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APRESENTAÇÃO

A presente caderneta de instrução foi compilada com a finalidade de facilitar o estudo e


a condução da instrução dos assuntos mais importantes da formação individual do
combatente de Infantaria do Exército Brasileiro. A ideia de sua montagem nasceu a partir da
percebida necessidade de fornecer aos alunos dos cursos de formação de cabos e de sargentos
temporários uma apostila que viesse a servir como apoio ao estudo para as avaliações de seus
cursos e, também, como suporte teórico quando designados como monitores ou auxiliares de
instrução após sua formação. Naturalmente, como elemento facilitador da instrução
militar, vale considerar que seu usufruto não implica no abandono do estudo dos manuais de
campanha ou técnicos relativos aos assuntos abordados, uma vez que foi formulado a partir
dos tópicos mais importantes acerca de cada matéria, sem prender-se em aprofundamentos e
detalhes, muitos deles de suma importância para a verdadeira formação do combatente. A
quantidade de assuntos aqui abordada não esgota a instrução individual, pois o leque de
matérias desta é muito mais amplo e é balizado pelos documentos do nosso Sistema de
Instrução Militar – o Programa de Instrução Militar e os Programas Padrão (PP) Básico e
das diversas Qualificações Militares. O conteúdo desta caderneta foi fundamentado nas
matérias dos PPB/2, PPQ/1 – Comum e GLO e PPQ 07/2, mas não necessariamente
coincidem com todos os objetivos intermediários constantes nestes documentos, pois é
tratado aqui, ratifica-se, de um “apanhado geral”, como se diz no jargão militar.
Com esta caderneta constituída na forma de tópicos e com o linguajar simplificado, sua
finalidade é guiar o estudo do cabo e do soldado, em virtude das dificuldades de acesso dos
mesmos aos diversos manuais em vigor. Portanto, cabe reafirmar que ela constitui-se em
mais um instrumento para condução da instrução, mas que não deve servir como fonte de
consulta única dos assuntos da instrução individual. Tampouco a própria instrução pode se
limitar aos tópicos aqui apresentados, visto que seus verdadeiros balizadores são as tarefas,
as condições e os objetivos intermediários constantes dos Programas-Padrão.
Uma vez alertado sobre seu correto uso, espera-se que a difusão da caderneta seja útil
para o instruendo e para o instrutor, pois sintetiza diversas matérias previstas nos PP. A
instrução militar e a formação moral do soldado são os alicerces que permitem que se
sustente uma Força operacional e competente, capacitada a cumprir qualquer missão,
principalmente aquela mais árdua, mas tão cara, a qual a sociedade nos confiou – a de ser o
braço forte da própria sociedade brasileira, capaz de repelir possíveis inimigos pelo poder da
dissuasão e usar a força em combate, se preciso for, para garantir nossa soberania e salvar a
“honra da pátria ultrajada”. Que tenhamos sempre em mente que o valor do nosso
combatente é o maior bem que a Força Terrestre possui.

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................2
ÍNDICE
I. INSTRUÇÃO INDIVIDUAL BÁSICA
CONHECIMENTOS DIVERSOS
A Organização Militar..................................................................................................................................................... 06

EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA


Símbolos Nacionais......................................................................................................................................................... 07
Patronos............................................................................................................................................................................ 08

HIERARQUIA E DISCIPLINA MILITAR


Escala hierárquica............................................................................................................................................................. 09
Insígnias e distintivos....................................................................................................................................................... 10

CONDUTA EM COMBATE
Procedimentos em combate (DICA)................................................................................................................................. 11

ARMAMENTO, MUNIÇÃO E TIRO


Fuzil Automático Leve..................................................................................................................................................... 12
Regulagem do aparelho de pontaria do FAL.................................................................................................................... 13
Espingarda Cal 12............................................................................................................................................................. 14

CAMUFLAGEM
Camuflagem...................................................................................................................................................................... 15

MARCHAS E ESTACIONAMENTOS
Marchas............................................................................................................................................................................ 16
Estacionamentos............................................................................................................................................................... 17

OBSERVAÇÃO E ORIENTAÇÃO
Valor militar dos acidentes no terreno............................................................................................................................. 18
Avaliação de distâncias.................................................................................................................................................... 19
Observação do terreno e designação de alvos.................................................................................................................. 20
Orientação em campanha................................................................................................................................................. 21

DEFESA ANTIAÉREA E ANTICARRO


Defesa contra aviões........................................................................................................................................................ 22
Defesa contra blindados................................................................................................................................................... 23

INTELIGÊNCIA MILITAR
Inteligência militar para o combatente............................................................................................................................ 24

HIGIENE E PRIMEIROS SOCORROS


Socorro básico.................................................................................................................................................................. 25
Transporte de feridos....................................................................................................................................................... 27

COMUNICAÇÕES
Comunicações.................................................................................................................................................................. 28

FORTIFICAÇÕES
Fortificação de campanha................................................................................................................................................ 29

TÉCNICAS ESPECIAIS
Nós e amarrações............................................................................................................................................................. 31
Abrigos improvisados...................................................................................................................................................... 32
Técnicas de combate noturno.......................................................................................................................................... 33
Sobrevivência................................................................................................................................................................... 34

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II. garantia da lei e da ordem
OPERAÇÕES TIPO POLÍCIA NA GARANTIA DA LEI E DA ORDEM

Posto de Bloqueio e Controle de Estradas....................................................................................................................... 36


Posto de Segurança Estático............................................................................................................................................ 37

IiI. INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DE QUALIFICAÇÃO

ARMAMENTO, MUNIÇÃO E TIRO


Granadas de mão.............................................................................................................................................................. 39
Granadas de bocal............................................................................................................................................................ 40
Pistola 9 mm Beretta........................................................................................................................................................ 41
Metralhadora MAG.......................................................................................................................................................... 42
Técnica de tiro da Mtr Leve............................................................................................................................................. 43
Morteiros – Técnica de Material...................................................................................................................................... 44
Morteiros – Técnica de Tiro............................................................................................................................................. 45
Metralhadora .50.............................................................................................................................................................. 46
Lança Rojão AT-4............................................................................................................................................................ 48
Canhão Sem Recuo 84 mm............................................................................................................................................. 49

MISSÕES INDIVIDUAIS
O esclarecedor, o vigia e o homem de ligação................................................................................................................ 51

MANEABILIDADE
O grupo de combate......................................................................................................................................................... 52
O grupo de apoio.............................................................................................................................................................. 54

PATRULHAS
Patrulhas........................................................................................................................................................................... 55
Memento de Ordem Preparatória (para Cmt Patrulha).................................................................................................... 57
Memento Ordem à Patrulha (para o Cmt Patrulha)......................................................................................................... 58

EXPLOSIVOS E DESTRUIÇÕES
Explosivos........................................................................................................................................................................ 60

TOPOGRAFIA
Conceitos básicos............................................................................................................................................................. 61
Navegação........................................................................................................................................................................ 62

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A ORGANIZAÇÃO MILITAR
1. SÍMBOLO E BRASÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO
BRASÃO DAS ARMAS DO EXÉRCITO
SÍMBOLO DO EXÉRCITO
“Escudo clássico português partido de
“Escudo formado por um resplendor de vinte vermelho e azul, com a figura mitológica do
lâminas, atravessado no seu eixo vertical, de grifo, que representa a vigilância e a guarda
baixo para cima, por um sabre, tudo de prata, na defesa da Pátria e da lei, a estrela de oito
sobrepostos por três elipses, filetadas de prata, pontas, a necessidade de se agir em todos os
concêntricas, nas cores verde, amarela e azul- pontos cardeais, em busca da União; o elmo,
celeste, contendo, esta, a constelação do simbolizando o militar, e insígnia, num listel
Cruzeiro do Sul, de prata.” de verde, ondulado, em letras de ouro:
Exército Brasileiro – 1648”

2. ORGANIZAÇÃO BÁSICA DO EXÉRCITO BRASILEIRO


Comandante do Exército
Força terrestre
Órgãos de Asessoramento
Superior
Órgão de Direção Geral
(EME)
Órgãos de Asse Dir e Imdt

Órgãos de Direção Setorial

Força Terrestre

3. COMANDOS QUE ENQUADRAM NOSSA UNIDADE

COMANDO MILITAR _______________________ Cmt: Gen ____ _________________________

GRANDES COMANDOS/GRANDES UNIDADES ENQUADRANTES:


____________________________________________ Cmt: Gen _____ _________________________
____________________________________________ Cmt: Gen _____ _________________________
____________________________________________ Cmt: Gen _____ _________________________

4. NOSSA ORGANIZAÇÃO MILITAR

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SÍMBOLOS NACIONAIS
1. PÁTRIA: é o lugar onde nascemos. Os elementos constitutivos da pátria são o território, o povo e a história. “A pátria é a vitória,
o céu, o solo, a tradição, a consciência, a lei, o berço dos filhos e túmulo dos antepassados...” (Rui Barbosa). Patriota é aquele que
ama a terra natal e tudo faz para torná-la forte, ainda que com sacrifício de seus próprios interesses, mesmo que legítimos, em prol
dos interesses do país.

2. INSTITUIÇÕES NACIONAIS: organizações ou mecanismos sociais que controlam o funcionamento da sociedade e, por
conseguinte, dos cidadãos. Formuladas sob o escopo de regras, visam à ordenação das interações entre os indivíduos e entre estes e
suas respectivas formas organizacionais.
Exemplos: Família, Forças Armadas, instituições culturais, políticas, religiosas e educacionais...

3. TRADIÇÕES: segundo o dicionário, “via pela qual os fatos ou os dogmas são transmitidos de geração em geração sem mais
prova autêntica da sua veracidade que essa transmissão”. O culto às tradições proporciona ao militar, e ao cidadão, uma permanente
lembrança dos feitos do passado e de todos os brasileiros que, destacada ou anonimamente, derramaram sangue ou suor em prol do
progresso da Nação. É importante que os militares tenham sempre em mente os feitos gloriosos de nosso Exército que nos fazem
sentir o peso do legado de um Exército que não conhece derrotas.

4. SÍMBOLOS NACIONAIS:
Artigos importantes da Lei 5.700 de 1º Set 71:
Art. 1° São Símbolos Nacionais:
I - a Bandeira Nacional;
II - o Hino Nacional;
III - as Armas Nacionais; e
IV - o Selo Nacional.
a. Bandeira Nacional

Art 10. Usada nas manifestações do sentimento patriótico dos brasileiros, de caráter oficial ou particular.
Art 11. A bandeira pode ser apresentada:
1. Hasteada
2. Distendida
3. Reproduzida
4. Compondo panóplias
5. Conduzida
Art 15. A bandeira pode ser hasteada a arreada a qualquer hora do dia
§ 1º. Normalmente é hasteada às 08:00 hs e arreada às 18:00 hs
§ 2º. No dia 19 Nov, ela será hasteada às 12:00 hs, com solenidades especiais.
§3º. Durante a noite, a bandeira deverá estar iluminada.
Art 16. Quando várias bandeiras são hasteadas ou arredas, a nacional sempre é a primeira a subir e a última a descer.
Art 19. A bandeira nacional ocupa lugar de honra(...)
Art 20. A bandeira, quando não estiver em uso, deve ser guardada em local digno

b. Hino Nacional
- Canção oficial que representa o país.
Art 24 e 25 da Lei 5.700 - Prescrições que regulam a execução do Hino Nacional

c. Armas Nacionais d. Selo Nacional


Art 26. É obrigatório o uso das armas Art 27. O Selo Nacional será usado
nacionais no Palácio da Presidência, Casas para autenticar os atos de governo e
do Congresso, sede dos Ministérios, bem como os diplomas e certificados
Supremo Tribunal Federal, Prefeituras, expedidos pelos estabelecimentos de
frontarias de repartições públicas federais, ensino oficiais ou reconhecidos.
quartéis das forças armadas, documentos
de expediente e publicações de nível
federal.

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Patronos

PATRONO DO EXÉRCITO BRASILEIRO


Luís Alves de Lima e Silva - Duque de CAXIAS
Luís Alves de Lima e Silva é um dos mais importantes personagens
da História do Brasil. Sempre é adequado relembrar os feitos do chefe
militar vitorioso, do guerreiro obstinado e do homem de Estado exemplar
que o Exército consagrou como Patrono.
Em meio século de assinalados serviços - coincidindo com um
período crítico para a afirmação da nossa nacionalidade - Caxias
interpretou com invulgar lucidez a realidade de sua época e vislumbrou um
futuro grandioso para o Brasil.
Lutou pela consolidação da independência, pacificou províncias
conflagradas e conduziu as armas nacionais à vitória nos conflitos da
Bacia do Prata.
Tão importantes quanto a eficácia de suas ações militares foram a
firmeza com que enfrentou os desafios e a generosidade dispensada aos adversários vencidos nos campos de
batalha. Restabeleceu o império da ordem, preservou as instituições, recompôs a coesão nacional e salvou a
unidade da Pátria. Daí ter passado à História com o cognome de " O Pacificador".

PATRONO DA ARMA DE INFANTARIA


Brigadeiro SAMPAIO
Antônio de Sampaio nasceu em 24 de maio de 1810, na cidade de
Tamboril, estado do Ceará. Filho de Antônio Ferreira de Sampaio e
Antônia Xavier de Araújo, foi criado e educado pelos pais no ambiente
simples dos sertões.
Cedo revelou interesse pela carreira militar, galgando postos por
merecimento graças a inúmeras demonstrações de bravura, tenacidade e
inteligência. Foi Praça em 1830; Alferes em 1839; Tenente em 1839;
Capitão em 1843; Major em 1852; Tenente-Coronel em 1855; Coronel em
1861 e Brigadeiro em 1865.
Sampaio teve atuação destacada na maioria das campanhas de
manutenção da integridade territorial brasileira e das que revidaram as
agressões externas na fase do Império: Icó (CE), 1832; Cabanagem (PA),
1836; Balaiada (MA), 1838; Guerra dos Farrapos (RS), 1844-45; Praieira
(PE), 1849-50; Combate à Oribe (Uruguai), 1851; Combate à Monte Caseros (Argentina), 1852; Tomada do
Paissandu (Uruguai), 1864; e Guerra da Tríplice Aliança (Paraguai), 1866. Foi condecorado por seis vezes, no
período de 1852 a 1865, por Dom Pedro II, então Imperador do Brasil.
Recebeu três ferimentos na data do seu aniversário, 24 de maio, na Batalha de Tuiuti, em 1866. O
primeiro, por granada, gangrenou-lhe a coxa direita; os outros dois foram nas costas. Faleceu a bordo do navio
a vapor hospital Eponina, em 06 de julho de 1866, quando do seu transporte para Buenos Aires.
Homem puro e patriota, Sampaio destacava-se por ser capacitado e corajoso, inteiramente dedicado à
vida militar. Exemplo de exponencial bravura, foi consagrado Patrono da Arma de Infantaria do Exército
Brasileiro, pelo Decreto 51.429, de 13 de março de 1962.

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POSTOS E GRADUAÇÕES

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Insígnias e distintivos

Da esquerda para a direita: (ACIMA) Infantaria – Cavalaria – Artilharia


(ABAIXO) Engenharia – Intendência – Comunicações – Material Bélico

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PROCEDIMENTOS EM COMBATE (DICA)

1. PRINCIPAIS NORMAS DO DIREITO INTERNACIONAL DOS CONFLITOS ARMADOS (DICA)


- Convenção de Genebra (1949) e seus protocolos adicionais (1977)
- Convenção de Ottawa (1997)
- Estatuto de Roma (1998)

2. PRINCÍPIOS BÁSICOS

2. REGRAS DE ENGAJAMENTO
- Conjunto de procedimentos determinados à tropa para limitação do uso de meios, da força e da violência. As regras
de engajamento variam conforme a operação em curso e determinam o nível de engajamento/destruição que pode ser
causado ao inimigo e às estruturas locais, bem como padronizam procedimentos em face da ameaça da Força Adversa e o
tipo de resposta proporcional a ser aplicada.
3. SÍMBOLOS

Outros símbolos indicativ os do CICV

4. PROCEDIMENTO COM CIVIS


a. Os civis devem ser protegidos (civis = todos não combatentes. Na dúvida, considerar como civil)
b. A população civil não deve ser objeto de ataque
c. Proibidos atos ou ameaças de violência com objetivo de espalhar terror
d. Proibido uso da população civil como escudo humano.
*Cessa a proteção nos casos em que os civis participarem das hostilidades e enquanto durar essa participação*

5. PROCEDIMENTO COM PESSOAL DA FORÇA ADVERSA


a.Todos que forem considerados fora de combate, ou seja, que não tenham mais condições de se defender ou se renderem,
não devem ser atacados (por sua vez, estes têm a obrigação de abster-se de qualquer ato hostil e não tentar evadir-se)
b. É considerado prisioneiro de guerra (PG) todo aquele combatente que cair em poder do inimigo. O reconhecimento do
ESTATUTO DO PRISIONEIRO DE GUERRA é um direito de todo combatente aprisionado.
c. Todo PG só é obrigado a declarar: nome e sobrenome, graduação, data de nascimento e número indicativo.
d. Todo PG capturado deve ser: inspecionado, desarmado, protegido, assistido e evacuado para campos adequados.
e. Os PG têm direito às condições de higiene, à assistência médica e de praticar sua religião.

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FUZIL 7,62 M964 FAL
1. APRESENTAÇÃO: Todo militar detentor de um armamento deve estar em condições de realizar sua manutenção, de maneira a preservá-lo,
aumentar a sua vida útil e mantê-lo sempre em condições de uso. Além disso, deve conhecer perfeitamente o seu funcionamento visando sanar
possíveis incidentes que venham a surgir durante a sua utilização. O fuzil de assalto FAL 7,62 mm é o armamento padrão do combatente do Exército
Brasileiro. Rústico, simples e confiável, também é encontrado nas variações FAP e PARAFAL.

2. CARACTERÍSTICAS:
Ind Mil....................................................Fz 7,62 M964 Carregamento............................Retrocarga /Misto (Gr)
Nomenclatura............................ Fuzil 7,62 M964 FAL Raiamento......................................Alm raiada / 4 Raias
Emprego........................................................Individual Calibre...............................................................7,62 mm
Princípio motor.................................Utz Ind dos gases Alcance máximo..................................................3800 m
Tipo....................................................................Portátil Alcance de utilização............................................ 600m
Funcionamento...................................Semi-automático Alimentação.................tipo cofre metálico para 20 Car

3. DESMONTAGEM EM 1º ESCALÃO:
a. Medidas preliminares:
1) Retirar o carregador (deixar o ferrolho livre); 2) Executar dois golpes de segurança (cano para o alto);
3) Travar a arma; 4) Retirar a bandoleira.
b. Operações de desmontagem: Ordem das peças:
1) Abrir a caixa da culatra
2) Retirar o conjunto ferrolho - impulsor do ferrolho
3) Separar o ferrolho do impulsor do ferrolho
4) Retirar o percussor.
5) Separar o percussor de sua mola;
6) Retirar a tampa da caixa da culatra;
7) Retirar o obturador do cilindro de gases
8) Retirar o êmbolo e sua mola
9) Separar o êmbolo de sua mola

3. MONTAGEM: Sequência inversa à desmontagem.


- Medidas complementares:
1) Engatilhar a arma (dar golpe de segurança); 2) Destravar a arma;
3) Desengatilhar e travar a arma; 4) Colocar o carregador e a bandoleira.

4. MANUTENÇÃO:
a. Cuidados com o armamento
1) As armas portáteis necessitam de cuidados especiais contra poeira e a umidade.
2) Para conservá-las sempre prontas e em condições de uso, precisa-se fazer duas coisas: LIMPAR e LUBRIFICAR.
3) Em caso de chuva mantenha a boca da arma para baixo;
4) Se seu fuzil cair casualmente dentro d‟água, desmonte-o e seque-o na primeira oportunidade e drene o cilindro de gases;
5) Conserve a arma seca e lubrifique-a levemente, quando estiver em uso.
6) Quando recebemos armamento para instrução ou serviço, devemos proceder da seguinte maneira:
o Retirar, com um pedaço de pano ou estopa, todo o óleo de sua parte externa e do cano;
o Manter as partes móveis cobertas com uma leve camada de ONLA para assegurar bom funcionamento;
o Limpar o cano.

b. Manutenção para o tiro


1) Antes do tiro:
- Desmonte a arma em 1º escalão e verifique se as peças desmontadas possuem rebarbas ou mossas;
- Limpe e seque o cano e câmara;
- Limpe as demais peças metálicas e passe uma fina camada de ONLA;
- Monte a arma e limpe-a externamente, deixando-a seca.
2) Após o tiro:
- Desmontar a arma dentro do escalão permitido e executar a limpeza do cano utilizando ONLA;
- Lubrificar o cano com ONLA limpo;
- Limpar as demais peças do armamento imergindo-as em ONLA, escovando-as para eliminação de resíduos de pólvora; limpar
novamente as partes e peças usando pano ou estopa limpo e seco para retirar os resíduos contidos no óleo remanescente.
- Secar COMPLETAMENTE o fuzil e guardá-lo com uma fina camada de óleo, externa e internamente.

5. INCIDENTES DE TIRO
- Qualquer fato que venha a prejudicar o perfeito funcionamento do fuzil. As causas normalmente são por defeito, sujeira ou por
funcionamento deficiente a partir da queima dos gases. Ao suceder um incidente de tiro devemos agir da seguinte forma:

- TRAVAR A ARMA;
- RETIRAR O RECARREGADOR;
- EXECUTAR DOIS GOLPES DE SEGURANÇA; AÇÕES IMEDIATAS
- EXAMINAR A CAIXA DA CULATRA, CÂMARA E CANO;
- REINICIAR O TIRO OU SOLUCIONAR O INCIDENTE DE TIRO.

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................12
Regulagem do aparelho de pontaria do FAL
1. AJUSTES EM ELEVAÇÃO

2. AJUSTES EM DIREÇÃO

3. MEMENTO DE CLICAGEM

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ESPINGARDA CAL 12
1. APRESENTAÇÃO: As espingardas (ou escopetas) foram concebidas inicialmente como armas de caça, mas têm grande
aplicabilidade para as operações militares. Com o surgimento das espingardas pump action (ação de bomba) e as semiautomáticas,
sua eficiência aumentou consideravelmente. O Exército Brasileiro tem adotado a Espingarda Pump Cal. 12 em diferentes tipos de
missões, particularmente nas operações em áreas de grande urbanização como na MINUSTAH (Haiti) e nas cidades brasileiras em
Operações da Garantia da Lei e da Ordem. A espingarda Cal 12 também vem sendo adotada na segurança das instalações de
quartéis localizados em áreas urbanas e pelas tropas de operações na selva. Sua marcante característica, grande poder de parada
e curto alcance, a torna uma valiosa arma para o engajamento em edificações e no combate aproximado.

2. PRINCIPAIS TIPOS DE ESPINGARDA

Espingardas de cano duplo (1ª geração) Espingardas pump action (2ª geração) Espingardas semiautomáticas (3ª geração)

Ex.: Espingarda Brwoning Cynergy Ex.: Espingardas CBC 586 e ARMSCOR 30 BG Ex.: Espingarda USAS-12

3. ESPINGARDA PUMP CBC CAL 12


a. Nomenclatura aplicada:
cano
ferrolho telha
receptáculo

bujão do depósito
soleira

tubo do depósito
coronha trava guarda mato janela de ejeção

b. Desmontagem:
1) Abrir a arma, travando-a e certificando-se que não há cartucho na câmara ou no depósito.
2) Mantendo a arma aberta, desparafusar e remover o conjunto do bujão do depósito.
3) Retirar o cano puxando-o paralelamente ao tubo do depósito.
4) Virar a arma colocando a janela de alimentação para cima. Com o dedo indicador, abaixar ligeiramente o transportador e
pressionar o localizador direito. Depois, desvirar a arma colocando a janela para baixo – com a outra mão afastar a telha do
receptáculo até que o conjunto de ferrolho seja naturalmente extraído das hastes da corrediça. Remover a telha e a corrediça.
5) Remover, com o auxílio de uma punção, os pinos do guarda-mato e remover o conjunto do guarda-mato puxando-o para
fora do receptáculo. Se for necessário desarmar o martelo, segure-o com uma das mãos e com a outra destrave e acione o gatilho
de modo que seja possível baixá-lo suavemente.

c. Manejo
Carregar: Com a ponta do cartucho, empurre o transportador e
introduza o mesmo completamente para dentro do tubo,
assegurando-se que a borda do cartucho tenha entrado além do
localizador direito, evitando seu retorno. (Fig 1)
Fig 1

Disparar: Destrave e pressione o gatilho. Recue a telha para ejetar o


cartucho vazio. Empurre a telha para frente para colocar novo
cartucho na câmara. Trave a arma quando terminar os disparos.

Descarregar: Para retirar um a um cartucho, trave a arma e pressione


o acionador da trava da corrediça e puxe e empurre a telha
sucessivamente. Para retirar mais cartuchos de uma só vez, após
retirar o primeiro, mantenha a telha recuada, pressione o
transportador até a câmara e em seguida pressione o botão do
localizador esquerdo longo. (Fig 2) Fig 2

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................14
camuflagem
1. REGRAS DE CAMUFLAGEM
a. Escolha da posição: deve permitir o cumprimento da missão, ser de fácil acesso, ser desenfiada, ter cobertura natural e ser
de fácil ocupação.
b. Disciplina da camuflagem: deve-se ter cuidado em evitar atividades que alterem a aparência de uma área, ou revelem ao
inimigo objetos militares; deve-se eliminar trilhas, pegadas, sinais de ocupação, sulcos de Vtr, objetos abandonados, vestígios de
escavação e lixo e ter preocupação com a disciplina de luzes e som.
c. Construção da camuflagem: deve-se procurar alterar as formas para que o objeto se confunda com o terreno ocultá-lo com
um anteparo, como rede de camuflagem e telheiro, por exemplo.

2. PROCESSSOS DE CAMUFLAGEM
a. Mascaramento: é o ato de esconder totalmente o que se deseja. Ex: cobrir totalmente um armamento.
b. Dissimulação: é o ato de confundir ou misturar a pessoa ou material que se deseja camuflar, com o meio ambiente. Ex: uso
de camuflagem individual.
c. Simulação: é o ato de fazer com que um determinado material se pareça com outro. Ex: um tronco de árvore parecido com
um obuseiro.

3. CAMUFLAGEM INDIVIDUAL
a. Manter a camuflagem individual e dos materiais que conduz;
b. Deslocar-se silenciosamente;
c. Não olhar para os aviões;
d. Não caminhar ou dirigir viaturas em campo aberto;
e. Usar a dispersão nas marchas e estacionamentos;
f. Nos altos horários, dispersar-se e procurar coberturas;
g. Em campo aberto, não jogar detritos;
h. Disciplina de luzes à noite;
i. Ao ver, de súbito, uma luz do inimigo, deter-se ou deitar-se.

4. SIMULAÇÃO E DISSIMULAÇÃO DE UMA VIATURA.


a. A simulação consiste em camuflar uma determinada viatura em outra de características totalmente diferentes.
b. A dissimulação consiste em camuflar uma viatura das vistas do inimigo, aproveitando as coberturas.
c. Devemos sempre conciliar os meios naturais e artificiais nos processos de camuflagem, para melhor confundir com o meio
ambiente, sempre respeitando as regras de camuflagem.
d. Deve-se evitar mudar o aspecto natural do terreno, para tanto, usa-se material que não esteja no entorno da viatura e
executa-se uma limpeza criteriosa após o término dos trabalhos (terra, galhos quebrados, restos de materiais naturais
e. Sempre que possível usam-se cobertas e abrigos, juntamente com os materiais artificiais.

5. CAMUFLAGEM DE UMA INSTALAÇÃO.


a. Devemos sempre escolher um local que forneça cobertas
eficientes, para facilitar os trabalhos de camuflagem.
b. Uma instalação é sempre um ponto de vital importância para o
inimigo. Portanto, devemos ter a preocupação de preferencialmente usar o
processo de mascaramento na camuflagem.
c. Devemos usar os materiais artificiais em conjunto com os
naturais, sempre tendo o cuidado de efetuar as trocas periódicas do
material natural.

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................15
marchas
Marcha administrativa – Marcha de treinamento ou de contato remoto com o inimigo. SEGURANÇA < CONFORTO
Marcha tática – Marcha para o combate ou com contato iminente com o inimigo. SEGURANÇA > CONFORTO
1. DADOS DE PLANEJAMENTO:
MARCHA A PÉ: MARCHA MOTORIZADA:

VTR ISOLADAS
PERÍODO ESTRADA CAMPO EM COMBOIO
ESTRADAS ÁREA URBANA

SEM Até 80 Até 60 Km/h COLUNA 70 Km


REBOQUE
DIURNA 4 Km/h 2,5 Km/h Km/h
ABERTA

COM Até 75 Até 55 Km/h COLUNA 60 Km


REBOQUE
NOTURNA 3 Km/h 1,5 Km/h Km/h
CERRADA

Altos:
- Em marchas a pé, o primeiro alto ocorre após 45 min e dura 15 min e os subseqüentes após 50 min e duram 10 min;
- Em marchas motorizadas, primeiro alto ocorre após 1 hora e dura 15 min e os subseqüentes após 2 horas e duram 10 min.
2. CONCEITOS DIVERSOS:
a. PI: Ponto Inicial – ponto de início da marcha;
b. P Lib: Ponto de Liberação - próximo a possível zona de estacionamento, onde a coluna de marcha se desfaz;
c. Flutuação: uma mudança repentina de velocidade faz com que a coluna se amasse ou se alongue, ocasionando pequenas
diferenças nas distâncias entre os homens e entre as frações. Estas diferenças chegam à retaguarda da coluna de marcha bastan te
acentuadas;
d. O regulador de marcha: militar com estatura média e com o passo aferido, que marcha à frente da coluna, a fim de manter a
velocidade constante.
e. Distância entre os homens: Administrativa: 1 m < Dist < 4,5 m / Tática: visual, em compartimentos do terreno diferentes
3. MISSÃO DO DESTACAMENTO PRECURSOR:
a. Balizar os pontos críticos do itinerário;
b. Executar trabalhos de engenharia necessários à desobstrução do itinerário;
c. Facilitar o trânsito;
d. Preparar o trânsito;
e. Preceder a coluna de marcha.

4. GUIAS, BALIZADORES E GUARDAS DE TRÂNSITO:


a. Guias: empregados em itinerários ou zonas cujo reconhecimento não foi possível executar. A condução dos diferentes
elementos de coluna, do P Lib às respectivas zonas de estacionamento, também é feita mediante a utilização de guias;
b. Balizadores: são colocados ao longo do itinerário a fim de evitar que a coluna se desvie. Devem ser elementos devidamente
adestrados e treinados;
c. Guardas de trânsito: são colocados em pontos perigosos do itinerário, para controlar o trânsito, evitar acidentes ou facilitar o
movimento.
Obs: Os guias, balizadores e guardas de trânsito podem ter, às vezes, idênticas obrigações.

5. PADRONIZAÇÕES DE SILVOS DE APITO:


- 01(um) silvo longo: alto;
- 02(dois) silvos longo e 01(um) curto: passo ordinário;
- 02(dois) silvos longos: sem cadência;
- 03(três) silvos longos: passo de estrada;
- Vários silvos curtos: abandonar a estrada.

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estacionamentos

1. TIPOS DE ESTACIONAMENTOS:
a. Acampamento - quando se armam barracas e a tropa permanece em uma área de maior estrutura. Adotado em áreas mais
afastadas do combate;
b. Acantonamento - quando se aproveitam as instalações existentes para o estacionamento da tropa;
c. Bivaque - quando a tropa permanece ao relento, protegendo-se com a cobertura de árvores, acidentes do terreno e com seus
abrigos (poncho, saco de dormir, manta, etc).

2. FATORES PARA ESCOLHA DOS LOCAIS DE ESTACIONAMENTO


a. Segurança - cobertura e camuflagem (de acordo com a situação tática. Espaço suficiente para permitir a dispersão do pessoal e
viaturas, aproximadamente 300 m2 por SU;
b. Proximidade de suprimento de água;
c. Rede de estradas conveniente ou caminhos que permitam o funcionamento dos transportes.
d. Condições favoráveis
1) Acessibilidade das viaturas disponíveis;
2)Terreno arenoso ou argiloso favorável absorção de restos líquidos.
3)Terreno firme para viaturas e coberto de relva para furtar-se da observação aérea;
4) Espaço suficiente a fim de evitar o congestionamento e permitir o afastamento necessário entre a cozinha e as latrinas.
e. Condições desfavoráveis
1) Leitos de rios secos, ravinas e zonas baixas em regiões sujeitas às chuvas abundantes;
2) Locais barrentos, poeirentos e de solo frouxo;
3) Terrenos pantanosos ou alagadiços que possam ser infestados de mosquitos, que sejam sujeitos a névoas e garoas;
4) Locais em que o nível mais baixo das águas circunvizinhas atinja a 1,20m da superfície do solo;
5) Encostas muito inclinadas;
6) Locais que fiquem a menos de 1.500 m das povoações.
3. UTILIZAÇÃO DE CURSO D’ÁGUA PARA CONSUMO:

4. LATRINAS
- Devem estar nos extremos, na direção oposta ao vento. Ficam a pelo menos 100 m da cozinha e 30 metros da barraca mais
próxima. Duas latrinas atendem 100 homens.
5. LAVATÓRIOS E CHUVEIROS:
- A proporção é de um lavatório para 25 homens e dois chuveiros para cada 100 homens.
6. ÁGUA PARA CONSUMO:
- Deverá ser armazenada em saco Lyster, e na proporção de um saco para cada 100 homens. Capacidade de 130 L.
7. SEGURANÇA DA ÁREA DE ESTACIONAMENTO
a. Externa
- Postos avançados e obstáculos
b. Interna
- Medidas ativas (guarda interna, armamento antiaéreo, etc)
- Medidas passivas (cobertas, abrigos, camuflagem e disciplina da tropa de utilização de Vtr, de luzes, de produção de
ruídos)

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VALOR MILITAR DOS ACIDENTES
1. INTRODUÇÃO: É de suma importância que o combatente tenha condições de reconhecer nas formações e acidentes no terreno as
vantagens e os riscos a eles inerentes, de forma a permitir o melhor cumprimento de sua missão.
2. CONCEITOS GERAIS:
a. Curvas de nível: representam linhas imaginárias no terreno, ao longo das quais todos os pontos estão na mesma altitude
b. Altitude: altura de um ponto em relação ao nível do mar
c. Classificação do terreno: pode ser plano, ondulado, movimentado, acidentado, montuoso e montanhoso
d: Cotas: número que define a altitude de um ponto. Ex.: Elevação de altitude 654 m chama-se militarmente de “Cota 654”
e. Elevações: designação genérica das partes altas do terreno
f. Comandamento: situação em que um ponto possui maior altitude que outro (e que estejam à distância de possível emprego militar)
g. Cume/cimo: a parte mais alta de uma elevação
h. Encosta/vertente: a superfície em declive que forma uma elevação. A encosta do lado oposto chama-se contraencosta.
i. Sopé/raiz/fralda: a parte mais baixa de uma elevação
j. Crista topográfica: linha a qual uma elevação se projeta no horizonte
k. Crista militar: linha que une os pontos de maior cota, na qual se pode bater com fogos de tiro tenso o sopé da elevação
l. Linha de cristas: linha que corre pela parte mais alta das elevações, ligando os diversos cumes
3. NOMENCLATURA DE ELEVAÇÕES: Colina - Mamelão - Garupa - Espigão - Esporão - Montanha - Serra - Cadeia/Cordilheira - Planalto
4. NOMENCLATURA ACERCA DE DEPRESSÕES: Ravina/fundo - Cuba - Vale - Garganta/Corredor - Desfiladeiro - Grota -
Brecha - Corte - Colo - Linha de talvegue/fundo
5. NOMENCLATURA APLICADA ÀS PLANÍCIES: Planície – Pampas – Baixadas – Várzea
6. NOMENCLATURA DA HIDROGRAFIA: Rio Ribeirão Riacho/córrego/igarapé - Nascente/Foz - Afluente - Jusante/montante -
Leito - Margem - Vau - Saco/Praia - Queda/cachoeira - Lagoa/lago - Represa/barragem/açude - Pântano - Brejo/charco - Sangradouro
7. NOMENCLATURA SOBRE VEGETAÇÃO: Selva - Floreta - Mata - Bosque - Capão - Capoeira - Macega - Renque - Pomar -
Campo - Clareira - Mata ciliar
8. NOMENCLATURA ACERCA DE ESTRADAS: Estrada - Caminho - Trilha - Entroncamento - Bifurcação - Cruzamento - Nó

9. VALOR MILITAR DOS ACIDENTES PARA O COMBATENTE INDIVIDUAL


a. Cobertas: b. Abrigos: c. Obstáculos:
Acidentes naturais ou artificiais que dão Proteção contra os efeitos do fogo inimigo, São os acidentes do terreno que impedem ou
proteção contra as vistas do inimigo. particularmente do fogo direto. Podem ser dificultam o movimento ou a progressão. Podem
naturais ou preparados pelo combatente. ser naturais ou artificiais.

0,2 m

- Naturais

1m

0,9 m
- Artificiais

d. Ângulos mortos: e. Caminhos desenfiados: f. Observatórios (pontos de observação)


Trechos do terreno que, devido a dobras e Trechos do terreno nos quais se pode Locais que, devido a sua características de
taludes ou à existência de alguma progredir coberto das vistas e, muitas vezes, posição e comandamento, pode-se observar
construção, fogem à observação de quem se abrigado dos fogos inimigos. grandes extensões do terreno.
encontra em determinada posição.

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Avaliações de distâncias
1. OBTENÇÃO DE DISTÂNCIAS:
a. Calculadas: cartas topográficas, fotografias aéreas etc
b. Medidas: Trena, passo duplo, odômetro de viaturas, telêmetro laser etc
c. Avaliadas:
1) Pelo binóculo
a) Medir a distância angular (em milésimos)
Retículo em L Retículo em +

b) Verificar o tamanho do objeto


TABELA DE REFERÊNCIA DE TAMANHOS CONHECIDOS
OBJETO FRENTE OBJETO FRENTE
Homem a pé 1,70m Vagão de composição ferroviária 3,50m
Homem a cavalo 2,50m Coqueiro e palmeira adultos 15 a 25m
Poste telegráfico 5 a 6m Vtr ¾ Ton 1,80 m
Casa comum 5m Vtr acima de ¾ Ton 1,90 a 2,50 m

c) Calcular usando a fórmula: Distância (D) = 1000 x Frente do objeto (F)


Número de milésimos (N)

2) Pela vista: aplicar mentalmente uma medida conhecida (Ex: campo de futebol de 100 metros) e imaginar quantas vezes
essa medida cabe na distância a ser avaliada.

3) Pelo som:

PROCESSO NORMAL:

1. Conta-se os segundos desde a visão do clarão até ouvir


o barulho correspondente.

2. Multiplica-se o número de segundos achados pela


velocidade do som aproximada, de 350 m/s.

PROCESSO RÁPIDO:

1. Treina-se a contar até 10 em 3 segundos

2. Conta-se nessa velocidade treinada desde a visão do


clarão até ouvir o barulho correspondente.

3. Verifica-se até quanto se contou e multiplica-se o valor


por 100, achando o valor aproximado.

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OBSERVAÇÃO DO TERRENO E DESIGNAÇÃO DE ALVOS
1. REGRAS PARA OCUPAÇÃO DE COBERTAS E ABRIGOS PARA OBSERVAR:
a. Utilizar a sombra;

b. Imobilidade;

c. Confundir-se com o terreno;

d. Não se projetar no horizonte;

e. Evitar pontos notáveis do terreno;

f. Deitar-se para observar;

g. Observar através da coberta ou pelos cantos inferiores;

h. Evitar usar cobertas como posição de tiro.

2. PROCESSO DE OBSERVAÇÃO DE UM SETOR POR FAIXAS NO TERRENO


a. Examinar o terreno por faixas de aproximadamente 50 metros de
profundidade, iniciando pela faixa mais próxima, da direita para a
esquerda e da esquerda para a direita, sucessivamente;
b. Deve-se ter em mente todos os indícios possíveis, que revelem
atividade inimiga, tais como: reflexos, poeira, fumaça, animais em
movimento, etc.

3. OBSERVAÇÃO À NOITE
a. Adaptação à escuridão – Permanecer 30 min em completa escuridão ou em local de luz vermelha por 20 min e mais 10 min
em completa escuridão;
b. Visão fora do centro – Para se observar um determinado objetivo à noite, deve-se fazê-lo não diretamente, mais sim, com
um pequeno desvio;
c. Esquadrinhamento – Para se obter a continuidade, deve-se desviar, constantemente, o ponto de observação com movimentos
curtos, rápidos e irregulares.

4. RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO
INFORME
DONDE? QUEM ou O QUÊ? ONDE? COMO? QUANDO?
INCIDENTE
01 (exemplo) PO - PCot 457 Viatura sobre lagarta Az 64º - 1200m Em deslocamento Às 00:30hs
02 ... ... ... ... ...
03
04
05

5. DESIGNAÇÃO DE ALVOS E OBJETIVOS


a. PROCESSO DIRETO
1) DIREÇÃO: processo do relógio
2)DISTÂNCIA: normalmente avaliada pela vista ou binóculos,
é dada em metros.
3) SITUAÇÃO: é o local onde se encontra o objeto ou alvo.
4) NATUREZA: de que se trata o objeto ou alvo.
5) PARTICULARIDADE: detalhes do objeto ou alvo.

b. PROCESSO INDIRETO
1) DI-DI-SI-NA-PA
2) Afastamento angular

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Orientação em campanha
1. ORIENTAÇÃO EM CAMPANHA UTILIZANDO A BÚSSOLA
a. A bússola é um instrumento de orientação destinado à medida de ângulos horizontais, à orientação da carta e à orientação
no terreno. É composta por uma agulha imantada mergulhada em um líquido e que sempre aponta para a mesma direção,
chamada de Norte Magnético (NM). Esta agulha fica dentro de uma caixeta e possui um limbo, graduado normalmente em graus, a
fim de que se possam tomar ângulos horizontais entre a direção da agulha imantada (NM) e a direção a que se quer navegar. As
bússolas podem ser de limbo fixo ou de limbo móvel.

b. Utilização da bússola de limbo móvel: Para obter o azimute de uma direção aponta-se a bússola em
frente ao rosto e gira-se o limbo até coincidir a letra N com a ponta norte da agulha. Depois, lê-se o azimute
apontado pela seta. Para obter a direção correspondente a um azimute deve-se colocar a seta da tampa no
azimute desejado, girar o corpo até que a ponta da agulha coincida com o N marcado no limbo em seguida
fazer a visada de um ponto de referência.

c. Utilização da bússola de limbo fixo: Para obter o azimute de uma direção, segura-se a bússola em
frente ao rosto e, utilizando o entalhe e o retículo, faz-se a visada sobre o objetivo, deixa-se o limbo parar
e deve ser feita a leitura do azimute sem desfazer a visada. Não devemos esquecer a linha luminosa do
vidro móvel deve ser colocada em alinhamento com o retículo. Para obter a direção correspondente a um
azimute deve-se segurar a bússola na altura do peito e girar o corpo até obter sob a linha luminosa o
azimute aproximado, em seguida fazer a visada até ler com exatidão o azimute desejado. Escolha então,
nessa direção, um ponto de referência.

d. Distâncias de segurança de grandes massas de metais para não comprometer o desempenho da bússola:
a) Linhas de alta tensão: 60 (sessenta) metros.
b) Viatura ou CC: 20 (vinte) metros.
c) Arame farpado: 10 (dez) metros.
d) Arma automática: 05 (cinco) metros.
e) Capacete de aço ou fuzil: 01 (um) metro.

2. EQUIPE DE NAVEGAÇÃO
a. Homem – Carta: é o responsável pela orientação da carta com o terreno. Planeja a navegação da equipe com base nos dados
que interpreta da carta e, para tanto, conta com auxílio de diversos instrumentos, como escalímetro, curvímetro e aparelho de
localização por GPS.
b. Homem – Bússola: é responsável pela determinação e manutenção dos azimutes.
c. Homem – Passo: é responsável pelo aferimento das distâncias já percorridas, através da contagem do passo-duplo.Devem ser
escalados 02 (dois) ou mais homens-passo para que, fazendo-se uma média das medidas, obtenha-se melhor precisão.
d. Homem-Ponto: marcha à frente da equipe e baliza a direção dos sucessivos azimutes, determinados pelo homem-bússola.
Para a maior precisão no trabalho, pode-se utilizar uma baliza que será cravada sobre o solo, no local estabelecido pelo H Bus. À
noite, devem ser utilizados meios que assinalem sua posição exata, tais como equipamentos infravermelhos, lanternas veladas,
dispositivos fosforescentes e outros, com o cuidado de não comprometer a segurança.

3. TÉCNICAS DE VASCULHAMENTO P
Quadrado crescente Leque Azimutes paralelos Pente fino Desvio angular
P (off set)
Acidente

C
B
B

^
â b^

4. COMPENSAÇÃO DE PASSOS E ANGULOS RETOS: 5. ORIENTAÇÃO DE EMERGÊNCIA:


- Se necessário o militar marchará à noite sem o uso da bússola,
orientando-se através dos seguintes meios.
a. Pelo Cruzeiro do Sul – a direção sul é obtida prolongando
quatro vezes e meia o braço maior da constelação, baixando uma
perpendicular do ponto imaginário, esta é a direção geral do SUL.
b. Pela Lua – a lua nos dá, aproximadamente, as mesmas
direções que o Sol.
c. Indícios naturais – acidentes geográficos conhecidos,
musgos (sul), girassóis (norte), cogumelos (leste e sul), ventos, etc
d. Fogos amigos ou inimigos - Sabendo-se aproximadamente
a situação geral é possível localizar-se no terreno.
e. Outros meios – as ferrovias, estradas, redes elétricas,
localidades e povoados são meios indicados para determinar uma
direção.
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DEFESA CONTRA aviões
1. INTRODUÇÃO: A DEFESA ANTIAÉREA das tropas em terra é proporcionada pela Artilharia Antiaérea. Cabe,
em caráter preventivo ou emergencial, cada unidade providenciar sua própria AUTODEFESA ANTIAÉREA
(Medidas Passivas e Ativas).

2. MEDIDAS PASSIVAS: dificultam e impossibilitam a descoberta de nossas posições pela aviação inimiga.
a. Dispersão (dispersão entre homens, instalações e viaturas nas marchas e estacionamentos)
b. Camuflagem (preocupação especial com a camuflagem contra observação aérea)
c. Vigilantes da ar (observação em relação a aviação inimiga – “ALERTA AVIÃO”)
- Em caso de alerta:
 Em terreno limpo: deitar, ficar imóvel e se houver tempo deve-se procurar cobertas e abrigos.
 Em marcha por estrada: abandonar seu leito e procurar cobertas e abrigos ou deitar nas margens.
 Em posição ou estacionado: procurar cobertas ou abrigos, permanecendo-se imóvel.
 À noite: apagar todas as luzes.

3. MEDIDAS ATIVAS: Medidas de caráter ofensivo que permitem enfrentar as aeronaves atacantes neutralizando
sua ação, repelindo-as ou mesmo chegando a abatê-las. Emprega-se o “MÁXIMO VOLUME DE FOGO”, tanto das
armas antiaéreas como das armas leves.
a. Máximo volume de fogo
Máxima quantidade possível de projetis no
trajeto do avião os quais poderão, caso atinjam a
aeronave, danificá-la ou destruí-la. Para
obtermos o máximo volume de fogo, todos
devem atirar no regime automático, mesmo que
prejudique a precisão.
O essencial é conseguir o MÁXIMO VOLUME
DE FOGO A FRENTE DO AVIÃO.

c. Técnicas de tiro

SITUAÇÃO 1: Anv está em ataque à sua posição SITUAÇÃO 2: Anv não está em ataque à sua posição.

- Jatos e aviões de alta velocidade: atirar 100 metros (tamanho de um


campo de futebol) à frente .

4. NORMAS DE ENGAJAMENTO:
 Regra básica: atirar somente na aeronave que - Helicópteros e aviões de baixa velocidade: atirar 50 metros (tamanho
de meio campo de futebol) à frente .
está atacando sua Unidade.

 Verificar se é compensador denunciar a


posição (somente o comandante da tropa autoriza
o engajamento da aeronave).

 Atirar em aeronaves que estiverem voando até


350m – técnica de aproximação ou voando a
baixa altura.

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DEFESA CONTRA BLINDADOS
1.DIFERENÇA ENTRE OS TIPOS DE BLINDADOS MAIS COMUNS
Carros de combate ( CC ) Viatura blindada de transporte de pessoal (VBTP)_
 Mobilidade  Leve
 Grande poder de fogo  Extremamente móvel
 Forte proteção blindada  Dotada de fraca blindagem
 Destina-se a operações que  Destina-se a transportar
exijam grande mobilidade e ação tropas relativamente protegidas,
de choque. até as proximidades das
 Funciona como ponta de posições inimigas.
lança das forças terrestre nas
operações ofensivas.

2. VULNERABILIDADES DOS BLINDADOS


a. Observação (quanto maior a blindagem, menor a observação)
b. O ruído (dificuldade ouvir sons externos) ;
c. Imprecisão do tiro (principalmente em terreno variado);
d. Sensibilidade ao terreno (dificultar ou impedir passagem) ;
e.Interiores apertados (projetil ricochetear e atingir toda guarnição)
f. Partes mais vulneráveis:
 Trem de rolamento - rodas ou lagartas (polias motoras e tensoras);
 Janelas, fendas, escotilhas e periscópios;
 Tanque de combustível;
 Motor;
 Bases de antenas;
 Equipamentos eletrônicos de tiro e visão noturna.

3. MEDIDAS PASSIVAS
a. Utilização de obstáculos: Devem ser explorados todos os obstáculos naturais, tais como cursos d‟água, troncos caídos,
árvores de grande porte, terrenos alagadiços e partes muito acidentadas do terreno.
b. Alerta oportuno: Sinais convencionados, apito e voz - ALERTA CARRO !
c. Conduta da tropa:
- Fugir à observação
- Abrigar-se
- Procurar localizá-lo e identificá-lo

4. MEDIDAS ATIVAS
a. Fuga ao esmagamento: o combatente, para fugir ao
esmagamento, deverá procurar um local inacessível ao
carro, tais como toca, valas e buracos.
b. Emprego do armamento
1) Blindado atinge a zona de alcance útil das armas
- atirar na torre e na Infantaria de acompanhamento. CERTO: fogo de flanco ERRADO: fogo frontal
2) Blindado a uma distância de 200 a 300m:
- atirar nas janelas e trens de rolamento
3) Blindado continua em sua direção:
a) fugir ao esmagamento
b) após ultrapassada a posição, lançar granadas de mão e de bocal no motor, reservatório de combustível e nas lagartas ou
rodas.
4) Blindado não se dirige para a sua posição:
- continuar atirando nas partes mais vulneráveis, utilizando, sempre que possível, o fogo de flanco

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Inteligência militar

1. INFORMES: dados obtidos que formam conhecimento de interesse para nossas operações. Os informes são analisados e processados para
produzirem informações, largamente utilizadas pelos comandantes para tomada de decisões mais precisas. Postos de observação, patrulhas e
reconhecimentos aéreos são exemplos de missões cuja finalidade é a coleta de informes.

2. INFORMAÇÕES DE COMBATE (INTELIGÊNCIA): é o conhecimento que se possui a respeito do inimigo, das condições climáticas e
do terreno, de um interesse imediato utilizado no planejamento e na conduta das operações táticas.

a. Fontes de informes:
1) Pessoal inimigo: capturando-o sempre que possível;
2) Documentos do inimigo: recolhendo-os e procurando-os entre os inimigos mortos e nas suas instalações, para entregá-los ao comandante.
3) Petrechos (armamentos, materiais) do inimigo: entregando-os ou informando suas características e localização ao comandante.
4) Atividades do inimigo: observando ou informando o que o inmigo faz ou deixa de fazer.
5) Interceptação das comunicações do inimigo: telefone, rádio, redes de computadores e interceptação de sinais visuais como bandeirolas,
luzes, painéis e artifícios.

b. Procedimentos com pessoal capturado:


1) Logo após a captura, proceder a revista pessoal;
2) Armas e documentos devem ser retirados;
3) Oficiais, praças, civis, mulheres e políticos devem ser separados em grupos;
4) Não se deve permitir que os priosioneiros conversem entre si;
5) Deve-se tratar com humanidade o pessoal capturado, fornecendo sua segurança até sua evacuação;
6) Os prisioneiros devem ser encaminhados ao escalão superior o mais rápido possível.

c. Procedimentos com documentos capturados:


1) Os documentos retirados de um prisioneiro devem ser marcados com seu nome, data, hora e local da apreensão;
2) Os documentos inimigos encontrados no terreno serão marcados indicando local e unidade que os encontrou;
3) Todo documento encontrado deverá ser remetido ao seu comandante de imediato!

d. Procedimentos com materiais capturados:


1) Os documentos e o material tomados do inimigo pertencem ao país que os capturou;
2) Não é permitido ao combatente guardar, como lembrança, algo que capturou;
3) Todo material pode ser fonte de informes e deve ser repassado ao escalão superior de imediato;
4) Informar de imediato ao comandante sobre qualquer tipo de arma ou equipamento encontrado;
5) Somente deve-se transportar armamento/equipamento o qual tenha-se certeza de que não esteja armadilhado;
6) Todos devem relatar sobre novas armas ou equipamentos que observar e fará anotações que o ajudem a descrever o que observou.

3. CONTRAINFORMAÇÕES (CONTRAINTELIGÊNCIA): são as medidas e as ações adotadas para descobrir e neutralizar a espionagem, a
sabotagem e a subversão; para evitar que o inimigo localize a tropa amiga, descubra nossas atividades, nossos planejamentos e nossas
possibilidades e limitações. O combatente sempre deverá evitar que o inimigo obtenha informações sobre nossa tropa. Medidas a serem
adotadas:
a. Utilização das técnicas corretas de camuflagem; g. Não falar sobre assuntos militares com estranhos;
b. Controle de suspeitos e de civis que habitam a área de h. Não divulgar informações em correspodência particular;
operações;
c. Emprego correto das comunicações; i. Se capturado, informar apenas seu nome, graduação e identidade;
d. Utilização das medidas de identificação (senhas); j. Antes de deixar uma área, certificar-se de que não deixou para trás nenhum
material ou documento;
e. Não conduzir cartas e fotografias com marcações; k. Não produzir imagens ou vídeos com câmeras particulares na frente de
f. Evitar manter diários nas áreas avançadas; combate;

l. Medidas de identificação

Palavras: Numérico

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SOCORRO BÁSICO
1. ANÁLISE PRIMÁRIA:
a. Verificar o nível de consciência;
1) Alerta 2) Estímulos verbais 3) Estímulos dolorosos 4) Inconsciente
b. Vias aéreas abertas;
c. Respiração; Abertura das Vias Aéreas:
d. Circulação; (TRÍPLICE MANOBRA)
f. Expor o corpo da vítima.

2. AÇÕES BÁSICAS
a. Obstrução respiratória
1) Manter permeabilidade;
2) Evitar broncoaspiração;
3) Efetuar respiração artificial.
4) Pressionar as narinas e realizar duas insuflações;
5) Efetuar duas ventilações completas com duração de um segundo a um segundo e meio.
6) Observar a expansão do tórax da vítima;
7) Executar compressões até a desobstrução ou chegada de socorro adequado.
- Manobras de desobstrução:

b. Parada Respiratória (PR)


1) Verificar se há obstrução das vias aéreas;
2) Em crianças executar respiração Boca-Nariz;
3) Efetuar as ventilações tipo boca-a-boca ou boca-nariz em intervalos de:

c. Parada cardiorespiratória (PCR)


1) Sinais de PCR: a) Ausência de pulso (carotídeo e braquial); b) Ausência de respiração; c) Inconsciência; d) Dilatação
Pupilar, midríase; e) Aparência de morte com palidez e imobilidade
2) Compressão torácica (Mãos sobrepostas com os dedos entrelaçados, coloca-se a palma da mão sobre o osso esterno,
braços esticados e utilizar peso do corpo)
3) Ventilação (boca-a-boca ou boca-nariz)
4) Reanimação cardiorespiratória: realizar o ciclo de 30 compressões + 02 ventilações , por 05 vezes. Após isso, verificar
sucesso da reanimação. Em caso negativo, repetir sucessivamente os 05 ciclos.

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d. Traumas
Crânio-encefálico Tórax Abdome Coluna
Verificar ferimentos e hemorragias
Verificar nível de Observar a presença de Áreas enrijecidas => desconfiar de Verificar alterações na
consciência rangido, hemorragia, hemorragias internas sensibilidade ou mobilidade
crepitação e deformidades dos membros, muita dor ou
Verificar presença de Hemorragia: devemos Evisceração => cobrir o ferimento com defromidades na região
líquor colocar o ferido com a lesão um curativo embebido em soro posterior do tronco.
virada para baixo. fisiológico e coberto por laminado de Em caso de lesão, adotar todos
Cobrir ferimentos Cobrir o ferimento com um alumínio ou filme PVC. Não tentar os cuidados na remoção e
sem pressioná-los curativo oclusivo preso em colocar órgãos de volta. (Se for transporte do ferido.
(não fechar o canal três lados, se for constatado necessário mover o órgão exposto para
auditivo que houve o pneumotórax colocar o curativo, faça-o). Não amarre
o curativo muito apertado.

e. Hemorragias
1) Não tocar no ferimento e nem tentar retirar o objeto que estiver empalado;
2) Proteger o ferimento com pano limpo ou gaze, fixando a gaze sem apertar o ferimento;
3) Comprimir o ferimento o suficiente para cessar o sangramento;
4) Comprimir os pontos arteriais;
5) Ferimento nos membros => mantê-los elevados.
6) O torniquete em último caso.
7) Suspeita de lesão interna => manter a vítima deitada, mantendo as vias aéreas liberadas, transportando-a na posição de
choque.

f. Estado de choque
Identificação Conduta
 Pele pálida, úmida e fria; √ Vítima em decúbito dorsal com as pernas elevadas;
 Pulso fraco e rápido; √ Afrouxar as roupas;
 Pressão sistólica menor que 90 mmHG; √ Assistir a respiração;
 Perfusão capilar lenta ou nula; √ Controlar hemorragias;
 Respiração curta e rápida; √ Evitar perda de calor;
 Tontura e desmaio; √ Ministrar oxigênio;
 Sede, tremor, agitação; √ Conduzir a vítima imediatamente para o Hospital.
 Rosto e peito vermelho, coçando, queimando,
dificuldade respiratória, edemas de face e lábios.

g. Queimaduras
1) Apagar o fogo da vítima com água, rolando-a no chão ou cobrindo-a com um cobertor;
2) Retirar partes da roupa que não foram queimadas – nas partes queimadas deve-se cortar em volta;
3) Banhar o local com água fria quando for de 1o grau;
4) Não passar nada no local, não furar bolhas, e prevenir infecções.
5) Cobrir com plástico estéril ou papel alumínio. Cobrir os olhos com gaze embebida em soro fisiológico.
6) Nos casos de queimaduras químicas deve-se retirar as roupas, lavar o rosto com água ou soro, sem pressão ou fricção,
identificando o agente (ácido lavar por 05 min, alcalino lavar por 15 min).

h. Fraturas
1) Verificar dor local;
2) Verificar incapacidade funcional;
3) Verificar deformidade ou sangramento;
4) Verificar alteração da cor da pele;
5) Imobilizar as fraturas alinhadas com uma tala rígida;
6) Devemos tentar alinhar suavemente apenas uma vez, se houver resistência imobilizar na posição encontrada.
7) Fraturas de fêmur não se devem alinhar.

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................26
TRANSPORTE DE FERIDOS
1. PADIOLA

2. PROCESSOS DE TRANSPORTE SEM PADIOLA (MACA):

BOMBEIRO COM APOIO NOS BRAÇOS NAS COSTAS MOCHILA NAS COSTAS
INVERTIDO

ARRASTO PELO
PELO CINTO PESCOÇO ARRASTO PELO CINTO

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................27
comunicações
1. MEIOS DE COMUNICAÇÕES:
Eletrônicos Equipamentos rádio Meios físicos (telefone) Mensageiro
- Rapidez na instalação - Rapidez na instalação - Depende de lançamento de fios - Depende de adestramento
- Pouco seguro - Pouco seguro - Seguro - Muito seguro
- Permite transmissão de - Possui alta flexibilidade, - Seguros, desde que - Permite transmissão de
quaisquer tipos de dados e facilitando a mobilidade corretamente instalados e documentos, objetos, mídias e
arquivos eletrônicos monitorados (verificar grampos) mensagens volumosas

2. MENSAGENS
Classificação quanto à precedência Classificação quanto ao sigilo
1) Urgentíssima; 1) Ultrassecreto;
2) Urgente; 2) Secreto;
3) Prioridade; 3) Confidencial;
4) Rotina. 4) Reservado;
5) Ostensivo
3. ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL

4. MENSAGEIRO
- Quanto ao tipo de serviço: Mensageiro de Escala e Mensageiros Especiais.
- Quanto ao meio de transporte: a pé, motorizado, a cavaloetc.
- Expedição do mensageiro: esclarecer todas as dúvidas possíveis.
- Condução: proteção da mensagem, abordar os PC de maneira discreta e evitar que a mensagem caia em mãos inimigas.
- Entrega da mensagem: entregar ao destinatário. Mensagem encontrada com morto ou ferido amigo deve ser entregue no PC
mais próximo.
- Todo elemento designado como mensageiro deve ser capaz de:
a. Transmitir mensagens orais e conduzir mensagens escritas;
b. Deslocar-se através do campo, em terrenos acidentados;
c. Utilizar a bússola como meio de orientação e deslocar-se seguindo determinado azimute;
d. Ler cartas e orientar-se pelo sol e pelas estrelas;
e. Observar e informar os movimentos de tropa locais, de estacionamentos e configuração do terreno;
f. Conhecer os distintivos e insígnias dos militares e das unidades amigas e inimigas. Nas zonas de combate onde o uso de
distintivos é insígnias e limitado, os mensageiros devem ser auxiliados pelos guias e pelos Policiais do Exército na identificação e
na localização da unidade ou oficiais procurados;
g. Transmitir informações por gestos e sinais convencionados;
h. Quando motorizado, saber executar a manutenção e sanar panes eventuais de sua viatura.
5. EXPLORAÇÃO RÁDIO
Exemplo (Trovão x Rato)
- CHAMADOR: TROVÃO - AQUI - RATO - CÂMBIO
- CHAMADO: RATO – AQUI – TROVÃO – NA ESCUTA – CÂMBIO
- CHAMADOR: MENSAGEM... - CÂMBIO
- CHAMADOR: AQUI – TROVÃO – NADA MAIS TENHO - APAGO
- CHAMADO: AQUI - RATO – COMPREEENDIDO – APAGO

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................28
Fortificações DE CAMPANHA
1. TIPOS DE FORTIFICAÇÕES
a. Fortificações de campanha: construídos quando o contato com inimigo é iminente. Ex: Tocas e espaldões.
b. Fortificações permanentes: construídos com mais recursos, fora do contato com o inimigo. Ex: Muralhas e fortes.

2. REQUISITOS BÁSICOS DE ABRIGOS


a. Proteção contra o fogo inimigo b. Difícil localização (Camuflagem)
c. Situação vantajosa (comandamento e rasância) d. Apoio mútuo

3. SEQÜÊNCIA DE TRABALHOS
a. Limpeza dos campos de tiro
b. Cavar o abrigo
c. Preparar a proteção frontal
d. Completar a limpeza dos campos de tiro
e. Camuflar a posição
f. Construir um teto
g. Iniciar os melhoramentos CERTO

4. ABRIGOS PARA A INFANTARIA

a. Toca para 2 homens


1) Dimensões

2) Teto e parapeito

3) Melhoramentos (valeta para drenagem, sumidouro de granadas, apoio para cotovelos, revestimento interno etc)

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................29
b. Toca para um homem

c. Posição para atirador deitado

d. Espaldão para metalhadora

1) Espaldão em “Y” (para 3 homens - Mtr .50 e MAG) 2) Espaldão em “L” (para 2 homens – Mtr MAG)

e.Espaldão para morteiros


1) Dimensões 2) Vista superior com melhoramentos

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................30
NÓS E AMARRAÇÕES

Nó simples Nó de alemão (nó em oito) Nó de frade

Nó direito Nó pescador simples Azelha simples

Nó pescador Nó de escota Nó de escota


duplo simples duplo
Azelha em oito

Azelha dupla

Nó boca de lobo Nó de porco (fiel)

Nó prússico (prussik)

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................31
Abrigos improvisados

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................32
Combate noTurno
1. PREPARAÇÃO PARA A PROGRESSÃO À NOITE
a. Escurecer todo o rosto, nuca, orelhas, pescoço e mãos;
b. Não usar camisa branca sob o uniforme e manter as mangas da blusa abaixadas e abotoadas;
c. Escurecer todas as superfícies brilhantes do armamento e do equipamento ou cobri-las com fita isolante;
d. Envolver com fita isolante todas as partes do equipamento que possam vir a fazer ruído (zarelhos de bandoleira, plaquetas
de identificação, etc.);
e. Não levar chaves, moedas ou outros objetos que possam fazer ruído;

2. TÉCNICAS DE PROGRESSÃO À NOITE

CAMINHAR ENGATINHAR RASTEJAR

3. EQUIPAMENTOS DE VISÃO NOTURNA (EVN)


a. Equipamentos de Infravermelho: Ativos, isto é, emitem luz infravermelha (invisíveis a olho nu) que podem ser vistos através
de outros EVN. Possuem boa nitidez.
b. Equipamentos de Imagem Termal: Capta luz infravermelha sem emiti-la. Capaz de “ver” através de neblina e poeira, pois
baseia-se no calor emitido pelos objetos.
c. Equipamentos de Intensificação de Imagens: Passivos, captam imagens a partir da luz residual (luz fraca do ambiente, como
das estrelas ou de uma iluminação artificial longínqua). Imagem normalmente com chuviscos, mas com boa nitidez.
d. ÓCULOS DE VISÃO NOTURNA AN/PVS 7B (o modelo mais comum entre as tropas de infantaria do Exército Brasileiro)

Ocular
Local das baterias
(pilhas AA) Objetiva

Seletor Liga/Desliga/Infravermelho/Luz residual

4. TÉCNICAS DE SILENCIAMENTO DE SENTINELA

Capacete – esmagamento e estrangulamento / Porrete no bulbo / Garrote / Black jack

- Ataque com facas: jugular - Ataque ao bulbo - Perfuração do coração e do rim


CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................33
sobrevivência
1. Sobrevivência é a busca de recursos naturais de uma região, para suprir o organismo de suas necessidades em água e
alimento, permitindo a manutenção da saúde do corpo, da mente e dos objetivos a atingir.

2. REGRA GERAL: ESAON


E = Estacione, evite deslocamento desnecessários.
S = Sente-se (evite o cansaço), cuide de sua saúde.
A = Alimente-se, procure nutrir o organismo.
O = Oriente-se, determine o Norte e o Sul ou a direção a seguir.
N = Navegue, siga a direção determinada.

3. ALIMENTO ANIMAL: tudo que se arrasta, que anda sobre patas, que nada ou voe, constitui uma possível fonte de
alimento, desde que abatidos recentemente. Constitui-se na mais importante forte de alimentação, pelo seu valor nutritivo.
a. Aproveite tudo do animal, porém evite comer as vísceras e beber o sangue dos roedores.
b. Para conservar a carne basta cortá-la em fatias moqueá-la e expor ao sol.
c. Não ponha a carne em contato direto com o fogo pois isso não acelerará sua preparação. Se possível faça a cocção.

4. ALIMENTO VEGETAL: Regra Geral: Comer qualquer fruto ou planta que seja alimento de pássaros, mamíferos ou
roedores.
a. Quando tiver dúvidas sobre o fruto, cozinhe-o.
b. Com exceção dos COGUMELOS, o veneno dos vegetais é tornado inócuo pelo cozimento.
c. Evite comer plantas comer plantas e frutos leitosos (Exceção do sapoti, mamão, figo, abiu, leite de sorva e do amapá).
d. Evite comer cereais parasitados por cogumelos.
e. Evite comer plantas amargosas e as que possuem pelos do tipo urtiga, que irrita a pele.

5. SAL: ele é importante como alimento, para repor os sais minerais consumidos numa sobrevivência. Além da água do
mar e das cinzas das árvores, poderemos obter o sal também a partir do sangue dos animais e da moela das aves. A moela
das aves após lavada, cortada em pequenos pedaços e posta a ferver repetidas vezes até secar, transformar-se-á em uma
espécie de pasta com um leve sabor de sal, podendo ser utilizado para tempero de alimentos.

6. ÁGUA: pode ser obtida:


- No fundo dos vales;
- Próximo à vegetação viçosa ou que tem o habitat natural próximo à água (patauá, buriti, etc);
- Na praia, acima da marca da maré alta ou entre dunas, na base das mesmas.
- Escavando a 30 cm da margem de lagos lamacentos, em leitos secos de rios e lagos.
- Em algumas plantas e frutos: coqueiros, cipós, pêra, cactos, melancia, etc;
- Recolhendo o orvalho das plantas ou objetos;
- Recolhendo água da chuva;
- Destilando água do mar;
- Usando o destilador solar.
a. Pode-se purificar a água através de purificadores comuns que acompanham as rações; pela fervura de pelo menos 5
minutos; adicionando-se oito gotas de iodo para cada cantil d‟água e esperar 30 minutos ou usando o destilador solar.
Atenção: urina e água do mar não servem para beber. O seu alto conteúdo de sal agrava a situação do sobrevivente.

7. FOGO: para preparar uma fogueira deve-se:


- Limpar a área para evitar incêndio;
- Junte uma boa isca (pólvora, papel, folhas secas, resinas, maravalhas etc);
- Gravetos secos finos sobre a isca;
- Dê início a fogueira;
- Coloque madeira seca.
- Para passar a noite, utilize troncos grossos e madeira verde, o que diminui o consumo da lenha. Use folhas verdes na
fogueira para espantar os mosquitos. Se possível construa um abrigo para o fogo e conserve os fósforos envoltos em
plásticos ou parafina.
a. Para acender a isca: processos convencionais - fósforo e isqueiro ou processos de fortuna - lentes, pedra dura,
pólvora, pilhas...
b. Tipos de fogões:
1) Moquém – quatro forquilhas, unidas duas a duas por um travessão, onde os espetos (churrasco) ou grade
(moquear) são apoiados.
2) Pedra – muito usado no nordeste, as pedras servem de apoio à panela e de proteção ao fogo.
3) Assar – consiste de duas forquilhas de aproximadamente um metro de comprimento unidas por um travessão.

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CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................35
Posto de bloqueio e controle de estradas

1º GC – Lançar material do PBCE na pista; F01


2º GC – Montar área de Est. Vtr e ajudar 3º GC na barraca central; F02 Montar barraca central
3º GC – Montar barraca da F. Reação / Prisão e barraca central / revista; F03 (melhoramentos)
- Fazer canaletas e lançar concertinas; F04
- Camuflagem; R05 (Rev) F05
- Melhoramentos. F06
R06 (Seg) Área Est Vtr Barraca Prisão/Reação
Responsáveis F07
R07 (Rev) F08 (melhoramentos)
Arame farpado
Área de Estacionamento de R08 (Seg)
Vtr apreendidas S06
Revista
Masc / Fem
S05

MAG
Detenção
PBCE S08
Rádio/Tlf
Rádio/Tlf R04
R01
Anotador S07 R03
Seg / PBCE F. Reação S04
S01

S02
R02
S03

1º GC – Segurança (S) 01 02 03 04 05 06 07 08 RODÍZIO


Seg Rev F. Rç
2º GC – Revista (R) 01 02 03 04 05 06 07 08 Rev F. Rç Seg
F. Rç Seg Rev
3º GC – F. Reação (F) 01 02 03 04 05 06 07 08

LEMBRETES
 Segurança sempre 90º do revistador;
 O veículo deve ser revistado na parte interna do PBCE (após obstáculos);
 Os seguranças deverão evitar ficar à frente ou à retaguarda dos veículos quando estes estiverem sendo
revistados;
 O Radioperador deverá lançar meios de comunicação físicos com os apoios e coordenar a comunicação no
âmbito do PBCE;
 O revistador não abre nenhum compartimento do veículo, o motorista é quem sempre deverá fazê-lo;
 O homem que fizer a vistoria no interior do veículo deverá olhar com atenção dentro do painel. Para tal,
deverá deitar-se de costas sobre o assento dianteiro, apoiado com uma das mãos no volante ou no painel.
 Se o extintor tiver sua posição nos pés do motorista ou do passageiro abrir sua cobertura.
 Verificar, se houver, o espaço entre os bancos dianteiros.
 Olhar sob os bancos dianteiros e enfiar as mãos entre as molas apalpando-as. Lembrar que é um local ideal
para se fixar pequenos objetos.
 Levantar os tapetes dianteiros.
 Mesmo que o veículo não seja suspeito, verificar os elementos de fixação da forração lateral e teto. Se ela foi
retirada a pouco tempo, poderá apresentar características que denunciem o fato, como a falta de sujeira acumulada
nas emendas, cabeças de parafusos apresentando-se novos, encaixes com diferenças, etc.
 Não esquecer de olhar ambos os lados do quebra-sol, pois pode-se fixar até um revólver neste acessório.
 O porta-luvas poderá ter fundo falso. Comparar sua extensão interna e externa.
 Verificar se o rádio ou toca fitas realmente o são, pois poderão ter essa aparência mas volume oco.
 Se for jipe, não deverá ser esquecido o alojamento das ferramentas sob o assento dianteiro.
 Inspecionar os cinzeiros.
 Inspeção do motor, tendo especial cuidado com acessórios que não sejam comuns. Utilizar a mesa espelhada.
 Atentar para as calotas bojudas, para-lamas e para-choques.
 Vistoriar o porta-malas.
 Revistar bolso, carteira, sacolas, embrulhos, principalmente de pessoal não identificado ou credenciado com
passe livre.
 Verificar costuras da bainha de calça, gola de camisa, forro de boné ou chapéu.
 Observar maço de cigarro, equipamento rádio e objetos que possam apresentar volume oco ou fundo falso.

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................36
Posto de segurança estático
Patrulha motorizada
P05
S09 P06
S01 P07
P08
P01 P03 P09
P02 P04

S02 S08

S03 S07
Radio/Tlf
Cmt Pel
Adj Pel
PSE Caçd

R Op

C01 C02 C04 C06 C08


C03 C05 C07 C09

S04 S05
S06

1º GC – Sentinela (S) 01 02 03 04 05 06 07 08 09
RODÍZIO
Sent Ptr Choq
2º GC – Patrulha (P) 01 02 03 04 05 06 07 08 09 Ptr Choq Sent
Choq Sent Ptr
3º GC – Choque (C) 01 02 03 04 05 06 07 08 09

LEMBRETES

 Ordem de ocupação: Sentinela – Patrulha – Choque;


 As sentinelas são liberadas por seu Cmt e ocupam os postos no sentido anti-horário;
 O Cmt do grupo (S01) é responsável pelo controle e cadastramento de quem entra no
Ponto Sensível.
 O Grupo de Patrulha é dividido em duas turmas: Patrulha de perímetro externo
aproximado (P01/P02 e P03/P04), sendo uma equipe no sentido horário e outra no sentido
anti-horário e Patrulha de perímetro externo afastado (P05 a P09), que é realizada a
princípio motorizada, sendo o Cmt do grupo o responsável por essa patrulha;
 O Grupo de Choque se instala no ponto sensível mais importante da instalação,
visando assim evitar a aproximação de possíveis sabotadores;
 As Pç MAG ocupam um ponto próximo à entrada do Ponto Sensível (P Sen) ou em
um ponto de comandamento, onde podem ser vistas, atuando como demonstração de força;
 Se o pelotão for dotado de caçador este deverá ocupar um ponto de comandamento;
 Todos os indivíduos que freqüentam o PSen deverão constar de uma relação
previamente entregue ao Cmt da tropa;
 O radioperador deverá instalar equipamento fio para as sentinelas.

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CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................38
GRANADA DE MÃO
1. APRESENTAÇÃO
As granadas de mão são engenhos de forma cilindro-ogival, cilíndrica, oval ou esférica, munidos de espoleta e dotados de
uma carga interna explosiva ou química. Destinam-se, exclusivamente, ao lançamento à mão, sendo empregadas para reforçar o
fogo das armas leves no combate aproximado e produção de cortina de fumaça e de efeitos especiais.

2. CARACTERÍSTICAS
a. Constituição
1) Corpo
2) Carga
3) Dispositivo de acionamento (espoleta). Defensivas - agem principalmente,
pelo estilhaçamento de seu
b. Natureza da carga invólucro (principal ação).
1) Explosivas (Of, Def)
2) Químicas (lacrimogênia, incendiária e fumígena) Ofensivas - agem primordialmente,
pela onda explosiva resultante da
3) Iluminativa
detonação de sua carga de
4) De exercício (pequena carga para produzir luz e som) arrebentamento (não possui corpo
5) Lastradas (possuem lastro que simulam o peso) feito para produzir estilhaços).

c. Dispositivo de acionamento (espoleta)


1) Dispositivos de acionamento são destinados à inflamação e/ou detonação de uma carga explosiva. No caso das granadas
de mão, os dispositivos de acionamento são chamados espoletas e constam normalmente de:
- GRAMPO DE SEGURANÇA
- CAPACETE
- CORPO.
2) As espoletas das granadas de mão são:
- DE TEMPO
- AUTOMÁTICAS.

3. MANEJO

EMPUNHAR SEGURANDO A TECLA INTRODUZIR O DEDO NO ANEL DO APÓS GIRAR O ANEL, RETIRAR O PINO
DOCAPACETE NA PALMA DA MÃO GRAPO DE SEGURANÇA E GIRÁ-LO

ATENÇÃO!! RETIRADO O GRAMPO DE SEGURANÇA, SE O MILITAR SOLTAR A TECLA DO


CAPACETE, A GRANADA SERÁ ACIONADA!!!

4. POSIÇÕES DE LANÇAMENTO

DE PÉ DE JOELHOS DEITADO LEMBRE-SE: após o


lançamento, abrigue-se
da explosão
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GRANADA DE BOCAL
1. APRESENTAÇÃO: é um projétil lançado pelo fuzil em uso no nosso Exército, de modo a fazer a cobertura entre os alcances
máximo das granadas de mão e o mínimo da munição dos morteiros. Possui três principais efeitos: explosivo (produz mais de 100
estilhaços eficazes sobre homem em pé a 20 m e com efeitos secundários até 60 metros e perfuram uma chapa de 10mm de aço a
10 m ou uma prancha de madeira de 25 mm a 15 m de distância), perfurante (graças ao Efeito da Carga Oca, temos os seguintes
resultados de perfuração direta em chapa de aço: Gr Bc AE AP M1- 12 a 13 mm; Gr Bc AE AP M2/M3 - 50 mm; Gr Bc AE AC
M1 - 28 mm; Gr Bc AE AC M2/M3 - 102 mm) e incendiário (granadas incendiárias possuem fósforo branco - WP - que se
espalha num raio de 15 metros).

2. IDENTIFICAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE GRANADAS:

3. NOMENCLATURA

4. SEGURANÇAS
Gr Bc Dispositivo de Seg Segurança Gr Bc Dispositivo de Seg Segurança

4. LANÇAMENTO
a. Material necessário para o lançamento de Gr Bc:
1) Fuzil 2) Cartucho de Lançamento 3) Bocal para lançamento de Gr Bc 4) Dispositivo de Alça para Lanç Gr Bc.
b. Tipos de lançamento:
- DIRETO - DIRETO (avaliar distância do alvo, fazer a pontaria correta e tomar a posição de tiro)

- INDIRETO (o alcance varia de acordo com a inclinação do fuzil)


- INDIRETO - Método prático:
1) Auxílio da bandoleira, deixando-a cair na vertical.
2) Fazer regra de três, baseada no tamanho da bandoleira e
no alcance desejado, achando medidas da bandoleira
específicas para diversos alcances.
3) Fazer marcas na bandoleira do granadeiro, conforme
alcances predeterminados (a cada 50 metros).

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................40
PISTOLA 9 MM BERETTA
1. APRESENTAÇÃO
A pistola é uma arma de fogo de porte, leve, de cano curto, elaborada para ser manejada com uma só mão. Uma pistola
geralmente é uma arma pequena de boa empunhadura e rápido manuseio, feita originalmente para uso pessoal, em ações de
pequeno alcance. A Pistola 9M975, calibre 9mm x 19mm “Parabellum” é uma arma de tiro semi-automático, individual,
essencialmente leve, que adota o sistema de dupla ação, que pelo simples acionamento do dedo no gatilho possibilita o
acionamento do cão, mesmo que esteja desarmado, permitindo uma maior rapidez de manuseio.
2. CARACTERÍSTICAS:
Ind Mil.........................................................................Pst 9M975 Velocidade prática de tiro .................................... 15 a 20 TPM
Nomenclatura.......................................... Pistola 9M975 Beretta Raiamento.................................................alma raiada / 6 Raias
Emprego.......................................................................Individual Calibre...............................................................................9 mm
Princípio motor............................................Utz direta dos gases Alcance de utilização..................................................50 metros
Tipo................................................................................De porte Alimentação......................carregador bifilar para 15 cartuchos
Funcionamento..................................................Semi-automático

3. DESMONTAGEM EM 1º ESCALÃO 4. MONTAGEM EM 1º ESCALÃO


a. Medidas preliminares a. 1ª Operação: montagem do carregador;
-Retirar o carregador; b. 2 ª Operação: montagem do bloco de trancamento;
-Destravar a arma; c. 3 ª Operação: do cano no ferrolho;
-Executar 02 (dois) golpes de segurança; d. 4 ª Operação: do guia e mola recuperadora; e
-Inspecionar câmara tátil e visualmente; e e. 5 ª Operação: do ferrolho na armação.
-Desengatilhar a arma. f. Medidas complementares:
b. 1ª Operação: separar o conjunto cano - ferrolho da - Engatilhar a arma.
armação - Desengatilhar a arma.
c. 2ª Operação: retirar a guia e a mola recuperadora - Travar a arma.
d. 3ª Operação: separar o cano do ferrolho - Colocar o carregador.
e. 4ª Operação: retirar o bloco de trancamento
f. 5ª Operação: desmontar o carregador
ORDEM DAS PEÇAS

5. NOMENCLATURA APLICADA
MASSA (ENTALHE) DE MIRA ALÇA DE MIRA

CANO CAMARA PERCUSSOR

MARTELO (CÃO)

MOLA
RECUPERADORA
GATILHO

BLOCO DE TRANCAMENTO
RETÉM DO CARREGADOR
MOLA DO CARREGADOR

6. INCIDENTES DE TIRO
- Retirar o carregador
- Executar dois golpes de segurança
- Examinar a câmara AÇÕES IMEDIATAS
- Sanar o incidente / voltar a atirar

Obs: para sanar o incidente, deve-se analisar em que fase do funcionamento houve e qual foi o motivo da falha no tiro.
CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................41
METRALHADORA mag
1. APRESENTAÇÃO: A metralhadora leve em uso no Exército Brasileiro é a Mtr 7,62 M971 MAG. Trata-se de uma arma
automática que funciona por ação da expansão dos gases resultantes da queima da carga de projeção do cartucho. Ela é trancada
mecanicamente antes do disparo e apresenta a culatra aberta após o tiro. Dentre suas muitas qualidades podem-se ressaltar o
grande débito de tiro, a velocidade de tiro regulável, a suavidade de funcionamento, peso relativamente reduzido e simplicidade de
composição. Atualmente, a Infantaria emprega as peças de metralhadora leve dentro dos grupos de apoio dos Pel Fuz das Cia Fuz.
2. CARACTERÍSTICAS:
Ind Mil..................................................................Mtr 7,62 M971 Tipo.....................................................................................portátil
Nomenclatura............................ Metralhadora 7,62 M971 MAG Alcance Maximo ............................................................. 3800 m
Emprego...........................................................................Coletivo Alcance de utilização .................... 800 m (bipé) / 1800 (reparo)
Princípio de funcionamento ............... tomada de gases pelo cano Calibre..............................................................................7,62 mm
Funcionamento.......................................................... automático Alimentação..........fita metálica de elos articuláveis (50 Car/fita)
Peso da Mtr .................................................................... 10,8 Kg Refrigeração ............................................................................a ar
Peso do reparo .............................................................. 10,45 Kg Velocidade de tiro (regulável).......................... 600 a 1000 TPM

3. DESMONTAGEM
b. Desmontagem 1º Escalão:
a. Medidas preliminares:
1) Retirar quebra-chamas
1) Trazer a alavanca manejo p/ retaguarda
2) Retirar o cano
2) Registro de segurança em “S” (lembrar que a arma
3) Desmontar o regulador de gases (um orifício de
somente trava com o ferrolho à retaguarda)
admissão e três de escape)
3) Abrir a tampa da caixa da culatra
4) Retirar a coronha
4) Levantar mesa de alimentação e verificar a câmara.
5) Retirar o Cj recuperador
5) Colocar registro de segurança em “F”
6) Retirar o Cj ECOFECUM
6) Agindo na tecla do gatilho levar peças móveis à frente
7) Retirar o mecanismo da armação
c. Montagem: processo inverso ao da desmontagem

4. MANUTENÇÃO
Para o tiro: Após o tiro:
- Cano seco (Vareta da câmara p/ a boca da arma) - Limpar o cano (escova de pelo e querosene)
- Peças móveis com leve camada de óleo - Dentro da Dmont permitida limpar peças c/ querosene e ONLA
- Utilizar bolsa de ferramentas para 1º Esc.
5. MANEJO
a. ARMAR (ENGATILHAR) b. TRAVAR c. ALIMENTAR d. DESTRAVAR e. DISPARAR

6. INCIDENTE DE TIRO
a. 1ª Ação imediata:
1) Mecanismo à retaguarda 2) Travar a arma 3) Abrir a tampa da caixa da culatra 4) Retirar a fita
5) Inspecionar a câmara 6) Destravar a arma 7) Desengatilhar a arma 8) Armar o mecanismo
9) Recolocar a fita 10) Fechar a tampa da caixa da culatra 11) Reiniciar o tiro
b. 2ª Ação imediata (em caso de nova falha)
1) Repetir os 10 primeiros itens da 1ª Ação 2) Fechar 1 ou 2 cliques o anel regulador do escape de gases 3) Reiniciar o tiro
c. 3ª Ação imediata (em caso de nova falha)
1) Repetir os 10 primeiros itens da 1ª Ação 2) Trocar o cano. 3) Reiniciar o tiro.

7. NOMENCLATURA APLICADA
Tampa da caixa da culatra

Quebra-chamas
Registro de segurança

Regulador do escape de gases

Bipé
Alavanca de manejo

Mesa de alimentação

Cofre de assalto (50 Car -1 fita)


Mecanismo da armação
Cofre tipo caixa (250 Car -5 fitas)

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................42
Técnica de tiro da mtr leve
1. Tiro Rasante (até 700 metros – a trajetória não se eleva mais que o homem de pé)
2. Tiro Mergulhante (no mínimo 900 metros – a trajetória se eleva tanto que a zona perigosa se reduz à zona batida)
3. Gêneros de Tiro:
a. Tiro concentrado (alvos fixos com os mecanismos de pontaria presos)
b. Tiro livre com ceifa (contra alvos largos, após cada rajada realiza-se uma mudança de direção)
c. Tiro livre sem ceifa (como o tiro concentrado com os mecanismos de pontaria soltos)
d. Tiro ceifante (rajadas com mudanças simultâneas de direção e/ou distância a distâncias inferiores a 400 m e de frente
estreita e com regime acelerado ou rápido)
e. Tiro com ceifa em profundidade (contra alvos de profundidade não coberta, realiza-se mudança de inclinação da Mtr)
f. Tiro com ceifa oblíqua (alvos largos e oblíquos, muda-se direção e profundidade entre cada rajada)
4. Regime de Tiro:
a. Regime lento: inquietação e neutralização de certos alvos
b. Regime normal: manter a superioridade de fogos
c. Regime acelerado: obter a superioridade de fogos
d. Regime rápido: em crise, confundindo-se com a velocidade prática de tiro da arma
5. Ajustagem de Tiro:
- Para uma distância de 1000 metros, a correção de 1‟” desvia um metro em direção. Correção de 100 metros da distância:
DISTÂNCIA DE TIRO ELEVAÇÃO OU ENCURTAMENTO
100 a 600 1‟”
600 a 1000 2 a 3‟”
1000 a 1500 3 a 5‟”

6. Tiro no Intervalo ou Flanco de Tropa Amiga:


SITUAÇÕES MARGEM DE SEGURANÇA
Distância Peça-Tropa até 200 metros 70‟”
Distância Peça-Tropa maior que 200 metros 50‟”
Tiro com Pontaria Indireta a qualquer distância 100‟”
7. Pontaria indireta: é executada por meio de pontos de referência. É empregada quando não se tem vistas sobre o alvo:
Tiro direto amarrado Tiro mascarado
- O tiro poderá ser amarrado com o clinômetro e 1. Tomada dos dados da pontaria em alcance (ângulo baseado na crista e alvo)
baliza, só com baliza, com estaca e mesmo com 2. Determinação da direção de tiro (por balizamento)
uma madeira entalhada. 3. Escolha da posição de tiro (desenfiamento de um homem de pé)
- Utilizado quando não se pode fazer a pontaria 4. Execução da pontaria - em direção (balizas) - em alcance: (calar a bolha)
direta (ex.: baixa visibilidade) 5. Introdução de correções - em distância (balizas) e em sítio: K = 1000.M/D
- Toma-se os dados de alcance e de direção (alça 6. Possibilidade de encristamento - até 100 m da crista registrar alça 300 e verificar
e deriva), baseada nas referências (ângulo do a visada - além de 100 m da crista registrar alça de garantia da distância e verificar
clinômetro, marca da baliza, topo da estaca) e a visada - Se a visada tangenciar ou passar acima da mascara o tiro não encristará
transporta-se a pontaria para o alvo. 7. Ajustagem (sempre que possível)
8. Amarração do tiro

8. Alvo de segurança: 9. Limite de segurança 10. Tiro sobre tropa ou Obt 11. Roteiro de tiro
- Referência de pontaria para - Referência de pontaria para - Verificar se é possível executar o a. Sempre é confeccionado em
evitar o fratricídio na tropa que evitar o fratricídio na tropa que tiro sem atingir a tropa/Obt Op Def.
ataca. defende. Utilizando a arma em posição b. Devem constar no roteiro:
Utilizando a arma em posição: Utilizando a arma em posição a. Determinar Dist Pç–Alvo (D) 1) Limites dos setores de tiro;
b. Determinar Dist Pç–Tropa (d) 2) LPF com suas zonas rasadas,
a. Localizar a posição ocupada a. Determinar a distância do
perigosas e ângulos mortos;
ou a ser ocupada pela Tr Amg alvo (D) c. Determinar Alça Seg (d)
3)Posições e armas Ini reveladas;
b. Determinar a distância desta b. Apontar a Mtr com alça do d. Registrar Alça Seg 4) Regiões de prováveis alvos;
Posição (d) alvo e. Apontar Mtr para a Tropa ou 5) Direção N, S, E ou W;
c. Registrar no Aparelho de c. Sem modificar a inclinação Obstáculo 6) Elementos das missões de tiro;
Pontaria a Alça de Seg para (d) do cano registrar Alça Seg de f. Agindo no Aparelho de Pontaria 7) Dados: alças, amarração, azimutes
d. Fazer a pontaria para Posição 900m = 1500 para alvo < 900 m levar a visada para o alvo e fazer a
c. Consta de duas partes:
da Tropa Amiga Alça Seg da distância do alvo leitura da alça que será a Alça
- Esboço de tiro
e. Sem modificar a inclinação da para alvo > 900 m Mínima
arma registrar a alça para (d) d. Fazer a visada no Aparelho de Condição de Possibilidade:
e. Fazer a visada no Aparelho de Pontaria Alça Alvo > Alça mínima
Pontaria e. Onde a visada incidir no solo Utilizando o binóculo (Det L)
f. Onde a visada incide no solo é é o Limite de Segurança - Condição: AT >AS-L
o Alvo de Segurança
Processo Expedito (alvo<900m) Utilizando a carta - Boletim de amarração do tiro
Utilizando o binóculo - Calcular diferença de cota ( = alvo
a. Resolver: L = AS – AT - Determinado o alvo mais
próximo, o limite de segurança - Pos tiro e ‟= Tropa – Pos tiro) e a
b. Determinar com binóculos diferença de sítios (S=1000. /D –
ponto aquém de L, que será o está aquém da distncia de um
dedo indicador (Aprox 30‟”) S`= 1000. ‟ /d) achando-se L.
limite de segurança. - Condição: AT > AS - L

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Morteiros – técnica de material
1. MORTEIRO: armamento de tiro curvo, que permite engajar alvos em áreas não acessíveis aos fogos diretos dos fuzis e
metralhadoras. Além disso, permite lançar no terreno granadas de efeitos especiais, como iluminativas, fumígenas entre outras. Os
morteiros são classificados em LEVES (calibre até 65 mm), MÉDIOS (70 a 90 mm) e PESADOS (acima de 90 mm).
2. MORTEIROS COMO ARMAS DE APOIO
- São as armas de apoio das Cia e dos Pel Fuz. Nos grupos de apoio dos pelotões de fuzileiros existem os morteiros leves, de 60
mm. Os modelos de Mrt L 60 mm mais comuns no Exército Brasileiro são os HOTCHKISS e BRANDT. Nos pelotões de
morteiros dos Batalhões de Infantaria e nos pelotões de apoio das Cias Fuz existem os morteiros médios, de 81 mm. Os dois
modelos de morteiro médio em uso no Exército Brasileiro são os Mtr Me 81 mm BRANDT e ROYAL ORDENANCE. Vale
ressaltar que algumas unidades adaptam o uso do morteiro às suas necessidades operacionais e logísticas, como é o exemplo os
Batalhões de Infantaria de Selva em que não existem os Mrt L nos Pel Fuz e os Batalhões de Infantaria Blindados que utilizam o
Mrt pesado 120 mm nas seções de morteiros.
3. CARACTERÍSTICAS
- Um morteiro se divide em três partes: TUBO, BIPÉ e PLACA-BASE. A seguir, como exemplo, a composição e dados numéricos
de um Mrt L 60 mm HOTCHKISS:

TUBO BIPÉ

PLACA-BASE

Alma.......................................................................................Lisa Carregamento ........................................................... Antecarga


Trajetória................................................. Parabólica (tiro curvo) Emprego........................................................................Coletivo
Peso do tubo.............................................................. 3,9 Kg Calibre.............................................................................60 mm
Peso do bipé.............................................................. 5,4 Kg Alcance...........................................até 2050 m (Gr HE MK 61)
Peso da placa-base.................................................... 6,4 Kg Cadência de tiro ........................................................... 20 TPM
Peso total..............................................................15,7 Kg

4. GRANADAS:

Gr ALTO EXPLOSIVA
Gr ALTO EXPLOSIVA COLORIDA
Gr FUMÍGENA
Gr ILUMINATIVA
Gr DE EXERCÍCIO
Gr DE MANEJO

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Morteiros – técnica de tiro
1. MATERIAL DE PONTARIA
- Para realizar a pontaria de um morteiro, basicamente utiliza-se o aparelho de pontaria e a baliza de pontaria.

O aparelho de pontaria é
responsável por registrar os
dados do tiro em direção e
alcance.

Ap Pont Mrt 60 mm HOTCHKISS Ap Pont Mrt 81 mm R.O.


2. ARMAR O MORTEIRO
a. Determinação da direção inicial de tiro: pode-se usar o processo do azimute, bússola e fórmula dos milésimos. Depois,
cravar as balizas da placa-base e de pontaria a 25 metros de distância.
b. Colocação da placa base: utiliza-se a baliza como
referência para colocação da placa. Lembrar que, se possível,
deve-se preparar o terreno com a picareta.
c. Instalação do bipé: colocar o bipé como se a linha
imaginária que passa pelas suas pernas esteja perpendicular à
direção inicial de tiro.
d. Fixar o tubo ao bipé e à placa-base.
e. Centralizar os mecanismos do bipé: agindo nos
mecanismos de direção e elevação.
f. Colocação do aparelho de pontaria: e registrar a alça e deriva inicial.
g. Fazer a pontaria aproximada: ao final da operação, as bolhas de nível deverão estar caladas.
h. Fazer a pontaria precisa: utilizar o processo do ReNiAVe (Registra – Nivela – Aponta – Verifica )
3. COMANDO DE TIRO
- Comandos de tiro: comando inicial (com os dados que
iniciam a missão de tiro) ou subsequente (com aqueles que
sofreram alteração, exceto a alça).
- Para se obter os dados iniciais de tiro, a fim de que sejam
repassados à Gu Mrt, precisa-se de uma direção inicial e um
alcance inicial. A primeira é determinada pelos processos do
alinhamento direto, do azimute, da linha paralela ou da fórmula
do milésimo. O segundo pode ser determinado pelos processos
de medição ou avaliação de distâncias já conhecidos – após
determinado o alcance, deve-se consultar a régua/tabela de tiro,
para a peça utilizar a carga e a alça adequadas.
- Os processos de tiro podem ser de rajada, contínuo, salva,
sobre zona e ceifante – lembrando que as peças isoladas atuam
de modo diferente das peças que compõem uma seção – como é
o caso da seção que atua com os morteiros atirando em
paralelo.
4. INCIDENTES DE TIRO
Mrt Me 81 mm Mrt L 60 mm
Ação Imediata: Ação Imediata:
* Atirador: “Peça, deitar!”. Sacode o tubo, empunhando pelos amortecedores * Verificar se a granada chegou até o fundo do
(RO) ou chuta base do tubo (BRANDT); tubo com uma leve pancada, utilizando um
* Aguardar 2 minutos; objeto de madeira.
* Ch Pç: “Retirar a munição!” * Agindo no retém do munhão esférico, liberar
* Mu: retira Percutor; o tubo da placa-base.
* Atirador: Saca Granada (sempre que possível, utilizar a ferramenta específica * Após isso, levantar a culatra vagarosamente e
para este fim); receber a granada com as mãos, logo que ela
* Aux At: apanha Gr e Mu: inspeciona Gr. saia do tubo.

5. TRABALHO DAS PEÇAS/SEÇÃO DE MORTEIROS


- O tiro indireto sempre deve ser observado e controlado, pois sempre existe dispersão dos tiros no terreno, devido às limitações
do material e ação das condições atmosféricas. Para tanto, sempre existirá um militar designado para controlar e regular o tiro do
morteiro, a fim de buscar sua eficácia. No pelotão de fuzileiros, o Mrt L é utilizado sob comando do Cmt Pel, sendo o próprio
chefe da peça ou o Sgt Cmt Gp Ap quem conduz o tiro da peça. Na seção de Mrt Me (Pel Ap) o observador avançado passa
diretamente as correções do tiro para a seção. Na Sec Mrt Me do Pel Mrt da Cia C Ap, a observação e regulação dos tiros é
promovida pelos Sgt Observadores Avançados (OA) da Turma de Controle de Tiro. As correções são repassadas à Turma de
Central de Tiro, que repassa os comandos subseqüentes, corrigidos, às seções de morteiros, que por sua vez executam os fogos.
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METRALHADORA PESADA .50
1. APRESENTAÇÃO: A metralhadora Browning .50 é uma arma automática, de origem americana e é empregada em viaturas
blindadas, aeronaves e junto à tropa, como instrumento de autodefesa antiaérea. Sua missão principal é a defesa contra aviões, dos
comboios e estacionamentos. É dotada de reparo terrestre e reparo do tipo pedestal para emprego nos diversos tipos de viaturas.
Pode ser alimentada pela direita ou pela esquerda, mediante prévia disposição de suas peças. Apresenta, ainda, a vantagem de
poder ser empregada também contra viaturas blindadas ou posições sumariamente organizadas, utilizando munição perfurante.
2. CARACTERÍSTICAS:
Ind Mil..............................................................................Mtr .50 M2 Tipo.......................................................................... não portátil
Nomenclatura................................................... Metralhadora .50 M2 Alcance Máximo ........................................................... 6900 m
Emprego................................................................................Coletivo Alcance de utilização ...................................................... 900 m
Princípio de funcionamento .................... utilização direta dos gases Calibre.......................................................... .50 Pol (12,7 mm)
Funcionamento................................................................. automática Alimentação....... elos metálicos com capacidade indeterminada
Peso total da Mtr .................................................................... 69 Kg Refrigeração .........................................................................a ar
Peso das partes ........cano - 12 Kg /Mrt - 38 Kg /reparo Ter - 19 Kg Velocidade prática de tiro............................................. 75 TPM

3. MUNIÇÃO
a. Car .50 M1 ponta do projétil na cor natural do metal.
b. Car .50 Pf M1 ponta do projétil pintada de preto.
c. Car .50 Tr M1 ponta do projétil pintada de vermelho.
d. Car .50 Tr M2 ponta do projétil pintada de laranja.
e. Car .50 Pf Inc M1 ponta do projétil pintada de alumínio.
f. Car .50 Pf Inc Tr M1ponta do projétil pintada de vermelho e alumínio. Car . 50 (12,7mm x 99 OTAN)
g. Car .50 Ma cartucho e projétil cromados, cartucho perfurado.

4. NOMENCLATURA
- Para fins de estudo, a Mtr .50 é dividida nas
seguintes partes:
a. Externamente
- caixa da culatra
- camisa de refrigeração
- cano
- bloco de trancamento
b. Internamente
- ferrolho
- caixeta
- armação

c. Reparo M3 Terrestre
- tripé
- mecanismo de elevação e direção

5. DESMONTAGEM EM 1º ESCALÃO
b. Desmontagem 1º Escalão:
a. Medidas preliminares: 1) Retirada do cano
1) Prender o retém do ferrolho 2) Retirada do bloco de fechamento
2) Executar 2 golpes de segurança 3) Retirada da mola recuperadora
3) Abrir a tampa da caixa da culatra 4) Retirada da alavanca de manejo e seu pino
4) Inspecionar a câmara 5) Retirada do ferrolho
6) Retirada do sistema caixeta-armação
7) Desfazer o sistema caixeta-armação
c. Ordem das peças:
1) cano – 2) bloco de fechamento – 3) mola recuperadora – 4) haste guia da mola recuperadora – 5) alavanca de manejo e
pino – 6) ferrolho – 7) caixeta – 8) armação.

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d. Montagem em 1º escalão: executar as ações na ordem inversa da desmontagem.
e. Medidas complementares:
1) Fechar a tampa da caixa da culatra 2) Engatilhar a arma 3) Desengatilhar a arma

6. INCIDENTES DE TIRO
a. 1ª AÇÃO IMEDIATA: trazer o ferrolho à retaguarda, soltá-lo e ATENÇÃO! Se o cano estiver quente, após mais de
tentar o tiro. 150 tiros, haverá a possibilidade de o cartucho ser
b. 2ª AÇÃO IMEDIATA: se continuar o incidente, o atirador deve: deflagrado por calor. Nesse caso, devem ser tomadas, as
1) trazer o ferrolho à retaguarda; seguintes medidas:
2) abrir a tampa da caixa da culatra; 1) deixar o cano apontado para o alvo;
3) retirar a fita de elos metálicos; 2) realizar a 1ª ação imediata em menos de 10 segundos;
4) verificar se há algum estojo na câmara ou no ferrolho; 3) Se a 1ª Aç Imdt não der resultado e houver suspeita de
5) levar o ferrolho à frente; cartucho na câmara, a tampa não pode ser aberta;
6) colocar a fita; 4) Se for impossível, durante a 1ª ação, levar o ferrolho
7) fechar a tampa; e para trás, deve-se esperar no mínimo 05 minutos antes
8) carregar e reiniciar o tiro. de executar qualquer operação.
7. MUDANÇA NO SENTIDO DE ALIMENTAÇÃO
- A alimentação da Mtr .50 M2 é feita normalmente pela esquerda. Entretanto, devido ao seu emprego em aviões, em viaturas
de combate ou em certos tipos de reparo, faz-se necessário introduzir a fita pela direita. A Mrt .50 M2 permite que seu sentido de
alimentação seja invertido. Para tanto, trabalha-se em peças situadas na tampa da caixa da culatra (a fim de inverter o sentido de
movimentação do impulsor), na mesa de carregamento e no ferrolho (para trocar o sentido da ranhura-guia do ferrolho). O
manual técnico da arma explica detalhadamente os procedimentos que devem ser tomados para essa inversão.

8. CALIBRAGEM DA ARMA
a. Regulagem da folga
1) Trata-se de uma operação executada pela guarnição da arma. A folga da arma é a distância entre o culote de um cartucho
introduzido na câmara e a parte anterior do ferrolho. A regulagem da folga é OBRIGATÓRIA antes do primeiro tiro, com o
objetivo de evitar incidentes de tiro provocados por folga excessiva ou insuficiente. Para a regulagem da folga pode ser utilizado o
calibrador nacional, com lâmina de aço, gravadas as inscrições 5,13 numa das pontas e 5,23 na outra, esta com uma marca em
vermelho, ou o calibrador americano, com uma lâmina com as inscrições "NO GO .206" numa das pontas e "GO .202" na outra.
2) A regulagem da folga é executada de acordo os seguintes passos:
a) Engatilhar a arma e levar o ferrolho à frente;
b) Atarraxar o cano completamente;
c) Desatarraxar o cano, clique a clique, tentando introduzir, no
extrator, o lado do calibrador "GO", sem forçar e sem folga;
d) Tentar introduzir, no extrator, o lado "NO GO" do
calibrador.
e) A folga estará regulada quando o calibrador, nesta posição,
não penetrar no extrator.

b. Regulagem do tempo ou percussão


- A ajustagem do tempo ou da percussão é a operação que regula a distância entre a caixeta e a mesa de carregamento. Pode-
se utilizar o calibrador de percussão (nacional), que possui numeração DOO 96, tipo lâmina com as pontas em forma de meia-lua e
com os diâmetros 0.508 e 2.946, esta com marca vermelha; ou o calibrador de tempo (americano), composto de duas lâminas de
aço em espessuras diferentes e com as inscrições "NO FIRE.116" e "FIRE.020". Para esta calibragem, tomam-se as ações:
1) regular a folga;
2) abrir a tampa da caixa da culatra;
3) engatilhar a arma e levar o ferrolho à frente;
4) retirar o bloco de fechamento e desatarraxar o parafuso de
ajustagem completamente, até que não faça mais cliques;
5) colocar o bloco de fechamento;
6) introduzir o calibrador pelo lado "FIRE" entre a caixeta e a mesa de
carregamento;
7) pressionar a tecla do gatilho;
8) caso o mesmo não desengatilhe, retirar o calibrador;
9) retirar o bloco de fechamento e atarraxar o parafuso de ajustagem
de um clique. Retornar à operação "5)”;
10) caso desengatilhe, retirar o calibrador e engatilhar a arma;
11) retirar o bloco de fechamento e atarraxar de um clique, tendo o
cuidado de iniciar uma contagem;
12) colocar o bloco de fechamento;
13) introduzir o calibrador pelo lado "NO FIRE" entre a caixeta e a
mesa de carregamento;
14) pressionar a tecla do gatilho;
15) caso não desengatilhe, retornar à operação "11)"; ou
16) caso desengatilhe, ou o parafuso esteja totalmente atarraxado,
Porca de ajustagem retornar a metade dos cliques contados. O tempo ou percussão está ajustado.

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................47
Lança rojão at-4
1. APRESENTAÇÃO: O AT-4 é um armamento anticarro, sem recuo, de emprego individual, sendo descartável após o uso.
Dispara uma granada alto-explosiva anticarro (HEAT), eficaz, primordialmente, contra alvos blindados e, secundariamente, contra
fortificações e pessoal. Sua condução e utilização são de responsabilidade dos 2º e 4º esclarecedores dos grupos de combate.
2. CARACTERÍSTICAS:
Peso.............................................................................6,8 Kg Alcance máximo ................................................... 2100 m
Peso da granada..........................................................1,8 Kg Alcance de utilização ............................................... 300 m
Comprimento................................................................01 m Penetração em blindagens.................................. > 150 mm
Calibre.......................................................................84 mm Espoleta.................................................cristal piezo elétrico
Velocidade inicial da granada..................................290 m/s Temperatura de operação ................................ -40º a 60º C
3. NOMENCLATURA: LADO DIREITO LADO ESQUERDO

1. DIFUSOR 1. TAMPAS DO APARELHO DE


PONTARIA
2. PINO DE SEGURANÇA
2. MECANISMO DE DISPARO
3. MECANISMO DE DISPARO
3. PUNHO
4. ALAVANCA DE ARMAR
4. TUBO
5. ALÇA DE MIRA

6. INSTRUÇÕES

7. MASSA DE MIRA

8. PUNHO

9. BANDOLEIRA

10. BOTÃO DE DISPARO

4. PREPARO PARA O TIRO (MANEJO)


a. RETIRAR O PINO DE SEGURANÇA b. LIBERAR CORONHA E PUNHO c. LIBERAR O APARELHO DE PONTARIA d. LIBERAR A ALAVANCA DE ARMAR

e. AJUSTAR A ALÇA DE MIRA PARA O f. VERIFICAR A ÁREA DE SOPRO g. FIRMAR NO OMBRO, EMPUNHAR O MEC
ALCANCE ESTIMADO DISPARO E APONTAR A ARMA
a. Alvos estacionários
ou na direção do
atirador

b. Movendo-se lenta-
mente ( < 15 Km/h)

Alvos < 250 m:


c. Movendo-se rapida-
Não é necessário ajustar mente ( > 15 Km/h)
A: Não podem ter objetos da altura do difusor
A + B: Não podem ter pessoas

5. POSIÇÕES PARA TRANSPORTE 6. POSIÇÕES PARA O TIRO

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Canhão sem recuo 84 MM
1. GENERALIDADES: O canhão CSR 84 mm Carl Gustaff é uma arma de múltiplo propósito, carregada pela culatra e com
percussão lateral. Não tem recuo, pois a força produzida pelos gases que escapam pela retaguarda são equalizadas pelo venturi
(cone posterior). Possui vasta gama de granadas, que possibilitam tiros diretos anticarro, contra pessoal, iluminativos e fumígenos.
Atualmente, mobilia as Seções Anticarro (Sec AC) dos Pelotões de Apoio das Cia Fuz e, eventualmente, os Pel AC das Cia C Ap.

2. CARACTERÍSTICAS: Principais Gr Características Alcance


HEAT 551 Anticarro. Pcp alvos: VBC e casamatas 700 m
Peso com bipé e luneta telescópica.....................10 Kg Anticarro com alta penetração em blindagem,
HEAT 751 600 m
Comprimento....................................................106 cm mesmo reativa (Dupla carga oca: Ef Monroe).
Calibre...............................................................84 mm Duplo emprego. Contra blindados leves 300 m
HEDP 502
(VBTP) e edificações. (500 m)
Carregamento.................................................retrocarga
HE 441 B Poss arrebentamento aéreo (nuvem letal de 1100 m
Princípio motor.....................ação muscular do atirador (HE 441 C) 800 esferas). Pcp alvos: tropas em aberto (1300m)
Velocidade de tiro...............................................6 TPM FUM 469B Cortina de fumaça de 10-15 m por 20 seg 1300 m
ILUM 545 650 mil velas. Ilumina até 500 m por 30 seg 2100 m
3. NOMENCLATURA

4. SEGURANÇA
a. Segurança aplicada (segurança contra disparo não intencional)
- Com a trava de segurança em “S” o armador do gatilho está bloqueado pelo pino axial da trava de segurança. Em “F” este
bloqueio não acontece. Só é possível colocar em segurança a arma quando está engatilhada.
b. Segurança mecânica (segurança contra disparo prematuro)
- A menos que a arma esteja engatilhada, o venturi não pode ser aberto. Quando o Venturi está aberto, o ressalto de segurança
impede que, caso haja pressão no gatilho e um disparo prematuro, a haste de disparo complete seu movimento para trás, não
havendo assim o contato da placa came de disparo com o percursor.
c. Medidas contra os riscos potenciais
- Alto nível de ruído: deve SEMPRE ser utilizada a proteção para os ouvidos.
- Fragmentos do sopro: observar as áreas de perigo e não atirar a frente de barreiras (verificar “área de sopro” em AT-4, Pag 47).
5. MANEJO
a. Engatilhar o mecanismo: o mecanismo de disparo é engatilhado quando a alavanca de engatilhar é deslocada para frente.
Quando a alavanca de engatilhar está na posição para frente, o entalhe de engatilhar da cabeça da haste de disparo está com o dente
de engatilhar do armador do gatilho. A mola está comprimida entre a cabeça da haste de disparo e a tampa dianteira. A placa came
da haste está na posição para frente, mantendo o percussor na sua posição externa do alojamento do percussor.
b. Disparar o mecanismo: o gatilho é puxado para trás desengatando assim o armador do gatilho da cabeça da haste de disparo. A
mola principal faz a haste de disparo se mover para trás. A superfície inclinada da placa impulsora atinge a inclinação pertinente no
percussor, fazendo com que esta opere sobre a espoleta.
c. Abrir o venturi: engatilhe o mecanismo de disparo e posicione a trava de segurança em S (seguro). Mova a alavanca de
travamento do venturi para frente com o pomo de manejo, comprimindo assim a mola da alavanca de travamento e removendo o
ressalto de proteção da guia e da guia deslizante. Gire o venturi no sentido anti-horário até a sua posição totalmente aberta.
d. Ejetar o estojo: quando o venturi estiver aberto, golpeie levemente o pomo de manejo da trava do venturi para frente. Isto
força o extrator para trás e exerce pressão contra a borda do cartucho e desaloja o estojo. O estojo é então removido manualmente.
CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................49
e. Fechar o venturi: usando o pomo de manejo, gire o venturi no sentido horário para o fechamento. Quando o guia no tubo
estiver completamente engajado com a guia deslizante no venturi, a alavanca de travamento é movida para trás sob o ímpeto da
mola na alavanca de travamento do venturi. Golpeie levemente o pomo de manejo para trás para garantir que o ressalto de
travamento esteja na sua posição totalmente travada.

6. REGRAS DE PONTARIA
a. Luneta telescópica b. Mira simples

7. ESTIMATIVA DE VELOCIDADE 7. COMANDOS DE TIRO

Memento inicial Exemplo


Conte “um mil e um” (leva 1 Seg) •Atenção •Missão de tiro: Alvo Mvt !
- Comece quando a extremidade •Tipo de munição •Alto Explosiva AC 551 !
do alvo passa por um ponto nítido
•Direção •10 horas !
e estime a distância em que se
moveu no segundo: •Designação do alvo •Carro Blindado !
a.0,5 comprimento = 10 km/h •Alça •300! (S/ palavra alça e m)
b. 01 comprimento = 25 km/h •Velocidade •10 km /h!
c. 1,5 comprimento = 40 Km h •Modo Desencadeamento •3 tiros fogo! (Peça pronta)

8. TRABALHO DA GUARNIÇÃO DE CSR 84 mm CARL GUSTAFF PARA O TIRO


a. O atirador deverá engatilhar a arma, colocar a trava de segurança em “S”,e emitir o comando de “CARREGAR”.
b. O auxiliar de atirador deverá abrir o venturi, inspecionar a câmara e a alma, introduzir a munição, fechar o venturi ,e acionar
a alavanca de travamento. Após isso, o auxiliar do atirador deverá avisar ao atirador com a expressão “PRONTO”. (ATENÇÃO:
ao abrir ou fechar o venturi, nunca permitir que qualquer parte do corpo fique atrás do mesmo)!.
c. O atirador deverá: colocar a trava de segurança em F (fogo ); avisar “PRONTO PARA DISPARAR”.
d. O auxiliar de atirador deverá: inspecionar a área de sopro; avisar “LIVRE”.
e. O atirador deverá: disparar a arma; engatilhar a arma; colocar a trava de segurança em S (segurança).
f. Se for atirar novamente, o atirador comanda “RECARREGAR” e o auxiliar de atirador deverá: abrir o venturi, com a mão
direita; acionar a alavanca de travamento para frente; remover o cartucho vazio; inspecionar a câmara e a alma; colocar uma nova
granada na câmara; fechar o venturi e acionar a alavanca de travamento para trás, com a mão direita; avisar “PRONTO”.
g. Se for descarregar, o atirador deverá: engatilhar a arma; colocar a trava de segurança em “S”; avisar “DESCARREGAR”.
h. O auxiliar de atirador deverá: abrir o venturi; acionar à frente a alavanca de travamento; remover o cartucho vazio; fechar o
venturi; avisar “PRONTO”.
i. O atirador deverá: colocar a trava de segurança em “F”; avisar “PRONTO PARA DISPARAR”.
j. O auxiliar de atirador deverá: inspecionar a área de sopro; avisar “LIVRE”.
k. O atirador deverá disparar a arma.

9. INCIDENTES DE TIRO
a. Espere 5 segundos e reengatilhe o mecanismo
b. Aponte e puxe o gatilho. Se ainda falhar o tiro, espere 5 segundos e reengatilhe o mecanismo.
c. Aponte e puxe o gatilho. Se ainda falhar o tiro:
1) Atirador: reengatilha o mecanismo e posiciona a trava de segurança para S (seguro) e espera por 2 minutos.
2) Auxiliar do atirador: após passados 2 minutos, verifica se o pino atingiu a granada.
a) SIM: recarregue com uma nova granada.
b) NÃO: verifique o percussor e o mecanismo de disparo.

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Missões individuais

1. ESCLARECEDOR:
a. O esclarecedor é o soldado empenhado em pequenas missões de reconhecimento. Tanto pode ser um elemento destacado à
frente ou nos flancos de uma tropa que se desloca, a fim de ir reconhecendo o itinerário, como também pode ser um combatente
que recebe a missão de reconhecer um determinado trecho do terreno. Geralmente os esclarecedores são empregados aos pares.

b. Nos deslocamentos:
 Progredir usando técnicas de utilização do terreno;
 Levar consigo somente o imprescindível;
 A má visibilidade deve ser utilizada para ocultar movimento;
 Uma dupla de esclarecedores deve agir de forma que um homem proteja o deslocamento do outro;
 Evitar andar em estradas e trilhas, bem como evitar deixar rastros.
 Deve-se manter contato visual com a equipe de navegação.
 Ao se deparar com casarios ou tropa inimiga deverá ocupar uma coberta, ver sem ser visto, informar natureza e
composição da tropa.

c. Nos reconhecimentos:
 O esclarecedor faz primeiramente um reconhecimento à distância, de uma posição abrigada;
 Em casas, um ou a dupla aproxima-se da casa, enquanto os demais integrantes da fração mantêm-se abrigados a certa
distância (sempre abordar a casa pelo lado com menor número de aberturas/janelas);
 As tropas em movimento podem ser observadas das elevações, das orlas dos bosques e outros pontos semelhantes.
 Bosques e povoados devem ser evitados. No caso dos primeiros, se for imperioso, agir de maneira similar à uma casa.
(atentar para indícios de presença de estranhos: fuga de pássaros, fumaça, movimentos nos ramos de árvores)

d. Outras condutas:
 Deve saber interpretar indícios e ter noções de rastreamento/contrarrastreamento;
 Cuidado especial com material encontrado no terreno, fazendo busca sumária se o material não está armadilhado;
 Coletar e informar, na primeira oportunidade, elementos essenciais de inteligência;
 Realizar troca de senhas de maneira oportuna.

2. HOMEM DE LIGAÇÃO
 O homem de ligação tem por missão marchar entre duas frações separadas, a fim de manter a ligação, isto é, informar a
uma delas o itinerário ou os movimentos da outra. Via de regra, é fornecido pelo elemento superior, a fim de manter a ligação com
o elemento subordinado.
 O número de homens de ligação colocados entre os elementos depende da distância entre eles, no terreno e na
visibilidade. Os homens de ligação retransmitem todas as ordens, mensagens e sinais recebidos do elemento que o destacou e do
elemento subordinado. Param somente por ordem ou sinal deste elemento ou em caso de parada do elemento subordinado.
 O homem de ligação deve saber:
- O elemento com o qual deve manter a ligação;
- Como informar os movimentos deste elemento;
- Por onde progredir;
- A direção geral de progressão;
- A conduta, em caso de perda de ligação.

3. MENSAGEIRO
- Conforme Pág 28, Assunto: COMUNICAÇÕES.
4. VIGIA
a. O vigia tem por missão VER (OBSERVAR) e INFORMAR, sem ser visto pelo inimigo.
b. POSTO DE VIGILÂNCIA: são postos responsáveis pela vigilância de um determinado setor que lançou os postos de vigia.
c. POSTO DE VIGIA E ESCUTA: P.V – Local ocupa pelo vigia durante o dia. P.E – Local ocupa pelo vigia à noite.
d. Deveres do vigia:
 Vigiar/ informar / não denunciar a posição ao inimigo.
 Informar sobre a direção e natureza do inimigo.
 Realizar observação dentro do seu setor, utilizando as técnicas de observação.
 Conhecer as medidas de identificação (senha e contrassenha) e os sinais convencionados, especialmente o de alarme.
 Identificar os horários de saída e entrada de patrulha.
e. O vigia deve manter ligações com os postos de vigilância ou, se constituindo um PV/PE, com a fração que o lançou.
f. O vigia deve identificar e trocar informações com a vigilância móvel (patrulhas) de seu setor.
g. À noite, o vigia deve buscar utilizar equipamentos de visão noturna e utilizar mais a escuta.
h. A princípio, o vigia não se engaja no combate. Deve ter reconhecido o caminho desenfiado para se evadir de seu posto.
i. O vigia deve conhecer o procedimento em situações especiais, como presença de parlamentares estrangeiros, desertores, órgãos
protegidos pelas convenções de guerra, etc.

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O GRUPO DE COMBATE

1. O GRUPO DE COMBATE:
a. Fração elementar da Infantaria, é orgânico dos Pel Fuz,
constituído por duas esquadras.
b. Comandanado, normalmente, por um 3º Sgt.
c. Cmt GC:
1) Comanda o GC e conduz os tiros do grupo;
2) Impulsiona as esquadras na ofensiva;
3) Seleciona pessoalmente a posição dos homens na
defensiva;
4) Conduz o tiro do Mrt 60mm que o apoia.
d. Cmt Esq:
1) Controla a manobra da Esq
2) Coordena a posição dos elementos da Esq
3) Controla o mecanismo de fogos da Esq

2. FORMAÇÕES:

Formatura do GC: Em coluna: Por esquadras sucessivas: Por esquadras justapostas:


- Empregada nas ativi- - Empregada em terrenos - Empregada nos reconhecimentos - Melhor formação para o combate
dades diárias do grupo restritivos (matas, escuridão) - Boa dispersão e bom poder de fogo - Adotada quando a Pos Ini é conhecida
- Pouco poder de fogo a frente nos flancos e apoio mútuo entre Esqd - Muito bom poder de fogo à frente
- Bom controle e boa velocidade - Permite flexibilidade para mudanças - Bom grau de controle

Em linha: Por Esq justapostas


- Mais utilizada no assalto modificada:
contínuo e na transposição - Rapidez e bom
de cristas, estradas e controle
passagens sujeitas à
observação inimiga - Reduzida potência de
- Difícil controle fogo à frente
- Máximo poder de fogo à
frente

3. MUDANÇAS DE FRENTE E FORMAÇÃO


a. A voz ou pelo rádio (se houver equipamentos disponíveis)
b. O GC não interrompe o deslocamento para realizar as mudanças de frente e formação
c. Se algum item do comando não modificar (como gente ou formação) não precisa ser repetido
- Advertência..................... .“GRUPO, ATENÇÃO!”
- Cmdo propriamente dito.. “BASE (Esq BASE)!”
“FRENTE (OU DIREÇÃO)!”
“FORMAÇÃO!”
“DISTÂNCIAS E INTERVALOS!”
- Execução..............................“MARCHE!”

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4. TÉCNICA DE PROGRESSÃO x CONTATO COM O INIMIGO:

5. MANOBRAS DO GRUPO DE COMBATE

GRUPO PELO FLANCO ESQ PELO FLANCO FRONTAL

6. DISTRIBUIÇÃO DE FOGOS

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o GRUPO DE APOIO
1. O GRUPO DE APOIO: O Gp Ap do Pel Fuz é responsável pelo apoio de fogo direto (metralhadoras) e indireto (morteiro) ao
pelotão. Sua principal característica é a de proporcionar flexibilidade à manobra do Pel Fuz e capacitar o Cmt Pel a intervir no
combate. O grupo é constituído por 2 peças de metralhadora leve (Mtr L) - MAG 7,62mm e 01 de morteiro leve (Mrt L) - 60mm.
2. ATRIBUIÇÕES:
a. Cmt Gp Ap: SÍMBOLO DESCRIÇÃO ARMAMENTO
- Controlar e coordenar o emprego e conduta do grupo.
Comandante do
- Comandar a estrutura provisória de Sec Mtr, quando constituída. Fuzil
Gp Ap
- Coordenar o remuniciamento.
- Conduzir e observar o tiro da Pç Mrt 60 mm, como OA (SFC).
b. Cb Ch Pç Mtr L (MAG) Cb Ch/At 1ª Pç Mtr L Mtr L e Pst
- Operar a Mtr, escolhendo e colocando-a em posição de tiro.
- Apoiar a manobra do Pel por meio de fogos cerrados e imediatos. Sd Aux At 1ª Pç Mtr L Fuzil e reparo
- Conduzir parte da dotação de munição da Pç.
c. Sd Aux At Pç Mtr L
- Prover a segurança aproximada da Pç Mtr. Cb Ch/At 2ª Pç Mtr L Mtr L e Pst
- Conduzir o reparo e parte da dotação de munição da Pç.
- Realizar o remuniciamento da Pç.
d. Cb Ch Pç Mrt L (60mm) Sd Aux At 2ª Pç Mtr L Fuzil e reparo
- Colocar o Mrt em posição.
- Instalar e operar o aparelho de pontaria.
- Observar/conduzir o tiro na ausência do Cmt Gp Ap ou Cmt GC. Cb Ch Pç Mrt L Tubo-bipé e Pst
e. Sd Aux At Mrt L
- Preparar a munição.
Sd Aux At Pç Mrt L Placa-base e Fuzil
- Auxiliar o atirador no transporte e colocação do Mrt em Pos.
- Realizar o remuniciamento da Pç de Mrt.
3. EMPREGO DAS PEÇAS: Frequentemente, as peças estarão atuando afastadas da presença do Cmt Gp Ap, Cmt GC e Cmt Pel
Fuz. É necessário que os integrantes das peças possuam grande iniciativa e que atuem tendo em vista a finalidade da missão do Pel
Fuz, pois nem sempre receberão ordens precisas sobre os alvos a serem batidos ou o momento de trocar de posição.

4. MANEABILIDADE
a. Movimento com as Pç embarcadas em viaturas (1ª fase) –
O deslocamento pode ocorrer tanto por estradas quanto através de
campo. O término desta fase ocorre na posição de
descarregamento, que é a posição coberta e abrigada mais a frente
possível que pode ser atingida por viaturas.
b. Movimento através campo com o material transportado a
braço (2ª fase) – Partindo da posição de descarregamento, as Pç
progredirão a pé. Utilizando criteriosamente o terreno para
progredir até atingir a posição de espera, que é a última posição
coberta e abrigada. Neste ponto são executados os preparativos
para a entrada em posição. É comum que a posição de espera
coincida com a posição de tiro.
c. Entrada em posição (3ª fase) - Atingida a posição de
espera, as peças, após o reconhecimento feito por seu comandante,
entrarão em posição.
d. Execução dos fogos (4ª fase) - Estando as armas em posição,
iniciarão seus tiros no momento oportuno ou mediante ordem.
Comando de tiro: Advertência Tipo de munição (quando for o
caso) Direção(alça) Distância Natureza Condições Execução)
e. Mudanças de posição (5ª fase) - Cumprida a missão ou por
imposição da situação, as Pç ocuparão uma nova posição de tiro. É
conveniente que, após a execução de uma missão de tiro, as Pç
ocupem uma posição de muda, afastada cerca de 100 a 200 metros
da posição inicial, protegendo-se de fogos de contra-bateria.
5. COMANDOS PARA AS PEÇAS
a. Formaturas e preparação para o movimento: “A BRAÇO, EM FORMA” – “ENUNCIAR FUNÇÕES” – “DESCANSAR
MATERIAL” – “DESCARREGAR MATERIAL” – “CARREGAR MATERIAL” – “CARREGAR PARA TRANSPORTAR”
b. Entrada em posição: “PEÇA, ATENÇÃO! EM POSIÇÃO!
c. Mudança de posição poderá ser com material armado (Pos próximas) ou desarmado (Pos mais distantes):
- Material armado (normalmente Pos muda e Supl): “PEÇA, ATENÇÃO! PREPARAR PARA TRANSPORTAR A BRAÇO!”
- Material desarmado (normalmente Pos subsequentes): “‟PEÇA, ATENÇÃO! DESARMAR PARA TRANSPORTAR!"

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................54
patrulhas
1. DEFINIÇÃO

- PATRULHA é uma força de pequeno efetivo destacada para cumprir missões de combate, ou de reconhecimento,
ou a combinação de ambas.
1.Reconhecimento em força. 5. Inquietação. 1. Reconhecimento de ponto.
2.Emboscada. 6.Resgate/captura 2. Reconhecimento de área.
3. Suprimento. 7. Neutralização 3. Reconhecimento de itinerário.
4. Destruição 8. Outras

2. ORGANIZAÇÃO GERAL DAS PATRULHAS

RECONHECIMENTO DE PONTO RECONHECIMENTO DE ÁREA PATRULHA DE COMBATE


- Grupo de comando: integrado pelos elementos necessários à coordenação da patrulha (SCmt, Rdop, Msg, Motr, Guias etc)
- Escalão de segurança: provê segurança da patrulha através do isolamento das vias de acesso (Gp SEG) e do PRPO (Gp ACLH)
- Escalão de reconhecimento: composto por grupos de reconhecimento que executam a missão principal.
- Escalão de assalto: composto pelos grupos que executam a missão principal, tais quais:
- Grupo de assalto: garante o cumprimento da tarefa essencial, neutralizando possível resistência Ini e isolando a área do Obj
- Grupo de apoio de fogo: realiza fogos de preparação para o assalto ou apoia pelo fogo a manobra da patrulha
- Grupo de tarefas essenciais: recebe o nome e cumpre a missão principal da patrulha (neutralização, captura, destruição etc)
- Grupo de tarefas complementares: recebe o nome e cumpre missões necessárias ao cumprimento da missão (silenciamento
de sentinela, identificação de digitais etc)

3. FASES DA PATRULHA
a. Planejamento e preparação (normas de comando)
b. Itinerário de ida
c. Ocupação do Ponto de Reunião Próximo ao Objetivo (PRPO)
d. Ação no objetivo
e. Itinerário de regresso

4. PROCEDIMENTOS GERAIS DE CONDUTA NAS PATRULHA:

a. DESLOCAMENTOS

b. CONTROLE DE EFETIVOS NOS DESLOCAMENTOS


- Deslocando-se a patrulha em coluna, o último homem, ao comando de “numerar”, inicia a contagem, tocando o homem à
sua frente e dizendo “um”, este toca o seguinte dizendo “dois”, e assim sucessivamente, até o comandante da patrulha. Ciente de
quantos homens estão à sua frente, o comandante somará estes à contagem que lhe chegou, incluindo-se nela.

c. ALTOS
- Alto congelar: todos os patrulheiros permanecem imóveis, observando e escutando o que ocorre no ambiente
- Alto em segurança: os patrulheiros cessam o deslocamento e procuram cobertas ou abrigos permanecendo em segurança
- Alto guardado: parada mais prolongada, em que a patrulha ocupa dispositivo aberto e faz segurança do perímetro

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................55
d. SINAIS E GESTOS

e. MEDIDAS DE IDENTIFICAÇÃO

- Consultar o item INTELIGÊNCIA MILITAR, desta caderneta de instrução.

f. ABORDAGEM DE OBJETIVOS

 Técnicas de progressão (sigilo)

 Não identificação de graduações (retirada de divisas,


uso de codinomes)

 Sigilo x Técnica de assalto (contínuo, por lanços,


misto, em sigilo, pelo fogo)

 Conduta em caso de quebra prematura de sigilo (TAI)

 Procedimentos do assalto e das tarefas específicas

g. TÉCNICAS DE AÇÃO IMEDIATA (TAI)

CADERNETA DE INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DO COMBATENTE (em caso de sugestões, contatar o Cap Alexandre Silva)......................56
MEMENTO Da ORDEM PREPARATÓRIA
(PARA O Cmt patrulha)
A fim de facilitar a sua emissão, organize os Esc e Gp para a entrada no local da ordem.

1. SITUAÇÃO (explicar sucintamente a situação geral e particular)


a. Forças Inimigas (localização e natureza).
b. Forças Amigas (localização e natureza).
2. MISSÃO (conforme a recebida do escalão superior)
3. QUADRO-HORÁRIO (aquilo que interessa aos patrulheiros a partir da O Prep, transmitido na ordem cronológica)
4. ORGANIZAÇÃO (enunciar funções)
5. UNIFORME E EQUIPAMENTO INDIVIDUAL
6. ARMAMENTO E MUNIÇÃO
7. MATERIAL DE COMUNICAÇÕES
8. MATERIAL DE DESTRUIÇÕES
9. MATERIAL ESPECIAL
10. RAÇÃO E ÁGUA
11. MATERIAL E PESSOAL PARA O RECONHECIMENTO E ENSAIO
12. RECONHECIMENTO
(informar o pessoal que irá no Rec, abordar prescrições de interesse geral e o local da emissão da O Rec)
13. COMUNICAÇÕES
- Comunicações (determinar os patrulheiros que devem anotar).
- Senha e contra-senha do escalão superior e patrulha e Pa, bem como
horários para mudança.
- Sinal Rec, senha e contra-senha para contatos.
- Sinal Rec, Frq Pcp e Altn do escalão superior e da patrulha, horários e senhas para mudança.
- Indicativos rádio.
- Autenticações.
- Horários de ligação.
- Prescrições rádio.
- Processo de Codificação da IE Com Elt.
- Sinais convencionados (pirotécnicos, visuais e acústicos).
- Outros dados da IE Com Elt.
14. DIVERSOS
a. Instruções Particulares (atribuir responsabilidades)
- Auxílio ao Cmt no planejamento detalhado (SCmt, Cmt Esc e Cmt Gp - SFC).
- Auxílio ao gerente na distribuição do material
- Recebimento e Prep do Mat dos homens empregados no planejamento.
- Confecção do caixão de areia, croqui ou outros meios visuais para a emissão da O Pa (sugestão: situação, missão,
quadro-horário, quadro-horário do ensaio, O Mvt, plano de embarque e carregamento, quadro auxiliar de navegação,
quadro das TAI, PRPO, quadro do Rec Aprox, objetivo, quadro de condutas alternativas, Com Elt etc).
- Escolha do Loc ensaio.
- Treinamento de sinais e gestos (alto, avante, congelar etc).
- Ensaio da estória-cobertura caso recebida do Esc Supe.
- Prescrições para alimentação e pernoite (SFC).
- Preparo e testes de equipamentos e materiais especiais (pré-sintonia e impermeabilização das estações rádio,
testes de explosores e bobinas, OVN, GPS etc).
- Preparo da Pa para missões específicas (lançamento de meios de travessia de cursos d‟água, preparo de remos,
outros Eqp especializados para infiltração, fardos, Vtr, Blz Anv, conversação terra-avião etc) - SFC.
b. Outras prescrições
- Cadeia de Cmdo (checar).
- Durante a preparação da Pa estarei... (planejando em tal local, reconhecendo o objetivo até tal hora etc).
- A próxima reunião será às ... (hora), em ... (local), para ... (expedição da O Pa etc).
- Dúvidas?
- Acerto dos relógios (Quando eu disser: “Hora”, serão ...;... minutos fora;... segundos fora; “Hora”).

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MEMENTO Da ORDEM à patrulha
(PARA O Cmt patrulha)

Deverá ser emitida baseada no planejamento detalhado, podendo sofrer alguma alteração durante sua expedição
(SFC), durante os ensaios ou nos tempos destinados aos ajustes.
1. SITUAÇÃO
a. Forças Inimigas (que podem atuar contra a patrulha)
- Localização - Valor, composição e dispositivo - Armamento, equipamento e uniforme - Identificação
- Atividades recentes e atuais - Movimentos - Atividades da Força Aérea - Possibilidades e limitações
b. Forças Amigas
- Localização, limites da Z Aç (até dois Esc acima/Elm Viz) - Contatos - Apoios (de fogo, aéreo, outros)
- Outras patrulhas - Atividades da Força Aérea.
c. Meios recebidos e retirados (quais, a partir de, até quando e como).
d. Área de Operações e Condições Meteorológicas(conclusões a respeito das conseqüências para a nossa Pa)
- ICMN - FCVN – visibilidade - Lua (fase) – visibilidade - Neblina - visibilidade - Ventos ( Emp Fum, Lç Sup)
- Chuva - Prep Mat e transitabilidade - Temperatura - Mat e moral - Gradiente - Emp fumígenos.
- Características do terreno (pontos nítidos, obstáculos etc).

2. MISSÃO
- A recebida do Esc Supe.

3. EXECUÇÃO
a. Conceito da Operação
1) Explicar sucintamente como pretende cumprir a missão na seqüência cronológica das ações, sem ressaltar detalhes
de coordenação ou missões específicas. Abordar “resumidamente” os seguintes aspectos:
a) Meios de deslocamento e Itinerário de ida (como e por onde).
b) PRPO (sem detalhar) e reconhecimento (local - genérico).
c) Tomada do dispositivo (apenas a posição dos Esc e Gp).
d) Ação no Obj (seqüência de atuação).
e) Retraimento ao PRPO.
f) Reorganização (onde).
g) Regresso às linhas amigas (como e por onde).
b. Ordens aos Elm Subordinados
Nível Itn Ida Aç Obj Regresso
- É importante que a enunciação destas ordens Esc ...
ocorra de forma a abordar as ações a serem Gp...
realizadas por um determinado escalão, grupo ou
Gp...
homem nas principais fases da missão.
Homem...
c. Prescrições Diversas
1) Hora do dispositivo pronto para início do deslocamento
2) Deslocamento até o PRPO
a) Hora de Partida.
b) Itinerário de ida (conforme quadro auxiliar de navegação).
c) Meios, processos de deslocamento e medidas de coordenação e controle nos diversos trechos.
d) Formação inicial e ordem de movimento.
e) Planos de embarque e carregamento (SFC) .
f) Prováveis pontos de reunião.
g) Segurança nos deslocamentos e altos.
h) Passagem pelos postos avançados amigos.
i) Ocupação do PRPO.
3) Ação no objetivo
a) Reconhecimento aproximado do objetivo (o que reconhecer, seqüência, quem, onde, por onde, medidas de
coordenação e controle, missões específicas, horários).
b) Tomada do dispositivo (seqüência e liberação dos grupos, quem, onde, por onde, medidas de coordenação e
controle, missões específicas, horários).
c) Ação no objetivo (caracterização do início da ação, detalhar cronologicamente quem faz o quê, como e para quê).
d) Retraimento para o PRPO (seqüência, quem, onde, por onde, medidas de coordenação e controle, horários).
e) Reorganização no PRPO (cheque de baixas, equipamento/ armamento e munição - BEM).
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4) Regresso
a) Hora de regresso.
b) Itinerário de regresso.
c) Meios, processos de deslocamento e medidas de coordenação e controle nos diversos trechos.
d) Formação inicial e ordem de movimento.
e) Planos de embarque e carregamento (SFC).
f) Prováveis pontos de reunião.
g) Segurança nos deslocamentos e altos.
h) Passagem pelos postos avançados amigos.
5) Outras Prescrições
a) Situações de contingência (nas diversas fases da operação).
b) Ações em áreas perigosas e pontos críticos (POCO - Pare, Olhe, Cheire e Ouça).
c) Ações em contato com o inimigo (TAI).
d) Reorganização após dispersão.
e) Tratamentos com PG, mortos e feridos inimigos.
f) Conduta com mortos e feridos amigos.
g) Conduta ao cair PG.
h) Conduta para pernoites (base de patrulha, área de reunião, ARC).
i) Medidas especiais de segurança.
j) Destino do material especial.
l) Rodízio de material pesado.
m) Contato com elemento amigo.
n) Ligação com outras patrulhas.
o) Prioridades nos trabalhos de OT.
p) Linhas de controle.
q) Apoio de fogo (onde, até quando e como solicitar).
r) Documentos a serem conduzidos (procedimentos para destruição).
s) Procedimentos para ensaios e inspeções.
t) Elementos Essenciais de Inteligência.
u) Estória-cobertura coletiva.
v) Conduta com civis.
x) Azimutes de fuga (SFC).
4. LOGÍSTICA
- Ração, água, Armt/Mun (prescrições p/ o cumprimento da missão).
- Prescrições para o ressuprimento (SFC) (hora, local, quantidade, balizamentos etc).
- Uniforme e equipamento especial (confirmar/alterar O Prep).
- Medidas de higiene (SFC).
- Localização do atendente ou homem-saúde na patrulha.
- Local PS, posto de refúgio, P Col PG etc.
- Processo de evacuação (pessoal e material).
5. COMANDO E COMUNICAÇÕES
a. Comunicações
1) Retificar ou ratificar e checar
- Senha e contra-senha, horários e sinal para mudança.
- Sinal Rec, senha e contra-senha para contatos.
- Sinal Rec, Frq Pcp e Altn do escalão superior e da patrulha, horários e sinais para mudança.
- Indicativos rádio.
- Autenticações.
- Horários de ligação.
- Prescrições rádio.
- Processo de codificação e outros dados da IE Com Elt.
- Sinais convencionados (pirotécnicos, visuais e acústicos).
b. Comando
- Localização Cmt e SCmt (durante o Itn de ida, Rec, Aç Obj, reorganização e regresso às L Ami).
- Cadeia de comando (confirmar/alterar O Prep).
OBSERVAÇÕES
- Inspecionar o conhecimento de missões específicas e de aspectos que devam ser do conhecimento geral, por parte
dos patrulheiros (senhas, freqüências etc).
- Checar o conhecimento das missões individuais e coletivas (se for o caso, fazê-lo no caixão de areia).
- Checar acerto de relógios.
- Ao final da O Pa o Cmt deverá explanar como o ensaio deverá ser conduzido pelo SCmt.
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EXPLOSIVOS
1. DEFINIÇÕES:
a. Explosivos: substâncias químicas que, quando devidamente iniciadas, provocam grande calor e expansão de gases.
b. Destruições militares: destruições provocadas intencionalmente com alguma finalidade militar, ofensiva ou defensiva.
c. Carga explosiva: ou simplesmente carga, é a massa de explosivo destinada a provocar algum efeito, quando acionada.
d. Estriamento: preparação de um explosivo iniciador, no caso, colocando-se um estopim em uma espoleta.
e. Escorva: colocação de um explosivo iniciador em uma carga principal, servindo de início à explosão.
f. Onda de choque: onda que se propaga após uma explosão, que causa grande distúrbio de pressão, temperatura e calor.
g. Estopim: pólvora negra comprimida e acondicionada numa corda, que transmite o fogo (calor) que inicia uma espoleta.
h. Espoleta: pequeno explosivo que aciona outros explosivos maiores, pela sua onda de choque. Pode ser comum ou elétrica.
i. Petardo: explosivo padrão com carga de TNT acionado por uma espoleta, próprio para uso em destruições militares.
j. Exsurdação: quando um explosivo permanece mal acondicionado e por um longo período, ele começa a “suar” (exsurdar).
2. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO USO
a. Quanto ao estado físico b. Quanto ao emprego c. Quanto a velocidade
1) Sólidos (TNT, nitropenta, dinamite) 1) Iniciadores ou primários (Azida de 1) Baixo explosivos (progressivos)
2) Pastosos (Lamas Explosivas, chumbo) 2) Alto explosivos (de ruptura)
Explosivos Plásticos) 2) De ruptura ou secundários
3) Líquidos (Nitroglicerina) (Nitropenta, dinamite)
4) Gasosos (Não tem aplicação prática) 3) Propelentes (pólvoras mecânicas)

3. PRINCIPAIS EXPLOSIVOS DE USO MILITAR


• Azida de chumbo (usado em espoletas)
• Nitrato de amônio (cargas iniciadoras) De uso comercial
• Nitropenta [PETN] (cordel detonante) - Nitroglicerina (instável; líquida)
• TNT (petardos militares) - Dinamite (nitroglicerina; perigoso
• Dinamite militar (diferente da comercial) manuseio)
• Pólvora negra (estopins) - Lama explosiva (C4)
• Plastex (explosivo plástico)

4. EQUIPAMENTOS USADOS NAS DESTRUIÇÕES


- Espoletas (elétricas e comuns) - Cordel detonante - Estopim - Clip M1 - Adaptadores de escorva
- Acendedores - Explosores - Detonadores de reparo - Alicate de estriar e escavadeiras -Fios condutores, fita isolante etc

5. ESTRIAMENTO DE ESPOLETAS
- Em caso de espoleta elétrica, sempre deixar em shunt (curto) - estopim x espoleta:
- Atenção para emenda de cabos condutores
- Espoleta comum: pressionar a base para fixar o estopim
(sempre que possível, usar o alicate de estriar)
6. ESCORVA DE CARGAS
Processo pirotécnico: Processo elétrico: Com cordel PETN:
- espoleta comum x petardo - espoleta elétrica x petardo - emenda da espoleta no cordel - escorva do cordel
detonante: detonante x petardo

Obs: se for emendar cordéis,


utilizar o Clip M1 ou o nó prússico
7. PREPARAÇÃO DAS CARGAS
a. Processo pirotécnico (pelo fogo no estopim) b. Processo elétrico (pela corrente elétrica) c. Processo misto
- Preparação do estopim (teste do tempo) - Teste do explosor - Uso de ambos
- Preparação da espoleta comum (estria) - Teste dos fios condutores - Aciona-se primeiro o elétrico e
- Precauções no lançamento das cargas - Teste da espoleta elétrica depois o pirotécnico
- Atenção para ligações, circuitos e emendas

8. DISTÂNCIA DE SEGURANÇA
A fórmula que fornece a distância de segurança, quando são utilizadas cargas superiores a 13,5 kg colocadas sobre o solo ou
enterradas, é a seguinte:
D = 100 x 2C (D= Distância de segurança em metros e C= Carga explosiva em quilos)

- Em geral, o raio mínimo de segurança para pessoal desabrigado é de 300 metros e para pessoal abrigado é de 100 metros.

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Topografia – conceitos básicos
1. CARTA: É a representação, em escala, sobre um plano, dos acidentes naturais e artificiais que se encontram na
superfície do solo bem como da figuração dessa superfície.
- Tipos de cartas: carta topográfica / carta planimétrica / carta fotográfica / carta em relevo / carta especial

2. CONVENÇÕES CARTÓGRÁFICAS: São sinais que representam construções e acidentes no terreno.

escola ponte estrada de ferro curso d’água


3. SÍMBOLOS MILITARES: São símbolos que representam instalações, tropa ou outros dados de valor militar.

4. ESCALA: É a relação proporcional existente entre as dimensões representadas na carta e seus valores reais.
Ex: 1/50.000 1/100.000 1/250.000

5. DIREÇÕES BASE:

Norte Geográfico Norte Magnético Norte de Quadrícula

6. PONTOS CARDEAIS E COLATERAIS: RUMO:

7. AZIMUTE: É o ângulo horizontal medido a partir


de uma das direções-base, que cresce no sentido
horário. O azimute magnético pode ser facilmente
obtido com auxílio de uma bússola. O azimute de
quadrícula, aquele baseado no norte de quadrícula,
também é conhecido como lançamento.

8. BÚSSOLA: Instrumento de orientação que possui agulha imantada que indica o norte magnético.

9. UNIDADES DE MEDIDA ANGULAR: grau e milésimo → 360º (graus) = 6400”‟ (milésimos)

10. COORDENADAS: Sistema de localização de pontos na carta ou no terreno.


a. Coordenadas geográficas: baseadas na latitude (paralelos) e longitude (meridianos)

longitude Expressa em graus, minutos e segundos


Ex: 44º 09‟48” W – 22º 15‟ 30” S
latitude
b. Coordenadas retangulares: baseadas na projeção UTM (universal transverse mercator)

É referenciada na quadriculagem da carta.


Ex: Q (19700-34250)

11. EQUIPE DE NAVEGAÇÃO: Homem-carta (GPS), homem-bússola, homem-passo e homem-ponto.

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navegação
1. ESCALAS
- Relação entre as distâncias da carta e do terreno. Pode ser gráfica ou numérica E= d (distância gráfica)
D (distância real)
2. LOCAÇÃO DE PONTOS 44
a. Coordenadas retangulares
3 cm Escala = 1/25.000
1) Identificar a quadrícula na qual está o ponto desejado; Dist X = 3 cm - Dist Y = 2 cm
2) Usando uma régua milimetrada, medir a distância do ponto até 1 3
os eixos; 25000 X X = 75000 =750 m
3) Com a escala, sabe-se quantos centímetros correspondem a
1 2
1000 metros; 2 cm Y = 50000 =500 m
25000 Y
4) Realizar a regra de três e encontrar a matrícula desejada;
5) Exemplo Ponto = Qd (33750-44500)
33
b. Coordenadas geográficas
- As coordenadas geográficas são baseadas na latitude (referenciados nos paralelos) e longitude (baseado nos meridianos).
São medidas em graus minutos e segundos – Ex.: Coordenadas (10º 11‟ 33” S – 33º 22‟ 45” O)
- Para determinar pontos nestas coordenadas, utiliza-se o processo da régua ou da regra e três.
- Processo da regra de três:
1) As cartas possuem no seu interior 4 cruzes que ligadas formam um quadrado chamado de Moldura Geográfica Interna.
2) Mede-se as distâncias do ponto às margens de menor latitude da carta.
3) Mede-se a amplitude em „cm‟ das margens da moldura geográficas interna que é equilibrada a 150”.
4) Faz-se uma regra de três com as amplitudes e as distâncias medidas, achando-se as variações de latitude e longitude.
5) Soma-se as variações aos valores das margens.
6) Processo rápido: Fazer a equivalência na latitude 18,4 cm = 150”’ e na longitude 17,1 cm = 150”’ com regra de três.
c. Existem ainda:
1) Coordenadas Polares 2) Linha Código 3)Tela Código

3. NAVEGAÇÃO UTILIZANDO A CARTA NAVEGAR UTILIZANDO A


- Inicialmente, deve-se localizar os pontos de onde se quer sair e para onde se quer chegar. CARTA E BÚSSOLA
Depois, deve-se realizar um estudo do itinerário que se deve tomar – levando-se em conta a
situação tática, possíveis checkpoints e pontos de ataque. Por fim, quando for necessário, utiliza-se
a equipe de navegação para fazer a navegação por azimutes para maior precisão e em terrenos com
poucas referências na carta.
b. Declinação da carta
- É possível tirar os azimutes entre pontos na carta, e assim
navegar por eles no terreno, baseando-se no norte magnético. 1º Passo: Saber aonde quero ir
- Para tanto, deve-se inicialmente lançar na carta o Norte
Magnético, direção-base da bússola. Para isso, consulta-se o
diagrama de orientação (pé de galinha) e apanha-se o valor da
declinação magnética (diferença entre os nortes magnéticos e de
quadrícula), compensando seu crescimento (ou decrescimento) com
o passar dos anos entre a confecção da carta e a data da missão.
Achado o valor, utiliza-se o transferidor para lançar o norte
magnético na carta e, a partir daí, achar-se os ângulos entre esta 2º Passo: Achar minha direção-
direção-base e as direções da navegação. Esses ângulos serão os base (Norte magnético)
azimutes que a Eqp Nav registrará na bússola.

c. Confecção de Quadro Auxiliar de Navegação


- De posse das direções (azimutes) a que se deseja navegar, pode-se
montar um quadro que sintetize a navegação, contendo os azimutes, as
distâncias (encontradas através da escala), o percurso etc. Com isso,
sistematiza-se o trabalho da equipe de navegação.
4. UTILIZAÇÃO DO GPS 3º Passo: Determinar meu Az
- Os aparelhos de GPS são uma ferramenta valiosa para a navegação,
pois pode-se, através da locação de pontos, confirmar todo o trabalho
da equipe de navegação. Pode ser escalado um homem-GPS ou o
próprio homem-carta realiza este trabalho. Com o GPS também é
possível marcar rotas e navegar por elas, marcar pontos de interesse no
itinerário e usar outras ferramentas como odômetro, altímetro etc.
Contudo, deve-se ter cuidado com sua utilização devido à limitação do
aparelho quanto ao uso de baterias e quanto à captação de sinais de
satélite - existem áreas em que esta captação é muito difícil, como em 4º Passo: Navegar no azimute
prédios e em matas densas.
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Esta caderneta foi compilada no ano de 2012 com base nos manuais doutrinários e em documentos escolares
dos assuntos aqui abordados. As figuras, imagens e diagramas são de autoria própria ou retirados de planos
de sessão, de domínio público, encontrados nas OM de Infantaria. A cópia de parte ou do todo desta
caderneta é livremente franqueada pelo autor, desde que não se altere seu conteúdo. Em caso de sugestões ou
críticas, contatar o CAP ALEXANDRE SILVA, no e-mail alexandre_ffsr@hotmail.com.

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