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INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

Programa de Acompanhamento e Formação Contínua em Matemática www.viajarnamatematica.ese.ipp.pt

PADRÕES
Enquadramento Curricular

A realização de tarefas que envolvem padrões está prevista no Currículo Nacional do


Ensino Básico, ao nível das competências específicas a desenvolver ao longo de todos os ciclos,
em três dos grandes domínios temáticos:

! Números e Cálculo
“A predisposição para procurar e explorar padrões numéricos em situações matemáticas e não
matemáticas e o gosto por investigar relações numéricas, nomeadamente em problemas envol-
vendo divisores e múltiplos de números ou implicando processos organizados de contagem”;

! Geometria
“A predisposição para procurar e explorar padrões geométricos e o gosto por investigar
propriedades e relações geométricas”;

! Álgebra e Funções
“A predisposição para procurar padrões e regularidades e para formular generalizações em
situações diversas, nomeadamente em contextos numéricos e geométricos”.

No entanto, parece existir alguma desarticulação entre o Currículo Nacional e o Programa


de Matemática, na medida em que não é feito um apelo explícito ao estudo dos padrões ao
nível do 2.º ciclo do Ensino Básico. Apesar de não acontecer ao longo do programa tal referência
podemos encontrar inúmeros temas propícios ao estudo de padrões. Por outro lado, são
frequentes os itens sobre este conteúdo matemático nas Provas de Aferição de Matemática dos
1.º e 2º ciclos do Ensino Básico.

Indicadores de aprendizagem:
Enunciam-se, a seguir, alguns indicadores de aprendizagem, por nós seleccionados, para o
2.º ciclo, relativos ao conteúdo Padrões.

! reconhece padrões em diversos contextos matemáticos e da vida real;


! transfere padrões concretos, pictóricos e simbólicos de uma representação para
outra;
! faz composições a partir de um dado padrão;
! observa e analisa padrões;
! averigua se numa lista de números existe alguma regularidade;
! descreve, oralmente e por escrito, as regras que produzem um padrão;
! prevê termos numa sequência;
! faz generalizações algébricas acerca de um padrão.

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Enquadramento Matemático

Nos últimos vinte anos, a Matemática tem sido entendida como a ciência dos padrões
(Devlin, 1994). Neste contexto, a realização de actividades de descoberta e exploração de
padrões torna-se um aspecto fundamental da aprendizagem da matemática, pois permite que os
estudantes:
- experimentem o poder e a utilidade da matemática;
- desenvolvam o raciocínio matemático, tornando-se bons resolvedores de problemas e
pensadores abstractos;
- desenvolvam o conhecimento sobre novos conceitos;
- melhorem a compreensão do sentido do número, da álgebra e de conceitos
geométricos.

Segundo os Principles and Standards for School Mathematics (NCTM, 2000), o trabalho com
padrões cria bases para a compreensão do conceito de função e proporciona os fundamentos
para mais tarde lidar com símbolos e expressões algébricas.
Apesar de continuarem a ser frequentemente entendidos como assuntos abstractos e
difíceis, que só poderão ser estudados por estudantes do ensino secundário, a álgebra e o
pensamento algébrico são fundamentais para a educação básica de todos os estudantes, a
começar pelos mais novos, possibilitando o desenvolvimento do raciocínio indutivo. A
capacidade para descobrir e descrever padrões é importante para o desenvolvimento de uma
compreensão profunda da matemática em geral e da álgebra em particular (Cuevas & House,
2001).
As tarefas que envolvem a procura de padrões podem, ainda, contribuir para a
construção de uma imagem mais positiva da matemática e evidenciar como os diferentes
conhecimentos matemáticos se relacionam entre si e com outras áreas do currículo.
Para trabalhar os padrões é importante ter presente os conceitos de ordenação e de
sucessão sobre os quais iremos apresentar uma breve panorâmica geral.

Conceito de ordenação
Numa ordenação cada elemento que se selecciona e ordena não perde a sua
individualidade, mas tão somente possibilita o estabelecimento de relações com os demais
elementos. Ordenam-se elementos, ordenam-se conjuntos, porém todo o elemento que se
ordena encontra-se ao mesmo nível que os outros excluindo-se, por conseguinte, as relações de
pertença a um conjunto. A relação de pertença é própria da classificação cujo aspecto principal
é o agrupamento em subconjuntos com base em um ou mais critérios.
Na matemática salientam-se duas formas de ordenação: Ordenação linear e Ordenação
múltipla.
A ordenação linear é a forma mais simples de ordenação. Esta ordenação podem ser de
tipo temporal e de tipo numérico. As de tipo temporal, em que a relação entre os elementos é de
tipo “os que estão antes que outros” ou “os que estão depois deles” não tem um tratamento
numérico, no entanto, são importantes em níveis elementares de escolaridade.
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Exemplo de um item da prova de aferição de 2001 de uma ordenação de tipo temporal.

As ordenações lineares do tipo numérico podem ser discretas, se o critério que se usa na
ordenação é discreto, ou contínuas, se o critério é contínuo.
Exemplo: ordenar os planetas do sistema solar pela distância ao Sol é do tipo contínuo
porquanto a variável (distância média) é contínua. Ordenar os planetas segundo o número de
satélites (o critério varia entre valores inteiros) é do tipo discreto.
A definição mais comum de ordenação linear é a que assenta na existência de três
propriedades fundamentais para esta relação:
a) todo o elemento, a, de um conjunto considerado é menor ou igual a si mesmo;
a ! a (propriedade reflexiva);
b) se o elemento a do conjunto é menor que o elemento b, e se o contrário também é
verdadeiro, então os dois elementos são iguais;
se a ! b e b ! a então a = b, (propriedade anti-simétrica);
c) se o elemento a do conjunto é menor ou igual ao elemento b do mesmo conjunto, e se
por sua vez este é menor ou igual ao elemento c, então a é menor ou igual a c,
se a ! b e b ! c então a ! c, (propriedade transitiva).
Um exemplo de ordenação linear é a relação de inclusão entre conjuntos.
Sejam A e B dois conjuntos, quaisquer, dizemos que A esta contido em B se qualquer
elemento de A é elemento de B.
Na relação de inclusão se verifica as três propriedades de uma ordenação linear:
i. A" A;
ii. se A" B e B" A então A=B;
iii. se A" B e B" C então A" C.
A ordenação linear encontra o seu contexto mais apropriado no campo da medida:
massa, tempo, longitude,...
Mas nem todos os conjuntos podem ser ordenados por uma relação.
Exemplo: na relação de divisibilidade entre números naturais, diz-se que a é “menor ou
igual” a b quando a é divisor de b (ou b é divisível por a ou ainda b é múltiplo de a). É possível
estabelecer neste caso uma relação de ordenação linear tal como 2 ! 4 ! 8 ! 16… no conjunto
dos múltiplos de um número natural.
Porem a relação divisor de não se aplica a todos os pares de números naturais. Por
exemplo: com o par 2 e 3 não se pode estabelecer uma relação de ordem desta natureza. O

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conjunto dos números pares é ordenado pela relação de divisibilidade mas o mesmo não
acontece com o conjunto dos números naturais.
O segundo tipo de ordenação, a ordenação múltipla, é de importância fundamental em
todo o desenvolvimento da Ciência. Consiste basicamente na ordenação simultânea de duas
ordenações lineares sobre um conjunto determinado. É muito frequente no campo da Ciência.
Exemplo: construir um herbário ordenando as folhas segundo dois critérios: o tamanho e a cor das
folhas. Não nos alongaremos neste tipo de ordenação por ter uma aplicação menor ao nível dos
ciclos de escolaridade mais elementares.
Conceito de sucessão
O estudo dos padrões assenta também no conteúdo matemático sucessões.
O termo sucessão, ou sequência, é muito usado em linguagem corrente (sucessão dos
dias e das noites, sucessão dos números inteiros,...) assenta no instrumento matemático função
cuja essência é a correspondência unívoca que se estabelece entre dois conjuntos.
Exemplos:
Imaginemos que queríamos obter os simétricos dos números pares a partir dos números
naturais. Poderíamos então definir uma aplicação, f, uma correspondência unívoca de ! em ! :
f:!!"
n # "2n
No conjunto de partida, ou domínio, ! , designamos por n a variável livre, a expressão -2n
representa o simétrico do n-ésimo número par. O conjunto dos números inteiros relativos, !,
designado por conjunto de chegada, contém o simétrico dos números pares, isto é, o conjunto

das imagens {..., !8, !6, !4, !2} ou contradomínio. A expressão -2n é a imagem de n pela
aplicação f e notamos por f ( n) = !2n ,ou ainda, f = !2n .
n

O facto do domínio da aplicação ser o conjunto dos números naturais indica-nos que
estamos na presença de uma sucessão e podemos enumerar os seus termos:
o simétrico do primeiro número par é -2;
o simétrico do segundo número par é -4;

Outros tipos de representações
Uma outra forma de representar a sucessão f é dada por:

" 1 2 3 4 5 6 7 ... n ...%


$ '
# !2 !4 !6 !8 !10 !12 !14 ... !2n ...&
Ou ainda de uma maneira menos formal:
!2, !4, !6, !8, !10 !14,..., !2n,...
1
Um outro exemplo é a aplicação de domínio ! definida por t(x) = . O contradomínio
2x
desta aplicação é um subconjunto dos números Q e pode ser representado por:

1 1 1 1 1
, , , ,..., ,...
2 4 8 16 2x
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Para os estudantes do 2º ciclo está última sucessão surge, por exemplo, na análise dos
seguintes padrões. Note-se que as superfícies a negro das figuras de baixo representam o mesma
quantidade que as de cima.

Outros exemplos poderiam ser referidos, mas no contexto do programa do 2º ciclo a

expressão geral de um numero par (2n, n !! ) , de um número ímpar (2n !1, n "! ) , ou dos
múltiplos de um número propiciam situações onde se pode ajudar os estudante no
desenvolvimento do raciocínio indutivo.
Na opinião de Mialaret (1975) a formalização e a axiomatização são processos que não
existem, de pé para a mão, no jovem, os processos pedagógicos têm de fazer nascer,
desenvolver, fortificar e influenciar o pensamento dos estudantes. Nos primeiros anos o método
pedagógico terá de desenvolver a intuição dos estudantes, o desenvolvimento do raciocínio
indutivo e dará lugar a sucessivos aperfeiçoamentos que constituirão os degraus de uma
progressiva formalização. Podemos assim fazer nascer na criança esta necessidade de repensar
constantemente o conjunto dos seus conhecimentos, de os ordenar, de os estruturar de uma nova
forma, e de os reorganizar (Mialaret,1975,p.33).
Formas de definir uma sucessão
a) Pelo termo geral
Uma sucessão define-se, como uma função real de variável natural, cujas imagens são
designadas por termos da sucessão. Ao termo de ordem n chama-se termo geral. Neste caso
uma sucessão fica bem definida se for apresentado o seu termo geral. Como acontece no

caso da sucessão dos números naturais, Un , cujo termo geral é n+1.


b) Por um processo de recorrência
Quando os termos de uma sucessão se calculam a partir do termo anterior ou termos
anteriores diz-se que a sucessão está definida por recorrência.

A sucessão dos números naturais pode ser definida por recorrência, ter-se ia U1 = 1 e

Un = Un!1 +1, n > 1.

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Um exemplo histórico de sucessão definida por recorrência é a sucessão de Fibonaci
(Leonardo de Pisa). Na sua obra Líber Abaci, de 1202, Fibonacci formulou um problema que deu
origem a uma sucessão que ainda hoje é conhecida pelo seu nome.
Segundo Leonardo de Pisa num cenário com as condições ideais, sob as quais os coelhos
poder-se-iam procriar segundo as seguintes regras:
• No primeiro mês existe um coelho macho e um coelho fêmea.
• Um coelho só atinge a maturidade sexual ao fim de um mês.
• O período de gestação de um coelho dura um mês.
• Ao atingirem a maturidade sexual, a fêmea irá dar à luz todos os meses.
• A mãe coelha irá ter todos os meses um coelho macho e um coelho fêmea.
• Os coelhos nunca morrem.
Mês Número de casais
1 1

2 1

3 2

4 3

5 5

Nestas condições o número de pares de coelhos em determinado mês (fn), é a soma dos
pares de coelhos existentes nos dois meses anteriores designados, respectivamente, por fn-1 e fn-2,
podendo definir-se a sucessão de Fibonacci como uma sucessão por recorrência:
f1 = 1 , f2 = 1
fn = fn-1 + fn-2 , com n um número natural superior ou igual a dois.
Uma curiosidade a registar é o estabelecimento de
relação entre a sucessão de Fibonacci está relacionada com
o triângulo de Tartaglia - Newton - Pascal como mostra o
cartaz comemorativo do nascimento deste último
matemático.

3 5 8 13 21 34 55 1+ 5
1,2, , , , , , , ,... ! " 1,618...
2 3 5 8 13 21 34 2
Saliente-se ainda que o quociente entre um termo da
sucessão e o seu anterior aproxima-se da razão áurea, isto é,

!f $
n+1
a sucessão # & tende para o número de
" fn % n'N

1+ 5
ouro ! = .
2
Quando uma sucessão definida por recorrência a diferença entre cada termo e o anterior
é constante diz-se que se trata de progressão aritmética.
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Em linguagem simbólica:

Se (u )
n n!!
é uma progressão aritmética então un ! un!1 = r (constante). O domínio é o

conjunto dos números naturais ! . A constante, r, é a razão da progressão. O termo geral de uma
progressão aritmética é dado pela fórmula:

( )
un = u1 + n !1 " r, n #! .

Veja-se o seguinte exemplo:

2x4 2n

2x3

2x2

2x1

1ª 2ª 3ª 4ª ... n-ésimo

2+(n-1)x2
2 2 +1x2 2+2x2 2+3x2 ...
.

O primeiro termo corresponde a uma coluna com duas quadrículas, o segundo a uma
coluna com quatro quadrículas,... Os termos seguintes são sempre adicionados de duas
quadrículas. Dois é, portanto, a razão da progressão.
Qualquer progressão aritmética está bem definida se se conhecer o primeiro termo e a
razão.
Consideremos um segundo exemplo: a sucessão dos múltiplos de 3.
3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, ... , 3n, ...
Como calcular a soma dos n primeiros termos da sucessão?
Observe-se a figura onde estão representadas as somas dos termos equidistantes dos
extremos da sucessão.

3 + 6 + 3 + 6 + 9 + 12 + 3 + 6 + 9 + 12 + 15 + 18 + 3 + 6 + 9 + 12 + 15 + 18 + 21 + 24

12 18 30
24
18 30
24
30
24
30

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3 + 6 + 9 + 3 + 6 + 9 + 12 + 15 + 3 + 6 + 9 + 12 + 15 + 18 + 21 3 + 6 + 9 + 12 + 15 + 18 + 21 + 24 + 27

15 21 27 33
15 21 27 33
21 27 33

27 33

33

Da análise do diagrama constata-se que:

(1) a soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos;
(2) quando o número de termos é ímpar, o dobro do termo médio é igual à soma dos
extremos.
(3) para um número ímpar de parcelas a soma dos termos é dada por:
(primeira parcela + última parcela)
! (número de parcelas)
2
(4) para um número par de parcelas a soma é dada por:
(número de parcelas)
(primeira parcela + última parcela) !
2
(5) nas duas expressões obtemos expressões aparentemente distintas mas que observando
as propriedades da multiplicação verificamos que são idênticas.
(6) Pode afirmar-se então que:

(7) 3 + 6 + 9 + 12 + 15 + ... + 3n =
( 3 + 3n) ! n = 3 (1+ n) ! n
2 2
Estas regularidades podem ser observadas em qualquer progressão aritmética.

A fórmula que permite calcular a soma dos n termos de uma progressão aritmética, no
caso geral, é dada por:

S = u + u + u + ... + u =
(u + u ) ! n
1 n

n 1 2 3 n
2
Veja-se, um outro exemplo:
- Calcular a soma dos 7 primeiros termos da sucessão dos números inteiros que divididos
por 5 dão resto 3.
Considerem-se os números inteiros que divididos por 5 dão resto 3. De um modo equivalente
podemos dizer que consideramos os números inteiros que se obtêm a partir de um múltiplo de 5
adicionado de 3.
Em linguagem simbólica teremos 5n+3. onde n é um número natural.
O termo geral desta sucessão é an = 5n + 3.
Trata-se de uma progressão aritmética de razão 5 uma vez que:
an+1 – an = 5(n+1) + 3 – (5n + 3) = 5
Os sete primeiros termos da sucessão são: 8, 13, 18, 23, 28, 33, 38
Nesta sucessão podemos observar que:
i. A soma dos extremos é 46 (8 + 38);
ii. A soma dos pares de termos equidistantes dos extremos é 46 (13 + 33 = 46, 18 + 28 = 46, …)
iii. o dobro do termo médio é 2 x 23 = 46;
iv. A soma de 7 primeiros termos consecutivos é 161.
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Sn = u1 + u2 + u3 + ... + un =
(u + u ) ! n " 46 ! 7 = 23 ! 7 = 140 + 21= 161
1 n

2 2

Progressão Geométrica
Uma sucessão definida por recorrência em que o quociente entre cada termo e o anterior
é constante diz-se que é uma progressão geométrica.
Em linguagem simbólica:

un
Se (u )
n n!!
é uma progressão geométrica então
un!1
= r (constante).

O domínio é o conjunto dos números naturais ! . A constante, r, é a razão da progressão.


Cada termo da progressão obtém-se do anterior multiplicando-o pela razão. O termo geral de

uma progressão aritmética é dado pela fórmula un = u1 ! r n"1, n #! sendo u1 ! 0 e r ! 0 . Uma


progressão geométrica fica bem definida se se conhece o primeiro termo e a razão.
Um exemplo de uma progressão geométrica é a sucessão, associada a um dos padrões

1 1
geométricos atrás apresentados, t(x) = , x !! e a razão é e o primeiro termo 1.
2x 2
Existem padrões associados a sucessões que não são progressões. Considere-se o caso do
padrão geométrico da página seguinte.

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Exploração de padrões triangulares:
Vejamos como explorar a forma como se desenvolve o padrão triangular seguinte:

A figura 1 corresponde ao termo


• de ordem 1 do padrão triangular (f1).
A figura 2 corresponde ao termo:
• de ordem 2 do padrão triangular (f2);
• de ordem 1 adicionado de 3 (f2=f1+3);
• ou ainda f2=f1+2+1.
A figura 3 corresponde ao termo:
• de ordem 3 do padrão triangular (f3);
• de ordem 2 adicionado de 4 (f3=f2+4);
• ou ainda f3=f2+3+1.
...
A figura n corresponde ao termo:
• de ordem n do padrão triangular (fn);
• fn=fn-1+n+1. (diz-se que o termo fn é definido por recorrência)
No caso deste tipo de padrões geométricos a cada termo podemos associar um número
natural podendo elaborar a seguinte tabela:

A pergunta que resta é:


Será possível definir o termo geral da sucessão fn,?
O padrão atrás descrito gera-se a partir da adição de números naturais
consecutivos a partir do número 3. Tomando em conta o que atrás foi referido podemos
escrever:

(1+ n + 1) !
( )= ( ) ( )
n+1 ! n+ 2
f
1
= 1+ 2; f2 = 1+ 2 + 3; fn = 1+ 2 + 3 + ... + n + 1 = n+1
2 2
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ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO

“Generalizar a partir de um padrão é um comportamento humano natural. Os estudantes


sentem prazer e um certo poder quando conseguem captar a rima (em sentido poético)ou a
razão de um padrão. Esta generalização permite-lhes fazer previsões. (...) Através do estudo dos
padrões e da compreensão de padrões, os estudantes conseguem lidar com essas modificações
e estabelecer poderosas conexões matemáticas que os põem confiantemente em situações de
controlo” (in Addenda Series, 1995, p.1).
A procura de padrões é uma parte crucial na resolução de problemas e no trabalho
investigativo, pelo que é necessário desenvolver essa competência nos estudantes, desde o
primeiro contacto com a matemática. Para os níveis mais elementares, as experiências com
padrões devem incluir o reconhecimento e a continuação de padrões, a análise e descrição de
padrões e a criação de padrões. Em diferentes situações os estudantes devem ser incentivados a
fazer generalizações verbais; por escrito e informalmente de forma algébrica.
Os estudantes do 2.º ciclo deverão ampliar a sua capacidade para identificar padrões,
através da análise, generalização e representação de padrões na forma numérica, mais
sofisticados (NCTM, 1993). Este trabalho deve continuar a ser informal, relativamente desprovido
de simbolismos, e usando diagramas e desenhos sempre que necessário (NCTM, 1995).
É importante começar com tarefas de reconhecimento de padrões de modo a que os
estudantes se familiarizem com este modo de pensamento. “A identificação do núcleo, do
módulo, de um padrão ajuda a tomar consciência das estruturas. Por exemplo, em alguns
padrões o módulo repete-se, enquanto noutros o módulo cresce” (NCTM, 1991, p.73).

Padrões em que o módulo se repete Padrões em que o módulo cresce

Página 11

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É igualmente importante que trabalhem com padrões em contextos concretos, pictóricos,
numéricos e geométricos. As sequências geométricas podem ser trabalhadas apenas no aspecto
visual ou estabelecendo a relação entre o aspecto geométrico e numérico. Por exemplo:

Padrão de fichas

Número de ordem 1 2 3 4 5

Número de fichas 1 3 5 7 9 "+"-1

“Organizar, numa tabela, os dados relativos a um padrão ajuda a identificar a sua


estrutura e a descrevê-la simbolicamente” (NCTM, 1991, p.73).
BIBLIOGRAFIA
Caraça, B.J. (1989, 3ª Ed.). Conceitos Fundamentais de Matemática, Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora.
Cuevas, G. & House, P. (Eds.) (2001). Principles and Standards for School Mathematics Navigating Séries: Navigating through
algebra in grades 3-5. Reston, Va: NCTM.
Devlin, K. (1994). The Science of Patterns. New York: Scientific American Library
Maza, C., & Arce, C. (1991). Ordenar e Classificar. Madrid: Síntesis.
Mialaret, G. (1975) A Aprendizagem da Matemática. Coimbra: Livraria Almedina.
Ministério da Educação (2001). Currículo Nacional do Ensino Básico: Competências Essenciais. Lisboa: Ministério da
Educação – Departamento da Educação Básica.
NCTM (1991). Normas para o currículo e a avaliação em matemática escolar. Lisboa: APM e IIE. (Tradução portuguesa da
edição original de 1989).
NCTM (1993). Quinto ano. Normas para o currículo e a avaliação em matemática escolar, Colecção de Adendas Anos de
Escolaridade K-6. Lisboa: APM e IIE. (Tradução portuguesa da edição original de 1992).
NCTM (1995). Sexto ano. Normas para o currículo e a avaliação em matemática escolar, Colecção de Adendas Anos de
Escolaridade K-6. Lisboa: APM e IIE. (Tradução portuguesa da edição original de 1992).
NCTM (2000). Principles and Standards for School Mathematics. Reston, VA: NCTM.
Neves, M.A. & all (1988) 11º matemática, livro de texto. Porto: Porto Editora

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