colar no desenho que abriu
novo no Civil 3D anteriormente. Lembre-se de colar com
coordenadas (comando PASTEORIG), pois assim você mantém a Figura 8 - Menu Paste
originalidade dos pontos inseridos.

Com os pontos inseridos e obviamente com cotas, o próximo passo é bem simples, pois o
que precisa fazer é converter os Points para COGO Points. Na aba Home, clique em Points e
depois em Point Creation Tools. Expanda a setinha para baixo no canto direito da ferramenta para
abrir as opções onde devemos fazer algumas configurações. Expanda Points Creation. Altere em
“Prompt for Elevations” e “Prompt for Description” para “Automatic”. Em seguida, abra o primeiro
ícone da ferramenta
chamado Miscellaneous e
selecione “Convert
Autocad Points”.
Selecione todos os Points
do desenho e espere pela
conversão. Logo após,
encerre o comando.
Pronto! Agora os pontos
estão convertidos em
COGO Point.

Bom, aí está duas


maneiras de
criar/importar pontos
Figura 9 - Propriedades de grupo de pontos
para o Civil 3D. Perceba
que a aparência que eles se encontram no desenho está definida por padrão para mostrar o ponto
com um círculo, a cota e a descrição. Este “estilo” pode ser trocado para mostrar mais ou menos

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informações. Clique com o botão esquerdo no Toolspace/Points Groups/TN – Primitivo e
selecione “Properties”. Na guia Information, experimente trocar em Point Label Style para qualquer
outro estilo que aparecer lá.

A SUPERFÍCIE
Antes de começar, vamos entender o que se passa em uma superfície no Civil 3D.

As “Superfícies” ou “Surfaces” são objetos contendo dados provenientes de pontos,


polilinhas, linhas, 3D faces, etc. É possível formar uma superfície como sendo um modelo TIN
(Triangulated Irregular Network) ou Grid (malha regular). O modelo TIN representa uma superfície
contínua de um conjunto de triângulos irregulares e que não se interceptam. Cada ponta ou nó do
triângulo possuem informações do eixo z, formando um modelo 3D.

Figura 10 - Superfície TIN

Quando o AutoCAD Civil 3D cria uma superfície TIN, ele a computa através do processo
Delaunay Triangulation, o qual prega que não pode ter nenhum ponto dentro do círculo formado
pelos vértices do triângulo.

Já a superfície por Grid é diferenciada por ter triângulos regulares. E ela pode até ser
criada a partir de uma TIN especificando o tamanho do Grid da malha através do DEM (Digital
Elevation Model). Difícil? Não se preocupe, isso não é muito usado no nosso meio. Basicamente
esse tipo de superfície é utilizado em imagens com dados de elevação, áreas com escalas
pequenas (muito extensas) ou uniformes.

15
Figura 11 - Exemplo de malha regular

Deixando de lado a teoria, começaremos a montar uma superfície a partir dos pontos.
Criar uma superfície no Civil 3D é uma das partes que mais gosto do programa porque é fácil,
lógico e gostoso de trabalhar. E ainda agregando a tecnologia BIM ao processo, o resultado não
poderia ser melhor. Para dar continuidade, abra o arquivo Pontos.dwg e salve como
Superfícies.dwg. Na aba Home
clique em Surfaces e escolha
“Create Surface”. Na janela que
se abre veja que é possível
escolher o tipo de superfície a
criar, deixe como “Tin Surface”.
Logo abaixo em “Information”,
mude a linha “Name”, na coluna
“Value” o nome da superfície.
Nesse caso, coloque “TN”.
Coloque sempre uma descrição
para a superfície, pois ajuda a
entender futuros
questionamentos como, por
exemplo, a data do Figura 12 - Janela de criação de superfície

levantamento, a origem dos


dados, o nome do topógrafo etc. O estilo padrão da superfície é o “CURVAS-1&5 (GEOMETRIA)”,
mas você poderá mudá-lo para outros estilos definidos a qualquer momento depois. Clique OK
para encerrar a criação. Após esse processo é preciso informar que tipo de dados você quer
inserir na superfície para o cálculo do modelo. Neste momento, várias opções de dados podem
ser adicionadas, dependendo, portanto, do que você tem disponível. Seguindo o tutorial anterior,

16
vamos adicionar os pontos criados nele. Abra a Toolspace, clique e expanda “Surface”, clique e
expanda “TN” e por fim, expanda “Definition”. Em Point Groups clique com o botão direito do
mouse e selecione “Add...”. Na janela que se segue, selecione “_All Points” e clique OK. Isso fará
com que os pontos de todos os grupos sejam adicionados a esta superfície para modelagem. Se
por acaso você não quiser adicionar um grupo em particular, selecione os grupos desejados
individualmente.

Se ao invés de pontos você tenha curvas de níveis


com cotas no eixo z, é possível também modelar na
superfície criada agora pouco. Basta clicar com o botão
direito em “Contours” ao invés de “Point Groups” e
selecionar “Add...” também. Daí abre-se uma janela onde
você poderá colocar uma descrição, daí clique em “OK” e
logo em seguida selecionar as curvas de polilinhas que
tenha. Se não tiver nada de exemplo, baixe o dwg no final
da página.

Agora, vamos colocar as cotas nas curvas de nível


usando a ferramenta de Labels. Clique na superfície criada
(se não conseguir selecionar, clique com o botão direito Figura 13 - Inserção de dados na
em “TN” na Tollspace e escolha “Select”) e depois em “Add superfície

Labes” no Ribbon e selecione “Contour Multiple”. Aqui será


possível traçar uma linha em onde quiser que apareça as cotas ou
selecionar um objeto existente para o traçado. Tente traçar um
pouco ao limite da topografia, fazendo com que as cotas apareçam
nas pontas das curvas. Finalize com Enter. O padrão do template é
mostrar as cotas em cada curva, mas você pode mudar para não
mostrar nas curvas intermediárias, apenas nas mestras, por
exemplo. Clique na cota, abra a caixa Properties (comando “PR”) e
altere em “Display Minor Countour Labels” para “False”. Fácil não é?

Para finalizar, visualize o modelo 3D da sua superfície com o


Object Viewer. Ele é muito útil para ver a situação da superfície no
que tange principalmente à sua lisura. Por exemplo, você pode
detectar facilmente problemas de pontos estourados na superfície,
onde em planta pode ser que não se veja. Simplesmente clique na

Figura 14 - Ferramenta para superfície que se deseja visualizar e selecione “Object Viewer” no
adicionar cotas nas curvas de Ribbon. Apanhe um pouquinho com a ferramenta, pois no começo é
nível
difícil pegar o jeito.

17
TRAÇADO HORIZONTAL

Desenhar um traçado significa definir um eixo para o que está projetando. Se sua intenção
for projetar uma rodovia, por exemplo, o traçado horizontal dessa via indicará por onde ela
passará, informando todos os elementos da geometria que a compõe.

Chamaremos a partir de agora de


“alinhamento” qualquer traçado que for projetado
para determinado fim. Para criar um alinhamento,
selecione a aba “Home” no Ribbon e clique em
“Alignment” e em segui da em “Alignment Creation
Tools”. Na tela que se apresenta é possível nomear
o alinhamento no campo “Name” e escolher o estilo
que a ele será atribuído. Na aba “Design Criteria” é
possível configurar a velocidade diretriz da pista a
ser projetada, além de definir parâmetros de projeto
de forma que seu traçado cumpra com as normas
vigentes. Ao marcar o campo “Use criteria-based
design” e “Use design criteria file” você autoriza o
software a informar quando algo está errado, como,
por exemplo, uma curva de raio abaixo do mínimo
permitido.

Figura 15 - Ferramenta de criação de Ao clicar “OK” uma barra de ferramentas para


alinhamento
desenho do alinhamento é mostrada onde é possível
escolher o que irá fazer em seguida. Cada ícone tem
uma ação diferente para o alinhamento. Os mais importantes e mais usados são:

 “Tangent-Tangent (no curves)” para desenhar as tangents;


 “Free curve fillet (between two entities, radius)” para desenhar as curvas circulares;
 “Free Spiral-Curve-Spiral (between two entities)” para desenhar as curvas espirais.

Figura 16 - Ferramenta de desenho do alinhamento

Para desenhar é muito simples, basta selecionar a ferramenta própria e escolher um local
na tela e começar os traçados. Comece primeiro pelas tangentes e ao finalizar lance as curvas
nos “PIs” ou vértices das tangentes.

Para desenhar uma curva horizontal circular, escolha o botão “Free curve fillet (between
two entities, radius)” e em seguida selecione a primeira tangente, depois a segunda tangente.

18
Escolha <Lessthan180> e por último, defina um raio. Repare que se você habilitou os critérios de
projeto (Design Criteria) ao criar o alinhamento, é mostrado o raio mínimo para uma curva circular.
Se você definir um raio menor que o raio mínimo, um símbolo de alerta será mostrado naquela
curva, indicando o problema.

Experimente também usar a ferramenta “Tangent-Tangent (with curves)”. Ela desenhará o


traçado já com as curvas feitas com raio pré-determinado em “Curve and Spiral Settings”.
Particularmente eu não gosto muito dessa opção, pois prefiro lançar as curvas posteriormente
uma a uma.

Além disso, a barra de ferramentas do alinhamento possui os botões de “Delete PI” e


“Insert PI” caso você deseje fazer alguma alteração no traçado ou por um engano ou
por um ajuste. O botão “Delete Sub-entity” serve para apagar uma entidade isolada, seja
ela uma curva circular, espiral ou uma tangente.

É possível também editar todos os dados do alinhamento de forma alternativa à gráfica.


Através de uma tabela, o programa lista todos os elementos geométricos e permite a sua edição.
No botão “Alignment Grid View” abre-se a caixa “Panorama” onde estará descrito todo o
alinhamento em forma de tabela. Para editar o raio de uma curva, por exemplo, basta ir na coluna
Radius e escolher a curva que se quer editar e trocar o valor mostrado. Note que, ao selecionar a
linha do elemento que se queira editar, o trecho é destacado graficamente no traçado. Coloque a
caixa de um jeito que mostre o traçado e a tabela juntos e clique em vários trechos da tabela para
ver esse efeito.

Figura 17 - Janela Panorama mostrando os dados do alinhamento

PERFIL LONGITUDINAL

O Perfil Longitudinal não é necessariamente uma linha reta. Para se obter um perfil
longitudinal de algum traçado, é necessário que se tenha a superfície topográfica em qualquer
ponto do alinhamento. Ele informará a elevação em cada estaca e oferecerá possibilidades para o
estudo do relevo em questão e a definição do futuro greide para aquela via.

O AutoCAD Civil 3D trata os perfis longitudinais em duas fases:

19
 Informação dos dados que serão plotados no perfil;
 Desenho gráfico do perfil longitudinal.

Imagine que você não tenha apenas uma superfície, aquela do terreno primitivo. Suponha
que foi feita uma escavação posteriormente ao primeiro levantamento que foi cadastrada em
seguida por outra equipe de
topografia. Com esses dados
em mãos, você obterá outra
superfície diferente da que já
existia no projeto. Todas as
duas superfícies podem ser
mostradas ao perfil
longitudinal, desde que você
adicione esses dados nele.
Para isso, vá para a aba
“Home” e em seguida clique
em “Profile” e logo após em

“Create Surface Profile”. Na Figura 18 - Processo de adicionar superfícies ao perfil longitudinal

tela que aparece em seguida,


selecione o alinhamento à esquerda e a(s) superfície(s) que será(ão) adicionada(s) à direita. Após
selecionado, clique em “Add>>”. Em baixo, no espaço denominado “Profile list” é possível escolher
o estilo que será atribuído a cada superfície.

O próximo passo é desenhar o gráfico do perfil. Ainda na tela “Create Profile from Surface”
clique em “Draw in profile view” (Se você apertou “OK” antes não tem problema. Vá em “Profile
View”, na aba “Home” e em seguida em “Create Profile View”). Aqui você poderá definir todas as
configurações do perfil longitudinal antes de desenhá-lo.

As configurações foram
dividas em etapas:

1. Etapa “General”:
selecione o alinhamento e o
estilo que será atribuido ao perfil.
Clique em “Next” para a próxima
etapa.
2. Etapa “Station
Range”: aqui se seleciona a
estaca inicial e final do perfil,
caso seja necessário. Se não há
Figura 19 - Etapas de configuração do perfil longitudinal essa necessidade, deixe no
“Automatic”. Clique em “Next” para

20
a próxima etapa.
3. Etapa “Profile View Height”: da mesma forma que a etapa anterior, aqui se define a
altura, através da elevação que o perfil irá ter. Se não há essa necessidade, deixe
no “Automatic”. Clique em “Next” para a próxima etapa.
4. Etapa “Profile Display Options”: essa tela é a mesma da que foi mostrada na fase
de seleção das superfícies que serão mostradas no perfil longitudinal. Caso queira
alterar o estilo que foi definido anteriormente por exemplo, basta ir à coluna “Style”
e fazer as modificações necessárias. Se não há essa necessidade, clique em “Next”
para a próxima etapa.
5. Etapa “Data Bands”: aqui serão definido as informações da banda que geralmente
se situa na parte inferior do perfil longitudinal. A banda será detalhada mais a
frente. Clique em “Next” para a próxima etapa.
6. Etapa “Profile Hatch Options”: nessa etapa, pode-se fazer uma configuração para
criar hachuras entre uma superficie e outra ou entre uma superfície e um greide.
Para criar uma hachura de corte, clique em “Cut Area” e para criar uma hachura de
aterro, clique em “Fill Area”. Em seguida, selecione os estilos e terrenos
correspondentes de forma que se tenha o resultado esperado.

Para finalizar, clique em “Create Profile View” e escolha um local limpo na tela para que
seja plotado o gráfico do perfil longitudinal previamente configurado.

Caso deseje fazer alguma alteração posteriormente em qualquer uma dessas


configurações, acesse as propriedades do perfil longitudinal (Profile View Properties) na aba Home
após selecionado.

O GREIDE
É chamado greide ou traçado vertical o conjunto de
retas e curvas verticais ao longo do perfil longitudinal de
um dado alinhamento. O desenho de um greide deve ser
de forma a economizar ao máximo o custo da obra,
obedecendo sempre as normas de projeto. O
procedimento para criação do elemento no AutoCAD Civil
3D é semelhante ao do alinhamento, uma vez que a ideia é
a mesma.

Na aba “Home” vá em “Profile” e em seguida clique


em “Profile Creation Tools”. A barra de comando pede para
que você clique no perfil longitudinal que foi plotado
anteriormente. Atenção: Não clique na linha de terreno ou
qualquer outra linha de superfície, clique na malha do perfil
Figura 20 - Ferramenta de criação do
que é onde está se pedindo para selecionar.
greide

21
Em seguida, na tela que se apresenta, é possível definir o estilo do greide e na aba “Design
Criteria” habilitar o uso de padrões de projeto para que o programa informe quando algum
elemento não alcançou o parametro necessário. Clique OK para começar a desenhar.

A barra de ferramenta é identica ao do alinhamento e as opções de desenho mais usadas


são praticamente as mesmas:

 “Draw Tangents” para desenhar as tangents;


 “Free Vertical Curve (Parabola)” para desenhar as curvas verticais

Figura 21 - Barra de ferramentas para desenho do greide

Para desenhar uma parábola, escolha o botão “Free Vertical Curve (Parabola)” e em
seguida selecione o primeiro segmento de reta, depois o segundo. Por último, defina o
comprimento da curva. Repare que se você habilitou os critérios de projeto (Design Criteria) ao
criar o alinhamento, é mostrado o comprimento mínimo
para uma parábola. Se você definir um raio menor que o
raio mínimo, um símbolo de alerta será mostrado
naquela curva, indicando o problema. No caso da
parábola em traçados verticais existem dois valores
mínimos que devem ser analisados. O “Minimum K for
Stopping Sight Distance” ou K Mínimo para Distância de
Visibilidade de Parada e o “Minimum K for Passing Sight
Distance” K Mínimo para Distância de Visibilidade de Figura 22 - Botão de criação de curvas
Ultrapassagem. O AutoCAD Civil 3D analisa as duas verticais
situações se os critérios de projeto estiverem
habilitados. Segundo o Manual de Projeto Geométrico do DNIT, item 5.3.3, a distância de
ultrapassagem é para que o veículo faça a manobra de forma segura com visibilidade suficiente.
Porém, segundo o manual, isso requer curvas verticais mais amplas, com raios maiores e nem
sempre isso seria economicamente viável. Em vários casos, consideramos a distância de
visibilidade de parada, ao invés da ultrapassagem. Mesmo que o programa mostre como sendo um
problema que a distância de ultrapassagem foi violada, é sabido o motivo pelo qual podemos
ignorar.

Há ainda ferramentas mais diretas como a “Free Vertical Parabola (PVI Based)” dentro de
“More Free Vertical Curves” que desenha as curvas da mesma maneira, com menos cliques.
Também existe a ferramenta “Free Assymetrical Parabola (PVI Based)” que faz parábolas
assimétricas com dois raios distintos.

22
Os botões de “Insert PI”, “Delete PI” e “Delete Entity” segue com os mesmos objetivos dos
compostos na ferramenta de alinhamento.

É possível também editar todos os dados do greide de forma alternativa à gráfica. Através
de uma tabela, o programa lista todos os elementos geométricos e permite a sua edição. No
botão “Profile Grid View” abre-se a caixa “Panorama” onde estará descrito todo o greide
em forma de tabela. Para editar o comprimento de uma curva, por exemplo, basta ir na coluna
“Profile Curve Length” e escolher a curva que se quer editar e trocar o valor mostrado. Note que,
ao selecionar a linha do elemento que se queira editar, o trecho é destacado graficamente com
um triangulo verde no perfil. Coloque a caixa de um jeito que mostre o perfil longitudinal e a tabela
juntos e clique em vários trechos da tabela para ver esse efeito.

Figura 23 - Janela panorama mostrando os dados do greide lançado.

BANDS
As bandas do perfil longitudinal se localizam na parte de baixo contendo informações
como cotas, estacas, quilometragem e planimetria.

Figura 24 - Exemplo de "band" em um perfil longitudinal

Para editá-las você deve selecionar o perfil longitudinal (malha) e em seguida, na Ribbon,
clicar em “Profile View Properties”. Selecione a aba “Bands”. Todas as informações contidas na
banda estão dispostas através de linhas. Dessa forma, você pode reordenar, apagar ou inserir
mais informações. O texto que aparece em cada uma é controlado por um estilo. Caso você
queira que as estacas apareçam em intervalos de de 10m, por exemplo, basta ir na coluna “Major
Interval” e alterar o valor para 10.

23
Figura 25 - Configuração das "bands" no perfil longitudinal

Depois de criar o greide, uma informação


muito importante que deve ser alterada nas
propriedades da banda é a cota de projeto. Na
coluna “Profile 1” da linha equivalente às cotas de
Terreno/Projeto, escolha a superfície do terreno
primitivo e na coluna “Profile 2” escolha o greide
desenhado. Ao apertar OK, note que a cota de
projeto em cada estaca foi alterada para a cota
do greide equivalente.
Figura 26 - Alteração do "Profile 2" na "band"

SEÇÃO-TIPO

As seções-tipo são chamadas pelo AutoCAD Civil 3D de


“Assemblies”. Nelas, é possivel fazer a configuração da seção
transversal da via a ser projetada. Os elementos que compõe
as seções, como as pistas de rolamento, acostamentos, meio-
fio, calçadas, talude etc são chamados de “subassembly”.

Para criar uma seção-tipo vá para a aba “Home” e


clique em “Assembly” e logo em seguida em “Create Assembly”.
Dê um nome para a seção na tela que aparece e aperte “OK”.
Busque por um local limpo no desenho e clique para que
mostre a linha base da seção. O passo seguinte é a escolha
das “subassemblies” que comporão a seção-tipo. Vamos
precisar que se abra o Tool Palettes (Ctrl+3). Na aba “Lanes”

escolha o subassembly “LaneSuperelevationAOR”. Ao clicá-lo, Figura 27 - Criação da seção-tipo

24
abre-se a janela de propriedade para aquele elemento. Nessa janela mudaremos a largura “Width”
para 3,5m e a inclinação “Default Slope” para -3%. Depois, clique na linha base para colocar esse
primeiro elemento configurado. Ao clicar novamente na
linha base, o software automaticamente replica em
sentido contrário o mesmo subassembly inserido e com
as mesmas configurações já definidas. Neste caso,
estamos montando uma via de 7m de largura e até aqui
colocamos apenas a pista de rolamento.

Para completar a seção tipo, vamos colocar

Figura 28 - Ícone de abertura do "Tool agora o acostamento. No Tool Palletes (se fechou por
Palettes" acidente, aperte Ctrl+3), mude para a aba “Shoulders”.
Escolha o subassembly “ShoulderExtendAll”. Na caixa
de propriedade mude a largura “Shoulder Width” para 3.30m e as inclinações “Shoulder %Slope” e
“Subbase %Slope” para -5%. Insira o subassembly na seção clicando no círculo superior direito do
pavimento e em seguida no círculo superior esquerdo.

Figura 29 – “Subassemblies” utilizados na configuração da seção tipo

Por último vamos acrescentar o talude e configurar como


ele deve se comportar em caso de corte e de aterro. No Tool
Palletes, mude para a aba “Daylight”. Escolha o subassembly
“DaylightBench”. Na caixa de propriedade mude para as seguintes
configurações:

Cut Slope: 1:1

Max Cut Height: 8m

Fill Slope: 1.5:1

Max Fill Height: 8m

Bench Width: 3m

Bench Slope: -3% Figura 30 - Parâmetros do


subassembly "Daylight"
Isso definirá que o talude de corte será na proporção de a
cada 1m na horizontal, terá 1m na vertical. O talude de aterro terá a proporção 1,5m na horizontal

25
e 1m na vertical. A altura máxima para que seja feita a banqueta ou berma de forma automática
será de 8m tanto pra corte, como para aterro. As bermas terão largura de 3m e inclinação de -3%.
Para inserir esse subassembly na seção, clique no último círculo do acostamento, em ambos os
lados.

Pronto! Está feito a seção tipo da via a ser projetada. Note que é possível definir
parâmetros como Base, Subbase e Revestimento nos subassemblies do pavimento e do
acostamento. A qualquer momento você pode clicar em qualquer um dos elementos (é possível
selecionar vários ao mesmo tempo) e alterar essas definições na caixa “Properties”.

CORREDOR

Corredor é uma ferramenta presente no


AutoCAD Civil 3D que modela tridimensionalmente
a via que está sendo projetada. Até aqui,
utilizamos apenas elementos em 2D para
representação gráfica. O corredor junta o
alinhamento, o greide e a seção tipo em uma
entidade formando um modelo 3D do traçado.
Basicamente, ele distribui a seção tipo ao longo
do eixo de acordo com um certo intervalo de
distância pré-configurado. Caso você queira Figura 31 - Modelo tridimensional do corredor
adensar ou
dispersar as seções distribuídas, basta mudar os valores nas suas
propriedades. O
adensamento da frequência
das seções tipo pode fazer
com que o seu corredor fique
mais lento para processar os
dados e com mais precisão,
assim como a dispersão
torna o processamento mais
rápido, porém menos
preciso.

Para criar o corredor,


vá na aba “Home” do ribbon
e clique em “Corridor”.
Escolha o alinhamento, o
greide e o assembly criados
e por último, configure a
Figura 33 - Tela para criação Figura 32 - Configurações de
do corredor superfície alvo do talude, que frequência do corredor

26
nesse caso será a superfície do terreno primitivo. Clique “OK”. Na próxima tela, as colunas “Start
Station” e “End Station” mostra o início e o fim do corredor. Não é necessário mudar, pois ele
automaticamente busca o início e o fim do alinhamento, porém caso queira alterar, basta inserir
novos valores em metros para essas colunas. Atente também para a coluna “Frequency”. Ao clicar
no botão com a reticência é possível definir o adensamento das seções ao longo do corredor nas
tangentes (“Along tangents”), nas curvas circulares (“Along curves”) e nas curvas espirais (“Along
spirals”), além de configurar para que ele crie seções extras como, por exemplo, nos pontos
notáveis (“At alignment geometry points”). Particularmente, gosto de adensar mais nas curvas com
valores de até 10m, dependendo do tipo de via que está sendo projetada. Nas tangentes,
mantenho os 20m padrão do estaqueamento. Clique “OK” para fechar a caixa de frequência e
“OK” novamente para criar o corredor.

INSERINDO AS REPRESENTAÇÕES DE TALUDE


As convenções de talude em planta serve para orientar o leitor do desenho quais os
trechos que estão em aterro e os que estão em corte. O AutoCAD Civil 3D faz esse processo de
forma automática, bastando que você o informe quais as linhas componentes do processo.

Clique no
corredor criado e, no
ribbon, clique em “Modify
Corridor” e em seguida
em “Slope Patterns”. Na
janela seguinte, aperte o

Figura 34 - Propriedades do "Slope Patterns"


botão “Add slope pattern
>>”. Selecione em planta
as linhas referente ao offset (saia do aterro ou crista do corte), selecione a opção OFFSET e em
seguida a última linha referente ao acostamento e escolha a opção JUNTA. Repita o processo
para o outro lado da via e aperte “OK”.

VOLUME

Para determinar o volume terraplenagem calculado até aqui será preciso, primeiramente,
criar a superfície do corredor que foi feito anteriormente. Essa superfície será vinculada ao
corredor, de forma que qualquer alteração feita no alinhamento, no greide ou na seção tipo será
necessária apenas um clique para recalcular todo o volume.

CRIANDO A SUPERFÍCIE DO CORREDOR


Selecione o corredor e, na ribbon, clique em “Corridor Properties”, ou vá na janela do
“Toolspace” e na aba “Prospector”, abra “Corridors” e em seguida clique com o botão direito no
nome do corredor e clique em “Properties”.

27
Na tela seguinte,
clique na aba “Surfaces”.
Em seguida, clique no
primeiro ícone
denominado “Create
Corridor Surface”. O
próximo passo é definir o
código que servirá como
base para a superfície. Em
“Specify Code” escolha
DATUM. Isso informará ao
programa que a superfície
irá ser controlada baseada
nas camadas de subleito
Figura 35 - Processo de criação da superfície do corredor da estrutura do pavimento.
Em outras palavras, essa
superfície será de terraplenagem. Também é possível que se crie uma superfície com o código
TOPO, tornando-a baseada nas linhas do revestimento do pavimento. Em seguida, clique no botão
+ e marque “Add as breakline” e em “Overhang correction”, selecione “Bottom Links”.

Mude agora para a aba


“Boundaries”. Aqui será definido
o limite para a superfície que
será criada. Clique com o botão
direito no nome da superfície e
selecione “Corridor extents as
outer boundary”. Isso irá definir
que o limite da superfície será as
linhas mais periféricas do
corredor, delimitando-o
perfeitamente. Clique OK para
Figura 36 - Definição do "boundary"
finalizar a criação da superfície.

VOLUME DE COMPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES


Este volume compara a triangulação de uma superfíce com a outra de forma bem simples.
O resultado final é um valor pra corte e outro para aterro. No Ribbon, vá para a aba “Analyze”.
Clique em “Volume Dashboard”. Clique no ícone “Create new volume surface”.

28
Figura 38 - Panorama mostrando o processo de volume por comparação de superfícies
Na tela que se abre, dê um
nome para a superfície volumétrica
que será criada, como por exemplo
“VOLUME-TerrenoxProjeto”. Selecione
o estilo “Mapa de Elevações”. Em
“Base Surface”, selecione a superfície
Base, ou seja, o terreno natural e em
“Comparison Surface”, selecione a
superfície de comparação, ou seja, a
superfície do corredor, criada
anteriormente. Na janela “Volume
Dashboard” é listada a superfície com

Figura 37 - Criação da superfície de volume os quantitativos de terraplenagem.

Além disso, perceba


que a superfície de volume
está caracterizada com
cores devido ao fato do
estilo de mapa de
elevações que foi definido
no momento que esta
estava sendo criada. É
possível alterar para que
fique apenas as cores de
corte e aterro somente.
Para isso, clique na
superfície e no Ribbon,
clique em “Surface
Properties”. Na nova janela
Figura 39 - Análise da superfície de volume pelas elevações
que se abrirá, clique na aba
“Analysis”. Selecione em “Analyse type” a opção “Elevations”. Em “Create Ranges by” selecione
“Range Interval with Datum” e digite um número muito grande no campo ao lado desse menu,
como por exemplo “9999999999” e no campo “Datum elevation” deixe zero. Clique na seta para
baixo. Esta configuração serve para definir que as cores serão divididas em duas partes: o corte

29
que partirá da elevação 0 (datum elevation) até -9999999999 e o aterro que será da elevação 0
até +9999999999. Você pode trocar as cores para cada uma das partes na coluna “Color
Scheme” para qualquer cor que desejar.

VOLUME POR ESTACA


Esse tipo de volume só pode ser extraído após ser criado as “Sample Lines”. Confira as
etapas mais adiante na seção de relatórios.

SEÇÃO TRANSVERSAL

Para gerar as seções transversais de todo o alinhamento projetado, primeiro deve-se criar
as linhas de amostras ou “Sample Lines”. O AutoCAD Civil 3D trata as seções transversais em duas
fases:

 Informação dos dados que serão plotadas na seção (Sample Lines);


 Desenho gráfico do perfil longitudinal.

SAMPLE LINES
A definição de linha de amostra ou “Sample Lines” pode ser interpretada por uma seção
feita transversalmente ao alinhamento onde ela representará tudo que for colocado para que se
mostre na seção. Por exemplo, em um traçado de rodovia qualquer é interessante mostrar na
seção transversal a linha do terreno natural e a linha do projeto de terraplenagem da pista. Logo,
a “Sample Line” se encarregará de configurar cada amostragem dessas linhas.

Para gerar as linhas de


amostra, clique na aba “Home”
e em seguida em “Sample
Lines”. O programa perguntará
qual o alinhamento a ser
trabalhado. Selecione o
alinhamento, ou clique com o
botão direito do mouse para
abrir uma lista com todos os
alinhamentos do desenho. A
tela em seguida abre para que
se possa selecionar quais Figura 40 - Seleção dos dados para a "Sample Line"
amostras serão representadas
na seção transversal que será desenhada. Selecione o terreno natural, a superfície do corredor e o
próprio corredor. É sempre bom já deixar organizado os estilos que irão controlar cada elemento
que se está inserindo para ser representado na seção. Portanto, mude os estilos de forma que
cada um se apresente devidamente.

30
Figura 43 - Barra de ferramentas para criação das linhas de amostra (Sample Lines)

Por fim, aperte “OK” e aparecerá a ferramenta “Sample Line Tools”. Nela, expanda o botão
“Sample Line creation methods” e clique em “By range of stations…”. Aqui você poderá configurar
a largura que terá a linha de amostra para cada lado (“Left
Swath Width” e “Right Swath Width”), o intervalo nas
tangentes, nas curvas, nas espirais (“Sample Increments”),
além dos pontos notáveis que
desejar criá-las (“Additional Sample
Controls”). A largura pode variar
para cada traçado. O ideal é medir
o trecho de maior largura do
corredor (considerando a saia do

Figura 41 - Menu aterro ou crista do corte) e adotá-


"Sample Line creation lo para todos. O intervalo entre as
methods"
“sample lines” convencionalmente
é de 20m, mas dependendo do
objetivo do projeto poderá ser modificado. Por fim, clique
OK e confira se todas as linhas de amostra foram criadas. Figura 42 - Parâmetro de criação das
"Sample Lines"
Encerre o comando fechando a caixa de ferramenta “Sample
Line Tool”.

GERANDO AS SEÇÕES TRANSVERSAIS


É possível gerar apenas
uma seção em uma determinada
estaca, ou gerar várias de uma
vez. Para gerar uma seção de 1
estaca a ser escolhida, clique na
aba Home, no Ribbon, e em
seguida clique em “Section
Views/Create Section View”. Na
tela que se abre, as configurações
foram dividas em etapas:

1. Etapa “General”:
selecione o alinhamento, a estaca
Figura 44 - Janela de configuração das seções transversais
que será desenhada e o estilo que
será atribuido à seção. Clique em “Next” para a próxima etapa.

31
2. Etapa “Offset Range”: aqui se seleciona a distância inicial e final da seção
transversal, caso seja necessário. Se não há essa necessidade, deixe no
“Automatic”. Clique em “Next” para a próxima etapa.
3. Etapa “Elevation Range”: da mesma forma que a etapa anterior, aqui se define a
altura, através da elevação que a seção irá ter. Se não há essa necessidade, deixe
no “Automatic”. Clique em “Next” para a próxima etapa.
4. Etapa “Section Display Options”: essa tela é a mesma da que foi mostrada na fase
de seleção dos elementos que serão mostradas na seção transversal no momento
em que foi criada as “Sample Lines”. Caso queira alterar o estilo que foi definido
anteriormente por exemplo, basta ir à coluna “Style” e fazer as modificações
necessárias. Se não há essa necessidade, clique em “Next” para a próxima etapa.
5. Etapa “Data Bands”: aqui serão definido as informações da banda que geralmente
se situa na parte inferior do perfil longitudinal. A banda será detalhada mais a
frente.

Para finalizar clique em “Create Section View” e selecione um local para desenhar a seção
transversal.

De igual maneira, caso queira criar várias seções transversais de uma só vez, clique na aba
Home, no Ribbon, e em seguida clique em “Section Views/Create Multiple Views”. Nesta tela, a
diferença está na etapa “Section Placement” que será explicada a seguir:

1. Etapa “General”: selecione o alinhamento, e o estilo que será atribuido à seção.


Clique em “Next” para a próxima etapa.
2. Etapa “Section
Placement”: há duas formas
distintas de se desenhar as seções
transversais. Se escolher
“Production”, será pedido um arquivo
de template dwt onde será
obrigatório conter ao menos um
layout cuja a configuração “Viewport
Type” do viewport inserido nela esteja
definido como “Section”. Ao criar as
seções transversais, elas ficarão
Figura 45 - "Section Placement" na criação de seções múltiplas articuladas como se já estivessem em

uma prancha. Caso escolha “Draft”, as


seções serão inseridas todas de uma vez no próprio desenho sem essa
organização de pranchas.
3. Etapa “Offset Range”: aqui se seleciona a distância inicial e final da seção
transversal, caso seja necessário. Se não há essa necessidade, deixe no
“Automatic”. Clique em “Next” para a próxima etapa.

32
4. Etapa “Elevation Range”: da mesma forma que a etapa anterior, aqui se define a
altura, através da elevação que a seção irá ter. Se não há essa necessidade, deixe
no “Automatic”. Clique em “Next” para a próxima etapa.
5. Etapa “Section Display Options”: essa tela é a mesma da que foi mostrada na fase
de seleção dos elementos que serão mostradas na seção transversal no momento
em que foi criada as “Sample Lines”. Caso queira alterar o estilo que foi definido
anteriormente por exemplo, basta ir à coluna “Style” e fazer as modificações
necessárias. Se não há essa necessidade, clique em “Next” para a próxima etapa.
6. Etapa “Data Bands”: aqui serão definido as informações da banda que geralmente
se situa na parte inferior do perfil longitudinal. A banda será detalhada mais a
frente.

Para finalizar clique em “Create Section View” e selecione um local para desenhar as
seções transversais.

COMPUTANDO MATERIAIS
Para gerar os volumes por estaca, é necessário computar os materiais envolvidos. Você
pode fazer isso clicando em uma seção transversal qualquer e no Ribbon, clique em “Compute
Materials”. Selecione o alinhamento e clique “OK”. Em seguida, se pedirá que selecione as
superfícies que farão parte do processo de cálculo dos materias de corte e aterro. Para as
superfícies denominadas “EG”, selecione o terreno natural e para as de nome “DATUM”, selecione
a superfície de projeto. Clique OK.

Figura 46 - Computar materiais inserindo as duas superfícies de referência

33
RELATÓRIOS

VOLUME POR ESTACA


Os volumes calculados por estaca só podem FIQUE ATENTO
ser extraídos se tiverem sido computado os Para gerar todos os relatórios, certifique-
materiais na etapa anterior. se de que o formato da estaca esteja
corretamente configurado. Para
Na caixa “Toolspace”, selecione a aba visualizar isso, clique na aba “Settings”
do “Toolspace”. Em seguida, clique com
“Toolbox”. Caso não esteja visualizando essa aba,
o botão direito no nome do arquivo e
marque o ícone “Toolbox” na aba “Home” do
clique em “Edit Drawing Settings”. Clique
Ribbon. na aba “Ambient Settings” e expanda a
opção “Station”. A propriedade “Format”
Expanda “Reports Manager/Corridor” e dê deve estar selecionada para “station
dois cliques em “Volume Report”. Na tela seguinte, index format”. Clique “OK” para salvar as
configurações.
selecione o alinhamento e clique em “Create
Report”.

Figura 47 - Relatório de Volume

NOTAS DE SERVIÇO
Ainda na caixa “Toolspace” e na aba “Toolbox”, expanda a bandeira do Brasil, em seguida,
expanda “Relatórios/Nota de Serviço”. Clique duas vezes em “Nota de Serviço” novamente.
Selecione o alinhamento e selecione o tipo de nota de serviço em “Selecione o corridor link”. Para
notas de serviço de terraplenagem, selecione “DATUM” e clique no “+”. Para notas de serviço de
pavimentação, repita o mesmo procedimento, porém selecionando “TOPO”. Para gerar a nota,
clique em “Criar Relatório”.

34
Figura 48 - Relatório de Nota de Serviço

DATA SHORTCUTS E TRABALHOS COLABORATIVOS

O AutoCAD Civil 3D é uma verdadeira mão na roda quando usado da maneira correta. Não
adianta ter uma máquina parruda com muitos gigas de memória e processadores dignos da Nasa
se não definir um workflow para os trabalhos. A opção de data shortcuts foi inserida para ajudar a
organizar melhor os projetos e tornar os trabalhos mais suaves.

“Data shortcut” pode ser comparado com uma referência comum (XREF) do AutoCAD
simples. Porém as duas coisas são totalmente distintas no ambiente CAD. Atualmente, é possível
referenciar alinhamentos, perfis de superfície, perfis de greide, rede de tubulações, rede
pressurizada e view frames. Na versão 2017 foi incluído corredores para também serem
referenciados.

Essas referências podem trazer enormes benefícios ao projeto, uma vez que eles se tornam
colaborativos. Por exemplo, em um mesmo projeto, podem existir uma pessoa responsável pela
criação dos traçados (alinhamento) e perfis longitudinais, outra responsável pelos cálculos de
quantitativos de terraplenagem e outra responsável por organizar os desenhos em prancha. Isso
tudo pode ser feito ao mesmo tempo.

Para iniciar um compartilhamento de dados, é necessário que se escolha uma pasta para
salvar tais referências. Nos arquivos desta apostila existe uma pasta chamada “Referências”.
Dentro do AutoCAD Civil 3D e com o arquivo Superfície.dwg aberto vá para a aba “Manage” no
Ribbon e clique em “Set Working Folder”. Escolha a pasta Referências e clique “OK”. Agora, clique
em “Set Shortcut Folder”. Perceba que há algumas pastas criadas separadas por disciplina.

35
Escolha a pasta “Topografia” e dê “OK”. Agora clique em “Create Data Shortcut” e em seguida
marque a superfície do terreno natural. Cique “OK” para salvar.

Agora, você pode fazer a


mesma coisa para o arquivo do
projeto viário que você desenvolveu
ao longo deste curso. Experimente
trocar a pasta “Topografia” para
“Geométrico” e compartilhar os
dados dos alinhamentos e greides
que você projetou.

O próximo passo será abrir


um outro arquivo, ou template novo
e criar as referências a partir desses
dados que foram compartilhados.
Você verá um exemplo a seguir no
capítulo de drenagem onde a Figura 49 - Compartilhamento dos dados via "data shortcut"
referência será a superfície que você
acabou de disponibilizar.

DRENAGEM

Desenhar uma rede de tubulações no AutoCAD Civil 3D não é nada difícil. O próprio
software contém um catálogo que te dá poder para desenhar inúmeros dispositivos para seu
projeto.

Vamos aproveitar os conhecimentos de data


shortcut e trazer a superfície do arquivo
Superfície.dwg. No Ribbon, na aba “Manage” clique FIQUE ATENTO
em “Set Working Folder”. Procure pela pasta A opção “Create Reference” pode estar
Referências disponibilizada juntamente com esta desativada em alguns casos. Nessas
condições, essa referência já deve estar
apostila. Ainda na aba “Manage”, clique em “Set
sendo utilizada no seu arquivo ou então
Shortcut Folder” e escolha a pasta “Topografia”. esse arquivo não foi salvo pela primeira
Pronto, você já está apto para criar as referências vez. Se a segunda opção for o caso,
necessárias para o lançamento de uma tubulação de salve o desenho em algum lugar e tente
novamente.
drenagem. O próximo passo é trazer a superfície
referênciada acessando o “Toolspace” na aba “Prospector” e na parte inferior onde estão listados
os “Data Shortcuts”, expanda “Surfaces” e clique com o botão direito na superfície “Terreno
Natural” e selecione “Create Reference”. Em seguida é só dar “OK” nas configurações da
superfície.

36
Com a superfície inserida no desenho,
vamos criar a primeira rede de tubulações. No
Ribbon, na aba “Home”, acesse “Pipe Network” e
clique em “Pipe Network Creation Tool”. Na tela que
se abre em seguida, defina um nome para a rede e
em “Network part list” selecione “DRENAGEM”. Em
Figura 50 - Gerenciamento de "data shortcut" no “Surface name”
"Toolspace/Prospector"
selecione a superfície
importada da referência. Clique “OK” para aparecer a barra de
ferramentas de desenho para rede tubulações. Nesta barra, utilize o
menu da esquerda para selecionar as estruturas (PV, caixas, bocas-
de-lobo) e o menu da direita para selecionar os diâmetros dos tubos
ou tamanho das células (simples, duplos, triplos). Selecione um “PV”
e um tubo simples de diâmetro de 0,80m como exemplo, e desenhe
uma rede estruturada dentro da área da superfície. Ao final da rede,
termine colocando uma boca de bueiro para saída da água drenada.

Os textos inseridos juntamente com o desenho da rede


podem ser organizados apenas puxando-os para uma posição mais
confortável. Faça isso em toda rede para uma melhor aparência do Figura 51 - Criando a rede de
tubulações
seu desenho.

Figura 52 - Barra de ferramentas para desenho da rede de tubulações

PERFIL LONGITUDINAL DA REDE


Para criar o perfil longitudinal da rede de tubulações desenhada,
vamos usar uma ferramenta para criar o alinhamento a partir da própria
rede. No Ribbon, aba “Home”, clique em “Aligment” e em “Create
Alignments from Network Parts”. O comando pede para selecionar a
parte inicial e a parte final. Isso pode ser tanto estrutura quanto tubo e
o alinhamento será criado de acordo com o que se selecionar. Ao final
do comando pressione “Enter” para finalizar e na tela seguinte,
configure os estilos do alinhamento conforme sua necessidade. Clique
“Ok” e a partir daí perceba que será o mesmo procedimento de se criar
um perfil longitudinal isoladamente. Caso tenha dúvidas nesse
processo, volte a apostila na parte de Perfil Longitudinal.
Figura 53 - Perfil a partir
da rede

37
TERRAPLENAGEM

O AutoCAD Civil 3D possui uma ferramenta especial para fazer cálculos e modelos de
platôs e terraplenagem em geral. Apesar de ser um pouco instável por conta de diversos erros
repentinos ocasionados pelo programa, o menu “Grading”
pode te ajudar em muitas situações. Aliada, a ferramenta
“feature line” também será muito usada para atribuir as
cotas necessárias ao modelo de terraplenagem.

Vamos começar por modelar algo parecido com a


figura ao lado para um devido fim, seja um galpão, um
campo de futebol ou uma bacia de retenção.

Aproveite a superfície do arquivo Superfície.dwg (use


“data shortcuts” para inseri-la) e faça um retângulo com
uma polilinha de um tamanho de mais ou menos 100m x Figura 54 - Terraplenagem de platô
60m. Posicione o retângulo de forma que fique em cima do
morro conforme as curvas de nível mostram na próxima figura. Vamos utilizar a cota do centro da
curva de nível que será de 728m.

Figura 55 - Polilinha desenhada no centro da parte mais alta da curva de nível

A ferramenta que será utilizada para começar o platô está no Ribbon, aba “Home”. Clique
em “Grading” e em seguida “Grading Creation Tools”. Abrirá a ferramenta de manipulação do
platô.

Figura 56 - Ferramenta para criação de platôs de terraplenagem

38
A primeira coisa a se fazer é criar um grupo para
essa atividade. Clique em para criar o grupo. Na
próxima tela, dê um nome em “Name”. Podemos
chamar de “Terraplenagem” ou qualquer outra nome que
definirá seu empreendimento. Marque as opções “Automatic
surface creation”, “Use the Group Name” e “Volume base
surface”. Nesta última, selecione o terreno natural como
sendo a superfície base. Clique “OK” e clique “OK”
novamente para confirmar a criação da superfície que se
fabricará a partir de agora. Vamos trabalhar com o critério
“ALTURA” primeiramente. No menu de seleção, selecione
esse critério e clique no ícone para abrir o menu e
em seguida clique em “Create Grading”. Selecione a
polilinha criada e a próxima janela que se abre é para
converter essa polilinha em “Feature Line”. Antes de apertar
“OK” marque a opção “Assign elevations”. Confirme a
operação clicando no “OK” e na próxima tela marque a

opção “Elevation” para definir a cota da base do platô. Figura 57 - Processo para criação do
grupo
Coloque a cota que foi escolhida anteriormente (728m) e
aperte “OK”. Agora, com o comando ainda ativo, pede-se que se selecione para que lado será
colocado o critério altura. Clique no lado externo da polilinha. Em seguida, pede-se para aplicar o
critério em toda a linha (“Apply to entire length”). Clique no “Yes” ou escreva “Y” e aperte o
“Enter”. Prosseguindo, o comando pede qual será a altura relativa que se chegará nesse critério.
Coloque -5 e aperte o “Enter”. O sinal negativo indica que se está fazendo um talude para baixo
da cota da base definida na “feature line”. A próxima e última solicitação é para definir a
inclinação (“slope”). Digite 2 e aperte o “Enter”.

Ainda com a barra “Grading Creation Tools” ativa (caso


tenha fechado-a acidentalmente, clique em “Grading/Grading
Creation Tools”, no Ribbon, aba “Home” e abra-a novamente)
vamos trabalhar com o critério “DISTÂNCIA”. Selecione-o no
menu e clique novamente em para iniciar o comando.

Figura 58 - Menu de seleção de A primeira tarefa é selecionar a “feature line” que se deseja
critérios partir. Nesse caso, não será mais a linha da base do platô (cota
728m) e sim a linha final do talude que foi definido com o
critério “ALTURA”. Clique nessa linha, confirme a aplicação na linha toda (“Apply to entire lenght”)
clicando no “Yes”. Em seguida, especifique a distância horizontal que será aplicada. Digite 3 e
aperte o “Enter”. Logo após, o comando pede qual será a inclinação (“slope”). Digite “horizontal”
na barra de comando e pressione “Enter”. Isso irá fazer com que o platô crie uma banqueta nessa
região.

39
Repita mais uma vez as duas etapas
anteriores de “ALTURA” e “DISTÂNCIA” para formar FIQUE ATENTO
mais um nível do talude. Vamos finalizar com o
O AutoCAD Civil 3D considera a
critério “SUPERFÍCIE” para chegar com o talude até o inclinação (“slope”) de forma inversa à
terreno natural. Selecione o critério, clique em utilizada no Brasil. Aqui, usualmente
“Create Grading”, selecione a feature line (sempre a considera-se, quando se diz 1 para 1,5
ou convencionalmente 1:1.5, que está se
última), aplique na linha toda e defina a inclinação
referindo a 1m na vertical e 1,5m na
em corte (“Cut Slope”) como sendo 1:1 e em aterro horizontal. Portanto, esquematicamente,
(“Fill slope”) como sendo 1.5:1. Vertical:Horizontal (V:H). O formato
utilizado pelo programa diz a mesma
Para finalizar a terraplenagem é necessário coisa escrevendo 1.5:1. Logo o esquema
aplicar uma espécie de distribuição da cota da base é Horizontal:Vertical (H:V). Não há
diferença alguma para os cálculos e no
em toda à sua área. Expanda o menu e
final o resultado será sempre o mesmo.
clique em “Create Infill”. Selecione a área da base
com um clique como se estive no comando “Hatch”. Após o clique, a distribuição está feita e a
nova superfície criada poderá ser visualizada. Você pode conferir o novo projeto clicando na
superfície do platô criada e com um clique do botão direito, selecione “Object Viewer”.

Figura 59 - Platô final após a atribuição dos critérios

Caso queira saber o volume final do platô modelado há três maneiras de visuálizá-lo.

1. Uma delas é expandindo o ícone e clicando na opção “Grading Volume

40
Tools”. Por aqui é possível fazer uma compensação de volumes clicando em e
definindo o volume requerido como sendo 0. Ao final um balanceamento será feito
e a sua cota base não será a mesma definida no início.

Figura 60 - Volume do platô de terraplenagem

2. Uma outra forma de gerar o volume já é conhecida. Clique no menu Analyse e em


seguida em “Volume Dashboard”. Você poderá também criar a mancha de corte e
aterro nesta análise conforme já foi feito no capítulo de Volume.
3. A terceira forma também é conhecida. Ela foi demonstrada ao calcular o volume
por estaca. Lembre-se que para ter esse tipo de volume é necessário um
alinhamento, criar as “sample lines” e computar os materiais. Nesse caso, a
superfície de projeto será a superfície de terraplenagem que acabamos de criar.

ARTICULAÇÕES DE FOLHAS

Articular folhas significa


organizar o desenho em planta e/ou
perfil longitudinal para que as
informações sejam distribuídas em
pranchas de um certo formato de
folha. Uma maneira bem simples de
fazer uma articulação em um traçado
linear no AutoCAD Civil 3D é usando
a ferramenta de “View Frames”. Para

FIQUE ATENTO
Figura 61 - Exemplo de articulação de folhas
Você pode usar templates para articular
as plantas e/ou perfis do seu projeto. Se
acessá-la, vá para a aba “Output” do Ribbon e clique
você escolher que quer gerar Planta e
Perfil em uma mesma prancha, por em “Create View Frames”. A janela que se abre está
exemplo, esse template deve conter 1 dividida em algumas etapas:
layout com 2 viewports inseridos. Na
propriedade do viewport, mas 1. Etapa “Alignment”: nesta etapa,
especificamente em “Viewport Type” selecione o alinhamento no qual irá se fazer a
deve estar configurado em um deles
articulação das folhas Além disso, é possível
para “Plan” e no outro para “Profile”.
Salve esse template para que você use-o selecionar o alinhamento todo (“Automatic”) ou um
no comando “Create View Frames”.

41
pedaço dele (“User specified”) informando a estaca inicial e final. Clique em “Next”
para a próxima etapa.
2. Etapa “Sheets”: aqui você pode escolher o tipo de articulação a se fazer que pode
ser: planta e perfil, planta apenas ou perfil apenas. Em “Template for Plan Sheet”
escolha o template onde tenha pelo menos 1 layout contendo viewports para cada
situação. Em “View Frame Placement” defina se a rotação da folha estará seguindo
o alinhamento (“Along alignment”) ou se ela estará sempre rotacionada para o
norte (“Rotate to north”).
3. Etapa “View Frame Group”: especifique um nome para o grupo de folhas além de
nome para a aba no layout que será feita.
4. Etapa “Match Lines”: as configurações feitas aqui irão refletir ao comportamento
no início e no fim da folha em planta. Ao marcar “Insert match lines” é possível
definir que as linhas delimitadoras da planta se posicionem em uma estaca
arredondada, digitando o valor de arredondamento em “Snap station value down
to the nearest”. Em “Allow aditional distance for repositioning” é possível colocar
um intervalo de sobreposição entre as pranchas.

Figura 62 - Criação dos "View Frames" na Etapa "Sheets"

Clique em Create View Frames para visualizar o resultado. Caso não fique correto, é
possível realinhar, rotacionar as folhas e reposicionar as linhas delimitadoras (“match lines”).

O próximo passo agora é criar os layouts de forma automática utilizando os view frames
feitos. Ainda na aba “Output” do Ribbon, clique em “Create Sheets”. As etapas são:

42
1. Etapa “View Frame Group and Layout”: selecione qual o grupo se deseja criar
os layouts além da opção de poder selecionar quais as folhas (“view frames”)
deste grupo serão criadas ou se será todo o grupo (“All”). Na parte onde está
escrito “Layout Creation” é possível escolher um número de layouts por cada
desenho novo, todos os layouts em um novo desenho ou todos os layouts no
desenho atual. Por último, escolha o símbolo do norte que será inserido em
planta.
2. Etapa “Sheet Set”: o conceito de “Sheet Set” vem do AutoCAD simples onde é
possível gerenciar os layouts de uma maneira mais rápida em um controlador
específico para isso chamado “Sheet Set Manager”. Esta etapa define a criação
do “Sheet Set” e um local para salvá-lo.

Figura 63 - Processo de criação dos layouts das folhas articuladas

Ao final do processo, clique em “Create Sheets” e uma mensagem aparecerá dizendo que
será preciso salvar o desenho para completar a ação. Aperte “OK” nesta mensagem e aguarde o
término da operação. Confira os resultados posteriormente.

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DICIONÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS

INGLÊS PORTUGUÊS

abutment apoio

alignment alinhamento / eixo de rodovia

assembly gabarito / seção tipo

bearing rumo

berme/bench berma

bound limite

breaklines linhas de corte

catchment bacia de captação / bacia de contribuição

cover cobertura

crest convexo

culvert bueiro / tubulação perpendicular a uma estrada que capta a água da estrada

curb meio-fio

curve curva

cut corte

datum superfície do corridor resultante da terraplenagem (sem as camadas da estrutura do


pavimento)

daylight no Brasil chamado de offset – linha que marca onde a plataforma de projeto encontra o
terreno natural

detention pond bacia de retenção

Ditch canal

EGL linha de energia (Hidráulica)

fade desvanecimento

feature line linha base

fill aterro

frontage frente

girder longarina

grading plataformas de terraplenagem

gutter sarjeta

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INGLÊS PORTUGUÊS

haul free haul = transporte livre

headlight visibility distância de visibilidade em curvas verticais côncavas

HGL linha piesométrica (Hidráulica)

Hypsography hipsografia - geografia de altitudes (ramo na geografia que trata de medidas e


mapeamento de locais de alta altitude)

I.D.F. relação Intensidade, Duração, Frequência para precipitações

Inlet dispositivo de captação de água qualquer (boca-de-lobo, entre outros)

land planning planejamento do aproveitamento do terreno

Lane faixa de rolamento

mass haul diagram Diagrama de Bruckner (diagrama de massa)

parameter parâmetro

parcel lote

pipes tubulação

profile perfil longitudinal / greide da rodovia

PVI ponto de interseção vertical

quantity takeoff levantamento de quantitativos

right of way alinhamento predial / faixa de domínio no caso de rodovias e avenidas

Sag côncavo

sample lines linhas de amostragem

shoulder acostamento

slope declividade

slope patterns padrões de declividade

station estaca

subassembly elemento da seção transversal

survey levantamento

watershed Bacia hidrográfica. É a soma de todas as "catchment areas"

weir vertedouro

Tabela 1 - Tabela de termos técnicos. Fonte: Autodesk Hands-on Civil 3D 2012

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