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PROF.

JORGE ALBERTO

@jatmayle
LITERCULTURA
www.jorgealbertotajra.blogspot.com
REALISMO–NATURALISMO (1881 a 1922)
“Memórias Póstumas de Brás Cubas”
Machado de Assis

“O Mulato” – Aluísio Azevedo

MULHER PENEIRANDO TRIGO (1855)


Gustave Coubert

ESTILO MOMENTO PENSAMENTO TRAÇOS DAS


DE ÉPOCA HISTÓRICO HUMANO OBRAS
REVOLUÇÃO RACIONAL OBSERVAÇÃO
REALISMO CIENTÍFICA E CIENTÍFICO IRONIA
NATURALISMO ANÁLISE
FILOSÓFICA CRÍTICO
SÉC. XIX PSICOLÓGICA
CONTEXTO HISTÓRICO
• Segunda Revolução Industrial / Socialismo (Marx);
• Medicina experimental / cientificismo;
• Origem das espécies / Evolucionismo (Darwin).

TEORIAS FILOSÓFICAS & CIENTÍFICAS

✓ O Positivismo, de Augusto Comte;


✓ O pessimismo de Schopenhauer;
✓ A psicanálise de freud;
✓ |A negação da divindade de Cristo e da existência de
Deus (Nietzsche);
✓Determinismo (Hipólito Taine): homem / etnia / meio
CARACTERÍSTICAS COMUNS

•Racionalismo
•Verossimilhança
•Materialismo nas relações sociais
•Narrativa aparentemente lenta:
➢ Análise do caráter humano
•Contemporaneidade
•Critica a burguesia e o clero:
➢ manipulação e alienação da sociedade
➢censura ao convencionalismo e hipocrisia burguesa
➢adultério, relações de aparências, interesse financeiro

•Linguagem concisa e clássica


CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS

REALISMO NATURALISMO
Romance de análise Romance de tese / experimental
comportamental ( DETERMINISMO)

Teor psicológico Biologismo / Aspecto social


(zoomorfismo / patologias)

Romance de personagens Romance de espaço

Personagens predominantemente Personagens predominantemente


esféricos e burgueses populares e planos
O ROMANCE BRASILEIRO NO SÉCULO XIX

ROMANTISMO REALISMO NATURALISMO

ESPAÇO •Urbano •Urbano •Urbano


& •Rural (burguesia) (classes populares)
AMBIENTE •Floresta

•Burgueses •Burgueses • Populares


•Planos (predomínio)
PERSONAGENS •Idealizados •Esféricos • Planos
•Valores nobres •Não idealizados • Não idealizados
•Observação direta • Observação direta
do meio. do meio.
•Psicologismo • Visão biológica e
determinista
ROMANTISMO REALISMO NATURALISMO

PERSONAGEM •Ambiente pictório. Meio Meio


& • Personagem inte-
MEIO SOCIAL grando o meio.
Personagem Personagem

TIPO DE •Rápida; de ação. •Lenta.


NARRATIVA •Relações amorosas. •Análise comportamental e social.
• Previsibilidade. •Pessimismo.
•Entreterimento. •Detalhismo.
• Aparência X essência

• Romance • Romance
documental experimental
(DETERMINISMO)
ROMANTISMO REALISMO NATURALISMO

•Exaltação da vida • Crítica ao Romantismo, ao clero e à


burguesa. burguesia
•Relações amorosas. • Análise social e comportamental.
•Caracterização do • Pessimismo.
TEMAS
país no espaço e no • Relações de interesse.
tempo.
•Criação de uma
• Enfoque ao meio • Enfoque ao meio
origem nobre do
burguês suburbano, degenera-
brasileiro.
do e animalesco.

• Metafórica. • Clássica.
• Popular. • Concisa.
LINGUAGEM • Forte adjetivação. • Detalhamento do meio.
• Humor e ironia.
Machado de Assis

“Não tive filhos, não transmiti a


nenhuma criatura o legado da
nossa miséria.”
(1839 – 1908)
DE MENINO, DE HOMEM COMUM A MITO NACIONAL

•Nasceu no Morro do Livramento, em 21 de junho de 1839,


Rio de Janeiro — o grande cenário — falece em 29 de
setembro de 1908. Pobre, tímido, doente, míope, epilético,
estéril, gago, mulato; na velhice um câncer na língua. Tornou-
se um homem tímido, reservado e discreto.
•Autodidata e culto, publicou seu primeiro texto em 1855 (um
poema romântico intitulado ELA) e o primeiro livro em 1864
— CRISÁLIDAS (poemas).
•Casou-se em 1869 com Carolina Augusta Xavier de Novais,
companheira que muito o ajudou na carreira literária:
“Carolina, tu pertences ao pequeno número de mulheres que
ainda sabem amar, sentir e pensar.”
OBRAS

•Poesia: Crisálidas, Falenas e Americanas (marcas


românticas) e Ocidentais (maior apuro formal e contenção de
linguagem apontando para os rumos parnasianos).
•O teatro: Desencantos; Quase Ministro, Protocolo, Os
Deuses de Casaca, Tu, só Tu, Puro Amor. São peças frágeis.
Segundo os críticos são melhores quando lidas, do que
encenadas.
•A crônica: Jornais como Correio Mercantil, Diário do Rio de
Janeiro, Gazeta de Notícias... abordam do corriqueiro ao
sublime, do cotidiano ao clássico que revelam o escritor para o
“divertissement”.
•A crítica: Revela honestidade, senso estético, fina
capacidade analítica, independência intelectual.
•O conto:

1ª FASE: marcadamente românticos

• Contos Fluminenses;
• Histórias da Meia Noite

2ª FASE: São Realistas: apuro estético e formal

• Papéis Avulsos
• Histórias sem Data
• Várias Histórias
• Relíquias da Casa Velha
•O ROMANCE:

1ª FASE: Romances convencionais


• Ressurreição (1872)
• A mão e a Luva (1874)
• Helena (1876)
• Iaiá Garcia (1878)

CARACTERÍSTICAS:

✓Romances de transição entre Romantismo e Realismo


✓Ruptura parcial com os valores sociais da época
✓Capítulos longos
✓Narrativa linear
✓Esquemas psicológicos
✓Vestígios sentimentalistas
2ª FASE: O salto qualitativo/o romance problemático
(romances realistas):

• Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)


• Dom Casmurro (1899)
• Quincas Borba (1891)
• Esaú e Jacó (1904)
• Memorial de Aires (1908)

CARACTERÍSTICAS:
✓Total ruptura aos valores sociais da época
✓Inovação na estrutura narrativa:
•capítulos curtos, quebra da linearidade, antinarrativo
✓Personagens esféricos:
•análise psicológica
✓Ironia requintada
✓Desnudamento das relações humanas
•a hipocrisia, o interesse econômico, as relações de aparências
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS

AO VERME QUE PRIMEIRO ROEU


AS FRIAS CARNES DO MEU
CADÁVER DEDICO COMO
SAUDOSA LEMBRANÇA ESTAS
MEMÓRIAS PÓSTUMAS
ESTRUTURA DA OBRA
a) Foco narrativo / narrador:

O romance é narrado em primeira pessoa, isto é, pelo próprio Brás Cubas,


defunto-autor (em perspectiva fantástica). O narrador-personagem é um
defunto, transtemporal e onisciente.

b) Tempo:

O romance é de tempo psicológico. A narrativa é irregular. O leitor deve ficar


atento aos vaivéns da memória do narrador, durante os 64 anos de vida do
galhofeiro Brás Cubas-narrador, que transcorrem de 1805 a 1869.

c) Espaço:

O Rio de Janeiro — capital do Segundo Império (final do século XIX).


MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS ( 1881)

•É um romance curioso onde a fantasia, o humor e a crítica ocupam


os caminhos da escrita.
•O estilo é diferente: ziguezagueante como andar de um bêbado.
•Revela aspectos metalinguísticos e intertextualidades na
composição do discurso.
•Abordagem psicológica das personagens;
•Quebra da estrutura tradicional da narrativa, experimentalismo
ficcional;
•Desmistificação das idealizações românticas;
•Análise profunda da realidade, do homem e do seu tempo;
•Narrativa lenta, preocupação com minúcias.
•Crítica mordaz à sociedade do Segundo Império
•Antinarrativo / antilinear.
•Ironia (Voltaire) — o humor corrosivo (Swift e Sterne)
•Psicologismo (análise psicológicas das personagens)
•Pessimismo (postura “niilista”)
•Perfeccionismo na linguagem.
•Universalismo: essência humana, os grandes temas filosóficos.
•Narrativa documental e crítica à burguesia.
•Parasitismo social, econômico e político das elites brasileiras.
Tinha-me lembrado a
definição que José Dias
dera deles, “olhos de
cigana oblíqua e
dissimulada”
CARACERÍSTICAS GERAIS

• Narrativa memorialista
✓fraqueza de caráter, submissão à figura feminina (mãe e
esposa),
• deturpador dos fatos, aparente ingenuidade, calculista e
possessivo
• O parasitismo social:
✓José Dias, prima Justina, tio Cosme
• Teor acusatório: suposto adultério de Capitu com Escobar
• Narrativa não linear
• Tempo psicológico
• Desnudamento dos valores humanos:
✓a cobiça, a inveja, a bajulação, o interesse financeiro, ...
• O caráter vocacional: Bentinho e Escobar
• A solidão humana
QUINCAS BORBA

“Ao vencido, ódio ou


compaixão; ao vencedor,
as batatas”
CARACERÍSTICAS GERAIS

• 201 capítulos curtos


• A trajetória geográfica, econômica e social de Rubião,
o ingênuo professor de meninos de Barbacena (MG)
que passa a capitalista na corte (RJ);
• Análise psicológica;
• Reflexões morais objetivas;
• Visão pessimista da sociedade;
• Críticas cômicas e irônicas.
ESTRUTURA DA OBRA
• FOCO NARRATIVO

3ª pessoa: narrador observador e onisciente.


Conversa com o leitor.

• ESPAÇO

Barbacena (MG) – Rio de Janeiro.

• AMBIENTE

2º Império – século XIX – Teoria científicas em voga.


TEORIA DO HUMANITISMO
- Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a
expansão de duas formas, pode determinar a supressão
de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há
vida, porque a supressão de uma é princípio universal e
comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra.
Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas.
As batatas apenas chegam para alimentar uma das
tribos, que assim adquire forças para transpor a
montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em
abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as
batatas do campo, não chegam a nutrir-se
suficientemente e morrem de inanição.
A paz nesse caso, é a destruição; a guerra é a
conservação. Uma das tribos extermina a outra e
recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos,
aclamações, recompensas públicas e todos os demais
efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso,
tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo
real de que o homem só comemora e ama o que lhe
aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que
nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a
destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as
batatas.
RUBIÃO: A PROVA DA TEORIA

• Professor primário / nem cético nem crente;


• Enfermeiro, amigo e herdeiro do filósofo Quincas
Borba;
• De provinciano à capitalista;
• Ingênuo e de fácil convecimento (Sofia);
• Dilapida seu patrimônio:
- contribui par ao jornal de camacho com a esperança
de obter uma vaga política;
- doa 15 contos de réis para os flagelados de enchentes;
- serve diariamente “amigos” (que vão para sua casa
mesmo quando ele não se encontra).
INTERTEXTUALIDADE
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS

LOUCURA
QUINCAS RICO (HERANÇA)
MENDIGO
BORBA
FILÓSOFO HUMANITAS
QUINCAS BORBA

LOUCURA
RUBIÃO RICO (HERANÇA) MENDIGO
DISCÍPULO HUMANITAS
AO VENCEDOR, AS BATATAS

• Parasitismo social / politicagem;


• Exploração do ingênuo;
• Humanitismo = sátira ao Evolucionismo de Darwin e
Positivismo de Comte;
• Vaidade (Rubião, Cristiano e Sofia);
• Capitalismo / interesses / demência;
• Cão = Espécie de reencarnação de Quincas Borba (?).
Aluísio Azevedo
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA OBRA

Romances românticos
tentativa de profissionalização com a escrita
Romances naturalistas
✓Enfoque às camadas populares (coletividade)
✓Análise objetiva da realidade (1857 – 1913)
✓Influencias científicas:
•Determinismo
•Evolucionismo
•Positivismo
✓Romances de tese experimental
✓Despreocupação moral
PRINCIPAIS OBRAS
ROMANCES ROMÂNTICOS:

● Uma Lágrima de Mulher - 1879


●Mistério da Tijuca – 1882 (reed.: Girândola de Amores)

● Filomena Borges – 1884

● O Homem – 1887

● O Coruja – 1890

● A Mortalha de Alzira – 1894

ROMANCES NATURALISTAS:

● O Mulato – 1881
● Casa de Pensão – 1884

● O cortiço – 1890
O MULATO
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
✓Críticas ao Romantismo:
•idealização quanto à Raimundo
•sentimentalismo de Ana Rosa
✓Temática do preconceito racial
✓Anticlericalismo (Cônego Diogo)
✓Crítica à sociedade burguesa:
•hipocrisia
•relações de interesses
•falsa religiosidade
•o adultério
✓Animalização das personagens:
•camadas populares
•Instinto sexual
O CORTIÇO
ELEMENTOS DA NARRATIVA
• FOCO NARRATIVO
3ª pessoa: narrador descritivo, observador e onisciente.

• ESPAÇO
Rio de Janeiro – bairro de Botafogo – o cortiço de João Romão.

• AMBIENTE
Influências no caráter e no condicionamento.

• TEMPO: Cronológico (enredo linear).


• PERSONAGENS: Personagens-tipos / Caricaturais: o
vendeiro, a lavadeira, a prostituta, a serviçal, o português
ambicioso, o negro, o mestiço...
ASPECTOS GERAIS

Tragédia social do desenvolvimento suburbano;


Personificação da evolução do capitalismo selvagem;
Relações sociais de conveniências;
Parasitismo social;
Abordagem científica do ser humano :

OBSERVAÇÃO CONCLUSÃO

SOCIOLOGIA BIOLOGIA

DETERMINISMO
EXEMPLO DE DETERMINISMO
JERÔNIMO

Trabalhador / casado com Piedade / não bebia / não tomava


café / amante da cultura portuguesa

Muda-se para o cortiço

Torna-se um bêbado / vadio / abandona a esposa /


envolve-se com Rita Baiana / mata Firmo (ex-namorado
de Rita)
EXEMPLO DE DETERMINISMO
POMBINHA

Jovem noiva, moradora do cortiço

É abusada sexualmente por sua madrinha, Leônie.

Casa-se e abandona posteriormente o marido.


Torna-se amante da madrinha e prostituta de luxo.
Assedia Senhorinha (filha de Piedade / Jerônimo)
EXEMPLO DE DETERMINISMO
HENRIQUE

Jovem tímido, retraído. Estudante.

Muda-se para o sobrado.


Tem relações sexuais com Estela e Leocádia.

Torna-se um bêbado / vadio / abandona os estudos.


Vive na promiscuidade.
PERSONAGENS

CORTIÇO SOBRADO

João Romão
Henrique
NÚCLEO 01

Confiança / Passividade

João Romão Bertoleza


Exploração física e financeira
Busca por estabilidade econômica
JOÃO ROMÃO
RELAÇÕES SOCIAIS / “AMOROSAS”

BERTOLEZA ZULMIRA
FINANCEIRO
INTERESSE

JOÃO ROMÃO
NÚCLEO 02

Casamento de conveniência
Estabilidade financeira
Status social
Miranda Estela
Adultério / Revolta

Zulmira Henrique

Passividade Permissividade
Promiscuidade
NÚCLEO 03

Busca por estabilidade social


D. Isabel e financeira
Pombinha João Costa

Pombinha Léonie
Permissividade
Luxúria
NÚCLEO 04

INDIVÍDUO DETERMINISMO MEIO

Jerônimo Rita Baiana


Permissividade

PROMÍSCUA
RIVALIDADE

Degeneração moral

RELAÇÃO
Firmo Firmo
INTENÇÃO CRÍTICA
• OBRA-PRIMA DO NATURALISMO BRASILEIRO;
• ROMANCE DE ESPAÇO;
• O MEIO (CORTIÇO) DETERMINA O COMPORTAMENTO
DOS PERSONAGENS;
• DENÚNCIA SOCIAL:

✓CAPITALISMO SELVAGEM: EXPLORAÇÃO DA MISÉRIA


COLETIVA – FAVELAS – DIVISÃO DE CLASSES;
✓ASCENSÃO SOCIAL / INFLUÊNCIA / PRIVILÉGIOS;
✓ PARASITISMO /PERSONIFICAÇÃO DO CORTIÇO;
✓DEGRADAÇÃO MORAL E SOCIAL DO HOMEM.
Raul Pompeia
ROMANCE:

Uma tragédia no amazonas (1880)


As joias da Coroa (1882)
O Ateneu (1888)

CONTO:
Microscópicos (1881)
(1863 – 1895)
POEMA EM PROSA:
Canções sem metro (1900)
O ATENEU
CARACTERÍSTICAS GERAIS

● Não há enredo / recorte de lembranças;


● Romance social e impressionista com as seguintes
características:
NATURALISTAS
✓ Abordagem do coletivo / instintos
✓ Impulso sexual (homossexualismo)
✓ Determinismo / “a lei do mais forte”
REALISTAS
✓ Teor psicológico / antimonárquico
✓ Visão crítica da sociedade (colégio = microcosmos)
ELEMENTOS DA NARRATIVA
❖FOCO NARRATIVO

1ª pessoa, por Sérgio - autobiográfico

❖ESPAÇO (PERSONAGEM FÍSICO E SOCIAL)

COLÉGIO ATENEU – Rio de Janeiro

❖AMBIENTE

Corrupção do caráter e condicionamento do indivíduo ao


meio

❖TEMPO
Cronológico – dos 11 aos 13 anos
Psicológico (flashes da memória)
❖PERSONAGENS
SÉRGIO
• Narrador-personagem;
• Já adulto, narra em flashes uma
sucessão de episódios vividos na
adolescência;
• Menino de onze anos: mimado
pelos carinhos maternos;
• Frágil e inocente;
• Conhece a amizade, a força, o
autoritarismo, a violência, a
sexualidade...
Aristarco Argolo dos Ramos:

• Diretor do Ateneu –
monárquico e autoritário,
insensível e vaidoso.
• Mostrava sua visão de
negociante ao difundir a imagem
do colégio, colocando-o numa
vistosa vitrine, sob o olhar
admirado da sociedade.
• Seu autoritarismo reflete-se
principalmente nos constantes
constrangimentos que submetia
os alunos e nos castigos.
D. Ema:
Esposa de Aristarco.
Vista pelos alunos pelo viés da
maternidade (acolhimento e carinho) e da
sensualidade – Complexo de Édipo.

"bela mulher em plena prosperidade dos


trinta anos de Balzac, formas alongadas
por sua graciosa magreza, erigindo,
porem, o tronco sobre os quadris amplos,
fortes como a maternidade; (...)
Adiantava-se por movimentos oscilados,
cadência de minueto harmonioso e mole
que o corpo alternava. Vestia cetim preto
justo sobre as formas, reluzente como
pano molhado ...”
Ângela:

Empregada de Aristarco. "Grande, carnuda,


sangüínea e fogosa" . É a materialização do sexo e
da subserviência das classes sociais inferiores.

Os colegas:

São apresentados como tipos,


personagens nas quais se
fixam características
especificas que as definem.
São personagens planas com
comportamentos previsíveis.
INTENÇÃO CRÍTICA
• Obra memorialista: “crônica de saudades” (Sérgio =
alter ego do autor);
• Crítica ao sistema de educação de internato;
• Romance de (de) formação (caráter, social...);
• Descrição caricatural das personagens;
• Abordagem freudiana nas relações “pais” e
filhos:

✓Ema (mãe) – acolhimento e sensualidade


✓Aristarco – repulsa e caráter vil

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