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expressa-se pelos
mecanismos psicofísicos
(atos de fonação)
necessários à produção
dessas combinações.
A distinção
linguagem/língua/fala
situa o objeto da
Lingüística para Saussure.
Dela decorre a divisão do
estudo da
linguagem em duas partes:
uma que investiga a língua e
outra que
analisa a fala. As duas
partes são inseparáveis,
visto que são
interdependentes: a língua
é condição para se produzir
a fala, mas
não há língua sem o
exercício da fala. Há
necessidade, portanto,
de duas Lingüísticas: a
Lingüística da língua e a
Lingüística da fala.
Saussure focalizou em seu
trabalho a Lingüística da
língua, “produto
social depositado no
cérebro de cada um”,
sistema supra-individual
que a sociedade impõe ao
falante. Para o mestre
genebrino, “a
Lingüística tem por único e
verdadeiro objeto a língua
considerada
em si mesma, e por si
mesma”.
Os seguidores dos
princípios saussureanos
esforçaram-
se por explicar a língua por
ela própria, examinando as
relações
que unem os elementos no
discurso e buscando
determinar o valor
funcional desses
diferentes tipos de
relações. A língua é
considerada uma estrutura
constituída por uma rede de
elementos,
em que cada elemento tem
um valor funcional
determinado. A teoria
de análise lingüística que
desenvolveram, herdeira
das idéias de
Saussure, foi denominada
estruturalismo. Os
princípios teórico-
metodológicos dessa
teoria ultrapassaram as
fronteiras da
Lingüística e a tomaram
“ciência piloto” entre as
demais ciências
humanas, até o momento
em que se tomou mais
contundente a
crítica ao caráter
excessivamente formal e
distante da realidade
social da metodologia
estruturalista desenvolvido
pela Lingüística.
Em meados do século XX,
o norte-americano Noam
Chomsky trouxe para os
estudos lingüísticos uma
nova onda de
transformação. Chomsky
propõe uma definição de
linguagem de como
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um conjunto (finito ou
infinito) de sentenças, cada
uma finita em
comprimento e construída a
partir de um conjunto finito
de elemento.
Essa definição abrange
muito mais do que as
línguas
naturais, mas também
todas as línguas naturais
são, seja na
forma falada, seja na
escrita, linguagens, no
sentido de sua
definição, visto que toda
língua natural possui um
número finito
de sons (e um número
finito de sinais gráficos
que os
representam, se for
escrita); mesmo que as
sentenças distintas
da língua sejam em
número infinito, cada
sentença só pode ser
representada como uma
seqüência finita desses
sons (ou letras).
Cabe ao lingüista que
descreve qualquer uma
das
línguas naturais
determinar quais dessas
seqüências finitas de
elementos são sentenças, e
quais não são, isto é,
reconhecer o
que se diz e o que não se
diz naquela língua. A
análise das
línguas naturais deve
permitir determinar as
propriedades
estruturais que distinguem
a língua natural de outras
linguagens.
Chomsky acredita que
tais propriedades são
tão
abstratas, complexas e
específicas que não
poderiam ser
aprendidas a partir do nada
por uma criança em fase de
aquisição
da linguagem. Essas
propriedades já devem ser
“conhecidas”
da criança antes de seu
contato com qualquer
língua natural e
devem ser acionadas
durante o processo de
aquisição da
linguagem. Para
Chomsky, portanto, a
linguagem é uma
capacidade inata e
específica da espécie, isto
é, transmitida
geneticamente e própria
da espécie humana. Assim
sendo,
existem propriedades
universais da linguagem,
segundo Chomsky
e os que compartilham de
suas idéias. Esses
pesquisadores
dedicam-se à busca de tais
propriedades, na tentativa
de construir
uma teoria geral da
linguagem fundamentada
nesses princípios.
Essa teoria é conhecida
como gerativismo.
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Assim como Saussure - que
separa língua de fala, ou o
que é lingüístico do que não
é - Chomsky distingue
competência
de desempenho. A
competência Lingüística é
a porção do
conhecimento do sistema
lingüístico do falante que
lhe permite
produzir o conjunto de
sentenças de sua língua; é
um conjunto de
regras que o falante
construiu em sua mente
pela aplicação de
sua capacidade inata para
a aquisição da linguagem
aos dados
lingüísticos que ouviu
durante a infância. O
desempenho
corresponde ao
comportamento
lingüístico, que resulta
não
somente da competência
Lingüística do falante, mas
também de
fatores não lingüísticos de
ordem variada, como:
convenções
sociais, crenças, atitudes
emocionais do falante em
relação ao
que diz, pressupostos
sobre as atitudes do
interlocutor etc., de
um lado; e, de outro, o
funcionamento dos
mecanismos
psicológicos e
fisiológicos envolvidos
na produção dos
enunciados. O desempenho
pressupõe a competência,
ao passo
que a competência não
pressupõe desempenho. A
tarefa do
lingüista é descrever a
competência, que é
puramente Lingüística,
subjacente ao desempenho.
A língua - sistema
lingüístico socializado - de
Saussure
aproxima a Lingüística da
Sociologia ou da Psicologia
Social; a
competência -
conhecimento lingüístico
internalizado - aproxima
a Lingüística da Psicologia
Cognitiva ou da Biologia.
Alguns nos após a
divulgação do modelo de
Shanon, Bertil
Malmberg (1969) e Roman
Jakobson (1969),
apresentam suas
propostas. A preocupação
de Jakobson e Malmberg é
“completar”
ou “ampliar” as propostas
anteriores, para que
pudesse ser usado
para a comunicação
verbal, o modelo de
comunicação
excessivamente
simplificado da teoria da
informação, da teoria
da comunicação ou da
cibernética, ou dele
aproveitar apenas os
elementos necessários ao
exame da comunicação
humana.
“Caixas” são assim
acrescentadas ou excluídas.
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Para Jakobson, na
esteira dos estudos
sobre a
informação, há na
comunicação um
remetente que envia uma
mensagem a um
destinatário, e essa
mensagem, para ser eficaz,
requer um contexto (ou
um “referente”) a que se
refere,
apreensível pelo
remetente e pelo
destinatário, um código,
total
ou parcialmente comum a
ambos, e um contato, isto
é, um canal
físico e uma conexão
psicológica entre o
remetente e o
destinatário, que os
capacitem a entrar e a
permanece em
comunicação.
Bertil Malmberg e Roman
Jakobson foram
responsáveis
pelo processo de
reformulação do modelo
de comunicação. Os
autores ampliam o modelo
com a representação do
código,
situando a atualização das
unidades lingüísticas entre
o código e
o emissor; introduzem
também a preocupação
com a relação do
emissor e elementos
extralingüísticos.
O modelo resultante dessa
ampliação é um dos mais
conhecido entre os
estudiosos da linguagem
na atualidade.
Confira na figura 1, a
seguir:
LOCUTOR =>
DISCURSO =>
RESPOSTA DO
OUVINTE

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Quadro 2: Modelo do
processo de comunicação,
segundo Roman
Jakobson.
Se as propostas de
Jakobson ampliam o
modelo da teoria
da informação, sobretudo
no que diz respeito aos
códigos e
subcódigos e à variação
lingüística, sua
contribuição mais
conhecida e igualmente
relevante para o estudo da
comunicação
está relacionada com a
questão da variedade de
funções da
linguagem. Jakobson
mostrou que a linguagem
deve ser examinada
em toda a variedade de
suas funções, e não apenas
em relação à
função informativa (ou
referencial ou denotativa ou
cognitiva), que,
por ser a função dominante
em certo tipo de mensagem
e por ser
a que interessa ao teórico
da informação, foi, muitas
vezes, no
século XX
principalmente,
considerada a única ou a
mais
importante.
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1.4 FUNÇÕES DA
LINGUAGEM
As funções da linguagem
propostas por Jakobson
partem
da consideração do modelo
de comunicação acima,
focalizando
cada um dos elementos
presentes na comunicação.
Assim, em
qualquer processo
comunicativo, alguns
elementos assumem papel
central e são mais
focalizados do que os
outros. A função da
linguagem que ganha
destaque é, por isso, aquela
que melhor se
adequa à centralidade de
qualquer um dos itens
constantes no
processo comunicativo. O
realce particular de cada
um dos
componentes do modelo
comunicativo é feito a
partir de uma das
funções da linguagem,
apresentadas nas figuras a
seguir:
Figura 2: Esquema de
comunicação
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A função referencial, ou
informativa, é centrada
no
componente contextual da
comunicação, focando o
conteúdo da
mensagem, ou seja,
apresenta a informação a
ser veiculada de
modo objetivo e claro,
sem fazer referência ao
emissor ou
destinatário. Esta função
é a mais encontrada no
discurso
jornalístico e acadêmico.
Figura 3: Elementos da
Comunicação/Funções da
linguagem
Fonte: www. jackbran.pro.br
JORNAL ESPANHOL
NOTICIA
PRIVATIZAÇÃO DE
PARTES DA
AMAZÔNIA
O diário El Pais afirma
que o presidente Lula
deu sinal verde para o
início da privatização de
parte da floresta
brasileira.
O jornal espanhol
ressalta que Lula sempre
foi contra as
privatizações,
assim como o PT, mas se
rendeu aos problemas
insolúveis relativos à
preservação da
Amazônia. Segundo o El
Pais, o objetivo do
governo
brasileiro é inibir o
desmatamento com a
chegada de empresas
para a
extração de madeira e
outros produtos de forma
sustentável.
Uma área de 90 mil
hectares de floresta
amazônica em Rondônia
seria
a primeira a ser
privatizada, já em 2008.
(Fonte:
opiniaoenoticia.com.br/)
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A função emotiva centra-se
no
emissor da mensagem. As
estratégias
lingüísticas encontradas
nessa função
destacam o remetente
como parte do
conteúdo veiculado,
expressando, o
caráter emocional e
afetivo do
enunciador. Os efeitos
dessa função
são a subjetividade e
proximidade do
sujeito que veicula a
mensagem do
conteúdo desta. Esta
função predomina em
textos que destacam
o eu-lírico ou o próprio
enunciador, como as
poesias.
A função conativa procura
organizar o texto de forma
a que
se imponha sobre o
receptor da mensagem,
persuadindo-o,
seduzindo-o. Nas
mensagens em que
predomina essa função,
busca-se envolver o leitor
com o conteúdo
transmitido, levando-o
a adotar este ou aquele
comportamento. da
linguagem focalizada
o destinatário. Essa função
é bastante utilizada
quando agimos
sobre o outro, dando
conselhos, fazendo
perguntas, pedidos e
ordens. Outro uso bastante
comum da função conativa é
na linguagem
da publicidade em que se
procura convencer e
persuadir o
destinatário, produzindo
nele comportamentos
desejados.
Atinja suas metas
comerciaisMultiplique
cada dólar investido.
Atingimos lucro máximo
com o mínimo de
investimento.
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A função fática diz respeito ao
fato de que usamos certos
signos
para chamar a atenção
(ruídos como psiu, ahn, ei),
ocorrendo quando
a mensagem se orienta sobre
o canal de comunicação ou
contato,
buscando verificar e
fortalecer sua eficiência. da
linguagem centra-se
na utilização do canal de
contato entre emissor e
destinatário. Os efeitos
dessa função são a
aproximação entre os
interlocutores, produzindo
interesses comuns, e
efetivando a manutenção da
interação.
A função poética da
linguagem se manifesta
quando a
mensagem é elaborada de
forma inovadora e
imprevista, utilizando
combinações sonoras ou
rítmicas, jogos de imagem ou
de idéias.
Essa função é capaz de
despertar no leitor prazer
estético e surpresa.
A língua é utilizada para
produzir mensagens que
chamem à atenção
o destinatário pela forma
como são construídas,
elaboradas. A
publicidade, assim como a
literatura, são formas de uso
da língua em
que se encontra com mais
freqüência a aplicação dessa
função.
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A função metalingüística se
caracteriza quando a
linguagem
se volta sobre si mesma,
transformando-se em seu
próprio
referente. Geralmente o
entendimento da
metalingüística se define
pelo fato de o código se
tornar objeto da
comunicação,
possibilitando assim sua
avaliação, sua adequação,
e sua
significação no processo
comunicativo. A
metalingüística é
encontrada nos glossários e
dicionários.
Pirâmide
s.f. Monumento de base
retangular e quatro faces
triangulares, que
formam uma ponta na
extremidade superior. /
Fig. Amontoamento de
objetos em forma de
pirâmide. / Apresentação
de acrobacia em que
umas pessoas se apóiam
sobre outras, formando
uma espécie de
pirâmide. // Pirâmide das
idades, representação
gráfica das idades de
um grupo humano
(geralmente um estado),
apresentando-se em
abscissas negativas o
número dos homens e em
abscissas positivas o
número das mulheres. //
Anatomia. Pirâmide de
Malpighi, elemento
cônico que forma a
substância medular do rim.
// Matemática. Pirâmide
regular, a que tem por base
um polígono regular e cujo
vértice se projeta
ao centro desse polígono.
(As faces de uma pirâmide
regular são
triângulos isósceles iguais.)
(A área lateral de uma
pirâmide regular tem
por valor o semiproduto
do perímetro de sua
base por seu apótema.
O volume de uma
pirâmide é igual à terça
parte do produto da
superfície da base pela
altura.)

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