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Escola Secundária de Leal da Câmara

C u r s o E FA - N í v e l S e c u n d á r i o
2009/10

Área de Competência: Cultura, Língua e Comunicação


Núcleo Gerador: 3 – Saúde
Competências: Interpretar e comunicar conteúdos com objectivos de prevenção na adopção de cuidados básicos
de saúde, em contexto doméstico.

DR 1: Contexto privado. Tema: Cuidados básicos.

Formando: ________________________________ Nº______ Turma:_____ Data:___/___/_____

Ficha de trabalho nº 01 (continuação)

Actividade: “Conceitos básicos sobre Stress”


O stress, seja de natureza física, psicológica ou social, é um termo que compreende um conjunto de
reacções fisiológicas, as quais, quando exageradas em intensidade e duração, acabam por causar
desequilíbrios no organismo, frequentemente com efeitos danosos.
O conceito original de stress foi apresentado em 1936 por Hans Selye a partir de experiências
laboratoriais, onde animais foram submetidos a situações agressivas diversas e cujos organismos
respondiam sempre de forma regular e específica. Selye descreveu a ocorrência do stress sob o nome de
Síndroma Geral de Adaptação, com três fases sucessivas: 1º) alarme; 2º) resistência; e 3º) esgotamento.
Após a fase de esgotamento, observou o surgimento de algumas doenças, tais como úlcera péptica,
hipertensão arterial, artrite e lesões do miocárdio. Em termos científicos, este Síndroma ou stress é,
portanto, a resposta fisiológica e comportamental de um indivíduo que se esforça por adaptar-se e ajustar-
se a estímulos internos ou externos. Como a energia necessária para esta adaptação é limitada, se houver
persistência do estímulo causador de stress, o organismo acabará por entrar numa fase de esgotamento.
Sabendo que as pessoas reagem de forma diferente aos estímulos da vida, também terão diferentes
limiares de esgotamento por stress. Entre as décadas de 70 e 90, outras experiências comprovaram a
relação entre o stress e as alterações ao nível do Sistema Nervoso Central e do Sistema Imunológico.

Na figura 1 vemos a relação


entre o nível de stress e o
desempenho: quando o stress
aumenta (linha horizontal)
melhora a adaptação, até um
ponto Óptimo; daí em diante, o
desempenho começa a decrescer
e a ansiedade a aumentar, até à
Desadaptação e, finalmente,
acontece o Esgotamento.

Do ponto de vista pessoal, as mudanças ocorrem continuamente nas nossas vidas e temos de aprender a
viver com isso. Nesses casos, o stress funciona como um mecanismo de sobrevivência e adaptação,
necessário para estimular o organismo e melhorar a sua actuação diante de circunstâncias novas. Do
ponto de vista social e cultural, as mudanças quotidianas, em si, não são novidade na civilização humana,
mas são, na realidade, a base da evolução de nossa espécie. O que, talvez, seja novo para o ser humano e
perigoso para a sua saúde, é a velocidade sem precedentes com a qual essas mudanças e as exigências que
elas acarretam acontecem na vida moderna. Essas mudanças estão em toda a parte: na tecnologia, na
ciência, medicina, ambiente de trabalho, nas estruturas organizacionais, nos valores e costumes sociais.
A ansiedade, que é a mola propulsora do stress, é um sinal de alerta que adverte sobre a necessidade
de mudar e adaptar-se, ou sobre eventual perigo iminente. O indivíduo ansioso coloca-se em posição de

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alerta, física e psiquicamente: dilata as pupilas, acelera o coração, envia o sangue para a musculatura,
aumenta a glicose circulante, dilata os brônquios. A ansiedade, originalmente fisiológica e indispensável à
vida normal, passou a ser objecto de distúrbios quando o ser humano a colocou, não a serviço da sua
sobrevivência, como fazia antes, mas ao serviço da sua existência, com o amplo leque de circunstâncias
quantitativas e qualitativas desta existência. Assim, o stress passou a ser o representante emocional da
ansiedade, a sua correspondência psíquica - que é determinada de acordo com características pessoais.

A figura 2 mostra que embora a


ansiedade favoreça o desempenho e a
adaptação, fá-lo somente até certo ponto
- até que o nosso organismo atinja um
máximo de eficiência. A partir daí, a
ansiedade, ao invés de contribuir para a
adaptação, concorrerá exactamente para
o contrário, ou seja, para a falência da
capacidade adaptativa, gerando stress.

Existe uma sensibilidade pessoal e particular em cada um de nós, constituindo um conjunto de


mecanismos dos quais o organismo lança mão quando reage aos agentes tidos como causadores de stress,
caracterizando a forma como cada pessoa avalia e lida com estas situações. (…) Como dizia Shakespeare,
"as coisas raramente são boas ou más, o nosso pensamento é que as faz assim". Assim sendo, a ordem
para desencadearmos o stress é sempre determinada por razões subjectivas e pessoais. O stress começa
quando percebemos uma situação, pessoa, acontecimento ou objecto como sendo um factor stressante, de
acordo com a nossa interpretação subjectiva. Para que ocorra qualquer tipo ou forma de stress são
necessárias três condições: as circunstâncias favorecedoras ou agentes ocasionais; as disposições
pessoais do portador do stress; a qualidade psíquica actual da pessoa que sofre o stress.
A forma como percebemos os factos depende grandemente de nosso psiquismo, do sistema de valores
que temos e, até, da nossa hereditariedade. Acontecimentos felizes, tais como casar, ganhar a lotaria ou
encontrar um ente querido após uma longa ausência, também produzem stress, embora este ocorra com
maior frequência diante de eventos mais negativos, dolorosos e desagradáveis. O termo disposição
pessoal refere-se ao tipo de atitude com que a pessoa irá encarar a realidade e está ligada às características
da personalidade. Outra das motivações internas para o stress refere-se às condições emocionais actuais.
Essas, ao contrário dos traços de personalidade, não caracterizam uma maneira da pessoa ser, mas de estar
(aqui e agora). Assim, as condições emocionais actuais reflectem a tonalidade afectiva actual de
determinada fase da vida, enquanto as disposições pessoais reflectem o perfil afectivo da personalidade. É
evidente que uma pessoa, ainda que não tenha traços tão marcantes de ansiedade, terá mais facilidade de
ter stress caso esteja passando por uma fase, por exemplo, de doença grave, depois de ter perdido um ente
querido, durante uma grande crise conjugal, económica ou profissional.
Em tese, qualquer tipo de doença psicossomática pode manifestar-se no paciente ansioso e stressado.
Além disso, o stress está intimamente relacionado à Depressão, à Síndroma do Pânico, aos Transtornos
da Ansiedade e às Fobias. Isso sem contar uma vasta lista de sintomas que acompanham o paciente
stressado. As consequências do stress, porém, não se limitam ao próprio indivíduo. Numa comunidade
relativamente fechada, como é o trabalho ou o lar, pode ocorrer o fenómeno da "contaminação"
emocional. Através da contaminação emocional, os circundantes passam a sentir-se ansiosos devido à
ansiedade do paciente. Isso acontece também em relação à irritabilidade, depressão e mau humor. A
convivência com o stressado fica, assim, seriamente comprometida: é a consequência de quem esgotou
sua capacidade de adaptação e, consequentemente a sua tolerância, paciência, interesse, bom senso,
determinação, persistência e a maioria dos atributos conquistados através de árdua aprendizagem. (…)
Ballone, G. J., “Ansiedade” e “Stress”, in PsiqWeb, retirado em Novembro de 2009 do site
http://www.psiqweb.med.br

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Tarefa nº 2
2. a) Apresente o contributo de Hans Selye para a compreensão do stress.
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2. b) Descreva a relação entre o nível de stress e o desempenho representada na figura 1.
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2.c) Explicite as principais relações existentes entre a ansiedade e o stress.
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2.d) Explique as três condições necessárias para o aparecimento do stress.
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2.e) O stress afecta a qualidade de vida dos indivíduos e daqueles que o rodeiam. Justifique.
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