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Ingrid Martins

Ácido Úrico

2010.2

Trabalho de Conclusão de Estágio em Análises Clínicas:


Módulo de Bioquímica
INTRODUÇÃO

O ácido úrico é um composto orgânico de carbono, nitrogênio,


oxigênio e hidrogênio. Sua fórmula química é C5H4N4O3.
No sangue humano, a concentração de ácido úrico entre 3,6 e
8,3 mg/dl é considerada normal pela Associação Médica Americana,
podendo ser encontrado em níveis mais baixos nos vegetarianos.
Em alguns animais, como aves e répteis é o principal produto
de eliminação, e é expulso com as fezes. O alto teor de nitrogênio no
ácido úrico é a razão pelo é tão valioso como fertilizante na
agricultura. Seus sais ocorrem nas articulações da gota.
BIOQUÍMICA E FISIOLOGIA

Em humanos, o ácido úrico é o produto principal do catabolismo


de nucleosídeos purínicos, adenosina e guanosina. As purinas do
catabolismo do ácido nucléico da dieta são convertidos diretamente
em ácido úrico. O volume principal de purinas excretado como ácido
úrico surge da degradação dos ácidos nucléicos endógenos. A taxa de
síntese diária de ácido úrico é de aproximandamente 400mg. As
fontes da dieta contribuem para outras 300mg. Nos homens que
consomem uma dieta sem purina, a reserva corporal total de urato
intercambiável é estimada em 1.200 mg. Nas mulheres, é estimada
em 600mg. Por outro lado os pacientes com artrite gotosa e
deposição tecidual de urato podem ter reservas de urato de até
18.000mg até 30.000mg. A super produção de ácido úrico pode
resultar da sínteses elevada dos precursores da purina.
O transporte renal do ácido úrico é complexo e envolve quatro
etapas sequenciais: (1) filtração glomerular de todo o ácido úrico no
plasma capilar que adentra o glomérulo; (2) reabsorção no túbulo
contorcido proximal de aproximadamente 98% a 100% do ácido úrico
filtrado; (3) secreção subsequente do ácido úrico dentro do lúmen na
porção do túbulo proximal; e (4) reabsorção posterior no túbulo distal.
A excreção urinária líquida do ácido úrico é de 6% a 12% da
quantidade filtrada.
IMPORTÂNCIA CLÍNICA

Até hoje foram reconhecidas mais de 20 distúrbios herdados do


metabolismo da purina originando tanto a hiperuricemia quanto a
hipouricemia. A maioria deles é rara, e o diagnóstico demanda o
apoio de um laboratório especializado em purina. Os sintomas que
devem gerar suspeitas incluem (1) insuficiência renal ou cálculos
numa criança ou adulto jovem, (2) “pedrinhas” na fralda de um bebê,
(3) problemas neurológicos inexplicáveis em um bebê, criança ou
adolescente e (4) a presença de gota num homem ou mulher com
menos de 30 anos de idade.
HIPERURICEMIA

A hiperuricemia é definida mais comumente pelas


concentrações de ácido úrico plasmático acima de 7,0 mg/dL nos
homens ou acima de 60 mg/dL nas mulheres.As principais causas da
hiperuricemia estão no quadro abaixo:
A hiperuricemia assintomática é detectada frequentemente
através da triagem bioquímica. O acompanhamento de longo prazo
dos pacientes com hiperuricemia assintomática é empreendido
porque muitos deles correm o risco de apresentar de doença renal
que pode desenvolver como resultado dessas hiperuricemia e da
hiperuricuria; poucos desses pacientes chegam a desenvolver gota.
A dosagem do ácido úrico plasmática é usada
predominantemente na investigação da gota, ou como resultado de
uma hiperuricemia primária ou causada por outras condições ou
tratamentos que originam uma hiperuricemia secundária. Também é
utilizado no diagnóstico e monitoramento da hipertensão induzida
pela gravidez.
GOTA

A gota é uma doença reumatológica, inflamatória e metabólica,


que cursa com hiperuricemia (elevação dos níveis de ácido úrico no
sangue) e é resultante da deposição de cristais do ácido nos tecidos e
articulações. A articulação do dedão do pé é o sítio clássico da gota.
Podemos didaticamente classificar a gota como primária e
secundária. A forma primária é de causa desconhecida e tem algum
componente genético (hereditário), sendo a mais comum. Já a gota
secundária desenvolve em consequência de outra doença ou alguns
medicamentos. Entre as doenças que estão associadas a gota
citamos: doenças hemolíticas (anemia falciforme, talassemia, etc),
doenças mieloproliferativas (leucemia), psoríase, insuficiência renal,
obesidade, hipertensão arterial, hipotireoidismo, etc. Entre os
medicamentos mais comuns estão os diuréticos, aspirina em dose
baixa, warfarina, assim como tratamentos naturais como a utilização
do Óleo de Copaíba. A ingestão de bebida alcoólica é também uma
causa comum de hiperuricemia, podendo causar a gota. Embora se
dê muita importância a dieta rica em proteínas e gorduras como
causa da gota, já se sabe que a dieta é responsável por apenas 10-
12% do "pool" de ácido úrico corporal.
O diagnóstico de gota pode ser sugerido com base na história e
sintomas relatados pelo paciente, entretanto o diagnóstico de certeza
é dado pela visualização do cristal de ácido úrico por um microscópio
de luz polarizada no líquido oriundo de dentro da articulação (líquido
sinovial). Outra maneira de fazer o diagnóstico é confirmar a
presença de tofos. Estes são conglomerados de cristais de ácido úrico
depositados em alguns tecidos, principalmente na borda da orelha
(pavilhão auricular), ponta do nariz e na superfície das articulações,
principalmente dos cotovelos, dos joelhos, das mãos e dos pés.
A gota geralmente manifesta-se como uma artrite iniciada
durante a madrugada, caracterizada por uma inflamação articular
evidenciado com calor, rubor, edema (inchaço) e extrema dor. Mais
frequentemente acomete uma única articulação ("junta"),
principalmente primeira hálux ("dedão"), dorso do pé e tornozelo,
mas com a evolução da doença qualquer articulação pode ser
acometida. A chamada "crise" de gota geralmente tem duração de 5
a 7 dias com resolução espontânea, entrando num período intercrítico
(assintomático), até a próxima crise (período 3 meses a 2 anos). Nos
pacientes sem tratamento esse período intercrítico tende a se tornar
progressivamente menor e as crises mais duradouras; nesses casos
pode haver acometimento de mais de uma articulação.
Os exames laboratoriais geralmente mostram elevação dos
níveis de ácido úrico no sangue – hiperuricemia (> 7mg/dl para
homem / > 6mg/dl para mulheres). Somente a presença de
hiperuricemia não permite fazer o diagnóstico de gota.
É importante ressaltar que a gota não é uma doença grave, mas
está muito associada a outras doenças potencialmente graves como a
hipertensão arterial, a dislipidemia (elevação dos níveis de colesterol
e triglicérides), o diabete e a obesidade. Desse modo, é fundamental
aferir a pressão arterial e dosar os níveis de colesterol, triglicérides e
glicose no sangue.
HIPOURICEMIA

A hipouricemia é definida como uma condição na qual as


concentrações plasmáticas de urato são menores do que 2,0 mg/dL. É
muito rara. Pode ser secundária a qualquer uma das várias condições.
Alguns exemplos são a (1) doença hepatocelular grave com síntese
de purina ou atividade de xantina oxidase reduzida e (2) defeitos na
reabsorção tubular renal do ácido úrico. O tratamento exagerado da
hiperuricemia com alopuridol ou medicamentos uricosúricos e a
quimiterapia do câncer com o 6-mercaptopurina ou azatioprina
(inibidores da síntese de novo de purina) também podem causar
hipouricemia. Muito raramente, pode ocorrer hipouricemia resultante
de um defeito metabólico herdado.
METODOLOGIA ANALÍTICA

As técnicas comuns para a dosagem de ácido úrico nos líquidos


corporais incluem (1) o ácido fosfotúngstico (PTA), (2) a uricase, (3)
os métodos baseados em HPLC.

MÉTODOS DE ÁCIDO FOSFOTÚNGSTICO

Esses métodos baseiam-se no desenvolvimento de um


cromógeno de reação azul à medida que o PTA é reduzido pelo urato
num meio alcalino. A absorbância do cromógeno na mistura da
reação é medida em cumprimentos de onda de 650 a 700 nm. Os
métodos PTA estão sujeitos a muitas interferências, e os esforços
para modificá-los têm sido pouco eficazes na melhoria da sua
especificidade.

MÉTODOS DE URICASE

Os métodos de uricase são mais específicos que o de PTA. A


uricase é usada como etapa única ou inicial para oxidar o ácido úrico.
A uricase age no ácido úrico para produzir alontoína, peróxido de
hidrogênio e dióxido de carbono.

MÉTODOS DE HPLC

Os métodos de HPLC que usam colunas de troca iônica ou de fase


invertida têm sido usados para separar e quantificar o ácido úrico. O
efluente da coluna é monitorado a 293 nm para detectar o ácido úrico
em eluição. Os métodos de HPLC são específicos e mais rápidos; as
fases móveis são simples, e o tempo de retenção do ácido úrico é
menor do que 6 minutos. Graças a esses muitos atributos, a HPLC
tem sido utilizada para desenvolver métodos de referência para medir
o ácido úrico.

BIBLIOGRAFIA

• http://www.ebah.com.br/creatinina-ureia-e-acido-urico-pdf-
a39249.html
• http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/4787/acido-urico

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