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Matrícula- 201601606729
Universidade Estácio de Sá
1- Título
Repressão as Letras de Samba na Era Vargas(1930- 1940)
2- Tema
Cultura
3- Recorte Temporal
1930- 1940
4- Pergunta da Pesquisa
Porque as letras de Samba eram perseguidas na Era Vargas?
5- Fontes
BATISTA, WILSON. O Bonde de São Januário,1937. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=f3f7s1aoPdY. Acesso 30 Out 2019.
ROSA, NOEL. O Feitiço da Vila, 1934. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=xLVlIJmYaS8. Acesso 30 Out. 2019.
BATISTA, WILSON. Lenço no Pescoço, 1933. Disponível
em:https://www.youtube.com/watch?v=vmD6D0zAGnc. Acesso 30 Out 2019.
ROSA, NOEL. Rapaz Folgado, 1933. Disponível
em:https://www.youtube.com/watch?v=ugHB5YMSmV8. Acesso 30 Out 2019
MARTINS , Herivelto, DE OLIVEIRA, Darcy. Se o Morro não Descer. 1936. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=rKNfHx-la_g.Acesso 30 Out 2019
ROSA, Noel. Malandro Medroso. 1930. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=0BGaAOJZDcQAcesso 30 Out 2019
SILVA, Ismael, ALVES,Francisco, BASTOS, Nilton. O que será de mim, 1931. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=Tc_uPfWhuDc. Acesso 30 Out 2019
6- Revisão de Literatura
Segundo Tiago, sobre esse samba malandro que sempre criticavam o mundo burguês capital
até antes do Estado Novo:
Segundo Jean sobre o DIP órgão que controlava as mídias e músicas na época:
1
GOMES, Tiago de Melo. Gente do samba: malandragem e identidade nacional no final da Primeira
República, 2004. p172. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/topoi/v5n9/2237-101X-topoi-5-09-
00171.pdf. Acesso 30 out 2019
2
VIRTUOSO, Marilene Maximiliano. SAMBA: MALANDRAGEM E NACIONALISMO NA IDEOLOGIA
TRABALHISTA NO BRASIL DA ERA VARGAS (1930-1945). UNESC.Criciúma, Santa Catarina.
2015. p 9 Disponível
em:http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/3867/1/Marilene%20Maximiano%20Virtuoso.pdf Acesso
30 out 2019
Idem p. 9
“A Era Vargas se estende de meados do ano de 1930 com a
instauração do Governo provisório e se estende até cerca de 1945 até
o final do governo ditatorial. No entanto esta obra só irá trabalhar no
período dos anos de 37 até 45 onde é possível ver uma maior
influência ditatorial no governo Vargas que é chamado de Estado
Novo. Período esse onde em cunho mundial passava-se pela
Segunda Guerra Mundial. Com o intuito de aumentar o controle do
turismo, imprensa e diversas mídias. No final da década de 1930 é
criado o DIP, que tem a função de fiscalizar departamentos como,
divulgação, turismo, Imprensa, Cinema, Teatro e rádio. Orientando-os
ou formalizando as atividades e informações que seriam
apresentadas nessas áreas. Este departamento que tem o dever de
analisar e censurar os meios de comunicação e as mídias utilizadas
trabalha também acerca das composições que eram apresentadas
nesse momento”3
3
ALVES , Jean Sulyvan Silva.NACIONALISMO, CENSURA E PROPAGANDA: O SAMBA CARIOCA
NA ERA VARGAS 1930/45.UFU, Uberlândia ,2017. p 36. Disponível em:
http://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/19424/3/NacionalismoCensuraPropaganda.pdf. Acesso
30 out 2019
4
DOS SANTOS, Natália Cabral. Samba e subúrbio: um estudo de composições contrárias ao
trabalhismo de Vargas. ANPUH, Natal, 2013. p11. Disponível em:
http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1371262066_ARQUIVO_Sambaesuburbio-
umestudodecomposicoescontrariasaotrabalhismodeVargas.pdf. Acesso 30 out 2019
5
COELHO, Carla Araújo.O ESTADO NOVO E A INTEGRAÇÃO DO SAMBA COMO EXPRESSÃO
CULTURAL DA NACIONALIDADE. Revista Vernáculo, n. 27, 1o sem./2011 p 36-37. Disponível em:
https://revistas.ufpr.br/vernaculo/article/view/20781/21009. Acesso: 30 out 2019
“A problemática que guiou este trabalho foi justamente a questão de
como o samba passaria a ser incorporado a esse conjunto de
símbolos nacionais. Ou melhor, como o Estado Novo de Getúlio
Vargas e seu projeto ideológico contribuíram para que essa
associação fosse traçada. Quais teriam sido as condições
conjunturais, materiais e simbólicas que transformariam o samba em
símbolo nacional, processo que permitiu que o mesmo fosse utilizado
pelo governo como um dos veículos de sua propaganda ideológica. “
“De origem angolana, o lundu foi uma grande influência musical para
o samba, considerado uma dança proibida pelos seus movimentos
sensuais, a umbigada que também fazia parte do samba. O lundu era
um ritmo essencialmente urbano e foi o primeiro ritmo negro a ser
aceito pela sociedade branca, sem precisar alterar sua estrutura,
mantendo a sincopa”.
“O maxixe, por sua vez, tem uma influência europeia maior, com
contribuições fortes da polca e da habanera. O lundu também tem
influência do maxixe, tendo como principal herança a sincopa, marca
registrada dos ritmos de matriz africana. O ritmo tornou-se a principal
dança da década de 20, sendo aceita nos principais salões cariocas.”6
6
PESSANHA, Luisa Alves. De Malandro a Nacional: o papel do samba na propaganda ideológica
varguista. UNB, Faculdade de Comunicação, Brasília 2016.p 18. Disponível em:
http://bdm.unb.br/bitstream/10483/15273/1/2016_LuisaAlvesPessanha_tcc.pdf. Acesso 30 out 2019
7
SILVA, Vinicius Elias dos Santos. Samba, a voz do morro. A história do Brasil do início do século
XX sob o ponto de vista dos excluídos. Uniceub.Brasília,2007. p11 -12 Disponível
em:https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/1796/2/20363786.pdf.
“No início da década de 1890 já havia mais de meio milhão de
habitantes na cidade, sendo que apenas a metade era natural da
capital. Segundo Diniz, o Rio atraía milhares de pessoas e se
transformava no “epicentro político, social e cultural do país”. Diante
do grande crescimento demográfico, a elite carioca queria tornar a
capital em um lugar mais “civilizado”.
8
DO NASCIMENTO, Janaína Batista.Estado Novo e Malandro: um desafinado dueto a embalar a era
Vargas.UFU, Uberlândia,2008. p-14 a 16. Disponível em:
http://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/19081/1/EstadoNovoMalandro.pdf.
que, apesar de não terem escolhido, sua casa. A música se torna, não
somente, uma forma de manutenção das tradições, mas também
instrumento de socialização e reconhecimento de comuns. Esse foi
um mecanismo de sobrevivência social e cultural que transformou a
cultura brasileira na que temos hoje. Os batuques foram se
modificando ao longo do tempo e dessas modificações surgindo
ritmos diferentes. Os sons outrora fortes e barulhentos foram se
abrandando ora pelo convívio social, ora para se adaptar as festas
dos brancos. Surgem um tipo de musica urbana brasileira, entre elas
a modinha, o maxixe, o lundu, o samba. Apesar de algumas
influências européias, esses ritmos nasceram no centro da
comunidade negra.”9
9
DIAS. Clarissa Toscano de Britto.MÍDIA, TRADIÇÃO E CULTURA POPULAR: A JUVENTUDE CAI
NO SAMBA.UFRJ,2005. p17- 18 Disponível em:
https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/903/1/CDIAS.pdf.
10
LIMA, Ari. Do Samba Carioca Urbano e Industrial: ao Samba Nacional e Mestiço. ArtCultura,2013.p
18. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/29141/16214.
costelas fraturadas e cortes de navalha. Também o preconceito ao
samba, do ponto de vista das autoridades policiais e das elites
católicas, estendeia-se aos rituais de magia a que estas tanto
condenavam.”11
11
JUNIOR, Valdemar Valente. A TRAJETÓRIA DO SAMBA NO SÉCULO XX: DA MARGINALIDADE
À INDÚSTRIA CULTURAL. UNINCOR ANO 9 - N.º 2 ,2012. p 2 . Disponível em:
http://periodicos.unincor.br/index.php/recorte/article/view/681.
12
BONASSI, Louise Monteiro. Tem Negro no Samba?.CELACC/ECA – USP, 2014. p19. Disponível
em:http://myrtus.uspnet.usp.br/celacc/sites/default/files/media/tcc/tcc_-_versuo_final_-
_louise_bonassi.pdf.
13
DUARTE, Douraci Agostini, MEZZOMO, Frank Antonio. O SAMBA ENQUANTO MANIFESTAÇÃO
CULTURAL E SUA UTILIZAÇÃO COMO SÍMBOLO NACIONAL DURANTE O ESTADO NOVO
(1937-1945).Paraná. Governo do Estado, Secretaria de Educação, 2013.p 6-7 Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2012/2012_feci
lcam_hist_artigo_douraci_agostini_duarte.pdf.
objetivo organizacional, objetivava harmonizar os conflitos, e
homogeneizar as regiões, de forma a criar elementos de identidade,
de brasilidade, entre elas. “14
14
BARCELOS, Gabriela Loureiro. ERA VARGAS: A CULTURA POPULAR E A LEGITIMAÇÃO DA
IDENTIDADE NACIONAL, Anais do VI Congresso Internacional UFES/Paris-Est | 405, Paris, 2017. p
411. Disponível em: http://periodicos.ufes.br/UFESUPEM/article/view/18056.
15
NOVAES, José. UM EPISÓDIO DE PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADE NO BRASIL DE 1930:
MALANDRAGEM E ESTADO NOVO.Psicologia em Estudo, Maringá, v. 6, n. 1, 2001. p 39.
Disponível em: http://www.scielo.com.br/pdf/pe/v6n1/v6n1a05.pdf.
16
DOS SANTOS, Camila Ramos, DA ROCHA, Mendes Marlúcia. O samba como signo identitário do
Brasil e a sua literariedade nos anos 1930.UFES,Vitória, n. 31, 2017/1 p 101.Disponível em:
http://www.periodicos.ufes.br/contexto/article/view/14965/10551.
desta, buscamos analisar como se deu o processo de transformação
do discurso do sambista no meio social no qual ele estava inserido.
Analisamos, por meio das fontes musicais que serviram como suporte
documental para o trabalho, a transformação temática nas letras e
problematizamos a relação entre o Estado e os sambistas,
(especialmente após o Estado Novo). Iniciamos com tal pesquisa uma
análise aprofundada dos debates presentes em jornais, revistas
especializadas e na mídia em geral, em torno da aceitação e rejeição
do samba como símbolo da identidade nacional, visando
compreender como e por que se deram determinados conflitos, o que
havia por trás dos mesmos , bem como a mudança de atitude de parte
da elite, que deixou de rechaçar essa expressão musical popular e
passou a valorizá-la.”17
17
LUZ, Nayre Carolina Gomes. Conflitos e conciliações em torno do samba e do projeto de
construção de uma identidade nacional na era Vargas. SNH-ANPUH,2015, p 6. Disponível em:
http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1434423277_ARQUIVO_TextoAnpuh.pdf.
18
SILVA, Kelen Katia Prates, DE CARVALHO, Carlos Eduardo Souza, A CONSTRUÇÃO DA
IDENTIDADE NACIONAL DURANTE A ERA VARGAS: OS POLÍTICOS, OS INTELECTUAIS E O
FUTEBOL.Revista Outras Fronteiras, Cuiabá-MT, vol. 3, n. 1,2016 p 249-250. Disponível em:
http://ppghis.com/outrasfronteiras/index.php/outrasfronteiras/article/download/172/pdf.
19
PASQUA, Cleonice Maria Della, A Música na Era Vargas: composições musicais como fonte de
memória e representação social.UFRS, Porto Alegre, 2017. p14. Disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/175265.
“Mas nem tudo era consonância quando a questão dizia respeito à
raça e ao samba. Vozes dissonantes também se faziam ouvir,
quebrando a aparente harmonia estabelecida. No palco de disputas
montado em torno dos destinos da música popular não faltaram
ataques de fundo racista. O samba do morro, por exemplo, ficou sob
a alça de mira de articulistas inconformados com a propagação dessa
“coisa de negros”.20
7- Objetivos
8- Hipóteses:
● O Motivo das modificações do samba na época era que a letra era considerada uma
afronta ao Governo Vargas.
● A repressão ao samba, não era apenas por questão política, mas racista e
orquestrando um branqueamento da cultura negra.
● O governo Vargas via o samba como algo negativo, que dava uma visão mundial de
cultura brasileira empobrecida.
20
PARANHOS, Adalberto. A invenção do Brasil como terra do samba: os sambistas e sua afirmação
social.Revista História n 22 volume 1,2003. p81. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/%0D/his/v22n1/v22n1a04.pdf.