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BLUMENAU
2018
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BLUMENAU
2018
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Dedico este trabalho àquele que sempre me traz bons sentimentos. Meu eterno amor e minha
gratidão para ele que me ensinou que a presença física nada importa quando existe um amor
incondicional. Meu avô, Arnaldo Werner.
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AGRADECIMENTOS
“Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é gostar do que você conseguiu.”
Dale Carnegie
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RESUMO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
A área (m²)
Cp capacidade calorífica (cal/gºC, kJ/kgK)
d diâmetro (mm, m, in)
e espessura (mm, in)
g aceleração da gravidade (m²/s)
H entalpia (kJ/kg), altura manométrica (m), altura (m), elevação (m)
k coeficiente de perda de carga
m massa (kg, ton)
ṁ vazão mássica (kg/h, kg/bat)
MM massa molecular (kg/kmol, g/mol)
n número de rotações (1/s, rpm), hidratação do gesso
Ne fator de potência
P pressão (atm, bar), potência (kW, kJ/s, W)
Q energia (kJ/h, kW, kJ/bat), vazão volumetria (m³/h)
R consumo de rochas fosfáticas ao início do processo (kg/kg)
Re adimensional Reynolds
t tempo (h, s)
T temperatura (°C, K)
u velocidade periférica (m/s)
U coeficiente global de troca térmica (kJ/m²hºC)
v velocidade (m/s)
V volume (gal, m³, L)
x perdas do processo (%), conversão
w fração mássica (kg/kg)
Wc água para cristalização do gesso (kg/h)
Wvap água de vaporização (kg/h)
WD água de diluição (kg/h)
W água total (kg/h)
𝛥H variação de entalpia (kJ/kg)
𝛥P perda de carga (Pa, kPa, m)
𝛥T variação de temperatura (°C, K)
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 15
1.1 OBJETIVO GERAL................................................................................................... 16
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................... 16
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 17
2.1 ÁCIDO FOSFÓRICO ................................................................................................ 17
2.2 APLICAÇÕES ........................................................................................................... 18
2.3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA ........................................................................................ 19
2.4 ROCHAS FOSFÁTICAS ........................................................................................... 20
2.5 ÁCIDO SULFÚRICO ................................................................................................ 22
2.6 SULFATO DE CÁLCIO ............................................................................................ 24
2.7 ÁCIDO FLUORÍDRICO ........................................................................................... 25
2.8 MÉTODOS DE OBTENÇÃO DE ÁCIDO FOSFÓRICO......................................... 25
2.8.1 Via úmida ................................................................................................................... 25
Processos dihidrato e hemihidrato ............................................................................ 26
2.8.2 Via seca ...................................................................................................................... 26
2.9 REAPROVEITAMENTO DOS SUBPRODUTOS DA PRODUÇÃO DE ÁCIDO
FOSFÓRICO ............................................................................................................................ 27
2.10 MERCADO ................................................................................................................ 28
2.10.1 Preços ......................................................................................................................... 30
3 PROJETO ................................................................................................................. 31
3.1 MOTIVAÇÃO PELO TEMA .................................................................................... 31
3.2 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO .......................................................................... 31
3.3 CAPACIDADE DO PROCESSO .............................................................................. 32
3.4 DIAGRAMA DE BLOCOS ....................................................................................... 32
3.5 FLUXOGRAMA DE PROCESSO ............................................................................ 32
3.6 DIAGRAMA DE TUBULAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO (T+I) ........................... 32
3.7 LAYOUT.................................................................................................................... 32
3.8 MEMORIAL DE CÁLCULO .................................................................................... 32
3.9 LISTA DE EQUIPAMENTOS .................................................................................. 33
3.10 LISTA DE INSTRUMENTOS .................................................................................. 33
3.11 LISTA DE UTILIDADES.......................................................................................... 33
4 PROCESSO .............................................................................................................. 34
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1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.2 APLICAÇÕES
Segundo o IBP (1977), as aplicações do ácido fosfórico dependem do grau de pureza
em relação ao P2 O5 e são consequência das suas propriedades e do valor nutritivo do fósforo.
Destaca-se a aplicação deste composto na produção de fertilizantes, como demonstra a Tabela 1.
Novamente segundo o instituto, os ácidos com grau de pureza mais elevado também
possuem demasiadas aplicações. Destacam-se os usos na defecção do açúcar, juntamente com
cal para eliminar os açúcares naturais e produtos coloridos solúveis; no controle do pH e da
rancificação de óleos e gorduras, da cor e estabilidade de geleias; como ligante para refratários
19
da América até o ano de 1929. Com os avanços na produção dos fornos elétricos,
principalmente após o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918, o processo de produção por
via seca foi difundido. Visando novamente a produção de ácidos mais concentrados, Dorr
construiu em 1932 uma planta por via úmida capaz atingir de 30% a 32% de pureza de P2 O5 .
Além de implementar melhorias no produto final, através deste modo de produção Dorr efetuou
melhorias em equipamentos como os reatores, filtros e bombas, assim como empregou
materiais mais resistentes para a construção desses equipamentos. Até então, todos os processos
descritos utilizavam a via úmida com o processo dihidrato, ou seja, formando sulfato de cálcio
dihidratado como subproduto.
Através da mudança de temperatura do meio reacional, Nordendren em 1930 patenteou
um processo que permitiu produzir sulfato de cálcio hemihidratado como subproduto. Porém,
este ácido não pôde ser comercializado devido à filtração ineficiente. Também existiram
estudos visando a produção de anidrita (CaSO4 ) como subproduto na Itália em 1940. Por fim,
o órgão afirma que a partir de 1966, passaram-se a produzir ácidos superfosfóricos que atingem
mais de 70% de pureza de P2 O5 . Isto através da concentração dos ácidos obtidos por via úmida
ou através da restrição de água nos processos por via seca.
seres vivos. Os depósitos ígneos são formados a partir de erupções vulcânicas que, ao diminuir
a temperatura, são cristalizados. Já os depósitos biogênicos são concentrações orgânicas
nitrogenadas, originadas pelos dejetos de aves.
A produção deste ácido pode ser realizada através de dois processos: a câmara de
chumbo e o processo de contato. A câmara de chumbo é um processo que permite a produção
de um ácido mais diluído, com no máximo 78% pureza em massa, portanto, não é um processo
muito utilizado. Já o processo de contato permite a produção de um ácido mais concentrado e
quimicamente puro, porém, é um processo de custo mais elevado (MELATTI, 2010).
Sousa e Araújo (2017) afirmam que 85% da produção de ácido sulfúrico no Brasil é
realizada a partir da câmara de chumbo e, ainda, 80% da produção nacional é controlada pelas
indústrias de fertilizantes. Além disso, 51% da produção brasileira é destinada exclusivamente
para a indústria de ácido fosfórico, como exemplifica a Figura 3.
24
2%
28%
51%
19%
Deste modo, segundo o mesmo autor, a gipsita obtida como subproduto no processo de
produção de ácido fosfórico por via úmida mantendo o reator a 75°C apresenta intensa
aplicação. Assim, além da obtenção de ácido fosfórico, o processo apresenta a produção de
sulfato de cálcio dihidratado, aplicado à construção civil e à ortopedia.
25
formando o ácido fosfórico. Na Tabela 5, têm-se os consumos típicos de matéria prima para o
processo via seca.
2.10 MERCADO
O Brasil, grande polo agrícola mundial, possui aproximadamente quatro milhões de
propriedades agrícolas. Os agricultores se distribuem de modo fragmentado e devido à má
qualidade dos solos, na sua grande parte degradados e desprovidos de nutrientes por causas
naturais ou humanas, necessitam utilizar fertilizantes como um investimento na produtividade.
Deste modo, recorrem-se aos corretivos agrícolas compostos por fósforo nas suas diferentes
concentrações para o melhoramento da produção (DNPM, 2014).
Ainda segundo o DNPM (2014), no Brasil, a Indústria Extrativa Mineral é representada
pelas empresas Fosfértil, Ultrafértil, Bunge, Copebras, Galvani, Itafós e Socal SA. Em 2008, a
produção nacional de rochas fosfáticas atingiu 6.727 mil toneladas, sendo o estado de Minas
Gerais o principal polo desta atividade, com 50,8% da produção nacional, seguido dos estados
de Goiás e São Paulo. É importante ressaltar que entre os anos de 1995 e 2008 a produção
nacional de rocha fosfática cresceu a uma taxa de 4%.
O órgão ainda afirma que, neste mesmo ano de 2008, a produção nacional de ácido
fosfórico alcançou a marca de 2.128 mil toneladas, o que corresponde a 1.083 milhões de
toneladas de P2 O5 , sendo os estados anteriormente destacados como principais produtores de
rochas fosfáticas, os principais produtores de ácido fosfórico também.
Como já destacado, as rochas fosfáticas encontradas no Brasil são de origem ígnea e,
29
portanto, possuem baixa concentração de P2 O5 . Deste modo, o país importa rochas fosfáticas
com altas concentrações visando a menor complexidade do processo de produção do ácido
fosfórico. Segundo o DNPM (2014), os países com os quais o Brasil mantém relações
comerciais referentes à produção de ácido fosfórico são Marrocos, Rússia, Argélia, Estados
Unidos, Israel, Togo, China e Tunísia. Entre os períodos de 1995 e 2007, a média anual de
importação desse insumo foi de 1.045 milhões de toneladas, com crescimento de 2,8% ao ano,
correspondendo a um investimento de 53,4 milhões de dólares/ano. Já em relação aos anos de
2006 e 2007, o crescimento anual das taxas de importação das rochas fosfáticas foi de 24,5%.
Ressalta-se que no ano de 2007 o país investiu 1.931 bilhões de dólares no segmento de
fertilizantes, frente a uma receita de 313 milhões de dólares, causando déficit econômico. A
Tabela 6 demonstra as importações e exportações de concentrados fosfáticos brasileiros.
Como demonstra a Tabela 6, o ano de 2008 teve uma queda tanto na importação quanto
na exportação. Isso se deve ao fato do crescimento da demanda dos países em desenvolvimento,
destacando-se China e Índia, onde a população passou a ter acesso a uma dieta mais rica em
carnes e laticínios excluindo da sua alimentação os produtos agrícolas, juntamente com a alta
do petróleo e os consequentes custos de transporte.
Segundo o DNPM (2014), a comercialização de fertilizantes no Brasil se distribui
30
baseada no consumo agrícola das principais regiões produtoras. Deste modo, a região Centro
Oeste consome 74% dos fertilizantes comercializados no país, seguido do Sul com 14% e o
restante é subdividido entre as regiões Nordeste e Norte.
2.10.1 Preços
Ainda segundo o DNPM (2014), os preços referentes a rochas fosfáticas e ácido
fosfórico no Brasil são praticados pela livre concorrência, baseado nas leis de mercado de oferta
e demanda. Em contrapartida, nos Estados Unidos da América e em Marrocos, grandes
produtores de ácido fosfórico, os preços são definidos por uma organização que publica
sistematicamente um preço de referência baseado nas concentrações de P2 O5 .
Novamente, segundo o órgão, observa-se uma taxa de 6,3% de aumento nos valores
praticados em relação à rocha fosfática entre os anos de 1995 e 2008 no Brasil, juntamente com
um preço médio de 69,7% maior do que aquele praticado nos Estados Unidos. Ressalta-se que
os custos de extração das rochas fosfáticas brasileiras são maiores, visto sua origem ígnea com
baixa concentração de P2 O5 , enquanto nos Estados Unidos a origem das rochas é sedimentar
com alta concentração de P2 O5 . A Tabela 7 apresenta a evolução dos valores praticados
referentes a concentrados fosfáticos e ácido fosfórico.
3 PROJETO
Layout X X
Entrega do
X
projeto
Apresentação do
X
projeto
32
3.7 LAYOUT
O layout é um documento que facilita a visualização dos equipamentos e da empresa
como um todo. Está disponível no Apêndice D.
4 PROCESSO
4.2.1 Reações
Dá-se início as reações com a adição de parte da solução ácida proveniente da corrente
de reciclo com posterior adição de ácido sulfúrico, rochas fosfáticas do tipo fluorapatita e o
restante da solução ácida. A reação principal envolve a reação entre fluorapatita, água e ácido
sulfúrico, formando sulfato de cálcio dihidratado (gesso), ácido fluorídrico na forma de gás e o
ácido fosfórico, o produto de interesse, e está demonstrada abaixo segundo Becker (1983).
rochas fosfáticas ocorre em minutos. Já a reação responsável por formar o sulfato de cálcio
dihidratado pode ser mensurada em horas, custando de 4 a 6 horas do tempo do processo.
Porém, segundo Ore, Ellis e Moore (1997), acredita-se que 3 horas sejam suficientes para essa
reação, visto que esta é dependente da temperatura do reator e das concentrações de P2 O5 , cálcio
e sulfato que são variáveis controladas do processo. Desta forma, a reação ocorrerá como um
processo batelada, com tempo de batelada calculado de 6 horas. Ressalta-se a presença de
impurezas presentes nas rochas fosfáticas, o que faz com que ocorram diversas reações no
processo. Becker (1983) e Gilmour (2014) apresentam algumas reações, que estão apresentadas
abaixo.
4.2.2 Purificação
A etapa de purificação consiste na filtração a vácuo seguida de centrifugação de modo
contínuo. Segundo Geankoplis (1993), a filtração consiste na separação física ou mecânica de
partículas sólidas retidas em uma fase líquida através de um meio poroso. Esse meio poroso
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retém as partículas sólidas na forma de torta e libera a passagem do filtrado. Gomide (1980)
define a centrifugação como separação física de partículas sólidas da fase líquida através da
força centrífuga. Visando a eficiência desse processo, será utilizada uma centrífuga filtrante
Pusher.
A velocidade e a eficiência da operação de filtração dependem da forma e do tamanho
dos cristais formados no reator (IBP, 1977). Se a concentração de sulfatos for menor do que o
limite inferior do processo, ocorre a formação de cristais muito finos em formato de discos,
dificultando a filtração. Por outro lado, se a concentração de sulfatos for muito elevada, ocorre
a formação de aglomerados cristalinos em forma de agulhas que permitem a filtração, porém,
não permitem a lavagem.
Optou-se pela filtração a vácuo devido à grande quantidade de partículas sólidas
presentes, e essas partículas, por sua vez, não serem grandes o suficiente, acarretando na
formação de uma pasta. Assim, o processo ocorre de forma mais rápida e eficiente.
Deste modo, o processo ocorrerá continuamente após a etapa de reação, iniciando com
a filtração da suspensão proveniente do reator com 40% de sólidos, com a finalidade de separar
a torta da solução filtrada e da água de lavagem. Hauge (1980) afirma que a torta necessita ser
lavada com água para remover resíduos de P2 O5 para posteriormente ser encaminhada para o
reator como uma corrente de reciclo de modo a controlar a concentração de H3 PO4 . Para que
não existam tempos de parada do filtro, ou seja, para que esta operação seja totalmente contínua,
a água de lavagem será captada juntamente com a solução filtrada. Neste contexto, para fins
acadêmicos, foram necessárias algumas considerações:
• Mesmo com o tamanho dos cristais controlados pela temperatura no reator e pelo
excesso de H2 SO4 , 5% destes acabam sendo arrastados pelo filtrado;
• Segundo Gilmour (2014), a umidade residual da torta pode variar entre 20% e 25%,
podendo chegar a 50% para filtrações complexas. Com isso, considerou-se uma
umidade residual de 20%;
• Perde-se 1% de P2 O5 na torta (BECKER, 1983);
• Considerou-se apenas uma lavagem da torta como suficiente para atingir a
concentração adequada de H3 PO4 ao final do processo.
Na corrente de filtrado ainda há sólidos e estes, por sua vez, formam incrustações nas
tubulações e equipamentos. Para minimizar as consequências, é necessária a utilização de um
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equipamento que promova a clarificação da solução. Becker (1983) afirma que os equipamentos
centrífugos possuem alta eficiência atrelada tanto ao processo como um todo como também em
relação à parte econômica. Assim, optou-se por utilizar uma centrífuga filtrante do tipo Pusher
onde todas as partículas sólidas são retidas, encaminhando somente a solução líquida para a
etapa de concentração.
4.2.3 Concentração
A etapa de concentração consiste na elevação do teor de H3 PO4 através do uso de um
evaporador triplo efeito a vácuo. É realizada por método indireto com vapor de água como
agente térmico. (IBP, 1977).
Como a operação deve ser realizada a temperaturas próximas de 80°C (LOUREIRO;
MONTE; NASCIMENTO, 2017), é necessário que sejam adicionados equipamentos que
propiciem o vácuo em cada efeito. Assim, para o primeiro e segundo efeito, serão utilizados
injetores de vapor e para o último efeito uma bomba de anel líquido.
Becker (1983) afirma que, comumente, são utilizados dois ou três evaporadores em série
nas indústrias produtoras de ácido fosfórico. Para que não haja uma sobrecarga no processo,
optou-se pela operação múltiplo efeito com três evaporadores em série. A utilização de três
evaporadores, segundo a Lei de Nobert Rillieux de 1948, permitirá que 1 kg de vapor evapore
3 kg de água da solução.
Desta forma, segundo Loureiro, Monte e Nascimento (2017), a corrente mássica
clarificada é encaminhada a um trocador de calor de grafite antes de ser encaminhada ao
primeiro efeito do evaporador. Assim, alcança-se o objetivo de evaporar água suficiente para
que a concentração final de ácido fosfórico esteja dentro dos limites comercializáveis.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Ana Paula Borges de; FERNANDES, André Luis Teixeira. O passivo ambiental
do fosfogesso gerado nas indústrias de fertilizantes fosfatados e as possibilidades de
aproveitamento. 2013. Disponível em:
<http://www.conhecer.org.br/enciclop/2013a/miltidisciplinar/o passivo ambiental.pdf>.
Acesso em: 18 mar. 2018.
BECKER, Pierre. Phosphates and Phosphoric Acid: Raw materials, technology and
economics of the wet process. Nova Iorque: Marcel Deker, 1983. 3 v.
DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral. Fosfato, p. 546 – 568. Elaborada por
Antônio Eleutério de Souza e David Siqueira Fonseca, 2014.
Douglas O. Hauge. Phosphoric acid production. EUA nº 4309395, 21 fev. 1980, 5 jan. 1982.
FUNDACENTRO. Sílica. Elaborada por Ana Maria Tibiriça Bon e Alcinéia M. dos Anjos
Santos, 2017.
GEANKOPLIS, Christie J.. Transport Process and Unit Operations. 3. ed. Nova Jersey:
Prentice Hall, 1993. 937 p.
GILMOUR, Rodney. Phosphoric acid: Purification, uses, technology ans economics. Boca
Raton: Crc Press, 2014. 334 p.
43
HIMMELBLAU, David M.; RIGGS, James B.. Engenharia química: Princípios e cálculos. 7.
ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2012. 845 p.
MCCABE, Warren L.; SMITH, Julian C.; HARRIOTT, Peter. Unit Operations of Chemical
Engeneering. 5. ed. Singapura: Mcgraw-hill, 1993. 1154 p.
OLIVEIRA, Cássio Soares de; VALE, Evelyse Lima. Quantificação do ácido fosfórico em
refrigerante à base de cola e discussão dos possíveis efeitos biológicos. Porto Alegre:
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, 2013. Disponível
em: <http://mostra.poa.ifrs.edu.br/2013/site/arquivos/trabalhos/trab_048.pdf>. Acesso em: 23
jan. 2018.
OLIVEIRA, Paulo César de. Vale recebe licença para tocar o projeto de rocha fosfática em
Minas. 2016. Disponível em: <http://blogdopco.com.br/vale-recebe-licenca-para-tocar-o-
projeto-de-rocha-fosfatica-em-minas/>. Acesso em: 28 dez. 2017.
SOUSA, Thais; ARAUJO, Marco. Perspectivas do mercado de ácido sulfúrico na visão da Vale
Fertilizantes. In: Congresso Brasileiro de Ácido Sulfúrico, 10., 2017. p. 1 - 23.
SPEIGHT, James G. Chemical and process design. Nova York: Mcgraw-hill, 2002. 2548 p.
45
APÊNDICE D - Layout
55
56
1 CAPACIDADE
Serão consideradas 24h por dia e 7 dias por semana, sendo que desse tempo, 10% será
destinado à manutenção de equipamentos, limpeza, reprocesso, etc.
h dias h
Horas disponíveis: 24 x 365 = 8760
dia ano ano
h h
Horas trabalhadas: 0,9 × 8760 = 7884
ano ano
Tempo de batelada: 6h
ton
Capacidade nominal: 40.500
ano
kg ano kg
Capacidade horária: 40.500.000 x = 5.136,9863
ano 7884 h h
kg h kg
Capacidade diária: 5.136,9863 x 24 = 123.287,6710
h dia dia
kg 6h kg
Capacidade por batelada: 5.136,9863 x = 30.821,9178
h bat bat
57
2 FATURAMENTO ESPERADO
ton R$ R$
Faturamento por ano: 40.500 x 1.731 = 70.105.500
ano ton ano
R$ 1 ano R$
Faturamento por mês: 77.895.000 x = 5.842.125
ano 12 meses mês
58
3 PROPRIEDADES
kJ kJ
H125 = Cp125 (T125 - Tref ) = 2,9219 (50 - 0)°C = 146,0950
kg °C kg
kJ kJ
H135 = Cp135 (T135 - Tref ) = 2,5842 (86,74 - 0)°C = 224,1535
kg °C kg
kJ kJ
H145 = Cp145 (T145 - Tref ) = 1,9863 (83,14 - 0)°C = 165,1410
kg °C kg
61
kJ kJ
H155 = Cp155 (T155 - Tref ) = 0,6523 (80 - 0)°C = 52,1840
kg °C kg
Para as entalpias dos vapores saturados, têm-se os valores obtidos em Smith, Van Ness
e Abbott (2007) de acordo com a temperatura de cada efeito, assumindo-se que a temperatura
de saída dos vapores saturadas é igual àquela dentro do evaporador:
kJ
H130 = 2.654,78
kg
kJ
H140 = 2.648,78
kg
kJ
H150 = 2.643,56
kg
kJ
λ130 = 2.291,17
kg
kJ
λ140 = 2.299,61
kg
kJ
λvapor = 2283,2
kg
kJ kJ
H135 ' = Cp135 (T135' - Tref ) = 2,5842 (86,65 - 0)°C = 223,9209
kg °C kg
kJ kJ
H145 ' = Cp145 (T145' - Tref ) = 1,9863 (83,31 - 0)°C = 165,4787
kg °C kg
kJ kJ
H155 ' = Cp155 (T155' - Tref ) = 0,6523 (79,91 - 0)°C = 52,1253
kg °C kg
Do mesmo modo, necessitam-se dos valores de entalpia dos vapores saturados segundo
Smith, Van Ness e Abbott (2007).
62
kJ
H130 ' = 2.653,99
kg
kJ
H140 ' = 2.648,98
kg
kJ
H150 ' = 2.643,59
kg
kJ
λ130 ' = 2.292,67
kg
kJ
λ140 ' = 2.300,53
kg
63
4 BALANÇO DE MASSA
O balanço de massa deste trabalho é baseado em Becker (1983) e tem início com a
designação da composição das rochas fosfáticas e das perdas consideradas ao longo do
processo.
Corrente 10
A partir destas considerações, pode-se calcular a quantidade necessária de rochas
fosfáticas que devem ser alimentadas nos reatores ao início do processo, ressaltando que uma
batelada possui 6 horas. Becker (1983) sugere a equação abaixo para determinar o consumo de
rochas fosfáticas.
100
R=
wP2 O5 × (100 - x)
64
Onde:
100 kgrocha
R= = 3,2741
0,3215× (100-5) kgP O produzido
2 5
Faz-se uma estimativa inicial de produção de ácido fosfórico a pelo menos 55,56% de
pureza em relação ao P2 O5 . Assim, multiplica-se o valor obtido acima pela capacidade nominal
em kg/bat e pela fração mássica de P2 O5 desejada. Para que a quantidade de rochas seja
suficiente para a formação do ácido fosfórico a pureza desejada, assume-se um excesso de 11%.
kgrocha
∴ ṁ 10 = 56.063,3562
bat
Balanço estequiométrico
O balanço estequiométrico será realizado em relação à produtividade total e
posteriormente serão obtidos os valores respectivos para cada reator em particular. Como
demonstrado na Tabela 13, 0,5% do P2 O5 não participam das reações. A partir disto, calcula-
se a quantidade de P2 O5 que é consumida nas reações.
kgP kgP
2 O5 2 O5
ṁ P2 O5 = 0,995 × 18.024,3690 = 17.934,2472
bat bat
kg
∴ ṁ rocha = 42.477,0233
bat
𝛿i MMi
ṁ i reação x = ṁ j × ×
reação x δj MMj
Onde:
ṁ i reação x = vazão molar do componente i na reação de interesse (kg/bat);
H2 O 6878,6201 41.271,7206
H2 SO4 2526,8404 15.161,0402
CaSO4 .2H2 O 12085,3144 72.511,8863
HF 280,9004 1.685,4023
H3 PO4 4127,1721 24.763,0324
H2 O 332,5531 55,4255
H2 O 24,9599 149,7597
kgrocha kg kmol
ṁ CaO rocha = 42.477,0233 × 9 × 56,08 CaO ×
bat kmol 1.008,62 kgrocha
kgCaO
rocha
∴ ṁ CaO rocha = 21.255,7784
bat
Assume-se também, para fins acadêmicos, que 0,5% de CaO proveniente das rochas
fosfáticas não reagirá.
kgCaO
ṁ CaO não reagido = 0,005 × 26.243,2570
bat
kgCaO
∴ ṁ CaO não reagido = 131,2163
bat
ṁ CaO 8 = ṁ CaOentra - ṁ CaO rocha - ṁ CaO não reagido - ṁ CaO RX 5 - ṁ CaO RX 6 - ṁ CaO RX 7
kgCaO
∴ ṁ CaO RX 8 = 3.048,4753
bat
Portanto, tem-se as massas sólidas formadas no reator, como demonstrado na Tabela 26,
ressaltando que uma batelada possui 6 horas.
72
Para obter os valores referentes a cada reator, divide-se o valor total obtido por três. Os
valores dos componentes líquidos serão determinados posteriormente, pois dependem das
quantidades dos compostos presentes da corrente de reciclo.
Corrente 20
A Corrente 20 é responsável por adicionar H2 SO4 aos reatores. É dividida em Corrente
20a, 20b e 20c devido à alimentação em cada reator em particular. Como há a utilização de
excesso de ácido, necessita-se determinar primeiramente a quantidade de P2 O5 líquida e por
fim, quantificar esta corrente.
Com as quantidades obtidas através da estequiometria, Becker (1983) sugere uma
equação para calcular P2 O5 formado como H3 PO4 , que leva em conta as perdas de massa não
reagida e massa retida na torta.
kgP kgrocha
2 O5
ṁ P2 O5 formado = 0,965 × 0,3215 × 56.063,3562
kgrocha bat
kgP
2 O5
∴ ṁ P2 O5 formado = 17.393,5161
bat
73
kgH
2 SO4
∴ ṁ H2 SO4 excesso = 985,6326
bat
kg
∴ ṁ 20 = 51.749,6746
bat
kg
∴ ṁ 20a = ṁ 20b = ṁ 20c = 17.249,8915
bat
74
Corrente 30
Esta corrente consiste na adição de água necessária à lavagem do filtro para ser
posteriormente encaminhada ao sistema reacional. Segundo Becker (1983), necessita-se de
água para cristalização do gesso (WC ), para vaporização de arrefecimento (WVAP ) e diluição
para ajuste de concentração de P2 O5 (WD ). As equações propostas pelo autor foram utilizadas
para quantificar a Corrente 30. Os cálculos referentes a esta corrente serão demonstrados em
kg/h devido à adição desta na parte contínua do processo.
kJ⁄kgH segundo Becker (1983). Também, são necessários os valores de R e S, aqui tratados
2O
kg100%H
2 SO4
∴ S = 2,6341
kgP
2 O5
75
∆HREAÇÃO × S
WVAP =
∆HVAP × R
kgH
2O
WVAP = 0,2730
kgrocha
ṁ H2 O3 + ṁ H2 O4 + ṁ H2 O6 + ṁ H2 O8 + ṁ H2 O9
kg
∴ Wformado = 1.320,0969
h
P2 O5 + 3 H2 O → 2 H3 PO4
76
Através da relação apresentada acima, tem-se que a quantidade de H3 PO4 existente nas
kgH PO
3 4
rochas é 4.147,9116 . Assim, divide-se esse valor por wH3 PO4 reator .
h
kg
∴ WD = 4.546,2640
h
kg
∴ WT = 9.622,1020
h
Becker (1983) também afirma que a quantidade de água a ser adicionada através do
filtro é a soma da quantidade de água total necessária ao sistema e da água contida na torta do
filtro, que será apresentada posteriormente.
Corrente 60
A Corrente 60 consiste na corrente de reciclo que deve ser encaminhada ao reator.
Becker (1983) propõe uma equação para o cálculo da quantidade de P2 O5 presente nessa
corrente.
77
ṁ sólidos 15.493,8881 kg
ṁ suspensão = = = 38.734,7203
ẇ sólidos 0,4 h
Becker (1983) sugere as equações abaixo para quantificar a Corrente 60, assim como
determinar a fração mássica de H3 PO4 .
kg
∴ ṁ 60 = 27.505,3667
h
Do mesmo modo, o autor sugere a equação abaixo para o cálculo da fração mássica de
ácido fosfórico na corrente de reciclo.
kgH
3 PO4
∴ wH3PO450 = 0,2059
kg
Para definir a quantidade dos componentes líquidos que estão presentes nos três
reatores, faz-se um balanço para o ácido fosfórico ainda presente no sistema para posterior
aplicação de regras de proporção simples a partir da fração mássica de H3 PO4 igual a 0,4142.
kgH
3 PO4
ṁ H3 PO4 = ṁ H3 PO4 RX 1 -ṁ H3PO4 RX 6 = 3.962,0852
h
kgH PO
3 4
3.962,0852 kg kg
h
ṁ reatores = kgH PO
= 9.565,6330 = 57.393,7978
3 4 h bat
0,4142 kg total
Com a fração mássica de H3 PO4 definida nos reatores juntamente com a vazão mássica
da suspensão, é possível obter as frações referentes aos demais componentes, como demonstra
a Tabela 28. Ressalta-se que para obter os dados referentes a cada reator, divide-se o valor de
interesse por três.
Com as frações dos componentes líquidos definidas, pode-se obter as frações dos
componentes da corrente de reciclo através de regras de proporção, já que os valores de
wH3PO4 líq , wH3 PO4 reciclo e wcomponentelíq são conhecidos. Após conhecer estes valores, esses são
multiplicados pelo valor total da corrente que também é conhecido para obter a vazão mássica.
Correntes 70 e 80
A Corrente 70 é responsável por encaminhar os produtos formados em cada reator,
juntamente com a corrente de reciclo, à etapa de purificação. Está dividida em Corrente 70a,
70b e 70c conforme o respectivo reator. Como já calculado, a quantidade de H3 PO4 será a
quantidade presente na suspensão, ou seja, mH3 PO4 suspensão. Para os componentes líquidos, será
80
Para obter a quantidade de cada reator, dividem-se os valores acima por três.
81
Corrente 90
A Corrente 90 consiste da torta referente a etapa de filtração que deverá ser encaminhada
para estocagem. Primeiramente, faz-se, então, um balanço de massa no filtro para quantificar
as Correntes 90 e 100. Para isso, optou-se a fazer o balanço para os componentes H3 PO4 e para
os sólidos. Como demonstrado na Tabela 13, perde-se 1% de P2 O5 na torta, o que
transformando para percentual de H3 PO4 equivale a 1,38%. Do mesmo modo, foi assumido
5% de arraste de sólidos com o filtrado. Neste contexto, multiplica-se o valor da fração mássica
de H3 PO4 por 95%, o que equivale a 39,34%, que será a quantidade deste componente restante
da Corrente 100. Assim, obtém-se um sistema linear que é demonstrado abaixo.
a quantidade de sólidos, multiplica-se a porcentagem de sólidos pela fração obtida dos mesmos
no reator.
9.626,8521 = 0,0138 ṁ 90 + 0,3935 ṁ filtrado + 5.664,7669
15.493,8881 = 0,7667 ṁ 90 + 0,05 ṁ filtrado
Tabela 33 – Corrente 90
Composto 𝒎̇ (kg/h) w %
CaSO4 .2H2 O 13.252,5400 0,6752 67,52
H2 O 4.207,3644 0,2158 21,58
Inertes 615,2136 0,0314 3,14
CaF2 351,8428 0,0179 1,79
SiO2 305,6344 0,0156 1,56
H3 PO4 270,5853 0,0138 1,38
CaSO4 261,8912 0,0134 1,34
CaHPO4 222,2354 0,0113 1,13
Al2 (SO4 ) 23,9835 0,0012 0,12
3
CaO 21,2063 0,0011 0,11
H2 SiF6 18,7688 0,0010 0,1
P2 O5 14,5649 0,0007 0,07
H2 SO4 11,2187 0,0006 0,06
Fe2 (SO4 ) 12,6226 0,0006 0,06
3
MgSO4 7,0487 0,0004 0,04
Total 19.596,7253 1 100
83
Corrente de filtrado
Esta corrente consiste na solução ácida filtrada que será encaminhada ao processo de
centrifugação. O método para determinar as frações mássicas e, posteriormente, as vazões
mássicas é o mesmo daquele apresentado para determinação da Corrente 90. Admitiu-se 5% de
sólidos arrastados na filtração, então, multiplicam-se os valores das frações mássicas dos
componentes líquidos e sólidos conforme Tabela 28 e Tabela 26 por 0,95 e 0,05,
respectivamente.
Tabela 34 - Corrente de filtrado
Composto 𝒎̇ (kg/h) w %
H2 O 4.233,5209 0,4513 45,13
H3 PO4 3.691,5566 0,3935 39,35
CaSO4 .2H2 O 413,1111 0,0440 4,40
Al2 (SO4 ) 327,2038 0,0349 3,49
3
H2 SiF6 256,0599 0,0273 2,73
Fe2 (SO4 ) 172,2085 0,0183 1,83
3
H2 SO4 153,0557 0,0164 1,64
MgSO4 96,1641 0,0102 1,02
CaF2 10,9851 0,0012 0,12
SiO2 9,5424 0,0010 0,10
CaSO4 8,1767 0,0009 0,09
CaHPO4 6,9386 0,0007 0,07
Inertes 1,9208 0,0002 0,02
P2 O5 0,4547 0 0
CaO 0,6621 0 0
Total 9.381,5766 1 100
Corrente 95
A Corrente 95 é composta pelo filtrado e pela água de lavagem da filtração. Assim, tem-
se que a Corrente 95 é a soma das respectivas vazões mássicas.
kg
ṁ 95 = ṁ filtrado + ṁ 60 = 36.886,9278
h
84
Tabela 35 – Corrente 95
Composto 𝒎̇ (kg/h) w %
H2 O 24.532,4012 0,6651 66,51
H3 PO4 9.356,3233 0,2536 25,36
CaSO4 .2H2 O 413,1111 0,0112 1,12
Al2 (SO4 ) 829,3044 0,0226 2,26
3
H2 SiF6 648,9890 0,0176 1,76
Fe2 (SO4 ) 436,4658 0,0118 1,18
3
H2 SO4 387,9227 0,0105 1,05
MgSO4 243,7298 0,0066 0,66
CaF2 10,9851 0,0003 0,03
SiO2 9,5424 0,0003 0,03
CaHPO4 6,9386 0,0002 0,02
CaSO4 8,1767 0,0002 0,02
Total 36.886,9278 1 100
Corrente 100
Após o processo de filtração, o filtrado é encaminhado para a centrífuga para eliminar
os sólidos não dissolvidos ainda presentes. Faz-se isso pois os sólidos presentes dificultam o
processo, causando incrustações. Então, considera-se que a centrífuga será capaz de eliminar
todos os componentes sólidos presentes juntamente com água. Como a umidade considerada
para o filtro foi de 20%, porém, esta pode atingir 50%, considerou-se 80% de umidade com os
sólidos pois é conhecido que a centrifugação é um processo menos eficiente que a filtração.
Assim, determina-se a quantidade de sólidos na Corrente 100.
ṁ sólidos 100 = ṁ CaSO4 .2H2 O filtrado + ṁ CaSO4 filtrado + ṁ CaHPO4 filtrado + ṁ CaF2 filtrado +
kg
ṁ sólidos 100 = 451,3369
h
Sabendo-se que a fração mássica de sólidos é de 20%, tem-se a quantidade de água que
é rejeitada junto com a torta da centrífuga.
85
Corrente 105
A Corrente 105 será a massa do filtrado, descontando o que foi retido na centrífuga.
kg
ṁ 105 = ṁ 95 - ṁ 100 = 34.629,7888
h
kg
ṁ H3 PO4 120 = 3.691,3014
h
Corrente 50
Para que as correntes 60a,b,c e 115a,b,c se igualem, é necessário adicionar água através
de um misturador estático.
kg
ṁ 50 a,b,c = ṁ 60 a,b,c - ṁ 115a,b,c = 2.179,2959
h
Corrente 130
A Corrente 130 consiste da água evaporada da solução ácida afim de concentrá-la no
primeiro efeito do evaporador. O cálculo para a determinação dessa corrente está apresentado
juntamente com o balanço de energia.
kg
ṁ 130 = 2.807,4256
h
Corrente 135
A Corrente 135 consiste na saída do primeiro efeito e consequente alimentação do
segundo efeito do evaporador. Determina-se diminuindo a água evaporada no primeiro efeito
da Corrente 120 proveniente da centrífuga. Deste modo, a solução ácida que alimenta o segundo
efeito está disposta na Tabela 41.
88
Corrente 140
A Corrente 140 consiste da água evaporada da solução ácida afim de concentrá-la no
segundo efeito do evaporador. O cálculo para a determinação dessa corrente está apresentado
juntamente com o balanço de energia.
kg
ṁ 140 = 2.843,6817
h
Corrente 145
A Corrente 145 consiste na alimentação do terceiro efeito do evaporador. Determina-
se diminuindo a água evaporada no segundo efeito da Corrente 135 proveniente do primeiro
efeito do evaporador. Deste modo, a solução ácida que alimenta o terceiro efeito está disposta
na Tabela 42.
Tabela 42 – Corrente 145
Composto 𝒎̇ (kg/h) w %
H3 PO4 3.691,3014 0,4608 46,08
H2 O 3.315,2786 0,4138 41,38
Al2 (SO4 ) 327,1812 0,0408 4,08
3
H2 SiF6 256,0422 0,0320 3,20
Fe2 (SO4 ) 172,1966 0,0215 2,15
3
H2 SO4 153,0451 0,0191 1,91
MgSO4 96,1575 0,0120 1,20
Total 8.011,2026 1 100
Corrente 150
A Corrente 150 consiste da água evaporada da solução ácida afim de concentrá-la no
89
terceiro efeito do evaporador. O cálculo para a determinação dessa corrente está apresentado
no Apêndice G juntamente com o balanço de energia.
kg
ṁ 150 = 2.874,2163
h
Corrente 155
A Corrente 155 se refere à solução ácida que deve ser encaminhada ao envase. Com as
massas evaporadas definidas, pode-se obter a vazão da Corrente 155.
kg
ṁ 155 = ṁ 145 - ṁ 150 = 5.136,9863
h
Corrente 200a,b,c
A Corrente 200 é responsável por encaminhar o HF produzido que não foi consumido
nas reações 7 e 9 para a esfera de armazenamento juntamente com a água de vaporização de
arrefecimento (WVAP ). Assim, faz-se um balanço de massa para o HF para determinar a
quantidade ainda restante no processo.
kg
∴ ṁ HF200 = 227,0845
bat
kg
∴ ṁ 200 = 15.530,6556
bat
90
A Tabela 44 traz valores referentes a toda saída de vapor dos reatores. Para obtenção de
dados para cada reator, dividem-se os valores por três. Ressalta-se a igualdade mássica entre as
Correntes 200, 205 e 210 pois ocorrem apenas mudanças termodinâmicas devido ao
resfriamento da solução.
Corrente 220
A Corrente 220 se refere à saída de vapor de HF da coluna de destilação, que será
condensado para comercialização. As propriedades dessa corrente foram obtidas através do
simulador Unisim Design.
Figura 5 – Corrente 220
91
Corrente 230
A Corrente 230 se refere à saída de água líquida da coluna de destilação. Essa água será
resfriada a 26°C em um trocador de calor para ser reutilizada no processo como fluido
refrigerante do W500. As propriedades dessa corrente foram obtidas através do simulador
Unisim Design.
92
O tanque B100 é responsável por armazenar a solução de ácido sulfúrico que alimentará
os três reatores, R100a, R100b e R100c. Para dimensioná-lo, serão utilizados os dados
disponíveis nas Tabela 27 e Tabela 11.
n
kg
ρ̅ B100 = ∑ wi 20 ρi = 1.781,1342
m³
i=1
kg
17.249,8915 × 3 4 bat
bat
VB100 = kg
= 116,22 m³
1.781,1342 dia
m³
VB100 = 139,46 m³
Portanto, será utilizado um tanque de modelo vertical fundo plano com tampa elíptica
da marca FIBERGLASS com volume de 150 m³, como disponível no Anexo A.
95
O silo B200 é responsável por armazenar as rochas fosfáticas moídas que alimentarão
os três reatores, R100a, R100b e R100c. Para dimensioná-lo, serão utilizados os dados
disponíveis na Tabela 11. Sabe-se que são necessários 56.063,36 kg/bat para alimentação dos
reatores e os silos serão alimentados 2 vezes ao dia através de transportadores pneumáticos.
Não foram encontrados dados referentes à massa específica aparente das rochas
fosfáticas, porém, sabe-se que para a maioria dos sólidos este valor se encontra na faixa de 500
kg/m³. Assim:
kg
56.063,36 2 bat
bat
VB200 = kg
= 224,2534 m³
500 dia
m³
VB200 = 257,8914 m³
Portanto, serão utilizados 3 silos elevados da marca Kepler Weber, Modelo 21 anel 8,
com diâmetro nominal de 6,37 m e altura de 13,34 m, como demonstrado no Anexo B.
96
kg
ṁ B400 11.842,0306 h m³
QB400 = = kg
= 11,8938
ρH O 995,647 h
2 m³
m³ 24 h
VB400 = 11,8938 = 285,45 m³
h dia
VB400 = 371,09 m³
kg
ṁ 10 18.687,7853 m3
bat
Q10 = = kg
= 37,38
ρAP 500 m3 bat
10
Como determinado na Tabela 46, o tempo de dosagem das rochas será de 0,6 h.
37,36 m³ m³
Q10 = = 62,29
0,6 h h
Como demonstra o Anexo G, serão utilizadas três válvulas rotativas com capacidade
para 80 m³/h construída em aço carbono da empresa AVAC GR.
500 C
ℓ= √
kvρ
Gomide (1980) traz que a velocidade da correia para minérios deve ser 105 m/min.
500 × 9,3439
ℓ=√ = 7,7024 in = 19,56 cm
1,5 × 105 × 0,5
98
R100a/R100b/R100c – REATORES
Os reatores R100a, R100b e R100c são os locais onde ocorrem as reações para formação
do ácido fosfórico juntamente com as reações secundárias. Para o projeto, considerar-se-á a
condição de maior volume ocupado pelas correntes de entrada. Portanto, tem-se as vazões
mássicas calculadas no Apêndice E-4:
Vocupado = 73,2395 m³
Como demonstrado no Anexo C, serão utilizados três reatores de 20 mil galões com as
dimensões D = 3,81 m e H = 6,096 m.
Na área externa dos reatores serão utilizadas jaquetas de modo a manter a reação a 75ºC
durante todo o tempo de batelada. A área das jaquetas será considerada como 85% da área
externa total.
Aj = 0,85 π D H = 62,0192 m²
100
kJ
|∆HRX | 22.812,3740 kg kg
h
ṁ vapor = = kJ
= 10,7241 = 64,3448
jaqueta λvapor 2.127,2 h bat
130 °C kg
SISTEMAS DE AGITAÇÃO
Para garantir a dissolução dos sólidos solúveis e dos líquidos miscíveis, será utilizado
um sistema de agitação para cada reator: R100a, R100b e R100c. Através do catálogo dos
reatores, Anexo C, obtém-se informações como:
• Impelidor duplo de pás inclinadas com diâmetro de 1,7 m;
• Potência de 5,592 kW para agitação;
• Rotação de até 1750 rpm.
103
h1 6,096 m
= = 1,6
d1 3,81 m
3 P 3 2.796,375 W kg m²
n=√ 2 = √ kg
= 0,0283 s-1
Ne × ρ × d2 5
1,5 ×1.481,662 m³ ×1,7146 m 5 W s³
V100a,b,c – EXAUSTOR
Para que os vapores de ácido fluorídrico e de água formados durante as reações sejam
encaminhados à purificação, necessita-se de um exaustor. Esse é dimensionado a partir da vazão
volumétrica da Corrente 200, sendo essa dependente da massa específica do vapor. A partir de
dados obtidos no UniSim Design, a massa específica do vapor nas condições da Corrente 200
é igual a 0,2445 kg/m³. Tem-se, assim:
kg
ṁ 200 2.588,4426 h
Q200 = = kg
ρvapor 0,2445 m³
m³
Q200 = 10.586,6773
h
VB300 = 295,23 m³
Tratando-se de um volume demasiadamente alto, tem-se que este tanque pulmão será
fabricado sob medida.
Após a etapa de reação, tem-se a purificação da solução de ácido fosfórico obtida que
inicia com a filtração em um filtro de tambor rotativo. Para o dimensionamento, não foram
encontrados dados referentes à resistividade da torta e do meio filtrante. Porém, sabe-se que
este é um equipamento fundamental no processo clássico de produção de ácido fosfórico e,
portanto, necessita-se de uma estimativa de área de filtração.
Ore, Ellis e Moore (1997) através da patente de número 4.196.172 apresentam o filtro
de tambor rotativo a vácuo para purificação da solução de ácido fosfórico . Para o tempo de
rotação do filtro, utilizaram-se 2,8 min/rot e através de experimentos foi determinado que a
espessura ótima da torta, ou seja, aquela que apresenta a maior taxa de filtração, é de 1,25 in
(0,0317 m).
Assim, tem-se que a espessura da torta corresponde a razão entre o volume da torta e a
área de filtração, como demonstrado abaixo, onde I representa a fração imersa do filtro.
Vtorta
etorta =
I × Afiltração
kg
ṁ 90 19.596,7253 h min 1h m³
Vtorta = × trotação = kg
× 2,8 × = 0,452
ρ̅ torta 2.023,4120 m³ rot 60 min rot
m³
Vtorta 0,452 rot
Afiltração = = = 71,29 m²
I × etorta 0,2 ×0,0317 m
Portanto, será utilizado o filtro de tambor rotativo a vácuo VLC com área de filtração
de 91 m², construído em aço carbono com comprimento de 8,96 m, altura de 4,27 m e diâmetro
de 5,18 m como demonstrado no Anexo J.
O transportador de correia H200 fará o transporte da torta do filtro F100 até a área de
deposição do mesmo. A torta é encaminhada do filtro através de uma rosca até esse
transportador que será inclinado e a encaminhará para empilhamento. Para o dimensionamento,
tomaram-se como base as equações da Correlação de Liddel para transportadores horizontais
disponibilizado por Gomide (1980), onde para transportadores inclinados é utilizada uma
capacidade como função do ângulo do transportador. Como o ângulo de repouso do gesso é de
40° (GOMIDE, 1980), será utilizado um transportador com 30° de inclinação com a horizontal,
que fornece uma constante ∝ de 0,68.
107
𝐶
500
ℓ= √ ∝
kvρ
ℓ = largura da correia (in)
C = capacidade (ton/h)
∝ = constante referente à inclinação do transportador = 0,68
k = constante empírica entre 1,43 e 1,65
v = velocidade da correia (m/min)
𝜌 = massa específica aparente do material (ton/m³)
Gomide (1980) não informa a velocidade adequada para materiais como gesso. Deste
modo, aproximou-se àquele que possui uma massa específica aparente mais próxima, com o
valor de 90m/min. O autor traz a massa específica aparente do gesso como 0,9 ton/m³.
19,5967
500 × 0,68
ℓ=√ = 10,89 in = 27,66 cm
1,5 × 90 × 0,9
3,28 × C × H
Pad =
1000
Onde:
C = capacidade (ton/h)
H = elevação (m)
Este equipamento tem a finalidade de separar os sólidos presentes na solução para que
não ocorram incrustações na operação de evaporação subsequente. Assim, deve ser
dimensionado através da corrente volumétrica de entrada.
Calculando a massa específica média da corrente:
110
n
kg
ρ̅ 95 = ∑ wi 95 ρi = 1154,5663
m³
i=1
Deste modo, será utilizada a centrífuga filtrante Pusher Andritz como demonstra o
Anexo K.
Para que a solução de ácido fosfórico proveniente do filtro possa ter continuidade no
processo, ou seja, para que essa solução seja dividida retornar parte ao reator e parte ao
evaporador, necessita-se de um tanque pulmão. Para dimensiona-lo, necessita-se a quantidade
volumétrica da corrente que entra nesse tanque e consequentemente da massa específica.
n
kg
ρ̅ 110 = ∑ wi 110 ρi = 1.139,0280
m³
i=1
kg
ṁ 110 34.629,7888 h m³
Q110 = = kg
= 30,4029
ρ̅ 110 1.139,0280 h
m³
m³ 6 h
VB500 = 30,4029 1 bat = 182,4174 m³
h 1 bat
111
VB500 = 237,14 m³
Visando determinada diluição da Corrente 115 para que haja uma igualdade entre esta
e a Corrente 60, é necessária uma adição de água. Assim, para o dimensionamento do
misturador estático responsável por essa operação, necessita-se da vazão volumétrica da
Corrente 50, e consequentemente da massa específica média.
n
kg
ρ̅50 = ∑ wi 50 ρi = 1.085,0067
m³
i=1
kg
ṁ 50 27.505,3668 h m³
Q50 = = kg
= 25,3503
ρ̅ 50 1.085,0067 m³ h
̅̅̅̅ ∆T10 + ṁ 20 Cp
ṁ 10 Cp ̅̅̅̅ ∆T20 + ṁ 60 Cp ̅̅̅̅ ∆T70 = ∆HRX 75 °C
̅̅̅̅ ∆T60 - ṁ 70 Cp
10 20 60 70
Não haverá contribuição referente a Corrente 70 pois esta não apresenta gradiente de
temperatura, haja vista que fora considerado uma temperatura constante de 75°C nos reatores.
Para a determinação dos calores específicos das correntes, Cp, utiliza-se a relação abaixo
juntamente com os valores de fração mássica obtidos no balanço de massa e dos valores de Cp
de cada componente disponíveis no Apêndice E-4.
𝑛
kJ
̅̅̅̅ = ∑ wi Cp = 0,3928
Cp 10 10 i kg °C
𝑖=1
𝑛
kJ
̅̅̅̅
Cp20 = ∑ wi 20 Cpi = 0,2477
kg °C
𝑖=1
𝑛
kJ
̅̅̅̅
Cp60 = ∑ wi 60 Cpi = 3,15
kg °C
𝑖=1
113
kg kJ kJ
Q10 = 3.114,6310 0,3928 (30-75)°C = -55.054,2176
h kg °C h
kg kJ kJ
Q20 = 2.874,9819 0,2477 (30-75)°C = -32.045,9857
h kg °C h
kg kJ kJ
-55.054,2176 - 32.045,9857 + 9.168,4556 3,15 (T60 -75)°C = 22.812,394
h kg °C h
T60 = 78,81 °C
𝑛
kJ
̅̅̅̅ = ∑ wi Cp = 2,1488
Cp 55 55 i kg °C
𝑖=1
Segundo Smith, Van Ness e Abbott (2007), o Cp do vapor a 130 °C equivale a 4,244
kJ/kg °C. Tem-se, assim:
kg kJ h
̅̅̅̅ ∆T = 9.168,4556
Q55 = ṁ 55 Cp 2,1488 (78,81 - 30)°C = 267,1151 kW
55 h kg °C 3600 s
Q55 Q55
AW100a,b,c = =
U∆Tml
(Tvapor - T55 e ) - (Tvapor - T55 s )
s e
U[ Tvapor - T55 e
]
ln( s )
Tvapor - T55 s
e
267,1151 kW
AW100a,b,c =
kW (50 - 30) - (130 - 78,81)
1,5 [ 50 - 30 ] °C
m²K ln( )
130 - 78,81
114
AW100a,b,c = 5,37 m²
O trocador de calor W100a,b,c será fabricado sob medida nas especificações calculadas.
Sabendo-se que o calor fornecido pelo vapor deve ser o mesmo daquele requerido pela
corrente 55:
Q55 = Qvapor
W100a,b,c
kgvapor
∴ ṁ vapor = 2.832,2760
W100a,b,c h
Segundo Smith, Van Ness e Abbott (2007), o Cp do vapor a 130 °C equivale a 4,244
kJ/kg °C. Tem-se, assim:
kg kJ h
Q125 = ṁ 120 ̅̅̅̅
Cp125 ∆T = 13.662,3099 2,8947 (50 - 30)°C = 219,7116 kW
h kg °C 3600 s
Q125 Q125
AW200 = =
U∆Tml
(Tvapor - T125 e ) - (Tvapor - T125 s )
s e
U[ Tvapor - T125 e
]
ln( s )
Tvapor - T125 s
e
219,7116 kW
AW200 =
kW (130 - 30) - (130 - 50)
0,85 [ 130 - 30 ] °C
m²K ln( )
130 - 50
AW200 = 2,88 m²
O trocador de calor W200 será fabricado sob medida nas especificações calculadas.
Indica-se a empresa Apema como disponível no Anexo I, porém, construído de grafite.
Q125 = Qvapor
W200
Como há a troca de fase de vapor para líquido, para calcular o consumo de vapor se
kJ
utiliza λvapor a 130 °C como 2.239 kg (SMITH, VAN NESS e ABBOTT, 2007).
kgvapor
∴ ṁ vapor = 353,3
W200 h
116
Para o 1° efeito:
ṁ 125 = ṁ 130 + ṁ 135
ṁ vapor λvapor + ṁ 125 H125 = ṁ 130 H130 + ṁ 135 H135
Para o 2° efeito:
ṁ 135 = ṁ 140 + ṁ 145
ṁ 130 λ130 + ṁ 135 H135 = ṁ 140 H140 + ṁ 145 H145
Para o 3° efeito:
ṁ 145 = ṁ 150 + ṁ 155
ṁ 140 λ140 + ṁ 145 H145 = ṁ 150 H150 + ṁ 155 H155
117
Para a determinação dos valores das entalpias de cada corrente, necessita-se calcular a
temperatura de cada efeito. Para o aquecimento do primeiro efeito, utilizar-se-á vapor saturado
a 90 °C. Segundo Perry et al. (2008), para evaporadores verticais de tubo longo, o coeficiente
global de troca térmica (U) é estimado entre 1.100 e 4.500 W/m²K. Assim, assumiu-se que
U1 = 4,5, U2 = 4,4 e U3 = 4,3 kW/m²K. Sabe-se, também, que a evaporação deve ser procedida
a pelo menos 80°C, o que faz com que a temperatura do último efeito seja estimada a esse valor.
Como a temperatura da corrente de alimentação do primeiro efeito é mais fria que a temperatura
do vapor, necessita-se corrigir as diferenças de temperatura. Assim:
Σ∆T 1⁄U
n
∆Tn =
1⁄ + 1⁄ + 1⁄
U1 U2 U3
kg kJ
ṁ 130 λ130 2.577,2958 h × 2.291,17 kg
A2 = = kW 3600 s
= 111,95 m²
U2 ∆T2 4,4 m2 K × 3,33 °C × 1h
kg kJ
ṁ 140 λ140 2.640,9543 h × 2.299,61 kg
A3 = = kW 3600 s
= 115,05 m²
U3 ∆T3 4,3 × 3,41 °C ×
m2 K 1h
Como a hipótese inicial para este método era de áreas iguais para os três efeitos e, como
demonstrado acima, a hipótese não foi satisfeita, faz-se mais uma iteração. Assim:
119
An
∆T'n = ∆Tn ×
AM
Onde:
n = número do efeito do evaporador
AM = área média dos três efeitos = 115,21 m²
Portanto:
118,62 m²
∆T'1 = 3,26 °C × = 3,35 °C
115,21 m²
111,95 m²
∆T'2 = 3,33 °C × = 3,34 °C
115,21 m²
115,05 m²
∆T'3 = 3,41 °C × = 3,40 °C
115,21 m²
Tem-se, assim:
kg kJ
' 2.982,3012 × 2.283,2 kg
' ṁ vapor λvapor h
A1 = = = 125,47 m²
U1 ∆T1 ' kW 3600 s
4,5 m2 K × 3,35 °C × 1h
kg kJ
' ' 2.807,4256 × 2.292,67 kg
' ṁ 130 λ130 h
A2 = = = 121,66 m²
U2 ∆T2 ' kW 3600 s
4,4 m2 K × 3,34 °C × 1h
kg kJ
' ṁ 140 ' λ140 ' 2.843,6817 h × 2.300,53 kg
A3 = = = 124,30 m²
U3 ∆T3 ' kW 3600 s
4,3 m2 K × 3,40 °C × 1h
Com um erro percentual de 3,13% entre a maior e a menor área, considerar-se-á uma
área média de 123,81 m² para cada efeito do evaporador. Deste modo, serão fabricados sob
medida, indicando-se o catálogo disponível no Anexo F.
121
kg kJ h
Qvapor = ṁ 150 λvapor = 2.874,2163 2.308,8 = 1.843,3307 kW
h kg 3600 s
Qvapor Qvapor
AW400 = =
U∆Tml
(T150 s - Tdowntherm e ) - (T150 e - Tdowntherm s )
U[ T150 s - Tdowntherm e
]
ln( )
T150 e - Tdowntherm s
1.843,3307 kW
AW400 =
kW (79,91 - 40) - (30 - (-15)
5 [ 79,91 - 40 ] °C
m²K ln( )
30-(-15)
122
AW400 = 8,69 m²
O trocador de calor W400 será fabricado sob medida nas condições especificadas.
kgdowntherm
∴ ṁ downtherm W400 = 74.089,27
h
Determinação de ∆P100
Primeiramente, deve-se assumir uma velocidade econômica para determinar o diâmetro
teórico da tubulação. Para a bomba P120 assim como todas as demais exceto a P100, será
assumido o valor de 2 m/s. Para a P100, o valor assumido será de 1,2 m/s pois esta é a velocidade
econômica para o transporte de ácido sulfúrico.
4×Q
dteórico = √
v×π
m³ 1h
4 × 35,52 h 3600 s
dteórico = √ m = 0,0031 m = 0,1236 in
2 ×π
s
Com o diâmetro teórico determinado, utiliza-se a Tabela 10.18 (PERRY et al., 2008) para
aproximar o valor obtido a um valor real. A partir do novo valor de diâmetro, calcula-se a
velocidade real do escoamento.
Assim, tem-se dreal = 0,307 in = 0,0078 m.
4×Q
vreal =
π × d²real
124
m³ 1h
4 × 35,52 m
h 3600 s
vreal = = 206,6027
π × 0,0078² m² s
m³ 1h
4 × 35,52 m
h 3600 s
vreal = = 0,7644
π × 0,1282² m² s
n
kg
ρ̅80 = ∑ ρi wi = 1.480,6181
m³
i=1
n
kg kg kg
μ̅ 80 = ∑ μi wi = 0,001 × 0,4725 + 0,03 × 0,1830 = 0,0060
m.s m.s m.s
i=1
ρ̅ × vreal × dreal
Re =
μ̅
kg m
1.481,57 × 0,7644 × 0,1282 m
m³ s
Re = kg
= 24.334,8
0,0060 m.s
125
1 ε 7 0,9
= -2 log [ +( ) ]
√fD 3,7 dreal Re
fD = 2,5567 ×10-2
m² kg
2,5567 ×10-2 × 0,76442 × 1.480,6181 × 100 m
s² m³
∆P100 = = 8,6292 kPa
2 × 0,1282 m
Definido ∆P100, parte-se para a análise do resultado. Para um valor de ∆P100 até 11,31
kPa para a sucção e 45,24 kPa para o recalque, o diâmetro definido é adequado. Caso o valor
obtido não seja adequado, deve-se determinar um novo valor para o diâmetro e recalcular.
Como apresentado para a bomba P120, o valor de 8,6292 kPa está dentro do permitido para a
sucção. Do mesmo modo como apresentado acima, projetaram-se as demais bombas utilizadas
no processo. Assim, os valores estão dispostos na Tabela 50.
126
m²
2,557 × 10-2 × 0,7644² × 10 m
s²
∆Pdist = m = 0,0593 m
2 × 9,81 × 0,1282 m
s²
m²
0,7644²
s²
∆Ploc = (3 × 8,5 + 2 × 0,39) × ( m) = 0,7817 m
2 × 9,81 s²
∆v² ∆P
+ ∆z + + ∑F=H
2g ρg
128
5 m + (0,0593 + 0,7817) m = H
H120 = 5,8411 m
ρ̅ × Q × H
P=
367000 × η
kg m³
1.481,57 × 35,50 × 5,8411 m
m³ h
P120 = = 1,3950 kW
367000 × 0,6
Tomando-se uma margem de segurança de 25%, tem-se a potência real das bombas:
P120 = 1,7438 kW
Para a purificação do ácido fluorídrico diluído em água na fase vapor, a operação foi
baseada no princípio utilizado por Dobson e McCormick (1990) de destilação a vácuo. Por não
130
se tratar do enfoque do trabalho, a coluna de destilação T100 não foi dimensionada. Porém,
tem-se dados que foram obtidos através do simulador UniSim Design. A coluna T100 opera a
0,27 bar e a alimentação é feita no 4º estágio a partir do condensador. Possui 6 estágios e a
razão de refluxo é de 4. Para a operação, são necessários 1.671.000 kJ/h (464,2 kW) de energia
fornecidos pelo refervedor e 507.600 kJ/h (141 kW) retirados pelo condensador. Deste modo,
permite-se a obtenção de 99,9% de pureza de HF no topo, recuperando 97,2%.
Bomba centrífuga
Vazão: 30,40 m³/h
P150 1 Altura manométrica: 5,62 m
Material: aço carbono
Acoplamento magnético
Bomba centrífuga
Vazão: 12,72 m³/h
P160 1 Altura manométrica: 5,68 m
Material: aço carbono
Acoplamento magnético
Bomba centrífuga
Vazão: 2,89 m³/h
P170 1 Altura manométrica: 5,34 m
Material: aço carbono
Acoplamento magnético
Bomba centrífuga
Vazão: 7,67 m³/h
P180 1 Altura manométrica: não dimensionado
Material: hastelloy
Acoplamento magnético
Reator
Volume: 75,7 m³
R100 3
Material: aço carbono
Misturador estático
R200 3 Vazão: 25,37 m³/h
Material: aço inox
Centrífuga filtrante
S100 1 Vazão: 31,99 m³/h
Material: aço carbono
Coluna de destilação
Número de estágios: 6
T100 1
Pressão: 0,27 bar
Material: hastelloy
135
Exaustor
V100 3 Vazão: 10.692,85 m³/h
Material: hastelloy
Trocador de calor
W100 3 Área de troca térmica: 5,37 m²
Material: aço carbono
Trocador de calor:
W200 1 Área de troca térmica: 2,88 m²
Material: grafite
Evaporador triplo efeito
W300 3 Área de troca térmica: 123,81 m²
Material: aço carbono
Trocador de calor
W400 1 Área de troca térmica: 8,69 m²
Material: aço carbono
Trocador de calor
W500 1 Área de troca térmica: não dimensionado
Material: hastelloy
Trocador de calor
W600 1 Área de troca térmica: não dimensionado
Material: hastelloy
Válvula rotativa
X100 3 Vazão: 80 m³/h
Material: aço carbono
136