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CONSELHO REGIONAL DE

CONTABILIDADE

DO RIO GRANDE DO SUL

MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO ALEGRE SEMIN


ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO ALEGRE SEMINÁRIO DE
ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO ALEGRESEMINÁRIO

IRPJ
SIMPLES NACIONAL......................................................................................................................... 5
1) DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE....................................5
1.1) MICROEMPRESA....................................................................................................................... 5
1.2) EMPRESA DE PEQUENO PORTE – EPP..................................................................................5
2) CONCEITO DE RECEITA BRUTA.................................................................................................. 5
3) INÍCIO DE ATIVIDADE NO PRÓPRIO ANO-CALENDÁRIO..........................................................5
4) EMPRESAS QUE NÃO SÃO BENEFICIADAS PELO SIMPLES NACIONAL................................5
5) ABRAGÊNCIA DOS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES .................................................................7
6) NÃO EXCLUI A INCIDÊNCIA DOS SEGUINTES IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES ....................8
7) DISTRIBUIÇÃO AO TITULAR OU SÓCIO DA ME E EPP DOS LUCROS.....................................9
8) VEDAÇÕES AO INGRESSO NO SIMPLES NACIONAL...............................................................9
LUCRO REAL................................................................................................................................... 10
1) CONCEITO DE LUCRO REAL..................................................................................................... 10
2) PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS À TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO REAL ............................10
2.1) Estão obrigadas à tributação pelo Lucro Real as Pessoas Jurídicas:.......................................10
2.1.1) Para verificação do limite devemos considerar o somatório das seguintes receitas e/ou
resultados:........................................................................................................................................ 11
2.1.2) Não deverão ser incluídos, para fins de verificação do limite os valores referentes:..............11
3) APURAÇÃO ANUAL DO LUCRO REAL.......................................................................................12
3.1) Pessoas Jurídicas que optaram pelo critério de Lucro Real......................................................12
3.2) Opção Irretratável...................................................................................................................... 12
3.3) Adicional do Imposto de Renda................................................................................................. 13
3.4) Base de Cálculo - Estimativa..................................................................................................... 13
3.4.1) Aspectos Gerais..................................................................................................................... 13
3.4.2) Conceito de Receita Bruta das Vendas e Serviços................................................................13
3.5) Atividades Imobiliárias............................................................................................................... 13
4) DETERMINAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO...............................................................13
4.1) Balanço ou Balancete de Suspensão ou Redução...................................................................13
4.2) Prazo de Pagamento................................................................................................................. 14
5) APURAÇÃO TRIMESTRAL.......................................................................................................... 14
5.1) Adicional do Imposto de Renda................................................................................................. 14
6) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO.............................................................15
6.1) A Indedutibilidade da Contribuição Social no Lucro Real..........................................................15
7) LUCROS E DIVIDENDOS............................................................................................................ 16
8) PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS A EMPREGADOS......................................16
9) PROIBIÇÃO DE DISTRIBUIR RENDIMENTOS DE PARTICIPAÇÕES........................................16
10) RESPONSABILIDADE DOS PROFISSIONAIS..........................................................................17
LUCRO PRESUMIDO...................................................................................................................... 17
1) LIMITE DE RECEITA BRUTA....................................................................................................... 17
2) REGIME DE RECONHECIMENTO DE RECEITAS.....................................................................18
3) MOMENTO DA OPÇÃO............................................................................................................... 18
4) DETERMINAÇÃO DA BASE DE CALCULO DO IMPOSTO DE RENDA.....................................18
5) ALÍQUOTA DO IMPOSTO DE RENDA......................................................................................... 19
6) ADICIONAL.................................................................................................................................. 19
7) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL.................................................20
7.1) BASE DE CÁLCULO................................................................................................................. 20
8) ALíQUOTA.................................................................................................................................... 20
9) DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS...................................................................................................... 20
10) PROIBIÇÃO DE DISTRIBUIR RENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES........................................21
11) A INOBSERVÂNCIA DO DISPOSTO NO ARTIGO 889 - RIR/99................................................21
LUCRO ARBITRADO....................................................................................................................... 21
3) CONCEITO DE RECEITA BRUTA................................................................................................ 23
4) EXCLUSÕES DA RECEITA BRUTA............................................................................................. 23
5) RECEITA BRUTA NÃO CONHECIDA.......................................................................................... 23
6) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO.............................................................24
PIS E A COFINS............................................................................................................................... 25

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OBSERVAÇÃO................................................................................................................................. 25
NOTA................................................................................................................................................ 25

SIMPLES NACIONAL

1) DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a


sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário (art. 966, da Lei nº
10.406, de 10/01/2002), registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no
Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

1.1) MICROEMPRESA

- O empresário, a pessoa jurídica ou a ela equiparada, que aufira, em


cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e
quarenta mil reais).

1.2) EMPRESA DE PEQUENO PORTE – EPP

- O empresário, a pessoa jurídica ou a ela equiparada, que aufira, em


cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta
mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil
reais).

2) CONCEITO DE RECEITA BRUTA

Considera-se receita bruta, o produto da venda de bens e serviços nas operações


de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em
conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais
concedidos (IN SRF nº 58/78).

3) INÍCIO DE ATIVIDADE NO PRÓPRIO ANO-CALENDÁRIO

No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite será


proporcional ao número de meses, quando houver exercido atividade, inclusive as
frações de meses.

4) EMPRESAS QUE NÃO SÃO BENEFICIADAS PELO SIMPLES NACIONAL

I. de cujo capital participe outra pessoa jurídica;


II. que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa
jurídica com sede no exterior;

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III. de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como
empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento
jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a
receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00 (dois
milhões e quatrocentos mil reais);
IV. cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do
capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar,
desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$
2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais);
V. cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa
jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse
o limite de R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais);
VI. constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
VII. que participe do capital de outra pessoa jurídica;
VIII. que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de
desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito,
financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou
de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa
de arrendamento mercantil , de seguros provados e de capitalização
ou de previdência complementar;
IX. resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de
desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em dos 05
(cinco) anos- calendário anteriores;
X. constituída sob a forma de sociedade por ações.

OBSERVAÇÃO:

Os incisos IV e VII, acima citados, que se referem a:

IV- cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do
capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei
Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$
2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais);

VII- que participe do capital de outra pessoa jurídica;

Não se aplica à participação no capital de cooperativas de crédito, bem


como centrais de compras, bolsas de subcontratação, no consórcio, associações
assemelhadas, sociedades de interesse econômico, sociedades de garantia
solidária e outros tipos de sociedade, que tenham como objetivo social a defesa
exclusiva dos interesses econômicos das microempresas e das empresas de
pequeno porte.
Caso a microempresa ou a empresa de pequeno porte incorrer em

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alguma das situações excludentes, será excluída, com efeitos a partir do mês
seguinte ao que incorrida a situação impeditiva.
Em caso de início de atividades, a microempresa que no ano-calendário,
exceder o limite de receita bruta anual, ou seja, R$ 240.000,00 (duzentos e
quarenta mil reais), passa, no ano-calendário seguinte, à condição de empresa de
pequeno porte.

A empresa de pequeno porte, no caso de início de atividades que, no


ano-calendário, não ultrapassar o limite de receita bruta anual de R$ 240.000,00
(duzentos e quarenta mil reais), passa, no ano-calendário seguinte, à condição de
microempresa.
A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite
de receita bruta anual de R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais),
fica excluída, no ano-calendário seguinte, do regime diferenciado e favorecido para
todos os efeitos legais.
A microempresa e a empresa de pequeno porte que no decurso do ano-
calendário de início de atividade ultrapassarem o limite de R$ 200.000,00
(duzentos mil reais), multiplicados pelo número de meses de funcionamento nesse
período estarão excluídas do regime desta Lei, com efeitos retroativos ao início de
suas atividades.

5) ABRAGÊNCIA DOS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES

Fica instituído o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e


Contribuições, devidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte.
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento
único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:

I. IRPJ- Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica;


II. IPI- Imposto sobre Produtos Industrializados, observado o disposto no
inciso XII, do § 1º, (que determina, Contribuição para o PIS/PASEP, COFINS
e IPI incidentes na importação de bens e serviços);
III. CSLL- Contribuição social sobre o Lucro Líquido;
IV. COFINS- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social,
observado o disposto no inciso XII, do § 1°, (que determina, Contribuição
para o PIS/PASEP, COFINS e IPI incidentes na importação de bens e
serviços);
V. PIS/PASEP – Contribuições para os Programas, observado o disposto no
inciso XII, do § 1°, (que determina, Contribuição para o PIS/PASEP, COFINS
e IPI incidentes na importação de bens e serviços);
VI. Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que
trata o art. 22, da Lei nº 8.212, de 24/07/1991, (patronal), exceto no caso
de pessoas jurídicas que se dediquem às atividades de prestação de
serviços previstas nos incisos XIII a XXVIII do § 1º e no § 2° do art. 17

5
desta Lei Complementar;
VII. ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal
e de Comunicação;
VIII. ISS- Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.

6) NÃO EXCLUI A INCIDÊNCIA DOS SEGUINTES IMPOSTOS E


CONTRIBUIÇÕES

Quando devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em


relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas
jurídicas:

I. IOF- Imposto sobre Operações de Crédito câmbio e Seguro, ou Relativas a


Títulos ou Valores Mobiliários;
II. Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros;
III. IE- Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou
Nacionalizados;
IV. IPTR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural;
V. Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos
em aplicações de renda fixa ou variável;
VI. Imposto de renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de
bens do ativo permanente;
VII. CPMF- Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de
Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira;
VIII. FGTS- Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;
IX. Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao
trabalhador;
X. Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na
qualidade de contribuinte individual;
XI. Imposto de renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela
pessoa jurídica a pessoas físicas;
XII. Contribuição para o PIS/PASEP, COFINS e IPI incidentes na importação de
bens e serviços;
XIII. ICMS devido:

a) nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária;


b) por terceiro, a qual o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação
estadual ou distrital vigente;
c) na entrada, no território do Estado ou do distrito Federal, de petróleo,
inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados,
bem como energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou
industrialização;
d) por ocasião do desembaraço aduaneiro;

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e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada
de documento fiscal;
f) na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal;
g) nas operações com mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do
recolhimento do imposto, bem como do valor relativo à diferença entre a
alíquota interna e a interestadual, nas aquisições em outros Estados e
Distrito Federal, nos termos da legislação estadual ou distrital;

XIV. ISS devido:

a) em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na


fonte;
b) na importação de serviços;
c) demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios, não relacionados anteriormente.

7) DISTRIBUIÇÃO AO TITULAR OU SÓCIO DA ME E EPP DOS LUCROS

São isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de ajuste anual do


beneficiário os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da
microempresa ou empresa de pequeno porte, optante pelo Simples Nacional, salvo
os que corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.

8) VEDAÇÕES AO INGRESSO NO SIMPLES NACIONAL

Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples


Nacional a microempresa e a empresa de pequeno porte:

I. que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de


assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de
contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management),
compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou
de prestação de serviços (factoring);
II. que tenha sócio domiciliado no exterior;
III. de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou
indireta, federal, estadual ou municipal;
IV. que preste serviço de comunicação;
V. que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, ou
com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade
não esteja suspensa;
VI. que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de
passageiros;
VII. que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de

7
energia elétrica;
VIII. que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e
motocicletas;
IX. que exerça atividade de importação de combustíveis;
X. que exerça atividade de produção ou venda no atacado de bebidas
alcoólicas, cigarros, armas, bem como de outros produtos tributados pelo
IPI com alíquota ad valorem superior a 20% (vinte por cento) ou com
alíquota específica;
XI. que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício
de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística
ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a
que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de
qualquer tipo de intermediação de negócios;
XII. que realize cessão ou locação de mão- de obra;
XIII. que realize atividade de consultoria;
XIV. que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis.

LUCRO REAL

1) CONCEITO DE LUCRO REAL

Lucro real é o lucro líquido do período ajustado pelas adições, exclusões


ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária (artigo 247 -
RIR/99).
O lucro líquido é a soma algébrica do lucro operacional, dos resultados
não-operacionais, e das participações, e deverá ser determinado na escrituração
mercantil, com observância dos preceitos da lei comercial (artigo 248 - RIR/99).
A determinação do lucro real deve ser precedida da apuração do lucro
líquido de cada período base (na escrituração mercantil), com observância das
disposições das leis comerciais, e a constituição da provisão para o imposto de
renda.
A partir do ano-calendário de 1999 a pessoa jurídica que se enquadrar
em qualquer dos incisos do artigo 14 da Lei 9.718, de 27 de novembro de 1998
terá que, obrigatoriamente, ser tributada com base no lucro real. Para as demais
pessoas jurídicas a tributação pelo lucro real é uma opção.

2) PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS À TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO REAL

2.1) Estão obrigadas à tributação pelo Lucro Real as Pessoas Jurídicas:

 cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$


48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou ao limite
proporcional de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais), multiplicados

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pelo número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses,
(artigo 246 do RIR/99 e art.46, da Lei nº 10.637, de 30/12/2002);

2.1.1) Para verificação do limite devemos considerar o somatório das


seguintes receitas e/ou resultados:

a) receitas de vendas de mercadorias e de serviços deduzidos os impostos


cujo vendedor seja mero depositário (IPI e ICMS devido pelo vendedor
como substituto tributário do comprador), os descontos incondicionais
concedidos, as vendas e serviços cancelados;

OBSERVAÇÃO:

De acordo com a IN SRF nº 58/78, desconto incondicional concedido é somente


aquele que constar no corpo da Nota Fiscal. Portanto, qualquer desconto dado,
fora da nota, não se caracteriza como incondicional.

b) demais receitas e ganhos de capital não incluídos no objetivo social da


pessoa jurídica, tais como juros recebidos, descontos obtidos, variações
monetárias ativas, aluguéis, ganhos de capital, alienação de bens e
direitos do ativo permanente, aplicações em ouro não ativo-financeiro;

c) ganhos líquidos obtidos em operações realizadas no mercado de renda


variável;

d) rendimentos nominais produzidos por aplicações de renda fixa;

e) juros sobre o capital próprio.

2.1.2) Não deverão ser incluídos, para fins de verificação do limite os


valores referentes:

a) às recuperações de créditos que não representem ingresso de novas


receitas;

b) à reversão de provisões anteriormente constituídas, desde que não


tenham sido deduzidas em período que a pessoa jurídica tenha sido
tributada pelo lucro real;

c) os lucros e dividendos recebidos;

d) os ganhos com equivalência patrimonial.

 cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,


bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,

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financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário,
sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento
mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização e entidade de previdência privada;

 que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do


exterior;

 que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais


relativos à isenção ou redução do imposto;

 que, no decorrer no ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal


pelo regime de estimativa, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430 de 27 de
dezembro de 1996;

 que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de


serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção
de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (Factoring).

3) APURAÇÃO ANUAL DO LUCRO REAL

A pessoa jurídica que optar pela tributação anual do lucro real deverá
recolher o imposto de renda mensalmente, determinado sobre a base de cálculo
estimada mediante a aplicação sobre a receita bruta auferida em cada mês, dos
percentuais utilizados para cálculo do lucro presumido.

3.1) Pessoas Jurídicas que optaram pelo critério de Lucro Real

A legislação atual possibilita a quem estiver obrigado, a optar por


apresentar declaração pelo critério de lucro real, a alternativa de escolher entre
fazer o recolhimento do imposto de renda e da contribuição social por estimativa,
ou, então, utilizar o sistema de apuração trimestral. Desde o ano-calendário de
1997, está extinto o sistema de lucro real mensal.

3.2) Opção Irretratável

A adoção da forma de pagamento do imposto devido pelas pessoas


jurídicas por estimativa com apuração de balanço anual ou a opção pelo
pagamento trimestral será definitiva para todo o ano-calendário (art. 232 -
RIR/99).
.
3.3) Adicional do Imposto de Renda

1
Incidirá o adicional do imposto de renda sobre a parcela do lucro real
que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais)
pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeitar-se à incidência
de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento).
Em se tratando de pagamento mensal em bases estimadas o adicional
incidirá sobre a parcela do lucro que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
O adicional passou a incidir mensalmente, a partir de 1997 (§ 2º, art.
2º, Lei nº 9.430/96), sobre a base de cálculo do lucro estimado que exceder a R$
20.000,00 (vinte mil reais) e, os incentivos fiscais não podem reduzir o adicional,
aplicando-se os seus limites de dedução somente sobre o imposto devido.

3.4) Base de Cálculo - Estimativa

3.4.1) Aspectos Gerais

A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real poderá optar
pelo pagamento do imposto de renda e da contribuição social de cada mês,
determinado sobre base de cálculo estimada.
A opção será manifestada com o pagamento do imposto correspondente ao
mês de janeiro ou de início de atividade.
O sistema de recolhimento por estimativa se aplica exclusivamente às
pessoas jurídicas que serão tributadas pelo lucro real, não havendo qualquer
vinculação com o lucro presumido

3.4.2) Conceito de Receita Bruta das Vendas e Serviços

Compreende o produto da venda de bens nas operações de conta


própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de
conta alheia (art. 31, Lei nº 8.981/95).

3.5) Atividades Imobiliárias

As pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativas a


loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios
destinados a venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para
revenda, deverão considerar como receita bruta o montante recebido, relativo às
unidades imobiliárias vendidas (art. 227- RIR/99).

4) DETERMINAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO

O imposto de renda devido em cada mês será calculado mediante a


aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento).

4.1) Balanço ou Balancete de Suspensão ou Redução

1
O pagamento do imposto de renda em bases estimadas mensais, com
apuração do lucro real anual permite que a pessoa jurídica opere com suspensão
ou redução do pagamento do imposto devido.
Sempre que desejar suspender ou reduzir o imposto devido a pessoa
jurídica deverá levantar um balanço ou balancete do mês de janeiro ou do mês de
início das atividades até o mês em que pretenda suspender ou reduzir o imposto
devido e confrontar os valores apurados referente ao imposto de renda e a
contribuição social com aqueles já recolhidos.
Em 31 de dezembro de cada ano deverá ser apurado o lucro através do
encerramento do balanço.
Ao determinar o saldo do imposto de renda a pagar ou a ser compensado, a
pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido os valores:

I. dos incentivos fiscais de dedução do imposto, observados os limites e


prazos fixados na legislação vigente, bem como o disposto no parágrafo 4º
do artigo 3º da Lei nº 9.249/95 – adicional do imposto de renda;

II. dos incentivos fiscais de redução e isenção do imposto, calculados com


base no lucro da exploração;

III. do imposto de renda pago ou retido na fonte incidente sobre as receitas


computadas na determinação do lucro real;

IV. do imposto de renda pago por estimativa.

4.2) Prazo de Pagamento

A pessoa jurídica deverá efetuar o recolhimento do imposto calculado por


estimativa ou apurado em balanço ou balancete mensal, até o último dia útil do
mês subseqüente ao mês de apuração.

5) APURAÇÃO TRIMESTRAL

O artigo 1º da Lei nº 9.430 de 27 de dezembro de 1996 instituiu a apuração


do lucro real trimestral, determinando o encerramento dos trimestres em: 31 de
março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro.
Nos seguintes casos a apuração da base de cálculo do imposto de renda
será efetuada na data de evento:

a) incorporação, fusão e cisão, observando o disposto no artigo 21 da Lei nº


9.249 de 26 de dezembro de 1995.
b) na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação .

5.1) Adicional do Imposto de Renda

1
A parcela do lucro real que exceder o valor resultante da multiplicação
de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de
apuração (3 meses = R$ 60.000,00), sujeitar-se-á à incidência do adicional do
imposto de renda à alíquota de 10% (dez por cento).
Esse procedimento aplica-se, inclusive, nos casos de incorporação,
fusão, cisão e extinção da pessoa jurídica.

6) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

De acordo com o artigo 28 da Lei nº 9.430/96, aplicam-se à apuração da


base de cálculo e ao pagamento da contribuição social sobre o lucro líquido as
normas da legislação vigente e quanto:

a) período, formas de apuração e prazos de pagamento;

b) contribuição social devida por pessoa jurídica tributada com base no lucro
real;

c) condições de dedutibilidade de perdas no recebimento de créditos;

d) cômputo, na base de cálculo, dos resultados líquidos, positivos ou


negativos obtidos no exterior em operações de cobertura (hedge),
realizadas em mercadorias de liquidação futura, diretamente pela empresa
brasileira, em bolsa do exterior, bem como dos ganhos obtidos em
mercado de balcão, previstos no artigo 71 da Lei nº 9.430/96;

e) limite de dedutibilidade de custos e despesas relativos a bens, serviços e


direitos constantes dos documentos de importação ou de aquisição, nas
operações com pessoa vinculada (art. 18 da Lei nº 9.430/96).

“Relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de


2003, a alíquota da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), instituída pela
Lei nº. 7.689, de 15 de dezembro de 1988, será de 9% (nove por cento)”.

6.1) A Indedutibilidade da Contribuição Social no Lucro Real

A Lei nº. 9.316/96 estabeleceu que, em relação aos períodos de


apuração iniciados a partir de 1º. 01.1997, o valor da contribuição social não
poderá ser deduzido para efeito de determinação do lucro real e nem de sua
própria base de cálculo.
Isso significa que o valor provisionado a título de contribuição social
deverá ser adicionado ao lucro líquido do período na determinação do lucro real e
não será dedutível da sua própria base de cálculo.

7) LUCROS E DIVIDENDOS

1
Os lucros e dividendos calculados sobre os resultados apurados mediante
escrituração contábil a partir de 1º/01/1996, distribuídos pelas pessoas jurídicas
tributadas pelo Lucro real, são isentos tanto para as beneficiárias pessoas físicas,
quanto jurídicas, na fonte e na declaração, bem como na apuração trimestral ou
estimado do imposto de renda. Poderá haver, inclusive, antecipação, desde que
haja lucro na data desta antecipação. Saliente-se que, na hipótese de balanço
anual, para que antecipação seja considerada isenta, além de haver lucro na data
da distribuição, também deverá haver valor igual ou superior ao antecipado, em
31 de dezembro, por ocasião da apuração do balanço anual.
De acordo com a IN SRF nº 12, DOU de 12/02/1999, na hipótese da
incidência de juros sobre o valor a pagar dos lucros e dividendos, haverá
incidência de IR Fonte à alíquota de 20%, sendo dado, portanto, o tratamento de
rendimento de aplicação financeira. Logo, este imposto na fonte será considerado
como antecipação, se o beneficiário for pessoa jurídica tributada pelo Lucro real,
Presumido ou Arbitrado, e exclusivo na fonte, se o beneficiário for pessoa física ou
pessoa jurídica isenta.

8) PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS A EMPREGADOS

A despesa com a participação nos lucros ou resultados atribuídos aos


empregados poderá ser considerada dedutível pelo regime de competência, no
próprio período da sua constituição (Lei nº 10.101, de 19/12/2000).

Quanto ao assunto, fazem-se as seguintes observações:

a) Deverá haver acordo entre o empregador, uma comissão nomeada pelos


empregados e um representante do sindicato da categoria. No acordo
deverão constar forma de aferição dos lucros ou resultados, periodicidade
e forma de pagamento. A periodicidade não poderá ser inferior a seis
meses. O acordo deverá ser arquivado no sindicato.

b) Este valor não será agregado ao salário, e sobre ele não incidirão encargos
trabalhistas, tais como previdência e FGTS.

c) Incidirá IR Fonte, de acordo com a tabela progressiva. O cálculo será feito


em separado dos demais rendimento e será considerada antecipação do
devido por ocasião da elaboração da declaração de rendimentos da pessoa
física.

9) PROIBIÇÃO DE DISTRIBUIR RENDIMENTOS DE PARTICIPAÇÕES

As pessoas jurídicas, enquanto estiverem em débito, não garantido, por


falta de recolhimento de imposto no prazo legal, não poderão:

1
I. distribuir quaisquer bonificações a seus acionistas;

II. dar ou atribuir participações de lucros a seus sócios ou quotistas, bem como
a seus diretores e demais membros de órgãos dirigentes, fiscais ou
consultivos. (Fundamento Legal: art. 889, RIR/99, Decreto nº 3.000, de 26
de março de 1999).

A inobservância do disposto no artigo acima descrito acarretará multa


que será imposta (art. 975 – RIR/99):

I. às pessoas jurídicas que distribuírem ou pagarem bonificações ou


remunerações em montante igual a 50% (cinqüenta por cento) das quantias
que houverem pago indevidamente;
II. aos diretores e demais membros da administração superior que houverem
recebido as importâncias indevidas, em montante igual a 50% (cinqüenta
por cento) destas importâncias.

10) RESPONSABILIDADE DOS PROFISSIONAIS

O balanço patrimonial, as demonstrações do resultado do período de


apuração, os extratos, as discriminações de contas ou lançamentos e quaisquer
documentos de contabilidade deverão ser assinados por bacharéis em ciências
contábeis, atuários, peritos-contadores, contadores, guarda-livros ou técnicos em
contabilidade legalmente registrados, com indicação do número dos respectivos
registros.
Esses procedimentos, dentro do âmbito de sua atuação e no que se referir
à parte técnica, serão responsabilizados, juntamente com os contribuintes, por
qualquer falsidade dos documentos que assinarem e pelas irregularidades de
escrituração praticadas no sentido de fraudar o imposto.
Desde que legalmente habilitados para o exercício profissional, os titulares,
sócios, acionistas ou diretores podem assinar os documentos referidos neste
artigo. (Fundamento Legal: art. 819, RIR/99, Decreto nº 3.000, de 26 de março de
1999 e art. 1.177, do Novo Código Civil Brasileiro Lei nº 10.406, de 10/01/2002).

LUCRO PRESUMIDO

1) LIMITE DE RECEITA BRUTA

O artigo 13, da Lei n°9.718 de 27/11/1998 recebeu nova redação dada pelo
Artigo 46, da Lei n°10.637 de 30/12/2002, passando a dispor que a pessoa

1
jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou
superior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais) ou a R$
4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo número de meses de
atividade no ano-calendário anterior, quando for inferior a 12 (doze) meses,
poderá optar pelo regime de tributação como base no Lucro Presumido.
A opção pelo Lucro Presumido só poderá ser feita pela pessoa jurídica que
não se enquadrar em nenhum dos impedimentos enumerados no artigo 14, da Lei
n°9.718, de 1998.

2) REGIME DE RECONHECIMENTO DE RECEITAS

Em se tratando de Lucro Presumido, há a possibilidade de opção de


tributação pelo regime de caixa. Salienta-se que esta opção abrange não só o
Imposto de Renda, mas também a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e as
contribuições para o PIS e a COFINS, conforme o que dispõe a IN SRF n°104, de
24/08/1998.
A apuração dos tributos pelo regime de caixa que é facultativa, poderá ser
adotada tanto pelas pessoas jurídicas que mantém só o livro caixa como pelas que
mantém a escrituração contábil. As empresas que mantém só o livro caixa deverão
observar o seguinte:

I. emitir a nota fiscal quando da entrega do bem ou direito ou da


conclusão do serviço;
II. indicar, no livro caixa, em registro individual, a nota fiscal a que
corresponde cada recebimento.

3) MOMENTO DA OPÇÃO

A opção pela tributação com base no Lucro Presumido será aplicada em


relação a todo o período de atividade da empresa em cada ano-calendário, e será
manifestada com o pagamento da 1ª (primeira) ou única quota do imposto devido
correspondente no 1° (primeiro) período de apuração de cada ano-calendário.

4) DETERMINAÇÃO DA BASE DE CALCULO DO IMPOSTO DE RENDA

PERCENTUAIS RAMO DE ATIVIDADE


1,6% Receita bruta auferida na
revenda, para consumo de
combustível derivado de
petróleo e álcool etílico
hidratado, para fins carburantes
e gás natural;

1
8% Receita bruta nas atividades
comerciais, industriais,
transporte de cargas, serviços
hospitalares, venda de
unidades imobiliárias,
empreitada com fornecimento
de material, venda de produtos
rurais, industrialização quando
a matéria- prima, material
secundário e de embalagem
forem fornecidos pelo
encomendante e outras não
mencionadas nos demais
percentuais;

16% Transporte de passageiros,


exclusivamente prestadoras de
serviços com receita bruta
anual não superior a R$
120.000,00 (cento e vinte mil
reais), exceto no caso de
transporte de cargas, serviços
hospitalares e sociedades civis
de prestação de serviços
legalmente regulamentadas;

32% Prestação de serviços, pelas


sociedades civis, relativa ao
exercício de profissão
legalmente regulamentada;
Intermediação de negócios;
Administração, locação ou
cessão de bens imóveis,
móveis e direitos de qualquer
natureza;

Construção por administração


ou por empreitada, unicamente
de mão- de - obra;

Prestação de qualquer outra


espécie, de serviços não
mencionadas anteriormente.

5) ALÍQUOTA DO IMPOSTO DE RENDA

O Imposto de Renda devido em cada trimestre será calculado mediante a


aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento), sobre a base de cálculo.

6) ADICIONAL

1
A parcela da base de cálculo apurada trimestralmente, que exceda a R$
20.000,00 (vinte mil reais) mês, multiplicado pelo número de meses (R$ 20.000,00
x 3meses = R$ 60.000,00), no trimestre, ficará sujeita à incidência do adicional de
Imposto de Renda à alíquota de 10% (dez por cento).

7) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL

7.1) BASE DE CÁLCULO

A base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido devida pelas


pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado e pelas
empresas que optarem pelo critério de recolhimento por estimativa,
correspondente à soma dos valores correspondentes à:

I. 12% (doze por cento) da receita bruta do trimestre,para as atividades


comerciais e industriais.

II. 32% (trinta e dois por cento), da receita bruta, para as pessoas jurídicas
prestadoras de serviço (exclusivamente).

8) ALíQUOTA

A partir de janeiro de 2003, a alíquota passou a ser de 9% (nove por cento)


definitivamente (art. 37, da Lei nº 10.637/2002).

Sendo assim, teremos:

COMÉRCIO:
BASE 12% X 9% (alíquota) ou direto 1,08%

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO:
BASE 32% X 9% (alíquota) ou direto 2,88%

9) DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS

Poderá ser distribuído a título de lucros, sem incidência de imposto de renda


(na fonte e na declaração de ajuste anual da pessoa física), ao titular, sócio ou
acionista da pessoa jurídica, o valor correspondente ao lucro presumido, diminuído
de todos os impostos e contribuições (IRPJ, CSLL, COFINS, PIS/PASEP e
ADICIONAL DO IMPOSTO DE RENDA) - ADN COSIT nº 04/96 e IN SRF nº 93/97,
art. 45, que estiver sujeita a pessoa jurídica.
A pessoa jurídica poderá distribuir valor maior que o lucro presumido,
também sem incidência do imposto de renda, desde que ela demonstre, pela

1
escrituração contábil feita de acordo com as leis comerciais, que o lucro contábil
efetivo é maior que o lucro presumido.
Por outro lado, se houver qualquer distribuição de valor a título de lucros,
superior àquele apurado contabilmente, deverá ser imputado à conta de lucros
acumulados ou de reservas de lucros de exercícios anteriores, e estará sujeito à
tributação com a incidência do imposto de renda com base na legislação específica
vigente nos respectivos períodos anteriores, inclusive com acréscimos legais.
Inexistindo lucros acumulados ou reservas de lucros em montante
suficiente, bem assim quando se tratar de lucro que não tenha sido apurado em
balanço, a parcela excedente será submetida à tributação, no caso de beneficiário
pessoa física, com base na tabela progressiva mensal ( art. 51, §§ 3º e 4º, da IN
SRF nº 11/96).

10) PROIBIÇÃO DE DISTRIBUIR RENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES

De acordo com o art. 889, do RIR/99, regulamento do Imposto de Renda,


Decreto nº 3.000, de 26/03/99, as pessoas jurídicas, enquanto estiverem em
débito, não garantido, por falta de recolhimento de imposto no prazo, não
poderão:

I. distribuir quaisquer bonificações a seus acionistas;

II. dar ou distribuir participação de lucros a seus sócios ou quotistas, bem


como a seus diretores e demais membros de órgãos dirigentes, fiscais ou
consultivos.

11) A INOBSERVÂNCIA DO DISPOSTO NO ARTIGO 889 - RIR/99

Se não observar, acarretará multa que será imposta:

I. Às pessoas jurídicas que distribuírem ou pagarem bonificações ou


remunerações em montante igual ou superior a 50% (cinqüenta por cento)
das quantias que houverem pago indevidamente;
II. Aos diretores e demais membros da administração superior que houverem
recebidos as importâncias indevidas, em montante igual a 50% (cinqüenta
por cento) destas importâncias (art. 975, do RIR/99).

LUCRO ARBITRADO

1) RECEITA BRUTA CONHECIDA

A partir do período-base iniciado em 01/01/1995, os artigos 48 e55 da Lei


n°8.981, de 20/01/1995, regularam inteiramente a matéria sobre o Lucro
Arbitrado. O artigo 48, fixou vários percentuais aplicáveis sobre a receita bruta

1
conhecida para determinação do Lucro Arbitrado, conforme a atividade da pessoa
jurídica. Sendo que, a partir de 01/011/1996, passou a vigorar o artigo 16, da Lei
n°9.249, de 26/12/1995, que diz:

“Art.16:
O Lucro Arbitrado das pessoas jurídicas será determinado
mediante a aplicação, sobre a receita bruta, quando conhecida, dos
percentuais fixados no art.15, acrescidos de 20% (vinte por cento).
Parágrafo Único – No caso de instituições a que se refere o inciso
III, do art.36, da Lei n°8.981, de 20/01/1995, o percentual para
determinação do lucro arbitrado será acrescido 40% (quarenta por
cento).

2) DETERMINAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTODE RENDA

PERCENTUAIS RAMO DE ATIVIDADE


1,92% - receita bruta auferida na
revenda, para consumo, de
combustível derivado de
petróleo e álcool etílico
hidratado, para fins
carburantes;
9,6% Receita bruta auferida nas
atividades comerciais,
industriais, transporte de
cargas, serviços
hospitalares, venda de
unidades imobiliárias,
empreitada com
fornecimento de material,
venda de produtos rurais,
industrialização quando a
matéria- prima, produto
intermediário e material de
embalagem forem fornecidos
pelo encomendante, e outras
não- mencionadas nos
demais percentuais;
19,2% Transporte de passageiros,
exclusivamente prestadoras
de serviços com receita
bruta anual não superior a
R$ 120.000,00 (cento e vinte
mil reais), exceto no caso de
transporte de cargas,
serviços hospitalares e
sociedades civis de
prestação de serviços
legalmente regulamentadas;
38,4% Prestação de serviços, pelas
sociedades civis, relativa ao
exercício de profissão

2
legalmente regulamentada;
-Intermediação de negócios
(inclusive representante
comercial);
-Administração, locação ou
cessão de bens imóveis,
móveis e direitos de
qualquer natureza;
-Construção por
administração ou por
empreitada, unicamente de
mão- de - obra;
-Prestação de qualquer outra
espécie de serviços não
mencionadas anteriormente;
45% Entidades financeiras e
assemelhadas, empresas de
arrendamento mercantil,
seguradoras, cooperativas
de crédito, entidades de
previdência aberta.

3) CONCEITO DE RECEITA BRUTA

Compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o


preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia
(art. 31, da Lei nº 8.981/95).

4) EXCLUSÕES DA RECEITA BRUTA

Na receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os descontos


incondicionais concedidos (IN SRF n°51/78) e os impostos não cumulativos,
cobrados destacadamente do comprador ou contratante dos quais o vendedor ou
prestador de serviços, seja mero depositário (IPI, ICMS em substituição tributária,
por exemplo).

5) RECEITA BRUTA NÃO CONHECIDA

O artigo 51, da Lei n°8.981, de 20/01/1995, dispõe que o Lucro Arbitrado


das pessoas jurídicas quando não conhecida à receita bruta, será determinado
através de procedimento de ofício, mediante a utilização de uma das alternativas
de cálculo enumeradas. São 08(oito) alternativas que podem ser o Lucro Real do
último período em que a empresa manteve a escrituração, soma dos ativos,
patrimônio líquido, compras de mercadorias, folha de pagamentos, valor de
aluguel, etc.

6) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

A base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido das pessoas

2
jurídicas tributadas pelo lucro arbitrado esta disciplinada pelos artigos 29, da Lei
n°9.430, de 27/12/1996, 20 da Lei n°9.249, de 26/12/1995 e 55 da Lei n°8.981,
de 20/01/1995.A base de cálculo corresponderá a soma dos seguintes valores:

I. 12% (doze por cento) da receita bruta;

II. Ganhos de capital na alienação de bens e direitos do ativo


permanente, rendimentos de ganhos líquidos auferidos em
aplicações financeiras de renda fixa e variável, demais receitas e
rendimentos positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo
inciso anterior.

A base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido das pessoas


jurídicas que exerçam as atividades de prestação de serviços a que se refere o
inciso III, do §1°, do artigo 15 da Lei n°9.249 de 26/12/1995 corresponderá a
32% (trinta e dois por cento) da receita bruta (artigo 22, da Lei n°10.684, de
30/05/2003).

Sendo assim, teremos:

COMÉRCIO:
BASE 12% X 9% (alíquota) ou direto 1,08%

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO:
BASE 32% X 9% (alíquota) ou direto 2,88%

Quando a receita bruta não for conhecida, o artigo 55, da Lei n°8.981 de
20/01/1995 dispõe que, o Lucro Arbitrado para incidência do imposto de renda
constituirá também a base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido.

7) DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS AOS SÓCIOS

A partir de 01/01/1996, a distribuição de lucros apurado, pelas pessoas


jurídicas tributadas com base no Lucro Real, Presumido ou Arbitrado, não será
sujeita ao imposto de renda na fonte ou declaração de rendimentos (Ajuste Anual)
do beneficiário (artigo 10, da Lei n°9.249 de 26/12/1995).
O artigo 51, da IN n°11 de 21/02/1996 e o artigo 48 da IN n°93 de
24/12/1997 dispõem que os lucros distribuídos estão isentos do imposto de renda,
desde que a empresa demonstre através de escrituração contábil feita com
observância da Lei Comercial, que o lucro efetivo é maior que o determinado
segundo as normas para apuração da base de cálculo do imposto pela qual houver
optado, ou seja, Lucro Presumido ou Arbitrado.
Para fins de cálculo da parcela de lucro isenta, deverão ser deduzidas do
Lucro Arbitrado, o imposto de Renda da pessoa jurídica, inclusive adicional, se

2
devido, a contribuição social sobre o lucro líquido, o PIS e a COFINS.

PIS E A COFINS

Para as empresas tributadas pelo Lucro Arbitrado, o PIS e a COFINS,


deverão ser recolhidos pela incidência cumulativa, ou seja:

 PIS = 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento) sobre a receita bruta
mensal, não tendo direito de utilizar créditos; e a
 COFINS = 3% (três por cento) sobre a receita bruta mensal, não tendo
direito de utilizar créditos.

OBSERVAÇÃO

Para as empresas tributadas pelo Lucro Real, estas contribuições do PIS e


da COFINS, serão recolhidas pela incidência não-cumulativa, ou seja, poderão
aproveitar créditos. Os percentuais são:

 PIS = 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco por cento).


 COFINS = 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento).

NOTA

Os créditos a serem aproveitados, também serão nos mesmos percentuais


acima descritos, 1,65% para o PIS e 7,6% para a COFINS.

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