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ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA COMO VANTAGEM


COMPETITIVA

Ana Lúcia Alves Machado Felix1


Marcelo Gris2

RESUMO

À administração estratégica surgiu a partir da necessidade de uma postura


inovadora, diante dos desafios impostos para as organizações devido à globalização
e o aumento da competitividade. Contudo, os antecedentes históricos da
administração estratégica são relevantes para salientar a grande evolução que vem
ocorrendo acerca do mercado mundial e a indispensável melhoria contínua. Desta
forma, é necessário ter como foco o futuro planejado das organizações, pois o
mercado vive em constante mutação, sendo necessárias respostas rápidas. Nesse
contexto, fez-se uma revisão literária acerca do conceito de administração
estratégica, demonstrando a importância da definição do negócio, a análise externa
e interna em um contexto de relevância para organização, sendo que a análise
SWOT vai ser a processadora das respostas obtidas dessas análises. E assim
possibilitando a escolha da estratégia adequada para as possíveis situações do
mercado competitivo. As organizações devem estar preparadas para as mudanças
que vêm acontecendo, sendo flexíveis e se adaptando rapidamente a elas. Por fim a
administração estratégica vem demonstrando que é o meio adequado de conduzir
as empresas para o sucesso neste procedimento de estar à frente de seus
concorrentes. Assim, para que estas sejam competitivas, devem ser traçadas e
implementadas estratégias na organização.

1
Graduanda em Administração pela Faculdade Guaraí-FAG; Secretária. E-mail:
anapatuense02@hotmail.com
2 Administrador; Especialista em Gestão Pública; Especialista em Gestão de projetos PMI;
Empresário. E-mail: marcelogris@gmail.com
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Palavras-chave: Administração. Estratégia. Vantagem. Competitividade. Mercado.


Organização.

1INTRODUÇÃO

O rápido crescimento e mudanças que vem acontecendo no mundo exigem


das organizações uma maior capacidade de formular e implementar estratégias que
possibilitem superar os crescentes desafios de mercado e atingir seus objetivos
tanto em curto prazo quanto em longo prazo.
Devido às exigências que o mercado vem apontando a cada dia, torna-se
necessária e urgente à utilização da administração estratégica voltada a fortalecer
as competências da organização com vistas à obtenção da vantagem competitiva
diante da concorrência. Qualquer organização consciente ou não, adota uma
estratégia, pois ela necessita estar sempre buscando se sobressair
competitivamente no mercado em que atua para estimular seu senso competitivo,
criando táticas para a inovação.
É de grande relevância para a empresa, que atua em qualquer ramo de
atividade, a criação e a busca de ferramentas que contribuam diretamente na
realização de seus objetivos e metas. Não basta somente mentalizar seus objetivos.
É preciso ter as ferramentas necessárias e adequadas para alcançar o diferencial
competitivo no mundo dos negócios, onde normalmente o seu sucesso vai depender
da sua administração estratégica. Diante dos desafios da competitividade, pergunta-
se: A Administração Estratégica pode ser considerada uma ferramenta capaz de
potencializar os resultados da organização?
A relevância de uma administração minuciosamente focada no diferencial e
no mercado competitivo, atualmente só vem crescendo a cada minuto por
necessidade de estar à frente dos concorrentes.
Em virtude do disposto e considerando a problematização abordada,
estabelece-se como hipóteses: À administração estratégica estabelece nas
organizações necessidades de transformar sua forma de atuação no mercado
buscando a cada dia novas estratégias para se tornarem competitivas; as
organizações se tornarão cada vez mais proativas, se usarem das ferramentas que
a administração estratégica proporciona.
3

O objetivo geral deste artigo é pesquisar sobre a contribuição que a


administração estratégica pode trazer para as organizações como ferramenta capaz
de potencializar resultados. Tendo como objetivos específicos: Descrever o conceito
da administração estratégica no ambiente empresarial; abordar administração
estratégica como maneira adequada de manter as empresas em um processo
evolutivo, dentro de um cenário dinâmico em que se vive; elencar aspectos da
administração estratégica que contribuam para as organizações em geral.
Dentro da Administração estratégica percebe-se a relevância para os
acadêmicos de Administração, contribuindo para a busca de um conhecimento
aguçado, pois esta é base do sucesso para qualquer organização.
O mercado em constante mudança mostra que as empresas precisam estar
sempre se atualizando para manter-se com as “portas abertas”, pois se vivencia um
processo de globalização em que o sistema mercadológico absorve apenas
qualidade e competência.
Com isso, nota-se a importância da organização possuir uma administração
estratégica eficiente e eficaz a fim de inovar e assim, fazer o diferencial no ambiente
empresarial.
Deste modo, é de extrema importância que a organização detenha o
conhecimento necessário para aplicá-la, pois essa ferramenta é de grande
contribuição para minimizar os riscos de fracasso, haja vista a rapidez pela qual se
processam as mudanças na sociedade, principalmente no mundo dos negócios.
A administração estratégica é uma ferramenta gerencial que objetiva prevenir
e ajudar a empresa com relação às mudanças e oportunidades do mercado
oferecendo segurança e confiabilidade na tomada de decisão.
O presente trabalho será fundamentado através de pesquisa bibliográfica e
descritiva, visando o embasamento teórico para a temática em questão, ambas com
enfoque qualitativo.
Realizar-se-á um levantamento das produções clássicas e também
contemporâneas acerca do tema, favorecendo assim a possibilidade de explorar
diversos aspectos relevantes para a elucidação de questões pertinentes na
construção de novos conhecimentos apreendidos.
O Estudo em questão pauta-se basicamente pela busca teórica, com a
exploração bibliográfica, considerada o passo inicial de toda pesquisa científica (GIL,
1993). Justificando a importância da pesquisa bibliográfica, Manzo (2003) apud
4

Marconi; Lakatos (2003, p. 183): “ensina que a bibliografia possibilita definir e


resolver problemas já conhecidos, bem como explorar novas áreas, cujos problemas
não se concretizaram o suficiente”.
Em relação à pesquisa descritiva, certamente ela irá colaborar nas definições
dos objetivos, favorecendo a obtenção de mais informações e descrições precisas
da situação ou contexto a ser descrito. Por isso, requer um planejamento flexível
para possibilitar diversos aspectos de um problema ou de uma situação. (FREITAS,
2000).
Nesse sentido, a pesquisa será realizada por meio de consulta em diversas
fontes disponíveis, tais como: livros, artigos científicos, teses, monografias já
publicadas que possam corroborar com informações referentes ao tema em estudo.
Os resultados obtidos por intermédio da pesquisa bibliográfica auxiliarão no
desenvolvimento de todas as fazes e instâncias da investigação empreendida.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA

Para se consolidar um melhor entendimento da administração estratégica


como vantagem competitiva no mercado, se faz necessário conceituá-la, uma vez
que pode ser definida de várias formas.

Segundo Oliveira (2011, p. 4):

Administração é um sistema estruturado e intuitivo que consolida um


conjunto de princípios, normas e funções para alavancar, harmoniosamente,
o processo de planejamento de situações futuras desejadas e seu posterior
controle de eficiência e produtividade, bem como a organização e a direção
dos recursos empresarias para os resultados esperados.

E para Bateman; Snell (2006, p. 15): “administração é o processo de trabalho


com pessoas e recursos, que visa cumprir as metas de uma organização”.
De acordo com Maximiano (2006, p. 18), administração é: “o processo de
tomar decisões sobre objetivos e utilização de recursos”.
5

Administrar requer conhecimento técnico para poder planejar, dirigir, controlar


e organizar ações visando-se atingir um objetivo. Para tanto, a administração vem,
cada vez mais, aumentando sua ramificação com novas teorias a acerca dos meios,
a fim de obter sucesso no âmbito da organização.
São muitos os fatores que justificam a importância da “estratégia”,
principalmente para o mundo globalizado em constante mudança. A organização
vivencia constantes ameaças por meio das concorrências, sejam regionais,
nacionais ou internacionais, sendo o governo também uma influência constante.
A estratégia não tem um conceito único, por sua amplitude e complexidade no
decorrer da administração estratégica. Portanto, para Las Casas (2011, p. 4) ela é:

O plano para obter os melhores retornos dos recursos, a seleção do tipo de


negócio para se envolver e o esquema para obter uma posição favorável no
mundo dos negócios. É uma proposta para lidar com o mundo mutável dos
negócios.

Quanto ao futuro, é preciso considerar as incertezas, bem como programar-se


e organizar-se o melhor possível para as situações prováveis que nos prepara o
amanhã. Assim, a mutação se faz necessária para se atingir um objetivo, e para isso
deve-se saber claramente as estratégias a serem traçadas em busca do mesmo.
O conceito de estratégia formulado por Lemos; et al. (2012, p. 24) afirma que
ela: “é o caminho que levará a organização de onde está para onde ela quer chegar.
Ela é o conjunto das escolhas que possibilitarão que a empresa alcance os objetivos
que propôs para si”.
A estratégia deve ser o caminho, o meio pelo o qual a organização atingirá o
ponto desejado, de maneira efetiva e com segurança de estar se utilizando o que
realmente é o correto para a empresa.
Michaelson (2003, p. 55) afirma que a estratégia: “é um processo de
planejamento. É a guerra no papel. É fazer a coisa certa. É a busca da vitória antes
da contenda”.
As empresas precisam se antecipar e se preparar para futuras mudanças e,
assim, evitar problemas. Isso pode ser conseguido por meio de planejamento e
desenvolvimento de uma estratégia.
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Seguem alguns conceitos principais que devem ser compreendidos. A


administração estratégica pode ser entendida como um grande diferencial para
competitividade entre as organizações e depois da interação dos conceitos
apresentados é possível definir o que é administração estratégica nas empresas.
Para Oliveira (2011, p. 6):

A administração estratégica é uma administração do futuro que, de forma


estruturada, sistêmica e intuitiva, consolida um conjunto de princípios, normas
e funções para alavancar, harmoniosamente, o processo de planejamento de
situação futura desejada da empresa como um todo e seu posterior controle
perante os fatores ambientais, bem como a organização e direção dos
recursos empresarias de forma otimizada com a realidade ambiental, com a
maximização das relações interpessoais.

O sucesso de uma organização depende da capacidade de planejamento e


implementação de estratégias por parte de seus gestores. É fundamental que os
executivos tenham habilidades para analisar ambientes, estabelecer diretrizes e
formular táticas para competir de forma moderna e estar à frente de seus
concorrentes.
Atualmente se percebe ainda mais a necessidade da empresa ser proativa as
mudanças constantes que vem acontecendo, sejam elas locais ou globais, de forma
diária, devendo-se estar preparado.
Conforme Tavares (2010, p. 22):

A gestão estratégica procura reunir o plano estratégico e sua implementação


em um único processo. Visa assegurar as mudanças organizacionais
necessárias para essa implementação e a participação dos vários níveis
organizacionais envolvidos em seu processo decisório. Corresponde, assim,
ao conjunto de atividades intencionais e planejadas, estratégicas,
operacionais e organizacionais, que visa adequar e integrar a capacidade
interna da organização ao ambiente externo.

Faz-se necessária uma administração evolutiva coerente com a


modernização mundial. E por acompanhar essa evolução constante, a
competitividade existente se tornou mais fácil, mais simplificada para o
entendimento, porém, mais desafiadora, exigindo um grande conhecimento e muitas
informações.
A administração estratégica é um processo participativo, Assim, torna-se
óbvio que cada vez mais é imprescindível a participação de todos em função do
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objetivo organizacional, distanciando-se cada vez mais da administração tradicional.


Ela também oferece segurança na tomada de decisão por sua interação com o
ambiente externo.
Segundo Teixeira; et al. (2010, p. 15):

A gestão estratégica pressupõe a necessidade de um processo decisório


que ocorrerá antes, durante e depois de sua elaboração e implementação
na empresa. Toda a atividade de gestão nas organizações, por sua
natureza, resultará de decisões presentes, tomadas a partir do exame do
seu impacto no futuro, o que lhe proporciona uma dimensão temporal de
alto significado.

Por sua vez a administração estratégica torna-se necessária na sustentação


competitiva dos negócios. Sendo assim, é papel da gestão estratégica, “A
elaboração de recomendações que sirvam de guia para os processos de mudança
organizacional em direção ao sucesso competitivo”. (BULGACOV, 2007, p. 19).
O papel da gestão estratégica na organização é justamente o de conduzir as
mudanças que serão necessárias em qualquer ambiente organizacional, em busca
do diferencial para se sobreviver no mundo dos negócios. Não basta somente querer
atingir um alvo, deve-se ter estudado a maneira de atingi-lo, traçar estratégias e
fazer sua implantação.

2.2 ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA

A abordagem do planejamento estratégico ganhou amplitude, profundidade


e complexidade, dando origem à administração estratégica. Para um melhor
entendimento da evolução que ocorreu acerca da administração estratégica veja no
quadro a baixo.
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Tabela 1–Evolução da Gestão Estratégica

Evolução da Gestão Estratégica

Anos 1970

Anos 1980

Anos 1990

Após 2000
1950e
Anos

160

Planejamento Planejamento Planejamento Gestão Gestão do


Financeiro a longo prazo estratégico estratégica conhecimento
Flexibilidade
Pensamento Globalização
Ênfase na
estratégico Mercado
informação
Abrangência

Análise das mundial


Projeção de Conhecimento
mudanças no Trabalhos
Orçamento tendências como recurso
ambiente gerais
anual Análise de crítico
Análise das Era digital
lacunas Integração de
forças e das Habilidade e
processos,
fraquezas da competências
pessoas e
organização gerenciais
recursos
Ênfase

Integrar
Cumprimento Projetar o Definir a Poder de
estratégias
do orçamento futuro estratégia informação
organização
Dissociação
Orientado pela entre
Prob.

Não previsão Amplitude de Excesso de


disponibilidade planejamento
de mudança controle informação
financeira e
implementação
Fonte: Sertek; Guindani; Martins (2007, p. 38).

No quadro acima se percebe que a administração estratégica teve sua


evolução por a necessidade de algo que pudesse acompanhar o excesso de
mudanças que ocorriam rapidamente no mercado mundial. O conhecimento e a
informação se tornaram, com o passar dos anos, cada dia mais fundamentais para a
administração estratégica.

No inicio, a estratégia era suficiente, depois o planejamento estratégico, com


o passar dos anos desejava respostas rápidas, alguma coisa inovadora, não era o
suficiente só planejar, ou seja, era necessário ter o plano certo, a maneira correta de
colocá-lo em prática, com agilidade e flexibilidade, surgindo então à administração
estratégica.
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2.3 ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA COMO FERRAMENTA COMPETITIVA

Em um contexto atual, turbulento e com elevada concorrência é inconcebível


direcionar uma organização sem uma administração estratégica. Neste sentido, ela
procura criar uma mentalidade crítica aos procedimentos vigentes focando a
necessidade da melhoria contínua, para alcançar a vantagem competitiva.
Vantagem competitiva segundo Serra; et al. (2012, p. 32): “resultado
necessário do conjunto de recursos e das qualidades para uma empresa alcançar
um desempenho superior ao de seus concorrentes”.
Oliveira menciona que vantagem competitiva (2011, p. 80) é: “a identificação
dos produtos ou serviços e dos mercados nos quais a empresa está, realmente,
capacitada para atuar de forma diferenciada, em relação aos concorrentes”.
Desde sempre as empresas tiveram a necessidade de estar com vantagem
competitiva mesmo sem ter o conhecimento teórico. Porém, tinham mais dificuldade
por falta de ferramenta como a administração estratégica.
Um dos fatores determinantes para o alcance dos objetivos da organização é
a capacidade de interagir com a mutação do panorama global e exigente, atendendo
as necessidades internas e externas do seu público alvo de modo satisfatório,
buscando prever as possíveis estratégias pertinentes a serem utilizadas.
Salienta-se que no contexto da administração estratégica a organização deve
estar sustentada pelos instrumentos administrativos estratégicos. Sendo assim são
consideradas cinco partes relevantes para Oliveira (2011, p. 26):

Planejamento estratégico é a metodologia administrativa que permite


estabelecer a direção a ser seguida pela empresa, e que visa ao maior grau
de interação com o ambiente, onde estão os fatores não controláveis pela
empresa. Organização estratégica é a otimizada alocação dos recursos da
empresa para interagir, ativamente, com as realidades e os cenários do
ambiente empresarial. Direção estratégica é a supervisão dos recursos
alocados, com a otimização do processo decisório [...]. Controle
estratégico é o acompanhamento e a avaliação, em tempo real, dos
resultados do planejamento estratégico. Desenvolvimento estratégico é a
mudança planejada, com o engajamento e a adequação da cultura
organizacional, resultante do processo de delineamento e implementação
das questões estratégicas na empresa.

Essas cinco partes ou componente da administração estratégica citadas pelo


autor devem estar sempre em equilíbrio para que a organização possa obter a
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vantagem sobre seus concorrentes e assim se distanciar das ameaças que está
sujeitas aquelas que não se organizaram estrategicamente para o mercado. Diante
de um cenário competitivo, não há que se falar em conquista absoluta de mercado,
sem riscos e ameaças. A administração estratégica possibilita perceber as nuances
do mercado e avaliar estes perigos, possibilitando um diferencial de gestão que, por
vezes, será o fator determinante para o sucesso almejado.
Para tanto “A administração estratégica é o processo de tornar a organização
capaz de integrar as decisões administrativas e operacionais com as estratégicas,
procurando dar ao mesmo tempo, maior eficiência e eficácia à organização”.
(FISCHMANN; ALMEIDA, 1991, p. 25).
Neste sentido, a administração estratégica, por primazia, deve ser proativa
aos objetivos futuros a serem alcançados, utilizando estratégias contextualizadas de
forma a permitir que as decisões administrativas e operacionais estejam em
consonância com as decisões estratégicas.
Por sua relevância no mercado competitivo a administração estratégica é uma
ferramenta potencialmente necessária para se atingir o diferencial no tocante ao
sucesso organizacional, pois ela envolve todas as partes da organização na
formulação e implementação de objetivos estratégicos.
“As empresas criam considerável vantagem competitiva quando são capazes
de lançar no mercado produtos inovadores, compatíveis com as necessidades e
expectativas dos clientes–alvo, com rapidez e eficiência”. (KAPLAN; NORTON,
2004, p. 139).
Atualmente as organizações que não buscarem a melhoria contínua correm
risco de ficar fora do mercado, pelo crescimento acirrado da competitividade no
mundo onde só vencem os melhores, direcionando-o no sentido de sempre estar
inovando em administração proativa.
Aquelas empresas, que buscam apresentar maior capacidade de inovar, têm
mais competitividade, a tendência é essa, então deve-se sempre deixar ser
direcionado por uma administração evolutiva.
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2.3.1Definição do Negócio

Para que uma organização obtenha o sucesso almejado, é relevante que ela
defina qual seu tipo de negócio, pois esta definição terá impacto direto na
determinação de seu escopo de atuação.
Conforme Lemos; et al. (2012, p. 24): “A escolha do modelo de negócio deve
orientar a estratégia e a estrutura da organização, que é constituída por pessoas e
processos internos e visa à geração de valor para seus públicos de interesse”.
É de suma importância a escolha do negócio da qual o autor cita, pois
viabiliza o entendimento da busca do ideal da organização com maior visão do que
deseja.
Todavia, são necessários para clareza da definição do seu negócio alguns
conceitos seguintes de: missão, valores, visão, objetivos e metas para poder ser
traçada ações estratégicas para a organização com segurança.
 Missão:
Para Lemos; et al. (2012, p. 25):

A missão é uma declaração que deve comunicar o propósito, a essência ou


o negocio central da organização. Ela deve esclarecer por que a
organização existe, qual a sua razão de ser, por que ela faz o que faz e não
está fazendo outra coisa. Propicia um sentido de grupo de grupo, um
sentido de equipe, e deve delimitar fronteiras dentro das quais a
organização procurará as oportunidades que se apresentam.

A missão da empresa é a razão dela existir. Daí a importância desta ser


disseminada para todos, no dia a dia da organização, para direcionar os seus
executivos e colaboradores.
 Valores
Conforme Tavares (2010, p. 114):

Os valores servem como instrumento para avaliar e dar significado à busca


da visão pelos participantes da organização. São eles que evitam que o
senso de propósito seja imoral ou antiético. Os valores servem como padrão
para avaliar e julgar programas e orientar decisões. São os que tornam o
relacionamento da organização com os empregados repleto de significado,
minimizando seu sentido apenas instrumental.
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São os valores que ajudam a compor a filosofia ou a cultura da organização.


Geralmente eles não são criados, mas está ali presente em sua maneira de fazer o
negócio e todos na organização devem saber desses valores. Devem ser alinhados
a missão e visão da empresa.
 Visão
Segundo Serra; et al. (2012, p. 74):

A visão define um estado pretendido para o futuro da empresa em termos


dos seus objetivos fundamentais e/ou de uma direção estratégica. É a visão
que ajuda a empresa a unir-se em torno de um rumo desejado para o futuro
e de um conjunto de valores comuns que possibilitam direcioná-la para o
aproveitamento de uma oportunidade, com vantagem competitiva.

A visão como já diz o próprio nome, é como a organização deseja que a


empresa seja vista, aonde quer chegar e quais as intenções dela para o futuro, sem
falar a maneira de alcançá-las.
 Objetivo
“São intenções gerais futuras para as quais a organização direciona seus
esforços e energia”. (SERTEK; GUINDANI; MARTINS, 2007, p.55).
No objetivo a organização determina onde vai estar seu foco numa
perspectiva de realidade futura, sendo que deve ser melhor do que no presente.
 Metas
Oliveira afirma que (2011, p. 84): “corresponde ao passo ou etapa
perfeitamente quantificada e com prazo e responsável para alcançar os desafios e
objetivos da empresa”.
A meta gera compromisso com prazo de execução definida, devendo ser
desafiadora, mas possível.

2.4 ANÁLISE INTERNA E EXTERNA

Para administrar estrategicamente percebe-se a necessidade da análise dos


ambientes externos (não controláveis) e internos (controláveis) da empresa. Esse
processo deve ser o meio da otimização dos resultados da organização.
A análise externa compreende oportunidades e ameaças das organizações,
fazendo com que entrem em sintonia. Um verdadeiro exame detalhado dos aspectos
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que envolvem os seguintes tópicos: clientes, concorrência, mercado, ambiente


(tecnológico, governamental, econômico, cultural, demográfico). (OLIVEIRA, 2007).
Neste sentido, segundo argumenta Las Casas (2011, p. 46): “Quando o
ambiente muda quase sempre há necessidade de uma reação. O caminho a ser
escolhido é identificado a partir de uma análise das variáveis ambientais que cercam
uma empresa e em suas condições específicas”.
Diante da análise externa evidencia-se a maneira pela qual a organização
precisa se posicionar perante o mercado.
A análise interna tem o objetivo evidenciar as qualidades e as deficiências da
empresa, ou seja, suas forças e fraquezas.
A análise interna fornece aos tomadores de decisão estratégica, um
panorama das habilidades e recursos da organização, bem como de seus níveis de
desempenho gerais e funcionais.
A organização precisa conhecer o seu ambiente interno para que possa
identificar os fatores estratégicos e assim transformá-los em vantagem competitiva.
Segundo Tavares (2010, p. 227):

A análise do ambiente interno deve proporcionar indicações e direção das


modificações a serem introduzidas, visando tornar a organização apta a
implementação de estratégias a serem desenvolvidas a partir do processo
de gestão estratégica.

Após a realização da análise interna e externa, é possível identificar com


mais precisão as alternativas estratégicas e optar ou selecionar a estratégia que
será adotada pela empresa.

2.4.1 Análise SWOT

Para a empresa avaliar com maior perfeição seus possíveis movimentos em


resposta às oportunidades e ameaças diante das forças e fraquezas, utiliza-se a
análise SWOT.
Confirma Serra; et al. (2012, p.124) que: “A função primordial da análise
SWOT é possibilitar a escolha de uma estratégia adequada- para que se alcancem
determinados objetivos – a partir de uma avaliação crítica dos ambientes interno e
externo”.
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A organização deve levar bem em conta quanto importante é esse exame


para detalhar todas as informações adquiridas pela análise e interna e externa.
Segue abaixo uma tabela para melhor se entender a análise SWOT.

Tabela 2 - Análise SWOT


Análise SWOT

S W
Forças Fraquezas

O T
Oportunidades Ameaça
Fonte: Lemos; et al. (2012, p. 25).

A finalidade da análise é sistematizar os possíveis relacionamentos entre o


ambiente interno e externo da organização, e assim poder determinar as ações
estratégicas necessárias para se atingir o objetivo.

2.5 AS EMPRESAS E A DINÂMICA DO MERCADO

O mercado atual é altamente competitivo e instável. Com isso, exigem-se


empresas flexíveis e inovadoras para se adaptarem as novas demandas do
mercado.
As transformações ocorridas nos últimos anos ocasionaram instabilidade em
todos os setores da sociedade, gerando enorme tensão no mundo inteiro. É neste
contexto caótico e de grande complexidade que as organizações empresariais estão
sendo repensadas.
As empresas precisam estar sempre inovando em busca do diferencial,
portanto para Aaker (2012, p. 2): “A capacidade de inovar é a chave para vencer
com sucesso em mercados dinâmicos, conforme estudos empíricos demonstraram”.
Nesse sentido, cada vez mais as empresas buscam incessantemente o
diferencial de mercado, sendo a administração estratégica uma das maneiras de
manter as empresas em um processo evolutivo dentro desse cenário dinâmico que
cada dia exige mais flexibilidade.
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Com a velocidade da tecnologia no mundo moderno e com a crescente


competitividade nos negócios, apenas uma administração evolutiva poderá otimizar
os resultados da empresa(administração estratégica).
Administrar uma organização assumindo uma visão estratégica é muito
importante na atualidade, pois assim poderá ser criado um senso de direção coeso,
focalizando os esforços de todos os colaboradores, facilitando assim a integração
sistêmica da organização, guiando de forma estruturada os seus planos e decisões
enquanto todo o processo é avaliado.
Lemos; et al. (2012, p. 24):

[...] diante da complexidade desse novo mundo em permanente estado de


mudança, são compelidos a formular, para os negócios, estratégias
competitivas que atendam às necessidades presentes de adaptação, além
de prepará-las para o futuro.

É preciso mudar a atuação e objetivar novas estratégias de organização para


obter resultados mais produtivos. E para tanto, a relevância da administração
estratégica neste processo se torna indispensável por sua maneira de conduzir as
projeções de mudança para o futuro. Portanto, “Não são as espécies mais fortes que
sobrevivem, nem as mais inteligentes, mas aquelas mais sensíveis às mudanças”.
(TAVARES, 2010, p. 138).
As empresas têm a necessidade de interagir e adaptar-se às mudanças se
desejam competir, pois hoje tornou-se o caminho para o sucesso aquelas que
traçam estratégias que atendem com rapidez as exigências do mercado.

Para Sertek; Guindani; Martins (2007, p.15):

Organizações muito mais planas, com menos hierarquia, em que cada


dirigente tem um número maior de colaboradores diretores a supervisionar
e, sobretudo, maiores níveis de autonomia na organização. Observa-se um
esforço progressivo para tornar realidade a autonomia de decisão dos
empregados.

A administração estratégica salienta essa necessidade das organizações se


tornarem cada dia mais participativas para serem estratégicas em sua vantagem
competitiva de mercado.
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Compreende-se que o conhecimento a cerca da dinâmica de mercado e a


necessidade da organização estar capacitada para diminuir os erros e maximizar
os resultados por intermédio de um gerenciamento adequado da administração
estratégica, se tornou fundamental nos dias atuais, pois a competitividade só
aumenta.

3 CONCLUSÃO

Em benefício da pesquisa realizada, observou-se que a administração


estratégica, tem como foco o futuro planejado das organizações, antecipando à
empresa os fatos, agindo proativamente com as estratégias para atingir a tão
almejada “vantagem competitiva”, pois o mercado vive em constante mutação
tornando-se necessária uma postura inovadora.
Entendeu-se que a administração estratégica permite que as organizações
possam planejem o futuro com segurança, diminuindo assim o risco, não o retirando,
já que é um elemento calculado, mas contando sempre com uma análise interna e
externa. Notou-se que para isso a melhoria contínua deve ser primária para este
modelo de administração inovadora.
Diante da problemática levantada, verificou-se, baseado nas bibliografias, que
a administração estratégica é relevante e necessária no processo decisório, quando
se tratando principalmente dos resultados a serem alcançados pela organização.
Sendo assim, os meios dos quais ela se utiliza podem ser vistos como flexíveis de
acordo com cada empresa, pois sabe-se que cada organização tem sua cultura.
Observa-se que as hipóteses ficaram em evidência, uma vez que a
administração estratégica realmente implanta na organização a necessidade da
mudança de atuação em busca do diferencial competitivo. Porém, para que haja
essa mudança, deixa evidente a importância do o uso das ferramentas que ela
disponibiliza como aliada nessa conquista de estar à frente dos seus concorrentes.
Para se atingir o objetivo geral deste artigo, procurou-se evidenciar por meio
de pesquisas as definições de administração estratégica, para se chegar a uma
explicação coerente da importância que a mesma tem para potencializar os
resultados esperados pela empresa. Para tanto, ela é a maneira mais viável para se
atingir esse propósito da organização.
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Enquanto que os objetivos específicos foram atingidos por meio das


literaturas, com rico detalhamento para auxiliar nesse contexto que se insere a
administração estratégica, deixando clara a relevância dessa gestão que é evolutiva
para todas as organizações, enriquecendo e viabilizando a busca do desafio que vai
mais além do que se encontra. Justamente neste processo de competitividade
acirrada é que o mercado se encontra e sabe-se que há uma tendência para que o
fim desta busca não termine tão cedo.
Portanto administração estratégica é uma indispensável ferramenta para que
o administrador possa atingir o sucesso ambicionado pela organização, basta saber
aplicá-la de acordo com a realidade de sua empresa.
Com o estudo realizado, a sociedade é beneficiada com mais conhecimento a
cerca do tema em pauta, enriquecendo todos que tiverem interesse ou oportunidade
de desfrutar dessa pesquisa através da leitura.
Através deste artigo, com a temática administração estratégica como
vantagem competitiva, a instituição terá uma fonte de pesquisa, podendo servir
como uma ferramenta fomentadora de novos trabalhos científicos referentes ao
assunto trabalhado.
Como ferramenta competitiva a administração estratégica não deixa dúvida o
quanto está sendo necessária a sua inserção e implementação nas organizações.
Com a globalização e a concorrência nos negócios, em que a arena competitiva
pode mudar rapidamente, desafiam-se as organizações, obrigando seus gestores a,
constantemente criar e recriar soluções de forma a superar esses desafios.
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REFERÊNCIAS

AAKER, David A. Administração Estratégica de Mercado. 9. Ed. Porto Alegre:


Bookman, 2012. 352 p.

BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scoott A. Administração: construindo vantagem


competitiva. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 1998. 539 p.

BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scoott A. Administração: novo cenário competitivo.


2. Ed. São Paulo: Atlas, 2006. 673 p.

BULGACOV, Sergio; et al. Administração estratégica: teoria e prática. 1 Ed. São


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