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Sociedade Espiritualista Mata Virgem

Curso de Umbanda
MEDIUNIDADE

A mediunidade é a capacidade que todos nós temos, em maior ou menor grau de servirmos de
veículo de comunicação entre o plano físico e o plano espiritual.
A mediunidade pode ficar latente durante toda a vida e não causar maiores problemas, ou pode
"explodir", causando transtornos na saúde, na vida sentimental e na vida profissional.
Devemos esclarecer, entretanto, que não é a mediunidade que causa esses transtornos e sim o
comportamento irregular que a pessoa passa a ter, uma vez que fica sem autocontrole, instável
emocionalmente, e captando vibrações nem sempre boas, das pessoas com quem convive e dos
ambientes que frequenta. Tudo isso contribui para que a pessoa se indisponha com seus entes
mais queridos, se indisponha no seu ambiente de trabalho e, muitas vezes, perca a sua boa saúde
anterior, já que normalmente assumirá um estado mental negativo.
Devemos observar com atenção para definirmos a mediunidade. Normalmente, a primeira
manifestação no indivíduo é a obsessão.
Afastado o obsessor, as entidades espirituais se apresentam, e aí sim, concebe-se o que se conhece
como mediunidade. Com a continuação dos trabalhos de desenvolvimento, essas Entidades se
firmam no subconsciente do indivíduo, surgindo então o fenômeno da afinidade espiritual.
Quanto mais tempo se passar, maior desenvolvimento vai tendo o perispírito do indivíduo
(médium), que ao cabo de algum tempo, passa a receber sozinho as irradiações dos seus guias,
protetores e, finalmente, os seus orixás, através de seus prepostos.
A mediunidade é um dom que precisamos aprender a controlar e que precisa ser disciplinada. A
solução é o desenvolvimento mediúnico.

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TODOS SÃO MÉDIUNS?
A mediunidade é uma bênção a toda a humanidade, independente de qual seja o sistema
filosófico-religioso-mediúnico, mas devemos esclarecer que nem todos os seres humanos são
médiuns destinados a trabalhar com a mediunidade.
O médium é uma criatura que, antes mesmo de encarnar firmou esse compromisso e, é claro vem
preparado em sua constituição mental, física e espiritual. Esse compromisso firmado, visto ser-lhe
inadiável tal oportunidade bendita, pode vir como missão, mérito ou simplesmente como prova.
De qualquer forma o médium em sua constituição é diferente das demais criaturas não médiuns,
sendo que antes de reencarnar - ou de forma especial, depois do reencarne - recebe acréscimos em
seu caráter, principalmente em seu aspecto moral. Também recebe um ajuste vibracional feito em
seus núcleos vitais ou vibratórios (chakras), os quais são energizados e afinados de acordo com a
tarefa que o médium irá desempenhar. Deverão vibrar em frequências moduladas com as das
entidades que farão uso de seu mediunismo.
Há médiuns cujo karma os qualifica como médiuns de karma probatório, evolutivos ou
missionários. Os de karma probatório (sem generalizar) são aqueles que repetem sempre os
mesmos erros e em cada nova reencarnação, se merecerem essa dádiva, virão como médiuns, mas
cada vez mais com recursos limitadíssimos, a par de uma série de injunções que se caracteriza por
complexos psíquicos vários, desestruturação quase completa do juízo ou julgamento, a par de
serem vítimas de constantes assédios, que tornam difícil - mas não impossível - sua estabilização
mental-mediúnica. Sofrem as provas mais atrozes desde a infância que são a tônica de suas vidas.

Se conseguirem vencer, gradativamente, se credenciam a novas responsabilidades em favor do


seu grupo ou de si mesmo. Nessa condição, são chamados de médiuns cujo karma os qualifica
como evolutivos.
São evolutivos, pois suas tarefas contam com o auxílio mais direto e constante da corrente astral
de umbanda. Possuem um maior suporte vibracional e emocional, maiores conhecimentos,
transmitidos pelas entidades, quer seja no âmbito da ritualística, quer seja na defesa e imunização
às falanges das sombras. Seus corpos astrais sofrem uma abundância fluídica em seus núcleos
vibratórios, principalmente o coronário, cardíaco e o genésico.
Há aquele que há várias reencarnações, deixou a magia negativa e vem se dedicando com
perseverança e decisão, recebe possante cobertura que vem através de uma entidade astralizada
com muita experiência nas lides do psiquismo humano e sólidos e profundos conhecimentos da
magia superior, esses seriam os médiuns missionários.
Apesar da constante e incessante cobertura e zelo aos médiuns, os mesmos, seguindo suas
afinidades, vontades e tendências, podem desviar-se na jornada mediúnica. Podem alterar a rota,
mesmo porque não há karma predeterminado estático.

DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

A força mediúnica aumenta quanto mais ela for empregada no campo da caridade. Para isso deve
haver desenvolvimento metódico, regrado e bem conduzido. É necessário um período preliminar
de adaptação do médium com o ambiente e sobretudo, com o conjunto de forças magnéticas que
se forma em dado local, quando pessoas de objetivos idênticos se reúnem e se afinizam. O
desenvolvimento mediúnico se apresenta de duas formas:
 Natural - À medida que evolui e se moraliza, a pessoa adquire facilidades psíquicas e
desenvolve suas qualidades mediúnicas.
 Prova - A muitos, entretanto, a mediunidade surge como prova de fogo, recebem-na com
poderoso auxílio para sua evolução.
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PRINCIPAIS SINTOMAS DA MEDIUNIDADE
 Suor Excessivo nas Mãos - As mãos ficam molhadas, e às vezes geladas. Este é o sintoma
mais conhecido e mais frequente. Os pés também podem ficar gelados.
 Depressão Psíquica - A pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria
para uma profunda tristeza sem motivo aparente. Fica melancólica e sente uma profunda
solidão, uma sensação de vazio, como se algo estivesse faltando em sua vida.
 Alterações no Sono - Sono profundo ou insônia. A insônia é provocada pela aceleração no
cérebro devido à vibração. Os pensamentos voam de um assunto para outro,
incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir. O sono profundo é devido à perda de
ectoplasma, de força vital.
 Perda de Equilíbrio e Sensação de Desmaio - A perda de equilíbrio é uma sensação
muito rápida. A pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a
sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente
desagradável.
A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa
bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que sentar para não cair.
 Taquicardia: Comum em algumas pessoas. Há uma súbita alteração no ritmo dos
batimentos cardíacos, fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando.
Todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento
mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependerá muito do grau de
mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do médium.

TIPOS DE MEDIUNIDADE

Existem mais de 100 tipos de mediunidade, mas os mais comuns na Umbanda são os seguintes:

1 - Auditiva
É a faculdade mediante a qual o médium ouve vozes proferidas pelos Espíritos e sons produzidos
por estes, bem como outros, ligados à própria vida da Natureza.
As vozes e os sons ressoam às vezes dentro do cérebro do médium e outras vezes são ouvidas
exteriormente, de mais longe ou de mais perto, segundo a capacidade de audição que o médium
manifestar.
No primeiro caso, o espírito que fala transmite a palavra ou o som e as ondas sonoras não
atravessam a cortina fluídica de proteção que separa o perispírito do corpo denso, permanecendo
no campo das atividades do perispírito; tais impressões não são transmitidas aos órgãos dos
sentidos físicos e, por isso, é que o médium tem a impressão de que ouve dentro do cérebro.
No segundo caso as impressões sonoras são transmitidas através da cortina fluídica, atinge os
órgãos dos sentidos e caem no campo da consciência física; afetam os nervos sensoriais da
audição, mesmo sem passar pelo tímpano, simplesmente por indução.
O mais comum é o primeiro caso, isto é, a permanência dos sons no campo da atividade
perispiritual, sem atravessar a cortina fluídica de separação.
O médium auditivo tanto pode captar ondas sonoras provindas de espíritos desencarnados que
deliberadamente as transmitem, como quaisquer rumores, vozes, palavras e até mesmo
conversações inteiras, provindas do mundo etéreo, mesmo quando não sejam emitidas
deliberadamente para seu conhecimento.

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2 - Olfativa
Médiuns que conseguem captar aromas do Plano Astral, o médium olfativo é capaz até mesmo de
identificar a energia de ambientes e pessoas em função dos cheiros que capta. Estes cheiros não
estão quimicamente no ambiente, mas são resultado da qualidade das vibrações do componente
astral ou espiritual. Uma pessoa boa pode lhe trazer um determinado cheiro, ou um ambiente
harmônico, que sempre resultarão em impressões agradáveis, e do contrário, desagradáveis.
É possível também receber avisos, ter pressentimentos, por meio de aromas. É comum que esses
sirvam de sinais. De acordo com a fragrância, se pode identificar o tipo de coisa que vai acontecer
Cada médium precisa saber como sua mediunidade funciona, pode ser que pra alguém um cheiro
específico queira dizer uma coisa específica. Quanto mais se prestar atenção e estudar o
fenômeno que acontece, vai se formando um “código de comunicação “.

3 - Intuição
O Médium recebe em seu pensamento, sob a forma de uma sugestão, mensagens provindas de um
espírito. A intuição nem sempre deve ser seguida, a não ser que o Médium consiga identificar a
entidade que o está intuindo. Essa identificação, ele aprenderá a fazer no seu desenvolvimento
pois cada entidade produz uma sintonia diferente no organismo.
Se desenvolve também de forma muito útil nos Ogãs. Sua recepção intuitiva é usada pelos Guias
na transmissão de novos pontos cantados a serem adotados nos trabalhos espirituais ou sugerindo
o ponto específico a ser cantado em determinados momentos da sessão ou para favorecer
determinada incorporação.

4 - Excitação
São as pessoas que têm o poder de desenvolver nos outros, por sua influência, as faculdades
mediúnicas latentes. É uma mediunidade passiva, ou seja não exige do médium concentração ou
esforço em sua aplicação, sendo exercida com sua simples aproximação. Mediunidade presente
nas Ekedes e muito útil durante as sessões de desenvolvimento.

5 - Puxada
Como o próprio termo diz, o médium puxa para si as energias e vibrações negativas do
consulente. Isso é feito quando o médium tiver esta mediunidade e estiver preparado para tal
função, pois é grande a responsabilidade nesse tipo de limpeza, já que lida com energias
maléficas dos obsessores que rondam aquela pessoa.
A puxada deve somente ser realizada após a determinação da entidade ou guia responsável pelos
trabalhos do terreiro.
Há também as energias negativas e maléficas provocadas por quiumbas que tentam, de alguma
forma, atingir aquela pessoa - que pode estar sendo alvo de feitiçaria, olho grande, inveja, etc.
Os espíritos após estarem manifestados no médium são então orientados e encaminhados pelos
trabalhadores da casa de forma a afastá-los temporariamente ou permanentemente do consulente.
Este recurso é usado pelos guias durante as sessões quando o espírito em questão não tem um
vínculo muito forte com o consulente, caso contrário o correto será a indicação do trabalho de
desobsessão mais prolongado.

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7 - Vidência e Clarividência
Em linhas gerais o médium vidente comum vê os Espíritos porque são estes que se fazem ver; em
outras palavras, é o Espírito que quer ser visto e assim, se manifesta ao médium vidente, que
assim registra sua presença.
Nas pessoas que possuem a clarividência, ou segunda vista, segundo Kardec, a visão do mundo
espiritual e dos Espíritos é algo natural, ocorrendo no estado de vigília, sendo sempre natural e
espontâneo.
Os médiuns videntes descobrem a verdadeira identidade dos espíritos manifestados e verificam se
está havendo mistificação. Pode haver a vidência no ambiente, no espaço ou à distância, no
tempo, ou seja, fatos a ocorrer ou já ocorridos em outros tempos.
A vidência normalmente se manifesta na infância, estendendo-se até a maturidade, quando a
mesma, na maioria dos casos desaparece, somente voltando quando o médium inicia seu
desenvolvimento.

7.1 - Quanto ao Alcance de Vidência e Clarividência

7.1.1 - Vidência Ambiente ou Local


Opera-se no ambiente onde o médium se encontra;
Ele pode ver espíritos presentes, cores, luzes, formas, sinais, quadros e símbolos projetados
mentalmente pelos instrutores invisíveis, ou qualquer espírito, no seu campo de visão;
Também poderá ler palavras ou frases inteiras, também projetadas por espíritos comunicantes,
caracterizando um desenvolvimento do fenômeno, pois ocorre com maior nitidez;
Os símbolos, letras e palavras, nem sempre claros ou apropriados, podem ser até
inexpressivos, pois dependem da capacidade imaginativa, da inteligência ou do poder mental
do espírito comunicante.

7.1.2 - Clarividência Simples


Percepção pelo médium dos “raios luminosos astrais” (radiações emitidas por todas as formas
de matéria em todas as direções) de um ponto próximo;
Pode perceber o que ocorre num cômodo próximo;
Pode ver através de objetos, paredes, sólidos em geral, como se estivesse tirando um “Raio
X”;
Pode-se ver o funcionamento do corpo humano, e dos órgãos em geral.
Da mesma forma pode-se ver de forma ampliada determinadas partes do corpo e dos órgãos.

7.1.3 - Vidência do Espaço


O médium vê cenas, quadros, sinais ou símbolos em locais longe de onde realiza o trabalho;

7.1.4 - Vidência no Tempo


O vidente vê cenas que representam fatos a ocorrer ou ocorridos em outros tempos;
Visão do passado = rememorativa, Visão do futuro = profética.
O futuro não está preparado mas sim realizado constantemente no Tempo (ARMOND, 1992).
Ele tem acesso aos registros da eternidade (akásicos) que se mostram a ele como uma fita
cinematográfica; Assim, tem a visão nítida de acontecimentos passados e futuros;

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7.2 - Quanto à manifestação da imagem:

7.2.1 - Vidência Direta


O médium vê as cenas e habitantes do mundo espiritual com a nítida impressão de vê-los usando
os olhos materiais, como alguma imagem do plano material.
O médium pode ver as entidades de quatro maneiras diferentes:
1 - Projeção, o médium vê apenas um facho de luz, uma coloração que depende da
vibração atuante. Não vê forma humana, nem identifica a entidade.
2 - Parcial, o médium percebe uma forma humana ao lado de quem está trabalhando
espiritualmente, mas ainda não dá uma perfeita identificação. Vê somente o contorno, a
forma.
3 - Acavalamento, o médium vê a entidade por cima dos ombros de outro médium. Já
percebe se é masculina ou feminina, se é caboclo ou preto-velho ou outro falangeiro
qualquer, se os cabelos são longos ou curtos, etc. Muitos médiuns que tiveram esse tipo de
vidência afirmam, por desconhecimento, que as entidades vistas possuíam mais de dois
metros de altura, não percebendo que a entidade, vista acima dos ombros de outro médium,
produziu uma falsa impressão de altura.
4 - Encamisamento, o médium vê a entidade toda, perfeita no lugar da imagem do
médium incorporado.

7.2.2 - Vidência intuitiva


O Médium vê apenas com a mente. Ele se concentra e recebe a imagem mental, por intuição. É
como uma memória de uma imagem que ele possui na mente, mas sabe que não a viu no mundo
material.

7.2.3 - Vidência Focalizada


Na vidência focalizada, o médium utiliza algum objeto para a vidência, como um copo d'água ou
um cristal. As imagens aparecem no objeto de vidência.

Acavalamento Encamisamento

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MEDIUNIDADE DE INCORPORAÇÃO

É aquela em que o espírito, o guia, o protetor, ou qualquer outra entidade se manifesta através da
incorporação. Daremos um maior destaque a esta mediunidade, já que é a mais utilizada no ritual
umbandista.

Existem diferenças óbvias entre o médium de "terreiro" e o médium de "mesa".


O médium de terreiro foi preparado para trabalhar com energias mais "contundentes" para lidar
com choques de energia com maior facilidade, para transformar as energias mais materiais
(presentes numa bebida, numa comida de santo, numa oferenda, num banho de ervas...) Em
energias espirituais.
O médium de mesa, foi preparado para lidar melhor com multiplicidade de espíritos
(maleabilidade para numa única sessão dar "passagem" para 10 ou mais espíritos os quais ele não
conhece a energia e nem teve um período de desenvolvimento mediúnico para sintonizar com as
energias deste espírito), foi preparado também para dar "passagem" a espíritos que não são
evoluídos (sofredores, obsessores), foi preparado para perceber vibrações muito sutis, e conseguir
traduzir em palavras para passar a mensagem do espírito.
Aliás um médium de umbanda irá incorporar uns 20 ou 30 guias no máximo durante toda sua
vida (em termos gerais) ficando incorporado com o mesmo espírito por horas, às vezes. Já um
médium kardecista irá "dar passagem" a centenas, talvez mais de 1000 espíritos no decorrer da
sua vida, embora cada incorporação seja de poucos minutos.
Existem médiuns que lidam bem com os dois tipos de trabalho, "terreiro" e "mesa".

A ansiedade e o estado inquieto em que permanece o médium durante a incorporação, tem


influência direta na apresentação do guia e no seu trabalho. É preciso que tudo esteja em ordem
no médium, assim como no ambiente. Este deverá estar cheio de amor, harmonia e deverá
inspirar confiança porque assim o médium sentirá despreocupado para a incorporação, podendo
auxiliar mantendo uma atitude mental de ficar ao lado (sem atrapalhar) auxiliando a entidade à
desempenhar sua missão entregando-lhe o corpo físico com boa vontade e espírito de
colaboração.

Quanto ao grau de consciência durante a incorporação, pode se apresentar de 3 formas:

1 - Consciente
O médium consciente que não foi instruído e preparado passa por dilemas e por vezes dúvida se o
que experimenta é ou não uma manifestação da entidade. Essa dúvida ocorre porque mesmo o
médium "tomado" pela entidade, sente, ouve e vê e domina quase todas ou quase todas as reações
físicas. Não sabe, no entanto, que a mediunidade de incorporação consciente nada tem a ver com
a parte sensorial ou motora e sim com a parte mental intuitiva. Uma vez que desconhece a
interferência direta exterior de uma força inteligente, que age sobre a sua aura, transferindo
vitalidade para a aura da pessoa "carregada", acredita, que é a sua própria vontade.
O único problema é o médium não interferir, procurando se isolar e deixar que a entidade atue
livremente.
A mediunidade consciente é a que permite uma maior interferência do psiquismo do médium
denominado como animismo e a que tem sido instrumento de crítica injusta como mistificação
(que é algo completamente diferente).

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2 - Inconsciente
Há uma tomada total, deixando o médium completamente inconsciente, como se estivesse em
sono profundo.
A passividade do médium é total, fazendo com que a entidade tenha plenos poderes sobre seu
corpo físico, isto controlando toda sua parte psíquica, sensorial e motora.
O médium não tem consciência nenhuma durante o transe mediúnico e nem lembranças após o
mesmo.
Nos dias de hoje isso é RARO, isso era muito comum no início do Movimento Umbandista, onde
os médiuns eram tomados pelas entidades quase a “força”, pois muitos não eram nada
esclarecidos o que dificultava o trabalho das entidades.
Hoje, tal incorporação restringe-se aos médiuns com uma sistemática evolutiva pouco trabalhada.

3 - Semiconsciente
É o médium cuja inconsciência não é total, porém é dominado em suas partes sensoriais e
motoras, ou seja, a entidade incorporante consegue dominar seu corpo físico assim
como envolver ou frenar todo o seu sistema nervoso ou neuro-sensorial e faz uma espécie de
ligação com o psiquismo. Assim como que em passividade, deixando que a comunicação da
entidade incorporante se processe firmemente (na maioria das vezes, não consegue interferir),
sente que seus órgãos, naquela ocasião ou transe, não são mais seus.
Dá-se com o médium semiconsciente uma espécie de afastamento forçado de sua vontade, de
uma ação ou força de interferir na atuação ou na comunicação da entidade incorporante.
Quando o médium é bem equilibrado acontece quase sempre um fenômeno curioso com ele.
Durante a ocasião em que se processou a incorporação, sabe de tudo o que se passou (ou passa
com ele ou em torno dele), ou guarda ligeiras recordações, ou acontece mesmo de esquecer ou
ainda lhe é difícil reter corretamente na memória as comunicações faladas ou cantadas (na
umbanda). Guarda apenas na memória, por vezes, o sentido ou impressões boas ou más causadas
por ela (a comunicação) ou pelo espírito incorporante sobre as outras pessoas.
O espirito mantém ligação consciente com ele, enquanto que o espirito comunicante assume
algumas funções motoras do corpo físico. A semiconsciência pode variar de intensidade, ou seja,
o médium pode ter desde um grande grau de consciência até um grau de quase total
inconsciência. O médium, tem, enquanto dura a manifestação, alguns lampejos de consciência,
vendo a manifestação como se estivesse distante ou alheio. A noção de tempo, também, é
diferente, pois mesmo depois de algumas horas de incorporação, o médium tem a noção de que se
passou apenas alguns minutos.
Estas ligações mediúnicas, através da incorporação, são efetuadas pelos espíritos, através do
corpo astral do médium. Os espíritos comunicantes, usam, assim, os chacras do médium
correspondentes à sua linha de atuação.
É claro que os demais chacras são utilizados, mas há sempre o chacra principal de ponto de
contato e manipulação.
Quando a entidade "incorpora" ou nos momentos pré-incorporativos, um médium, pode sentir a
diferença vibracional. Assim, um médium experimentado, consegue distinguir uma entidade da
outra, pois as vibrações energéticas de cada entidade são diferentes umas das outras.

"A repressão do animismo dificultará grandemente as tarefas mediúnicas, e por isso não deve ser
feita. O mediunismo não dispensa a colaboração do médium, o qual não deve ser um simples
autômato, um robô"
Ramatís

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" não me lembro de nada "
As incorporações em que os espíritos deixam completamente inconsciente o médium, com
tomada integral de todas as faculdades biopsicomotoras, é fenômeno raríssimo nas religiões
mediúnicas. Em tempos imemoriais, foi a forma encontrada pelos espíritos para cumprirem suas
missões no plano físico sem que o medianeiro pudesse interferir em suas tarefas, pois muitas
pessoas não acreditavam na ação dos espíritos sobre o corpo humano e, por isto, se tivessem
alguma porcentagem de consciência, acabariam por intervir, voluntária ou involuntariamente, no
labor dos amigos espirituais.
Com o passar do tempo, e através de um maior estudo e consequente entendimento do que
ocorria, a inconsciência dos médiuns foi pouco a pouco sendo elevada à semiconsciência,
fenômeno pelo qual os espíritos agem conjuntamente com a psique do médium, que, mesmo
manifestados, sabem de quase tudo o que se passa a seu redor, inclusive que estão sob o domínio
parcial de uma força externa. Este tipo de incorporação (semiconsciente) predomina quase que
inteiramente nos segmentos espiritualistas, porque é a que melhor se adequa às necessidades
atuais. Através da semiconsciência há uma interação entre o medianeiro e o espírito atuante, que
são doutrinador e doutrinado ao mesmo tempo. Além disto, esta espécie de incorporação faz com
que o médium seja corresponsável pela mensagem transmitida por um caboclo, preto-velho, exu
etc.
O fato é que, na mediunidade de incorporação semiconsciente, o espírito ao desprender-se do
médium com o qual trabalha, deixa neste quase que a totalidade das informações recebidas ou
transmitidas durante uma sessão. Caso haja alguma necessidade, o espírito, atuando no sistema
nervoso central e também no cérebro, pode fazer com que o médium deixe de lembrar de alguma
coisa, mas isto é exceção. A regra é o médium lembrar-se de quase tudo que foi dito pelo espírito
trabalhador. Neste sentido, muito importante é o respeito e a obediência que os médiuns devem
ter para com o segredo de sacerdócio, tópico que analisaremos oportunamente.
Infelizmente alguns médiuns que trabalham semiconscientemente insistem em dizer que não se
lembram de nada depois que o espírito interventor se afasta. E o fazem por três razões básicas:
1º - Querem dar um maior valor a sua mediunidade, dizendo: " eu sou especial porque trabalho
sem consciência";
2º - Para se eximirem de responsabilidade, caso haja alguma comunicação equivocada, por
influência do próprio médium, dizendo este depois: " eu sou inconsciente, quem errou foi o
espírito".
3º - Para que que o consulente não fique inibido em falar sobre sua vida pessoal, etc.
Na atualidade, não se concebe deixar os iniciantes com a falsa ideia de que, incorporados por um
espírito, sua mente se apagará temporariamente. Muitos médiuns sob a ação dos espíritos acham
que não estão incorporados, visto terem ouvido de outros que, durante a manifestação dos
espíritos, não há consciência no médium. Criam com isto uma série de dúvidas na mente dos
iniciantes, fazendo com que muitos pensem até não serem médiuns de incorporação.
A umbanda vai crescer, e crescerá através de médiuns mais preparados, mais esclarecidos em
relação aos fenômenos mediúnicos. Desta forma, farão cair por terra falsas verdades que estão,
infelizmente, ainda sendo difundidas irresponsavelmente por alguns.

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Como as entidades atuam no médium, durante a incorporação:
1) Na parte psíquica, quando transforma os caracteres mentais próprios do médium, pela
conversação, inteligência, conceitos e pelo alcance incomum de casos e coisas.
2) Na parte sensorial, quando, por intermédio do corpo astral, atua diretamente no cérebro
controlando o tato, audição, visão, olfato e paladar do médium.
3) Na parte motora, quando domina o corpo físico pelos braços, pernas e demais movimentos
do corpo de que precisa servir-se.

Quem se comunica?
As verdadeiras entidades de umbanda são sempre prudentes no que falam. Jamais provocam
intrigas, mexericos ou demandas. Não ensinam o mal e não estimulam a vingança, a prepotência
e o desrespeito ao trabalho feito por outros guias, entidades, religiões ou pessoas. Se agirem ao
contrário disto ou é o próprio médium se manifestando, ou é um espírito mistificador atuando.
As entidades de umbanda, na realidade, escondem o seu grande grau de luz e quem realmente
são. Por humildade, usam nomes simbólicos e roupagens fluídicas também simbólicas. Adaptam
a sua linguagem às palavras simples, para transmitir melhor a mensagem que querem passar. Essa
mensagem toca você por inteiro, não apenas o intelecto. Saiba que elas são de todas as raças e já
desempenharam diversas missões na terra. Na maioria das vezes, estes caboclos, estes pretos
velhos e estas crianças se apresentam assim porque foi com esta forma que atingiram a sua
libertação da roda de encarnações e adquiriram a sua luz.
Saiba também que as entidades que assumem um papel preponderante na sua mediunidade já não
precisam mais reencarnar. São livres, embora ainda em evolução. A ligação entre nós e elas é, e
deve ser sempre, de amor mútuo. São todas portadoras de energias e conhecimentos fabulosos,
que adquiriram por si ou que recebem dos orixás e retiram dos campos da natureza. Confie nelas,
pois uma boa incorporação vale muito para teu equilíbrio mental e físico.
Mantenha seu coração limpo, elevando sua própria vibração afim de conseguir se aproximar da
vibração de seus guias. Abstenha-se de suas opiniões e julgamentos pessoais, tendo sempre por
objetivo maior, o amor pelo irmão que procura aos teus guias na esperança de alívio e consolo.
Jamais incorra no terrível pecado da vaidade, pois este pode te levar a cometer erros enormes,
agravamento do seu karma, ao afastamento das entidades que te auxiliam, ao ridículo, e até
mesmo ao fim de sua mediunidade e a ruína física e espiritual.

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QUALIDADES DE UM BOM MÉDIUM

Rigorosamente falando, os bons médiuns são raros.

A maioria, geralmente, apresenta um ou outro defeito que lhes diminui a qualidade de bons. O
defeito, por pequeno que seja, é sempre de origem moral. Entretanto, o médium que reunir as
cinco virtudes seguintes pode ser qualificado de bom: SERIEDADE, MODÉSTIA,
DEVOTAMENTO, ABNEGAÇÃO e DESINTERESSE.

A seriedade é a virtude que um médium possui de utilizar sua mediunidade para fins
verdadeiramente úteis, exercendo-a como um nobre sacerdócio.

A modéstia é a virtude pela qual um médium reconhece que é um simples instrumento da


vontade do Senhor e, por isso, não se envaidece nem se orgulha de sua mediunidade. Não faz
alarde das comunicações que recebe, porque sabe que foi apenas um simples intermediário. Não
se julga ao abrigo das mistificações e, quando é mistificado, compreende que isso aconteceu em
virtude das falhas de seu caráter ou devido a algum erro de sua conduta; procura, então, corrigir-
se para afastar de si os espíritos mistificadores.

O devotamento é a virtude pela qual um médium se dedica ardentemente ao benefício de seus


irmãos que sofrem. O médium devotado considera-se um servo do Senhor e, por isso, não
despreza nenhuma oportunidade de servi-lo, auxiliando a todos quantos necessitam dos cuidados
dos espíritos de Deus.

A abnegação é a virtude pela qual um médium leva seu devotamento até ao sacrifício. O médium
abnegado não hesita em renunciar a seus prazeres, a seus hábitos, a seus gostos, quando se trata
de prestar socorros mediúnicos a quem quer que seja.

O desinteresse é a virtude pela qual um médium dá de graça o que de graça recebeu. O médium
desinteressado nem mesmo esperará um agradecimento dos homens.

Da atividade mediúnica não decorrerá jamais qualquer paga ou


retribuição, quer seja em dinheiro ou, indiretamente, através de presentes
ou outra qualquer forma de retribuição.

Você Aprendeu:
O que é a mediunidade, seus sintomas, como se dá seu desenvolvimento. Os tipos de mediunidade. Sobre a mediunidade de
incorporação e o nível de consciência do médium. As virtudes necessárias ao bom trabalho mediúnico.

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