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1 - Introdução 05
2 - Conceitos e Terminologia 07
2.1. Temperatura 07
2.2. Pressão 07
2.3. Perda de Carga 09
2.4. Densidade e Volume Especifico 09
2.5. Peso Especifico 10
2.6. Viscosidade 10
2.7. Vazão 11
2.8. Número de Reynolds 12
3 - Tubulações 15
3.1. Processos de Fabricação 16
3.2. Diâmetros Comerciais 18
3.3. Materiais 20
4 - Dimensionamento de Tubulações 31
4.1. Líquidos 31
4.2. Gases 35
4.3. Vapor Saturado e Superaquecido 38
4.4. Gás Natural e GLP 39
4.5. Cálculo de espessura de parede 41
4.6. Cálculo de componentes da tubulação 42
4.7. Vãos entre suportes 43
6 - Conexões 55
6.1. Classificação 55
6.2. Tipos 56
6.3. Acessórios Diversos 60
7 - Válvulas 61
7.1. Classificação 61
7.2. Construção 61
7.3. Meios de operação 63
7.4. Tipos 63
7.5. Seleção de Válvulas 76
9 - Suportes e Apoios 87
9.1. Classificação 87
9.2. Cargas Atuantes 87
9.3. Contato entre Tubos e Suportes 87
9.4. Tipos 88
10 - Normas de tubulações 97
10.1. Especificação de material de tubulação 99
Anexos:
1 – Dimensão das Tubulações (shedule/série) 171
2 – Tabelas de Tubos NBR 5580 172
3 – Normas de Tubulação 172
4 – Perdas Localizadas 174
5 – Tabela de Vapor Saturado 175
6 – Tensões Admissíveis 176
Bibliografia 177
1 – Introdução
Temos uma grande aplicação de fluidos nas indústrias em geral. Todos estes
fluidos (gases e líquidos) tem a necessidade de escoar em tubulações. O
presente curso tem o objetivo de compilar a literatura existente, acrescentando
aspectos práticos e necessidades encontradas no dia a dia das indústrias.
5
O capitulo 3 mostra os diversos materiais das tubulações e suas respectivas
aplicações.
6
2 - Conceitos e Terminologia
Revisamos abaixo diversos conceitos que iremos utilizar no presente curso.
2.1 Temperatura
2.2 Pressão
Pressão é a razão da força em uma área. É certamente uma das principais
propriedades dos fluidos. Como veremos a seguir, com a pressão de vapor
saturado, teremos todas as demais propriedades.
P = F/A (2)
7
1 kgf/cm2 = 14,22 psi (libra/pol2) = 0,98 bar
Tipos:
Lei de Pascal
8
Figura 2–2 – Exemplo de aplicação da Lei de Pascal
Densidade = ρ = m / V (3)
9
2.5 Peso Especifico
O peso especifico é o peso por unidade de volume. A unidade é N/m 3. O
símbolo é γ.
2.6 Viscosidade
Viscosidade é a resistência interna do fluido resultante do atrito das próprias
moléculas. Tem relação direta com a temperatura do fluido, sendo que
quanto maior a temperatura menor será a viscosidade.
10
Gases Temperatura Densidade Peso Viscosidade Viscosidade
2.7 Vazão
Vazão volumétrica é a quantidade de volume que se desloca em um período
de tempo.
11
2.8 Número de Reynolds
O escoamento de um fluido na tubulação pode ocorrer de diversas formas. O
escoamento é laminar quando os filetes de fluido são paralelos entre si, sendo
que as velocidades são constantes na direção e em grandeza. Limita-se a
casos onde a velocidade é muito baixa ou para fluidos com alta viscosidade.
Re = V x D / ν (10)
Em que:
Re = número de Reynolds;
V = velocidade media de escoamento do fluido (m/s);
D = diâmetro interno do tubo (m);
ν = viscosidade cinemática (m2/s).
f = 64/ Re (11)
Para o escoamento turbulento, os fatores de atrito podem ser verificados pelo
Diagrama de Moody, ou pela formula de Colebrook (ajuste empírico):
12
Para tubos hidraulicamente lisos (ξ = 0) o fator de atrito é dado pela formula de
Blausius:
Cobre 0,0015
Polietileno 0,001
Vidro 0,0015
13
2.8.3 Diagrama de Moody
Baseado em analises experimentais se obteve um diagrama com a
determinação do fator de atrito (f), em função do numero de Reynolds e da
rugosidade relativa (ξ/D).
Figura 2-3 - Diagrama de Moody (De L. F. Moody, Trans. ASME, vol. 66, 1944).
14
3 – Tubulações
As tubulações industriais podem ser fabricadas de diferentes materiais, sendo
que os principais são os seguintes:
a) Tubos Metálicos
15
Para seleção do material mais adequado para cada aplicação devemos levar
em consideração diversos aspectos. Os principais são:
- Pressão do fluido;
- Temperatura do fluido;
- Fluido conduzido (corrosão e contaminação);
- Custo;
- Grau de segurança exigido;
- Sobrecargas externas;
- Perdas de carga.
Na tabela 3-1 abaixo, apresentamos os índices de preços por kg, tomando por
base o aço carbono com índice 1,0. Poderá ocorrer variações nos mesmos em
função de escala de fabricação, variações de aplicações, materiais especiais,
etc.
A maior parte da tubulação (em torno de 2/3) é fabricada por laminação ou por
solda.
a) Laminação
16
O processo consiste em aquecer um lingote (em torno de 1200°C) e conduzi-lo
por um laminador obliquo (rolos com eixos em ângulo). Uma ponteira abre um
furo no centro do lingote, fabricando o tubo.
b) Extrusão
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Por extrusão se fabricam tubos de aço carbono de pequeno diâmetro (abaixo
de 80 mm) e também tubos de alumínio, cobre, latão, chumbo, e os demais
metais não ferrosos, além dos materiais plásticos.
c) Fundição
Por este processo são fabricados os tubos em ferro fundido, concreto, cimento
amianto, barro vidrado, etc,
Os tubos podem ter solda longitudinal (ao longo de uma geratriz do tubo) ou
helicoidal, conforme a Figura 3-3.
Os tubos de aço carbono, aço liga e aço inoxidável, são designados pelo seu
Diâmetro Nominal. Este diâmetro não coincide com nenhuma dimensão dos
mesmos até 12”; sendo que para tubos de diâmetros nominais de 14” a 36”
18
estas dimensões são idênticas aos diâmetros externos. No Anexo 1 apresenta-
se as dimensões destas tubulações.
19
Figura 3-5 – Extremidades das tubulações
3.3 Materiais
Existe uma grande variedade de materiais para tubulações, sendo que abaixo
relacionaremos as principais.
a) Aplicação
Utiliza-se o aço carbono em água doce, vapor de baixa pressão, condensado,
ar comprimido, óleos, gases e muitos outros fluidos não corrosivos a qualquer
pressão (serie/schedule adequados a máxima pressão de aplicação).
b) Especificações /Normas
As especificações mais utilizadas são as seguintes:
ASTM A-106
Tubos sem costura, DN 1/8” a 26”, pretos, para altas temperaturas.
20
Tubos com costura, DN ½” a 4”, pretos, para caldeiras.
ASTM A-214
Tubos com costura, DN ½” a 4”, pretos para permutadores de calor e
condensadores.
API 5L
Tubos com ou sem costura, DN 1/8” a 64”, pretos ou revestidos, para condução
de produtos petrolíferos e outros fins.
Tri-Norma ou Bi-Norma
Tubos que atendem as normas API 5L, ASTM A-53 e ASTM A-106.
c) Teor de Carbono
O teor de carbono pode variar para as especificações A-53, A-135 e API-5L
entre os Graus A e B; sendo que para A-106 temos também o Grau C.
Os “aços liga” são os aços que possuem outros elementos em sua composição
química. Os de baixa liga possuem até 5% de elementos de liga, os de média
entre 5 e 10% e os de alta liga possuem mais de 10%.
a) Aplicação
São aplicados nas condições limite dos aços carbono:
- Temperaturas de até 600°C (não corrosivo);
- Temperaturas de até -100°C (não corrosivo);
- Vapor superaquecido;
21
- Hidrocarbonetos;
- Hidrogênio.
b) Especificações /Normas
As especificações mais utilizadas são as seguintes:
ASTM A-333
Tubos sem costura, DN 1/8” a 26”, pretos, tendo Níquel como elemento de liga,
para baixas temperaturas.
ASTM A-335
Tubos sem costura, DN 1/8” a 26”, pretos, tendo Cromo e Molibdênio como
elemento de liga, para altas temperaturas.
ASTM A-671
Tubos com costura, DN acima de 16”, pretos, tendo Níquel como elemento de
liga, para baixas temperaturas.
c) Elementos de Liga
Temos os seguintes elementos de liga:
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- Temperaturas de até -255°C (podendo ser corrosivo);
- Serviços corrosivos oxidantes;
- Produtos alimentares e farmacêuticos (ausência de contaminação);
- Hidrogênio (pressões e temperaturas elevadas).
b) Especificações /Normas
As especificações mais utilizadas são as seguintes:
c) Composição Química
A variação da composição química é definida pela norma AISI, conforme a
tabela abaixo:
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3.3.5 Não Ferrosos
Podemos afirmar que são materiais que possuem menor resistência mecânica
e as temperaturas altas que os aços carbono, porém melhor resistência a
corrosão e melhor comportamento nas temperaturas baixas.
Tem alto custo, e sua aplicação é reduzida sendo muito utilizados para:
- Tubos de pequeno diâmetro para água, vapor, óleos, etc;
- Feixes tubulares de trocadores de calor e sistemas de refrigeração;
- Tubulações de águas agressivas e ácidos diluídos, principalmente para
pequenos diâmetros (até 50 mm) onde temos dificuldade de revestir
internamente as tubulações de aço carbono.
Os tubos de alumínio são muito leves (1/3 do peso do aço), alto coeficiente de
transmissão de calor e ótima resistência a corrosão nas mais diversas
aplicações.
c) Chumbo
Os tubos de chumbo são macios, pesados, e possuem baixa resistência
mecânica; possuindo excepcional resistência a corrosão.
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É aplicado em tubulações de esgoto, e serpentina para troca térmica a baixa
pressão e temperatura (limite de 120 a 200°C).
As ligas mais utilizadas são aquelas com até 2% de Ag, Cu, Sb.
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Os tubos de cobre são fabricados em 3 espessuras mais usuais: K, L e M;
sendo a K a mais pesada.
Sua utilização é muito crescente devido ao seu baixo custo em relação aos
aços inoxidáveis e não ferrosos; além de seu aperfeiçoamento e ganhos de
escala fazendo com que seja crescente a sua utilização.
a) Materiais Plásticos
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- Insegurança das informações do comportamento mecânico e dados físico
químicos, com margens de erro maiores que relativas aos metais;
- Pouca estabilidade dimensional, sendo que os plásticos podem se
deformar;
- Alto coeficiente de dilatação, podendo atingir até 15 vezes o do aço carbono;
- Alguns plásticos são combustíveis, podendo alimentar vagarosamente a
combustão;
- Vários materiais não suportam o raio ultravioleta, não podendo ficar expostos
ao tempo.
a.1) Polietileno
Os tubos de PVC são muito utilizados para águas, esgotos, ácidos álcalis, e
outros produtos corrosivos. São fabricados em diâmetros de 3/8” a 16” nas
series (shedule) 40 e 80.
a.5) Epóxi
b) Cimento Amianto
- Tubos de esgoto, tipo leve, de 50 a 500 mm, podem ser enterrados ou não,
para serviços sem pressão, conforme a norma EB-69 (ABNT).
c) Concreto Armado
São utilizados nas tubulações de água e esgoto, com diâmetros de 250 a 3500
mm, comprimentos de 1 a 2 metros conforme norma EB-103 (ABNT).
d) Barro vidrado
e) Vidro e Cerâmica
f) Elastômeros (Borrachas)
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30
4 – Dimensionamento de Tubulações
O dimensionamento das tubulações é um problema hidráulico que deve ser
resolvido em função das velocidades e/ou das perdas de carga.
O ideal é que trabalhemos com baixas perdas de carga, pois poderemos ter
limitações de processo devido a esta queda de pressão.
4.1 Líquidos
Os líquidos escoam através das tubulações com baixas velocidades, pois
possuem altas densidades. Um bloqueio repentino em uma tubulação com
qualquer liquido, pode provocar golpes de aríete, chegando a romper a mesma.
4.1.1 Água
Em que:
Q = vazão (m3/s);
31
v = velocidade (m/s);
d = diâmetro (m).
hf = f x L x v2 (17)
d 2g
Em que:
hf = perda de carga ao longo do comprimento do tubo (m);
f = Fator de atrito de Darcy-Weisbach (adimensional);
L = Comprimento do tubo (m);
v = Velocidade do fluido no tubo (m/s);
d = Diâmetro do tubo (m);
g = Aceleração da gravidade (m/s2).
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Obs.: Quando mencionarmos “comprimento do tubo”, estaremos considerando
o comprimento linear acrescido das perdas localizadas (Anexo 4).
Para esta aplicação deve-se ter especial atenção com o critério da perda de
carga. A viscosidade tem uma relação direta com a temperatura; quanto mais
viscoso o fluido for, maior a temperatura ideal de escoamento. Outras situações
onde a perda de carga ganha destaque:
hf = 32 x L x ν x v (20)
g x d2
Em que:
hf = perda de carga ao longo do comprimento do tubo (m);
L = Comprimento do tubo (m);
(ν) = Viscosidade Cinemática (m2/s);
v = Velocidade do fluido no tubo (m/s);
d = Diâmetro do tubo (m);
g = Aceleração da gravidade (m/s2).
L1 = 4 m; L2 = 88 m; L3 = 75 m e L4 = 7 m.
Figura 4-1
s.a) Calculo de P2
P2 = Pr + γ hr = 68,9 + (9 x 9,5) = 154,4 kPa.
34
s.b) Calculo da Diferença (H1 + P1/γ) - (H2 + P2/γ)
(0,85 + 310,3/9,5) – (13,7 + 154,4/9,5) = 33,5 – 29,9 = 3,6 m.
4.2 Gases
Para o dimensionamento de tubulações para gases, deve-se atentar que as
pressões envolvidas possuem uma maior importância. Devido a baixa
densidade, os gases não escoam por diferença de nível como os líquidos, e
assim sendo devem ser comprimidos.
Devemos ter o maximo de atenção, pois o volume dos gases variam com a
pressão. Quanto maior a pressão, menor o volume especifico. Os chamados
gases perfeitos obedecem a formula:
PxV=RxT (21)
Em que:
P = Pressão Absoluta;
V = Volume;
R = Constante Universal dos Gases;
T = Temperatura.
35
P1 x V1 = P2 x V2 (22)
T1 T2
Considerando no ponto 1 que temos a pressão atmosférica (P1 = 1,0 bar), e
desconsiderando as variações de temperatura, teremos o Volume Normal:
VN = P2 x V2 (23)
Como a vazão volumétrica (formula 7), dividindo os dois termos pelo tempo,
temos:
QN = P2 x Q2 (24)
Em que:
QN = vazão normal (pressão atmosférica);
P2 = pressão absoluta;
Q2 = vazão a uma dada pressão.
Devido a baixa densidade as velocidades são mais altas que nos líquidos.
Q = v x π x d2 x ρ d = (4 x Q/ ρ x v x π)1/2 (25)
4
Em que:
d = diâmetro (m);
Q = Vazão mássica (kg/s);
(ρ) = Densidade (kg/m3);
v = Velocidade (m/s).
ΔP = f x ρ x L x v2 (27)
d 2
Em que:
ΔP = perda de carga ao longo do comprimento do tubo (m);
f = Fator de atrito de Darcy-Weisbach (adimensional);
L = Comprimento do tubo (m);
v = Velocidade do fluido no tubo (m/s);
d = Diâmetro do tubo (m);
g = Aceleração da gravidade (m/s2).
ΔP = 0,842 x L x Q2 (28)
d5 R
Em que:
ΔP = perda de carga ao longo do comprimento do tubo (kgf/cm 2);
d = diâmetro (cm);
L = comprimento do tubo (m);
R = relação de compressão = (Pabs/Patm abs) = (Pabsoluta);
Q = vazão (Nm3/min).
Em que:
d = diâmetro interno do tubo (mm);
v = velocidade (m/s);
Q = vazão (m3/h);
P = pressão manométrica de operação (kgf/cm2).
Em que:
Q = vazão do gás (Nm3/h);
D = diâmetro interno do tubo (mm);
L = comprimento do trecho de tubulação (m);
S = densidade relativa do gás em relação ao ar (adotar 1,8 GLP e 0,6 para
GN);
PA = pressão na entrada de cada trecho (kPa);
PB = pressão na saída de cada trecho (kPa).
t= P x D_______ + C (33)
2 x ((Sh x E) + (P x Y))
Em que:
t = espessura mínima;
P = pressão interna de projeto;
40
D = diâmetro externo;
Sh = tensão admissível do material na temperatura do projeto;
E = coeficiente de eficiência da solda, válido para o caso dos tubos com
costura; para os tubos sem costura, E = 1,0. São os seguintes os valores de E
conforme a norma ASME B 31:
Tubos com costura por solda de topo, totalmente radiografada: E = 1,0;
Tubos com costura por solda de topo, totalmente parcial: E = 0,9;
Idem, sem radiografia, solda pelos dois lados: E = 0,85;
Idem, idem, solda por um só lado: E = 0,80.
Y = coeficiente de redução de acordo com o material e temperatura do tubo.
Para tubos de aço carbono e de outros aços ferríticos, em temperaturas até
485oC, tem-se Y = 0,4; sendo que para os tubos de ferro fundido Y = 0;
C = soma das margens para corrosão, erosão e abertura de roscas e de
chanfros.
Observações:
a) As unidades da formula citada acima devem ser a mesma para as
grandezas relacionadas. Ou seja, normalmente se utiliza para a
espessura (t) e diâmetro (D) milímetros (mm); sendo que para pressão
(P) e tensão admissível (Sh) tem-se utilizado MPa;
41
4.6 Cálculo de componentes de tubulação
42
Considerando que somente existam cargas distribuídas a formula para o
cálculo do maior vão entre suportes é a seguinte:
Como exemplo, pode-se calcular o vão máximo entre suportes para uma
tubulação de água salgada com diâmetro externo de 40” (1.018 mm),
construída de chapas de aço ASTM A 285 Gr. C com espessura de 3/8” (9
mm). A tubulação tem um revestimento interno de concreto de 15 mm de
espessura. Como não existem esforços de dilatação e a pressão é muito baixa,
pode-se admitir uma tensão máxima devidos aos pesos de S v = 100 MPa
(aprox.. 1000 kgf/cm2).
Dados:
- Peso do tubo vazio: 2.365 N/m;
- Peso específico do concreto: 20 N/m3;
- Módulo de elasticidade do aço: E = 2 x 105 MPa;
- Momento de inércia da seção transversal: I = 362.000 cm 4;
- Módulo de resistência (momento resistente): Z = 7.110 cm3;
- Densidade da água salgada: d = 1,03 kg/l.
43
Peso da camada de concreto = 625 N/m
44
5 – Meio de Ligação de Tubulações
Para interligar tubos e estes aos diversos acessórios, utilizamos os seguintes
meios de ligação:
- Ligações rosqueadas;
- Ligações soldadas;
- Ligações flangeadas;
- Ligações de ponta e bolsa;
- Ligações especiais.
As ligações podem ser ligadas com luvas ou uniões conforme a Figura 5-1.
Utilizamos uniões quando desejamos desmontar com facilidade válvulas,
acessórios e a própria tubulação. Para a vedação das roscas utilizamos fitas ou
vedantes líquidos (chamadas de “fitas teflon”).
45
5.2 Ligações Soldadas
46
Uma ligação flangeada possui dois flanges, um jogo de parafusos ou estojos
com as respectivas porcas e uma junta de vedação.
A face de assentamento dos flanges pode variar, sendo que os mais utilizados
são os seguintes:
48
a) Face com Ressalto (RF) – É o tipo de face mais utilizada em flanges de
aço carbono. O ressalto é de 2,0 mm para as classes de pressão de
#150 e #300, sendo de 7,0 mm para as demais. A superfície do ressalto
pode ser ranhurada (concêntricas ou espiraladas/fonográficas) ou lisa. A
norma MSS-SP-6 define, por exemplo, que a ranhura tem profundidade
de 0,15 mm e passo de 0,5 a 1,0 mm.
b) Face Plana (FF) – É o faceamento usual para o ferro fundido, e outros
materiais frágeis, com o plástico. Podem ter ranhuras, sendo as mais
utilizadas as espiraladas.
c) Face para junta de Anel (RTJ) – Utilizado em serviços severos, como
por exemplo, acima de 550°C e na classe de pressão #900 e acima
desta. Consiste em um rasgo circular profundo onde se encaixa uma
junta em forma de anel metálico.
d) Face Macho e Fêmea – Utilizado em serviços especiais, onde a junta
fica confinada não tendo contato com o fluido. Possui lados diferentes
(macho e fêmea).
e) Face de Flange com Virola – Somente se aplica a flanges soltos, sendo
que a face de contato com a junta é na extremidade da virola.
50
Juntas Metálicas Maciças – Juntas metálicas com faces planas ou
ranhuradas.
52
b) Ligações de Compressão – As ligações de compressão são utilizadas em
tubos de pequenos diâmetros (50 – 60 mm) em sistemas de altas pressões
(óleo hidráulicos) até 2000 kgf/cm2. Consiste de uma luva cônica (anilhas) que
é apertada externamente no tubo por porcas de fixação.
53
Figura 5-13 – Ligações em tubos com revestimentos
54
6 – Conexões
São meios de ligação entre tubos quando se interliga a um ramal, podendo
haver mudança de direção ou diâmetro. Como exemplo de aplicação,
mostramos abaixo a Figura 6-1.
6.1 - Classificação
Podemos classificar as conexões para as seguintes aplicações:
6.2 – Tipos
As conexões podem ser para solda de topo, solda de encaixe, rosqueadas,
flangeadas, de ponta e bolsa, de compressão, etc.
Conexões com o chanfro adequado para solda de topo, de mesmo material das
tubulações e normalmente acima de 2”. Devem atender a norma ANSI.B.16.9.
Conexões para solda de encaixe, nos diâmetros até 1.1/2”, no mesmo material
das tubulações e atendendo a norma ANSI.B.16.11.
56
6.2.3 – Conexões Rosqueadas
Conexões que possuem roscas, e aplicadas para baixas pressões sendo que a
exceção é para as forjadas (altas pressões). Podem ser fabricadas de ferro
maleável (ASTM A-197), ferro fundido (ASTM A -126), latão, aço carbono
forjado (ASTM A-105 e A-181) e PVC.
São fabricadas em ferro fundido para baixa pressão e somente utilizadas onde
se necessita de fácil desmontagem, atendendo a norma ANSI.B.16.1 nas
classes de pressão 125# e 250#.
57
6.2.5 – Outros Tipos de Conexões
58
d) Derivações Soldadas – Para substituir os “Tês” podemos realizar as
interligações com conexões soldadas. O sistema mais utilizado para tubulações
acima de 2”, desde que o tubo tronco seja maior que o ramal, é a solda direta
de um tubo no outro (bocas de lobo).
Ou as chamadas selas.
59
Figura 6-12 – Derivação com selas
São colocadas entre dois flanges, e com o aperto dos parafusos temos o
bloqueio da linha.
60
7 – Válvulas
Válvulas são dispositivos destinados a controlar, alinhar e interromper o fluxo
em uma tubulação. São os acessórios mais importantes existentes nas
tubulações.
7.1 Classificação
Existe uma grande variedade de válvulas. Os tipos mais importantes são:
7.2 – Construção
As partes principais das válvulas são: corpo, castelo, mecanismo interno,
gaxetas e extremidades.
Os internos das válvulas (haste, plug, sede, buchas) são as partes mais
importantes. Devem resistir aos esforços mecânicos, corrosão e erosão nem se
deformar; e para isto, são fabricados em materiais mais nobres que o
corpo/castelo, normalmente em aço inox.
62
7.3 – Meios de Operação
7.4 – Tipos
Os principais tipos de válvulas são:
63
O dispositivo de fechamento é uma cunha (ou gaveta) que se desloca
perpendicularmente ao fluxo, realizando um fechamento gradual do mesmo,
evitando os “golpes de aríete” nos líquidos. Não possibilitam vedação
estanque.
Estas válvulas podem ser a prova de fogo, sendo que os internos devem ter
alto ponto de fusão (acima de 1.100°C). As gavetas podem ser paralelas ou
cunhas, sendo que as ultimas possuem melhor qualidade no fechamento. Não
devem ser aplicadas com líquidos com sedimentos ou sólidos em suspensão
que podem se depositar nos sulcos da gaveta, dificultando o seu fechamento.
Não devem ser instaladas em fluidos com velocidades muito altas ou com
vibrações. Para válvulas grandes, se recomenda a instalação de válvula de
by-pass para abertura da mesma com maior facilidade (acima de 8”).
64
Figura 7-4 – By-pass em válvulas de grande diâmetro
65
c) Válvulas de Passagem Plena – Muito empregada em oleodutos, pois
possibilita baixa perda de carga e a possibilidade de passagem de “pigs”
(dispositivos que passam pela tubulação para limpá-la).
Podem ter passagem reduzida ou passagem plena, podendo ter vários tipos de
vedação. Originalmente tinham uma limitação de temperatura devido a
vedação, que atualmente pode ser metálica suportando até 450°C. Existem
modelos a “Prova de Fogo” (Fire Save) conforme API607.
Podem ser fabricadas com a opção Trunnion, onde existe um mancal inferior
para a esfera e molas que auxiliam a vedação.
67
a) Válvulas Angulares – Possuem menor perda de carga, porém devido a
posição de 90° das suas conexões tem limitação de utilização, somente
devendo ser utilizadas em uma extremidade livre da linha (linhas quentes).
68
7.4.4 – Válvulas de Retenção
69
d) Válvula de Retenção de Esfera – Usada em fluidos muito viscosos.
70
Válvulas de Segurança são dispositivos que abrem de forma instantânea,
despressurizando tubulações de gases e vapores. São dimensionadas
conforme a norma API-RP-520, podendo ter castelo aberto ou fechado. A
alavanca é obrigatória quando instalada em caldeiras, de acordo com a norma
NR13 (Ministério do Trabalho e Emprego). Esta norma é sobre Caldeiras e
Vasos de Pressão.
71
7.4.6 – Válvulas de Controle
72
A capacidade de vazão destas válvulas é definida pelo Coeficiente de Vazão
(Cv). Por definição 1 Cv é 1 gpm que flui em uma diferença de pressão de 1
psi. O Kv é 1 m3 que flui em uma diferença de pressão de 1 bar.
Válvulas que evoluíram muito devido a terem custo baixo (em relação as
válvulas globo), principalmente para baixas pressões e grandes diâmetros.
Facilmente pode ter revestimentos diversos, sendo muito aplicada para fluidos
corrosivos e fluidos com sólidos em suspensão.
73
Figura 7-25 – Válvulas borboleta
São válvulas usadas para bloqueio e acionadas a uma bobina com passagem
de energia elétrica. Tem vasta aplicação em diversos fluidos, sendo seu maior
diâmetro de 3”.
75
Figura 7-29 – Válvulas solenoides
76
8 – Filtros, Purgadores e Separadores
Existe uma serie de acessórios específicos para tubulações, onde o objetivo é
filtrar e reter as impurezas (filtros), drenar a água condensada formada em
tubulações de vapor (purgadores) e separar fluidos e/ou impurezas
(separadores).
8.1 Filtros
Os filtros são utilizados para reter sujidades, impurezas metálicas (pedaços de
eletrodos, limalhas, resíduos de soldagem em geral), sólidos em suspensão,
contaminações de processos e corpos estranhos em líquidos, gases e vapor.
Os filtros podem ser tipo Y ou tipo cesto (ou duplo cesto), conforme mostramos
no croqui abaixo:
77
Figura 8-3 – Filtros tipo cesta e Y
78
Figura 8-4 – Filtro coalescente
8.2 Purgadores
Purgadores são dispositivos cuja função é a retirada de água de sistemas de
vapor, ar comprimido, gases em geral.
80
Figura 8-8 – Purgador de balde invertido
81
Figura 8-12 – Purgador bimetálico
8.2.3 Seleção
8.2.4 Dimensionamento
82
após o mesmo. Na Figura 8-13 apresenta-se exemplos de curvas de um
purgador com DN 15, 20 ou 25.
8.3 Separadores
Existem outras necessidades de separação, tais como:
- Separação de água e/ou óleo em tubulações de ar comprimido;
84
- Separação de poeiras e sólidos em suspensão em tubulações de ar;
- Separação de ar e/ou água em tubulações de gasolina e líquidos leves;
- Separação de ar em tubulações de vapor.
85
86
9 – Suportes e Apoios
Os suportes das tubulações devem suportar os pesos e esforços a que estas
estão submetidas. Existem inúmeras formas de disposição dos mesmos, sendo
que em muitos casos já existe uma padronização.
9.1 – Classificação
Somente para efeito de didática (a maior parte das vezes os suportes possuem
mais de uma função) podemos classificar os suportes em:
a) Sustentação de pesos:
- fixos;
- semimóveis;
- móveis.
87
Para reduzir o atrito em tubulações pesadas, pode-se utilizar o apoio de rolos
(letra c) ou a colocação de placas de deslizamento (grafita ou FTFE).
Tubos com isolamento devem ser instalados com “patins” soldados no tubo.
Para tubos com temperaturas abaixo de zero°C, os “patins” devem ser de
madeira (letra f) ou de material plástico (para evitar a formação de gelo). Para
tubos com o material diferente de aço carbono, deve ser evitada a solda na
parede dos mesmos. Utiliza-se patins e berços com abraçadeiras
aparafusadas (letra g).
9.4 – Tipos
Os tipos mais comuns são os seguintes:
9.4.1 – Fixos
88
São os suportes que evitam movimentos verticais (são os mais comuns).
Figuras 9-4, 9-5, 9-6 e 9-7 – Suporte pedestal / mão francesa / pendurado / tubos elevados
90
9.4.2 – Semimóveis
9.4.3 – Móveis
Para tubulações até 1.1/2” que correm isoladamente, muitas das vezes é mais
econômico a utilização de suportes prontos adquiridos no comercio. Podem ser
de ferro maleável, ferro fundido ou material plástico.
93
Figura 9-24 – Suportes especiais para tubos leves
94
Não devem ser colocadas ancoragens próximo a bocais.
Figura 9-26 e 9-27 – Ancoragens para tubos isolados e para tubos plásticos
Figuras 9-28 e 9-29 – Guias para tubos não isolados / posição das guias
Figuras 9-30, 9-31, 9-32 e 9-33 – Guias tubos isolados / verticais / transversal
95
Figura 9-34 - Batente
96
10 – Normas de tubulações
As normas de projeto de tubulações foram feitas com a finalidade de
padronizar e simplificar os projetos e os cálculos garantindo o mínimo de
segurança para a operação de tubulações pressurizadas.
97
A ABNT possui diversas normas (aproximadamente. 450 normas) para
tubulações, conexões, válvulas e acessórios para as mais diversas aplicações.
Alguns exemplos:
- NBR 5020: Tubos de cobre sem costura para uso geral – Requisitos;
- NBR 5580: Tubos de aço-carbono para usos comuns na condução de fluidos
– Especificação;
- NBR 5590: Tubos de aço-carbono com ou sem solda longitudinal, pretos ou
galvanizados — Especificação;
- NBR 5645: Tubo cerâmico para canalizações;
- NBR 5648: Sistemas prediais de água fria – Tubos e conexões de PVC 6,3,
PN 750 kPa, com junta soldável – Requisitos;
- NBR 7368: Tubos de poliéster armados com fios de vidro - Processo de
enrolamento com fios contínuos;
- NBR 7541: Tubo de cobre sem costura para refrigeração e ar-condicionado –
Requisitos;
- NBR 7662: Tubos de ferro fundido centrifugado para líquidos sob pressão,
com junta elástica;
- NBR 7675: Tubos e conexões de ferro dúctil e acessórios para sistemas de
adução e distribuição de água – Requisitos;
- NBR 7971: Tubos de PRFV - Avaliação da resistência química quando
submetidos à ovalização por compressão diametral - Método de ensaio;
- NBR 8274: Alumínio e suas ligas - Tubos trefilados para uso geral;
- NBR 8890: Tubo de concreto de seção circular para águas pluviais e esgotos
sanitários - Requisitos e métodos de ensaios;
- NBR 9822: Manuseio, armazenamento e assentamento de tubulações de poli
(cloreto de vinila) não plastificado (PVC-U) para transporte de água e de
tubulações de poli (cloreto de vinila) não plastificado orientado (PVC-O) para
transporte de água ou esgoto sob pressão positiva;
- NBR 10846: Tubo de poliéster reforçado com fibras de vidro, com junta
elástica, para condução de água sob pressão – Especificação;
- NBR 13206: Tubo de cobre leve, médio e pesado, sem costura, para
condução de fluidos – Requisitos;
- NBR 14209: Tubo cerâmico com junta elástica tipos "E", "K" e "O" -
Verificação da estanqueidade das juntas e da permeabilidade dos tubos;
- NBR 14462: Sistemas para distribuição de gás combustível para redes
enterradas - Tubos de polietileno PE 80 e PE 100 – Requisitos;
- NBR 15358: Redes de distribuição interna para gases combustíveis em
instalações industriais – Projeto e execução.
a) Fluido conduzido
Diversas propriedades do fluido conduzido devem ser consideradas, sendo que
as principais são as seguintes:
- Pressão;
- Temperatura;
- Caráter abrasivo ou erosivo do fluido;
- Conteúdo de partículas sólidas;
- Ataque corrosivo do fluido;
- Flamabilidade e/ou explosividade;
- Toxidez do fluido, etc.
c) Disponibilidade de materiais
Ao se optar por uma alternativa ao aço carbono, principalmente, deve-se ter
especial atenção com a disponibilidade e facilidade de obtenção dos mesmos.
d) Sistema de ligações
O material deve ser adequado ao sistema de ligações. O sistema de ligações
por sua vez dependerá de uma serie de fatores:
- Pessoal especializado;
- Necessidade ou não de desmontagem;
- Diâmetro da tubulação;
- Custo;
- Grau de segurança;
- Serviços necessários a montagem, etc.
e) Custo
Deve-se considerar não somente o custo direto, como também o tempo de
vida, paralizações e custos de manutenção.
f) Segurança
Para aplicações onde o risco da tubulação for alto, ou quando o serviço da
tubulação for muito importante, existe a necessidade de materiais que
99
ofereçam o máximo de segurança de forma a evitar rompimentos, vazamentos
ou outros acidentes.
Caso o risco de incêndio deva ser considerado não se pode empregar mais
com o ponto de fusão baixo, como por exemplo, plásticos, borrachas, alumínio,
chumbo, etc.
g) Experiência prévia
A decisão por um material obriga sempre que se investigue a experiência
prévia do mesmo para aquela aplicação.
i) Perda de carga
O material deve ser de baixo coeficiente de atrito para atender a aplicações
com limitações de perda de carga.
100
11 - Arranjo e detalhamento de tubulações
Devem ser considerados diversos fatores para a definição do arranjo e
detalhamento das tubulações. Alguns itens básicos:
a) Condições de serviço
Deve-se conhecer o escopo detalhado das tubulações, pois se pode ter
exigências especificas, tais como:
- Mínima perda de carga;
- Traçado retilíneo obrigatório;
- Declividade constante, etc.
b) Flexibilidade
As tubulações devem ter um traçado que absorva as tensões provocadas pela
dilatação térmica.
d) Acessibilidade
A tubulação deve ser acessível para uma inspeção. Sendo que as válvulas e
acessórios que exijam manutenção ou operação devem ter fácil acesso.
e) Construção e manutenção
Devem-se prever facilidades para a montagem e manutenção das tubulações.
A desmontagem normalmente não é considerada.
f) Segurança
Devem-se prevenir acidentes e procurar se reduzir ao máximo as suas
consequências caso possam ocorrer.
g) Economia
O melhor traçado é o mais barato, respeitando as exigências do projeto.
h) Aparência
A organização é sempre bem vista contribuindo para a facilidade de operação,
manutenção e de economia.
102
Permitem-se que para pequenos trechos (1 metro ou menos), as tubulações
estejam a 45o com as direções ortogonais, para desviar de obstáculos, fazer
derivações ortogonais ou fazer mudanças de elevação.
d) Flexibilidade
A flexibilidade de cada tubulação é obtida fazendo com que a mesma absorva
as dilatações térmicas. Esta flexibilidade é obtida com a mudança de direção
da tubulação no plano ou no espaço.
Como regra geral, não deve haver nenhum trecho de tubulação reta entre dois
pontos fixos. Considera-se pontos fixos as ancoragens das tubulações e a
extremidade da tubulação que se conecta a equipamentos (trocadores de calor,
vasos, caldeiras, tanques etc). Alguns exemplos podem ser verificados na
Figura 11-3.
103
Figura 11-4 – Tubulação longa com varias curvas de expansão
104
Tabela 11-1 – Espaçamento entre tubos paralelos
105
- Prever as tubulações que necessitam de curvas de expansão nas
extremidades do grupo paralelo, para deixar maior espaço para as mesmas,
conforme Figura 11-5.
- De cada lado do grupo devem ficar as tubulações que tenham ramais para o
mesmo lado. Na parte central as tubulações que possuam ramificações para os
dois lados.
Para casos especiais, o cálculo deve ser feito conforme item 4.7.
106
Figura 11-7 – Arranjo de tubos de pequeno e grande diâmetros
Sempre que possível deve-se ter as tubulações a 2,10 m acima do piso, para
que se deixe livre o tráfego de pessoas.
Na Figura 11-9 a elevação do fundo do vaso vertical foi definida para que a
tubulação de saída do mesmo possibilitasse o escoamento por gravidade do
fluido para a tubulação em cima do pórtico.
108
Figura 11-10 – Distancia mínima entre elevações para cruzamentos
b) Drenos e suspiros
Todos os “pontos baixos” devem possuir drenos e todo “ponto alto” deve
possuir respiros (vents). Como “ponto baixo” de denomina um trecho situado
em elevação inferior aos trechos adjacentes. Por reciprocidade “ponto alto” é
um trecho com elevação acima dos trechos adjacentes.
109
realização dos testes hidrostáticos e admitir o ar no esvaziamento da
tubulação.
Figuras 11-15 e 11-16 – Detalhe típico de dreno e respiro / Aplicando em gases liquefeitos
Por outro lado, ocupam maior espaço que uma conexão adquirida no mercado
e não devem ser realizados em tubos com costura.
e) Tipo de reduções
Recomenda-se a utilização de reduções excêntricas niveladas por baixo para
maior facilidade de montagem.
Para a sucção de bombas:
- Tubulações horizontais: Reduções excêntricas niveladas por cima para se
evitar a formação de “bolsas de ar”;
110
- Tubulações verticais descendentes: Reduções excêntricas niveladas por
baixo para evitar acumulo de fluido de difícil drenagem.
o
Figura 11-17 – Aplicação de curvas 45
Nas suções das bombas o ideal é montar as hastes na posição horizontal para
se evitar a formação de “bolsas de ar” no castelo da válvula.
Vapor Vapor
Condensado
Incorreto Correto
Para fluidos perigosos a descarga deve se fazer para uma tubulação que
conduzem o fluido para um destino seguro. As linhas de descarga devem ser
as menores possíveis, sem “pontos baixos”, com um mínimo de acidentes (se
possível reta) e em geral com maior diâmetro que o bocal de saída da válvula.
114
Figura 11-24 – Instalação de termômetro com poço
r) Tomadas de amostragem
As tomadas para amostragem de fluidos de processo, devem ficar a no máximo
1,0 metro acima do piso e nunca acima da vista do operador, principalmente
para fluidos perigosos.
t) Extremidades de tubulação
Caso se tenha previsto a ampliação da tubulação, se instala um tampão para
facilidade no prolongamento da linha.
115
u) Estações de serviço
Em todas as áreas de processamento deve-se ter tomadas com engate de
mangueira para água, ar comprimido e vapor.
116
Figura 11-26 – Tubulações subterrâneas ponta e bolsa
a) Tubulações de esgotos
As tubulações de esgoto devem ter sempre um caimento continuo.
Em instalações industriais os esgotos pluvial, industrial e sanitário devem ser
independentes e projetados para se evitar qualquer contaminação recíproca.
117
Caso exista a possibilidade de gases inflamáveis, explosivos ou tóxicos a caixa
de visita deve ter um septo, conforme a Figura 11-29.
Quando os esgotos são coletados no piso, utiliza-se caixa de coleta com tampa
gradeada, conforme a Figura 11-30.
118
12 – Noções de flexibilidade
O aumento ou diminuição de temperatura provoca uma variação do
comprimento de uma tubulação. Logicamente uma maior temperatura faz o
tubo dilatar e uma menor temperatura o faz contrair.
E=P/A (36)
δ/L
Em que:
E = módulo de elasticidade do material (MPa)
P = empuxo sobre os pontos de fixação (N)
A = área de material da seção transversal do tubo (mm2)
δ = dilatação livre do tubo (mm)
L = comprimento do tubo (mm)
E=S/e (37)
E também por consequência:
S=Exe (38)
P=AxS (39)
Por exemplo, um tubo de aço carbono de 10” de diâmetro série (sch) 40 sendo
aquecido de 0 a 100oC. Dados:
e = 1,083 mm/m = 0,001083 mm/mm
E = 2 x 105 MPa
A = 7,683 x 10-3 m2 = 7.683 mm2
121
Já as juntas de expansão do tipo Fole, consistem de um fole com uma série de
gomos feitos de uma chapa fina flexível, conforme a Figura 12-3. Não possuem
gaxetas e devido a isto podem ser aplicadas para diversos fluidos.
Para qualquer tubulação, a flexibilidade será tanto maior quanto o menor for o
momento de inércia da seção transversal do tubo (quanto menores forem a
espessura e o diâmetro do tubo).
124
Figura 12-8 – Menor liberdade de movimentos aumenta as tensões
d) Tubulações enterradas.
126
Figura 12-10 – Dilatação de ramais longos
Caso não se tome estes cuidados as linhas tronco podem deformar ou romper
os ramais.
128
12.9 Cálculos das tensões secundárias pela norma ASME B 31
- Todos os lados sejam retos e paralelos a uma das três direções ortogonais;
129
- Todos os lados façam ângulos retos entre si;
- A dilatação total que se dá em cada uma das três direções ortogonais, isto é,
a soma das dilatações dos lados paralelos a essa direção é integralmente
absorvida pela flexão dos lados paralelos às outras duas direções ortogonais e
vice e versa;
- Não são levadas em consideração as torções que se dão nos diversos lados
de uma configuração tridimensional.
130
12.10.1 Caso geral de qualquer configuração
Assim, para o lado Ln, paralelo a direção x, estará submetido a duas flechas,
uma δny na direção y e outra δnz na direção z. As suas formulas são as
seguintes:
Em que:
ΣLx3, ΣLy3, ΣLz3: Valores absolutos dos somatórios dos cubos dos
comprimentos de todos os lados paralelos a cada uma das direções, x, y e z
respectivamente;
Δx: Valor absoluto da soma algébrica das dilatações lineares dos lados
paralelos à direção x, combinando com a soma algébrica dos movimentos de
pontos extremos nesta mesma direção, caso existam.
131
(44)
44
(45)
(46)
(47)
(48)
(49)
Dados:
- Tubulação: 10” sch 40 com diâmetro externo de 273 mm
- Material: ASTM A 106 Gr. A
- Norma: ANSI/ASME B 31.3
- Temperatura de projeto: 370oC
- Dilatação unitária: 4,8 mm/m
- Módulo de elasticidade na temperatura ambiente (Ec): 2,0 x 105 MPa
- Tensões admissíveis – Sc = 110,3 MPa e Sh = 99,3 MPa
132
Sa = 1,0 x ((1,25 x 110,3) + (0,25 x 99,3) = 162,7 MPa.
d) Dilatações totais
e) Calculando as constantes K
- Lado L2
- S2y = Ky x L2 = 16,6 x 3,0 = 49,8 MPa
- S2x = Kx x L2 = 32,3 x 3,0 = 96,9 MPa
- Lado L3
- S3x = Kx x L3 = 32,3 x 6,0 = 193,8 MPa (Valor acima do admissível!)
- S3z = Kz x L3 = 5,0 x 6,0 = 30,0 MPa
- Lado L4
- S1y = Ky x L4 = 16,6 x 5,5 = 91,3 MPa
- S1z = Kz x L4 = 5,0 x 5,5 = 27,5 MPa
i) Dilatações totais
j) Calculando as constantes K
- Lado L1
- S1y = Ky x L1 = 16,6 x 4,5 = 74,7 MPa
134
- S1z = Kz x L1 = 3,4 x 4,5 = 15,3 MPa
- Lado L2
- S2x = Kx x L2 = 17,4 x 1,5 = 26,1 MPa
- S2z = Kz x L2 = 3,4 x 1,5 = 5,1 MPa
- Lado L3
- S3y = Ky x L3 = 16,6 x 3,0 = 49,8 MPa
- S3x = Kx x L3 = 17,4 x 3,0 = 52,2 MPa
- Lado L4
- S4x = Kx x L4 = 17,4 x 7,5 = 130,5 MPa (OK valor menor do
admissível!)
- S4z = Kz x L4 = 3,4 x 7,5 = 25,5 MPa
- Lado L5
- S5y = Ky x L5 = 16,6 x 5,5 = 91,3 MPa
- S5z = Kz x L5 = 3,4 x 5,5 = 18,7 MPa
O cálculo das reações nos apoios pelo método da viga em balanço guiada é
bastante grosseiro, apenas sendo uma indicação aproximada para boa parte
das configurações.
135
R1y = 2 x M1z (51)
L1
Considerando os dados do exemplo acima, tem-se:
Dados: I = 6.692,9 cm4 e Ec = 1,65 x 105 MPa
136
13 - Corrosão em tubulações
Conjunto de fenômenos de deterioração progressiva de materiais,
principalmente metálicos, em consequência de reações químicas e
eletroquímicas entre o material e o meio ambiente. Sendo que em tubulações o
maior agente causador da corrosão é o próprio fluido da mesma. Podemos ter
a corrosão externa provocada pelo solo (tubulações enterradas), pelo contato
de materiais diferentes ou pela ação de mais de uma destas causas.
Em muitos casos a corrosão nada mais é, do que a reversão natural dos metais
para a forma de compostos mais estáveis, que são justamente os minérios de
origem. No caso do aço, por exemplo, a corrosão produz a ferrugem, que se
compõe de óxidos e hidróxidos inteiramente análogos ao minério de ferro.
137
O anodo e o catodo são dois elementos metálicos (duas peças metálicas
diferentes ou partes de uma mesma peça), entre os quais exista uma diferença
de potencial. O eletrólito pode ser qualquer meio condutor (água, umidade,
soluções aquosas, atmosfera úmida ou poluída, solo úmido, etc). É necessário
que o eletrólito esteja em contato simultâneo com o anodo e o catodo. O
circuito metálico é uma cadeia metálica continua, ligando o catodo ao anodo,
de forma a possibilitar o retorno da corrente elétrica, e que na maioria dos
casos é a própria peça metálica.
138
- Diferença de estado de tensões (uma região mais tensionada que outra) na
peça metálica;
b) “Pilhas ativo-passivo”:
- Defeitos ou falhas em revestimentos protetores ou na camada passivadora;
139
Importante ressaltar que a corrosão sempre forma resíduos, mas nem sempre
os mesmos são capazes de formar uma película passivante protetora. No caso
do ferro e do aço carbono, a ferrugem (óxidos de ferro) é altamente porosa,
não evitando o processo de corrosão. Observa-se também que um material
pode ser passivável em um meio, podendo ser violentamente corroído em outro
meio.
- Uniforme
- Localizada
- macroscópica
- por pites
- galvânica
- seletiva
- em frestas
- corrosão-erosão
- bacteriana
- microscópica
- sob tensão
- intergranular
- incisiva
140
Figura 13-2 – Tipos de corrosão
141
13.3.2 Corrosão por Pites
Nos aços inoxidáveis a corrosão por pites é agravada nas seguintes situações:
142
- aumento da temperatura em meios corrosivos parados, ou velocidade muito
baixa;
- regiões de pouca oxigenação como, por exemplo, as regiões abaixo de
arruelas, porcas, e cabeças de parafusos. Nestes locais a camada passivadora
forma-se de maneira descontinua ou não se regenera.
A única forma de se garantir que as trincas não se iniciem, pois após o inicio
das mesmas o rompimento das peças é iminente. Daí o grande perigo deste
tipo de corrosão, sendo que em alguns casos a solução é evitar materiais
sujeitos a este tipo de corrosão em determinados meios.
Está associada a corrosão por pites, pois onde a passivação é deficiente ocorre
um pite, que por sua vez, passa a ser uma cavidade onde uma porção de
liquido fica retida. São exemplos de frestas:
- entre juntas e flanges;
- entre arruelas, porcas e parafusos;
- entre espelho e tubos de trocadores de calor;
- cavidades resultantes de irregularidades e mordeduras de soldas;
146
- entre duas peças soldadas por solda descontinua;
- cavidades abaixo de tinta ou revestimento protetor.
As cavidades mais propicias para este tipo de corrosão, devem ser largas para
permitir a entrada do fluido e suficientemente estreitas para mantê-lo parado.
Abertura maiores de 3,0 mm normalmente não apresentam risco.
Recursos para controle:
- seleção de materiais para casos muito graves;
- detalhes de projeto para os casos correntes.
147
13.3.8 Corrosão Incisiva
148
13.3.10 Corrosão Bacteriológica
149
b) Temperatura
Normalmente o aumento da temperatura acelera a corrosão, com o aumento
da atividade química. Porém, acima da temperatura do ponto de orvalho não
ocorrem as corrosões eletroquímicas. Devido a isto, são normais as corrosões
quando os equipamentos se encontram “parados”. As alternativas para
controlar este efeito é a retirada do fluido corrosivo, ou o preenchimento com
gás inerte.
c) Umidade
Um serio agravante para a ocorrência de corrosão, além de ser um fator
necessário para a corrosão eletroquímica, pode dar origem a ácidos diluídos
com gases poluentes.
d) Velocidade
Uma alta velocidade do fluido dentro das tubulações pode romper a camada
passivadora, provocando a corrosão erosão. Já as velocidade excessivamente
baixas, propiciam a formação de regiões estagnadas e com líquidos com
maiores concentrações, onde é possível a ocorrência de corrosão por frestas.
e) Pressão
Na maioria dos casos a pressão do fluido não tem qualquer influencia nos
processos corrosivos. Exceção para os serviços ou meio com hidrogênio.
f) Esforços cíclicos
Pode afetar se a frequência dos ciclos for elevada, e também quando houver
tendência da corrosão sob tensão. Devido ao processo de corrosão existir, as
tensões provocadas por pites, crostas, e efeitos da mesma, podem gerar
trincas de fadiga.
g) Tensões mecânicas
O nível de tensões pode ser agravado devido a possibilidade de corrosão sob
tensão. Além das tensões provocadas por cargas externas, deve-se considerar
tensões criadas a partir de soldagem, trabalhos de deformação a frio,
dilatações a frio, etc.
150
13.5 Meios de Controle da Corrosão
b) Revestimentos protetores
Os revestimentos nas tubulações têm sido muito utilizados, pois a tubulação
pode ser de aço carbono, com os mais diversos revestimentos (PTFE,
poliuretano, polietileno, epóxi, borracha, etc.) sendo que os mesmos devem ser
montados com muito cuidado para se evitar as falhas. Caso haja pontos
descobertos, a corrosão será violenta.
c) Proteção catódica
A proteção catódica consiste em se transformar as tubulações em catodos de
uma pilha eletroquímica. Aplicamos as mesmas com os seguintes recursos:
- Anodos de sacrifício: Colocação de blocos de materiais altamente anódicos
(Mg, Al e Zn) eliminando a corrosão galvânica;
- Corrente impressa: Fazer circular uma corrente continua entre a tubulação
enterrada, de forma que pela mesma ocorram apenas reações catódicas. Com
isto, a corrosão é impossível de ocorrer. Conseguimos com um retificador de
corrente, pelo controle de intensidade de corrente e, também, pelo uso de
anodos de grafite (ou outro material inerte).
a) Tratamentos térmicos
Deve-se prever o tratamento térmico de alivio de tensões nas situações
descritas no item 10.5 desta apostila. Após a soldagem ficam tensões residuais
que se não aliviadas podem provocar corrosão sob tensão.
b) Soldagem
Deve-se ter especial atenção as temperaturas previstas de pré-aquecimento e
alivio de tensões nas soldagens. Os materiais utilizados em função do
processo, tais como os eletrodos consumíveis são importantes, pois devem ser
específicos para o material da tubulação a ser soldada. Deve-se evitar as
soldagens de materiais dissimilares (diferentes), evitando a possibilidade da
corrosão galvânica.
151
c) Acabamento superficial
Quanto melhor o acabamento das tubulações, melhor será a resistência a
corrosão.
Importante considerar uma “margem para corrosão” sempre que a mesma não
puder ser evitada. Para tubulações os valores adotados são os seguintes:
- serviços de baixa corrosão – 1,2 mm;
- serviços de média corrosão – 2,0 mm;
- serviços de alta corrosão – 4,0 mm.
152
O processo anódico de dissolução do metal será claramente influenciado pela
percentagem da umidade e pela precipitação de produtos insolúveis no solo
(eletrólito).
a) PH – Acidez ou alcalinização
Pelas avaliações conhecidas o PH de um solo raramente é inferior a 5 ou está
acima de 8. Os solos com PH menor ou igual a 5 contribuem para uma severa
corrosão nas tubulações enterradas.
b) Aeração
A aeração do solo não afeta somente pela ação do oxigênio, como também
devido a uma diferença de aeração ao longo de uma tubulação enterrada, na
qual a área anódica seria a menos aerada.
c) Umidade
A menor corrosão ocorre quando na mistura solo – água a umidade é inferior a
20% ou superior a 80% (menor quantidade de oxigênio).
d) Sais solúveis
Os teores de cloreto, sulfato e sulfeto são os mais importantes para acelerar
processos corrosivos.
e) Condições microbiológicas
Os micróbios não atacam diretamente as tubulações enterradas, mas
propiciam a chamada corrosão bacteriológica. Micróbios como algas, fungos ou
bactérias criam uma região de concentração de oxigênio junto a tubulação.
f) Potencial REDOX
Esse parâmetro indica a “proporção” entre as substâncias oxidantes e
redutoras presentes no solo. Acima de 400 mV de potencial REDOX indica
uma forte aeração e um solo não corrosivo; ao contrário, com um potencial
REDOX inferior a 100 mV uma corrosividade severa.
g) Resistividade
Quanto maior a resistividade menor será a tendência de corrosividade do solo.
Por outro lado, quanto menor a resistência à passagem de corrente elétrica
(resistividade), maior será a corrosão neste solo. Índices de 0 a 500 Ω.cm
indicam solo severamente corrosivo. Na Figura 13-9 um exemplo desta
situação.
153
Figura 13-9 – Pilha causada pela variação da resistividade do solo
154
Figura 13-10 – Proteção catódica com anodo galvânico
155
b) Corrente impressa
A corrente impressa é caracterizada como sendo o fluxo de corrente continua
fornecida as tubulações para a proteção da mesma contra processos de
corrosão.
156
14 – Montagem e Testes em Tubulações
A montagem de tubulações deve ser acompanhada com o máximo de
planejamento.
157
e) Tubos com solda longitudinal – Soldas longitudinais defasadas a 180° para
tubos soldados a topo.
158
14.3 – Soldas
159
Figura 14-5 – Soldagem MAG / MIG
14.4.1 – Visual
161
Outro item importante a ressaltar é que o ensaio de Liquido Penetrante permite
verificar descontinuidades na superfície das tubulações e juntas soldadas.
162
Figura 14-10 – Partículas magnéticas com Yoke eletromagnético
14.4.4 – Radiografia
A inspeção com raios X ou raios Gama é muito utilizada em soldas nas
tubulações. Os documentos resultantes são permanentes (filmes radiográficos).
Porém, tem alto custo e o inconveniente da radiação ser maléfica ao ser
humano (limitação de contato com a mesma), necessitando se isolar a área, e
procedimentos específicos para a aplicação.
163
Figura 14-12 – Técnica de exposição parede simples – vista simples
14.4.5 – Ultrassom
Consiste na emissão de ondas ultrassônicas, que refletem identificando as
descontinuidades, conforme Figuras 14-13 e 14-14.
Figura 14-14 – Técnica geral para inspeção de soldas de topo com ultrassom
164
Importante ressaltar que a experiência do técnico tem importância fundamental
na avaliação do resultado.
165
Martensíticos
Aços Inoxidáveis 7 Todas todos 10
Ferríticos
Aços Inoxidáveis 8 Todas todos 10
Austeníticos
Aços liga Ni 9 Todas todos 95
14.6 – Montagem
Antes de se iniciar a montagem, deve-se verificar:
166
- Todos os equipamentos (caldeira, compressor, bombas, trocador de calor,
vasos, tanques, etc) devem estar montados, nivelados com os bocais (flanges
normalmente) na posição definitiva;
- A ovalização de peças que devam ser soldadas de topo de até 1,5 mm,
podem ser corrigidas a frio com macaco hidráulico;
- O aperto dos flanges deve ser por igual e na sequência mostrada na Figura
14-16:
- As válvulas que serão soldadas devem ter suas partes não metálicas
retiradas (anéis, vedações, etc) evitando deformações por excesso de
temperatura;
14.7 – Limpeza
Depois de terminada a montagem deve ser providenciada a limpeza da
tubulação. O objetivo é a remoção de depósitos de ferrugem, pontas de
eletrodos, salpicos de solda, poeiras, rebarbas, etc.
Para tubulações com ar comprimido, deve-se realizar limpeza posterior com ar,
para a retirada da água e umidade residual.
Para sistemas que necessitam de limpeza mais perfeita, a mesma pode ser
realizada por sistemas mecânicos ou químicos. Mecânicos com escovas ou os
chamados “pigs” (dispositivos mecânicos para inspeção de dutos),
normalmente a partir de 4”. Estes equipamentos podem ter recursos de
robotização chegando a mensurar ovalizações e imperfeições nas partes
internas das tubulações. Abaixo um croqui de um PIG magnético.
168
A limpeza química pode ser com soda caustica, detergentes ou ácidos
dependendo do material da tubulação, podendo ser removida por água, ar
comprimido ou vapor.
- A água utilizada deve ser doce, com reação neutra (PH de 5 a 9), sendo que
para tubos em aço inox, a mesma não deve conter mais de 30 ppm de
cloretos (evitar a corrosão por pites ou sob tensão);
169
- A pressão a ser alcançada deve ser definida pelo responsável técnico da
obra;
170
ANEXO 1 – Dimensão das tubulações
(schedule/serie)
Fonte: Vallourec.
171
ANEXO 2 – Tabela de Tubos NBR 5580
172
5922 SEM COSTURA Injetores de óleo diesel
6321 SEM COSTURA Condução de fluidos em altas temperaturas ASTM A 106
Industriais, perfis redondos, quadrados e
6591 COM COSTURA DIN 2394
retangulares
8476 SEM COSTURA De precisão (autopeças e diversos) - Trefilado DIN 2391
DIN Evaporadores, aquecedores, condução de
1626 COM COSTURA
gases, etc.
1629 SEM COSTURA Caldeiras, aparelhos, reservatórios, e outros
1630 SEM COSTURA Caldeiras, aparelhos, reservatórios, e outros
2391 SEM COSTURA De precisão (autopeças e diversos) - Trefilado NBR 8476
2393 COM COSTURA De precisão (autopeças e diversos) - Trefilado NBR 5599
2394 COM COSTURA Autopeças, moveis, eletrodomésticos e diversos NBR 6591
COM E SEM
2440 COSTURA Condução de fluidos NBR 5580 M
COM E SEM
2441 COSTURA Condução de fluidos NBR 5580 P
2448 SEM COSTURA Caldeiras, aparelhos e outros
Caldeiras, evaporadores, aquecedores,
2458 COM COSTURA
condução de gases, etc.
17175 SEM COSTURA Caldeiras - altas temperaturas
ASTM COM E SEM Condução de fluidos, com requisitos de
A53 COSTURA NBR 5590
qualidade
A106 SEM COSTURA Serviços de alta temperatura NBR 6321
A135 COM COSTURA Condução de fluidos
A161 SEM COSTURA Serviços em refinarias NBR 5581
A178 COM COSTURA Caldeiras NBR 5595
A179 SEM COSTURA Conservadores e trocadores de calor NBR 5583
A192 SEM COSTURA Caldeiras e superaquecedores de alta pressão NBR 5594
A199 SEM COSTURA Condensadores e trocadores de calor NBR 5584
A200 SEM COSTURA Serviços em refinarias NBR 5582
A209 SEM COSTURA Caldeiras e superaquecedores NBR 5593
A210 SEM COSTURA Caldeiras e superaquecedores NBR 5592
Caldeiras, superaquecedores e trocadores de
A213 SEM COSTURA
calor
A214 COM COSTURA Condensadores e trocadores de calor NBR 5585
A226 COM COSTURA Caldeiras e superaquecedores de alta pressão NBR 5596
COM E SEM
A252 COSTURA Estacas
COM E SEM
A333 COSTURA Serviços em baixa temperatura NBR 5602
COM E SEM
A334 COSTURA Serviços em baixa temperatura NBR 5605
A335 SEM COSTURA Serviços em alta temperatura NBR 5603
A405 SEM COSTURA Serviços em alta temperatura
COM E SEM Trabalho sob pressão, com maior resistência e
A423 COSTURA corrosão
COM E SEM
A500 COSTURA Estruturas metálicas
A501 SEM COSTURA Estruturas metálicas
173
A513 COM COSTURA Fins mecânicos
A519 SEM COSTURA Fins mecânicos
COM E SEM
A523 COSTURA Condução de cabos elétricos
A524 SEM COSTURA Temperaturas atmosféricas e abaixo
A556 SEM COSTURA Aquecedores de água de alimentação
A557 COM COSTURA Aquecedores de água de alimentação
COM E SEM
A589 COSTURA Poços artesianos
API COM E SEM Poços petrolíferos (revestimento/bombeamento =
5CT COSTURA "CASING/TUBING")
174
ANEXO 5 -TABELA DE VAPOR SATURADO
1 2 3 4 5 6 7
Pressão Pressão Temperatura Volume Calor Calor Calor
Relativa Absoluta Específico Sensível Total Latente
o
bar bar C m3/kg kcal/kg kcal/kg kcal/kg
0,01 6,7 131,7 6,7 600,1 593,0
0,015 12,7 89,64 12,8 602,8 590,0
0,02 17,2 68,27 17,2 604,8 587,4
0,025 20,8 55,28 20,8 606,4 585,6
0,03 23,8 46,53 23,8 607,7 583,9
0,04 28,6 35,46 28,6 609,8 581,1
0,05 32,5 28,73 32,5 611,5 578,9
0,06 35,8 24,19 35,8 612,9 577,1
,08 41,2 18,45 41,1 615,1 574,1
0,10 45,4 14,95 45,4 617,0 571,6
0,12 49,1 12,60 49,0 618,5 569,5
0,15 53,6 10,21 53,5 620,5 567,0
0,20 59,7 7,795 59,6 623,1 563,5
0,25 64,6 6,322 64,5 625,1 560,6
0,30 68,7 5,328 68,6 626,8 558,2
0,35 72,2 4,614 72,2 628,2 556,0
0,40 75,4 4,069 75,4 629,5 554,1
0,50 80,9 3,301 80,8 631,6 550,8
0,60 85,5 2,783 85,4 633,4 548,0
0,70 89,5 2,409 89,4 634,9 545,5
0,80 92,9 2,125 92,9 636,2 543,2
0,90 96,2 1,904 96,2 637,4 541,2
0 1,0 99,1 1,725 99,1 638,5 539,4
0,1 1,1 101,8 1,578 101,8 639,4 537,6
0,2 1,2 104,2 1,455 104,3 640,3 536,0
0,3 1,3 106,6 1,350 106,7 641,2 534,5
0,4 1,4 108,7 1,259 108,9 642,0 533,1
0,5 1,5 110,8 1,180 110,9 642,8 531,9
0,6 1,6 112,7 1,111 112,9 643,5 530,6
0,8 1,8 116,3 0,995 116,5 644,7 528,2
1,0 2,0 119,6 0,902 119,9 645,8 525,9
1,2 2,2 122,6 0,826 123,0 646,9 524,0
1,4 2,4 125,5 0,7616 125,8 648,0 522,1
1,6 2,6 128,1 0,7066 128,5 649,1 520,4
1,8 2,8 130,5 0,6592 131,0 650,2 518,7
2,0 3,0 132,9 0,6166 133,4 650,3 516,9
2,2 3,2 135,1 0,5817 135,7 651,0 515,8
2,4 3,4 137,2 0,5495 137,8 651,7 514,3
2,6 3,6 139,2 0,5208 139,9 652,4 512,8
2,8 3,8 141,1 0,4951 141,8 653,1 511,3
3,0 4,0 142,9 0,4706 143,6 653,4 509,8
3,5 4,5 147,2 0,4224 148,1 654,6 506,7
4,0 5,0 151,1 0,3816 152,1 655,8 503,7
4,5 5,5 154,7 0,3497 155,9 656,8 501,2
5,0 6,0 158,1 0,3213 159,3 657,8 498,5
5,5 6,5 161,2 0,2987 162,7 658,6 496,1
6,0 7,0 164,2 0,2778 165,6 659,4 493,8
6,5 7,5 167,0 0,2609 168,7 660,1 491,6
7,0 8,0 169,6 0,2448 171,3 660,8 489,5
7,5 8,5 172,1 0,2317 174,0 661,4 487,5
8,0 9,0 174,5 0,2189 176,4 662,0 485,6
8,5 9,5 176,8 0,2085 179,0 662,5 483,7
9 10 179,0 0,1981 181,2 663,0 481,8
10 11 183,2 0,1808 185,6 663,9 478,3
11 12 187,1 0,1664 189,7 664,7 475,0
12 13 190,7 0,1541 193,5 665,4 471,9
13 14 194,1 0,1435 197,1 666,0 468,9
14 15 197,4 0,1343 200,6 666,6 466,0
15 16 200,4 0,1262 203,9 667,1 463,2
16 17 203,4 0,1190 207,1 667,5 460,4
17 18 206,1 0,1126 210,1 667,9 457,8
18 19 208,8 0,1068 213,0 668,2 455,2
19 20 211,4 0,1016 215,8 668,5 452,7
21 22 216,2 0,0925 221,2 668,9 447,7
23 24 220,8 0,0849 226,1 669,1 443,2
25 26 225,0 0,0785 230,8 669,3 438,7
27 28 229,0 0,0729 235,2 669,6 434,4
29 30 232,8 0,06802 239,5 669,7 430,2
31 32 236,3 0,06375 243,6 669,7 426,1
33 34 239,8 0,05995 247,5 669,6 422,1
35 36 243,0 0,05658 251,2 669,5 418,3
37 38 246,2 0,05353 254,8 669,3 414,5
39 40 249,2 0,05078 258,2 669,0 410,8
41 42 252,1 0,04828 261,6 668,8 407,2
43 44 254,9 0,04601 264,9 668,4 403,5
45 46 257,6 0,04393 268,0 668,0 400,0
47 48 260,2 0,04201 271,2 667,7 396,5
49 50 262,7 0,04024 274,2 667,3 393,1
54 55 268,7 0,03636 281,4 666,2 384,8
59 60 274,3 0,03310 288,4 665,0 376,6
64 65 279,5 0,03033 294,8 663,6 368,8
69 70 284,5 0,02795 300,9 662,1 361,2
74 75 289,2 0,02587 307,0 660,5 353,5
79 80 293,6 0,02404 312,6 658,9 346,3
84 85 297,9 0,02241 318,2 657,0 338,8
89 90 301,9 0,02096 323,6 655,1 331,5
94 95 305,8 0,01964 328,8 653,2 324,4
99 100 309,5 0,01845 334,0 651,1 317,1
109 110 316,6 0,01637 344,0 646,7 302,7
119 120 323,2 0,01462 353,9 641,9 288,0
129 130 329,3 0,01312 363,0 636,6 273,6
139 140 335,1 0,01181 372,4 631,0 258,6
149 150 340,6 0,01065 381,7 624,9 243,2
159 160 345,7 0,00962 390,8 618,3 227,5
179 180 355,3 0,00781 410,2 602,5 192,3
199 200 364,1 0,00620 431,5 582,3 150,8
175
ANEXO 6 – TENSÕES ADMISSIVEIS (ASME 31.3 – 2004)
Appendix – A (Tubulações de Processo)
Tensões admissíveis MPa @ temperatura (°C)
Classe de Especificação
Material ASTM 37 93 148 204 260 315 343 371 398 427 454 482 510 538
Aço carbono A-53-B 138 138 138 138 130 119 117 114 90 74
Aço carbono Si
para altas A-106-B 138 138 138 138 130 119 117 114 90 74
temperaturas
A-335-P11 138 129 124 120 119 115 112 107 105 103 100 88 64 43
Aço liga
A-199-T11 138 129 124 120 119 115 112 107 105 103 100 88 64 43
11/4Cr - 1/2 Mo
A-213-T11 138 129 124 120 119 115 112 107 105 103 100 88 64 43
A-335-P22 138 127 124 123 123 123 123 123 123 122 100 88 74 54
Aço liga
A-199-T22 138 127 124 123 123 123 123 123 123 122 100 88 74 54
21/4Cr - 1 Mo
A-213-T22 138 127 124 123 123 123 123 123 123 122 100 88 74 54
Aço liga 5
A-199-T5 138 125 120 119 118 116 114 112 92 88 83 75 55 40
Cr - 1/2 Mo
176
Bibliografia
ANDREUCCI, R. Apostilas de END: Líquidos Penetrantes (2007), Partículas
Magnéticas (2007), Radiologia (2006) e Ultra Som (2006) encontradas no site:
www.abende.org.br
ASME B 31.3. Code for Pressure Piping. ASME. New York, 2004.
177