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2- SANTIFICA-OS NA VERDADE
Interpretação: “Santificar” nesse texto tem o sentido de “separar”, “consagrar para o
serviço sagrado”, “dedicar ao serviço de Deus”. Jesus aponta dois detalhes importantes:
Primeiro que a ação de santificar é de Deus, segundo, que o instrumento de santificação
é a palavra. Esse pedido do Mestre indica uma necessidade indispensável para aqueles
homens que seriam inseridos num contexto desafiador. De um lado nos gentios a
depravação, o paganismo (os romanos no poder eram exemplos disso), do outro lado em
Israel à falsa religiosidade. Cristo sabia que a hipocrisia e ganância dos líderes espirituais
provocaram uma degradação moral e espiritual na nação de Israel. Jesus chegou ao
ponto de chamá-los de sepulcros caiados (lindos por fora, mas estragados por dentro). A
história nos mostra que do exílio originou as sinagogas, e com isso o povo teve acesso à
lei. Há quem diga que naqueles tempos, a lei estava na boca do povo, no entanto, não
estava no coração.
Aplicação: Uma leitura acurada no nosso tempo nos fará ver uma geração confusa pelas
indefinições, a falta de referenciais. Vivemos dias em que as instituições estão sendo
questionadas, o número excessivo de escândalos mina o pouco de esperança que ainda
resta naqueles que acreditam há um luz brilhando e indica-nos a possibilidade de dias
melhores. Meus amigos somente por meio da santidade nós conseguiremos ser exemplos
dos fiéis. Eu tenho pensado e percebido que um teólogo a mais nessa geração não vai
mudar muita coisa. Depois de experiências inesquecíveis da semana teológica, eu
chegou a conclusão que os problemas já foram detectados, já podemos olhar e enxergar
nossos desafios, só nos resta elevarmos uma clamor ao Deus que santifica, e por meio da
obediência à sua palavra sejamos consagrados para brilharmos não como show-mens,
mas como astros e luzeiros num mundo corrompido pelo pecado. Que nosso
conhecimento de Deus não por meio de frases de efeitos que são friamente pensadas
numa escala fria, mas que seja por uma experiência real de conversão. Que o hino da
Eyshila seja nossa oração: “Deus”! Toca em minha vida, toca em minhas mãos, toca em
meus lábios Senhor, toca em minha casa com a tua brasa de fogo purificador, toca em
meus olhos, toca em meus ouvidos, toca em cada sentido meu, para que as famílias
troquem o pecado pela santidade de Deus.
3- PARA QUE TODOS SEJA UM
Interpretação: Nesse momento Jesus ora ao Pai pela unidade daquele grupo. Por muitas
vezes o Mestre acompanhou discussões tensas de quem seria o maior, chegou ao ponto
da mãe de dois tomar iniciativa e pedir dois lugares de privilégios para seus filhos.
Naquele momento formava-se um corpo, e no corpo todos os membros tem importância.
A unidade naquele momento seria indispensável e teria como base a unidade de Cristo
com o Pai. Observemos a importância da unidade naquele momento:
3.1 Aquele grupo seria desafiado com perseguições e apostasias e falta de unidade
faria com que alguns caíssem e voltassem
Haveria momentos que eles seriam cercados e veriam inimigos por todos os lados.
Somente a unidade preservaria a força daquele grupo. Nesses momentos de apertos não
haveria espaço para debates de quem seria o mais preparado para ser líder, ou a mente
mais brilhante para ser o pregador do próximo culto. Inimigos externos e ferozes queriam
o fim daquela comunidade a qualquer custo, mas a força da unidade resistiria tudo.
3.2 A unidade naquele grupo seria a expressão real do Amor de Deus
O v. 23 nos mostra “Pai eu rogo para que eles sejam perfeitos em unidade, para que o
mundo conheça que tu me enviaste e tens amado a eles como tens amado a mim”. Em
outro discurso o Mestre já tinha advertido a necessidade do amor. “O mundo saberá que
vós sois meus discípulos que vos amardes”. Nos primeiros versículos de Atos vemos que
na comunidade cristã existia a mais linda expressão desse amor: ajudar o necessitado.
Isso foi tão marcante que Lucas narra dizendo que a Igreja crescia e caía na graça do
povo.
Aplicação:
Estou interessado num tema para pesquisa que tem me trazido algumas inquietações e
tem sido debatido no circulo acadêmico: “a competitividade ministerial como influência do
mercado”. É incrível como sem perceber nos deixamos ser contagiados por males tão
perniciosos que imperam nos nossos dias. Essa sociedade de consumo que dignifica as
pessoas pela sua capacidade de consumir, que avalia pelo “ter”, que marginaliza os
desfavorecidos e exclui os que não tiveram uma oportunidade. Não alimento a idéia de
um socialismo idealizado, nem sonho com o império do comunismo que se escondendo
num discurso em prol da igualdade validou a tirania e o autoritarismo de ditadores que
passaram e alguns que ainda existem. O que eu acredito de fato é que igreja é um corpo
de membros unidos na cabeça que é Cristo, e o que nos faz cristãos e amor de Deus que
reside em nós. Somos companheiros. Aliás, essa palavra vem de cum panis, aquele que
come pão junto. Isso fala de comunhão. Um mesmo sentimento. Quando Paulo soube dos
problemas de divisão de Corintios foi firme: “Quem é Cefas, Paulo, Apolo?”. “Algum
desses morreu por vocês?”. Eu só fiz plantar, Apolo regou, mas é Deus quem dá o
crescimento.
CONCLUSÃO:
Quero concluir e falando de um último pedido de Jesus: “Pai eu quero que aqueles que tu
me destes esteja comigo para que veja a minha glória”.
Ele deseja a nossa companhia no céu. Meus amigos, irmãos, precisamos resgatar a
mensagem da volta de Cristo aos nossos púlpitos. A igreja precisa lembrar que o noivo
está voltando. Que dera se fosse hoje!!!
Que o Senhor nos ajude a cumprirmos nossa missão nessa terra, que sejamos
santificados pela palavra, que o mundo nos conheça pelo amor de Deus que habita em
nós.