ESTUDO DE UM PRÉ-AMPLIFICADOR DE MICROFONE: REALIZAÇÃO

E AVALIAÇÃO DE UM CONJUNTO DE MODIFICAÇÕES COM VISTA A

MELHORAR A SUA PERFORMANCE

BRUNO DE GOUVEIA AZEREDO RODRIGUES

Projecto de Fim de Licenciatura, Curso de Produção e Tecnologias da Música (PTM), Escola Superior de Música e
das Artes do Espectáculo (ESMAE), Instituto Politécnico do Porto (IPP), Porto, Portugal.
brngva@gmail.com
Este trabalho tem como objectivo a quantificação da importância de certas modificações a um pré-amplificador de
microfone. Trata-se de um estudo de caso centrado no pré-amplificador da marca M-Audio, modelo DMP-3,
considerado um dos mais baratos do mercado. Numa análise preliminar ao circuito eléctrico verifica-se que este é
baseado em circuitos integrados, característica de resto frequente neste tipo de aparelhos. Analisando um canal, este
contém um circuito integrado com entrada diferencial que dá o primeiro estádio de ganho de cerca de 40dB para sinais
balanceados. Contém ainda quatro amplificadores operacionais duplos que desempenham as funções de: um segundo
estádio de ganho; um filtro passa-alto; instrumentação do VU; e o balanceamento do sinal para a saída. Foram
considerados dois modelos iguais em que um serviu de referência e o outro foi sujeito às modificações; modificações
estas realizadas em perspectiva com o preço de mercado do aparelho. As modificações incluíram a troca da fonte de
alimentação por baterias, a troca dos condensadores electrolíticos de acoplamento do áudio por não-electrolíticos e ter a
saída do sinal no primeiro circuito integrado para conversão A/D. A análise à performance foi realizada de forma
objectiva através de testes/ medições aos dois modelos; e de forma subjectiva por teste e inquérito a um conjunto de
indivíduos. Procedeu-se também à avaliação subjectiva entre a versão upgrade e um pré-amplificador de referência, o
Millennia Media TD1, para se estabelecer um patamar de performance.
Palavras chave: pré-amplificador de microfone/ microphone pre-amplifier, condensador/ capacitor, circuito
integrado/ integrated circuit, fonte de alimentação/ power supply, especificações/ specifications, performance/
performance

INTRODUÇÃO ou mesmo levar a cabo a sua construção a partir de

O áudio é uma representação eléctrica de um som, na
forma de uma tensão ou corrente alternada, sendo a
conjugação de acústica e electrónica. Num sistema em
que se pretenda o mínimo de distorção/ deformação da
forma de onda original é necessário ter bastantes
cuidados ao nível do funcionamento de cada
componente, analisando criteriosamente o seu
comportamento. Assim, apesar da especificidade deste
projecto, a concretização deste trabalho aborda questões
que são transversais ao áudio, desde a captação,
gravação e reprodução.
Esta investigação pretende dar a conhecer o
comportamento da electrónica de um pré1 de microfone
para tirar a maior vantagem do seu uso, em que se
inclui: saber qual o pré mais indicado para uma
determinada situação; a forma de o usar; a capacidade
de efectuar reparações ou alterações que o melhorem;
1
A partir de agora designar-se-á pré-amplificador apenas por pré.
Note-se também que dado uso corrente de alguns termos em inglês,
optou-se por não traduzi-los.
componentes electrónicos.
Estabelecendo-se como ponto de partida a “análise
objectiva e subjectiva de um conjunto de upgrades de
baixo custo a um modelo de pré-amplificador de
microfone de uso difundido”, desenvolveu-se como
base deste trabalho a observação do circuito electrónico
e a substituição/ alteração de alguns dos seus
componentes com vista a melhorar a sua performance.
As modificações permitiram efectuar uma avaliação em
relação a um aparelho não modificado e também a um
aparelho estabelecido como referência. A análise
objectiva implicou o estudo do significado das
especificações de equipamento áudio e quais as
medições possíveis e pertinentes a fazer com o
equipamento de medição disponível. A análise
subjectiva implicou um levantamento bibliográfico
sobre testes subjectivos bem como sobre percepção do
ouvido humano em geral, a fim de levar a cabo os testes
de uma forma sustentada. Portanto, este projecto tem
como objectivo específico desenvolver e testar a
capacidade de optimizar um pré-amplificador de
BRUNO GOUVEIA
microfone e analisar as vantagens/ pertinência de
processos deste tipo.
1 ESTUDO DE CASO: O PRÉ-AMPLIFICADOR
DE MICROFONE M-AUDIO DMP3
Os microfones são transdutores que tipicamente têm
sinais de nível na ordem dos 2mV. Portanto é necessário
um ganho de 1000 vezes (60dB) ou até mais, para
amplificar os sinais para nível de linha. É igualmente
necessário que estes circuitos tenham um alto ganho e
baixo ruído [1].
Figura 1: Pré-amplificador de microfone M-Audio DMP3
O pré em estudo é da marca M-Audio, referência DMP-
3, sendo o valor de venda a público cerca de 200 euros.
Encontra-se à venda desde 2001 e desde então está em
contínua produção pela marca [2], o que é em certa
medida um indicativo do seu sucesso comercial. Possui
dois canais de pré-amplificação e cada um tem dois
estádios de ganho, em que o segundo pode ser
desligado, com o valor máximo de 90dB. Contém ainda
indicadores de nível através de VU em que 0VU
corresponde a +4dBu e um filtro passa-alto.
1.1 Descrição da electrónica: análise aos
componentes considerados
Figura 2: Esquema simplificado dos componentes electrónicos
do primeiro estádio de ganho do DMP3
Analisando o circuito eléctrico em questão verifica-se
que é baseado em circuitos integrados Um circuito
integrado é um dispositivo que consiste em centenas ou
mesmo milhares de componentes contidos numa
pequeno espaço, denominado muitas vezes de chip. Os
circuitos integrados não são necessariamente piores que
o seu equivalente em componentes discretos. De facto,
um amplificador operacional feito com componentes
discretos seria demasiado grande, demasiado instável
em relação à temperatura e mais susceptível a ruídos e
interferências externas [3].
Examinando um canal de áudio, este contém um
circuito integrado INA163 da Burr-Brown (Texas
Curso de Produção e Tecnologias da Música, Julho 2007
MODIFICAÇÕES A UM PRÉ-AMPLIFICADOR DE MICROFONE
Instruments) com entrada diferencial que dá o primeiro
estádio de ganho, em que o potenciómetro Rg (5kohm)
controla o ganho. Contém ainda quatro amplificadores
operacionais duplos NJM4560 da JRC (Japan Rádio
Company) que desempenham as funções de um segundo
estádio de ganho, um filtro passa alto, a instrumentação
dos VU e o balanceamento do sinal para a saída.
Verificamos que o INA163 é de um preço bastante
superior ao da NJM4560, cuja aplicação é recomendada
para instrumentação de precisão. Os da JRC incluem-se
nos opamps de uso vulgar sendo o seu preço
comparativamente reduzido [4].
Verifica-se que os condensadores de acoplamento do
áudio são electrolíticos, sendo os mais vulgarmente
usados e baratos.
Em relação à fonte de alimentação, esta é composta por
um transformador exterior ao chassis do pré (220VAC –
10VAC), que entra num circuito de duplicação de
tensão do tipo simétrico [4] torna esta tensão para +20V
e – 20VDC não regulados. Por fim cada uma destas
tensões entra no regulador respectivo (L7915C e
L7815CV) e tem-se à saída dos reguladores +15V e -
15V, que é a alimentação de todo o circuito do pré. Em
relação ao phantom power, para a partir de +15V / -15V
se gerar os +48V necessários o pré em questão utiliza
um circuito integrado, um oscilador 555 (HA1755)
Os condensadores de acoplamento do áudio ao circuito
integrado INA163 são electrolíticos de 10uF/ 60V. A
saída do INA163 também está acoplada ao restante
circuito através de um condensador de electrolítico de
10uF.
2 O CONJUNTO DAS ALTERAÇÕES
Pretendeu-se fazer modificações simples cujo custo não
excedesse de maneira nenhuma o preço de mercado do
pré. A fonte de alimentação original é vulgar e possui
um ripple mensurável. Ter uma fonte de alimentação
absolutamente sem ripple e isolada da rede eléctrica
significa o uso de baterias, o que também é
relativamente barato.
Verifica-se também que os 45dB de ganho do primeiro
estádio são suficientes para a maioria das aplicações, o
que abre a possibilidade de se fazer bypass ao segundo
estádio de ganho bem como ao balanceamento do sinal,
cujo custo de material não se considera.
Assim, a investigação consiste na avaliação do pré após
as seguintes modificações (1) mudar os condensadores
de acoplamento do áudio, (2) trocar a fonte de
alimentações por baterias e (3) tirar o sinal na saída do
primeiro circuito integrado.
2.1 Primeira alteração: condensadores não-
electrolíticos
Os condensadores electrolíticos, tais como os
originalmente usados no DMP3, têm bastantes
deficiências relativamente à performance. Baixas
temperaturas reduzem o seu funcionamento e podem
mesmo congelar os electrolíticos, e as altas temperaturas
podem secá-los. Se os electrolíticos têm uma fuga
podem corroer o equipamento. As fracas tolerâncias e a
2
BRUNO GOUVEIA MODIFICAÇÕES A UM PRÉ-AMPLIFICADOR DE MICROFONE
operação em altas temperaturas estabelecem um tempo
curto de vida. No entanto são os mais amplamente
usados pois providenciam uma alta capacitância num
pequeno volume e o custo mais baixo de
microfarad/volt [5].
É generalizado que os condensadores electrolíticos são
prejudiciais à qualidade do áudio. Inclusivamente nas
especificações do circuito integrado INA163 há uma
sugestão de um esquema de circuito para evitar o uso de
um condensador de acoplamento à saída para retirar a
componente contínua do sinal áudio [6].
Colocando portanto de parte o uso dos condensadores
electrolíticos, assumiu-se como melhor opção o uso de
condensadores de poliéster metalizado Evox-Rifa de
10uF 63Vdc, cuja característica que imediatamente faz
notar, além do preço encarecido, é o seu tamanho físico.
Estes condensadores têm a vantagem de não ter
polaridade, terem tolerâncias mais apertadas e os seus
valores variam menos consoante a temperatura e têm
bastante maior longevidade.
Figura 3: Dimensões do condensador de políester (esquerda)
versus o seu equivalente electrolítico (direita)
2.2 Segunda alteração: baterias
As baterias usadas para substituir a fonte de alimentação
são de chumbo (Pb), da marca YUASA, referência
NP1.2-12FR tendo a tensão de 12V e a capacidade de
1,2A/h. São usadas duas baterias para obter as tensões
+12V e -12V. Apesar desta tensão não ser a dos +/-15V
originais, verificou-se através de testes com uma fonte
de alimentação de laboratório que o circuito em questão
era bastante inume a variações da tensão de
alimentação. A única consequência óbvia é a redução do
valor máximo de ganho e consequente redução da gama
dinâmica.
Nas especificações dos circuitos integrados INA163,
NJM4560 e HA17555 a tensão mínima de alimentação é
de +/- 4,5V, pelo que +/-12V garante uma boa margem.
A medição do consumo do pré deu o valor nominal de
125mA com o phantom power ligado. No entanto, dado
que o pré tinha duas lâmpadas em cada VU, optou-se
por desligá-las o que baixou o consumo para 87mA, o
que estima um consumo de 13h. No entanto, não é de
considerar tanto tempo pois à medida que a bateria
descarrega a tensão desce e a impedância de saída
aumenta o que vai prejudicar o desempenho dinâmico
do pré. Em situação de clipping e com o phantom power
ligado o valor máximo de consumo é de 120mA.
Curso de Produção e Tecnologias da Música, Julho 2007
2.3 Terceira alteração: saída do primeiro circuito
integrado
Em muitas situações os cerca de 40dB de ganho do
primeiro estádio são suficientes para muitos dos
microfones e aplicações, pelo que um segundo estádio
de ganho à partida não é necessário. Pretende-se então
verificar se poderá ser obtida alguma vantagem na
anulação deste segundo estádio. Ter a saída do sinal de
linha na saída do primeiro circuito integrado, funciona
numa postura de captação minimalista com o conversor
A/D próximo do pré, pois sendo a distância ao A/D
curta podemos assumir que não há necessidade de um
circuito que balanceie o sinal, pelo menos no que diz
respeito à rejeição do modo comum.
Quando se procedeu a estas modificações e se procedeu
a testes subjectivos pessoais, notou-se uma degradação
na performance, pelo que voltamos atrás nesta
modificação. Investigando as razões deste facto,
notamos que Watkinson aconselha o uso de ligações
balanceadas mesmo para distâncias curtas, pois a
rejeição do modo comum pode ser eficaz, por exemplo,
em eliminar ruídos induzidos pela fonte de alimentação
ou interferências de rádio-frequência (RFI) ou
interferências electromagnéticas (EMI) [7]. Também um
segundo estádio de ganho pode ter a função de buffer,
ou seja além de dar ganho de corrente, previne que a
carga subsequente interfira com o funcionamento do
primeiro estádio que é mais crítico. Se à partida, se pode
julgar que numa postura minimalista “menos electrónica
é mais”, este caso levou-nos a concluir que neste caso
“mais electrónica é mais”.
2.4 Custo do upgrade
A partir de um comércio a retalho de componentes
electrónicos [8], calcula-se o custo dos upgrades
apresentado na tabela 1.
Quantidade e descrição Preço uni. Total
2 Baterias YUASA 12V 1.2Ah 12,16 24,32
1 Carregador p/ baterias de 12V 15,20 15,20
6 Condensadores, EVOX-RIFA poliéster 2,29 13,74
metalizado, 27.5mm, MMK, 10uF, 5%,
63Vdc
Total: 53,26 €
Tabela 1: Discriminação do custo das modificações
O preço unitário dos condensadores originais é de 0,08€
(condensador, electrolítico de alumínio, radial, 63Vdc,
10uF) Estes condensadores, além dos mais baratos, são
de reduzidas dimensões (ver figura 3).
Encontrou-se um condensador de 10uF pelo preço de
64,57€ por unidade (EPCOS, poliéster metalizado,
MKT, 90Vdc,10µF), que não se constituiu como opção
razoável para as alterações ao DMP3 pois o preço dos
mesmos excederia em larga medida o preço do pré.
3
BRUNO GOUVEIA MODIFICAÇÕES A UM PRÉ-AMPLIFICADOR DE MICROFONE

entanto, no espectro da onda quadrada aparecem pares.,

3 ANÁLISE OBJECTIVA DO EQUIPAMENTO o que representa uma não linearidade.
ORIGINAL E DO MODIFICADO
Para uma apreciação mais sustentada de um
equipamento de áudio é necessário medir
objectivamente o maior número de parâmetros possíveis
e interpretá-los [9]. No presente caso, a medição das
características de pré original e do modificado vão
permitir perceber quais as diferenças objectivas
introduzidas. A medição objectiva de parâmetros
também permitirá confrontar estes resultados com as
especificações dadas pelo fabricante, que em muitos
casos apenas da relevância aos pontos fortes e omite os
pontos mais fracos do produto [10].

3.1 Medições
O equipamento de medição disponibilizado pelo curso
de Produção e Tecnologias da Música incluiu (1) um Figura 4: Espectro de uma onda quadrada de 1kHz, 0-20KHz a
osciloscópio analógico, (2) um analisador de áudio 10dBu em 47kOohm (MOTU 828) em ambos upgrade e
Neutrik A2D e (3) uma fonte de alimentação de original
laboratório. Os SAIPP disponibilizaram uma placa de
Note-se que no pré modificado aparecem mais
som MOTU 896 com o software Spectrafoo.
Fabricante Original Upgrade
harmónicos pares do que na original, constituindo isso
Máxima de entrada 14,6dBu 15,7dBu 13,8dBu uma degradação na performance.
Máxima de saída 27,5dBu 27,7dBu 25dBu Nas medições das impedâncias, usando um multímetro
Ganho 13.5dB to 46.5 dB 46dBu primeiro 44dBu primeiro
low gain range, estádio; estádio Velleman DVM 890, verificou-se que a resposta em
39.5 to 72.5dB
high gain range
frequência deste era muito limitada, depois de se
Impedância de 3k Ohms 2,95kΩ @ 2,95kΩ @ calcularem valores incongruentes. A medição com um
entrada balanced 1kHz 1kHz multímetro de gama superior tirou as dúvidas.
(balanceado) (balanceado)
Impedância de saída Não disponível 475Ω @ 1kHz, 475Ω @ 1kHz, A certa altura, o VU do pré apresentava um
balanceado balanceado comportamento estranho, em que se encontrava a
THD+N 0.00035% (- THD+N do próprio aparelho de oscilar. Se o primeiro julgamento era que haveria
109dB), 20Hz medição é bastante maior (0,004%)
to 20kHz, @ e submerge a do pré alguma avaria, rapidamente nos apercebemos que se
13,6dBu input tratava da frequência muito baixa que estava a ser
SNR:/ -120dB, A- 122 dB A- 120dB A-
weighted, 20Hz weighted, 20Hz weighted, 20Hz injectada no pré.
to 20kHz to 20kHz (gama to 20kHz (gama Nesta fase tivemos de construir um equipamento que
dinêmica) dinâmica
EIN -128dBm @ Não foi
auxiliasse a medição de ambas a impedância de entrada
600 Ohms, max possível medir e de saída. O analisador Neutrik A2D permite esta
gain medição até um tecto de 6kohm,onde uma entrada com
Tabela 2: Especificações do fabricante e medições do pré mais não proporciona uma queda de tensão suficiente
original e upgrade DMP3 para o analisador poder calcular. Associando
resistências e medindo a queda de tensão, calcula-se a
De notar na figura 2 que numa boa aproximação são as impedância. Dado que a impedância de entrada de
resistências R3 e R4 (1,5kΩ cada) que dão o valor da microfone é na ordem dos 3kohm, o A2D serve
impedância de entrada, já que as outras cargas situam-se perfeitamente para a medir com rigor, mas para a
muito acima desta, como se verificou nas medições. entrada de linha do pré na ordem dos 100kohm não. Foi
A diferença maior e também a mais óbvia (devido às construído um pequeno projecto para a medição das
diferentes tensões de alimentação) encontrou-se no impedâncias de entrada e de saída, a partir de esquemas
ganho máximo dos prés. A nível de ruído de fundo não disponíveis no capítulo Impedance Matching de DAVIS
se registou uma diferença significativa. A THD+N et al [11]
especificada pelo fabricante aparenta estar correcta dado
que não nos foi possível medir devido a limitações de 3.2 Análise dos resultados obtidos
resolução do equipamento disponível.
Durante as medições reparamos que um teste objectivo Podemos verificar que neste caso as especificações
que pode dar bastante informação sobre é a resposta dadas pelo fabricante correspondem às que foram
uma onda quadrada. É de notar que uma onda sinusoidal possíveis medir. Em relação a ambos à confrontação de
não contém informação e verificou-se que apesar de parâmetros entre o pré modificado e o original,
com uma sinusoidal o pré não apresentar uma distorção verificamos que além da óbvia redução da gama
harmónica, com a onda quadrado o caso muda de figura. dinâmica devido à redução da tensão de alimentação das
Uma onda quadrada só tem harmónicos ímpares, no baterias, também se verificou um aumento do nível dos
harmónicos pares quando submetidos a uma onda

Curso de Produção e Tecnologias da Música, Julho 2007 4

BRUNO GOUVEIA MODIFICAÇÕES A UM PRÉ-AMPLIFICADOR DE MICROFONE

quadrada. No entanto, é necessário realizar mais
trabalho com a medição com ondas quadradas, pois
durante a nossa experimentação verificamos que este se
trata de um sinal com bastante maior poder de
diagnóstico do que a vulgar sinusoidal. Se com a
aplicação das baterias seria de esperar que o ruído de
fundo baixasse de nível, surpreendentemente não foi
medida nenhuma alteração. Supomos que isto se deveu
a limitações do equipamento de medição, tal como
aconteceu com a medição do THD+N onde o próprio
sinal gerado pelo Neutrik A2D continha um valor muito
mais elevado de THD+N do que os prés (ver tabela 2).
4 ANÁLISE SUBJECTIVA DO EQUIPAMENTO
ORIGINAL E DO ALTERADO.
CONTRAPONTO COM O EQUIPAMENTO
DE REFERÊNCIA
4.1 Recolha das amostras
A recolha das amostras e os testes subjectivos foram
realizados na Régie A e no Estúdio dos Serviços de
Áudio do IPP.
Para averiguar a performance de forma subjectiva, foi
captada uma amostra de som de voz falada e uma
amostra de som de violino. Na captação da voz o sinal
de microfone foi dividido2 entre o pré original e o
upgrade; e para a captação do violino o mesmo foi
dividido entre o pré upgrade e o pré de referência. O pré
de referência utilizado foi o Millennia Media TD1. Cada
unidade TD1 é um canal mono que incorpora tudo o que
se pode pretender num pré de microfone/ instrumento.
O preço por unidade é de €1115,54 ($1507,99) [11]. Na
montagem dos três prés verificou-se subjectivamente
que a rejeição do modo comum do TD1 era bastante
superior à do DMP3. Para ter uma alta rejeição do modo
comum com amplificadores operacionais é imperioso
usar resistências precisamente iguais em ambas
entradas, o que é difícil de obter e consequentemente
caro [3]. Dado o preço do TD1 seria obrigatório ter esta
rejeição como excelente.
Existiu a problemática relativa a qual dos prés
forneceria o phantom power: optou-se no primeiro caso
por usar um microfone dinâmico (Sennheiser MD441) e
no segundo por usar um phantom power externo afim de
AES20-1996 [14]. Esta última norma é recomendada
por Martin Colloms [15].
Sujeitaram-se 12 pessoas aos testes (especializadas e
não especializadas: alunos e professores do curso de
Produção e Tecnologias da Música, músicos e uma
pessoa sem relação com a área da música ou do áudio).
Apesar de todas afirmarem ouvir diferenças em ambas
as amostras numa primeira audição, apenas uma pessoa
conseguiu validar o resultado com uma baixa
probabilidade de estar a adivinhar. Com efeito,
verificou-se também que o nº de respostas correctas era
maior nas primeiras respostas dadas, sendo que as
pessoas começavam progressivamente a errar
(queixando-se ao mesmo tempo que sentiam uma
dificuldade progressiva em distinguir diferenças e
chegando mesmo a desistir). Julgamos que este facto se
deve a dois factores: o primeiro estará provavelmente
relacionado, devido às diferenças serem subtis, com um
fenómeno psicoacústico - o cérebro poderá desencadear
uma compensação das diferenças. Para evitar este
fenómeno, Colloms aconselha que as características
sonoras sejam passíveis de se verificarem rapidamente
[16]. O segundo factor poderá estar relacionado com o
cansaço que rapidamente as pessoas acusavam - mais
uma vez, pela subtileza das diferenças, concluímos que
a realização do teste exigia uma atenção/concentração
extremas, que muitas das pessoas sujeitas aos testes
assumiram não conseguir manter até ao fim. Este
segundo factor poderá ter inclusivamente potenciado o
primeiro.
Do balanço dos testes realizados podemos salientar que
9/12 conseguiram descrever as diferenças de uma forma
que se pode considerar coerente, de acordo com as
tabelas que se apresentam abaixo. Foi contudo também
expresso pelos sujeitos testados, que consideravam que
estas diferenças se notavam apenas em pormenores,
sobre os quais era necessário fixar a atenção/ audição
para as distinguir tornando-se deste modo um trabalho
cansativo e exigente em termos de concentração.
Voz Original Voz Upgrade Resultado Probabilidade Observações
1 Mais ruído Mais 10/18
de adivinhar
75%
articulado
2 ligeira mais 9/16 70%
coloração perceptível,
3 na voz,
inconstante
ataque mais
acentuado,
12/16 5%

usar um microfone de condensador (AKG 414). Na fase 4 menos linear. 5/16 100%
da captação monitorizou-se o pré de upgrade. 5 Não tão
fluído ou
2/5 100% Desistiu

natural
Etc-
4.2 Testes ABX
Foram planeados testes ABX com as amostras de voz Tabela 3: Dados obtidos nos testes subjectivos entre o pré
original e o upgrade
(pré original versus upgrade) e de violino (pré upgrade
versus referência). Foram tidas em conta as Violino
Upgrade
Violino
Referência
Resultado Probabilidade
de adivinhar
Observações

recomendações da norma ITU-R BS 1116 [13] e da 1 Maior Ligeiramente 11/16 7%

definição mais seco
harmónica
2 mais não tão 10/16 20%
brilhante, agressivo,
2
A divisão do sinal fez-se através de um cabo que se divide em dois.. 3 mais brilho mais suave 9/16 70%
Dado a impedância de entrada dos prés ser de 3kohm, ter uma ligação 4 mais fresco, 4/9 97,5% Desistiu
5 mais claro e 3/8 100% Desistiu
em paralelo representa uma carga de 1,5kohm para o microfone, que limpo
sendo de baixa impedância (200-300) não representa uma carga Etc-
punitiva. Não se utilizou um transformador para dividir o sinal, pois
verificou-se que introduzia ruído de rádio, que poderia comprometer a Tabela 4: Dados obtidos nos testes subjectivos entre o pré
audibilidade de supostas diferenças entre os prés. upgrade e o de referência

Curso de Produção e Tecnologias da Música, Julho 2007 5

BRUNO GOUVEIA MODIFICAÇÕES A UM PRÉ-AMPLIFICADOR DE MICROFONE
Em relação à comparação subjectiva entre o pré
modificado e o de referência, as opiniões dividiram-se
em relação à preferência, podendo por isso concluir-se
que na avaliação subjectiva a performance é
equivalente. Mediante os resultados obtidos,
consideramos que poderia ter interesse sujeitar a uma
avaliação subjectiva o pré original relativamente ao pré
de referência, pois esta funcionaria como um despiste
que poderia tornar os resultados obtidos mais claros.
4.3 Algumas considerações críticas
Quanto tratamos de testes subjectivos, tal como o nome
indica, estamos a considerar que se tratam de opiniões
de várias pessoas, diferentes entre si que se submetem a
uma experiência fenomenológica (em que toda a sua
experiência/ vivência condicionará as suas reacções ao
teste a que são sujeitas) – opiniões subjectivas, portanto.
Contudo a análise dos resultados destes testes e a sua
integração no desenvolvimento de um trabalho como o
presente de alguma forma pretende tomá-los com
alguma objectividade. Não queremos com isto
questionar de alguma forma a validade do uso destes
testes. Pelo contrário, estamos convictos de que é a
experiência empírica humana que melhor valida o
funcionamento de algo que é criado para ser usado.
Trata-se apenas aqui de direccionar a perspectiva e ter
consciência que algumas dificuldades se levantarão na
compreensão/ avaliação dos resultados de testes como
estes. Nomeadamente, quando se tratam de escalas de
pormenor em que se analisam variáveis ditas subtis,
muitas vezes há controvérsia em descrever diferenças
quando se altera uma variável. É provável que o
problema esteja no uso das mesmas palavras para
descrever diferenças mínimas perceptíveis e outras de
uma ordem mais significativa. Por exemplo, se em
princípio trocar de colunas mudará mais o som do que
os cabos, é possível, no entanto, que a descrição da
diferença seja muito semelhante e socialmente/
psicologicamente/ comercialmente ter o mesmo peso.
No que se refere ao caso concreto deste trabalho, vemos
que nos testes subjectivos de uma maneira geral, para as
mesmas variáveis há coerência nos adjectivos usados
pelos pessoas testadas para descrever as diferenças:
maior definição harmónica, mais brilhante, mais brilho
mais fresco, mais claro e limpo, etc. No entanto temos
que ter consciência que se tratam de diferenças subtis e
cada adjectivo poderá ser usado da mesma forma para
descrever diferenças realmente mais significativas –
trata-se portanto de uma questão de avaliar cada
elemento na escala que melhor o contextualiza.
4.4 Factores que poderão contribuir para uma
melhor validação dos resultados
Um trabalho de referência na área da percepção
subjectiva é o doutoramento de Keith Holland. Neste
trabalho de 4 anos que contou com a assistência de Phil
Newell, aconteceram 7000 avaliações subjectivas que se
intitulava “Do all mid-range horn loudspeakers have a
recognisable characteristic sound?” [17]. Neste estudo,
foram comparados 16 altifalantes, contra 4 de
Curso de Produção e Tecnologias da Música, Julho 2007
referência. O que importa sublinhar é o facto de se ter
verificado que o tipo de áudio que era usado para avaliar
as semelhanças/ diferenças era da maior importância.
Este estudo demonstra que quando o sujeito sobre teste
era confrontado com sinais de ruído (ruído rosa, branco
e uma gravação de uma cascata) não conseguia
distinguir semelhanças/ diferenças entre altifalantes de
tipos tão diferentes. Bob Katz, aponta algo semelhante
quando se refere na aplicação de dither; com efeito a
que ter o maior cuidado com a introdução do mesmo
quando se trata de áudio de alta resolução. Por outro
lado a introdução de dither assume-se como um
pormenor mais irrelevante quando se trata de áudio com
um grande nível de ruído [18]. Quando nos referimos a
áudio de alta-resolução, apoiamo-nos na definição de
Watkinson. Este autor defende a ideia da criação de uma
medida científica e rigorosa para medir a alta-resolução.
Ou seja, quanto mais o áudio tiver a capacidade de nos
convencer/ iludir que estamos perante um som real,
maior é a sua resolução [19][20]. É de notar que
questões como o espaço, a envolvência e subtilezas do
timbre encontram-se na informação áudio de baixo nível
que são muito sensíveis a variações no sistema.
Com base no acima descrito parece-nos ser de grande
importância usar nos testes áudio de alta-resolução para
aferir as diferenças introduzidas pelas alterações
efectuadas. Outro factor a ter em conta é fazer os testes
com um sistema reprodutor igualmente de alta-
resolução. Mais uma vez Watkinson, afirma que para se
avaliar e tomar conclusões válidas sobre electrónica
áudio é essencial usar uma escuta com uma excelente
resposta temporal (minimum phase3) (de notar que a
norma ITU-R BS 1116 não refere esta necessidade). A
audibilidade das diferenças depende da qualidade do
áudio e da capacidade de informação ou resolução do
sistema reprodutor [9]. Desta forma, só poderíamos
tomar conclusões mais definitivas num contexto deste
género. Além disso, nunca é demais sublinhar que para
diferenças subtis da qualidade de áudio dependem de
muitos factores que são muitas vezes difíceis de isolar e
mesmo regulamentar [13][15][14].
Quanto tratamos de testes subjectivos, tal como o nome
indica , estamos a considerar que se tratam de opiniões
de várias pessoas, diferentes entre si que se submetem a
uma experiência fenomenológica (em que toda a sua
experiência/ vivência condicionará as suas reacções ao
teste a que são sujeitas) – opinião subjectivas, portanto.
5 CONCLUSÕES
A execução deste processo de investigação foi de uma
grande utilidade a vários níveis. Se no princípio do
projecto, o simples facto de observar os componentes
electrónicos constituintes do pré era um acto delicado,
agora há uma muito maior familiaridade com o objecto,
de como está construído, de como funciona e de como
pode ser potenciado.
3
Implica uma relação linear e bem definida entre a resposta em
amplitude e fase da coluna, ou seja, a fase varia linearmente com a
frequência, sem alterações abruptas, daí o termo minimum phase
6
BRUNO GOUVEIA MODIFICAÇÕES A UM PRÉ-AMPLIFICADOR DE MICROFONE
As diferenças introduzidas pelas modificações podem
ser consideradas subtilezas, mas é com estas subtilezas
que a indústria do áudio de alta-performance tem lidado
e se distingue.
Em relação à análise objectiva, dadas as subtilezas que
se pretendiam medir, verificou-se que se tornou muito
difícil obter resultados claros dadas as próprias
limitações do equipamento de medição. No entanto,
julgamos necessária mais investigação para definir as
limitações do equipamento de medição em questão e
para pôr em prática métodos de medir diferenças entre
vários tipos de condensador, por exemplo.
Em relação à análise subjectiva, contando com a extensa
experiência de Martin Colloms em testes subjectivos e
no áudio em geral, contactamos este autor trocando com
ele algumas impressões. Relativamente a este projecto,
Colloms efectuou o seguinte comentário: “You will be
looking for more clarity, more low level detail, more
distant acoustic and ambience, sharper dynamics, an
impression of sharper focus more transparency, but the
timbre may perhaps change very little”[22] o que se
verificou com os testes subjectivos. Dado o pré em
questão ser baseado em circuitos integrados a sua
construção particular com componentes de boa
qualidade torna-se simples e pode ser uma boa solução
para se obter um pré com uma performance
irrepreensível, comparável com os melhores do
mercado, tal como sugerem os resultados dos testes
subjectivos relativamente ao pré modificado vs pré de
referência. Apesar de, segundo a análise objectiva,
alguns pontos que foram possíveis medir terem ficado
prejudicados com as modificações, na análise subjectiva
as opiniões das pessoas manifestaram preferência, na
sua maioria, pelo aparelho modificado relativamente ao
original. Desta forma estamos convictos de que
podemos assumir o conjunto das modificações
efectuadas como um upgrade.
Malvino, no seu livro Princípios de Electrónica aborda
logo na introdução o conceito das aproximações, em
que distingue a primeira, segunda e terceira
aproximação. Estas aproximações são como escalas de
observação, onde para cada nível se considerará a
pertinência do maior ou menor pormenor para cada
elemento descrito: podemos dizer que alguém tem 21
anos, ou 21 anos e 11 meses, ou ainda 21 amos e 11
meses e 5 dias e 3h. etc , dependendo da exigência que o
contexto do discurso nos exige. Isto relaciona-se com o
famoso teorema de Heisenberg: quanto mais nos
aproximamos e confinamos o meio mais incerto ele se
torna [23] Assim, mesmo estando neste projecto a lidar
com pormenores perfeccionistas do áudio, consideramos
que à luz da devida aproximação as diferenças se
tornam significativas e ainda mais se em coordenação
com outros melhoramentos que se possam ir
sucessivamente realizando numa cadeia de áudio.
Consideramos por isso pertinente, útil e didáctica, este
tipo de investigação. Trabalhos como o corrente
constituem acima de tudo projectos em aberto, eles
próprios passíveis de serem desenvolvidos, continuados
e melhorados, onde, mesmo os resultados menos
Curso de Produção e Tecnologias da Música, Julho 2007
esperados podem constituir novas linhas de investigação
e aprofundamento.
REFERÊNCIAS
[1] WHITLOCK, Bill, PETTERSEN, Michael
(2002), “Pre-amplifiers and Mixers” in
BALLOU, Glen (ed.) Handbook for Sound
Engineers: The New Audio Cyclopaedia. Boston:
Focal Press, pp. 601
[2] www.m-audio.com, 28 Janeiro 2007
[3] BALLOU, G. (ed.) (2002a), “Tubes, Discrete
Solid State Devices, and Integrated Circuits” in
BALLOU, Glen (ed.) Handbook for Sound
Engineers: The New Audio Cyclopaedia. Boston:
Focal Press, pp. 292-293
[4] PADILLA, António J.G. (1993) Electrónica
Analógica. Portugal: McGrawHill, pp:88
[5] BALLOU, G. (ed.) (2002b), “Resistors,
Capacitors and Inductors” in BALLOU, Glen
(ed.) Handbook for Sound Engineers: The New
Audio Cyclopaedia. Boston: Focal Press, pp.
219-220s”
[6] Especificações (Data Sheet) INA163,
http://focus.ti.com/docs/prod/folders/print/ina163
.html, 16 Abril 2007
[7] WATKINSON, John (Outubro 2005), Slaying
Dragons - Grounding. London: Resolution
Magazine,pp:62-63,
http://www.resolutionmag.com/pdfs/DRAGONS
/grounding.pdf , 16 Abril 2007
[8] www.rs-portugal.com, 16 Abril 2007 (comércio
on-line a retalho de componentes de electrónica)
[9] WATKINSON, John (Março 2005), Slaying
Dragons - Equipment Specifications. London:
Resolution Magazine, pp: 62-63,
http://www.resolutionmag.com/pdfs/DRAGONS
/watequipmentspecs.pdf , 16 Abril 2007
[10] DAVIS, Gary; JONES, Ralph (1989), The Sound
Reinforcement Handbook. Milwaukee: Hal
Leonard Publishing Corporation, pp: 71
[11] DAVIS, Don (2001) Sound System Engineering,
Texas: Focal Press, pp. 80-91
[12] http://www.sweetwater.com/store/detail/TD1/,
16 Abril 2007
[13] ITU-R Recommendation BS.1116-1: Methods
for the subjective assessment of small
impairments in audio systems including
7
BRUNO GOUVEIA MODIFICAÇÕES A UM PRÉ-AMPLIFICADOR DE MICROFONE

multichannel sound systems.

[14] AES20 – 1996 AES Recommended Practice for

Professional Audio – Subjective evaluation of

[15] COLLOMS, Martin (1996a), High Performance

Loudspeakers. London: John Wiley & Sons, pp.
441-449

[16] COLLOMS, Martin (1996b), High Performance

Loudspeakers. London: John Wiley & Sons, pp.
113

[17] NEWELL, Philip (1995), Studio Monitoring

Design. Oxford: Focal Press, pp.162-224

[18] KATZ, Bob, (2002) Mastering Audio. Florida:

Focal Press, pp. 104-105

[19] WATKINSON, John (1998), The Art of Sound

Reproduction. London: Focal Press, pp. 214-217,

[20] WATKINSON, John (2007) Conferência dada

em 22 de Março de 2007, no âmbito das
actividades da Semana PTM

[21] HENRIQUE, Luís (2002) Acústica Musical.

Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian

[22] COLLOMS, Martin, Comunicação via e-mail,

mcolloms@hificritic.com, 17 Abril 2007

[23] http://pt.wikipedia.org/wiki/Principio_da_incerte
za_de_Heisenberg , 15 Abril 2007

AGRADECIMENTOS
É devido o agradecimento a todas as pessoas que
participaram na construção deste trabalho,
nomeadamente o apoio sempre disponível e interessado
dos orientadores específicos Luís Mendonça e Mário
Azevedo, aos professores Sofia Vieira, Irene Cortesão e
Gustavo Almeida, aos Serviços de Áudio do IPP pelo o
apoio logístico, aos colegas PTM e às pessoas sujeitas
aos testes subjectivos. É de destacar o apoio sempre
permanente de Joana Castro Teixeira em todas as fases
de elaboração deste projecto.

Curso de Produção e Tecnologias da Música, Julho 2007 8