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1. Introdução.
Para se compreender a Sociologia, enquanto saber científico que surge no século XIX,
é preciso compreender as mudanças econômicas, políticas e sociais ocorridas principalmente
a partir do século XVI na Europa Ocidental. Nesse período surgem as correntes políticas de
pensamento (Racionalismo, Empirismo e o Iluminismo) que se torna a base da modernidade
européia.
A idéia de progresso concatenada ao liberalismo econômico e as influências da escola
escocesa, em relação às contribuições sobre a historiografia inglesa, fazem da Inglaterra a
grande potência que se constituiu ao longo dos séculos. A França, com suas aspirações a uma
reforma da sociedade feudal, ligada diretamente a diversos setores da aristocracia, será
superada (a Ilustração) pelos ideais ingleses. Contudo cabe aqui lembrar que o lugar onde
iniciaram-se os estudos dos problemas específicos de uma sociedade utilizando como
ferramentas a ciência da natureza e a ciência social foi na França e que a primazia das idéias
da Ilustração serão levadas para os outros países, inclusive a Inglaterra.
A Revolução Francesa (1789) mostrou que os iluministas deveriam romper com a
idéia de reformulação da antiga sociedade feudal, propondo mudanças mais radicais que
incluíssem a transformação da propriedade e das antigas formas de organização política.
Entretanto não caberá aqui um maior desenvolvimento das questões citadas acima.
Com o processo de mecanização da indústria, iniciado na Inglaterra, a partir da
segunda metade do século XVIII, os núcleos urbanos passam a crescer desordenadamente. A
mecanização atingiu a área rural, levando o campesinato a migrar para as cidades em busca de
emprego e melhores condições. Além de abrigar os pequenos comerciantes e a população
local, as principais cidades da Europa Ocidental passaram a receber “(...) uma população de
mendigos, de desocupados, saltimbancos, piratas de rios e de cais, traficantes e aventureiros
em busca de todo o tipo de oportunidade” (QUINTANERO, 2002. P.9). Atrelada a essas
transformações surgem aspectos relacionados à degradação do ser humano e dos espaços
habitados, tais como: miséria, violência, prostituição, alcoolismo, falta de higiene, falta de
água potável, esgotos que corriam a céu aberto, dentre outros.
Com a Revolução Industrial o processo manufatureiro de produção perde espaço, as
fabriquetas instaladas em algumas residências desaparecem, cedendo lugar para as grandes
indústrias. É nesse momento que surge uma nova classe, o proletariado, que se multiplica com
a criação de novas indústrias. A partir de então a classe trabalhadora passava a reivindicar
uma maior participação política, os salários eram baixos e as jornadas de trabalho variavam
entre 12 a 16 horas. “O salário dos aprendizes era em geral a metade do que se pagava aos
operários, o das mulheres a quarta parte, e o das crianças... já se pode imaginar”
(QUINTANERO, 2002. P.10).
As modificações, advindas desse novo modo de produção, também afetariam as
relações familiares, quebrando com a mentalidade feudal em relação aos enlaces matrimoniais
que geralmente estavam subjugados a interesses econômicos e políticos. Consolidaram-se,
nesse período, o “(...) o amor romântico, o casamento por escolha mútua, a estrutura nuclear
da família, o reconhecimento da infância e mesmo da adolescência enquanto fases peculiares
da vida” (QUINTANERO, 2002. P.11).
A relação do homem com o tempo foi profundamente alterada, as produções contínuas
das grandes indústrias, estabelecidas pelo tempo cronometrado através do relógio, passaram a
determinar o ritmo de vida das populações nas grandes cidades. A idéia de um progresso
contínuo da humanidade, que teria a felicidade para todos, tornou-se um conceito propagado
na Grã-Bretanha, resultado direto da obra A Riqueza das Nações, de Adam Smith, que
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Na EAD, o professor assume um novo papel: aparece como uma figura desvinculada
do modelo tradicional e que, na perspectiva construtivista envolve um novo perfil
potencializador, o que significa no processo da E.A.D. atuar como mediador, utilizando
todos os espaços como forma de objetivar a participação coletiva, a independência,
possibilitando a plena ação dos sujeitos no processo ensino-aprendizagem. Assim sendo, o
mediador, apoiado em diferentes ferramentas pedagógicas deve propiciar a interação do
aprendente com os diversos objetos de estudo/conhecimento, colocando-o como sujeito
participativo-ativo da sua própria aprendizagem.
São atribuições do mediador: ajudar o aluno a compreender o material didático;
familiarizar o aluno com o hábito da pesquisa bibliográfica; levar o aluno a adquirir uma
metodologia autônoma de estudo; atender às consultas dos alunos; estimular o
aprofundamento e a atualização dos conteúdos das disciplinas; encorajar e auxiliar os alunos
na busca de informações adicionais em bibliotecas virtuais e/ou do pólo; construir um vínculo
afetivo com os alunos de forma a incentivá-los a permanecerem no curso; estimular a reflexão
crítica ajudando o aluno a ampliar o seu entendimento; mediar as relações sociais entre os
participantes do curso, alunos e professores.
Para atender às funções estabelecidas para os mediadores, estes precisam ter
competências e habilidades que facilitem e enriqueçam o seu trabalho, tais como:
competências comportamentais (atitudes); competências técnicas (conhecimentos e
habilidades); organização e planejamento; pró-atividade; auto-motivação; empatia; equilíbrio
emocional; flexibilidade; assiduidade; comprometimento; liderança; criatividade;
conhecimento das rotinas de trabalho; conhecimento em informática básica/ambiente virtual
de ensino-aprendizagem; conhecimento pleno da disciplina ministrada; conhecimento sobre a
educação a distância e sobre o curso; comunicação (oral e escrita) e trabalho em equipe.
Segundo Oliveira, Dias e Ferreira (2004) estas competências/habilidades requeridas ao
mediador concentram-se em quatro dimensões abaixo descritas:
• Pedagógica: capacidade para interagir com os conteúdos e com o material didático
difundindo-os e dinamizando-os; utilização de estratégias de orientação,
acompanhamento e avaliação (somativa e formativa) da aprendizagem dos alunos;
• Tecnológica: disposição para a inovação educacional, em especial àquela que tem
suporte nas tecnologias da informação e comunicação; adequação das tecnologias e do
material didático do curso, às diferenças culturais; domínio das ferramentas
tecnológicas empregadas;
• Didática: capacidade de realizar intervenções didáticas com a frequência,
oportunidade e sequencialidades necessárias; utilização de estratégias didáticas
adequadas às diferenças culturais, para dinamizar discussões animadas e produtivas,
para a proposição de tarefas e o esclarecimento de dúvidas;
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No que se refere ao tema acima descrito, tomando como base as leituras propostas,
principalmente as experiências por nós vivenciadas no componente curricular Sociologia
Educacional I, no ambiente virtual de aprendizagem Moodle, percebemos que a primeira
semana é essencial para a interação e socialização. Mesmo sendo assíncrono e distante
espacialmente é neste primeiro momento que despertamos o interesse do aprendente no
sentido de fazer o acompanhamento de suas pesquisas nos colocando não apenas na
bipolaridade da relação educador e educando, mas nos aproximando humanamente e
apresentando disposição de partilha de interesses na pesquisa educativa que se inicia para o
ele. Em outras palavras, mostrar ao aprendente que somos pessoas com preferências,
qualidades e limitações, deixando que ele se sinta à vontade para interagir e não limitando o
processo ao aspecto mecânico de apenas lidar com um programa de computador.
Outra característica bem marcante que identificamos no nosso componente curricular, no
tocante às dificuldades e resistências, é que por fazer parte do Marco I, muitos apendentes têm
pouca intimidade com a máquina bem como dificuldade de acesso ao moodle, mesmo que não
possamos generalizar, pois outros possuem a máquina e acesso normal à mesma; tal
discrepância termina por dificultar o aproveitamento do nosso componente curricular. Neste
sentido, acreditamos que, uma maior comunicação aprendentes/Mediadores Presencias dos
pólos poderia amenizar esta problemática, e, mesmo que a mudança possa ser lenta, é
gratificante para o aprendente que além de dominar a máquina se apropriará de forma mais
eficaz dos conceitos e ideias dos fundamentos da Sociologia, construindo uma síntese da sua
importância para a educação.
Em relação às atividades avaliativas, ao mesmo tempo em que podem ser motivadoras,
podem constituir-se em ameaças e dificuldade para os aprendentes, ou despertarem medo,
pois muitos deles se queixam da novidade do componente curricular, o qual não fez parte da
formação no ensino médio, como justificativa ou temor de um baixo desempenho, pelo menos
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6. Síntese conclusiva.
7. Referências.
BORGES, Vavy Pacheco. O que é história? Coleção: Primeiros Passos. Editora Brasiliense,
1993.
COLLINS, Heloisa. Interação e permanência em cursos de línguas via internet. In: Collins, H
& Ferreira, A. (orgs.). Relatos e experiências de ensino e aprendizagem de línguas na
internet. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2004.