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2.TEXTO E CONTEXTO:
ANALISAR,
COMPARAR, INFERIR, DEDUZIR, CONCLUIR, INTERPRETAR
Vamos treinar:
A vocabulário.
B construções sintáticas.
C pontuação.
D fonética.
E regência verbal.
2) Leia os textos abaixo:
I – A situação de um trabalhador
Paulo Henrique de Jesus está há quatro meses desempregado. Com o Ensino Médio
completo, ou seja, 11 anos de estudo, ele perdeu a vaga que preenchia há oito
anos de encarregado numa transportadora de valores, ganhando R$800,00. Desde
então, e com 50 currículos já distribuídos, só encontra oferta para ganhar
R$300,00, um salário mínimo. Ele aceitou trabalhar por esse valor, sem carteira
assinada, como garçom numa casa de festas para fazer frente às despesas.
(O Globo, 20/07/2005.)
II – Uma interpretação sobre o acesso ao mercado de trabalho
Atualmente, a baixa qualificação da mão-de-obra é um dos responsáveis pelo
desemprego no Brasil. A relação que se estabelece entre a situação (I) e a
interpretação (II) e a razão para essa relação aparece em:
(A) II explica I – Nos níveis de escolaridade mais baixos há dificuldade de acesso ao
mercado de trabalho.
(B) I reforça II – Os avanços tecnológicos da Terceira Revolução Industrial
garantem somente o acesso ao trabalho para aqueles de formação em nível
superior.
PRODUÇÃO DE TEXTO
NÃO ENLOUQUEÇA: Vamos aprender a fazer redação.
Mandamentos de uma boa redação
1- Nunca esnobe – escrever difícil não é mostrar que é bom;
2- Palavrão – Nunca;
6- Gíria – Nunca;
3- Dado geográfico – Ex: Em Criciúma Santa Catarina, oito mil jovens vivem uma
aventura todos os dias: a aventura de entrar nas minas do carvão.
4- Dado estatístico: Nas universidades públicas no Brasil 70% das vagas estão
nas mãos da elite.
Elementos da Comunicação
A comunicação está associada à linguagem e interação, de forma que
representa a transmissão de mensagens entre um emissor e um receptor.
Derivada do latim, o termo comunicação (“communicare”) significa “partilhar,
participar de algo, tornar comum”, sendo, portanto, um elemento essencial da
interação social humana.
Os elementos que compõem a comunicação são:
Emissor: chamado também de locutor ou falante, o emissor é aquele que emite a
mensagem para um ou mais receptores, por exemplo, uma pessoa, um grupo de
indivíduos, uma empresa, dentre outros.
Receptor: denominado de interlocutor ou ouvinte, o receptor é quem recebe a
mensagem emitida pelo emissor.
Mensagem: é o objeto utilizado na comunicação, de forma que representa o conteúdo,
o conjunto de informações transmitidas pelo locutor, por isso.
Código: representa o conjunto de signos que serão utilizados na mensagem
Canal de Comunicação: corresponde ao local (meio) onde a mensagem será
transmitida, por exemplo, jornal, livro, revista, televisão, telefone, dentre outros.
Contexto: Também chamado de referente, trata-se da situação comunicativa em que
estão inseridos o emissor e receptor.
Ruído na Comunicação: ele ocorre quando a mensagem não é decodificada de
forma correta pelo interlocutor, por exemplo, o código utilizado pelo locutor,
desconhecido pelo interlocutor; barulho do local; voz baixa; dentre outros.
Fique Atento!!!
A comunicação somente será efetivada se o receptor decodificar a mensagem
transmitida pelo emissor.
Em outras palavras, a comunicação ocorre a partir do momento que o
interlocutor atinge o entendimento da mensagem transmitida.
Nesse caso, podemos pensar em duas pessoas de países diferentes e que não
conhecem a língua utilizada por elas (russo e mandarim).
Sendo assim, o código utilizado por elas é desconhecido e, portanto, a
mensagem não será inteligível para ambas, impossibilitando o processo
comunicacional.
Importância da Comunicação
O ato de comunicar-se é essencial tanto para os seres humanos e os animais,
uma vez que através da comunicação partilhamos informações e adquirimos
conhecimentos.
Note que somos seres sociais e culturais. Ou seja, vivemos em sociedade e
criamos culturas as quais são construídas através do conjunto de
conhecimentos que adquirimos por meio da linguagem, explorada nos atos de
comunicação.
Quando pensamos nos seres humanos e nos animais, fica claro que algo
essencial nos distingue deles: a linguagem verbal.
A criação da linguagem verbal entre os seres humanos foi essencial para o
desenvolvimento das sociedades, bem como para a criação de culturas.
Os animais, por sua vez, agem por extinto e não pelas mensagens verbais que
são transmitidas durante a vida. Isso porque eles não desenvolveram uma
língua (código) e por isso, não criaram uma cultura.
Saiba mais! Leia Teorias da Comunicação.
Linguagem Verbal e Não Verbal
Importante lembrar que existem duas modalidades básicas de linguagem, ou
seja, a linguagem verbal e a linguagem não verbal.
A primeira é desenvolvida pela linguagem escrita ou oral, enquanto a outra
pode ocorrer por meio de gestos, desenhos, fotografias, dentre outros.
Meios de Comunicação
Os meios de comunicação representam um conjunto de veículos destinados à
comunicação, e, portanto, se aproximam do chamado “Canal de
Comunicação”.
Eles são classificados em dois tipos: individual ou de massa (comunicação
social). Ambos são muito importantes para difusão de conhecimento entre os
seres humanos na atualidade, por exemplo: a televisão, o rádio, a internet, o
cinema, o telefone, dentre outros.
.Tipos de Comunicação
De acordo com a mensagem transmitida a comunicação é classificada de duas
maneiras:
Comunicação verbal: uso da palavra, por exemplo na linguagem oral ou escrita.
Comunicação não verbal: não utiliza a palavra, por exemplo, a comunicação
corporal, gestual, de sinais, dentre outras.
Funções da Linguagem
Os elementos presentes na comunicação estão intimamente relacionados com
as funções da linguagem. Elas determinam o objetivo e/ou finalidade dos atos
comunicativos, sendo classificadas em:
Função Referencial: fundamentada no “contexto da comunicação”, a função
referencial objetiva informar, referenciar sobre algo.
Função Emotiva: relacionada com o “emissor da mensagem”, a linguagem emotiva,
apresentada em primeira pessoa, objetiva transmitir emoções, sentimentos.
Função Poética: associada à “mensagem da comunicação”, a linguagem poética
objetiva preocupa-se com a escolha das palavras para transmitir emoções, por
exemplo, na linguagem literária.
Função Fática: relacionada com o “contato da comunicação”, uma vez que a função
fática objetiva estabelecer ou interromper a comunicação.
Função Conativa: relacionada com o “receptor da comunicação”, a linguagem
conativa, apresentada em segunda ou terceira pessoa objetiva sobretudo, persuadir o
locutor.
Função Metalinguística: relacionada ao “código da comunicação”, uma vez que a
função metalinguística objetiva explicar o código (linguagem), através dele mesmo.
Semântica
O estudo das significações das palavras é um assunto na língua
portuguesa exclusivo da Semântica.
No que diz respeito ao aspecto semântico da língua, pode-se destacar
três propriedades:
• Sinonímia
• Antonímia
• Polissemia
Sinonímia
Antonímia
Polissemia ou Homonímia
Semântica
Semântica – Definição
Refere-se ao estudo do significado, em todos os sentidos do termo. De alguma forma
podemos dizer que a semântica opõe-se à sintaxe, na medida em que a primeira se ocupa
do que "algo significa", enquanto a sintaxe busca estudar as estruturas ou padrões formais
do modo como esse "algo" é expresso (escritos ou falados, por exemplo).
1) frio e quente;
2) masculino e feminino;
3) bom e mau;
4) bem e mal;
5) claro e escuro.
Homônimos
De acordo com o Dicionário Aulete Digital é a "...palavra que se escreve e
se pronuncia ou só se pronuncia da mesma maneira que outra, mas cujo
significado é diferente.
TIPOS TEXTUAIS
Podem variar entre cinco e nove tipos, contudo, os mais estudados e exigidos
nas diferentes provas de vestibular e concursos no Brasil são a narração,
a dissertação, a descrição, a injunção e a exposição. Veja as principais
características de cada um deles:
→ Narração
Sua principal característica é contar uma história, real ou não, geralmente
situada em um tempo e espaço, com personagens, foco
narrativo, clímax, desfecho, entre outros elementos. Os gêneros que se
apropriam da estrutura narrativa são: contos, crônicas, fábulas, romance,
biografias etc.
→ Dissertação
Tipo de texto opinativo em que ideias são desenvolvidas por meio de
estratégias argumentativas. Sua maior finalidade é conquistar a adesão do
leitor aos argumentos apresentados. Os gêneros que se apropriam da estrutura
dissertativa são: ensaio, carta argumentativa, dissertação, editorial etc.
→ Descrição
Têm por objetivo descrever objetiva ou subjetivamente coisas, pessoas ou
situações. Os gêneros que se apropriam da estrutura descritiva
são: laudo, relatório, ata, guia de viagem etc. Também podem ser
encontrados em textos literários por meio da descrição subjetiva.
→ Injunção
São textos que apresentam a finalidade de instruir e orientar o leitor, utilizando
verbos no imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo, sempre
indeterminando o sujeito. Os gêneros que se apropriam da estrutura injuntiva
são: manual de instruções, receitas
culinárias, bulas, regulamentos, editais, códigos, leis etc.
→ Exposição
O texto expositivo tem por finalidade apresentar informações sobre um objeto
ou fato específico, enumerando suas características por meio de uma
linguagem clara e concisa. Os gêneros que se apropriam da estrutura
expositiva são: reportagem, resumo, fichamento, artigo
científico, seminário etc.
Para que você conheça com detalhes cada um dos tipos textuais citados, o
sítio de Português preparou uma seção sobre tipologia textual. Nela você
encontrará vários artigos que têm como objetivo discutir as características que
compõem a narração, a dissertação, a descrição, a injunção e a exposição,
bem como apresentar as diferenças entre tipos e gêneros textuais.
Esperamos que você aproveite o conteúdo disponibilizado e, principalmente,
desejamos que todas as informações aqui encontradas possam transformar-se
em conhecimento.
A narração é um tipo de texto que conta uma sequência de fatos, sejam eles
reais ou imaginários, nos quais as personagens atuam em um determinado
espaço e no decorrer do tempo.
O texto narrativo baseia-se na ação que envolve personagens, tempo, espaço e
conflito. Apresenta uma determinada estrutura e os seus elementos incluem o
narrador, enredo, espaço, personagens, espaço e tempo.
Personagens
Elementos da narrativa
- Introdução:
- Desenvolvimento:
Na dissertação a persuasão aparece de forma explícita, essa se faz
presente no desenvolvimento do texto. É nesse momento que o escritor
desenvolve o tema, seja através de argumentação por citação,
comprovação ou raciocínio lógico, tomando sua posição a respeito do
que está sendo discutido.
- Conclusão:
Vícios de linguagem
Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às
mensagens emitidas, os vícios de linguagem são palavras ou construções que
vão de encontro às normas gramaticais.
Barbarismo
É o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis:
1) Pronúncia
2) Morfologia
Exemplos:
3) Semântica
Por exemplo:
4) Estrangeirismos
Exemplos:
Solecismo
É o desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguintes níveis:
1) Concordância
Por exemplo:
2) Regência
Por exemplo:
3) Colocação
Por exemplo:
2. (Enem-2014)
Óia eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo pra xaxar
Vou mostrar pr’esses cabras
Que eu ainda dou no couro
Isso é um desaforo
Que eu não posso levar
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar.
Vem cá morena linda
Vestida de chita
Você é a mais bonita
Desse meu lugar
Vai, chama Maria, chama Luzia
Vai, chama Zabé, chama Raque
Diz que tou aqui com alegria.
(BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em Acesso em 5 maio 2013)
A letra da canção de Antônio Barros manifesta aspectos do repertório
linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma do falar
popular regional é:
a) “Isso é um desaforo”
b) “Diz que eu tou aqui com alegria”
c) “Vou mostrar pr’esses cabras”
d) “Vai, chama Maria, chama Luzia”
e) “Vem cá, morena linda, vestida de chita”
Aternativa c) “Vou mostrar pr’esses cabras”
conversas;
diálogos;
apresentações;
telefonemas;
aulas;
entrevistas;
…
cartas;
e-mails;
bilhetes;
jornais;
revistas;
sites;
livros;
…
Apesar das diferenças existentes entre a linguagem oral e a linguagem escrita, não
podemos considerar uma mais complexa ou importante do que a outra, uma vez
que existem vários níveis de formalidade e informalidade na oralidade e na
escrita.
Há momentos que exigem uma linguagem falada extremamente cuidada, como
entrevistas de emprego, discursos, apresentações públicas,… Há também
situações em que uma linguagem escrita mais descontraída e próxima da
oralidade é aceitável, como em chats, fóruns, mensagens do celular,…
Linguagem Formal e Informal
A linguagem formal e informal são duas variantes linguísticas que possuem o
intuito de comunicar. No entanto, elas são utilizadas em contextos distintos.
Sendo assim, é muito importante saber diferenciar essas duas variantes para
compreender seus usos em determinadas situações.
Quando falamos com amigos e familiares utilizamos a linguagem informal.
Entretanto, se estamos numa reunião na empresa, numa entrevista de
emprego ou escrevendo um texto, devemos utilizar a linguagem formal.
Diferenças
Exercícios Resolvidos
1. Utilizamos a linguagem coloquial em qual situação:
a) Durante uma entrevista de emprego
b) Durante uma conversa com os amigos
c) Numa palestra para o público
d) Na sala de aula com a professora
Alternativa b) Durante uma conversa com os amigos.
A linguagem coloquial representa a linguagem informal, ou seja, aquela que
utilizamos em contextos de informalidade com familiares, amigos e vizinhos).
VER RESPOSTA
Sílaba
A - MOR
Divisão Silábica
Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguintes normas:
Acentuação
Na língua portuguesa escrita, a acentuação é um dos elementos mais difíceis de
serem memorizados. Porém, ao contrário do que se pensa, os acentos em nossa
escrita não são tão complicados de serem aprendidos. A acentuação, na maioria
das vezes, é feita para indicar a tonicidade de uma palavra escrita. Embora
oralmente nós possamos nem notar, o acento faz uma grande diferença na hora
de escrever as palavras.
Monossílabos
Oxítonas
Paroxítonas
Proparoxítonas
São acentuadas todas as palavras proparoxítonas. Exemplos: tráfego, máquina,
veículo, lágrima, sólido, lógica, música.
Ditongos
Os ditongos “eu”, “ei” e “oi” com pronuncia aberta são acentuados. Exemplos: céu,
papéis, dói, réu.
Hiatos
São acentuados os hiatos onde as letras “i” e “u” estão em uma sílaba isolada e
são precedidas de vogal. Exemplos: saída, caída, viúva, saúde.
Acentos diferenciais
Algumas palavras de grafia semelhante e pronúncia diferente requerem o uso
obrigatório de acentos para que possam ser diferenciadas pelo leitor. Exemplos:
pôde (pretérito perfeito do indicativo do verbo “poder”)/ pode (verbo no presente do
indicativo do verbo “poder”), pôr (verbo)/ por (preposição), vêm (terceira pessoa do
plural do verbo “vir”)/vem (terceira pessoa do singular do verbo “vir”).
A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -em, podendo ou não ser seguidas de
"s". Essas paroxítonas, por serem maioria, nãosão acentuadas graficamente. Já
as proparoxítonas, por serem pouco numerosas, são sempre acentuadas.
Proparoxítonas
Sílaba tônica: antepenúltima
Paroxítonas
Sílaba tônica: penúltima
l fácil
n pólen
r cadáver
ps bíceps
x tórax
us vírus
i, is júri, lápis
Observações:
2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r" (semi, super).
Oxítonas
Sílaba tônica: última
Crase (Regras)
Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma natureza. No português assinalamos a crase
Obedecemos ao regulamento.
(a+o)
Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes. Mas:
Obedecemos à norma.
(a+a)
Regra Geral:
Fui à cidade.
( a + a = preposição + artigo )
( substantivo feminino )
Conheço a cidade.
( artigo )
( substantivo feminino )
Vou a Brasília.
( preposição )
Observação:
Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar o seguinte artifício:
aceita.
1) Antes de masculino.
(preposição)
2) Antes de verbo.
(preposição)
(preposição)
Observações:
senhoritae dona.
Dirijo-me à senhora.
2. Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o artigo, tais como: mesma, própria...
(preposição)
Observação:
É fácil demonstrar que entre expressões desse tipo ocorre apenas a preposição:
(preposição)
Cheguei a Curitiba.
(preposição)
Observação:
Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal, ocorrerá a crase.
Cheguei à Curitiba dos pinheirais.
(adjunto adnominal)
(preposição)
Observação:
(a + as = preposição + artigo)
(a + as)
Para comprovar que, nesse caso, ocorre preposição + artigo, basta confrontar com uma
Ao meio-dia chegamos.
(a + o)
A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que parte da expressão (moda de) venha implícita.
Chegaram à noite.
Observações:
No caso das expressões adverbiais femininas, muitas vezes empregamos o acento indicatório
de crase (`), sem que tenha havido a fusão de dois as. É que a tradição e o uso do idioma se
impuseram de tal sorte que, ainda quando não haja razão suficiente, empregamos o acento de
(preposição + artigo)
(preposição + artigo)
Falei a Maria.
aceitam ou não o artigo antes de si. Por isso mesmo é que pode ocorrer a crase ou não.
Casos especiais:
1) Crase antes de casa.
A palavra casa, no sentido de lar, residência própria da pessoa, se não vier determinada por
Por outro lado, se vier determinada por um adjunto adnominal, aceita o artigo e ocorre a
crase. Ex:
(adjunto adnominal)
A palavra terra, no sentido de chão firme, tomada em oposição a mar ou ar, se não vier
Já chegaram a terra.
(preposição + artigo)
(adjunto adnominal)
Antes dos pronomes relativos quem e cujo não ocorre crase. Ex:
Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase se o masculino correspondente for ao qual,
Sempre que o termo antecedente exigir a preposição a e vier seguido dos pronomes
Se a preposição até vier seguida de um nome feminino, poderá ou não ocorrer a crase. Isto
porque essa preposição pode ser empregada sozinha (até) ou em locução com a preposição a
(artigo = a)
(artigo = a)
Em geral, não ocorre crase antes do que. Ex: Esta é a cena a que me referi.
Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma crase da preposição a com o pronome
Para empregar corretamente a crase antes do que convém pautar-se pelo seguinte artifício:
(a+o)
(a+a)
II. se, com antecedente masculino, ocorrer a que, no feminino não ocorrerá
crase.
Observação:
7) há / a
Nas expressões indicativas de tempo, é preciso não confundir a grafia do a (preposição) com a
Ditongos Crescentes
São aqueles em que a semivogal vem antes da vogal (SV + V).
Exemplos:
igual (i-gual)
quota (quo-ta)
pátria (pá-tria)
Ditongos Decrescentes
São aqueles em que a vogal vem antes da semivogal (V + SV).
Exemplos:
meu (meu)
herói (he-rói)
cai (cai)
De acordo com a pronúncia, os ditongos podem ser orais ou nasais.
VEJA TAMBÉM: Vogal, Semivogal e Consoante
Ditongos Orais
O ditongo é oral quando o seu som é produzido pela boca. É o caso de ai, ia,
iu, ui, eu, éu, ue, ei, éi, ie, oi, ói, io, au, ua, ao, oa, ou, uo, oe, eo, ea.
Exemplos:
mau (mau)
sei (sei)
viu (viu)
Ditongos Nasais
O ditongo é nasal quando o seu som é produzido pela boca, mas também pelo
nariz. É o caso de ão, ãe, õe, am, an, em, en, ãi, ui (ocorre apenas na palavra
"muito").
Exemplos:
mãe (mãe)
levem (le-vem)
muito (mui-to)
VEJA TAMBÉM: Ditongo
Tritongo
Tritongo é o encontro de semivogal + vogal + semivogal (SV + V + SV) que
ocorre na mesma sílaba.
Exemplos:
Uruguai (U-ru-guai)
saguão (sa-guão)
enxaguam (en-xa-guam)
Os tritongos podem ser orais ou nasais.
Tritongos Orais
O tritongo é oral quando é pronunciado pela boca.
Exemplos:
Paraguai (Pa-ra-guai)
enxaguei (en-xa-guei)
iguais (i-guais)
Tritongos Nasais
O tritongo é nasal quando é pronunciado pela boca e pelo nariz. As consoantes
"m" e "n" podem acompanhar os tritongos. Quando isso acontecer, os tritongos
são classificados como tritongos nasais.
Exemplos:
quão (quão)
saguões (sa-guões)
enxaguem (en-xa-guem)
Hiato
Hiato é o encontro de duas vogais (V + V) que ocorre em sílabas diferentes.
Exemplos:
raiz (ra-iz)
Saara (Sa-a-ra)
país (pa-ís)
Atenção!
Os ditongos e os tritongos não se separam, somente os hiatos.
VEJA TAMBÉM: Hiato
Exercícios
1. Classifique os encontros vocálicos abaixo:
a) saguão
tritongo (sa-guão)
VER RESPOSTA
b) lua
hiato (lu-a)
VER RESPOSTA
c) delinquiu
tritongo (de-lin-quiu)
VER RESPOSTA
d) mau
ditongo (ma-u)
VER RESPOSTA
e) ruim
hiato (ru-im)
VER RESPOSTA
b) linguiça
ditongo crescente (lin-gui-ça: semivogal "u" + vogal "i")
VER RESPOSTA
c) frequente
ditongo crescente (fre-quen-te: semivogal "u" + vogal "e")
VER RESPOSTA
d) moita
ditongo decrescente (moi-ta: vogal "o" + semivogal "i")
VER RESPOSTA
e) sério
ditongo crescente (sé-rio: semivogal "i" + vogal "o")
VER RESPOSTA
Dígrafo
Dígrafo é o encontro de duas letras que representam um único fonema. Também
chamado de digrama, há dois tipos de
dígrafos: dígrafo consonantal e dígrafo vocálico.
Lembre-se! Dígrafo vem de di, que é o mesmo que dois e grafo, que é o mesmo que
escrever. Assim, escreve-se duas letras, mas o som é apenas de uma.
Dígrafo Consonantal
Encontro de duas letras que representam um fonema consonantal. Os principais são: ch,
lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, gu e qu.
Exemplos:
chave, chefe
olho, ilha
unha, dinheiro
arranhar, arrumação
ossos, assadeira
descer, crescer
desço, cresça
exceder, excelência
gueixa, guirlanda
queijo, quilômetro
É importante frisar que gu e qu são dígrafos se seguidos de e ou i. Se todavia, o u for
pronunciado deixa de ser dígrafo. Em aguentar e linguiça, por exemplo, tal como em
guaraná, o u é pronunciado.
Dígrafos e Encontros Consonantais
Dígrafo e Encontro Consonantal são encontros de letras, mas como vimos, no dígrafo
essas letras são pronunciadas uma única vez, ao contrário do encontro consonantal. Essa
é a diferença!
Exemplos de Encontros Consonantais:
brinde, claridade, flor, sopro, refrão.
Dígrafo Vocálico
Encontro de uma vogal seguida das letras m ou n, que resulta num fonema vocálico.
Eles são: am, an; em, en; im, in; om, on e um, un.
Vale lembrar que nessa situação, as letras m e n não são consoantes; elas servem para
nasalizar as vogais.
Exemplos:
amplo, anta
temperatura, semente
empecilho, tinta
ombro, conto
umbanda, fundo
Exercícios
1) Em quais palavras há ocorrência de dígrafo?
a) quiabo
b) escola
c) igual
d) guisado
e) chuvisquinho
f) chuvisco
quiabo, guisado, chuvisquinho, chuvisco
VER RESPOSTA
Ortografia
A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das
palavras. Essa escrita está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à
origem das palavras) quanto fonológicos (ligados aos fonemas representados).
É importante compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A forma
de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os
diversos países em que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira de
treinar a ortografia é ler, escrever e consultar o dicionário sempre que houver
dúvida.
O Alfabeto
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada letra apresenta
uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja:
i I (i) r R (erre)
Emprego de X e Ch
Emprega-se o X:
1) Após um ditongo.
Exceção: mecha
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa,
oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar,
etc.
bochecha, bucha,
cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo,
debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha,
salsicha, tchau, etc.
Sinais de Pontuação
Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de
textos, bem como têm a função de desempenhar questões de ordem estílica.
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de
exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os
parênteses ( ( ) ) e o travessão (—).
Como usar e exemplos
Ponto (.)
O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o
final de um período. O ponto é, ainda, utilizado nas abreviações.
Exemplos:
Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para trabalhar e
resolvi ligar e pedir perdão.
O filme recebeu várias indicações para o óscar.
Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os nossos
historiadores.
Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.
Vírgula (,)
A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que
pode mudar o significado quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto.
A vírgula também serve para separar termos com a mesma função sintática,
bem como para separar o aposto e o vocativo.
Exemplos:
Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar.
Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas
vegetarianas. (aposto)
Desta maneira, Maria, não posso mais acreditar em você. (vocativo)
Ponto e Vírgula (;)
O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma
frase e para separar uma relação de elementos.
É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa
uma pausa mais longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto.
Exemplos:
Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram,
reclamam igualmente.
Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das montanhas.
Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português.
Dois Pontos (:)
Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala
ou para iniciar uma enumeração.
Exemplos:
Na matemática as quatro operações essenciais são: adição, subtração, multiplicação e
divisão.
Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque.
Ponto de Exclamação (!)
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases
que denotam sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo,
espanto.
Exemplos:
Que horror!
Ganhei!
Ponto de Interrogação (?)
O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final
das frases diretas ou indiretas-livre.
Exemplos:
Quer ir ao cinema comigo?
Será que eles prefere jornais ou revistas?
Reticências (...)
As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que
o sentido vai muito mais além do que está expresso na frase.
Exemplos:
Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças…
Não sei… Preciso pensar no assunto.
Aspas (" ")
É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para
delimitar citações de obras.
Exemplos:
Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia o “bom”.
Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias
carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."
Parênteses ( ( ) )
Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar informação
acessória.
Exemplos:
O funcionário (o mais mal-humorado que já vi) fez a troca dos artigos.
Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci no sofá.
Travessão (—)
O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do
texto bem como para substituir os parênteses ou dupla vírgula.
Exemplos:
Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso agora pois
teremos problemas mais tarde.
Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim.
Agora que você já conhece os sinais e as regras de pontuação, conheça
também a Acentuação Gráfica.
Exercícios
Exercício 1
O texto abaixo precisa de pontuação. Pontue-o adequadamente.
Acordei às oito e pouco da manhã atrasada como sempre e peguei o ônibus
com as minhas amigas Ana Maria e Bia e fomos para a escola
A Ana que gosta de ir à janela pediu para a Maria trocar de lugar com ela a
Maria que estava cheia de calor disse que preferia ficar onde estava ambas
ficaram chateadas logo cedo
Li um cartaz que anunciava Feira de Livros Usados Vamos Mas ninguém me
deu resposta, nem sequer a Bia Que começo de dia
Na escola aulas apresentações de trabalhos Sim, não lembrava que a
professora devolveria as provas corrigidas
Ninguém sai da sala até que eu termine de dizer o resultado de todos
Quando chegou a minha vez
Estou decepcionada
E entregando o meu teste completou Teve o melhor resultado da turma
Acordei às oito e pouco da manhã (atrasada como sempre) e peguei o ônibus
com as minhas amigas: Ana, Maria e Bia e fomos para a escola.
A Ana - que gosta de ir à janela - pediu para a Maria trocar de lugar com ela, a
Maria - que estava cheia de calor - disse que preferia ficar onde estava; ambas
ficaram chateadas logo cedo.
Li um cartaz que anunciava: Feira de Livros Usados. Vamos? Mas ninguém me
deu resposta, nem sequer a Bia. Que começo de dia!
Na escola aulas, apresentações de trabalhos... Sim, não lembrava que a
professora devolveria as provas corrigidas.
— Ninguém sai da sala até que eu termine de dizer o resultado de todos.
Quando chegou a minha vez:
— Estou decepcionada.
E entregando o meu teste completou: — Teve o melhor resultado da turma.
VER RESPOSTA
Exercício 2
Nas frases abaixo há um sinal de pontuação incorreto. Indique.
a) Vou comprar agora mesmo: protetor solar; água e fruta.
b) Preciso saber se você vai almoçar antes de sair?
c) Que susto
d) Maria, você vem com a gente amanhã!
e) Como dizia a minha avó: mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
a) Vou comprar agora mesmo: protetor solar; água e fruta.
b) Preciso saber se você vai almoçar antes de sair.
c) Que susto!
d) Maria, você vem com a gente amanhã?
e) Como dizia a minha avó "mais vale um pássaro na mão do que dois
voando".
VER RESPOSTA
Substantivo
Substantivos simples
casa;
amor;
roupa;
livro;
felicidade.
Substantivos compostos
passatempo;
arco-íris;
beija-flor;
segunda-feira;
malmequer.
Substantivos primitivos
folha;
chuva;
algodão;
pedra;
quilo.
Substantivos derivados
território;
chuvada;
jardinagem;
açucareiro;
livraria.
Substantivos próprios
Flávia;
Brasil;
Carnaval;
Nilo;
Serra da Mantiqueira.
Substantivos comuns
mãe;
computador;
papagaio;
uva;
planeta.
Substantivos coletivos
rebanho;
cardume;
pomar;
arquipélago;
constelação.
Substantivos concretos
mesa;
cachorro;
samambaia;
chuva;
Felipe.
Substantivos abstratos
beleza;
pobreza;
crescimento;
amor;
calor.
o estudante / a estudante;
o jovem / a jovem;
o artista / a artista.
Substantivos sobrecomuns
a vítima;
a pessoa;
a criança;
o gênio;
o indivíduo.
Substantivos epicenos
a formiga;
o crocodilo;
a mosca;
a baleia;
o besouro.
Artigo
Artigos definidos
o;
a;
os;
as.
Artigos indefinidos
um;
uma;
uns;
umas.
Adjetivo
Adjetivos simples
vermelha;
lindo;
zangada;
branco.
Adjetivos compostos
verde-escuro;
amarelo-canário;
franco-brasileiro;
mal-educado.
Adjetivo primitivo
feliz;
bom;
azul;
triste;
grande.
Adjetivo derivado
magrelo;
avermelhado;
apaixonado.
Adjetivos biformes
bonito;
alta;
rápido;
amarelas;
simpática.
Adjetivos uniformes
competente;
fácil;
verdes;
veloz;
comum.
Adjetivos pátrios
paulista;
cearense;
brasileiro;
italiano;
romeno.
Pronome
me;
mim;
comigo;
o;
a;
se;
conosco;
vos.
Pronomes pessoais de tratamento
você;
senhor;
Vossa Excelência;
Vossa Eminência.
Pronomes possessivos
meu;
tua;
seus;
nossas;
vosso;
sua.
Pronomes demonstrativos
este;
essa;
aquilo;
o;
a;
tal.
Pronomes interrogativos
que;
quem;
qual;
quanto.
Pronomes relativos
que;
quem;
onde;
a qual;
cujo;
quantas.
Pronomes indefinidos
algum;
nenhuma;
todos;
muitas;
nada;
algo.
Numeral
Numerais cardinais
um;
sete;
vinte e oito;
cento e noventa;
mil.
Numerais ordinais
primeiro;
vigésimo segundo;
nonagésimo;
milésimo.
Numerais multiplicativo
duplo;
triplo;
quádruplo;
quíntuplo.
Numerais fracionários
um meio;
um terço;
três décimos.
Numerais coletivos
dúzia;
cento;
dezena;
quinzena.
Verbo
Verbos são palavras que indicam, principalmente, uma ação. Podem indicar
também uma ocorrência, um estado ou um fenômeno. Podem ser flexionados
em número (singular e plural), pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso), modo
(indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (passado, presente e futuro),
aspecto (incoativo, cursivo e conclusivo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).
Verbos regulares
cantar;
amar;
vender;
prender;
partir;
abrir.
Verbos irregulares
medir;
fazer;
ouvir;
haver;
poder;
crer.
Verbos anômalos
ser;
ir.
Verbos principais
comer;
dançar;
saltar;
escorregar;
sorrir;
rir.
Verbos auxiliares
ser;
estar;
ter;
haver;
ir.
Verbos de ligação
ser;
estar;
parecer;
ficar;
tornar-se;
continuar;
andar;
permanecer.
Verbos defectivos
falir;
banir;
reaver;
colorir;
demolir;
adequar.
Verbos impessoais
haver;
fazer;
chover;
nevar;
ventar;
anoitecer;
escurecer.
Verbos unipessoais
latir;
miar;
cacarejar;
mugir;
convir;
custar;
acontecer.
Verbos abundantes
aceitado / aceito;
ganhado / ganho;
pagado / pago.
arrepender-se;
suicidar-se;
zangar-se;
queixar-se;
abster-se;
dignar-se.
pentear / pentear-se;
sentar / sentar-se;
enganar / enganar-se
debater / debater-se.
Advérbio
Advérbio de lugar
aqui;
ali;
atrás;
longe;
perto;
embaixo.
Advérbio de tempo
hoje;
amanhã;
nunca;
cedo;
tarde;
antes.
Advérbio de modo
bem;
mal;
rapidamente;
devagar;
calmamente;
pior.
Advérbio de afirmação
sim;
certamente;
certo;
decididamente.
Advérbio de negação
não;
nunca;
jamais;
nem;
tampouco.
Advérbio de dúvida
talvez;
quiçá;
possivelmente;
provavelmente;
porventura.
Advérbio de intensidade
muito;
pouco;
tão;
bastante;
menos;
quanto.
Advérbio de exclusão
salvo;
senão;
somente;
só;
unicamente;
apenas.
Advérbio de inclusão
inclusivamente;
também;
mesmo;
ainda.
Advérbio de ordem
primeiramente;
ultimamente;
depois.
Preposição
Preposições são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre
dois termos da oração. Através de preposições, o segundo termo (termo
consequente) explica o sentido do primeiro termo (termo antecedente). São
invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.
a;
após;
até;
com;
de;
em;
entre;
para;
sobre.
acima de;
a fim de;
apesar de;
através de;
de acordo com;
depois de;
em vez de;
graças a;
perto de;
por causa de.
Conjunção
mas;
porém;
contudo;
todavia;
entretanto;
no entanto;
não obstante.
ou;
ou...ou;
já…já;
ora...ora;
quer...quer;
seja...seja.
logo;
pois;
portanto;
assim;
por isso;
por consequência;
por conseguinte.
que;
porque;
porquanto;
pois;
isto é.
porque;
que;
porquanto;
visto que;
uma vez que;
já que;
pois que;
como.
embora;
conquanto;
ainda que;
mesmo que;
se bem que;
posto que.
se;
caso;
desde;
salvo se;
desde que;
exceto se;
contando que.
conforme;
como;
consoante;
segundo.
a fim de que;
para que;
que.
à proporção que;
à medida que;
ao passo que;
quanto mais… mais,…
como;
assim como;
tal;
qual;
tanto como.
que;
tanto que;
tão que;
tal que;
tamanho que;
de forma que;
de modo que;
de sorte que;
de tal forma que.
Interjeição
Interjeições de alegria
Oh!;
Ah!;
Oba!;
Viva!;
Opa!.
Interjeições de estímulo
Vamos!;
Força!;
Coragem!;
Ânimo!;
Adiante!.
Interjeições de aprovação
Apoiado!;
Boa!;
Bravo!.
Interjeições de desejo
Oh!;
Tomara!;
Oxalá!.
Interjeições de dor
Ai!;
Ui!;
Ah!;
Oh!.
Interjeições de surpresa
Nossa!;
Cruz!;
Caramba!;
Opa!;
Virgem!;
Vixe!.
Interjeições de impaciência
Diabo!;
Puxa!;
Pô!;
Raios!;
Ora!.
Interjeições de silêncio
Psiu!;
Silêncio!.
Interjeições de alívio
Uf!;
Ufa!;
Ah!.
Interjeições de medo
Credo!;
Cruzes!;
Uh!;
Ui!.
Interjeições de advertência
Cuidado!;
Atenção!;
Olha!;
Alerta!;
Sentido!.
Interjeições de concordância
Claro!;
Tá!;
Hã-hã!.
Interjeições de desaprovação
Credo!;
Francamente!;
Xi!;
Chega!;
Basta!;
Ora!.
Interjeições de incredulidade
Hum!;
Epa!;
Ora!;
Qual!.
Interjeições de socorro
Socorro!;
Aqui!;
Piedade!;
Ajuda!.
Interjeições de cumprimentos
Olá!;
Alô!;
Ei!;
Tchau!;
Adeus!.
Interjeições de afastamento
Rua!;
Xô!;
Fora!;
Passa!.
Advérbio
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivoou outro advérbio.
São flexionados em grau (comparativo e superlativo) e divididos em: advérbios de
modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida.
Classificação dos Advérbios
De acordo com a circunstância que os advérbios exprimem nas frases, eles
podem ser:
Advérbio de Modo
Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, devagar, acinte, debalde e
grande parte das palavrasque terminam em "-mente": cuidadosamente,
calmamente, tristemente, dentre outros.
Exemplos:
Fui bem na prova.
Estava andando depressa por causa da chuva.
Advérbio de Intensidade
Muito, demais, pouco, tão, quão, demasiado, bastante, imenso, demais, mais,
menos, quanto, quase, tanto, assaz, tudo, nada, todo.
Exemplos:
Comeu demasiado naquele almoço.
Ela gosta bastante dele.
Advérbio de Lugar
Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo, embaixo, acima, adentro, dentro,
afora, fora, defronte, atrás, detrás , atrás, além, aquém, antes, algures,
nenhures, alhures, aonde, longe, perto.
Exemplos:
Minha casa é ali.
O livro está embaixo da mesa.
Advérbio de Tempo
Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, amiúde, antes, ontem, tarde, breve, cedo,
depois, enfim, entrementes, ainda, jamais, nunca, sempre, doravante, outrora,
primeiramente, imediatamente, antigamente, provisoriamente, sucessivamente,
constantemente.
Exemplos:
Ontem estivemos numa reunião de trabalho.
Sempre estamos juntos.
Advérbio de Negação
Não, nem, tampouco, nunca, jamais.
Exemplos:
Jamais reatarei meu namoro com ele.
Não saiu de casa naquela tarde.
Advérbio de Afirmação
Sim, deveras, indubitavelmente, decididamente, certamente, realmente,
decerto, certo, efetivamente.
Exemplos:
Certamente passearemos nesse domingo.
Ele gostou deveras do presente de aniversário.
Advérbio de Dúvida
Possivelmente, provavelmente, acaso, porventura, quiçá, será, talvez,
casualmente.
Exemplos:
Provavelmente irei ao banco.
Quiçá chova hoje.
Veja também as Classificação dos Advérbios.
Flexão dos Advérbios
Os advérbios são consideradas palavras invariáveis pois não sofrem flexão
de número (singular e plural) e gênero (masculino, feminino); porém, são
flexionadas nos graus comparativo e superlativo.
Grau Comparativo
No Grau Comparativo, o advérbio pode caracterizar relações de igualdade,
inferioridade ou superioridade.
1. Igualdade: formado por "tão + advérbio + quanto" (como), por exemplo: Joaquim é tão
baixo quanto Pedro.
2. Inferioridade: formado por "menos + advérbio + que" (do que), por exemplo: Joana
é menos alta que Sílvia.
3. Superioridade:
analítico: formado por "mais + advérbio + que" (do que), por exemplo: Ana é mais
alta que Carolina.
sintético: formado por "melhor ou pior que" (do que), por exemplo: Paula tirou
notamelhor que Júlia na prova.
Grau Superlativo
No Grau Superlativo, o advérbio pode ser:
1. Analítico: quando acompanhado de outro advérbio, por exemplo: Isabel fala muito
baixo.
2. Sintético: quando é formado por sufixos, por exemplo: Isabel fala baixíssimo.
Curiosidades
Há também os advérbios que exprimem exclusão (só, somente, salvo, exclusivamente,
apenas), inclusão (também, inclusivamente, ainda, mesmo, até) e ordem (ultimamente,
depois, primeiramente).
Os Advérbios Interrogativos são utilizados nas interrogações diretas e indiretas
relacionados com as circunstâncias de modo, tempo, lugar e causa. São eles: quando,
como, onde, aonde, donde e por que.
As locuções adverbiais são duas ou mais palavras que exercem a função de advérbio,
por exemplo, às pressas, passo a passo, de longe, hoje em dia, de vez em quando,
dentre outras.
Tipos de frases
Os tipos de frases são cinco: exclamativas, declarativas, imperativas,
interrogativas e optativas.
A intencionalidade do discurso é manifestada através dos diferentes tipos de
frases. Para tanto, os sinais de pontuação que as acompanham auxiliam para
expressar o sentido de cada uma delas.
Frases exclamativas
As frases exclamativas são empregadas quando o emissor quer manifestar
emoção. São sinalizadas com ponto de exclamação:
Puxa!
Que sorvete gostoso!
Até que enfim!
Frases declarativas
As frases declarativas representam a constatação de um fato pelo emissor.
Levam ponto final e podem ser afirmativas ou negativas.
Declarativas afirmativas:
O documento foi enviado ontem.
Gosto de comida apimentada.
As matrículas começam hoje.
Declarativas negativas:
O documento não foi enviado ontem.
Não gosto de comida apimentada.
As matrículas não começam hoje.
Frases imperativas
As frases imperativas são utilizadas para emissão de ordens, conselhos e
pedidos. Levam ponto final ou ponto de exclamação e também podem ser
afirmativas ou negativas.
Imperativas afirmativas:
Desista!
Vá por ali.
Siga-me!
Imperativas negativas:
Não desista!
Não vá por ali.
Não me siga!
Frases interrogativas
As frases interrogativas ocorrem quando o emissor faz uma pergunta na
mensagem. Podem ser diretas ou indiretas.
As interrogativas diretas devem ser sinalizadas com ponto de interrogação,
enquanto as interrogativas indiretas levam ponto final.
Interrogativas diretas:
Aceita um café?
Escreveu o discurso?
O prazo terminou?
Interrogativas indiretas:
Gostaria de saber se deseja um café.
Quero saber se o discurso está feito.
Precisava saber se o prazo terminou.
Frases optativas
As frases optativas expressam um desejo e são sinalizadas com ponto de exclamação:
Que Deus te abençoe!
Espero que dê tudo certo!
Muita sorte para a nova etapa!
De maneira resumida, o sujeito é o termo que representa o ser sobre o qual se faz
referência e o predicado, é o termo que contém o verbo e representa aquilo que se diz do
sujeito.
Período Simples
É aquele formado por apenas uma oração. Exemplos:
Período Composto
É aquele formado por duas ou mais orações. Exemplos:
Sofia, que é a melhor aluna de Português, não conseguiu atingir um bom resultado na
prova.
Embora ela fosse teimosa, continuou ouvindo os conselhos dos mais velhos.
O período termina sempre por uma pausa, que se marca na escrita com ponto, ponto de
interrogação, reticências ou dois pontos. É importante saber que a oração que forma o
período simples é denominada de oração absoluta, já que ela é única. Além disso, todo o
período simples ou oração absoluta corresponde a uma frase.
Complemento Nominal
O complemento nominal é o termo da oração que é ligado ao sujeito, predicativo,
objetivo direto, o objeto indireto, o agente da passiva, o adjunto adverbial, o aposto ou
ao vocativo.
O complemento nominal liga-se ao substantivo, adjetivo ou advérbio por intermédio de
uma preposição.
Exemplo 1:
A mulher tinha necessidade de medicamentos.
Nome (substantivo): necessidade
Complemento nominal: de medicamentos.
Exemplo 2:
Esta conduta é prejudicial à saúde.
Nome (adjetivo): prejudicial
Complemento nominal: à saúde.
Exemplo 3:
Decidiu favoravelmente ao acusado.
Nome (advérbio): favoravelmente
Complemento nominal: ao acusado.
O núcleo do complemento nominal, em geral, é representado por um substantivo ou
palavra com valor de substantivo. O pronome oblíquo também pode representar um
complemento nominal deixando a preposição implícita no pronome.
Exemplo:
Andar a pé lhe era agradável. (era agradável a ele)
Complemento nominal: Lhe
Quando houver um período composto, a função do complemento nominal pode agir na
oração com valor de substantivo. Nos casos em que isso ocorre, a denominação é de
oração substantiva completiva nominal.
Exemplo:
Tinha a necessidade de que o socorressem.
Complemento nominal: de que o socorressem.
Oração: Tinha necessidade
Agente da Passiva
O agente da passiva é o complemento preposicionado que representa o ser que pratica a
ação expressa por um verbo na voz passiva.
Exemplo:
A criança foi orientada pelo professor.
Sujeito: A criança
Verbo na voz passiva: pelo professor.
Transposição da Voz Passiva para a Voz Ativa
O agente da passiva é o sujeito na voz ativa. O objeto direto da voz ativa passa a sujeito
da voz passiva.
Complemento Verbal
Objeto Direto
O objeto direto é o complemento de um verbo transitivo direto sem preposição
obrigatória. Ele indica o ser para a qual se dirige a ação verbal. Pode ser apresentado por
substantivo, pronome, numeral, palavra ou expressão substantivada ou oração
substantiva.
Exemplo:
Algumas pessoas tomam vinho.
Sujeito: Algumas pessoas
Verbo transitivo direto: tomam
Objeto direto: vinho
Objeto Direto Preposicionado
Ocorre quando o objeto direto vem regido por preposição.
Exemplos:
Nunca enganaram a mim.
Objeto direto preposicionado: a mim.
Verbo transitivo direto: enganaram
Objeto Indireto
O objeto indireto completa a significação de um verbo e vem sempre acompanhado de
preposição. Pode ser representado por substantivo ou palavra substantivada, pronome,
numeral, expressão substantivada ou oração substantiva.
Exemplo:
Amélia acredita em discos voadores.
Sujeito: Amélia
Verbo transitivo direto: em discos voadores.
Nos casos de Pronome Oblíquo
Há casos em que os pronomes oblíquos assumem a função de complementos verbais.
Exemplo:
A proposta interessava-lhe.
Objeto indireto: lhe
Verbo transitivo indireto: interessava-lhe.
Aposto
O aposto é o nome que se dá ao termo que exemplifica ou especifica melhor outro de
valor substantivo ou pronominal, já mencionado anteriormente na oração.
Geralmente, a pausa entre um termo e outro vem separado dos demais termos da oração
por vírgula, dois pontos, parênteses ou travessão.
Exemplos:
Maria, irmã de Bernadete, vendeu todos seus bordados.
Gosto de tudo o que servem no restaurante: os peixes, as carnes e as sobremesas.
A Semana Santa de Sevilla (maior festa religiosa da Europa) é um dos eventos mais
procurados pelos turistas na época das celebrações pascais.
Chico Buarque — um dos maiores compositores da música brasileira — lançou outra obra
literária.
Tipos de aposto
Segundo a intenção do discurso o aposto pode ser classificado em:
1. Explicativo
Oferece uma explicação sobre o termo anterior:
A geografia, estudo da terra, é uma disciplina fundamental do currículo escolar.
Júlia, dos Recursos Humanos, pediu para você preencher essas fichas.
2. Distributivo
Retoma as explicações sobre os termos, contudo, de maneira separada na oração:
Vitória e Luís foram os vencedores, aquela na corrida e este no atletismo.
Adoro João e Maria, um exemplo de calma e a outra, de agitação.
3. Enumerativo
Enumera as explicações sobre o termo, sendo separado por vírgulas:
Na bolsa levava o que precisava: roupas, biquínis e toalhas.
O programa de hoje é: praia, pizza e cinema.
4. Comparativo
Compara o termo da oração:
A garota, que parecia desacordada, foi levada para o hospital.
Do doce, manjar dos deuses, não tinha sobrado nada.
5. Resumidor ou recapitulativo
Resume os termos anteriores do enunciado:
Saúde, educação e acesso à cultura, tudo isso são prioridades para a melhoria de um
país.
Paz e sossego, esses são os meus desejos para as férias.
6. Especificativo
Especifica um termo da oração:
A aluna Joana continua se nos surpreender.
A avenida Paulista é lindíssima.
7. Aposto de oração
Consiste numa oração que depende da outra em termos sintáticos:
Os bolos ficaram lindos e saborosos, fruto da sua técnica e dedicação.
As coisas correram mal, desfecho inevitável.
Aposto e Vocativo
Muito comum haver confusão entre o aposto e o vocativo. Porém, enquanto o aposto
explica um termo anterior dito no enunciado, o vocativo, é um chamamento, uma
invocação ou pode caracterizar uma pessoa que chama pela outra no enunciado.
Além disso, o vocativo corresponde a um termo que não possui relação sintática com
outro termo da oração de forma que não faz parte nem do sujeito e nem do predicado.
Enquanto isso, o aposto mantém relação sintática com outros termos da oração.
Exemplos:
Moisés, venha jantar! (Vocativo)
Moisés, o profeta religioso, é considerado o grande libertador dos judeus. (Aposto)
Exercícios com Gabarito
1. (UNESP) "Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição da
família, célula da sociedade." O trecho destacado é:
a) complemento nominal
b) vocativo
c) agente da passiva
d) objeto direto
e) aposto
Alternativa e: aposto.
2. (Fundação Carlos Chagas) Dê a função sintática do termo em destaque em: "Uniu-se
à melhor das noivas, a Igreja, e oxalá vocês se amem tanto."
a) aposto
b) adjunto adnominal
c) adjunto adverbial
d) pleonasmo
e) vocativo
Alternativa a: aposto.
3. (Faculdade Tibiriçá-SP) Na oração "José de Alencar, romancista brasileiro, nasceu
no Ceará", o termo destacado exerce a função sintática de:
a) aposto
b) vocativo
c) predicativo do objeto
d) complemento nominal
e) n.d.a
Alternativa a: aposto.
Adjunto Adverbial
O adjunto adverbial é o termo que se refere ao verbo, ao adjetivoe ao advérbio.
Classificação
Dependendo do uso, eles são classificados em diversos tipos:
Adjunto Adverbial de Modo
Bem, mal, melhor, pior, assim, diferente, igual, felizmente e quase todos terminados em
"mente"
Ex: Felizmente, a criança chegou.
Adjunto Adverbial de Tempo
Hoje, amanhã, ontem, cedo, tarde, ainda, agora
Ex: Ontem jantamos juntos.
Adjunto Adverbial de Intensidade
Muito, pouco, mais, menos, bastante, extremamente, intensamente
Ex: Gostamos muito da apresentação.
Adjunto Adverbial de Negação
Não, nunca, jamais
Ex: Não estamos na mesma classe.
Adjunto Adverbial de Afirmação
Sim, certamente, realmente
Ex: Certamente faremos o curso.
Adjunto Adverbial de Dúvida
Talvez, acaso, provavelmente
Ex: Provavelmente chegarei atrasada.
Adjunto Adverbial de Finalidade
A fim de, para
Ex: Eu me esforcei para a prova.
Adjunto Adverbial de Matéria
De, a partir de
Ex: O caderno é feito de papel reciclado.
Adjunto Adverbial de Lugar
Aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, embaixo, dentro, fora, longe, perto, em cima, em casa
Ex: Ficamos em casa.
Adjunto Adverbial de Meio
Por, a, de, entre
Ex: Viajamos de carro.
Adjunto Adverbial de Concessão
Todavia, contudo, se bem que, apesar disso
Ex: Saímos, apesar da neve
Adjunto Adverbial de Argumento
Chega de, basta de
Ex: Chega de brigas.
Além disso, há os advérbios que indicam:
Companhia (Jantamos com a família);
Causa (O pássaro morreu de fome);
Assunto (eles falavam sobre você);
Instrumento (Ela se feriu com o garfo),
Fenômeno da Natureza (O Japão foi atingido por um terremoto);
Paladar (O maracujá estava azedo);
Sentimento (Natália estava triste);
Preço (Compramos a boneca por 50 reais);
Oposição (O flamengo jogará com o fluminense);
Acréscimo (Além da tristeza, sentia muita dor);
Condição (Sem aulas, não haverá prova).
VEJA TAMBÉM: Adjunto Adnominal
Locuções Adverbiais
A locuções adverbiais são duas ou mais palavras, geralmente introduzidas por
uma preposição, que correspondem a um advérbio.
Tempo: de dia, de manhã, de noite, à noite, à tarde, às vezes, por vezes, em breve, de quando
em quando, de vez em quando, de tempos a tempos.
Lugar: por ali, por aqui, por dentro, por fora, por perto, à direita, à esquerda, à distância, ao
lado, ao largo, em cima, de cima, de dentro, para dentro, de fora, de longe, de perto, embaixo,
para onde.
Modo: à pressa, à toa, à vontade, às avessas, às claras, às direitas, às escuras, ao acaso, a sós, a
custo, a torto e a direito, ao contrário, de bom grado, de cor, de má vontade, em geral, em
silêncio, em vão.
Intensidade: de muito, de pouco, de todo.
Afirmação: com certeza, com efeito, de facto, na verdade, sem dúvida, claro que sim.
Negação: de maneira nenhuma, de modo algum, de forma alguma.
Dúvida: se possível, quem sabe, ao acaso
Adjunto Adnominal
Adjunto adnominal é o termo acessório da oração que tem a função de caracterizar ou
determinar um substantivo. Isso pode ser feito através de artigos, adjetivos e outros
elementos que desempenhem a função adjetiva.
Exemplo:
As melhores receitas foram deixadas pelos nossos avós.
Sujeito: As melhores receitas
Núcleo do sujeito: receitas
As (artigo), melhores (adjetivo) são os adjuntos adnominais do substantivo receita.
Predicado: foram deixadas pelos nossos avós
Agente da passiva: pelos nossos avós
Núcleo do agente da passiva: avós
Os (artigo) da contração por + os é adjunto adnominal de avós. O mesmo acontece com
nossos (pronome adjetivo): os e nossos referem-se aos avós.
Como vemos, um único substantivo pode ser caracterizado ou determinado por vários
adjuntos adnominais. Neste caso: as, melhores, os e nossos são todos adjuntos
adnominais.
Adjunto adnominal e Complemento nominal
O adjunto adnominal se refere somente a substantivos, enquanto o complemento
nominal, a nomes (substantivos, adjetivos e advérbios).
A melhor forma de afastar a dúvida quanto se um termo é adjunto adnominal ou
complemento nominal é através dos sentidos ativo e passivo que carregam.
ativo: adjunto adnominal
passivo: complemento nominal
Exemplo:
Os elogios da diretora aos estudantes.
Adjunto adnominal: os, da diretora.
Complemento nominal: aos estudantes.
Isso porque a diretora fez os elogios (sentido ativo), enquanto os alunos os receberam
(sentido passivo).
Adjunto adnominal e Predicativo
Por vezes, também é comum confundir o adjunto adnominal com o predicativo.
Neste caso, substitua o substantivo (núcleo do termo) por um pronome substantivo. Se o
elemento que caracteriza esse substantivo for retirado, esse elemento é adjunto
adnominal.
Exemplo:
O recente método de avaliação beneficia os alunos irresponsáveis.
Sujeito: O recente método de avaliação
Predicado: beneficia os alunos irresponsáveis
Ele os beneficia.
Sujeito: Ele
Predicado: os beneficia
Adjuntos adnominais: o, recente, de avaliação, os, irresponsáveis
Exercícios
1. (UFPR) Em 'Ele morreu de fome', a expressão sublinhada classifica-se como:
a) adjunto adnominal
b) aposto
c) adjunto adverbial
d) vocativo
Alternativa c: adjunto adverbial
2. (UFMG) A propósito do trecho que segue, aponte a classificação correta referente ao
termo em destaque:
“Minha bela Marília, tudo passa,
A sorte deste mundo é mal segura
Se vem depois dos males a ventura
Vem depois dos prazeres a desgraça”.
(Tomás Antônio Gonzaga.)
a) vocativo
b) sujeito
c) aposto
d) adjunto adnominal
Alternativa a: vocativo
3. (UFSC) Observe os períodos abaixo e assinale a alternativa em que o lhe funciona
como adjunto adnominal:
a) “… anunciou-lhe: Filho, amanhã vais comigo.”
b) O peixe cai-lhe na rede.
c) Ao traidor, não lhe perdoaremos jamais.
d) Comuniquei-lhe o fato ontem pela manhã.
e) Sim, alguém lhe propôs emprego.
Alternativa b: O peixe cai-lhe na rede.
4. (FCMSC-SP) Observe as duas frases seguintes:
I - O proprietário da farmácia saiu.
II - O proprietário saiu da farmácia.
Sobre elas são feitas as seguintes considerações:
I - Na I, "da farmácia" é adjunto adnominal.
II - Na II, "da farmácia" é adjunto adverbial.
III - Ambas as frases têm exatamente o mesmo significado.
IV - Tanto em I como em II, "da farmácia" tem a mesma função sintática.
Destas quatro considerações:
a) apenas uma é verdadeira.
b) apenas duas são verdadeiras.
c) apenas três são verdadeiras.
d) as quatro são verdadeiras.
Alternativa b: apenas duas são verdadeiras.
Concordância Verbal e Nominal
Concordância verbal e nominal é a parte da gramática que estuda a conformidade
estabelecida entre cada componente da oração.
Enquanto a concordância verbal se ocupa da relação entre sujeito e verbo, a
concordância nominal se ocupa da relação entre as classes de palavras:
concordância verbal = sujeito e verbo
concordância nominal = classes de palavras
Exemplo: Nós estudaremos regras e exemplos complicados juntos.
Na oração acima, temos esses dois tipos de concordância:
Ao concordar o sujeito (nós) com o verbo (estudaremos), estamos diante de um caso de
concordância verbal.
Já, quando os substantivos (regras e exemplos) concordam com o adjetivo
(complicados), estamos diante de um caso de concordância nominal.
VEJA TAMBÉM: Classes de Palavras
Concordância Verbal
1. Sujeito composto antes do verbo
Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no
plural.
Exemplo:
Maria e José conversaram até de madrugada.
2. Sujeito composto depois do verbo
Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no plural
como pode concordar com o sujeito mais próximo.
Exemplos:
Discursaram diretor e professores.
Discursou diretor e professores.
3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes
Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo
também deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível
gramatical, tem prioridade.
Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª
tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles).
Exemplos:
Nós, vós e eles vamos à festa.
Tu e ele falais outra língua?
Concordância Nominal
1. Adjetivos e um substantivo
Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos devem concordar
em gênero e número com o substantivo.
Exemplo:
Adorava comida salgada e gordurosa.
2. Substantivos e um adjetivo
No caso inverso, ou seja, quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo,
há duas formas de concordar:
2.1. Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o
substantivo mais próximo.
Exemplo:
Linda filha e bebê.
2.2. Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o
substantivo mais próximo ou com todos os substantivos.
Exemplos:
Pronúncia e vocabulário perfeito.
Vocabulário e pronúncia perfeita.
Pronúncia e vocabulário perfeitos.
Vocabulário e pronúncia perfeitos.
Exercícios com Gabarito
1. (Mackenzie) Há uma concordância inaceitável de acordo com a gramática:
I. Os brasileiros somos todos eternos sonhadores.
II. Muito obrigadas! – disseram as moças.
III. Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada.
IV. A pobre senhora ficou meio confusa.
V. São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso.
a) em I e II
b) apenas em IV
c) apenas em III
d) em II, III e IV
e) apenas em II
Alternativa c: apenas em III.
2. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo
com a norma culta:
a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.
Alternativa c: Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
3. (Mackenzie) Indique a alternativa em que há erro:
assistir a;
obedecer a;
avisar a;
agradar a;
morar em;
apoiar-se em;
transformar em;
morrer de;
constar de;
sonhar com;
indignar-se com;
ensaiar para;
apaixonar-se por;
cair sobre.
favorável a;
apto a;
livre de;
sedento de;
intolerante com;
compatível com;
interesse em;
perito em;
mau para;
pronto para;
respeito por;
responsável por.
Colocação Pronominal
A Colocação Pronominal respeita aos três tipos de posição que os pronomes átonos me,
te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes podem ocupar na oração:
Próclise - o pronome é colocado antes do verbo.
Mesóclise - o pronome é colocado no meio do verbo.
Ênclise - o pronome é colocado depois do verbo.
Embora existam regras, a colocação dos pronomes está pendente de fatores como por
exemplo, o ritmo, a ênfase e o estilo.
Uso da Próclise
1. Orações negativas, que contenham palavras tais como não, ninguém, nunca.
Exemplos:
Não o quero aqui.
Nunca o vi assim.
2. Pronomes relativos, indefinidos ou demonstrativos.
Exemplos:
Foi ela que o fez.
Alguns lhes deram maus conselhos.
Isso me lembra algo.
3. Verbos antecedidos por advérbios ou expressões adverbiais, exceto quando haja
vírgula depois do advérbio, uma vez que dessa forma o advérbio deixa de atrair o
pronome.
Exemplos:
Ontem me disseram que havia greve hoje.
Agora, descansa-se.
4. Orações exclamativas e orações que exprimam desejo de que algo aconteça.
Exemplos:
Deus nos dê forças.
Oxalá me dês a boa notícia.
5. Orações com conjunções subordinativas.
Exemplos:
Embora se sentisse melhor, saiu.
Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.
6. Verbo no gerúndio regido da preposição em.
Exemplos:
Em se tratando de confusão, ele está presente.
Em se decidindo pelo churrasco, eu trato da carne.
7. Orações interrogativas.
Exemplos:
Quando te deram a notícia?
Quem te presenteou?
Leia também Quando Usar a Próclise.
Uso da Mesóclise
A Mesóclise é possível apenas com verbos do Futuro do Presente ou do Futuro do
Pretérito. Se houver palavra atrativa, todavia, dá-se preferência ao uso da Próclise.
Exemplos:
Orgulhar-me-ei dos meus alunos.
Orgulhar-me-ia dos meus alunos.
Uso da Ênclise
Quando o uso da Próclise e da Mesóclise não for possível, usa-se a Ênclise. A colocação
de pronome depois do verbo é atraída pelas seguintes situações:
1. Verbo no imperativo afirmativo.
Exemplos:
Depois de terminar, chamem-nos.
Para começar, joguem-lhes a bola!
2. Verbo no infinitivo impessoal.
Exemplos:
Gostaria de pentear-te a minha maneira.
O seu maior sonho é casar-se.
3. Verbo inicia a oração.
Exemplos:
Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo.
Acordei e surpreendi-me com o café da manhã.
4. Verbo no gerúndio (sem a preposição em, pois quando regido pela preposição em
deve ser usada a Próclise).
Exemplos:
Vive a vida encantando-me com as suas surpresas.
Faço sempre bolos diferentes experimentando-lhes ingredientes novos.
Com Locução Verbal
Nos exemplos acima existe apenas um verbo atraindo o pronome.
Agora, vejamos como ocorre a colocação do pronome nas locuções verbais. Lembrando
que as regras citadas para os verbos na forma simples devem ser seguidas.
1. Usa-se a Ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal nas locuções
verbais em que o verbo principal está no infinitivo ou no gerúndio.
Exemplos:
Devo explicar-te o que se passou
Devo-lhe explicar o que se passou.
2. Caso não haja palavra que atraia a Próclise, usa-se a Ênclise depois do verbo auxiliar
em que o verbo principal está no particípio.
Exemplos:
Foi-lhe explicado como deveria agir.
Tinha-lhe feito as vontades se não tivesse sido mal criado.
Pronome Se e Suas Funções
O pronome "se" pode ter a função de objeto direto ou, por vezes, de objeto indireto em
orações em cuja voz verbal é reflexiva.
Exemplos:
Queimou-se quando estava preparando o jantar.
Animou-se para ir à festa.
O pronome "se" também pode ter a função de sujeito indeterminado.
Exemplos:
Procura-se cãozinho.
Alugam-se casas.
O pronome "se" pode, ainda, ter a função de simplesmente realçar o discurso.
Exemplos:
Lá se vai a minha chance de ganhar na loto.
Foi-se embora sem dizer nada.
Quer saber mais? Leia:
Pronomes Reflexivos
Vozes Verbais
Verbos Pronominais
Exercícios de Pronomes
Exercícios de regência verbal
Exercícios
Corrija as orações incorretas.
a) Rapidamente atendem-nos se formos simpáticos.
b) Te chamei há horas.
c) Quanto mais o critica, menos ele trabalha.
d) Quantos disseram-te a mesma coisa?
e) Queria lhe dizer que não posso ir à reunião de amanhã.
f) Ninguém vai te ouvir.
g) Continuo elogiando-lhe o seu comportamento.
h) Teria me dado tudo se eu fosse fiel.
i) Isto traz-me boas recordações.
j) Quem me dera!
k) Acordem-me quando chegarem.
l) Chegou à casa e se trancou no quarto.
a) Rapidamente nos atendem se formos simpáticos.
b) Chamei-te há horas.
d) Quantos te disseram a mesma coisa?
e) Queria dizer-lhe que não posso ir à reunião de amanhã.
f) Ninguém te vai ouvir.
i) Isto me traz boas recordações.
l) Chegou à casa e trancou-se no quarto.
Estrutura e formação das palavras
Embora utilizemos as palavras como um todo significativo, elas são formadas
por estruturas menores, com significados próprios. Além disso, existem
diferentes processos que contribuem para a formação das palavras.
radical e raiz;
vogal temática;
tema;
desinências;
afixos;
vogais e consoantes de ligação.
Temas verbais:
estudar (estuda-r)
atender (atende-r)
assumir (assumi-r)
Tema É a junção do radical com
uma vogal temática.
Temas nominais:
casas (casa-s)
carros (carro-s)
pares (pare-s)
-o = masculino
Indicam as flexões que uma -a = feminino
palavra pode apresentar: -s = plural
em número; -va = pretérito imperfeito do
Desinências em gênero; indicativo
em modo; -sse = pretérito imperfeito do
em tempo; subjuntivo
em número; -mos = 1.ª pessoa do plural
em pessoa. -m = 3.ª pessoa do plural
Prefixos:
São prefixos e sufixos que se
descontente (des- + contente)
juntam a uma palavra para
impossível (im- + possível)
Afixos formar uma nova palavra.
Sufixos:
Prefixos = antes do radical
cantar (canto + -ar)
Sufixos = depois do radical
somente (so + -mente)
Morfemas Caracterização Exemplos
Análise de morfemas
Avissássemos
aviss-á-sse-mos
aviss (radical)
á (vogal temática)
sse (desinência indicativa do modo e tempo verbal)
mos (desinência indicativa da pessoa e número verbal)
Separação de morfemas
Força
força (forç-a)
forçar (forç-a-r)
forçado (forç-a-do)
forcinha (forc-inh-a)
esforçar (es-forç-a-r)
esforçadamente (es-forç-a-da-mente)
Formação de palavras
derivação prefixal;
derivação sufixal;
derivação parassintética;
derivação regressiva;
derivação imprópria;
composição por justaposição;
composição por aglutinação.
Processos de
Caracterização Exemplos
formação
envernizar
(en- + verniz + -izar)
Acrescenta-se um sufixo e um
Derivação apodrecer
parassintética prefixo a uma palavra já existente. (a- + podre + -ecer)
engordar
(en- + gordo + -ar)
aguardente
Composição Há alteração das palavras
(água + ardente)
por aglutinação formadoras, que se fundem.
vinagre (vinho + acre)
dessarte (dessa + arte)
As palavras "que" e "se" podem exercer inúmeros papéis em uma frase, como
conjunção, pronome, partícula expletiva ou de realce etc.
Pode ser:
Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce função
sintática. Como conjunção, a palavra se pode ser:
⇒ Conjunção subordinativa integrante: inicia uma oração subordinada
substantiva.
Perguntei se ele estava feliz.
⇒ Conjunção subordinativa condicional: inicia uma oração adverbial
condicional (equivale a caso).
Se todos tivessem estudado, as notas seriam boas.
Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase sem prejuízo
algum para o sentido. Nesse caso, a palavra se não exerce função sintática.
Como o próprio nome indica, é usada apenas para dar realce.
Passavam-se os dias e nada acontecia.
Parte integrante do verbo: faz parte integrante dos verbos pronominais.
Nesse caso, não exerce função sintática.
Ele arrependeu-se do que fez.
Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede objeto direto, caracteriza as
orações que estão na voz passiva sintética. É também chamada de pronome
apassivador. Nesse caso, não exerce função sintática.
Vendem-se casas.
Aluga-se carro.
Compram-se joias.
Índice de indeterminação do sujeito: liga-se a um verbo que não é transitivo
direto, tornando o sujeito indeterminado. Não exerce propriamente uma função
sintática. Lembre-se de que, nesse caso, o verbo deve estar na terceira pessoa
do singular.
Trabalha-se de dia.
Precisa-se de vendedores.
Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome pessoal, deve estar
sempre na mesma pessoa do sujeito da oração de que faz parte. Por isso, o
pronome oblíquo se sempre será reflexivo (equivalendo a a si mesmo),
podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
⇒ Objeto direto
Ele cortou-se com o facão.
⇒ Objeto indireto
Ele se atribui muito valor.
⇒ Sujeito de um infinitivo
“Sofia deixou-se estar à janela.”
Principais Mudanças
As Consoantes C, P, B, G, M e T
Ficam consideradas neste caso as especificidades da pronúncia conforme o espaço
geográfico. Ou seja, a grafia é mantida quando há pronúncia é retirada quando não são
pronunciadas.
A manutenção de consoantes não pronunciadas ocorria, principalmente, pelos falantes
de Portugal, que o Brasil há muito havia adaptado a grafia.
Também houve casos da manutenção da dupla grafia, também respeitando a pronúncia.
Ficou decidido que nesses casos, os dicionários da língua portuguesa passarão a
registrar as duas formas em todos os casos de dupla grafia. O fato será esclarecido para
apontar as diferenças geográficas que impõem a oscilação da pronúncia.
Exemplos de consoantes pronunciadas:
Compacto, ficção, pacto, adepto, aptidão, núpcias, etc.
Exemplos de consoantes não pronunciadas:
Acção, afectivo, direcção, adopção, exacto, óptimo, etc.
Exemplos de dupla grafia:
Súbdito e súdito, subtil e sutil, amígdala e amídala, amnistia e anistia, etc.
Acentuação Gráfica
Os acentos gráficos deixam de existir em determinadas palavras oxítonas e paroxítonas.
Exemplos:
Para – na flexão de parar
Pelo – substantivo
Pera – substantivo
Também deixam de receber acento gráfico as paroxítonas com ditongos "ei" e "oi" na
sílaba tônica.
Exemplos:
Assembleia, boleia, ideia.
Cai, ainda, o acento nas palavras paroxítonas com vogais dobradas. Isto ocorreu porque
em palavras paroxítonas ocorre a mesma pronúncia em todos os países de língua
portuguesa.
Exemplos:
Abençoo – flexão de abençoar
Enjoo – flexão de enjoar
Povoo – flexão de povoar
Voo – flexão de voar
Emprego do Hífen
É empregado o hífen nos casos de palavras em que a segunda formação se inicia com a
letra "h". O mesmo vale quando a primeira formação começa com letra igual àquela que
finaliza o prefixo.
Exemplos:
Anti-higiênico, contra-almirante, micro-ondas, hiper-resistente.
Também é empregado o hífen quando o prefixo termina em "m" e o segundo elemento
da palavra começa com vogal.
Exemplo:
Pan-africano
O hífen não é usado:
Nos casos das consoantes "r" e "s" dobradas em "rr" e "ss":
Exemplos:
Ecossistema, microssistema, antirreligioso
O hífen também não é usado nos casos em que o prefixo termina em vogal e o sufixo
começa com uma vogal diferente.
Exemplos:
Antiaéreo, aeroespacial
Trema
O uso do trema (¨) foi abolido.
Exemplo:
Lingüiça - linguiça
O Alfabeto
O alfabeto da língua portuguesa passa a contar com 26 letras, nas suas formas
maiúsculas e minúsculas. Incorpora-se as letras K, Y e W. Fica, assim, então, o alfabeto:
A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z.
Pelas regras do Acordo Ortográfico, além das 26 letras do alfabeto, também são
utilizadas na constituição das palavras:
o ç (cê cedilhado)
os dígrafos: rr (erre duplo), ss (esse duplo), ch (cê -agá), lh (ele -agá), nh (ene -agá), gu (guê -u)
e qu (quê -u).