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INCENTIVOS FISCAIS PARA DEDUÇÃO DO IRPJ


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DO

Por: Janaína Rovari Cordeiro

Orientador
Prof. Flavio Luis Vieira Souza

Rio de Janeiro
2013
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA

INCENTIVOS FISCAIS PARA REDUÇÃO DO IRPJ

Apresentação de monografia à AVM Faculdade


Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão e Planejamento
Tributário.
Por: Janaína Rovari Cordeiro
AGRADECIMENTOS

....agradeço aos meus pais, que me


auxiliaram nessa grande jornada, ao
meu irmão Fernando e Cunhada
Juliana Dias que sempre acreditaram
no meu potencial. Aos meus colegas
de trabalho...
DEDICATÓRIA

...dedica-se a DEUS, meus pais,


Amaurilio Soares Cordeiro e Ilda Rovari
Cordeiro.
RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo, descrever os Incentivos Fiscais


que podem servir como ferramenta na dedução do IRPJ, para empresas que
estão acolhidas pelo regime do Lucro Real. Através de uma pesquisa
bibliográfica, verificaram-se as opções de benefícios concedidos pelo Governo
Federal disponíveis na Legislação Brasileira. São eles: Programa de
Alimentação ao Trabalhador, Fundos dos Direitos da Criança e do
Adolescente, atividades culturais ou artístico e Incentivo ao Desporto. Ainda de
forma sucinta, mencionar os deveres que as empresas devem cumprir, para
que esses Incentivos Fiscais possam ter valor dedutível. Mensurar os
Incentivos Fiscais mais comuns, e a quem ele pode beneficiar, dentro ou fora
da própria empresa. Trazer as claras, o que o Governo Federal propõe com
essa política, trazendo um consolidado investimento, afim de que, os
Incentivos Fiscais sejam um diferencial na economia e saúde financeira da
Empresa contribuinte.
METODOLOGIA

A metodologia utilizada na realização desse trabalho será através de


leitura de alguns livros especializados no assunto, manuais federais,
constituição, reportagens, sites, artigos acadêmicos, e entre outros, que ao
longo do trabalho pode-se criando uma visão ampla e abrangente do tema
Incentivos Fiscais do IRPJ, visando à redução da carga tributaria.

Segundo Gil (2007: p.64) a “pesquisa bibliográfica é desenvolvida a


partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos”.

Segundo Markoni & Lakatos (1996: p.66), pesquisa bibliográfica


“abrange toda a bibliografia já tornada publica em relação ao termo de estudo”.

Por tanto, essa pesquisa é baseada na legislação brasileira especifica,


visando dar ênfase e total importância do planejamento tributário, ligado ao
Imposto de Renda. Fundamenta-se na busca e captação de informações,
sejam através de elementos teóricos ou práticos, permitindo a união de
informações.

Podemos classificar a metodologia desse trabalho com explicativa e


descritiva, pois visa esclarecer os conceitos e aplicação dos Incentivos Fiscais
através de modelos teóricos e práticos, também enfatiza os fatores
responsáveis pela ausência de informação e a não adesão das empresas pelo
uso e desfrute dos Incentivos Fiscais vigentes no Manual DIPJ 2000.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8
CAPITULO I - LUCRO REAL 10
1.1 – OBRIGAÇÕES DA TRIBUTAÇÃO NO LUCRO REAL 11
1.2 – APURAÇÃO DO IR SOBRE O LUCRO REAL 15
1.2.1 – ALIQUOTAS 15
1.2.2 – ADICIONAL 16
1.2.3 – DEDUÇÃO DO IMPOSTO DEVIDO 16
1.2.4 – COMPENSAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA 17
1.2.5 – OPÇÕES PARA APLICAÇÕES EM INVESTIMENTOS REGIONAIS 18
CAPITULO II - INCENTIVOS FISCAIS PARA DEDUÇÃO DO IRPJ 18
2.1 – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO AO TRABALHADOR (PAT) 21
2.2 – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO INDUSTRIAL
(PDTI) / AGROPECUARIO (PDTA) 23
2.3 – CARATER CULTURAL E ARTISTICO 24
2.4 – ATIVIDADE AUDIOVISUAL 25
2.5 – FUNDOS DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE 27
2.6 – PROJETOS DESPORTIVOS E PARADESPORTIVOS 28
CAPITULO III – QUEM SE BENEFICIA COM INCENTIVO FISCAL SOBRE O
IR 29
CONCLUSÃO 31
ANEXOS 32
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35
SITES CONSULTADOS 36
ÍNDICE 37
FOLHA DE AVALIAÇÃO 38
8

INTRODUÇÃO

Os Incentivos Fiscais foram definidos pelo Governo, a fim de ser, um


incentivo na escolha da forma de tributação das pessoas jurídicas, exigindo
que elas passem a buscar alternativas legais, que diminuam o excesso da
carga tributaria, e assim, atuando de forma mais auxiliadora no
desenvolvimento a cultura, alimentação ao trabalhador, programas especiais,
atividades desportivas, entre outras.

Contudo, existem pontos que faz com que as normas dos Incentivos
Fiscais contrariem os objetivos constitucionais, fazendo com haja uma redução
na receita publica de natureza compulsória ou a supressão de sua
exigibilidade, situando-se no campo da extrafiscalidade, visando desenvolver
economicamente determinada região ou certo setor de atividade.

O imposto de renda é um dos principais vilões pela alta carga


tributaria, e uma das formas que as empresas instaladas no Brasil dispõem
para reduzirem o valor a ser recolhido deste imposto, é através dos incentivos
fiscais, através da legislação tributaria para as empresas tributadas com base
no lucro real.

Esses recursos são alguns Incentivos Fiscais que tem sido de grande
importância para que o Estado juntamente com a iniciativa privada, apoiem
ações de interesse publico, contribuindo para o desenvolvimento intelectual,
cultural e econômico, definindo o volume de recursos que o Governo impõe
como forma obrigatória através, de impostos, taxas e contribuições, afim de
que, possam-se financiar as atividades que estão sobre sua responsabilidade
governamental, exigindo que as empresas busquem alternativas legais, para
redução no excesso da carga tributária.

Um dos principais motivos de escolha do tema dessa pesquisa foi que


a maior parte das empresas, não tem conhecimento da Legislação e muito
9

menos do que se refere os Incentivos Fiscais, e ainda a melhor forma de


trazê-lo ao corpo empresarial, fazendo jus ao que o Governo propõe para
minimizar o valor de pagamento dos impostos.

No conteúdo dessa pesquisa, serão abordados vários itens


relacionados ao assunto, trazendo o conceito de tributos, Imposto de Renda de
Pessoa Jurídica, Lucro Real e Incentivo Fiscal, a fim de esclarecer com
embasamento na Legislação, as diversas formas em que os Incentivos podem
e devem ser utilizados.

No Brasil, podemos mensurar os Incentivos Fiscais que são a


Legislação assegura na dedução do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas
tributadas no Lucro Real, e quais as formas que essa dedução poderá ser
empregada deduzindo na sua totalidade, ou ainda poderá tratada como
despesa operacional e sua dedução será parcial do valor doado ou
patrocinado.

O conhecimento da Legislação é de suma importância para que os


Incentivos Fiscais sejam analisados e identificados conseguindo analisar a
forma mais vantagiosa e menos onerosa de tributar.

O problema aqui apresentado é se as empresas que utilizam os


incentivos fiscais na apuração o IRPJ, conseguem realmente êxito na redução
da sua carga tributaria? E em contrapartida, como hipótese, essas empresas
conseguem encontrar a resolução para solucionar essa dificuldade, pois se
acredita que os incentivos fiscais têm como retorno ganhos tributários. Ao
pesquisarmos a resposta, a pesquisa delimita-se a estudar os incentivos fiscais
permitidos na legislação.
10

CAPITULO 1 - LUCRO REAL

Conforme Instrução Normativa do SRF nº 28 de 1978, o Lucro Real “é


à base do imposto sobre a renda apurada segundo registros contábeis e fiscais
efetuados sistematicamente de acordo com as leis comerciais e fiscais. A
apuração do Lucro Real é feita na parte A do Livro de apuração do Lucro Real,
mediante adições e exclusões ao lucro liquido do período de apuração
(trimestral ou anual) do imposto e compensações de prejuízos fiscais
autorizadas pela legislação do imposto de renda, de acordo com
determinações vigentes na Lei”.

De acordo com Neves e Vicenonti (2002, p.3), o Lucro Real é a


sistemática de tributação em que as pessoas jurídicas, a partir do resultado
efetivo (Lucro ou Prejuízo) do período de apuração, apuram a base de cálculo
do Imposto de Renda ajustando o resultado efetivo através das adições,
exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela Legislação do
Imposto sobre Renda, conforme artigo 247 do regulamento do imposto de
renda: O lucro real é um conceito fiscal e não um conceito econômico. No
conceito econômico o resultado positivo da soma de receita bruta (de vendas e
serviços) (-) devoluções de impostos (-) custos (-) despesas operacionais (+)
receitas não operacionais (-) despesas não operacionais. Ou seja, o resultado
contábil. A lei do IR denomina esse resultado contábil (econômico) de lucro
liquido (FABRETTI, 2001, P.216).

Sá e Sá (1995, p.301), afirmou ao falar sobre o Lucro Real, que este é


o “Lucro verdadeiro que serve de base para ser tributado”.
No Lucro Real, podemos apurar exatamente o valor de fato em seu
Lucro ou Prejuízo fiscal no exercício fiscal, através de suas receitas e
despesas, podem-se apurar o seu montante que compõe e demonstram os
valores reais que seu ramo de atividade movimenta em operações. O período
de apuração encerra-se:
11

Nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro,


no caso de apuração trimestral do imposto de renda;

a) No dia 31 de dezembro de cada ano-calendário, no caso de


apuração anual do imposto de renda;
b) Na data de extinção da pessoa jurídica, assim entendida a
destinação anual do imposto de renda;
c) Na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão
de pessoa jurídica.

Sem prejuízo do balanço de que trata o art. 21 da Lei nº 9.249, de 26


de dezembro de 1995, e art. 6º da Lei nº 9.648 de 27 de maio de 1998, e da
responsabilidade por sucessão, o resultado do período, que servirá de base
para apuração do imposto, nos casos de extinção, incorporação, fusão ou
cisão da pessoa jurídica, compreenderá os fatos geradores ocorridos até a
data do evento.

1.1. OBRIGAÇÕES DA TRIBUTAÇÃO LUCRO REAL

As empresas são livres para escolher a forma de tributação que melhor


se adequar a saúde financeira que ela viver, porém, existem regras essas
formas de tributação que devem ser obedecidas, ou seja, enquadramentos
legais que obrigam as empresas a pagarem os impostos por determinadas
formas de tributação.

Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, em


cada ano-calendário, as pessoas jurídicas:

a) Cuja receita total, ou seja, o somatório da receita bruta mensal,


das demais receitas e ganhos de capital, dos ganhos líquidos
obtidos em operações realizadas nos mercados de renda;
12

b) Está obrigada a apuração do Lucro Real as pessoas jurídicas


cuja receita total, no ano-calendário anterior seja superior ao
limite de R$ 72.000.000,00 (setenta e dois milhões de reais), ou
proporcional ao número e meses do período, quando inferior a
doze meses, na forma da Lei 9.718, de 27 de novembro de
1998, alterada em 17 de maio de 2013.
c) Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de
investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,
sociedade de credito, financiamento e investimento, sociedade
de credito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores
mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores
mobiliários, empresas de arrendamento, cooperativas de
credito, empresas de seguros privados e de capitalização e
entidades de previdência privada aberta;
d) Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo
do exterior;
e) Que, autorizadas pela legislação tributaria, usufruam de
benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;
f) E que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado
pagamento mensal do imposto de renda, determinado sobre a
base de calculo estimada, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430,
de 1996;
g) Que explorem as atividades de prestação cumulativa e continua
de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de
credito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e
receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

Prazo para pagamento do Imposto de Renda determinado com Base


no Lucro Real Trimestral:
13

O imposto de renda devido, apurado trimestralmente, será pago em


quota única, até o ultimo dia útil do mês subsequente AP do encerramento do
período de apuração.

À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até


três quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no ultimo dia útil dos três
meses subsequentes ao do encerramento do período de apuração a que
corresponder.

Nenhuma quota poderá ter valor inferior R$ 1.000,00 (um mil reais) e o
imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota
única.

As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa


referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC, para títulos
federais, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês
subsequente ao do encerramento do período de apuração até o ultimo dia do
mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.

Imposto de Renda determinado sobre base de calculo estimada


mensalmente ou com base em balanço ou balancete de suspensão ou
redução:

I. Pagamentos mensais: O imposto de renda devido, determinado


mensalmente sobre a base de calculo estimada, ou apurado em
balanço ou balancete de suspensão ou redução, será pago até
o ultimo dia do mês subsequente aquele a que se referir (art. 6º
da Lei nº 9.430, de 1996).
II. Saldo do imposto apurado em 31 de dezembro (ajuste anual):
a) Será pago em quota única até o ultimo dia útil do mês de
março do ano subsequente. O saldo do imposto será
acrescido de juros equivalentes a taxa referencial do
14

Sistema Especial de Liquidação e Custodia – SELIC, para


títulos federais, acumulada mensalmente, a partir de 1º de
fevereiro do ano subsequente até o ultimo dia do mês
anterior ao do pagamento e de 1% (um por centro) no mês
do pagamento;
b) Poderá ser compensado com imposto de renda devido a
partir do mês de janeiro do ano-calendário subsequente ao
do encerramento do período de apuração, assegurada a
alternativa de requerer a restituição, observando-se o
seguinte (AD nº 03, de 07 de janeiro de 2000):
b.1) Os valores pagos, nos vencimentos estipulados na
legislação especifica, com base na receita bruta e acréscimos
ou em balanço ou balancete de suspensão ou redução nos
meses de janeiro a novembro, que excederem ao valor devido
anualmente, será atualizados pelos juros equivalentes a taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custodia –
SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir
de 1º janeiro do ano-calendário subsequente aquele que se
referir o ajuste anual até o mês anterior ao da compensação e
de 1% relativamente ao mês da compensação que estiver
sendo efetuada;
b.2) o valor pago, no vencimento estipulado em legislação
especifica, com base na receita bruta e acréscimos ou em
balanço ou balancete de suspensão ou redução relativo ao
mês de dezembro, que exceder ao valor devido anualmente,
será acrescido dos juros equivalentes a taxa referencial do
Sistema Especial de Liquidação e Custodia – SELIC para
títulos federais, acumulada mensalmente, a partir de fevereiro
até o mês anterior ao do compensação e de 1% relativamente
ao mês em que a compensação estiver sendo efetuada;
b.3) a compensação e/ou restituição do saldo negativo
correspondente ao valor citado no subitem “b.2” somente
15

poderá ser feita após o seu pagamento, não podendo ser


compensado a partir de 1º janeiro do ano-calendário
subsequente, ainda que o imposto tenha sido pago no
vencimento estipulado na legislação especifica, salvo se pago
até 31 de dezembro do ano-calendário a que se referir a
apuração.

1.2. APURAÇÃO DO IR SOBRE O LUCRO REAL

As pessoas jurídicas devem apurar trimestralmente o imposto de renda


no lucro real, conceituado pela legislação em vigor.

1.2.1. ALIQUOTAS

As alíquotas do imposto de renda em vigor no ano-calendário de 1999


são as seguintes:

a) 15% (quinze por cento) sobre o lucro real apurado pelas


pessoas jurídicas em geral, seja comercial ou civil o seu objeto;
b) 6% (seis por cento) sobre o lucro inflacionário acumulado até 31
de dezembro de 1987, das empresas concessionárias de
serviços públicos de energia elétrica e telecomunicações, das
empresas de saneamento básico e das empresas que exploram
a atividade de transporte coletivo de passageiros, concedida ou
autorizada pelo poder publico e com tarifa por ele fixada,
realizado no período de apuração (trimestral ou anual) do
imposto.
16

1.2.2. ADICIONAL

A parcela do lucro real que excede ao resultado da multiplicação de R$


20.000,00 (vinte mil reais) pelo numero dos meses do respectivo período de
apuração se sujeita a incidência do adicional, à alíquota de 10% (dez por
cento).

A alíquota do adicional é única para todas as pessoas jurídicas,


inclusive instituições financeiras, sociedades seguradoras e assemelhadas.

O adicional incide, inclusive, sobre os resultados tributáveis de pessoa


jurídica que explore atividade rural (Lei nº 9.249, de 1995, art. 3º, § 3º). No
caso de atividades mistas, a base de calculo do adicional será a soma do lucro
real apurado nas atividades em geral co o lucro real apurado na atividade rural.

1.2.3. DEDUÇÃO DO IMPOSTO DEVIDO

A pessoa jurídica que apurar o lucro real, trimestramente, poderá


deduzir do imposto devido:

a) Os seguintes Incentivos Fiscais: Vale-Transporte (excesso),


Caráter Cultural e Artístico, Programa de Alimentação ao Trabalhador,
Desenvolvimento Tecnológico Industrial/Agropecuário, Atividade Audiovisual,
Fundos do Direito da Criança e do Adolescente, Regionais de Redução e/ou
Isenção do Imposto, e de Redução por Reinvestimento, em conformidade com
a legislação pertinente e as observações contidas no subitem 7.1.6 deste
manual (Manual de Instrução de Preenchimento do DIRJ 2000);
b) O imposto de renda pago ou retido na fonte sobre as receitas que
integraram a base de calculo do imposto devido;
17

c) Imposto pago no exterior sobre lucros disponibilizados,


rendimentos e ganhos de capital;
d) O imposto retido na fonte sobre rendimentos pagos ou creditados
à filial, sucursal, controlada ou coligada de pessoa jurídica domiciliada no
Brasil, não compensado em virtude de a beneficiária ser domiciliada em país
enquadrado nas disposições do art. 24 da Lei nº 9.340, de 1996, quando os
resultados da filial, sucursal, controlada ou coligada, que contenham os
referidos rendimentos, forem computados na determinação do lucro real de
pessoa jurídica no Brasil (MP nº 1.858-6, de 1999, e reedições posteriores; MP
nº 1991-12, de 1998, e reedições);
e) O imposto de renda retido na fonte por órgãos públicos, conforme
art. 64 da Lei nº 9.340, de 1996.

1.2.4. COMPENSAÇÕES DO IMPOSTO DE RENDA


DEVIDO

A pessoa jurídica poderá efetuar as seguintes compensações:

a) Pagamentos indevidos ou a maior de imposto de renda;


b) Saldo negativo de imposto de renda de períodos anteriores;
c) Outras compensações efetuadas em conformidade com a IN
SRF nº 21, de 1997, e IN SRF nº 73, de 1997;

As compensações efetuadas deverão ser demonstradas na DCTF.


18

1.2.5. OPÇÕES PARA APLICAÇÕES EM


INVESTIMENTOS REGIONAIS

A pessoa jurídica tributada com base no lucro real poderá manifestar a


opção pela aplicação da parte do imposto de renda em investimentos
regionais, na declaração ou no curso do ano-calendário, nas datas de
pagamento do imposto apurado trimestralmente.

O valor a ser aplicado poderá ser equivalente a até:


18% para FINOR e FINAM e 25% para o FUNRES, a partir de janeiro
de 1998 até dezembro de 2003;
12% para o FINOR e FINAM e 17% para o FUNRES, a partir de janeiro
2004 até dezembro de 2008;
6% para o FINOR e FINAM e 9% para o FUNRES, a partir de janeiro
de 2009 até dezembro de 2013 (Lei nº 9.532, de 1997, art. 4º, § 1º).

O recolhimento da parcela relativa á aplicação em investimentos


regionais será efetuado mediante DARF especifico com os seguintes códigos:
1800 (FINOR), 1825 (FINAM) e 1838 (FUNRES). A opção manifestada é
irretratável e os DARF utilizados para recolhimento com os códigos
anteriormente mencionados não poderão sofrer retificação relativa ao código
ou ao valor da receita (Lei nº 9.532, de 1997, art. 4º, § 5º; IN SRF nº 90, de 31
de julho de 1998, arts. 2º e 3º).

CAPITULO 2 - INCENTIVOS FISCAIS PARA DEDUÇÃO


DO IRPJ

Os incentivos Fiscais que trataremos neste tópico são os que a


legislação em vigor no Brasil, permite aproveitar-se pelas empresas optantes
19

pela forma de tributação Lucro Real, aplicando-o na dedução do Imposto de


Renda de Pessoa Jurídica. Sendo assim, não comentaremos os incentivos
fiscais relacionados ao Imposto de Renda de Pessoa Física, Estados e
Municípios, que também tem legislação com seus incentivos fiscais
regulamentados com variações de um para o outro.

Como já foi mencionado no tópico em que tratamos do Lucro Real,


alguns incentivos fiscais podem ser deduzidos de forma integral, porém,
existem outros que devem ser tratados e considerados como despesas
operacionais, que serão deduzidos do valor do imposto apenas parte do valor
doado ou patrocinado.

Esse aproveitamento sobre a legislação e melhor forma de dedução,


só poderá acontecer quando a empresa é bem assessorada pela sua área
contábil, esclarecendo e melhor aplicando a legislação vigente sobre o
incentivo fornecido pelos órgãos correspondentes, podendo permitir que as
empresas julguem qual a melhor forma para que se possa adquirir as
vantagens e redução de desperdício.

A partir do ano-calendário de 1998, somente poderão deduzir


incentivos fiscais as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real,
observando-se que:

a) Poderá ser deduzido do imposto estimado mensal, os incentivos


relativos ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), a
operação de caráter cultural e artístico, a atividades audiovisuais
e a doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do
Adolescente;
b) Poderá ser deduzido do imposto trimestral ou anual todos os
incentivos constantes da tabela abaixo:
20

Limite de Limite de
Base de Cálculo
Incentivos Fiscais Dedução Dedução Fundamento Legal
do Incentivo
Individual Cumulativa

15% das despesas


de custeio do
PAT,, líquidas da
parcela cobrada
Programa de dos empregados 4% do
Alimentação do ou 15% de R$1,99 IRPJ
Trabalhador (PAT) X número de devido
refeições Arts. 491 a 493, 581 a
fornecidas no 4% do IRPJ
587, 504 a 507 do
período,, o que for devido
RIR/99.
menor.

Programa de
Desenvolvimento 15% dos
4% do
Tecnológico dispêndios
IRPJ
Industrial ou incorridos no
devido
Agropecuário período
(PDTI/PDTA)
Operações de Valor das doações 4% do
Caráter Cultural e e patrocínios IRPJ 4% do IRPJ
Artístico, realizados devido devido,
Valores aplicados observado o
na aquisição de limite Arts. 475 a 478, 484 a
certificados de 3% do específico 488 do RIR/99.
Atividade para as
investimentos em IRPJ
Audiovisual atividades
projetos aprovados devido
pelo Ministério da audiovisuais
Cultura
Doações aos
Doações 1% do
Fundos dos Direitos
efetivamente IRPJ Não há Art. 591 do RIR/99
da Criança e do
realizadas devido
Adolescente
Patrocínios e
Art. 1º da Lei nº
doações a projetos 1% do
Projetos Desportivos 11.438/06 com a
aprovados pelo IRPJ Não há
e Paradesportivos redação dada pela Lei
Ministério do devido
nº 11.472/2007
Esporte
“Figura 01 – Principais Incentivos Fiscais”
http://www.fisconet.com.br/user/agenda/tabelas_praticas/ir_12.htm - Autor desconhecido
21

2.1. PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO AO TRABALHADOR


(PAT)

O PAT foi instituído através da Lei nº 6.321 de 14 de abril de 1976


(SAVIO et al.,2005; BANDONI, BRASIL e JAIME, 2006; SANTOS et al., 2007)
e regulamentado pelo Decreto nº 787.676 de 08 de Novembro de 1976,
substituído pelo Decreto nº 05 de 14 de janeiro de 1991, que determina regras
de participação e execução do Programa. Segundo o art. 1º desse Decreto, é
permitido a Pessoa Jurídica deduzir do imposto de renda devido, um
percentual sobre a soma das despesas com o custeio de alimentação; o § 3º
do mesmo art. Dispõe que, as despesas que servirão de base de calculo para
a dedução do IR são somente as de custeio exclusivo do serviço de
alimentação, podendo ser incluídas matéria-prima, mão-de-obra e custos
diretamente relacionados ao fornecimento das refeições, excetuando despesas
como equipamentos, manutenção, pratos, copos e talheres.

O art. 4º desse Decreto permite que a Pessoa Jurídica mantenha


serviço próprio de refeições, ou convênios com entidades que forneçam ou
prestem serviços de alimentação coletiva, porém é importante observar que,
quaisquer irregularidades que possam ocorrer é de inteira responsabilidade do
empregador. O valor das refeições é custeado parte pelo governo, parte pela
empresa e parte pelo trabalhador, sendo que, o custo para o trabalhador fica
limitado a 20% do valor gasto com a refeição. O valor fornecido ao trabalhador
seja por refeições, tíquetes ou cestas, será considerada como salário utilidade,
parcela In Natura, ou seja, não terá natureza salarial, não incorporando ao
salário para qualquer efeito e não tendo incidência de Previdência Social,
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Imposto de Renda Retido
na Fonte (IRRF).

O beneficio concedido pela empresa não constitui direito adquirido,


podendo ser cancelado ou interrompido, não acarretando nenhum tipo de
22

penalidade para a empresa, a qual somente não usufruirá dos incentivos e


isenções de encargos sociais. Se o beneficio for concedido em espécie,
mesmo que por força de convenção coletiva, a empresa não poderá se
beneficiar dos incentivos e nem se inscrever no PAT, considerando-se essa
parcela como salário e por consequência base para todos os encargos.

A pessoa jurídica que tiver Programa de Alimentação ao Trabalhador


aprovados pelo Ministério do Trabalho, nos termos do Decreto nº 5, de 1991,
com as alterações introduzidas pelo Decreto nº 349, de 1991, respeitado o
limite estabelecido, poderá deduzir do imposto de renda o valor equivalente a
15% do total das despesas de custeio efetuadas no período de apuração.

Para a utilização do beneficio, o custo Maximo da refeição será de R$


2,49 (dois reais e quarenta e nove centavos), no caso de o custo efetivo ter
sido superior a esse valor. O valor mensal do beneficio será calculado
mediante a aplicação da alíquota do imposto sobre o resultado da
multiplicação do numero de refeições fornecidas em cada período de
apuração, correspondente a 80% do custo efetivo de cada refeição. No caso
de o custo efetivo ser igual ou superior a R$ 2,49 o valor mensal do beneficio
será calculado mediante a aplicação, pelo valor de R$ 1,99 (um real e noventa
e nove centavos) (IN SRF nº 16, de 1992). A pessoa jurídica que estiver
apurando lucro real anual considerará como valor do beneficio o resultado da
soma dos valores correspondentes aos meses do ano-calendário, observados
os limites em relação ao imposto devido.
23

2.2. PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO


TECNOLOGICO INDUSTRIAL (PDTI) /
AGROPECUÁRIO (PDTA)

A pessoa jurídica titular de Programa de Desenvolvimento Tecnológico


Industrial – PDTI ou Programa de Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário
– PDTA, nos termos do Decreto nº 96.760, de 1988, alterado pelo Decreto nº
99.073, de 1990; ou no Decreto nº 949, de 1993, poderá deduzir do imposto
devido o valor equivalente ao resultado da aplicação da alíquota de 15% sobre
o total dos dispêndios realizados em atividades de desenvolvimento
tecnológico no período de apuração, observados os limites permitidos.

A dedução do imposto de renda a este título não poderá exceder,


isoladamente, a 4% do imposto de renda devido, observado o disposto no § 4º
do art. 3º da Lei nº 9.249, de 1995 (Lei nº 9.532, de 1997, art. 5º e art. 81, II).
Para efeito do calculo da dedução deste incentivo, deverá ser excluída, do
imposto de renda devido, a parcela do imposto correspondente a lucros,
rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior (Lei nº 9.430, de 1996,
art. 16 § 4º; IN SRF nº 38, de 1996, art. 14).

Observados o limite especifico de cada incentivo e o disposto no § 4º


do art. 3º da Lei nº 9.349, de 1995, o total das deduções do imposto devido
relativos ao PAT – Programa de Alimentos ao Trabalhador e aos Programas de
Desenvolvimento Tecnológico Industrial – PDTI e Programa de
Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário – PDTA não poderá exceder a 4%
do imposto devido (Lei nº 9.532, de 1997, art. 6º, I e art. 81, II).

Para os projetos aprovados até 03/06/1993, o limite individual de


dedução, quando utilizado conjuntamente com o incentivo do Programa de
Alimentação do Trabalhador é de 8%.
24

Observar o limite global incluindo o Vale-Transporte, conforme


esclarecimentos citados naquele tópico.

Os incentivos PDTI/PDTA, cujos projetos foram aprovados após 03 de


junho de 1993, não poderão ser utilizados cumulativamente com outros da
mesma natureza, previstos em Lei anterior ou superveniente (Lei nº 8.661, de
1993, art. 9º).

2.3. CARATER CULTURAL E ARTISTICO

A pessoa jurídica que efetuar doações ou patrocínios em favor de


projetos culturais, desde que atendidas às condições do Decreto nº 1.494, de
1995, e da IN SE-MINC/SRF nº 1, de 1995, poderá deduzir do imposto devido
o valor calculado deste incentivo, observando-se a base legal de concessão
dos projetos e os limites legais estabelecidos, conforme a seguir:

a) Projetos aprovados nos termos dos arts. 25 e 26 da Lei nº


8.313, de 1991;
a.1) 40% do somatório das doações;
a.2) 30% do somatório dos patrocínios.
b) Projetos aprovados nos termos dos art. 18 da Lei nº 8.313, de
1991, alterados pela MP nº 1.589, de 1997, e reedições; MP nº
1.611, de 1997, e reedições; MP nº 1.739, de 1998 e reedições;
MP nº 1.871, de 1990; reedições; Lei nº 9.874, de 23 de
novembro de 1999:
b.1) 100% do somatório das doações;
b.2) 100% do somatório dos patrocínios.

A dedução do imposto de renda a este título não poderá exceder,


isoladamente, a 4% do imposto de renda devido, observado o disposto no § 4º
do art. 3º da Lei nº 9.249, de 1995 (Lei nº 9.532, de 1997, art. 5º e art. 81, II).
25

Para efeito do calculo da dedução deste incentivo, deverá ser excluída, do


imposto de renda devido, a parcela do imposto correspondente a lucros,
rendimentos ou ganhos de capital auferido no exterior (Lei nº 9.430, de 1996,
art. 16 § 4º).

Além de observar o limite especifico de cada incentivo, o total das


deduções relativas aos incentivos em operações de caráter cultural e atividade
audiovisual não poderá exceder a 4% do imposto devido, observado o disposto
no § 4º do art. 3º da Lei nº 2.249, de 1995 (Lei nº 9.532, de 1997, art. 6º, II e
art. 81, II, MP nº 1.855-20, de 1999, e reedições; MP nº 1.990-26, de 1999, art.
10 e reedições).

A pessoa jurídica que tiver projeto aprovado nos termos dos arts. 25 e
26 da Lei nº 8.313, de 1991, além de efetuar as deduções do imposto devido,
conforme o item “a”, não terá prejudicado o direito de deduzir o valor relativo as
doações e/ou aos patrocínios como despesa operacional.

A pessoa jurídica que tiver projeto nos termos do art. 18 da Lei nº


8.313, de 1991, alterado pela MP nº 1.598, de 1997, MP nº 1.611, de 1997, MP
nº 1.739, de 1998, e reedições; MP nº 1.871, de 1999, e reedições; Lei nº
9.874, de 23 de novembro de 1997, que fizer jus à dedução do imposto de
renda, não poderá efetuar qualquer dedução do valor correspondente às
doações ou patrocínios como despesa operacional.

2.4. ATIVIDADE AUDIOVISUAL

A pessoa jurídica que atender as condições do Decreto nº 974, de


1993, da IN SRF nº 54, de 1994, poderá deduzir do imposto devido às quantias
referentes a investimentos feitos na produção de obras audiovisuais
cinematográficas brasileiras de produção independente e em projetos
específicos na área audiovisual, cinematográfica de exibição, distribuição e
26

infra-estrutura técnica, apresentados por empresa brasileira, mediante a


aquisição de quotas representativas de direitos de comercialização,
caracterizadas por Certificados de Investimentos.

A dedução está limitada a 3% do imposto devido, observado o disposto


no § 4º do art. 3º da Lei nº 9.249, de 1995, e só se aplica aos investimentos
realizados no mercado de capitais em favor de projetos de produção
independente, previamente aprovados pelo Ministério da Cultura. Para o
calculo do limite desta dedução deverá ser excluída, do imposto de renda
devido, a parcela do imposto correspondente a lucros, rendimentos ou ganhos
de capital auferidos no exterior ( Lei nº 9.323, de 1996, art. 1º e 3º; Lei nº
9.430, de 1996, art. 16, § 4º; e IN SRF nª 38, de 1996, art. 14).

Observados o limite especifico de cada incentivo e o disposto no § 4º


do art. 3º da Lei nº 9.249, de 1995, o total das deduções do imposto relativo
aos Incentivos Atividades Audiovisuais e Atividade Cultural não poderá exceder
a 4% do imposto devido (Lei nº 9.532, de 1997, art. 6º, I e art. 81, II; e MP nº
1.753-13, de 1998, art. 10 e reedições ; MP nº 1.855-20, de 1999, e reedições;
MP nº 1.990-26, de 1999, e reedições).

Nos recolhimentos mensais por estimativa, a parcela do incentivo


excedente ao limite individual, verificada em cada mês, poderá ser deduzida
nos meses subsequentes até dezembro do mesmo ano ou na apuração do
imposto devido no ajuste anual; sendo que o valor que ultrapassar o limite,
apurado no ajuste anual, não poderá ser deduzido do imposto devido em
períodos posteriores (IN SRF nº 56, de 1994, art. 2º, §§ 3º e 4º; e IN SRF nº
62, de 1995, art. 1º).

Se o valor do incentivo deduzido nos recolhimentos mensais por


estimativa for superior ao calculado com base no imposto devido no ajuste
anual, a diferença deverá ser recolhida no mesmo prazo fixado para o
27

pagamento da quota única do imposto de renda, observada a legislação


tributária pertinente (Lei nº 9.323, de 1996, art. 3º, § 2º).

A dedução do imposto a titulo de Atividade Audiovisual não prejudica a


exclusão dos valores relativos à aquisição dos Certificados de Investimentos
do lucro liquido para fins de determinação do lucro real.

2.5. FUNDOS DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO


ADOLESCENTE

A pessoa jurídica poderá deduzir, do imposto de renda devido em cada


período de apuração, o total das doações efetuadas aos Fundos dos Diretos
da Criança e do Adolescente – nacional estadual ou municipais, devidamente
comprovados.

O limite máximo de dedução permitida é de 1% do imposto devido,


observado o dispositivo no § 4º do art. 3º da Lei nº 9.249, de 1995 (Lei nº
8.069, de 1990; Lei nº 8.242, de 1991; Decreto nº 794, de 1993, art. 1º, Lei nº
9.430, de 1996, art. 1º; Lei nº 8.981, de 1995. art. 34; e Lei nº 9.065, de 1995,
art. 1º). Para o calculo do limite desta dedução deverá ser excluída, do imposto
de renda devido, a parcela do imposto correspondente a lucros, rendimentos
ou ganhos de capital auferidos no exterior (Lei nº 9.430, de 1996, art. 16, § 4º;
e IN SRF nº 38, de 1998, art. 14).

A dedução do imposto relativa às doações efetuadas aos Fundos dos


Direitos da Criança e do Adolescente não está submetida a limite global (Lei nº
9.532, de 1997, art. 6º, II; MP nº 1.753-13, de 14 de dezembro de 1998, art. 10
e reedições; MP nº 1.855-20, de 1999, e reedições, MP nº 1.990-26, de 1999,
e reedições).
28

Atenção: O valor correspondente às doações efetuadas não será


dedutível como despesa operacional na determinação do lucro real e da base
de calculo da contribuição social o lucro liquido (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13,
VI).

2.6. PROJETOS DESPORTIVOS E PARADESPORTIVOS

Diversos projetos de cunho desportivo aprovados pelo Ministério do


Esporte estão em fase de captação de recursos e oferecem aos seus
apoiadores a possibilidade de dedução do Imposto de Renda, Seguindo o
modelo inaugurado pela Lei Rounet, a Lei de Incentivo ao Desporto – Lei nº
11.438/2006 – estabelece incentivos e benefícios para fomentar as atividades
de caráter desportivo e paradesportivo.

Empresas tributadas com base no Lucro Real podem deduzir do


Imposto de Renda o valor efetuado a titulo de doação ou patrocínio no apoio
direto a projetos desportivos ou paradesportivos, respeitando o limite de 1% do
imposto devido, O benefício estipulado pela Lei de Incentivo ao Desporto não
exclui ou reduz outros benefícios fiscais e deduções também em vigor (art. 1º,
§ 3º da Lei).

Desde a criação da Lei, 934 projetos foram aprovados – segundo a


Ministério do Esporte – e muitos daqueles aprovados em 2009 estão em fase
de captação de recursos até o final de 2010. A relação destes projetos está
disponível no site do próprio Ministério (http://www.esporte.gov.br).
29

CAPITULO 3 – QUEM SE BENEFICIA COM O


INCENTIVO FISCAL SOBRE O IR

Como já mencionado no inicio deste trabalho, os incentivos fiscais


apresentados no Capitulo II, só poderão ser usufruídos pelas empresas que
tem como opção de tributação, o regime de lucro real, por sua vez, cada
incentivo fiscal possui sua delimitação, não podendo ser estendido as pessoas
jurídicas de lucro presumido e arbitrado, como é o caso dos Fundos da Criança
e Adolescente, do Idoso, os Fundos de Investimento Regional, as
Depreciações Incentivadas, entre outros.

Essa realidade se dá, porque as empresas que apresentam carga


tributária consideravelmente superior são as que optam pelo lucro real,
diferente das que optam pelos demais lucros (Presumido e arbitrado), que por
sua vez, também podem usufruir de alguns incentivos fiscais diferentes dos
apresentados nesse trabalho.

Não podemos esquecer as empresas que são enquadradas no


Simples Nacional, que por terem um sistema tributário simplificado, e com
impostos reduzidos, acabam não se enquadrando no perfil de empresas que
podem se beneficiar dos Incentivos Fiscais sobre o IR.

Abaixo segue a letra do Decreto nº 3.000/09 que trata das pessoas


jurídicas não enquadradas a se beneficiar dos incentivos fiscais do Imposto de
Renda:

De acordo com o art. 614 do Regulamento do Imposto de Renda, não


podem se beneficiar da dedução dos incentivos de que trata este regulamento:

I. As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido;


II. As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro arbitrado;
30

III. As empresas instaladas em Zona de Processamento de


Exportação – ZPE;
IV. As microempresas – ME e empresas de pequeno porte – EPP,
optantes pelo SIMPLES;
V. As empresas concessionárias de serviços públicos, relativamente
à parcela do lucro inflacionário tributada a alíquota de 6% (seis
por cento);
VI. A pessoa jurídica com registro no cadastro informativo de creditos
não quitados do setor público federal – CADIN.
31

CONCLUSÃO

Conforme pesquisa realizada, fica claro que as pessoas jurídicas


tributadas pelo lucro real podem usar os incentivos fiscais como uma
ferramenta eficaz para um bom planejamento tributário, reduzindo a sua carga
tributaria, que por sua vez, é superior a das empresas optantes pelo outros
regimes de tributação.

O governo, por sua vez, concede tais incentivo fiscal, fazendo com que
as empresas sejam mais competitivas, visando setores industriais e
econômicos específicos, tomando assim, o domínio econômico que é um dos
grandes motivos para os investimentos do governo em incentivos fiscais. É na
área de intervenção por indução que o governo pode usufruir da politica fiscal
para alcançar finalidades especificas, “com a concessão de incentivos fiscais
setoriais ou regionais, utilizando a maior ou menor incidência de carga
tributaria como mecanismo redutor de custos e estimulador de atividades
econômicas“.

Concluí-se que através de estudos, conhecimentos das Leis e um bom


planejamento tributário, pode-se alcançar grandes resultados, que poderão
impactar diretamente na saúde econômica das empresas, independente da
opção no regime de tributação escolhido para cumprimento dos deveres
tributários.

Infelizmente, esse conhecimento é ocultado ou despercebido pelos


profissionais que deveriam assessorar as empresas, visando assim, gerar um
melhor planejamento tributário, minimizando perdas e otimizando resultados.
32

ANEXOS
Índice de anexos

Anexo 1 - Conteúdo de revistas especializadas;


33

ANEXO 1

LEIS E TAXAS / imposto

Lucro presumido ou lucro real?


Para quem não pode optar pelo Supersimples, restam essas duas opções. Saiba qual é a
mais vantajosa
Por Carin Hommonay Petti

Para quem descartou o Supersimples (linkar para a matéria Supersimples: Vale a pena para
sua empresa?), podem restar duas opções: o regime do lucro presumido e o do lucro real. O
lucro presumido pode ser adotado por empresas com faturamento anual de até R$ 48 milhões.
No caso, como o nome sugere, o Imposto de Renda e a CSLL incidem sobre um percentual
preestabelecido pela Receita. No lucro real, disponível a todas as empresas e obrigatório para
quem fatura mais de R$ 48 milhões, os impostos são calculados com base no lucro apurado
(receitas menos despesas comprovadas).

Mas qual é o melhor regime? A resposta, mais uma vez, varia caso a caso. No lucro presumido,
não importa quanto a empresa realmente lucrou. No cálculo do Imposto de Renda, o lucro
considerado pelo Fisco será de 32% da receita bruta para o setor de serviços e de 8% para a
indústria e quase todos os estabelecimentos comerciais. Já para a apuração da CSLL, o
percentual sobe para 12% na indústria e no comércio — nos serviços continuam valendo os
32% do Imposto de Renda.

De modo geral, o lucro presumido costuma ser a melhor opção para quando o lucro for igual ou
superior aos percentuais preestabelecidos pela Receita (os 8%, 12% ou 32% citados). Caso a
margem seja menor, ponto para o lucro real. Assim, evita-se o pagamento de impostos sobre
um lucro que não existiu efetivamente. Mas atenção: para se beneficiar com a adoção desse
sistema, é preciso ter despesas comprovadas com documentos como nota fiscais e contratos.

Na escolha é importante também considerar que apenas o lucro real dá direito ao crédito
do PIS e Cofins embutido no preço de matérias-primas e alguns outros insumos, como energia
34

e aluguel pago a pessoas jurídicas. Em tempo: o lucro real exige mais rigidez no controle das
contas da empresa e, consequentemente, maiores despesas com a contabilidade. Isso tudo faz
com que o regime seja pouco adotado entre os pequenos empreendedores. Não que a prática
seja sempre um bom negócio. “Muita gente acaba pagando mais impostos com o lucro
presumido só porque o sistema é mais cômodo que o lucro real”, diz a tributarista Tiziane
Machado, da Machado Advogados e Consultores Associados. O jeito é arregaçar as mangas,
conversar com o contador e fazer contas e mais contas antes de optar pela forma de tributação.
Pode ter certeza de que seu caixa vai agradecer pela trabalheira.

(http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI80446-17199,00-
LUCRO+PRESUMIDO+OU+LUCRO+REAL.html)
35

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. Rio de Janeiro, 12ª


Ed./Editora Atlas, 2012.

PINTO, João Roberto Domingues. Imposto de Renda – Brasília, 20ª Ed. CFC
2012.

ALENCAR, Roberta Carvalho. Contabilidade Tributaria – Rio de Janeiro:


Editora Atlas, 2010.

PÊGAS, Paulo Henrique Barbosa. Manual de Contabilidade Tributaria. Rio de


Janeiro: Freitas Bastos Editora, 2011.

Código Tributário Nacional, 18º Ed, São Paulo: Saraiva, 2012.

Constituição da Republica Federativa do Brasil, 46ª Ed, São Paulo: Saraiva,


2012.

Portal Tributário. Disponível em: HTTP://www.portaltributario.com.br, acesso


em Jun/2013.

Jus Naviganti. Disponível em: HTTP://www.jus.com.br, acesso em Jun/2013.

WK Sistemas em: http://www.wk.com.br/Noticias/irpjcsl-alterados-os-limites-


para-opcao-pelo-lucro-presumido-e-pelo-lucro-real%5B14582%5D.aspx,
acesso em Jul/2013.
36

SITES CONSULTADOS

1. http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2000/orientacoes/Consider
acoesGeraissobreIncentivos.htm
2. http://www.fisconet.com.br/user/agenda/tabelas_praticas/ir_12.htm
3. http://www.revistaespacios.com/a12v33n02/12330291.html
4. http://jus.com.br/revista/texto/20161/incentivos-fiscais-limitacoes-
constitucionais-e-legais
5. http://www.baptista.com.br/news/Texto.aspx?Texto=237
37

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I – LUCRO REAL 10
1.1 – OBRIGAÇÕES DA TRIBUTAÇÃO NO LUCRO REAL 11
1.2 – APURAÇÃO DO IR SOBRE O LUCRO REAL 15
CAPITULO II – INCENTIVOS FISCAIS PARA DEDUÇÃO DO IRPJ 18
2.1 – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO AO TRABALHADOR (PAT) 21
2.2 – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO INDUSTRIAL
(PDTI) / AGROPECUARIO (PDTA) 23
2.3 – CARATER CULTURAL E ARTISTICO 24
2.4 – ATIVIDADE AUDIOVISUAL 25
2.5 – FUNDOS DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE 27
2.6 – PROJETOS DESPORTIVOS E PARADESPORTIVOS 28
CAPITULO III – QUEM SE BENEFICIA COM OS INCENTIVOS FISCAIS
SOBRE O IR 29
CONCLUSÃO 31
ANEXOS 32
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35
SITES CONSULTADOS 36
ÍNDICE 37
38

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES – INSTITUTO A


VEZ DO MESTRE
Titulo da Monografia: INCENTIVOS FISCAIS PARA DEDUÇÃO DO IRPJ
Autor (a): JANAÍNA ROVARI CORDEIRO
Data de Entrega: 01/07/2013
Avaliador: FLAVIO LUIS VIEIRA SOUZA
Conceito:

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