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As crianças com roupa de colégio publico aparentavam ter no máximo nove ou dez anos de idade.
Duas meninas e três meninos, a menorzinha parecia ser a líder e cantava mais alto enquanto sacudia
uma boneca velha de pelúcia e arrastava a mochila rosa pelo chão. As outras entoavam como um coro
que se parecia um vácuo desentoado. "É UMA BOLSA, BOLSAAA... UMA BOLSA DE SANGUEEE…".
- é cada uma… - sussurrei aborrecido. Mas eu não estava aborrecido com elas.
Eu andava aborrecido com qualquer coisa que tivesse capacidade de abrir a boca e emitir palavras em
português. O mundo, o país, tudo me parecia insano e não era a política, não era religião. Tudo isso já
era podre desde tudo o que há de documentado de vida social humana, e eu sabia disso… bastava
apenas lembrar das aulas de história.
Parado na porta de minha casa, sentado num banquinho… ou andando em direção a padaria no fim
da tarde eram os olhares das pessoas que me incomodavam. Não sei como as pessoas não conseguiam
notar aquela aura de antipatia geral. Os sorrisos dados eram sorrisos de hienas esperando que
dessemos as costas ou deixássemos a jugular exposta.
Eu sentia incomodo nas pessoas, uma sensação de que todo mundo estava a ponto de surtar (ou de
me fazer surtar)… o humano se tornando alérgico a outros humanos. Talvez fosse sempre assim...
Talvez eu estivesse olhando fixamente já há tempo demais… Talvez devesse parar de olhar... ou entrar
no jogo deles.
Um outro grupo de crianças vinha subindo… Eram da mesma escola, mas a farda tinha detalhes
vermelhos em vez de azuis. Esses que vinham eram muito menores do que os outros de antes… Se
tivessem seis anos de idade seria muito. Portanto estavam acompanhados de duas mães que iam
segurando suas mãos e orientando (ou melhor: berrando e ameaçando…), para que não fossem pra
pista onde desciam bicicletas e motos...
Eles vinham de longe e eu tive uma sensação estranha quando senti o vento que batia no meu rosto
trazer novamente aquela canção estranha, começando da boca de um guri que era o menor de todos
eles.
Ele vinha saltitando e olhando o chão, daquela forma que crianças fazem, tentando pular as linhas que
separam – por cores brancas e pretas – as calçadas das ruas. Distraidamente ele cantarolava aquele
refrão da bolsa de sangue...
Mais uma vez parei o que estava fazendo (que não era muita coisa...) e encarei a cena tentando forjar
um olhar indignado de reprovação. As duas mulheres pareciam não escutar a criança cantando. Mas
as outras logo resolveram fazer o coro, como se tivessem combinado de aumentar a dosagem daquela
loucura quando chegassem perto de mim.
Senti um bolo se formando em meu estomago como se de repente eu tivesse comido alguma coisa
estragada. Me levantei num salto, contendo a vontade de vomitar na porta de casa... Me senti tonto
e a cidade pareceu muito mais quente do que já estava (aos 37 graus com pouquíssimas arvores na
rua).
Antes de virar a esquina e já repetindo o refrão aos gritos, um menino no colo da mãe sorriu e piscou
pra mim. Meus pelos do braço se arrepiaram, meu corpo todo se comportou como se eu estivesse
com medo, mas eu não sabia ainda do quê.
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Sempre tenho a sensação que nunca estou sozinho, mesmo quando estou em casa "sozinho",
assistindo um filme, no vídeo game. Até durante o dia, vejo sombras no corredor, mas acho que são
apenas as plantas da vizinha se mexendo com o vento. Acho...
Mas a história que vou relatar, não foi uma simples sombra que eu vi. Foi algo um pouco pior.
Estava voltando do curso a noite, por volta de 23h30min. Vou de metro, e depois pego lotação da
estação até a esquina da minha casa. Do ponto até em casa, levo menos de 5 minutos. Mas hoje eu
digo que foram os 5 minutos mais terríveis da minha vida, desejaria que nunca tivesse visto aquela
imagem. Depois que desço da lotação, vou caminhando pela calçada para chegar à esquina e assim
subir a rua da minha casa. Nesse percurso, passo ao lado de uma escola. É um terreno grande, mas o
prédio da escola não é construído na totalidade do terreno. Tem uma parte com mato e arvores. Essa
hora da noite, o prédio está vazio. Ou deveria estar...
Ao passar ao lado da escola, infelizmente criei o hábito de olhar as janelas das salas e imaginar como
deve ser uma escola a noite. Mas em uma bela noite, olho pra janela e vejo uma menina bonita, traços
orientais e um cabelo bem preto e comprido. Percebi que ela também me viu. Eu estava tão cansado
da aula que nem liguei que era estranho àquela hora da noite ter alguém em uma escola fechada.
Quando cheguei em casa, deixei minhas coisas no quarto e fui tomar banho. Durante o banho, não
faço a menor ideia do motivo que me levou a isso, mas fiquei lembrando de filmes de espíritos, quando
a pessoa está tomando banho e aparece o infeliz. Nesse momento, tive a impressão de ter ouvido um
choro. Mas como a janela do banheiro ficava próximo a casa da vizinha, achei que tinha vindo de lá.
Tomei meu banho, e fui comer alguma coisa. Fiz um lanche básico, com um copo de suco. Sentei a
mesa e liguei a TV. Estava passando um filme sobre espíritos. Terminei de comer, escovei os dentes e
fui dormir. Quando me deitei na cama, tive a sensação de peso, como se estivesse carregando peso,
ou quando alguém deita em cima de mim. Mas como estava muito cansado, dormi logo.
No dia seguinte, soube que a escola tinha sido invadida naquela madruga, na hora lembrei-me da
menina que eu vi. Fizeram uma zona no prédio, jogaram as carteiras longe, derrubaram todos os livros,
aquela zona de adolescente. Mas fiquei pensando, como uma menina tão bonita e jovem como aquela,
faria isso. Logico que não estava sozinha. Pensei comigo mesmo: "Esse mundo está perdido mesmo,
depois quero ver essa molecada reclamar que não tem nada na escola, que a escola é isso, escola é
aquilo..." Enfim, mas ouvindo os boatos dos vizinhos, falaram que não roubaram nada. Eu tenho um
colega chamado Sandro, que trabalha na escola e ele tem acesso aos vídeos das câmeras de segurança
de lá. Conversei com ele se tinha visto algo e ele me chamou pra ver algumas imagens que ele pegou
das câmeras pra me mostrar. Fomos a casa dele, e no seu notebook, ele colocou o dvd das gravações.
A escola fecha as 19h, então a partir dessa hora, não ouve nada de estranho. Quando o vídeo chegou
no horário de gravação de 23h30min aproximadamente, que as câmeras captaram alguma coisa. Deu
pra ver a imagem de uma menina, jovem, aproximadamente 16 anos, cabelos negro e bem comprido
e preto... Falei para Sandro, que eu tinha visto ela pela janela quando desci da lotação. Mas umas coisas
intrigaram a nós dois. A primeira delas não dava pra ver exatamente seu rosto. A câmera desfocava
exatamente no rosto dela. Outra coisa que nos intrigou, foi ela ter feito àquela bagunça inteira,
SOZINHA, isso mesmo. As câmeras não captaram mais ninguém, somente essa garota. E porque ela
teria feito isso? Continuamos assistindo as imagens e ai vem uma das cenas que deixou os dois com
muito medo. Naquela escola, existem câmeras dentro das salas de aula, dentro da biblioteca e
corredores. Ele me explicou que os livros que foram jogados no chão, eram da biblioteca e as carteiras
que foram reviradas de apenas uma sala de aula específica.
Depois de assistir tantos filmes, ler livros, assistir animes sobre esse assunto, ficamos curiosos e
resolvemos investigar a sala do ocorrido. Sandro conseguiu ter acesso aos arquivos dos alunos da
escola. Aquela sala sempre foi de ensino médio, então começamos a consultar os arquivos da escola
para descobrir se tinha algo relacionado. A escola era muito antiga, então teve muitos alunos.
Consequentemente, levamos certo tempo nessa procura. Achei os documentos de 3 alunas orientais
do ensino médio. Mas uma nos chamou a atenção. Nunca vou esquecer seu nome. Lia Sadako
Yamamura. Ela estudava naquela sala e lembrava muito a menina das imagens das câmeras. Era uma
adolescente muito bonita, de cabelos grandes e negros. Tinha boas notas e nenhuma reclamação
anotada.
Como estava ficando tarde e a escola já ia fechar, fomos embora. Mas antes de sair, conversamos com
o diretor, e enchemos o saco dele para deixar agente ficar com uma copia da ficha daquela aluna. Claro
que o diretor não deixou, mas antes de pedir, tiramos uma cópia escondida. Fui para minha casa e
Sandro foi para casa dele. Mas continuamos nossa investigação, nos comunicando pela internet.
Enquanto Sandro estava onde ela morava, eu tentava descobrir alguma noticia de morte ou
desaparecimento de alguma aluna daquela escola. Olhando na internet, achei em um site de pessoas
desaparecidas. Segundo informações, ela estava desaparecida há alguns dias, foi para a escola, mas
não retornou. Sandro verificou a ficha da escola e eu o endereço onde ela morava. Pedi para ele me
passar para que eu pudesse ir até lá. Sandro começou a me questionar se deveríamos mesmo
continuar com essa investigação, afinal, não éramos da policia nem nada da garota. Mas eu estava
muito curioso para saber toda a verdade, então fui até a residência de Lia mesmo assim. Por sorte era
na mesma rua da escola. Uma casa humilde e com muitos traços orientais na sua estrutura e seu
interior. Toquei a campainha e apareceu uma senhora. Falei que era colega de Lia e queria algumas
informações sobre o desaparecimento. A senhora me convidou para entrar. Disse que era mãe de Lia,
se chamava Yoko.
Yoko disse que ela desapareceu, foi para escola e não voltou mais, não ligou, não deu nenhum sinal de
vida. Yoko disse que chegou a ligar para algumas amigas dela, mas nenhuma delas sabe ou teve
notícias de Lia. Perguntei se Lia já tinha sumido assim, mas recebi uma resposta negativa: "Nunca, Lia
sempre foi atenciosa, carinhosa e gentil. Se ela demorasse 1 minuto pra chegar em casa, ela ligava e
avisava." Falou que Lia era uma adolescente alegre, adorava estudar. Contou que Lia sonhava em ser
modelo e que começaria um curso ainda esse ano. Perguntei sobre o dia que ela desapareceu e ela me
disse que na mesma semana, seu comportamento mudou. Ela estava quietinha, não queria sair,
mesmo com seu aniversário chegando. Pedi para ir ao quarto de Lia e sua mãe deixou. Seu quarto era
típico de uma adolescente de sua idade. Cd´s, ursinhos de pelúcia, livros, fotos com as amigas, etc...
Mas uma coisa me chamou a atenção, era um livro em sua estante. Tinha uma capa escura, de couro e
um desenho estranho em traços dourado em sua lateral. Como queria ler seu conteúdo, saber que
livro era aquele, pedi para sua mãe pegar um copo de água para mim (apenas para disfarçar, queria
mesmo era ver aquele livro). Quando ela saiu, peguei o livro e percebi que era um livro antigo, não
dava para ler seu título, pois as letras já tinham descascados. Mas tinha um desenho logo abaixo do
nome, que mesmo descascado, deu para reconhecer o que era:
Imagem de um pentagrama
O que será que uma adolescente fazia com um livro com esse símbolo? Ao abrir, tinha um recado
escrito com letras bem garranchosas: "Siga tudo, passo a passo, ou o ritual não funcionará." E com
outra letra, bem diferente dessa, mas também bem feia tinha um nome: "Roger Silva".
Ouvi passos e percebi que era a mãe de Lia que voltava, escondi o livro na cintura da calça. Queria
muito ler seu conteúdo e descobrir quem era esse tal Roger. Bebi a água e me despedi da pobre moça.
Sai da casa e virei à esquina, assim que dei mais alguns passos, liguei para Sandro e falei sobre o livro.
Ele pediu para eu ir à sua casa para verificarmos. Quando ele viu a letra do recado na contracapa, ele
reconheceu a letra e o nome. Era do faxineiro da escola, e seu nome era Roger.
Dessa vez, eu que comecei a pensar se deveria mesmo continuar essa investigação, afinal, não era
mesmo da polícia nem era parente nem nada da adolescente. Sandro disse que ia conversar com esse
Roger. Peguei o livro e fui para minha casa, para lê-lo com mais calma e entender o que aconteceu. Era
noite já quando comecei a ler o tal livro. Falava muitas coisas sobre rituais satânicos, espíritos e coisas
do gênero. Uma das passagens do livro me intrigou. Falava de uma certa forma de invocar espíritos
malignos. Era um texto pequeno, mas muito assustador. Nele, a pessoa tinha que matar 15 pessoas,
mas cada uma de um jeito em específico. Uma pessoa tinha que morrer afogada em uma lagoa no
inverno, outra pessoa deve sofrer um "acidente" de carro. Uma pessoa tinha que ter 34 anos e ser
loiro. Cada um com seus detalhes descritos. Mas as três ultimas me deixaram com medo. "A 13ª morte
tinha que ser uma criança de 16 anos, oriental, e deveria ser estuprada e ter seu corpo queimado. A 14ª
morte tinha que ser um rapaz jovem, forte e matá-lo a golpes de facão". Quando li essas duas mortes,
comecei a ligar as coisas. O tal Roger, estava tentando invocar o algum espírito maligno e estava
próximo de conseguir. Quando lembrei que Sandro disse que iria até sua casa para conversar com ele,
fiquei desesperado. Peguei meu celular e tentei ligar pra ele. Caixa postal... Fui até a casa de Roger,
toquei a campainha e nada. Gritei seu nome e nada. Quando na casa vizinha, aparece uma senhora na
janela e diz: "Ele saiu tem pouco tempo. Parecia que ia viajar, jogou umas malas no carro e saiu."
Perguntei: "Tinha mais alguém com ele?" ela respondeu: "Eu reparei que chegou um rapaz ai por volta
de 1 hora atrás. Mas não vi o saindo não. E olha que fiquei o tempo todo olhando a rua."
Comecei a ficar com mais medo, liguei mais uma vez para o celular do meu amigo e mais uma vez, caixa
postal. Gritei seu nome e nenhum sinal. Desesperado, pulei o portão e fui em direção à porta. Bati e
ninguém respondeu. Gritei mais uma vez e nada. Tentei abrir a porta e ela estava aberta. Abri devagar,
com medo de estava por vir. Quando entrei, me deparei com a cena que não queria ver. Meu amigo
estava jogado no chão, sem vida. Ele foi brutalmente assassinado. Havia sangue por todos os lados.
Entrei em desespero não sabia o que fazer. Peguei o celular para avisar a policia, mas quando apertei
o primeiro numero, vi que parou um carro na frente da casa. Um homem desceu. Era alto e porte
atlético, cabelos grisalhos, barba por fazer. Ele veio em direção a casa. Quando a vizinha o chama:
"Senhor Roger, teve um rapaz aqui procurando o senhor tem poucos minutos." Ele responde: "Vai
dormir, velha fofoqueira. Fica o dia inteiro nessa janela e não faz porra nenhuma da vida." Ele voltou a
caminhar em direção a casa. Olhei para os lados ainda meio atordoado com a cena, e fui me esconder
atrás do sofá. Ele entrou na casa e reclamava consigo mesmo: "Cacete, onde deixei o livro? Falta
apenas uma morte. Preciso ver se tem mais alguma coisa depois da ultima morte. Aquela
vagabundinha que matei semana passada mexeu nas minhas coisas na escola. Será que ela o pegou?
Esse cara aqui devia saber alguma coisa. Ele e aquele amigo curioso. Ele será a ultima pessoa que vou
matar, depois disso, meu ritual estará completo."
Ao ouvir isso, senti meu coração parar de bater, um gelo na espinha... Roger saiu da casa, ouvi o
barulho da porta do carro batendo e o carro saindo em disparada. Pensei: "Meu Deus, isso não pode
ser verdade, porque eu tive que me meter nessa historia." Esperei um tempo e sai da casa. Fui embora
correndo, com medo daquele maníaco voltar. Cheguei em casa e minha mãe vem ao meu encontro e
diz: "Filho, a mãe do Sandro ligou e perguntou dele. Você sabe alguma coisa?" Com medo da reação
de minha mãe, não falei nada, apenas disse que não sabia de nada. Voltei para meu quarto e não parava
de pensar em tudo o que tinha acontecido. Sandro estava morto, brutalmente assassinado e eu era o
próximo. Fui ler como seria a próxima morte. "15ª morte: a vítima terá que ser assassinada no dia 15 de
outubro." Fiquei com mais medo ainda, hoje é dia 14 de outubro...
Estava desesperado, mas acabei cochilando. Acordei com um barulho imenso em minha casa. Alguma
coisa caindo no chão, algo pesado. Abro a porta do meu quarto devagar e ouço passos na sala. Já
comecei a pensar no pior. Roger descobriu onde eu moro e veio aqui me matar. Ouço a porta do quarto
de minha mãe abrindo e ela chama: "Filho, é você? O que você derrubou?
Mas o pior estava para acontecer. Minha mãe vai andando pelo corredor e de repente grita bem alto.
Ocorre um barulho de algo batendo, ela grita e cai no chão. Alguém matou minha mãe. Continuo
ouvindo passos, mas dessa vez, como se eles estivessem vindo em direção ao meu quarto. Deitei
correndo em minha cama, e peguei debaixo do meu travesseiro, um canivete que comprei em uma
viagem havia uns dois anos. Abri a faca do canivete e escondi debaixo da coberta. Em milésimos de
segundo, comecei a pensar na minha morte, como seria, se iria doer, se eu não ia sentir, se eu veria
alguém do outro lado. Os passos chegaram em frente a porta do meu quarto e pararam. Fingi que
estava dormindo, então ouço a porta do meu quarto abrindo bem devagarinho. Os passos agora mais
suaves, mas igualmente pesados, vinham mais devagar em direção a mim. Mas se fosse mesmo Roger,
ele só poderia me matar amanha. Mas não tinha percebido que já se passavam da meia noite. Quando
senti que Roger se aproximou, não pensei duas vezes, avancei em direção ao seu pescoço, como uma
fera selvagem e com o canivete na mão, fiz um corte de orelha a orelha em seu pescoço. Roger
cambaleou alguns passos para trás e caiu, agonizando no chão. Em seus últimos sinais de vida, Roger
desenhou um estranho símbolo no chão com seu sangue. Era igual ao símbolo da capa do livro.
Quando ele terminou, seu braço tombou de lado, já sem vida. Poucos segundos depois, quando achei
que tudo tinha acabado, o pior aconteceu. O símbolo que Roger desenhou no chão, não era um
símbolo qualquer. Após alguns segundos de seu falecimento, o símbolo que ele desenhou, começou
a brilhar bem forte. De repente essa luz vem em minha direção e me atinge, jogando meu corpo contra
a parede e me fazendo cair na cama...
Duas semanas depois, enquanto passava O jornal Nacional, vem a noticia: Jovem de apenas 23 anos,
mata a mãe e o amigo e desaparece. A polícia suspeita que ele usava drogas e participava de rituais de
magia negra, pois em seu quarto foi encontrado um livro que ensinava como evocar espíritos. Até
agora ninguém tem notícias do rapaz, a única pista que a policia tem, é o tal livro. Nossa repórter
conseguiu com exclusividade, entrar no local onde ocorreram os assassinatos.
A repórter começou a mostrar o quarto onde ocorreram os assassinatos, e a câmera foca exatamente
o livro citado na chamada da notícia. O livro estava no chão, aberto em uma pagina que estava escrito:
"Após a morte da ultima vítima, o espíritos malígno possuirá o corpo do assassino."