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PONTE ROLANTE

MANUAL
DO
OPERADOR
EMPRESA RESPONSÁVEL

M.G. M - ENG. DE PROD. E SEG. NO TRABALHO LTDA


C.N.P.J: 02.152.507/0001-96
Av: Arquiteto Nildo Ribeiro da Rocha, 4102 A - Térreo
e-mail: mgmengenharia@yahoo.com.br
Telefax: (0xx44) 3226-9788 /9 9869-4039
Maringá - Pr

Responsável Técnico

ILSO JOSÉ MANHONI


Engenheiro Mecânico e de Segurança do Trabalho
CREA/PR nº 29.865/D

Certidão de Registro

O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná-


CREA-PR, certifica que o (a) profissional, encontra-se regularmente registrado(a)
neste Conselho Regional, nos termos da Lei Federal nº 5.194/66, possibilitando-o(a)
a exercer sua profissão no Estado do Paraná, circunscrita à(s) atribuição(ões)
constantes de seu registro.

Atribuições profissionais:

DA RESOLUCAO 359 - ARTIGO 04 de 31/07/1991 do CONFEA. Ao profissional em


questão foi apostilado em 28/10/2002 o curso de Engenharia de Segurança do
Trabalho.

Instrutores
O documento em questão foi elaborado pelo profissional Antônio Carlos de Souza,
Técnico em Segurança do Trabalho, com registro no Ministério do Trabalho e
Emprego Nº 004516-0/MTE-PR.

Manual Operador de Ponte Rolante 2


APRESENTAÇÃO

Foi pensando na prevenção de acidentes do trabalho, envolvendo ponte


rolante, que elaboramos este manual, de forma clara e objetiva, procurando fazer
com que você, futuro operador, além do conhecimento das normas de segurança,
tenha conhecimento do equipamento que opera e dos riscos que o mesmo oferece.
Nas indústrias é crescente a utilização de meios de elevação com operação a
partir do solo (controle remoto), onde o movimentador é também operador, ou seja,
ele é responsável pelas duas funções. O perigo é que tanto o pessoal da produção
quanto o pessoal da manutenção operam e movimentam, com isso exercem uma
atividade a qual não estão acostumados ou mesmo preparados. A facilidade com que
os meios de elevação movimentam a carga engana quanto as situações de perigo.
Pela demonstração de condições de acidentes típicos é preciso que elas sejam
conhecidas e consequentemente evitadas. No setor de transportes, apesar do alto
grau de automatização, ainda existe um grande percentual de trabalho manual,
especialmente na movimentação de cargas por meio de talhas, guindastes, etc. que
de agora em diante chamaremos de meios de elevação. Meios de elevação, como
talhas, facilitam a movimentação de cargas, por meio destes podemos reduzir muito
nosso trabalho braçal, porém, deveremos usar mais a “cabeça”.
O homem ao lado da carga que é o movimentador forma uma equipe com o
operador do meio de elevação. A atuação do movimentador é fundamental para a
execução de uma movimentação com segurança.
Lembre-se que a manutenção do ambiente de trabalho e a conseqüente
preservação da integridade física de cada companheiro de trabalho, dependerá de
sua conduta em operar a ponte rolante.
Existem ponte rolante de diversas capacidades, tamanhos e modelos com
diversos dispositivos aplicáveis a diversos modelos, tais como: garras especiais para
tambores, fardos, mecanismos , etc.
Lembre-se que a manutenção do ambiente de trabalho e a conseqüente
preservação da integridade física de cada companheiro de trabalho, dependerá de
sua conduta em operar a PONTE ROLANTE.

Manual Operador de Ponte Rolante 3


Breve Histórico

Evolução dos meios de transporte


Em toda a sua existência sobre a face da terra, o homem teve que se
movimentar de um lado para o outro. Nessas andanças, para a sua sobrevivência,
utilizava em épocas remotas simples e unicamente suas forças físicas.
Assim, corria atrás da sua presa e, uma vez abatida, tinha que arrastá-la até
sua toca para poder degustá-la.

Desenvolvimento dos meios de transporte


Com o correr dos tempos e o desenvolvimento da sua inteligência, o homem
passou a fazer uso de ferramentas rudimentares, por exemplo a alavanca, a fim
de deslocar cargas de grande volume ou peso. A alavanca representou um grande
avanço, sendo até hoje uma das ferramentas mais úteis e muito atual.
Todo desenvolvimento para o transporte de materiais, porém, surgiu com a
criação da roda. No início os transportes eram feitos apenas a pequenas distâncias,
fazendo-se uso da força física do homem e, depois, dos animais por ele
domesticados
As cargas, que eram até então pequenas, multiplicaram-se com o uso da
roda, possibilitando ganho de tempo em cada trabalho a ser realizado.
Com a chegada dos tempos modernos, a invenção da máquina a vapor,
utilização dos motores, máquinas e da eletricidade possibilitaram ao homem a
movimentação de materiais em grandes volumes, para longas distâncias.
Por outra via, a aquática, desenvolveu-se paralelamente um sistema
diferente: Inicialmente, um simples tronco de árvore, depois a canoa, depois
barcos de maiores proporções, chegando hoje aos navios de todos os calados,
fabricados para o transporte dos mais variados produtos, tais como petróleo,
automóveis, granulados, etc, além dos luxuosos transatlânticos e iates.
A movimentação via terrestre desenvolveu-se pelos sistemas rodoviários,
permitindo a troca de mercadorias entre diversos povoados, vilas, cidades, estados,
países.
Por outro lado, o sistema ferroviário, com grande capacidade de carga e
passageiros, desenvolveu-se, contudo sem a flexibilidade que o sistema rodoviário
oferece.

Manual Operador de Ponte Rolante 4


SUMÁRIO

1. .Introdução.............................................................................................................. 06.
2. Aspectos da Legislação Portaria 3214/78................................................................ 07
3. Qualificações necessárias ao Operador................................................................... 08
3.1. Qualificações necessárias ao Operador............................................................. 08
4. Equipamentos de Elevação de Materiais ................................................................. 10
4.1. Equipamentos................................................................................................. 10
4.2. Tipos de Equipamentos.................................................................................... 12
4.3. Componentes Básicos....................................................................................... 15
4.4. Princípios de funcionamento e limitações......................................................... 17
5. Operação e Manuseio de Carga................................................................................ 20
5.1. Operação e Manuseio de Cargas...................................................................... 21
5.2. Operação da Ponte Rolante.............................................................................. 21
5.3. Talhas.............................................................................................................. 22
5.4. Cronograma Ideal para uma Movimentação.................................................... 23
5.5. Modos de movimentação.................................................................................. 26
6. Capacidade, Peso e Centro de Cargas...................................................................... 35
7. Dispositivos de Içamento......................................................................................... 36
7.1. Ligas................................................................................................................. 36
7.2. Especificação dos Dispositivos........................................................................... 37
7.3. Correntes......................................................................................................... 38
7.4. Barra de Carga............................................................................................... 41
7.5. Cintas ............................................................................................................. 42
8. Cabos de Aço........................................................................................................... 50
8.1. Constituição de Cabos de Aço........................................................................... 50
8.2. Operação com Cabos de Aço........................................................................... 50
8.3. Tipos de pernas Cabos de Aço........................................................................ 51
9. Manutenção............................................................................................................ 65
10. Riscos ambientais................................................................................................... 66
11. Medidas de Controle ............................................................................................. 71
11.1. Controle dos fatores de riscos................................................................. 71
11.2. Normas de Segurança........................................................................... 71
11.3. Comunicação operador e movimentador................................................ 75
11.4. Sinalização para uma Movimentação.................................................... 76
12. . Prevenção e Combate à Incêndios......................................................................... 97
12.1. Triângulo do Fogo................................................................................. 97
13. Testes..................................................................................................................... 101
14. Bibliografia .............................................................................................................. 105

Manual Operador de Ponte Rolante 5


1. INTRODUÇÃO

Para Proprietários, Usuários e Operadores

Para manobrar uma ponte rolante de maneira segura e eficiente, requer-se do


operador habilidade e precaução.
Para desenvolver habilidade necessária, o operador deve:
- ser instruído no uso correto da ponte rolante;
- entender as possibilidades e limitações da ponte rolante a;
- familiarizar-se com a construção da ponte rolante e mantê-la em boas
condições;
- ler e entender os avisos e procedimentos de operação no manual do
equipamento.

Operador:
Homem de confiança da empresa, exerce o papel de inspetor, de avaliador. É
o responsável direto pela linha de produção da empresa.

Estado Físico: 100% (sono, embriaguez, ressaca, problemas pessoais)


devem ser expostos ao encarregado, gerente, assistente social, etc.

Áreas de Circulação:
- Piso molhado, escorregadio, ondulações, saliências = acidentes sérios;
- Verificar tubulações elevadas, fiação elétrica, pontes rolantes, vãos e
aberturas;
- Trabalhos externos – asfalto mole, chão de terra.
É responsabilidade da empresa certificar-se de que o operador seja capaz de
ver e ouvir bem e disponha de habilidade física e mental necessária para
manusear o equipamento de maneira segura.

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2. ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO Portaria 3214/78 (Ministério do Trabalho)

NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.

11.1.3 Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como


ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-cargas, pontes-rolantes, talhas,
empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos,
serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de
resistência e segurança, e conservados em perfeitas condições de trabalho.

11.1.3.2 Em todo equipamento será indicado, em lugar visível, a carga


máxima de trabalho permitida.

11.1.5 Nos equipamentos de transporte com força motriz própria, o operador


deverá receber um treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa
função.

11.1.6 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser


habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão
de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível.

11.1.6.1 O cartão terá validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a


revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do
empregador.

11.1.7 Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de


advertência sonora (buzina).

11.1.8 Todos os transportadores industriais serão permanentemente


inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser
imediatamente substituídas.

11.1.10 Em locais fechados e sem ventilação é proibida a utilização de


máquinas transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se
providas de dispositivos neutralizadores adequados.

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3. Qualificação do Operador

O fator humano é um aspecto de grande importância na operação de


maquinas e equipamentos na área portuária. Além de ser responsável pelos
comandos, ooperador deve estar plenamente capacitado para avaliar as
condições gerais do equipamento, antes de iniciar o serviço ou de paralisar
as atividades quando a máquina apresentar uma falha qualquer.
Assim, os operadores devem ser qualificados por instituição de ensino
contratada, para poderem ser autorizados a operarem máquinas ou
equipamentos motorizados). Essa capacitação será comprovada através da
emissão de um certificado (NR 11).
Anualmente, as empresas deverão realizar cursos de reciclagem
destinados aos operadores sobre os procedimentos e padrões operacionais
de cada equipamento.
Os postos de trabalho devem ser adaptáveis às características
antropométricas do operador (NR- 17). Conforme a situação ambiental
(presença de gases, poeiras e calor), a máquina deve dispor de cabine
fechada e climatizada.
Todos os operadores de equipamentos móveis de transporte
(guinchos, empilhadeiras, pontes-rolantes) serão identificados por um
crachá específico, que deverá constar nome, foto, tipo de equipamento
autorizado a operar, prazo de validade, data e assinatura do emitente

3.1. Qualificações necessárias ao Operador

Conhecimento: São os procedimentos corretos adquiridos através de


manuais dos fabricantes, treinamentos específicos, etc.

Habilidade: È a execução de diversas manobras em tempo hábil,


utilizando os conhecimentos e reflexos.

Atitude: Adquirindo conhecimento e habilidade, espera-se que o


operador saiba agir adequadamente em cada situação de serviço que se
apresenta. Para isto, pressupõe-se que ele teve um treinamento adequado
com acompanhamento do seu aprendizado, de forma a reciclar os seus
conhecimentos.

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3.2. Características Básicas do Operador

Atenção: O operador deve possuir um aguçado espírito de


observação, estando sempre alerta para o que se passa na sua área de
trabalho e para as condições de funcionamento do equipamento que opera.

Previsão: É a capacidade de prever situações adversas, valendo-se,


sobretudo, da sua posição de visualização das áreas de movimentação da
carga (dependendo da tarefa) e da experiência do operador.

Decisão: É a capacidade de ação do operador no momento exato da


ocorrência de uma situação adversa.

3.3. Responsabilidade do Operador

Advertência: O comando de uma ponte rolante para ser seguro e


eficiente
requer perícia, extremo cuidado, vigilância, concentração bem como
observância das normas e instruções comprovadas de segurança.

De forma geral não deverão operar Ponte Rolante


Quem não souber ler e escrever;
Quem for menor de 18 (dezoito anos);
Quem tiver visão e / ou audição deficientes, “sem a devida correção
indicada” por médico credenciado pela empresa;
Quem possuir doença cardíaca;
Quem estiver fazendo uso de medicamentos controlados
(Temporariamente ou não);
O operador que estiver fisicamente ou mentalmente indisposto;
Quem não for adequadamente instruído para operar a ponte;
Quem não estiver habituado com equipamentos de elevação e
transporte de carga;

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4. Equipamentos de Elevação Movimentação de Materiais

Na indústria moderna o uso de equipamentos para ERGUER, BAIXAR,


TRANSPORTAR pesadas cargas a distâncias limitadas vem sendo cada vez mais
difundido. Embora esses equipamentos estejam-se sofisticando dia-a-dia, a sua
operação está baseada nos princípios clássicos da Física, de onde se tira toda
aplicação prática para atender às necessidades de transporte industrial de nossos
dias. Juntamente com a sofisticação técnica, surgem novos riscos que precisam
ser bem conhecidos com o objetivo de se prevenirem possíveis acidentes.

4.1. Equipamentos

Uma das grandes necessidades da indústria, é o manuseio e a movimentação


de peças de grande porte em grandes áreas, sem prejudicar o trânsito de veículos,
estocagem de materiais e posicionamento de máquinas e equipamentos. Isto coloca
em destaque a Ponte Rolante, pois ela permite o aproveitamento de toda área útil
para transporte, com rapidez, segurança e versatilidade.
Trata-se de um equipamento de elevação e transporte de cargas que se move
sobre trilhos elevados, sendo que sua movimentação se faz através de redutores de
velocidades acionados por motores elétricos. Os redutores transmitem o torque para
as rodas motrizes localizadas nos truques da ponte. A ponte permite movimentos

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4.2. Tipos de equipamentos

4.2.1. Talha
O conjunto Gancho / Moitão é montado sobre rolamento de encosto,
conferindo maior facilidade no giro de carga. Possui fim de curso na
elevação. Neste modelo pode-se compor dupla ou multi-velocidades na
elevação e/ou translação.
O cabo de aço é alojado no corpo do
tambor (usinado), não remontando
um sobre o outro.
Tem duplo sistema de frenagem
(mecânico / anti-recuo /
eletromagnético (velocidade única))
garantindo paradas precisas,
aumentando a segurança do
equipamento. No corte de energia,
freia a carga automaticamente.

4.2.2. Pórtico Rolante

Equipamentos desenvolvido para trabalhar totalmente sobre Pistas de


Rolamento apoiadas normalmente ao nível do piso. Basicamente, suas
formas construtivas constituem tração dupla e individual nas duas
extremidades (Truck’s ou Cabeceiras) com mecanismo dos redutores imerso
em óleo, possui frenagem mecânica automática livre de manutenções, rodas
confeccionadas em ferro Nodular com duas bordas guias, ângulos de
assentamento, mancais e rolamentos com graxeiras

Acionamento através de Botoeira


pendente móvel independente da
carga, interligada ao quadro de
comando elétrico, o qual aciona os
motores simultaneamente, Sirene
intermitente a qual avisa quando o
equipamento está em uso

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4.2.3. Guindaste Giratório
Construído em Aço Carbono, Coluna Tubular e Viga tipo I reforçada
com Tirante, dimensionada para ter peso próprio reduzido com alta eficiência
contra deflexões.

Aplicado para movimentação em


células de montagens, linhas de
produção, deck náutico, fundição,
usinagem, big-bag e todo tipo de
movimentação que necessite de
agilidade, segurança e
confiabilidade no processo.
Ambiente coberto ou não.

4.2.4. Ponte Rolante

Equipamento desenvolvido para trabalhar totalmente sobre a


produção ou estoque, pois suas pistas e vigas de rolamento são suspensas
por pilares e/ou consoles, conforme o local a ser instalado. Basicamente,
suas formas construtivas constituem tração dupla e individual nas duas
extremidades (Truck’s ou Cabeceiras) com mecanismo dos redutores imerso
em óleo, possui frenagem mecânica automática livre de manutenções, rodas
confeccionadas em ferro Nodular com duas bordas guias, ângulos de
assentamento, mancais e rolamentos com graxeiras.

Acionamento através de
Botoeira pendente móvel
independente da carga,
interligada ao quadro de
comando elétrico, o qual
aciona os motores
simultaneamente, Sirene
intermitente a qual avisa
quando o equipamento está
em uso

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4.2.5. Movimento
É um equipamento de elevação e transporte de carga, que se
movimenta assentando sobre trilhos fixados normalmente nas vigas laterais
do edifício

Os três movimentos da ponte rolante são obtidos através de seus


componentes fundamentais, que são: pontes, trole ou carro e guincho

Dispõe de sistema de:

Freio mecânico e servofreio automático e hidráulico, que são acionados pelo


operador para fazê-la parar.

Pára-choques. Os quatro cantos da ponte são dotados de pára-choques


molas, borrachas, madeira, que são equipamentos de segurança para
proteger as extremidades dos edifícios ou outras ponte que esteja nas
mesmas vigas de rolantes. Esses pára-choques não devem ser usados para
parar a ponte, e sim como segurança.

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4.3. Componentes Básicos

4.3.1. Carro Trole

Componente responsável pela translação e suporte da Talha, tanto


elétrica quanto manual, sendo o trole movido por arraste manual, motorizado
ou por corrente para modelo Univiga, já no modelo Duplaviga a translação
normalmente é motorizada e suporta talha elétrica de cabo de aço. Sua
tecnologia também pode ser utilizada para Carro de Transferência ou
Vagonete.

4.3.2. Trole Manual - Sistema Univiga

Construído em aço carbono, rodas com rolamentos de esfera


blindados. Eixos distanciadores fixados nas chapas laterais para
acoplamento na viga de translação. O movimento (deslocamento) do carro é
feito pelo operador, por arraste manual.

4.3.3. Trole Motorizado (Sistema Univiga)

Construído em aço carbono, rodas com rolamentos de esfera


blindados. Eixos distanciadores fixados nas chapas laterais para ajuste de
acoplamento na viga.

Compacto conjunto do redutor


(alto frenante) estando seu
mecanismo imerso em banho de
óleo

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4.3.4. Trole Motorizado (Sistema Duplaviga)

É um componente motorizado que sustenta o mecanismo de elevação e se


desloca longitudinalmente sobre as traves ate o limite de segurança fixado nas
extremidades dos trilhos, nas vigas da ponte. É composto de motor, redutor, freio,
acoplamento, mancais, suportes, etc.

Trole, assim como a ponte, se movimenta livremente e deve possuir chave-


limite nas extremidades dos trilhos para fazê-lo parar. Os trilhos são equipados
com batentes protetores, que são equipamentos de segurança e não devem ser
usados papa frear o trole.

Guincho
É um componente motorizado fixado no trole que exerce a força necessária
para elevar ou baixar a carga até os limites de segurança, através do mecanismo de
elevação composta de: motor, freio de motor, redutor, eixo, freio de carga, tambor
(dromo), cabos de aço, polias, suporte, caixa de gancho, mancais e gancho.

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4.4. Princípios de funcionamentos e limitações
4.4.1. O que é a Chave Limite

É um dispositivo que limita a


altura da carga manuseada,
sendo que ao entrar em
contato com a mesma, o
movimento de subida e
descida da carga é
interrompido.

Chave de Transferência - Rádio Controle / Cabine


Todas as pontes rolantes
possuem uma chave de
transferência, que passa o
comando do Rádio Controle para
o Controle da Cabine, e vice-
versa.
Obs.: Caso a bateria do controle
esteja com carga completa, e a
ponte não funcionar, verifique a
posição da chave de
transferência.

Batente da ponte

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Equipamentos fundamentais da Ponte Rolante

Sistema de transmissão.

Eixo de Translaçãodo Carro


Eixo, mancais, rolamentos,
retentores, engrenagem,
acoplamentos e parafusos de
fixação

. Batente do carro

Sistema de Translação da Ponte

Trilho de Translação da Ponte


Trilhos, suportes, chapas de base,
presilhas, batentes e parafusos de
fixação

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4.4.2. Freios

Cada unidade do guincho de um guindaste deverá ser equipada com pelo


menos um freio automático, referido como freio de retenção, aplicado diretamente ao
eixo do motor ou alguma parte no conjunto de engrenagem.
Cada guincho de um guindaste, será equipado com um sistema de freios para evitar
excesso de velocidade, além do freio de retenção, exceto os guinchos com
engrenagem helicoidal, onde o ângulo da rosca helicoidal impede a carga de acelerar
na direção de descida.
Os freios de retenção para motores do guincho, não deverão ter sua
capacidade de carga menor do que a seguinte porcentagem:
_ 125% quando usada com um meio de freio de controle que não seja mecânico.
_ 100% quando usado em conjunto com um sistema de freio de controle mecânico.
_ 100% cada se dois freios de retenção são fornecidos.
Freios de retenção em guinchos deverão ter uma ampla capacidade térmica
para a freqüência de operação exigida pelo serviço.

Freios de retenção em
guinchos deverão ser
aplicados automaticamente
quando a energia é retirada.
Quando necessário, os freios
deverão ser providos com um
meio de ajuste para
compensar desgaste. A
superfície de desgaste de
todos os tambores ou discos
de freios de retenção deverá
ser lisa.

SISTEMA DE FREIO DE CONTROLE


O sistema de controle de energia regenerativo, dinâmico, contra-torque, ou o
sistema mecânico, deverão ser capazes de manter velocidades seguras de descida
das cargas nominais.
O sistema de controle de freio deverá ter ampla capacidade térmica para a
freqüência de operação exigida pelo serviço.

Manual Operador de Ponte Rolante 19


5. Operação - Içamento e Manuseio de Carga

Para movimentar cargas com meios de elevação são utilizados lingas e


dispositivos de movimentação.
As Lingas são, por exemplo: cabos, correntes, cintas e laços sintéticos.
Por meio delas é que fazemos o acoplamento da carga ao meio de elevação.
Dispositivos de movimentação são aqueles que fazem um acoplamento
direto ou mesmo através de uma Linga à carga.
São considerados dispositivos de movimentação: ganchos e garras
especiais, suportes para eletroimãs, travessões, etc. A escolha da Linga
deveria ser feita pela engenharia de produção ou pelo planejamento, mas na
maioria das vezes, quem tem de escolher é o próprio movimentador.

A escolha da linga adequada para a movimentação deve ser feita por uma
pessoa devidamente qualificada para este fim. Neste manual indicaremos alguns
critérios que devem ser seguidos para uma decisão correta,

Manual Operador de Ponte Rolante 20


5.1. Operação e Manuseio de Cargas

Aplicáveis são:

• Cabos de Aço: para cargas com superfície lisa, oleosa ou escorregadia, assim
como laços de cabo de aço com ganchos para aplicação nos olhais da carga.

• Correntes: para materiais em altas temperaturas e cargas que não tenham


chapas ou perfis. Lingas de corrente com gancho podem ser acoplados aos olhais da
carga.
• Cintas e Laços Sintéticos: para cargas com superfícies extremamente
escorregadias ou sensíveis, como por exemplo, cilindros de calandragem, eixos,
peças prontas e pintadas.

• Cordas de Sisal e Sintéticas: para cargas com superfície sensível, de baixo


peso, como tubos, peças de aquecimento e refrigeração ou outras peças passíveis de
amassamento.

• Combinação Cabo e corrente: para o transporte de perfis e trefilados. Neste


caso a corrente deve ficar na área de desgaste onde possivelmente existam cantos
vivos e o cabo fica nas extremidades exercendo função de suporte e facilitando a
passagem da Linga por baixo das cargas.

Não aplicáveis são:

• Cabos de Aço: para materiais com cantos vivos ou em altas temperaturas.

• Correntes: para cargas com superfície lisa ou escorregadia.

• Cintas e Laços Sintéticos: para cantos vivos e cargas em altas temperaturas.

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5.2. Operação da Ponte Rolante
O bom operador de ponte rolante usa os controles de maneira a aplicar
corretamente a aceleração e a frenagem, sem danificar seus componentes. Neste
capítulo serão fornecidas informações básicas sobre operações com a ponte rolante.
Ao se operar a ponte para pegar cargas próximas ás extremidades das vigas
deve-se, antes de atingi-las, parar completamente a ponte e depois, com movimentos
curtos e lentos, completar-se o trajeto até que os pára-choques da ponte e das vigas
se toquem levemente.
Quando a ponte é equipada com controles manuais, deve ser acelerada
movendo-se a manipula gradativamente na direção desejada. A aceleração correta
elimina a patinação das rodas da ponte, permite á carga perdurada adquirir impulso
quase na mesma proporção que a ponte e evita, a ela e ao motor, esforços
desnecessários.
Quando o controle é magnético, a manipula pode ser levada de uma só vez
até o fim, pois a aceleração é automática e se processa por meio de relés adequados.
Os calos nas rodas da ponte são originários de patinação e freadas bruscas.
Não se deve operar a ponte a longas distâncias pelas vigas de rolamento com a
manípula de comando mal ajustada entre as posições neutra e toda força.

Manual Operador de Ponte Rolante 22


5.3. Talhas
a) A capacidade de carga das talhas deve estar claramente posicionada no
corpo da talha, bem como o trilho também deve ter assinalada sua capacidade de
carga;
b) As talhas devem estar seguramente presas aos seus suportes através de
travas ou manilhas;
c) Talhas podem ser sustentadas em estrutura rígida (trilhos) ou por ganchos.
Quando suspensas por ganchos, estes devem ser providos com trava que não
permitam o escape da talha;
d) As talhas elétricas devem ser providas com limite de fim de curso que não
permita ao cabo de aço sobre-enrolar no tambor e romper-se;
e) Os trilhos por onde correm as talhas devem ter batente de fim de curso
para evitar a queda da talha;
f) O tambor das talhas com entalhe simples para acomodação do cabo deve
ser livre de projeções que possam danificar o cabo;
g) Só utilizar talhas que apresentem cabos, correntes, ganchos e demais
componentes em adequadas condições de uso;
h) Manter mãos e dedos distantes de pontos de pinçamento;
j) Não permanecer sob cargas suspensas;

Manual Operador de Ponte Rolante 23


Talhas Elétricas
a) O botão de subida da talha deve ser projetado de forma que requeira
permanente pressão para levantar ou abaixar a carga;
b) O cabo elétrico da caixa de comando deve ser sustentado por um cabo ou
corrente paralela protegendo o cabo de possíveis esforços e danificações;
c) A talha deve ser aterrada de maneira a evitar possível choque elétrico no
operador em caso de falha do circuito;
d) Um mínimo de duas voltas de cabo deve permanecer no tambor quando o
bloco do gancho estiver no piso mais baixo do edifício onde a talha opera.

Talhas Pneumáticas
a) Talhas pneumáticas acionadas por pistão devem ter porca do tipo castelo
cupilhada para segurar o pistão;
b) Quando acionadas por pistão, um grampo em U deve ser usado para
prevenir que o gancho escape do suporte do pistão.

Talhas manuais
a) As talhas manuais podem ser portáteis para uso em serviços de montagem
ou manutenção. É recomendável que sejam de corrente em função da sua
resistência;
b) Devem ser equipadas com freio de carga mecânico que permita controlar a
velocidade de subida e descida da carga.

Manual Operador de Ponte Rolante 24


5.4. Cronograma Ideal para uma Movimentação
a) Preparação:
• Conhecer o peso e centro de gravidade de carga;
• Determinar qual Linga e se necessário preparar proteção para os
cantos vivos;
• Preparar o local de destino com caibros e cunhas se necessário.
b) Informar ao operador o peso da carga.
c) Colocar o gancho do meio de elevação perpendicularmente sobre
o centro de gravidade da carga.
d) Acoplar a Linga à carga. Se não for utilizar uma das pernas da
Linga, acoplá-la ao elo de sustentação para que não possa se
prender a outros objetos ou cargas. Quando necessário, pegar a
Linga por fora e deixar esticar lentamente.
e) Sair da área de risco.
f) Avisar a todos os envolvidos no processo de movimentação e a
todos que estiverem nas áreas de risco.
g) Sinalizar ao operador. A sinalização deve ser feita por uma única
pessoa.
h) Ao iniciar a movimentação devemos verificar:
• se a carga não se ganchou ou prendeu;
• se a carga está nivelada ou corretamente suspensa;
• se as pernas têm uma carga semelhante.
i) Se a carga pender mais para um lado, abaixá-la para prendê-la
corretamente.
j) Movimentação da carga.
k) . No transporte de cargas assimétricas ou onde haja influência de
ventos deve-se usar um cabo de condução que seja longo o
suficiente para que se fique fora da área de risco.
l) Abaixar a carga conforme indicação do movimentador.
m) . Certificar-se de que a carga não pode se espalhar ou tombar.
n) Desacoplar a Linga.
o) . Prender os ganchos da Linga no elo de sustentação.
p) Ao levantar a Linga verificar se ela não pode se prender a nada.

Manual Operador de Ponte Rolante 25


5.5. Modos de movimentação
a) A pessoa responsável pela movimentação de carga deve se
certificar de que:

1- A carga, laço ou acessório de carga, esteja devidamente apoiada na


base do gancho;

2- A carga esteja segura, equilibrada e devidamente posicionada no


gancho, laço ou acessório de carga, logo após o levantamento de
poucos centímetros;

3- O cabo de elevação não possui dobramento;

4- As diversas linhas do cabo do moitão não estejam torcidas entre si;

5- O gancho esteja colocado na carga de forma a minimizar balanços;

6- cabo esteja devidamente posicionado nos canais dos tambores e


polias, mesmo que o cabo esteja sem carga ou tenha ficado sem carga
anteriormente.

b) Durante a operação de levantamento de carga, deve-se tomar


cuidado para que:

1- Não ocorra a aceleração ou desaceleração repentina da carga;

2- A carga fique livre de quaisquer obstruções.

c) Os equipamentos não podem ser usados para movimentações


laterais, a não ser quando especificamente autorizado por uma
pessoa qualificada, que tenha se certificado de que:

1- Nenhuma parte do equipamento será sobrecarregada;

2- O cabo de elevação não irá se encostar ou se atritar com nenhuma


parte da estrutura do equipamento, que não tenha função especifica
de apoiar o cabo;

3- A puxada lateral não provocará a saída do cabo das polias ou


canais do tambor;

4- A puxada lateral não provocará balanço excessivo do bloco ou da


carga.

d) O operador não pode levantar abaixar ou movimentar o


equipamento, caso haja alguma pessoa sobre a carga ou no
gancho.

Manual Operador de Ponte Rolante 26


5.5.1. Modos de movimentação e quanto a carga pode pesar em
cada modo de operação.

Para efeito de cálculos usamos, como exemplo, sempre Lingas que


comportam 1.000Kg por perna.
• corrente 10mm grau 2
• cabo de aço 12mm
• corda de polipropileno 24mm
• corrente 8mm grau 5
• corrente 6mm grau 8
Devemos demonstrar com isto o quanto a carga pode pesar em cada
modo de operação

A movimentação com Lingas de


uma perna é mais simples. A
carga pode ser igual a capacidade
de carga da perna

A movimentação com Lingas de duas pernas. Quanto maior a angulação


menor a capacidade de carga da
Linga pois as forças resultantes são crescentes

Manual Operador de Ponte Rolante 27


Linga em cesto perpendicular à carga
pode ter o peso igual a capacidade de
quatro pernas independentes
somadas. Mas isso somente se o
diâmetro da peça for grande o
suficiente e não houver cantos vivos.
Só pode ser usada quando não
houver risco da carga escorregar

Dois laços em perpendicular, por causa


da força aplicada no lançamento.
Devemos contar com apenas 80% da
capacidade da carga.

Se utilizarmos uma Linga em cesto


onde as extremidades estão presas a
um único elo de sustentação onde a
corrente trabalhe sem dobras ao
redor da carga e com uma angulação
inexpressiva. Podemos calcular com
a capacidade de cada perna como
cheia

Manual Operador de Ponte Rolante 28


Se utilizarmos uma Linga em cesto
ou em laço devemos contar com
apenas 80% de sua capacidade de
carga por causa da dobra que é feita
no laçamento.

Se utilizarmos uma Linga em


cesto sem fim onde a corrente
trabalhe sem dobras ao redor da
carga e com uma angulação
inexpressiva. Devemos contar
com 80% da capacidade da carga
de suas pernas uma vez que ela
trabalha dobrada sobre o gancho.

Se utilizarmos uma Linga sem fim


em laço, devemos contar também
com apenas 80% da capacidade de
suas pernas uma vez que ela sofre
dobramentos no laço e no gancho.

Manual Operador de Ponte Rolante 29


5.6. Balanço da Carga

O balanço da carga é o resultado da conexão flexível entre a ponte e a carga


(cabo de aço da ponte). Quando se liga o motor da ponte, ela imediatamente se
movimenta, porém a carga fica ligeiramente para trás, com o cabo de aço formando
um ângulo com a perpendicular. O mesmo acontece quando se diminui a marcha;
nesse caso o impulso da carga traciona a ponte. O operado experiente tira vantagem
desse movimento (balanço avançado da carga) para evitar que a carga balance
quando a ponte estiver totalmente parada.
Em lugar de deixar que a carga passe de ponte e depois voltar atrás ate
atingir o prumo, o operador deve: parar a ponte antes do lugar de descarga; quando
a carga balançar, acelerar a ponte rapidamente para frente acompanhando o
balanço da carga, de maneira que tanto a ponte como a carga possa ter seus
movimentos simultaneamente interrompidos quando atingirem o local de descarga.

O trole
Assim como a ponte, o trole possui chave-limite para desligar a força e fazê-lo
parar. Os trilhos do trole têm batentes nas extremidades. Não se deve permitir que o
trole atinja esses batentes em grande velocidade

5.7. Movimentação com Travessões


Com travessões podemos fazer movimentações mesmo com pouca altura de
elevação, evitando total ou parcialmente a angulação das pernas.
As cargas abaixo do Travessão devem ser presas de tal forma que não possam
se dobrar e cair (carga ou peças individuais). Devemos considerar como única
desvantagem do Travessão o seu próprio peso, pois quanto maior seu peso menor o
peso que poderemos transportar, devido a limitação do meio de elevação.

Manual Operador de Ponte Rolante 30


Se utilizarmos Travessões e a
carga não for alinhada em seu
centro a carga pende e pode
escorregar e cair

Movimentação com angulação invertida, as Lingas podem escorregar por baixo


da carga

Em Travessões com dois pontos de fixação superior, se a carga é alocada mais


para um lado, esta carga só estará sendo suportada em uma das fixações
superiores do Travessão

A carga está no centro, as duas fixações superiores estão igualmente carregadas

Manual Operador de Ponte Rolante 31


5.8. Como se Assegurar que a Carga não se Solte

Possibilidades de acidentes nunca podem ser descartadas. A Linga pode se


soltar do gancho do meio de elevação, ou mesmo o gancho da Linga, pode se soltar
da carga.

Travas adequadas nos ganchos


do meio de elevação e do
Travessão impedem que a carga
possa se soltar

5.9. Estocagem da Carga

Armazenamento de materiais.
O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga
calculada para o piso.
O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de
portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc.
Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a
uma distância de pelo menos 0,50m (cinqüenta centímetros).
A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o
acesso às saídas de emergência.
O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a
cada tipo de material.
Os perfis devem ser mantidos preferencialmente amarrados e alinhados.
Evitar balanços ou distorções que possam causar amassamento ou torções
nos perfis.
Perfis menores sempre apoiados sobre perfis maiores.

Manual Operador de Ponte Rolante 32


5.10. Finalização da movimentação
O movimentador só pode sinalizar, para que a carga seja depositada, após ter
verificado se todos os envolvidos (ou não) estejam fora da área de risco. Acidentes
sempre acontecem quando o movimentador tenta rapidamente, enquanto a carga
desce, preparar ou limpar a área de destino, e acaba tendo o dedo esmagado ou pior.
Quando temos que ajeitar a carga ou estabilizá-la, não devemos fazê-lo com
as mãos, mas sim, por meio de acessórios como ganchos e engates ou cabos.
Se a carga ao ser depositada deve ser ajeitada manualmente, não podemos
ficar entre ela e obstáculos fixos, pois mesmo quando movimentada com a mão, ela
tem uma energia potencial tão grande que, depois de movimentada, não podemos
pará-la com nossa força.
Ao depositar a carga devemos observar, para que tenhamos uma base que
facilite a retirada da Linga por baixo da carga, utilizando caibros por exemplo. Se o
material for redondo, devemos nos assegurar de que ele não possa rolar.

5.11. Lingamento e Deslingamento de Cargas


A operação de içamento de carga é a que gera o fator de risco com maior
probabilidade de dano ao trabalhador no setor portuário. É um serviço constante
que envolve milhares de trabalhadores utilizando diversos tipos de lingas e com
grande variedade de cargas e embalagens. Como a operação envolve carga suspensa,
há grande potencial, em caso de queda, de resultar em acidentes graves seja de
natureza humana ou material. Assim, as pessoas responsáveis por essas operações,
contratadas pelos operadores portuários, devem ser capacitadas para orientar o
serviço e tomar as decisões adequadas no momento de substituir uma linga ou
paralisar um guindaste com problemas mecânicos ou elétricos.

Principais fatores de risco


. Uso de lingas inadequadas ou sem certificação;
. Aparelhos auxiliares defeituosos ou não certificados;
. Cargas desniveladas;
. Uso de equipamento inadequado para lingamento da carga;
. Ângulos dos ramais das lingas acima do recomendado;
. Falta de plataformas nos trabalhos de lingamentos em terra;
. Má distribuição da carga nos travessões e travessões;
. Pessoal inabilitado para operação de equipamento;
. Pessoal inabilitado nos sinais de mão para operação de guindar;
. Materiais soltos sobre a carga;
. Falta de procedimentos operacionais e treinamentos da equipe de
trabalho.
Manual Operador de Ponte Rolante 33
5.12. Inspeção Diária

Relatório de entrada - Manutenção a cada 8 horas de operação


Ponte rolante nº Operador chapa nº
Data Inicio Termino
Inspeção Bom Reparar Observações
1- Chave geral
2- Chave do sistema de iluminação
3- Sirene
4- Lâmpada – piloto
5- Buzina
6- Painel de comando
7- Cabos
8- Ganchos
9- Movimento da ponte
10- Freio da ponte
11- Pára –choque
12- Movimento do trole
13- Freio do trole
14- Batentes
15- Movimento do guincho
16- Freio do guincho
17- Chave – limite
18- Extintor de incêndio
19- Limpeza da cabina
20- Acessório individuais

Observações

Importante: só inicie a operação da ponte rolante após ter entregue este relatório
ao encarregado e ter recebido autorização para opera – lá.

_____________________________
______________________________
Assinatura do Operador
Assinatura do Encarregado

Manual Operador de Ponte Rolante 34


6. Capacidade, Peso e Centro de Cargas

6.1. Estabilidade e Centro de Gravidade:

O centro de gravidade de qualquer objeto é o ponto central de equilíbrio do


mesmo. Todos os objetos tem centro de gravidade (CG). Uma máquina carregada têm
um novo centro de gravidade combinado.
A estabilidade de uma empilhadeira é determinada pela posição de seu CG ou
pela posição do CG combinado quando a máquina está carregada.
O CG da carga é móvel devido as partes móveis do equipamento. O CG
desloca-se para frente e para trás, conforme o tranlado e deslocando-se para cima e
para baixo conforme os movimentos d o guincho de elevação.

O centro da gravidade e por seqüência, a estabilidade da empilhadeira


carregada é influenciada por diversos fatores como: dimensão, peso, forma e posição
da carga, altura de elevação da carga, o grau de inclinação para frente e para trás, a
pressão dos pneus e as forças dinâmicas que surgem com a máquina em movimento.
Estas forças dinâmicas são causadas pela aceleração, freadas, curvas e
operações em superfícies irregulares ou em aclives.
Esses fatores também são importantes para uma empilhadeira sem carga que
é fácil de tombar lateralmente, em comparação com uma máquina com carga na
posição mais baixa possível.

Manual Operador de Ponte Rolante 35


7. Dispositivos de Içamento
7.1. Lingas
As lingas são dispositivos feitos de cabo de fibra, de arame ou de correntes,
com laços e sapatilhas que servem para fazer a ligação da carga com o aparelho de
guindar que irá sustentar as cargas nas manobras de içamento. Assim, a carga que
é içada pelo guindaste ou pau de carga é chamada de lingada..

Na verdade, existe uma grande variedade de lingas, sendo algumas


específicas para a movimentação de uma determinada carga ou embalagem. Por
exemplo: linga de barril, de corrente, de funda, de patolas, de rede, de tabuleiro, etc.
Existem também as cargas pré-lingadas que utilizam lingas descartáveis, isto é, que
não podem ser reutilizadas após o primeiro tracionamento. Assim, é recomendado ao
operador portuário que faça a inutilização destas lingas, cortando-as, para que não
sejam reutilizadas. A escolha da linga adequada para a movimentação deve ser feita
por uma pessoa devidamente qualificada para este fim. Neste manual indicaremos
alguns critérios que devem ser seguidos para uma decisão correta,

Linga/Material Uso Adequado Não Utilizar


Para cargas com superfícies lisas, Em materiais com
oleosas ou escorregadias, assim cantos vivos ou em
Cabo de aço como em laços de cabo de aço com altas temperaturas.
ganchos ara aplicação nos olhais
da carga.
Para materiais em altas Para cargas com
temperaturas e cargas que não superfícies lisas ou
tenham superfícies escorregadias escorregadias
Correntes como vigas, chapas ou perfis.
Lingas de corrente com gancho
podem ser acoplados aos olhais da
carga.
Para cargas com superfícies Em cargas com
extremamente escorregadias ou cantos vivos, em altas
Cintas e Laços
sensíveis, como exemplo: cilindros temperaturas.
sintéticos
de calandragem, eixos, peças
prontas e pintadas.
Para cargas com superfície Em peças de grande
Cordas de sisal e sensível, de baixo peso como tubos peso, com cantos
sintéticas e outras passíveis de vivos.
amassamento.
Para o transporte de perfis e Para cargas com
trefilados. Neste caso, a corrente superfícies lisas ou
Cabos de aço e
deve ficar na área de desgaste ou escorregadias
correntes
cantos vivos e o cabo de aço nas
extremidades.

Manual Operador de Ponte Rolante 36


7.2. Especificação dos Dispositivos

Quando temos que ajeitar a carga ou estabilizá-la, não devemos fazê-lo com
as mãos, mas sim, por meio de acessórios como ganchos e engates ou cabos.

Se a carga ao ser depositada deve ser ajeitada manualmente, não podemos


ficar entre ela e obstáculos fixos, pois mesmo quando movimentada com a mão, ela
tem uma energia potencial tão grande que, depois de movimentada, não podemos
pará-la com nossa força.

Ao depositar a carga devemos observar, para que tenhamos uma base que
facilite a retirada da Linga por baixo da carga, utilizando caibros por exemplo. Se o
material for redondo, devemos nos assegurar de que ele não possa rolar.

Fixação de Cabos de Aço, Correntes e Cordas

Manual Operador de Ponte Rolante 37


7.3. Corrente
As correntes são fabricadas em diversas formas e especificações. Devido às
suas qualidades, são largamente utilizadas nas operações de movimentação de
cargas. No processo industrial de fabricação das correntes, os elos são dobrados e
depois soldados. A certificação de uma corrente exige uma série de ensaios de
dobramentos e de tração, que testam a solda e o tratamento térmico realizado As
correntes são classificadas por classes de qualidade também chamada de grau, de
acordo com sua tensão de ruptura, conforme quadro abaixo.

Lingas simples - em aço forjado usadas em fundições, Pontes rolantes,


Empreiteiros de Construção e para todos os trabalhos onde se tornam necessários
Guindastes para remoção de material, como cargas e descargas de navios e
caminhões.

Quadro XVIII: Graus de qualidade de Correntes


Grau 2 5 8
200N/mm2 500N/mm2 800N/mm2
Tensão de ruptura
(20,4Kg/mm 2) (51Kg/ mm2) (81,6Kg/mm2)
Matéria Prima Aço nobre
U – ST 35 Aço nobre Ni 0,7%, Cr 0,4% e Mo
(DIN 17115) 0,15%
Carga de Trabalho,
1:2,5:4
teste e ruptura.
Símbolo de
Identificação Formato e Pentágono Verde Octógono Vermelho
cor. Circulo natural/cinza

Manual Operador de Ponte Rolante 38


Características
O diâmetro nominal de uma corrente é o diâmetro da seção de seus elos. Esta
medida deve ser feita na parte oposta à solda. O comprimento da corrente varia com
as dimensões e o número de elos que a compõem.
As dimensões dos elos de uma corrente variam ligeiramente em função de
seu diâmetro nominal e do tipo da corrente. As relações entre as dimensões do elo da
corrente e seu diâmetro podem ser obtidas, aproximadamente pelo quadro abaixo:

Quadro XX: Dimensões de Elos de Correntes

Dimensões Relação
Largura Interior e = 1,3 d
Largura Exterior b = 3,3 d
Comprimento Interior p = 3.d

Figura 33: Dimensões dos elos de uma corrente

O passo de uma corrente é medido pelo comprimento interno de seu elo.


Somente corrente com o passo igual a três vezes o seu diâmetro pode ser utilizado
para movimentação e amarração de cargas. As correntes de elos grandes não devem
ser utilizadas na movimentação, porque os elos longos podem ser dobrados e
quebrar.

Capacidade de Carga
A capacidade da linga deve ser inscrita na plaqueta de identificação. Em caso
de dúvida, considera-se que a corrente tem grau 2. Deve ser observado também qual
o número de pernas que tem a linga: caso haja mais de um, deve ser definido o
ângulo mais seguro e adequado (< 45° ou até 60º). A seguir, deve ser consultada a
tabela de carga do fabricante. Vale ressaltar que não é permitido ângulo superior a
60°. Caso seja necessário, devem-se utilizar travessões, balancins ou expansores.
.
Vantagens e Limitações do Uso de Correntes
Entre as varias vantagens das correntes sobre as outras lingas, citamos:
- Podem ser encurtadas;
- Durabilidade;
- Não precisam ser trocadas totalmente;

Manual Operador de Ponte Rolante 39


- Possuem alongamento de 25% antes de
romper;
- Possibilidade de combinação com outros
tipos de matérias de lingas(cabos de aço e
cinta);
- Sua utilização em cantos vivos (apoio de três
pontos).

Figura 34: Canto vivo

Canto vivo é a expressão usada nas situações em que o raio no canto da


carga a ser movimentada for menor do que o diâmetro nominal da linga. Quanto a
limitações de uso citamos:
- Não devem ser utilizadas em cargas escorregadias;
- Só podem ser aplicadas as com passo de 3 vezes o diâmetro;
- Só podem ser aplicadas as fabricadas conforme a norma DIN 5687-8.

Inspeções e Substituições de lingas de Correntes


Como toda linga as correntes devem ser vistoriadas periodicamente pelos
responsáveis pela movimentação das cargas, devendo verificar se há a presença das
seguintes irregularidades que podem exigir a retirada de elos ou de trechos da linga
de correntes:
- Danos mecânicos (entalhamento, amassamento, fissuras e pontos de
contato elétrico);
- Deformação por dobra ou torção;
- Redução maior que 10% do seu diâmetro médio;
- Alongamento externo do elo de mais de 3%;
- Alongamento interno do elo de mais de 5%;
- Alongamento da corrente em mais de 5%.

Figura 35: 1) Dobramento; 2)Esmagamento; 3) Alargamento; 4)Rompimento.

Manual Operador de Ponte Rolante 40


7.4. Barra de Carga / Movimentação com Travessões
São utilizados vários aparelhos auxiliares para fazer a ligação da carga ao
gancho do equipamento de guindar. Entre estes os mais utilizados são os balancins
ou travessões e o quadro posicionador utilizado na movimentação de contêineres. Os
travessões ou balancins são bastante utilizados nas operações de movimentação de
carga, por evitarem a formação de ângulos indesejáveis nos terminais ou pernas das
lingas. Eles permitem também diminuir o comprimento da linga e,
conseqüentemente, a altura do guindaste ou pau de carga. O peso bruto desses
aparelhos é seu único inconveniente, já que se soma ao peso da carga no momento
do içamento, o que, por vezes, limitando a capacidade de carga do aparelho de
guindar. Muitos destes aparelhos utilizados nos portos foram fabricados sem a um
projeto técnico. A NR 29 para corrigir esta falha exige em seu item 29.3.5.10 que
todos os equipamentos deguindar e acessórios neles utilizados para içamento de
carga devem ser fabricados conforme as normas técnicas nacionais ou
internacionais, serem periodicamente vistoriados e testados por pessoa física ou
jurídica devidamente registrada no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia – CREA.
Os proprietários ou arrendatários desses aparelhos devem ter consigo a
certificação, com a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do CREA,
os projetos construtivos e os resultados dos testes e ensaios recomendados. Quando
em operação, esses aparelhos devem trazer em seu corpo a sua capacidade de carga
e peso bruto grafada de forma visível.

Figura Uso de balancins

Na verdade, existem também vários outros tipos de garras utilizadas para a


movimentação de cargas, devendo ser obedecidas às mesmas regras do balancim
quanto à sua identificação e capacidade de carga. Todos os elementos devem
também ser certificado e o proprietário dispor dos projetos construtivos.

Manual Operador de Ponte Rolante 41


7.5. Cintas
As cintas são fabricadas a partir de fibras sintéticas e possui uma ótima
capacidade de carga, se analisarmos seu peso. São bastante empregadas quando
não existem cantos vivos e o material a ser içado não pode sofrer riscos ou
amassamentos. Para serem reconhecidas, as cintas de poliéster devem ter uma
etiqueta azul. Por terem boa elasticidade, resistência à luz, ao calor e aos ácidos
solventes, as cintas de poliéster são as mais utilizadas no trabalho portuário.
Entretanto, sua fragilidade se manifesta quando em contato com produtos básicos,
motivo pelo qual deve ser evitado o seu contato com sabões. As cintas de poliamida
têm a etiqueta de cor verde e são resistentes às bases. Sua desvantagem é que
absorvem muita umidade, fato que provoca uma redução na sua capacidade de
carga. Cintas de movimentação de polipropileno, de etiqueta marrom, têm uma baixa
capacidade de carga e são pouco flexíveis, sendo empregadas em alguns casos por
sua resistência química. Quando utilizadas em terminais metálicos, estes devem ser
construídos de tal forma que seja possível se passar um pelo outro, a fim de fazer
uma laçada.

Formas de Levantamento
As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma das quatro
formas diferentes de levantamento ilustrado.
Algumas cintas são especificamente designadas para serem utilizadas em
somente um tipo de levantamento.

Para reduzir atritos e evitar cortes nas cintas, são utilizados revestimentos de
materiais sintéticos resistentes a elas ajustáveis, em especial os poliuretanos..

Manual Operador de Ponte Rolante 42


As inspeções visuais devem ser feitas periodicamente, com o objetivo de
detectar avarias superficiais, tais como cortes e outros danos. Entretanto, o mais
importante é respeitar o tempo de utilização, observando a data de fabricação que
deve constar na etiqueta.

Figura 36:

1) Olhal normal (forma


Basket);

2) Olhal torcido (forma


Choker);

3) Olhal reduzido (Ganchos


pequenos)

Envelhecimento
Devido ao envelhecimento das fibras, em especial quando usadas ao ar livre
ou em banhos químicos, a data de fabricação das cintas deve estar na etiqueta.
Para reduzir o atrito e para evitar cortes nas cintas podemos usar
revestimentos com materiais sintéticos resistentes, em especial de poliuretano.
Normalmente estes de perfis são ajustáveis à cinta.

1) Cinta movimentando bobina com 2) Cinta de poliéster para elevação de


proteção para canto vivo cargas

Manual Operador de Ponte Rolante 43


7.5.1. Para utilização de cintas existem algumas regras especiais:
• Quando se eleva uma carga, o ângulo de abertura entre as pontas da cinta
não deve ultrapassar 120º.
• Somente cintas com olhais reforçados podem ser utilizadas em laço.
• Para utilizar diversas cintas num travessão todas devem estar numa perna
perpendicular para não haver esforço maior numa das pernas.
• As cargas não podem ser depositadas sobre as cintas para que não sejam
danificadas.
• Não se pode dar nó nas cintas.
• Após utilização em banhos químicos, as cintas devem ser neutralizadas e
enxaguadas para que não haja concentração química.

Segurança também requer Inspeção


As cintas devem ser examinadas em intervalos não superiores a duas
semanas, quando usadas em levantamentos gerais de diferentes tipos de cargas.
1º. Coloque a cinta em uma superfície plana com área apropriada.
2º. Examine os dois lados da cinta.
3º. Cintas tipo Anel devem ser examinadas em todo seu comprimento e
perímetro.
4º. As alças dos olhais devem ser examinadas particular e cuidadosamente.
5º. Todo equipamento deve ser examinado somente por uma pessoa,
designada para esta inspeção.

10 itens para um levantamento seguro


1. Não exceder às especificações do fabricante, nas limitações de peso e
estabilidade.
2. Nunca aplique uma sobrecarga no equipamento de elevação.
3. Uma operação suave e balanceada rende muito mais, além de evitar
desgaste do equipamento e acidentes.
4. Nunca use cintas avarariadas.
5. Posicionar a cinta corretamente na carga, para propiciar uma fácil
remoção, após o uso.
6. Não deixe a carga em contato direto com o piso. Coloque calços ao
descarregá-la para melhor poder elevá-la.
7. Não posicione a cinta em cantos agudos ou cortantes.
8. Utilize ganchos com um raio de apoio nunca inferior a “1”, de seção lisa e
redonda.

Manual Operador de Ponte Rolante 44


9. Evite a colocação de mais de 1 par de cintas, no mesmo gancho.
10. Quando elevar uma carga pesada com mais de uma cinta, verifique se o
total do peso está bem distribuído na tensão dos vértices da cinta.

7.6. Ganchos
As principais recomendações para a utilização dos ganchos são:
Todos os ganchos devem dispor de travas de segurança que impeçam a saída
acidental do laço, da linga ou do acessório de ligação durante a movimentação;
Os olhais, manilhas ou anelões com diâmetro estreito para o gancho, não
devem ser usados neste caso, pois provocam a deformação e destruição dos
acessórios;
Os esforços devem ficar no assento do gancho, nunca em sua ponta;
Os ganchos devem ser substituídos quando houver deformação em sua
abertura superior a 10%.

Figura Diferentes travas de segurança para ganchos de guindar

Figura: Uso do gancho

Substitua os elementos de ligação quando:


• Houver deformação mecânica por amassamento, entalhamento e trincas;
• Houver deformação por abertura, torção ou amassamento.

Manual Operador de Ponte Rolante 45


7.7. Marcação de Carga Máximas

As informações sobre cargas máximas definidas nos ensaios do aparelho de


içar e dos acessórios devem ser indicadas de forma clara e visível.
Nos guindastes, a indicação pode ser pintada em seu corpo, com tinta
resistente às intempéries, e escritas em placas afixadas no interior da cabine para
que o operador possa consultar quando necessário. Nos paus-de-carga, a indicação
geralmente é fixada junto à base, próxima à articulação.
Os acessórios devem trazer gravadas sua capacidade de carga e a data de
fabricação. As lingas de cabo de aço, correntes, cordas e cintas devem trazer placas
indicando sua capacidade, data de fabricação e fabricante.

Os acessórios devem trazer


gravadas sua capacidade de
carga e a data de fabricação.
As lingas de cabo de aço,
correntes, cordas e cintas
devem trazer placas
indicando sua capacidade,
data de fabricação e
fabricante

7.8. Manilhas
A manilha é um acessório utilizado tanto na movimentação quanto na fixação
de cargas. É formada por duas partes facilmente desmontáveis, que consistem em
um corpo e um pino. As manilhas são classificadas quanto ao grau, forma e tipo de
pino.

Quadro XXIII: Classificação das manilhas

Manilha de aço
M
Grau carbono
T Manilha de aço-liga
Manilha reta
Forma
Manilha curva
W Pino rosqueado com olhal e colar
Parafuso com cabeça e porca sextavada
Tipo de pino
X e
contrapino.

Manual Operador de Ponte Rolante 46


7.9. Olhais

O projeto do RLP, patenteado pela Gunnebo, pode ser utilizado em aplicações


nas quais um ponto de elevação convencional não seria plenamente adequado.

Destina-se a ser utilizado como um ponto de Elevação, de Amarração ou


Tração.

O RLP pode girar 360º e articular 180º

Forjado em material Grau 10 permite Carga Máxima de Trabalho superior aos


olhais Grau 8 e DIN 580.

** Em caso de aplicação 1 perna e onde a carga é limitada a carregamento reto no


sentido da rosca (sem força de dobramento) pode-se usar ELP com a Carga indicada
na tabela, multiplicado por quatro.. Nota: As profundidades rosqueadas necessitam
ser no mínimo 1xM para aço, 1,25xM para ferro fundido e 2xM para liga de alumínio

Manual Operador de Ponte Rolante 47


7.10. Segurança e Inspeção de Cintas
Condições de segurança
• Conhecer o peso e o centro da gravidade da carga;
• Verificar condições de embalagem ou de amarração da carga;
• Se necessário, preparar proteções para cantos vivos;
• Preparar local de destino;
• Colocar o gancho de elevação perpendicularmente sobre o centro de gravidade
da carga;
• Não exceder as especificações técnicas;
• Não sobrecarregar o sistema ou equipamento de elevação;
• Posicionar a cinta corretamente na vaga;
• Verificar se a carga está livre para movimentação;
• Verificar o balanceamento da carga;
• Utilizar ganchos com raio de apoio nunca inferior a um ø de 1´ de seção lisa e
redonda;
• Em longos percursos de movimentação ou para cargas assimétricas, utilizar
guia não metálica na condução;
• Se a carga pender, baixá-la imediatamente;
• Evitar a colocação de mais um par de cintas no mesmo gancho;
• Operar a movimentação com suavidade, evitando movimentos bruscos;
• Nunca utilize cintas avariadas (ver inspeções);
• Sinalize o local de movimentação;
• Avise a todos os envolvidos e todos que estiverem na área de risco;
• Saia da área de risco;

Manual Operador de Ponte Rolante 48


Inspeções
A inspeção preventiva é de fundamental importância para a manutenção dos
níveis de segurança e economia. As cintas devem ser examinadas em intervalos
regulares, dependendo da freqüência de uso, por pessoa treinada.

Cinta gasta por abrasão


Mesmo que os fios externos não cheguem a se romper, podem atingir um ponto
de desgaste que diminui o coeficiente de segurança da cinta, tornando seu uso
precário à segurança. Em situações de desgaste excessivo por abrasão, solicitar
proteções.

Não utilizar cintas onde o desgaste por abrasão seja maior que 10% da espessura
original da cinta.

Corte no sentido longitudinal


Ocorre geralmente quando a cinta é utilizada em contato com a área não plana
da carga. Nunca utilizar cinta sem proteção em carga que tenha a largura
inferior à da cinta. Na ocorrência de corte no sentido longitudinal, onde o corte
ultrapasse 10% da largura da cinta, a cinta deve ser retirada de uso.

Corte no sentido transversal


Ocorre quando a cinta sofre tensão desequilibrada ou contato com cantos vivos,
agudos ou abrasivos. Nunca utilizar sem proteções a cinta em contato com
cantos vivos, agudos ou abrasivos. Na ocorrência de corte no sentido transversal,
onde o corte ultrapasse 10% da largura da cinta, a cinta deve ser retirada de
uso.

Critérios básicos para inspeções de rotina


1. Colocar a cinta em uma superfície plana;
2. Examinar com atenção ambos os lados;
3. Examinar cuidadosamente os olhais;
4. Examinar cuidadosamente as proteções e os acessórios se houver;
5. Todo o pessoal envolvido com o uso e as inspeções deve ser treinado.

Manual Operador de Ponte Rolante 49


8. Cabos de Aço

8.1. Constituição
O cabo de aço em si é um conjunto de pernas dispostas em forma de
hélice, podendo ou não ter um centro ou alma de material metálico ou de
fibra, constituindo-se em um elemento flexível de transmissão de força.
A classificação de um cabo de aço é feita, geralmente, por um número
que indica a quantidade de pernas que compõem o cabo, outro que indica o
número de arames existentes em cada perna e de letras que informam o tipo
de alma.

8.2. Especificação de Cabos de Aço


O item 29.3.5.23 remete os fabricantes de lingas utilizadas na área
portuária à obediência às recomendações técnicas das NBR 6327/83 – Cabo
de Aço Para Usos Gerais; NBR 11900/91 – Extremidade de Laços de Cabo
de Aço; NBR 13541/95 Movimentação de Carga – Laço de cabo de Aço; NBR
135442/95 - Movimentação de Carga – Anel de Carga; NBR 13543/95 –
Movimentação de Carga – Laço de Cabo de Aço – Utilização e Inspeção; e
NBR 13544/95 – Movimentação de Carga – Manilhas, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 65

Ex.: 6x37 AF, seria um


cabo com 6 pernas de 37
fios e alma de fibra natural

Manual Operador de Ponte Rolante 50


8.3. Tipos

WARRINGTON - Pernas do cabo construídas com duas bitolas de arames;


bastante flexível e menos resistente ao desgaste, pois os arames mais finos

SEALE - Pernas do cabo construídas com três bitolas de arame, sendo o cabo
menos flexível da série, porém mais resistente ao desgaste à abrasão.

FILLER - Pernas do cabo construídas com vinte e cinco arames (seis de


enchimento) apresentando boa flexibilidade.

COMUM - As pernas do cabo são construídas por um só tipo de arame. É um


termo intermediário entre a flexibilidade e resistência ao desgaste, dos outros tipos
acima.

Manual Operador de Ponte Rolante 51


8.4. Designação do Cabos de Aço
Ddesignação do cabo é o tipo de torção que ele sofreu em sua
fabricação, podendo ser: regular e Lang, podendo em ambos os casos ser à
direita ou à esquerda (TRD – TER e TLD - TLE). A maioria dos cabos é
fabricada a direita por serem os mais utilizados sendo os de torção esquerda
de uso bastante restrito. Nos cabos regulares (ou torção cruzada) as pernas
são torcidas na direção contraria aos fios. Nos cabos Lang arames e pernas
são torcidos no mesmo sentido.

8.5. Resistência dos Cabos de Aço


A carga de ruptura teórica do cabo representa a resistência dos fios
expressa em quilos por milímetro quadrado, multiplicado pelo total de
área da seção de todos os fios.

Manual Operador de Ponte Rolante 52


8.6. Carga de Ruptura do Cabos de Aço.

Carga de Ruptura Efetiva em % da Construção do Cabo


Carga de Ruptura
96 Cordoalha de 3 e 7 fios
94 Cordoalha de 19 fios
90 6x12
87,5 6x24
86 6x7
82,5 6x25, 6x19, 8x19.
80 6x41,6x37
72 6x42,18x7

8.7. Interpretação da Especificação de um Cabo

½ 6 x 36 WS + AF POL TRD 180 – 205 Kgf/mm²


Resistência à Tração

Sentido de Torção (Torção Reta Direita)

Acabamento (Polido)

Tipo de Alma (Alma de Fibra)

Disposição dos Arames (Warrington – Seale)

Número de Arames por perna

Número de Pernas

Diâmetro do cabo

A escolha de um cabo de aço ideal para o trabalho tem a seguinte indicação


dos fabricantes para as situações mais comuns da área portuária:

Quadro XI: Aplicação de Cabo de Aço.

Aplicação Cabo de Aço Ideal


Pontes Rolantes 6x41 Warrington Seale + AF, torção regular, performado, IPS, polido

Guindastes e Gruas 6x25 Filler + AACI ou 19x7, torção regular, EIPD, polido
Laços para uso geral 6x25 Filler + AF ou AACI, ou 6x41 Warrington Seale + AF ou AACI,
polido

Manual Operador de Ponte Rolante 53


8.8. Cargas de Trabalho e Fatores de Segurança

A carga de trabalho de um cabo de aço de uso geral, não deve ultrapassar a


um quinto da sua carga de ruptura mínima efetiva.

O fator ou índice de segurança é a relação entre a carga de ruptura mínima


efetiva do cabo e a carga aplicada.
No quadro XI estão enumerados os principais fatores de segurança utilizados em
diversas aplicações.

Quadro XII: Aplicações de Cabos de Aço e Fatores de Segurança.

Aplicações Fatores de Segurança

Cabos e cordoalhas estáticas 3a4


Cabo para tração no sentido
4a5
horizontal
Guinchos 5

Pás, guindastes e escavadeiras 5

Pontes rolantes 6a8

Talhas elétricas 7

Derricks (Guindastes) 6a8

Laços (Eslingas) 5a8


Elevadores de baixa velocidade
8 a 10
(carga)
Elevadores de alta velocidade
10 a 12
(passageiros)

Figura 24: Passo do cabo: distância entre as passagens consecutivas de uma


perna pela mesma geratriz da perna (NBR 6327/83).

Manual Operador de Ponte Rolante 54


Tabela de cabos de aço.

Cabos de Aço / Carga de Trabalho


Bitola do cabo Peso (K/g/m) Carga (Kg)
1/8” 0,034 85
¼” 0,156 395
5/16” 0,244 615
3/8” 0,351 885
½” 0,625 1555
5/8” 0,982 2415
¾” 1,413 3455
Emenda de Cabos
Diâmetro do Mínimo de Entre Torque
Cabo (pol) Grampos grampos (mm) N.m Kg.m
¼” 3 38 20 2
5/16” 3 48 41 4
3/8” 3 57 61 6
½” 3 76 88 9
5/8” 3 95 129 13
¾” 4 114 176 18
1” 5 152 305 31
Tipos de Ganchos
Diâmetro Espaçamento (mm) Carga de Trabalho (kg)
3/8” 25 500
5/8” 35 1.700
¾” 44 2.500
1” 57 4.700
1.1/2” 85 8.500
2” 108 25.000
Manilhas
Diâmetro
Diâmetro D (pol) Carga de Trabalho (kg)
D1(pol)
3/8” 12,7 700
5/8” 19,0 2000
¾” 22,2 2.850
1” 28,6 5.100
1.1/2” 41,3 10.700
2” 57,2 19.200

Manual Operador de Ponte Rolante 55


Figura 25: Modo correto de medir o diâmetro de um cabo de aço.

8.9. Laços
Para a fabricação da linga, é necessária a construção de um laço ou olhal
nas extremidades dos cabos, a fim de que se possam fazer os engates entre a carga e
o equipamento de içar. Os laços devem ser fabricados a partir de cabos de aço novos,
sendo utilizados os de classificação 6x19 ou 6x37, de torção regular, com alma de
aço ou de fibra, conforme NBR 6327 ou ISO 2408. A resistência dos arames deve ser
pelo menos 1764 MPa para almas de fibra e de 1960 MPa para cabos com alma de
aço. As extremidades de laços de cabo de aço – Olhais, classificam-se em:

a) Tipo 1 – Trançado flamengo com presilha de aço – É o mais seguro, visto


que parte da resistência do olhal é dada pelo trançado e não depende exclusivamente
da resistência da presilha. Este olhal é fabricado abrindo-se a ponta do cabo em
duas metades e separando-se as pernas três a três.

Manual Operador de Ponte Rolante 56


Depois, basta curvar uma metade para formar um olhal, entrelaçando-se
outra metade, em seguida, no espaço vazio da primeira, fixando por meio de
presilha.

b) Tipo 2 - Trançado flamengo com presilha de alumínio – Apresenta as


mesmas características do tipo 1, mas com algumas restrições de uso:
•Altas temperaturas;
•Contato com águas salgadas;
•Contato com superfícies abrasivas.

c) Tipo 3 – Trançado manualmente sem presilha – Possui resistência mais


baixa que os anteriores e não pode ser utilizado em situações em que o laço possa
sofrer rotações ou cargas cíclicas. Este olhal é feito formando-se uma alça, de tal
forma que as pernas da extremidade morta sejam trançadas com o próprio cabo na
dimensão de, pelo menos, cinco passos..

d) Tipo 4 – Dobrado com presilha de alumínio – Este é o menos seguro dos


olhais, apesar de ter a mesma resistência do que os de tipo 1 e 2, pois neste caso a
resistência do cabo depende exclusivamente da presilha. O processo de fabricação é
feito com o cabo dobrado como um todo para formar uma alça, sendo sua
extremidade fixada ao corpo do cabo mediante uma presilha. Este tipo não deve ser
utilizado nas seguintes condições:
•Cargas suspensas que envolvam riscos humanos;
•Temperaturas altas;
•Contato com águas salgadas;
•Contato com superfícies abrasivas.

Formas e Dimensões
As formas e as
dimensões dos olhais
são padronizadas e
variam se o laço estiver
sem sapatilhos – NBR
13541, ou com
sapatilhos NBR 13544

Manual Operador de Ponte Rolante 57


É recomendado que os
comprimentos dos laços sigam a
série de Renard (R 10), conforme
o quadro XIIII

8.10. Laços com Uso de Grampos (Clips)


Os grampos são ideais para fixação de cabos e formação de laços em casos de
emergência, ou quando não se sabe com antecedência o comprimento da linga. O
número de grampos a serem utilizados deve ser de acordo com a sua dimensão e
bitola do cabo, conforme o quadro abaixo.
Quadro XV: Quantidade de grampos, espaçamentos e torque de aperto.

Quan B Torque
Espaçamento Diâmetro Trabalho Ensaio
TN tidade de Mínimo
(L) passo mm de rosca
granpos Mm N.m Kgf.m N.m Kgf.m
3,2 19 8,0 M4 2,5 0,25 3,0 0,30
4,8 3 29 9,5 M5 6,0 0,60 7,0 0,70
6,4 38 12,5
M6 8,0 0,80 10,0 1,00
8,0 48 13,5
9,5 4 57 17,0
M8 20,0 2,00 28,0 2,80
11,5 67 18,0
13,0 76 22,0
M10 40,0 4,00 58,0 5,80
14,5 5 86 23,0
16,0 95 26,0
M12 75,0 7,50 100,0 10,00
19,0 6 114 28,0
22,0 133 32,0
7 M14 120,0 12,00 150,0 15,00
26,0 152 34,0
29,0 172 38,0
32,0 191 40,0
8 M16 180,0 18,00 230,0 23,00
35,0 210 42,0
38,0 229 48,0

Notas:
a) Os valores de torque devem ser aplicados em grampos sem lubrificação. Em caso
de lubrificação, os valores têm que ser recalculados.
b) O cálculo dos valores de torque é baseado em cabos de aço da classificação
6x19 ou 6x37, torção à direita, com alma de fibra (AF) ou alma de aço (AACI),
conforme EB 471. Se o cabo for de composição Seale no diâmetro de 26,0 mm, ou
maior, então deve ser adicionado mais um grampo ao indicado na tabela

Manual Operador de Ponte Rolante 58


ERRADO

ERRADO

CERTO

ERRADO

Os terminais deverão ser de aço estampado a quente em todos os tamanhos


fabricados comercialmente. Quando um cabo recentemente instalado estiver em
operação durante uma hora, todas as porcas nos terminais de cabo deverão ser
apertadas novamente.

8.11. Inspeção e Substituição dos Cabos de Aço em Uso

Os cabos de aço devem ser inspecionados periodicamente para que possam


ser substituídos antes de apresentarem risco de ruptura. Os fabricantes
recomendam a observação dos seguintes aspectos:

a) - Número de arames partidos em um passo do cabo (6 fios partidos em


um passo ou 3 fios em uma única perna.)

Observar se as rupturas estão localizadas uniformemente ao longo do cabo


ou se estão concentradas em uma ou duas pernas. Neste caso há o perigo dessas
pernas se romperem antes do cabo. Outro aspecto importante é se as rupturas estão
na parte externa, interna ou no contato entre as pernas. Segundo recomendações da
AISI (American Iron and Steel Institute), ver quadro XV. Ou ainda as recomendações
do quadro XVI.

Quadro XVI: Numero de Fios Partidos Permitidos em Cabos de Aço (AISI).


Nº de Fios Partidos em Cabos Nº de Fios Partidos em Cabos
de Uso Geral estáticos(usos estruturais)
1 passo 1 perna 1 passo 1 perna
6 3 2 2

Manual Operador de Ponte Rolante 59


Obs: a) Esta tabela não se aplica para cabos classificação 6x7 e b) O cabo deve ser
substituído quando se encontrar um fio partido na região de contato entre as
pernas.

Quadro XVII: Número de Fios Partidos Permitidos em Cabos de Aço.

Substituir quando nº de arames rompidos atingir


Tipos de Cabo
3 diâmetros 6 diâmetros 30 diâmetros
Cabo de Aço 4 6 16
Cordoalha 10 15 40

Exemplo: Em um cabo de 16 mm caso haja em trechos de 48 mm (3d), 96 mm (6d)


ou 480 mm (30d) de comprimento um numero superior a 4, 6 ou 16 arames
partidos, respectivamente, o cabo deve ser substituído.

b) - Arames gastos por abrasão (Redução de 1/3 do diâmetro do cabo)


Observar se existe redução do diâmetro do cabo pelo desgaste dos fios por abrasão.
Este fato reduz o coeficiente de segurança do cabo, tornando perigoso seu uso. Se
este fato estiver associado ao de arames rompidos o cabo deve ser imediatamente
retirado do serviço;

c) - Corrosão (Oxidação, alma exposta)


Verificar o diâmetro do cabo em toda sua extensão, pois uma redução pode significar
decomposição da alma de fibra, mostrando que pode não haver mais a lubrificação
interna. A corrosão interna representa um grande perigo já que suas evidências
podem estar escondidas pelo aspecto externo;

d) - Maus tratos e nós


Observar o aparecimento de nós ou outras anomalias que possam acarretar um
desgaste ou ruptura prematura do cabo, principalmente próximo às fixações.

Vale lembrar que a inspeção visual de


um cabo se sobrepõe a qualquer norma
ou método de substituição das lingas.
Os cabos danificados devem ser
destruídos para que não sejam
reutilizados. Por exemplo: cabos de 40
toneladas utilizados em movimentação
de cargas de 20 toneladas.

Manual Operador de Ponte Rolante 60


e) - Desequilíbrio dos cabos de aço:

Em cabos com uma só camada de pernas e alma de fibra (normalmente cabos


de 6 ou 8 pernas + AF) pode haver uma avaria típica que vem a ser uma ondulação
do cabo provocada pelo aprofundamento de 1 ou 2 pernas do mesmo, o que pode ser
causado por 3 motivos:

a) Fixação deficiente, que permite o deslizamento de algumas pernas, ficando


as restantes supertensionadas.

b) Alma da fibra de diâmetro reduzido

c) Alma da fibra que apodreceu, não dando mais apoio às pernas do cabo.

No primeiro caso, há o perigo das pernas supertensionadas se romperem. Nos


outros dois casos não há perigo iminente, porém haverá um desgaste desuniforme
do cabo, e por tanto um baixo rendimento.

Nos cabos de várias camadas de pernas, como nos cabos não rotativos e
cabos com alma de aço há o perigo da formação de “gaiolas de passarinho” e
“hérnias”, defeitos estes que podem ser provocados pelos seguintes motivos:

a) Fixações deficientes dos cabos, que possibilitam deslizamentos de pernas


ou camadas de pernas, permitindo que uma parte do cabo fique supertensionada e
outra frouxa. b) Manuseio e instalação deficiente do cabo, dando lugar a torções ou
distorções do mesmo.

Estes defeitos são graves, obrigando à substituição imediata dos cabos de aço.

Manual Operador de Ponte Rolante 61


8.12. Lubrificação de Cabos de Aço
Para prevenir a corrosão externa dos cabos de aço, recomenda-se a sua
lubrificação periódica, bem como dos laços feitos com cabos de aço. A boa
lubrificação protege contra a corrosão e aumenta a durabilidade do cabo. Para essa
operação, nunca use óleo queimado. Prefira os lubrificantes especialmente
desenvolvidos para esse fim.

Figura 31:
Exemplos de lubrificação:
1) Com pincel;
2) Com estopa;
3) Por gotejamento ou
pulverização.

8.13. Outros Cabos


Todos os cabos que tenham ficado sem uso por um período de um mês ou
mais devido à parada do guindaste onde estavam instalados, deverão ser
inspecionados antes de serem usados. Essa inspeção deverá verificar todos os tipos
de deterioração e deverá ser realizada por uma pessoa designada cuja aprovação
será necessária para a continuidade de utilização do cabo. Um relatório escrito e
detalhado das condições do cabo deverá estar sempre disponível para auditorias do
SSTMA da International Paper .
Cada estropo deverá ser numerado e possuir um código de cor diferente para
cada mês, para atestar a realização da inspeção mensal. Um relatório escrito e
detalhado das condições dos estropos deverá estar sempre disponível para auditorias
do SSTMA da International Paper .

 Se os arames rompidos visíveis atingirem 6 fios em um passo ou 3 fios em


uma perna; se aparecer corrosão acentuada no cabo;
 Se o cabo apresentar um desgaste acentuado na sua medida original;
 Se houver danos por alta temperatura ou qualquer outra distorção no cabo
(como: dobra, amassamento ou "gaiola de passarinho") será necessário
substituí-lo por um novo.

Manual Operador de Ponte Rolante 62


O método mais eficiente de manuseio dos cabos de aço, no momento de sua
retirada da bobina, é a utilização de cavaletes ou mesas giratórias, para que o cabo
permaneça sempre esticado durante essa operação.
Já o repassamento de um cabo de aço da bobina para o tambor do equipamento
nunca deve ser feito no sentido inverso de enrolamento do cabo (formando um S),
porque esse procedimento provoca acúmulo de tensões internas que prejudicam sua
vida útil. Lembre-se: o melhor repassamento é aquele que é obedecido o sentido em
que o cabo estava sendo enrolado na bobina.

Especial atenção deve


ser dada as roldanas.

Cordas
As cordas é o mais antigo tipo de Linga, que se conhece. Elas são produzidas
a partir de fibras que são torcidas, trançadas ou encapadas. Antigamente as fibras
que se utilizavam na fabricação de cordas eram fibras naturais como Sisal ou
Cânhamo. Hoje estas fibras ou Polipropileno que as vezes são comercializadas com
nomes comerciais como nylon, diolen, trevira e outros. Como diferenciar as diversas
fibras:
Uma vez que existem diversos tipos de fibras com diferentes capacidades, é
necessário que se saiba qual é a fibra para se conhecer sua capacidade de carga.

Manual Operador de Ponte Rolante 63


Em cordas, a partir de 3 mm de diâmetro devemos ter uma filaça de uma
determinada cor para identificar a fibra mas, cordas abaixo de 16 mm de diâmetro,
são muito finas e não devem ser utilizadas para movimentação. Em cordas a partir
de 16 mm deveria haver identificação do fabricante e do ano de fabricação. Por
normalização internacional as cores que identificam as fibras são:

Cânhamo ........................................................Verde
Sisal ..........................................................Vermelho
Cânhamo de Manilha .......................................Preto
Poliamida ........................................................Verde
Poliester ............................................................ Azul
Polipropileno ................................................Marrom

A cor verde, para cânhamo e poliamida, não é passível de ser confundida


uma vez que o cânhamo tem um acabamento rústico e a poliamida um acabamento
muito liso.

8.14. Qual é a hora de substituição do cabo


Se os arames rompidos visíveis atingirem 6 fios em um passo ou 3 fios em
uma perna; se aparecer corrosão acentuada no cabo; se o cabo apresentar um
desgaste acentuado na sua medida original; se houver danos por alta temperatura
ou qualquer outra distorção no cabo (como: dobra, amassamento ou "gaiola de
passarinho") será necessário substituí-lo por um novo

OBS: esta deformidade é crítica


impedindo desta forma a
continuidade do uso do cabo de
aço

Manual Operador de Ponte Rolante 64


9. Manutenção Preventiva Periódica
Os equipamentos e seus componentes foram projetados e fabricados com um
fator específico de segurança. Entretanto, todas as máquinas começam a sofrer
desgastes desde o primeiro dia em que entram em operação. Este processo de
desgaste continua, inevitavelmente, até que, em algum momento do futuro, a
máquina não será mais capaz de suportar sua carga de serviço original podendo
ocorrer quebras ou falhas. Por isso, é necessário que todas as partes sujeitas a
desgastes ou defeitos sejam regularmente inspecionadas, consertadas ou
substituídas, conforme o plano de manutenção indicado pelas normas técnicas. As
Nornas determinam que as máquinas somente devem ser acionadas para o trabalho,
quando estiverem em perfeitas condições de uso .
Os setores de manutenção das empresas que fornecem os equipamentos
utilizados nas operações portuárias devem seguir as recomendações definidas no
manual técnico do fabricante.
Para um controle eficiente da manutenção, devem ser anotados em uma ficha
específica todos os serviços realizados em cada equipamento, onde ficará registrado
seu histórico. Os agentes de órgãos oficiais terão acesso a estes documentos que
serão comprobatórios da manutenção realizada.

9.1. Inspeções
Os equipamentos certificados devem ser inspecionados de doze em doze
meses, por técnico competente, que deve obrigatoriamente verificar: guinchos, cabos,
freios, etc.
Nova certificação deve ser realizada a cada quatro anos, quando sondagens a
martelo, raspagens de pintura e controles mais sofisticado, tais como ultra-som,
raios-X ou gama, poderão ser empregados para demonstrar a situação das soldas e
das estruturas do aparelho. Os acessórios devem sofrer inspeções freqüentes.

Manual Operador de Ponte Rolante 65


10. Risco Ambientais

10.1. As Causas dos Acidentes


As situações que podem provocar um acidente são as mais variadas
possíveis. Em geral, podem contribuir para a ocorrência dos acidentes mais de uma
situação ou fator de risco, veja definição em 2.5.3. Daí a necessidade de que a
comissão investigadora saiba fazer as perguntas certas para obter as respostas
adequadas para as possíveis causas de um acidente.
Geralmente as investigações param em seu início, quando se identifica a
causa final de uma falha que causou o acidente. No entanto, esta é uma solução
simplista para se detectar as causas dos acidentes, que na verdade se encadeiam
numa série de fatores interligados que também devem ser estudados, a fim de
eliminar as falhas geradoras do fator de risco.
Como exemplo, podemos imaginar a seguinte situação: um trabalhador
elevando uma carga e sofre uma queda e quebra um braço. Quais poderiam ser as
causas deste acidente? O trabalhador tropeçou em algo ou escorregou no piso por
que havia óleo derramado? Ele estava calçado adequadamente? Estava caminhando
normalmente ou corria? Há quantas horas estava trabalhando? Fazia hora extra? O
trabalho é fatigante? Qual era o ritmo de trabalho? A produção do terno estava
dentro da media normal? Qual foi a última vez que o trabalhador se alimentou?
A investigação não pode terminar somente com o levantamento das situações
que contribuíram para que o acidente ocorresse. É necessário estudar também por
que estas falhas ocorreram. Por que o serviço continuou após o derrame do óleo?
Quem é o responsável por providenciar a limpeza? Por que o trabalhador não
utilizava o calçado de segurança? Quem faz a escalação ou o programa de horas
extras? Sem estas perguntas, as recomendações de segurança não poderão ser feitas
com maiores detalhes.
Em vez de somente dizer que o trabalhador deve ter mais cuidado ou uma
situação deve ser corrigida, a comissão poderá detectar problemas no gerenciamento
do programa de prevenção de acidentes, indicando quais os procedimentos falhos ou
ausentes.
Antigamente, era muito comum o uso dos conceitos de Condição Insegura ou
Ato Inseguro para definir as causas de acidentes. Estes conceitos estão
ultrapassados do ponto de vista técnico e não devem ser mais utilizados.
Modernamente, se utiliza o conceito de fator de risco presente no ambiente de
trabalho.

Manual Operador de Ponte Rolante 66


10.2. Classificação dos Fatores de Riscos
O conceito de risco (Hazard), segundo Trivelato (1988), é bidimensional,
sendo mais um dado estatístico que é estimado, dimensionando-se a probabilidade
da ocorrência de acidentes e qual a extensão dos danos provocados. É a forma
adequada para avaliar o risco.
Segundo Trivelato para se identificar o risco é mais fácil de visualizar as
“situações” ou “fator de risco” que estão presentes no ambiente de trabalho. Assim,
ainda segundo Trivelato, “Fator de Risco” é uma condição ou conjunto de
circunstâncias que têm a capacidade de causar um dano ou um efeito indesejado,
que pode ser: morte, lesões, doenças ou danos à saúde, à propriedade ou ao meio
ambiente”.
Os fatores de riscos podem ser classificados de varias maneiras. Vamos
adotar as definições da NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA),
juntando-se a estes riscos os relacionados às condições de trabalho oferecidas aos
trabalhadores que podem ser classificadas como riscos ergonômicos e o de acidentes
de trabalho, conforme abaixo relacionadas:

a) Riscos Ambientais:
A NR 9, no item 9.1.5, define como riscos ambientais os agentes físicos,
químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função e sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar
danos à saúde do trabalhador. A seguir damos a definição dos fatores de riscos
contidos na NR 9.

Fatores Físicos: Os agentes físicos são às diversas formas de energia a que possam
estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, radiações ionizantes,
radiações não ionizantes, temperaturas extremas (frio ou calor), pressões anormais e
umidade;

Som é a variação da pressão


atmosférica, dentro dos limites de
amplitude e banda de freqüência, aos
quais o ouvido humano responde.

Ruído é definido como qualquer som


indesejado

Manual Operador de Ponte Rolante 67


Fatores Químicos: Os agentes químicos são as diversas substâncias, compostos ou
produtos que possam penetrar o organismo pela via respiratória, ou que, pela
natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo
organismo através da pele ou por ingestão.
Estes produtos podem estar na forma de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases,
vapores, substância, compostos ou produtos químicos em geral;

Concentrações de vapores quando se


empregam solventes orgânicos,
diluentes de tintas, tira-manchas,
agentes de limpeza e agentes secantes.
Os solventes mais comuns são: álcool,
tricloroetileno, xileno, tetracloreto de
carbono, cloreto de metileno, etc.

Produtos Químicos Diversos

Podem englobar qualquer uma das formas de agentes químicos apresentados


anteriormente, bem como os produtos usados normalmente nas empresas: soda
cáustica, ácido clorídrico, ácido sulfúrico, carbonatos de sódio e cálcio e uma
infinidade de outros produtos encontrados sob as mais diversas marcas comerciais

Fatores Biológicos: Consideram-se agentes biológicos os vírus, bactérias,


protozoários, fungos, parasitas, bacilos, entre outros.

b) Riscos Ergonômicos:
Os riscos ergonômicos são parâmetros que devem ser estabelecidos para a adaptação
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de
modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente (NR
17, item 17.1).
Fatores ergonômicos: As condições de trabalho que devem ser incluídas na analise
são:
- Levantamento, transporte e descarga individual de materiais;
- Mobiliário dos postos de trabalho;
- Equipamento dos postos de trabalho;
- Condições ambientais do trabalho (soma-se aos riscos ambientais a iluminação);

Manual Operador de Ponte Rolante 68


- Organização do trabalho (normas de produção, o modo operatório, a exigência de
tempo, a determinação do conteúdo de tempo, o ritmo de trabalho e o conteúdo das
tarefas).

Todo trabalho, independentemente


de sua natureza, coloca uma
tensão, tanto física como mental
no indivíduo que o executa.
Enquanto essas tensões forem
mantidas dentro de limites
razoáveis, o desempenho do
trabalho será satisfatório e a
saúde do trabalhador e seu bem-

estar serão mantidos.

C) Riscos de Acidentes
Este risco é de mais fácil visualização, pois ele se reside na situação e que se
apresenta o ambiente de trabalho, seja das instalações, das condições dos
equipamentos utilizados, entre outros. Alguns autores adotam a definição de “Risco
Situacional”, mas preferimos adotar aqui a definição de situação de “Risco de
Acidentes” ou “Fatores Mecânicos”.

Fatores Mecânicos (Risco de Acidentes): máquinas e equipamentos sem proteção,


uso de ferramentas inadequadas, iluminação inadequada, armazenamento
inadequada, falta de limpeza e irregularidades em pisos, eletricidade, probabilidade
de explosões e incêndio, falta de sinalizações, animais peçonhentos e outras
situações.
Alguns autores citam ainda que a falta de gestão por parte dos empregadores,
falta de investimentos no treinamento dos trabalhadores e ausência de
procedimentos técnicos de segurança para execução dos serviços, caracterizaria um
fator de risco ligado à Administração. São omissões, falhas ou erros técnicos,
administrativos ou conceituais que geram ou mantêm condições que comprometem a
segurança do trabalho. É necessário apurar esses fatores nas investigações de
acidentes. Eles são as causas indiretas dos acidentes, os que geram as condições
propicias de acidentes. Não basta saber que há uma condição insegura; é necessário
apurar porque ela existe, como foi criada.

Manual Operador de Ponte Rolante 69


10.3. Fator de Risco Pessoal

Ações fora do padrão: É tudo aquilo que o trabalhador faz


voluntariamente ou não, e que pode provocar um acidente.

São atos imprudentes, inutilização,


desmontagem ou desativação de
proteções de máquinas, recusa de
utilização de equipamento individual de
proteção, operação de máquinas e
equipamentos sem habilitação e sem
treino, operação de máquinas em
velocidade excessiva, brincadeira,
posição defeituosa no trabalho,
levantamento de cargas com utilização
defeituosa dos músculos, transporte
manual de cargas sem ter visão do
caminho, permanência debaixo de
guindastes e de cargas que podem cair,
uso de fusíveis fora de especificação,
fumar em locais onde há perigo de fogo,
correr por entre máquinas ou em
corredores e escadas, alterar o uso de
ferramentas, atirar ferramentas ou
materiais para os companheiros e muitos
outros.

- o excesso de confiança dos que tem muita prática profissional


- a imperícia, isto é, a falta de habilidade para o desempenho da atividade
(pode decorrer de aprendizado e/ou treinamento insuficiente);
- as idéias preconcebidas como, por exemplo , a idéia de que o acidente
acontecerá por fatalidade, não sendo necessário cuidar de sua prevenção;
- o exibicionismo;
- a vontade de revelar-se corajoso ou indiferente ao perigo só para
impressionar os companheiros;

Manual Operador de Ponte Rolante 70


11. Medidas de Controle

11.1. Controle dos Fatores de Risco


A identificação dos fatores de risco no trabalho é a primeira fase de um
conjunto de ações que visam definir quais a ações deverão ser tomadas para o
controle dos riscos nos locais de trabalho.
Após esta fase inicial de identificação dos riscos ações de controle devem ser
implementadas, seja pela eliminação do fator de risco (atuando na fonte), sua
atenuação na trajetória ou atuando no homem com a adoção de equipamento de
proteção individual – EPI.
No caso de agentes ambientais é necessária a avaliação quantitativa, como no
caso de ruído, presença de gases, poeiras, entre outros. Esta avaliação deve ser
acompanhada do monitoramento constante após a implantação das medidas de
proteção coletiva como, por exemplo, o uso de oxicatalizadores nos escapamentos
das empilhadeiras e o uso de exaustores nos porões de navios. Em muitos casos de
risco de acidentes será necessária a criação de procedimentos operacionais que
mudará a forma de executar determinadas fainas, ou até mesmo diminuir o ritmo da
produção, pois o ritmo acelerado da produção pode estar associado ao aumento da
freqüência de acidentes. O uso de EPI é importante, mas não é a solução para os
problemas de segurança, pois ele não elimina o risco, prometendo somente diminuir
a lesão do trabalhador em caso de acidente.
A adoção do EPI só deve ser usada apos a verificação de não haver outra
solução técnica que possa eliminar o risco do processo de trabalho. Ou então usá-lo
como uma medida complementar.

11.2. Normas de segurança nas operações com ponte rolante


São muitas as situações de risco nas operações com a ponte rolante, que
devem ser do conhecimento de todas as pessoas envolvidas na área. As normas de
segurança devem ser seguidas pelo bom operador e copiadas pelos seus auxiliares,
supervisores e todas as pessoas envolvidas. A seguir, encontramos algumas delas:

Manual Operador de Ponte Rolante 71


11.2.1. Norma Operacional para Ponte Rolante

Empresa:

Setor: Função:

Nome do Funcionário:
A empresa através desta NORMA, dar ciência ao colaborador sobre o que está
disposto no art. 157, inciso II da CLT e item 1.7, alínea b, incisos I, II e III da Norma
Regulamentadora NR-01 – Portaria 3214/78 Mtb, referente os deveres do
empregador e do empregado.
Antes de iniciar a operação da ponte rolante, verifique

1º - Extintor: verificar carga data de inspeção e estado geral (Cabine de Comando);


2º - Iluminação: verificar, quando existentes, se as luzes estão acesas;
3º - Carro: verificar o funcionamento do carro;
4º - Rádio Controle: verificar a carga da bateria do rádio controle;
5º - Freios: verificar o funcionamento dos freios;
6º - Chave Limite: verificar a posição da Chave Limite;
7º - Cabos e Correntes: verificar sinais de corrosão, fios ou elos partidos, quebrados
ou trincados, amassamentos e sinais de desgaste anormais.
8º - A carga a ser manuseada deve estar o mais próximo do piso (A altura
recomendada é de 50 cm);
9º - Observando-se que a carga está abaixando, acione a manutenção, pois há
problemas no freio;
10º - Não permitir o trânsito de pessoas próximas ou sob a carga manuseada;
11º - Visualizar o trajeto antes de iniciar o manuseio e alinhar a carga conforme o
trajeto.
• Certifique-se de que há espaço suficiente para levantar a carga;
• Tome cuidado especial com as instalações aéreo tais como tubulações de
água, gás, elétrica, etc;
• Observe se a carga está segura, especialmente no caso de peças soltas;
• Levante a carga um pouco, se ela inclinar para um dos lados, abaixe-a e
acerte o balanceamento;
• Não passe com a carga sobre pessoas e nem permita que elas passem sob a
carga;
• Antes de levantar a carga, verifique sempre se os cabos ou correntes não
estão cruzados;
• Não forçar correntes e/ou cabos presos ou dobrados;
• Evite o esmagamento de correntes e cabos ao abaixar a carga.

Assinaturas:
SESMT _________________________________; Coordenador ________________________;

Colaborador: ____________________________. Data expedição:_______/_______/_______

Manual Operador de Ponte Rolante 72


11.2.2. Norma Operacional para Ponte Rolante

Empresa:

Setor: Função:

Nome do Funcionário:
A empresa através desta NORMA, dar ciência ao colaborador sobre o que está
disposto no art. 157, inciso II da CLT e item 1.7, alínea b, incisos I, II e III da Norma
Regulamentadora NR-01 – Portaria 3214/78 Mtb, referente os deveres do
empregador e do empregado.
Normas de Segurança operação da ponte rolante

1. Faça rápida inspeção visual das situações gerais.


2. Informe-se sobre as condições da maquina que irá operar.
3. Inspecione a caixa de comando da botoeira.
4. Inspeciona a cabine de comando.
5. Inspecione os acessórios dispostos na maquina ( cabos, correntes, cintas,
etc ).
6. Inspecione as condições gerais de limpeza.
7. Ligue a chave geral da botoeira.
8. Inspecione a existência de trincas de soldas na estrutura geral.
9. Sincronize-se com o sinaleiro, receba-o bem e colabore com todos do piso.
10.Comunique imediatamente á supervisão de qualquer anormalidade
encontrada.
11.Conscientize-se da localização para içamento e arriamento de cargas em
movimento.
12. Analise a maneira melhor e mais segura para mover cargas.
13. Procure deslocar a carga, sempre que possível,o mais próximo do piso.
14.Todas as cargas devem ser acomodadas no local determinado e de modo
suave.
15. Só faça içamento de carga se o gancho e o cabo de aço estiverem no
prumo.
16. Ao levantar uma carga, por mais leve que seja, faça-o sempre de modo
suave.
17.Não pratique reversão no mecanismo tracionário da ponte, mesmo que
seja para teste.
18. Não pratique qualquer movimento da ponte se houver alguma pessoa na
faixa operacional.
19.Não opere a ponte se o sistema elétrico estiver bloqueado (manutenção).
20.Verifique a situação do varal da guia.

Manual Operador de Ponte Rolante 73


21.Pare totalmente de operar a máquina se alguém do piso encontra-se em
posição insegura.
22.Evite conflitos com o pessoal do piso.
23.Não permita que outra pessoa não autorizada opere a ponte.
24.Verifique o estado dos cabos,cintas, correntes e outros acessórios antes de
operar a ponte.
25. O sinaleiro tem por obrigação conhecer e praticar todas as regras de
segurança.
26.Nunca improvise nas operações da ponte rolante.
27. Siga rigorosamente as instruções regulamentares da área.
28.È da responsabilidade do operador responder pela maquina durante seu
turno de trabalho.
29. Se a maquina não oferece condições de trabalho, não opere, comunique a
manutenção.
30. Só eleve a carga quando estiver bem presa no sistema de guincho.
31. Nunca deixe a carga suspensa pela ponte ao sair(t roca de turno,refeição
ou outros motivos.)
32. Evite saída e paradas bruscas.
33. Faça as revisões preventivas regulamentadas do equipamento.
34. Manuseie a ponte de botoeiras posicionando-se sempre defronte a caixa
de comando.
35. Ao operar a ponte de botoeira, não ande de costas nos corredores.
36. Em ponte de botoeiras, ao iniciar as operações, certifique-se se as
indicações dos botões correspondem aos movimentos marcados na simbologia
do comando.
37. Nas pontes de botoeiras a circulação do operador deve ser em corredores
adequados e seguros.
38. Se ocorrer o bloqueio dos botões de comando, desligue a chave geral.
39. Ao mover cargas, utilize equipamentos de segurança adequados.
40. Observe sempre as normas de segurança para sua proteção e a do
equipamento.

O melhor operador é aquele que respeitam


cuidadosamente as normas de segurança.
Assinaturas:
SESMT _________________________________; Coordenador ________________________;

Colaborador: ____________________________. Data expedição:_______/_______/_______

Manual Operador de Ponte Rolante 74


11.3. Comunicação entre Operador e Movimentador

A movimentação de carga é normalmente uma operação que envolve mais de


uma pessoa, ou seja, é um trabalho de equipe. Quando temos mais de um
movimentador, que está envolvido no processo de movimentação, um deles deverá
ser eleito para sinalizar ao operador. Ele será responsável pela operação e somente
ele pode sinalizar após verificar se os outros movimentadores deixaram a área de
risco e se a Linga está bem colocada

Ambos os movimentadores
sinalizam ao operador,
porém com
diferentes intenções.
Neste caso o operador não
deve fazer nada

Este é o procedimento correto,


penas um movimentador sinaliza ao
operador. Apenas aquele escolhido
antes do processo de
movimentação em conjunto com o
operador

Manual Operador de Ponte Rolante 75


11.4. Sinalização para uma Movimentação

1-Início de Operação
O sinaleiro se identifica para o
operador como o responsável pela
emissão de sinais.

SINAL: Com o braço esquerdo


junto ao corpo e antebraço direito na
horizontal, com a palma da mão
virada para o operador, em posição de
“continência”, saúda o operador.

2. Translação da ponte (pórtico)


O sinaleiro ficará de frente para a cabine
do operador e indicará o lado para o qual
deseja a translação do equipamento.

Com o braço esquerdo junto ao corpo, e o


braço direito com a mão aberta, esticada
na horizontal indica a direção.

3. .Movimento do Carrinho (Trolei)

O sinaleiro ficará de frente para o Norte e


a direita do mar.

Com o braço esquerdo junto ao corpo e o


braço direito esticado na horizontal, com o
dedo indicador mostrará a direção.

Manual Operador de Ponte Rolante 76


4.Subir os Ganchos
Indica a subida simultânea dos dois
ganchos.

Com os braços erguidos, os dedos


indicadores girando sempre no
sentido horário.

5.Abaixar os Ganchos
Indica a descida simultânea dos
dois
ganchos.

Com os braços para baixo e os


dedos indicadores girando sempre
no sentido anti-horário.

6. LEVANTAR A LANÇA
Braço esticado, dedos fechados, o
polegar apontando para cima.

Manual Operador de Ponte Rolante 77


7. LEVANTAR A LANÇA
Braço esticado, dedos fechados, o
polegar apontando para cima.

8. BAIXAR A LANÇA
Braço esticado, dedos fechados,
polegar apontando para baixo.

9. PARE
Braço esticado, palma da mão
para baixo, mantendo esta
posição firme.

Manual Operador de Ponte Rolante 78


10. Movimentos Lentos
Pequenos movimentos deverão ser
antecipados por este sinal nas
atividades de translação, direção,
elevação, içamentos, arriamento,
aproximação, etc.
Com os dois dedos, indicador e
polegar direitos, aproximam-os,
imitando o movimento de abrir e
fechar.

11. Parada de Emergência.


Este sinal é de parada de emergência.
Qualquer pessoa pode fazer este
sinal, mesmo sem autorização do
sinaleiro. Não pode ser feito nenhum
movimento com o equipamento.
A pessoa deverá cruzar os antebraços,
com as mãos abertas à altura do
rosto.

12. DESLOCAMENTO
Braço esticado para frente, mão aberta
e erguida, faça movimentos de
empurrar na direção do deslocamento.

Manual Operador de Ponte Rolante 79


13. TRAVAR TUDO
Junte as duas mãos em frente
do corpo.

14. LEVANTAR A LANÇA /BAIXAR A


CARGA
Com o braço esticado, polegar para
cima, flexione os dedos, (abrindo e
fechando) enquanto durar o movimento
da carga.

15. BAIXAR A LANÇA/LEVANTAR


A CARGA
Com o braço esticado, polegar para
baixo, abra e feche os dedos
enquanto durar o movimento da
carga.

Manual Operador de Ponte Rolante 80


16. GIRAR A LANÇA.
Braço esticado aponte com o dedo a
direção do giro da lança.

17. ESTENDER A LANÇA


Ambos os punhos em frente ao corpo
com o polegar apontando para frente.

18. RECOLHER A LANÇA


Ambos os punhos em frente ao corpo,
com um polegar apontando para o
outro.

Manual Operador de Ponte Rolante 81


19. APOIAR A CARGA E
USAR OUTROS SINAIS

20. USE O GUINCHO PRINCIPAL

21. USE O GUINCHO AUXILIAR


Ponha a mão no cotovelo e use os
outros sinais.

Manual Operador de Ponte Rolante 82


22. ACIONE UMA ESTEIRA
Travar a esteira no lado indicado pelo
punho erguido. Acione a esteira oposta
na direção indicada pelo movimento
circular do outro punho, que gira
verticalmente em frente ao corpo.

23. ACIONE AMBAS AS ESTEIRAS


Use os dois punhos em frente ao corpo,
fazendo um movimento circular
indicando a direção do movimento para
frente e para trás.

24. ACIONE UMA CAÇAMBA


Use as duas mãos em forma de concha,
fazendo movimentos uma em direção à
outra, em frente ao corpo.

Manual Operador de Ponte Rolante 83


11.5. Normas de Segurança nas operações com ponte rolante
As normas de segurança devem ser seguidas pelo bom operador e copiadas
pelos seus auxiliares, supervisores e todas as pessoas envolvidas.

1 - Procure chegar à área pouco antes do início de seu turno;

2 - O primeiro operador do turno deve fazer uma rápida inspeção visual das
situações gerais;

3 - Informe-se sobre as condições da máquina que irá operar;

4 - O primeiro operador do turno deve verificar o check-list;

5 - Qualquer dúvida contate seu supervisor;

6 - Faça uma inspeção visual ao longo do barramento, certificando-se da


inexistência de algo ou alguém na área de movimentação da ponte e do carro;

7 - Inspecionem os acessórios dispostos na máquina (cabos, correntes,


cintas, etc.);

8 - Inspecione as condições gerais de limpeza;

9 - Teste o sistema de freios;

10 - Conscientize-se da localização para içamento e arriamento de cargas em


movimento;

11 - Analise a maneira melhor e mais segura para mover as cargas;

12 - Antes de efetuar o içamento da carga, faça uma verificação confirmando


se o sistema de guincho comporta tal peso;

13 - Procurem deslocar a carga, sempre que possível, o mais próximo do piso


(aproximadamente 50 cm);

Manual Operador de Ponte Rolante 84


14 - Todas as cargas devem ser acomodadas no local determinado e de modo
suave, fácil de serem removidas, com segurança, sem risco de quedas;

15 - Só faça o içamento da carga se o gancho e o cabo de aço estiverem no


prumo com o sistema de guincho;

16 - Ao levantar uma carga, por mais leve que seja, faça-o de modo suave,
sem brusquidão;

17 - Não pratique reversão no mecanismo tracionário da ponte, mesmo que


seja para teste;

18 - Não pratique qualquer movimento da ponte se houver alguma pessoa na


sua faixa operacional;

19 - Caso o sistema de alimentação elétrica do barramento esteja bloqueado


por algum motivo, só o energize depois de informar-se da razão;

20 - Para acomodar cargas sobre carrocerias, mezaninos, cavalete,


dispositivos, faça operações lentas e seguras;

21 - Pare totalmente de operar a máquina se alguém do piso estiver gritando


para lhe chamar a atenção;

22 - Acompanhe as revisões ou manutenções da máquina;

23 - Evite conflitos com o pessoal do piso;

24 - Não pratique, não aceite, não permita, não acompanhe outras pessoas
leigas ou não autorizadas ao trabalho na ponte;

25 - Acompanhe, alerte e insista na programação prevista para revisões


coordenadas da máquina. Cobre a manutenção da assessoria técnica ou da
supervisão;

26 - Cabos, correntes, cordas, cintas, argolas com problemas ou suspeitas


exigem manutenção e testes indicados pelo fabricante;

27 - Todos os acessórios intermediários entre a ponte e a carga são


obrigatoriamente inspecionados e testados periodicamente;

28 - Nunca exceda o peso máximo indicado na própria unidade;

29 - Devido ao risco de acidentes fatais e grandes perdas na movimentação


de carga com ponte rolante, não altere as condições do equipamento,
fornecidas após testes técnicos e de segurança;

30 - Nunca improvise nas operações da ponte rolante;


Manual Operador de Ponte Rolante 85
31 - Procure a colaboração da supervisão e colabore com ela;

32 - Mantenha seu supervisor informado das condições reais da máquina;

33 - É responsabilidade que o operador responder pela máquina em uso


durante seu turno de trabalho;

34 - Mesmo que seja do conhecimento do operador, a manutenção da


máquina só poderá ser realizada pela assistência técnica responsável;

35 - Se a máquina não oferecer condições de trabalho, não assuma


responsabilidades, a não ser autorizado por escrito pelo superior de maior
hierarquia e depois de tomadas as devidas medidas de segurança para evitar
acidentes pessoais;

36 - Só eleve a carga quando a mesma estiver pendurada de forma bem presa


ao sistema de guincho e em total segurança;

39 - Nunca deixem a carga suspensa pela ponte ao sair (troca de turno,


almoço ou outras situações);

40 - Evite saídas e paradas bruscas, pois causam danos as rodas, trilhos,


redutores, estruturas, alinhamento e edificação;

41 - Em trabalhos em áreas abertas, esteja atento para as intempéries:


proteja a carga e a si próprio;

42 - O operador deve ser elemento conhecedor, preparado e autorizado para


avaliar operacionalmente o profissional, a área a máquina e a carga . Evitem
saídas e paradas bruscas, pois causam danos às rodas, trilhos, redutores,
estruturas, alinhamento e edificação;

43 - Poderá haver o bloqueio dos botões de comando nas guias de contato.


Fique atento à chave geral.

Ex: Pontes 1 e 2 - as chaves se encontram na coluna B-03.

Pontes 3 e 4 - as chaves se encontram na coluna C-03.

Pontes 5, 6, 7 e 8 - as chaves se encontram na coluna E-03.

44 - Ao mover cargas, utilize equipamentos de segurança adequados;

45 - A ponte rolante deve receber lubrificação geral semanalmente;

46 - Observe sempre as normas de segurança, para sua proteção e a do


equipamento.

Manual Operador de Ponte Rolante 86


11.6. Recomendações de Segurança.

I - Antes do içamento:

. O peso da carga a ser levantada deve ser verificado. Se o peso não estiver
marcado no corpo da carga, esse deve ser confirmado pela pessoa responsável
pela operação;

. Conhecendo-se o peso da carga e do aparelho auxiliar (spreader, cambão, etc.)


verificar se o equipamento de guindar e a linga são compatíveis com o peso a ser
movimentado;

. Assegurar que o laço a ser utilizado esteja adequado à carga a ser içada. Este
cuidado deve ser tomado para que não haja danos à carga e a linga;

. As lingas devem ser inspecionadas para ter assegurado suas boas condições,
sendo descartadas e substituídas imediatamente em caso de danos, conforme
recomendações indicadas no capítulo sobre lingas;

. Não permitir que haja materiais soltos sobre a carga a ser içada;

. Assegurar que a carga fique balanceada com a colocação dos laços nos pontos
indicados previamente. Caso os pontos não estejam marcados na carga, deve-se
utilizar a posição do centro de gravidade;

. O método escolhido para içamento deve impedir que haja escorregamentos.


Convém que os acessórios de ligação com a carga (ganchos ou manilhas) sejam
posicionados acima do centro de gravidade;

. Caso a carga seja composta por várias peças ou elementos, como tubos e
palanquilhas, deve-se procurar juntá-las através de cintamento;

. O laço não deve ser fixado no elemento de amarração de carga, exceto quando
este for certificado para este fim.

Manual Operador de Ponte Rolante 87


II - Durante a fixação do laço:
.
Os laços devem estar livres de qualquer tendência de formar nós;

. Os olhais devem estar adequadamente assentados na cela do gancho, sem


excessos;

. O ângulo entre laços, no conjunto de laços, não deve exceder aquele para o
qual o conjunto de laços foi projetado e marcado;

. O laço não deve ser dobrado através de cantos vivos que possam danificá-lo ou
reduzir a sua resistência. Quando necessário, devem ser utilizadas calhas ou
outros acessórios para arredondar os cantos vivos.

Figura: Os ramais e os ângulos

III - Durante a movimentação:

. Não deve haver nada que impeça o livre movimento da carga. Por exemplo:
parafusos ou juntas segurando a carga;

. Não deve haver obstáculos, como cabos ou tubos que possam ser abalroados. A
altura deve ser suficiente para o levantamento;
.
. Todas as pessoas envolvidas na operação devem poder se ver e se comunicar;

Manual Operador de Ponte Rolante 88


. Todo o pessoal deve estar afastado da carga. Caso contrário, cuidados especiais
devem ser tomados antes de ser iniciado o levantamento e o controle dos
movimentos da carga;

. Quando o içamento for realizado de sobre a carroceria de um veículo, deve ser


disponibilizada.uma plataforma de trabalho contra o fluxo de carga para que os
trabalhadores se posicionem.antes do içamento;

. Não deve haver exposição de pessoas às cargas suspensas;

. A carga deve estar balanceada;

. A carga deve ser levantada ou abaixada uniformemente;

. O laço não deve ficar preso sob a carga; devem ser utilizados calços para não
danificar os laços;

. Os laços não devem ser arrastados;

. O guindaste deve ser utilizado para içar sempre na vertical; não deve ser
utilizado para puxar a linga ou cargas dos cantos (fora de boca);

. Toda a operação de guindar deve ser feita através de comunicação entre o


pessoal de terra e o operador do aparelho de guindar, seja através de rádio ou
por sinais de mão;

. O sinaleiro, o operador do guindaste e o responsável pela operação devem ser


capacitados no código de sinais de mão para içamento de cargas.

Manual Operador de Ponte Rolante 89


11.7. EPI’s - Equipamento de Proteção Individual
Equipamento de proteção é toda medida ou dispositivo que pode reduzir ou
eliminar uma condição insegura de trabalho.

Pode ser:
Coletivo (EPC) - permite uma ambiente de trabalho seguro para todos
indistintamente.

Exemplos: exaltares de gases e vapores, proteção em escadas, corredores,


esteiras, esmeril, máquinas, etc.

Individual (EPI) - protege apenas a pessoa que opera o equipamento ou


utiliza o EPI.
Exemplos: máscara, capacetes, etc.

Manual Operador de Ponte Rolante 90


Exigência Legal Para a Empresa Seção IV, Capítulo V da CLT
Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,
equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de
conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam
completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.
Art. 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou
utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.
Por outro lado, a regulamentação de segurança e medicina do trabalho, em
sua Norma Regulamentadora 6, cuida minuciosamente do Equipamento de Proteção
Individual, incluindo, entre outras coisas, as informações citadas abaixo:
A recomendação ao empregador, quanto ao EPI adequado ao risco existente
em determinada atividade, é de competência:
Do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho - SESMT;
Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA nas empresas
desobrigadas de manter o SESMT.
Nas empresas desobrigadas de possuir a CIPA, cabe ao empregador,
mediante orientação técnica, fornecer e determinar o uso de EPI adequado à
proteção da integridade física do trabalhador.

Obrigações do Trabalhador
Obriga-se o empregador, quanto ao EPI, a:
Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTb;
treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;
tornar obrigatório o seu uso;
substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;
comunicar ao MTb qualquer irregularidade observada no EPI adquirido.

Obrigações do Empregado
Obriga-se o empregado, quanto ao EPI, a:
usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para
uso.

Manual Operador de Ponte Rolante 91


Tipos de EPI’s
Proteção para:
Ouvidos: em trabalhos em que o ruído é intenso.

Vias respiratórias: em trabalhos


que exalam poeiras, gases,
vapores, etc.

Mãos e Braços: em trabalhos com produtos químicos; materiais cortantes,


pesados, quentes, ásperos, com eletricidade; solda elétrica, etc.

Olhos: em trabalhos em que


há risco de contato com
materiais sólidos, líquidos e
gasosos; em atividades em
que haja radiação e
luminosidade.

Pernas e Pés: em operações de soldagem; com líquidos corrosivos; em


ambientes úmidos; onde haja risco de cortes, escoriações, choques, etc.

Prevenir Quedas: em lugares altos ou com risco de queda por desequilíbrio.

Manual Operador de Ponte Rolante 92


11.8. Relatórios de inspeções ( modelo)
Observações diárias – Relatório de entrada
Manutenção a cada 8 horas de operação
Ponte rolante n º__________
Operador chapa nº __________
Data: __/__/__ Ínicio: __________ Término: _______
INSPEÇÃO BOM REPARAR OBSERVAÇÕES
1 – Chave geral
2 – Chave do sistema de
iluminação
3 – Sirene
4 – Lâmpada–piloto
5 – Buzina
6 – Painel de comando
7 – Cabos
8 – Ganchos
9 – Movimento da ponte
10 – Freio da ponte
11 – Pára–choques
12 – Movimento do trole
13 – Freio do trole
14 – Batentes
15 – Movimento do guincho
16 – Freios do guincho
17 – Chave-limite
18 – Extintor de incêndio
19 – Limpeza da cabine
20 – Acessórios individuais
- Observações diversas

Importante: só inicie a operação da ponte rolante após ter entregue este


relatório ao encarregado e ter recebido autorização para opera – lá.

_____________________________
______________________________
Assinatura do Operador
Assinatura do Encarregado

Manual Operador de Ponte Rolante 93


N º _______/_______
PONTE ROLANTE
Data:____/_____/____
Relatório de Inspeção
Pagina ______/_____

INFORMAÇÕES GERAIS
Unidade TAG Capacidade Fabricante

Verificações Preliminares
Status Causa(s) da Ação(ões)
Item de Inspeção
A R Reprovação Corretiva(s)
1 – Equipamento TAGueado
(identificação da ponte)

2 – Atendimento à periodicidade
mensal de inspeção.
3 – Registro da carga máxima de
trabalho permitida, em lugar visível, no
costado do equipamento.
4 – Atendimento às recomendações de
inspeções anteriores.
5 – Disponibilidade da área de
inspeção, para execução de exames
complementares aos exames visual e
dimensional.
6 – Disponibilidade dos setores de
apoio (planejamento e execução), para
o apoio aos trabalhos do executante da
inspeção.
7 – Habilitação do operador de ponte
rolante, para operá-la.

8 – Condições físicas e de segurança


da escada de acesso à ponte rolante.
9 – Estado de limpeza e conservação
da ponte rolante, quanto à proteção
anticorrosiva.
10 – Condição estrutural da ponte
rolante, de seus componentes e
dispositivos, em relação à existência de
processo corrosivo.
11 – Condições físicas do piso e do
guarda-corpo da ponte rolante.

12 – Nível de óleo lubrificante dos


redutores.
13 – Estado físico, fixação e
posicionamento dos batentes de fim de
curso, batedores de borracha,
parafusos e porcas.
14 – Condições físicas dos cabos de
aço.

15 – Condições físicas dos acessórios


de carga.

Manual Operador de Ponte Rolante 94


Dispositivos elétricos
Status Causa(s) da Ação(ões)
Item de Inspeção
A R Reprovação Corretiva(s)

Gaveta de Alimentação

16 – Aspectos Gerais

17 – Fusíveis de Força

18 – Chave Seccionadora

19 - Conexões

Outros Componentes

20 – Fusíveis de Comando

21 – Fusíveis de Força

22 – Relés Térmicos

23 – Contatores de Força e Auxiliares

24 – Transformador de Comando

25 – Sinalização, Iluminação e Alarme

26 – Cabos e Conexões

27 – Botoeira de Comando

28 - Motores

29 – Painel Elétrico

30 – Bancos de Resistências

Sem Carga

31 – Deslocamento da ponte rolante,


ao longo do percurso de rolamento.
32 – Deslocamento do carro
transversal, ao longo da extensão da
ponte.
33 – Funcionamento e ajuste dos
freios.

Manual Operador de Ponte Rolante 95


Teste de Movimentação
Status Causa(s) da Ação(ões)
Item de Inspeção
A R Reprovação Corretiva(s)
Sem Carga
34 – Pontos de contato e funcionamento
das chaves de fim de curso.

35 – Deslocamento das carretilhas de


sustentação dos cabos elétricos.

COM CARGA – TESTE DINÂMICO


36 – Movimentação da ponte,
utilizando todos os comandos
admissíveis.
37 – Funcionamento e ajuste dos
freios.
38 – Pontos de contato e
funcionamento das chaves de fim de
curso.

39 – Exame dimensional.

40 – Flecha das vigas principais da


ponte rolante.

COM CARGA – TESTE ESTÁTICO


41 – Movimentação da ponte,
utilizando todos os comandos
admissíveis.

Recomendações

Conclusões

Inspetor Data aprovação Data

Manual Operador de Ponte Rolante 96


12. Prevenção e Combate à Incêndio

O fogo para poder existir, necessita, em conjunto, de oxigênio, calor e


combustível. Esses componentes são representados pela figura de um triângulo
equilátero, chamado “Triângulo do Fogo”, onde cada um desses elementos forma um
dos seus lados.

Se qualquer um deles for eliminado ou


isolado dos demais, o triângulo ficará
desfeito e será extinta a existência do fogo;
este é o princípio fundamental e básico do
combate à incêndios.

1.1. Triângulo do Fogo


Vejamos primeiro a extinção do fogo pela eliminação do combustível.
Diversos exemplos podem ser apresentados. Um deles é praticado a todo
momento pelas donas de casa, ao apagarem o fogo de um fogão à gás. Fechando-se o
gás - que neste caso representa o combustível - o mesmo deixa de fluir ao queimador
e a chama deixa de existir.
Outra situação que serve como exemplo é a de incêndios em florestas. Devido
ao grande perigo que representa a extinção de um incêndio nessas condições, e à
falta de equipamentos adequados para combatê-lo, faz com que as equipes de
combate preparem aceiros e derrubadas, com a finalidade de ser evitada a
propagação do sinistro.
Portanto, em caso de incêndio, além das providências normais ao alcance
para sua extinção, as equipes de combate devem remover, sempre que possível, todo
material combustível que existir nas proximidades do fogo e, dependendo de sua
localização, devem deixar o material atingido consumir-se, evitando apenas a
propagação do fogo.
Agora vamos ver a extinção do fogo, eliminando somente o calor, que, como
vimos, é outro dos lados do triângulo.

Manual Operador de Ponte Rolante 97


A água é um dos principais agentes extintores; age eliminando o calor e
pode ser pulverizada, havendo porém certas restrições ao seu uso.
A água em fornos e sobre metais em ponto de fusão poderá provocar
explosões. Sobre o carbureto provocará aumento de calor e avivará a chama, e se
atirada de encontro a instalações elétricas ligadas, poderá trazer conseqüências
fatais.
O leigo muitas vezes terá estranhado a atitude dos bombeiros, jogando água
em paredes ou em materiais colocados a certa distância do fogo, mas eles estão, com
essa providência, evitando que o incêndio se alastre através da propagação do calor.
Após extinto um incêndio, dependendo do material envolvido, torna-se
necessária a efetivação do chamado rescaldo, ou seja, a eliminação de focos de calor
que possam transformar-se em brasas. Com o recebimento de maior quantidade de
oxigênio, as brasas transformam-se em chamas e o fogo é ativado.

O terceiro lado do triângulo é o representado pelo oxigênio.


O oxigênio é encontrado na atmosfera na proporção de 21%. No caso em que
essa porcentagem seja eliminada, ou reduzida à 15%, o fogo deixará de existir.
Um exemplo muito comum na extinção do fogo pela eliminação do oxigênio é
o ato de se apagar uma espiriteira à álcool, colocando-se a tampa sobre o pavio
aceso.
Por esse motivo é que as latas com tintas inflamáveis, e outras, devem ser
mantidas fechadas quando fora de uso.
Segundo a mesma técnica, é de boa prática o uso de tampas com dobradiças
nas bocas das latas de lixo, de modo que se fechem automaticamente após a
introdução dos resíduos.
Desse modo, qualquer início de incêndio que se origine dentro de uma dessas
latas não poderá progredir, provocando, no máximo, grande quantidade de fumaça,
sem permitir a formação de labaredas.
Em treinamentos práticos de incêndios é muito comum atear-se fogo em um
recipiente contendo inflamáveis, apagando-se a seguir com o uso de um simples
cobertor que, cobrindo toda a boca do recipiente, impede a entrada de oxigênio.
Ultimamente, vem sendo apresentado um quarto elemento, ou seja a Reação
em Cadeia, que transforma o conhecido triângulo em quadrado. Neste trabalho,
porém, vamos limitar-nos ao “Triângulo do Fogo”, pois o seu conhecimento é mais do
que suficiente para a Prevenção e Combate à Incêndios. Este quarto elemento é a
manifestação conjunta dos outros três componentes.

Manual Operador de Ponte Rolante 98


12.1. Temperatura:
Ainda que a temperatura seja uma propriedade bastante familiar, é difícil
encontrar-se uma definição exata para ela. Estamos acostumados à noção de
temperatura antes de mais nada pela sensação de calor ou frio quando tocamos um
objeto. Além disso aprendemos pela experiência, que ao colocarmos um corpo quente
em contato com um corpo frio, o corpo quente se resfria e o corpo frio se aquece.
A temperatura de um corpo representa seu estado térmico com relação a sua
possibilidade de transmitir calor a outros corpos.
Para a medição da temperatura, criaram-se escalas térmicas, tais como,
Celsius ou Centígrada, Fahrenheit, Kelvin, etc. A escala utilizada no Brasil é a
Celsius ou Centígrada.

Ponto de Fulgor:
É a temperatura mínima em que um
combustível começa a desprender
vapores que, se entrarem em
contato com alguma fonte externa
de calor, se incendeiam. Só que as
chamas não se mantêm, não se
sustentam por não existirem
vapores suficientes

Ponto de Combustão:
Na experiência da madeira se o aquecimento
prosseguir, a quantidade de gás expelida do
tubo aumentará. Entrando em contato com
a chama do fósforo ocorrerá a ignição, que
continuará , mesmo que o fósforo seja
retirado. A queima, portanto , não para. Foi
atingido o “ponto de combustão”, isto é, a
temperatura mínima a que esse combustível
sólido, a madeira . sendo aquecido,
desprende gases que, em contato com a
fonte externa de calor, se incendeiam,
mantendo-se as chamas.

Manual Operador de Ponte Rolante 99


Temperatura de Ignição:
Continuando o aquecimento da madeira
os gases, naturalmente, continuarão se
desprendendo. Em certo ponto, ao
saírem do tubo, entrando em contato
com o oxigênio (comburente), eles
pegarão fogo sem necessidade da chama
do fósforo

12.2. Condições Favoráveis à Combustão

Os três elementos do triângulo do fogo estão presentes na maioria das


situações de vida. Só ocorrerá a reação entre eles, se as condições do ambiente
fizerem os elementos entrarem em contato, em quantidades proporcionais e, de
acordo com as características de cada material.
Se uma pessoa trabalha em um escritório iluminado com uma lâmpada
incandescente de 100 watts e, além disso, ela fuma, haverá no ambiente:
Combustível: mesa, cadeira, papel, etc.;
Comburente: oxigênio presente na atmosfera;
Calor: representado pela lâmpada incandescente ligada e pelo cigarro aceso.
Apesar desses três elementos estarem presentes no ambiente, só ocorrerá
incêndio, se, por distração da pessoa que está trabalhando, uma folha de papel, por
exemplo, encostar no cigarro aceso.

Manual Operador de Ponte Rolante 100


13. Treinamento Prático com Ponte Rolante

13.1. Exercício Prático

Exercício 01:

Exercício 02:
EXERCÍCIO COM BALDE E CORDA EM DIAGONAL

DESLOCAR A PONTE SEM ENCOSTAR O BALDE E A ALÇA NA CORDA

Manual Operador de Ponte Rolante 101


13.2. Exercício - Movimentação de materias
Ponte Rolante ( ) Pré Teste ( ) Pós Teste
Nome - Data - / /

01 – Cabo de aço é um conjunto de arames torcidos e estirados?


( ) Verdadeiro ( ) Falso

02 – A parte central do cabo de aço é chamada de perna?


( ) Verdadeiro ( ) Falso

03 – Se uma peça que vai ser transportada tiver cantos vivos, devemos
colocar proteção para não danificar os cabos ou as cintas de sustentação?
( ) Verdadeiro ( ) Falso

04 – Ao transportar uma peça devemos erguer o mais alto possível do piso?


( ) SIM, porquê senão a peça pode bater em outros equipamentos.
( ) Não, só o suficiente para não bater em outros equipamentos.

05 – Todos os ganchos para elevação de peças devem possuir trava?


( ) Verdadeiro ( ) Falso

06 – A alma de um cabo de aço pode ser de aço, de fibra, e de nylon?


( ) Verdadeiro ( ) Falso

07- Quais os movimentos de uma ponte rolante.


( ) vertical, transversal e longitudinal.
( ) vertical, lateral e longitudinal.
( ) vertical, transversal e lateral.

08- Para que serve o carrinho ou o trole da ponte rolante?


( ) Movimentar a carga no sentido vertical.
( ) Movimentar a carga no sentido transversal.
( ) Movimentar a carga no sentido longitudinal.

09 - A pessoa que vai engatar uma carga tem que ter uma boa comunicação
com o operador da ponte rolante?
( ) Verdadeiro ( ) Falso

10 – Devemos assobiar no momento em que fazemos sinais para o operador


da ponte ou guincho?
( ) Verdadeiro ( ) Falso

Manual Operador de Ponte Rolante 102


MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAS
Ponte Rolante ( ) Pré Teste ( ) Pós Teste
Nome - Data - / /
1) Na sua opinião, como deverá agir um operador da ponte quando surge um
defeito mecânico ou elétrico?
a) Avisar o seu supervisor
b) Solicitar auxilio de qualquer outro colega
c) Tentar resolver o problema sozinho

2) Todo e qualquer reparo da ponte deverá ser efetuado


a) Pelo próprio operador
b) Por qualquer mecânico
c) Somente pela oficina de manutenção

3) Para o operador de ponte, a “Atenção” é um fator:


a) Muito importante
b) Importante em algumas situações
c) De pouca importância

4) Qual a precaução que o operador deve tomar quando tiver que transportar
uma carga, acima da capacidade da maquina?
a) Tentar transportar assim mesmo
b) Adicionar contra o peso na máquina e transportar
c) Não transportar

5) A capacidade de carga da ponte é reconhecida em virtude de:


a) Orientação da chefia
b) Ter capacidade de carregar um enorme fardo
c) Estar maçado no próprio equipamento

6) Os cabos de aço aplicado em uma carga, oferecerão mais resistência quando:


a) Em ângulo de 30º
b) Em ângulo de 45º
c) Em ângulo de 60º

7) Os avisos de segurança servem para:


a) Atrapalhar o serviço do operador
b) Confundir a operação
c) Orientar o operador

8) Indique a montagem correta dos grampos nos cabos de aço abaixo:

9) O cabo de aço 6x19 a sua estrutura e constituído por:


a) 6 arames e 19 pernas
b) 6 almas de fibra e 19 pernas
c) 6 pernas e 19 arames

10) Quais são as principais observações que o operador deve fazer numa inspeção dos cabos
de aço
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________

Manual Operador de Ponte Rolante 103


MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAS
Ponte Rolante ( ) Pré Teste ( ) Pós Teste
Nome - Data - / /

1) Quais os equipamentos de proteção individual para


amarração sinalização e movimentação de cargas ?

2) Quais os acessórios do movimentador de carga ?

3) Como podemos saber o peso da carga a ser elevada ?

4) Qual a influência do peso da carga na lança de um


guindaste ?

5) Quais os tipos de Lingas existentes ?

6) Como devemos medir um cabo de aço ?

7) Porque não podemos dar nós em cabos de aço ?

8) Quais as desvantagens na utilização de cintas ?

9) Quais as vantagens na utilização de Lingas combinadas ?

10) Como calcular a capacidade de carga das Lingas ?

11) Qual o procedimento para movimentação de cargas com


travessões ?

12) Como é feito a comunicação entre o operador e o


movimentador de cargas ?

Manual Operador de Ponte Rolante 104


14. Bibliografia

Normas Regulamentadoras – NRs do Mte – Portaria 3214/78.


ABNT, NBR 6327 – Cabo de Aço para usos Gerais, Associação Brasileira
de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1983, 24 pág.
ABNT, NBR 5977, Contêiner – Carregamento, movimentação e fixação,
Associação Brasileira de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1980
ABNT, NBR 7475, Contêiner – Sistemas de Apoio e Fixação em
Equipamentos de Transporte Terrestre, Associação Brasileira de normas
Técnicas, Rio de Janeiro, 1986.
ABNT, NBR 7163 – Grampo Leve para Cabo de Aço, Associação Brasileira
de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1991.
ABNT, NBR 11098 – Grampo Pesado para Cabo de Aço, Associação
Brasileira de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1989.
ABNT, NBR 13541 – Movimentação de Carga – Laço de Cabo de Aço,
Associação Brasileira de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1995, 11 pág.
ABNT, NBR 13542 – Movimentação de Carga – Anel de Carga, Associação
Brasileira de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1995.
ABNT, NBR 13543 – Movimentação de Carga – Laços de Cabo,
Associação Brasileira de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1995.
ABNT, NBR 13544 – Movimentação de Carga – Sapatilho para Cabo de
Aço, Associação Brasileira de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1995.
ABNT, NBR 13545 - Movimentação de Carga – Manilha, Associação
Brasileira de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1995.
ABNT, NBR 10871 – Sapatilho par Cabo de Aço, Associação Brasileira de
normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1989.
ABNT, NBR 7164 – Soquete para Cabo de Aço, Associação Brasileira de
normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1991.

Manual Operador de Ponte Rolante 105

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