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POLÍTICA NACIONAL DE IST’s /AIDS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA1

Ânderson Rosauro Eich2; Anderson Abbade3; Carolina Fernandes4 ; Gabriélli


Rosa5 Willian Bosi 6; Juliana Colomé7

RESUMO
Trata-se de uma pesquisa realizada na Casa 13 em Santa Maria - RS, sobre o
funcionamento da Política de IST’s, HIV e Aids neste município. Com uma abordagem
de revisão bibliográfica, da qual objetiva-se apontar a política do Programa Nacional
de IST’s, HIV e Aids nas suas diversas áreas de atuação, de maneira a construir um
instrumento que possibilite subsidiar as ações de saúde no âmbito a nível regional e
nacional. Foi realizada uma ação com os acadêmicos do 3° semestre de Enfermagem
numa instituição de ensino superior, do qual foi dialogado com os acadêmicos sobre
sintomas, meios de prevenção e tratamento de ist’s, bem como entrega de
preservativos. Desta forma, conclui-se que a política e a forma como esta é abordada
pelo governo, profissionais de saúde e população, influenciam de forma direta nas
atividades dos usuários frente estas enfermidades.

Palavras-chave: Prevenção, Saúde, Tratamento

Eixo Temático: Ciências da Saúde e da Vida.

1. INTRODUÇÃO

1
Estudo relacionado como atividade avaliativa para a disciplina de Politicas Publicas em Saude do Curso de
Enfermagem da Universidade Franciscana – UF.
2
Acadêmico de Enfermagem- Universidade Franciscana, Santa Maria -RS / anderson_eich@hotmail.com
3
Acadêmico de Enfermagem - Universidade Franciscana, Santa Maria -RS / masteranderson123@hotmail.com
4
Acadêmica de Enfermagem - Universidade Franciscana, Santa Maria –RS / carolina_fernandes.r@hotmail.com
5
Acadêmica de Enfermagem - Universidade Franciscana, Santa Maria -RS / gabrielli-s-r@hotmail.com
6
Acadêmico de Enfermagem- Universidade Franciscana, Santa Maria -RS / willianbosi@hotmail.com
7
Docente do Curso de enfermagem. Orientadora do Trabalho- Universidade Franciscana, Santa Maria -RS
juliana@unifra.br

1
A Atenção Básica à Saúde deve ser o ponto de partida de um atendimento à
Saúde Pública no Brasil, cabendo informar a população quanto às ações de
prevenção de doenças e de promoção à saúde e quando necessário, encaminhar com
agilidade e precisão. As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) estão entre os
problemas de saúde pública mais comuns no Brasil e em todo o mundo, sendo
consideradas o principal fator facilitador da transmissão sexual do HIV. As ações de
IST/AIDS contemplam desde a promoção e prevenção em saúde até a assistência
integral às pessoas vivendo com HIV/Aids. A temática IST/Aids transversaliza as
demais políticas de saúde considerando as diversidades e populações vulneráveis
(BRASIL, 1999).
IST são Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) causadas por vírus,
bactérias ou outros microrganismos, transmitidas, principalmente, por meio do contato
sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma
pessoa que esteja infectada ou que seja vulnerável. Dentre as principais IST, destaca-
se o HIV/ aids, sífilis, herpes humano, clamídia, tricomoníase, hepatite B, condiloma
acuminado e gonorreia. A denominação de ‘DST’, vem de doença, que implica em
sinais e sintomas visíveis no organismo do indivíduo. Já ‘Infecções’ podem ter
períodos assintomáticas (sífilis, herpes genital, condiloma acuminado) ou se mantém
assintomáticas durante toda a vida do indivíduo (casos da infecção pelo HPV e vírus
do Herpes) e são detectadas por meio de exames laboratoriais (BRASIL, 2006;
MMWR, 2002).
Segundo a OMS, o termo IST é mais adequado pelos principais organismos
que lidam com a temática das Infecções Sexualmente Transmissíveis ao redor do
mundo. HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, causador da
aids. O vírus ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de
doenças. As células atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus altera o DNA dessas
células que o HIV faz cópias de si mesmo, onde se multiplica, rompe os linfócitos em
busca de outros para continuar a infecção. Dizemos que o paciente tem aids quando
o vírus ataca os linfócitos T CD4 +, o que deixa essas células sem condições de
defender o sistema imunológico. O HIV é uns retrovírus, pertencente a subfamília dos
Lentiviridae (OMS, 2001).

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A transmissão se dá principalmente por meio do contato sexual (oral, vaginal,
anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja
infectada ou vulnerável. A transmissão de uma IST pode acontecer ainda de forma
vertical, o parto ou a amamentação, uso de seringas e agulhas contaminadas e
materiais não esterilizados corretamente (BRASIL, 2006).
O tratamento de indivíduos com IST melhora a qualidade de vida e interrompe
a cadeia de transmissão dessas infecções. No caso de IST bacterianas, o tratamento
inclui antibióticos. Já as IST virais variam de acordo com a doença, como é o caso do
HIV, se o indivíduo estiver com o vírus somente, ou se o vírus atingiu os linfócitos. O
atendimento e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS (BRASIL,
2006).

2. METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa realizada na Casa 13 em Santa Maria, RS, sobre a
incidência de casos de IST’s no município, bem como estratégias de prevenção para
estas infecções
Para tanto, foi realizada uma busca bibliográfica, artigos científicos e sites
atualizados como o Ministério da Saúde, que estivessem relacionando a relação de
infecções sexualmente transmissíveis com a Política Nacional sobre prevenção e
tratamento de IST, HIV e Aids.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Através de discuções referentes a Política Nacional das DST/Aids, fica
evidenciado o modo que esta atua. Compreendida por três componentes de
promoção, proteção e prevenção; diagnóstico e assistência e desenvolvimento
Institucional e Gestão, dos quais visam alcançar os objetivos desta política em
conjunto com as diretrizes das quais devem seguir comitantemente para que seja
desenvolvido ações e programas que alcancem todos os públicos alvos.
Uma política pública expressa o conjunto das diretrizes e referenciais ético-
legais adotados pelo Estado para fazer frente a um problema e/ou a uma
demanda que a sociedade lhe apresenta. Cabe ao Estado definir seu caráter,

3
suas responsabilidades, seu plano de ação e programas, a fim de buscar o
equacionamento dessa demanda (Política Nacional de DST/AIDS, 1999, p.7).
Ao Estado cabe o dever de promover o controle das IST através de um
fortalecimento institucional, sustentável e pela consolidação do Controle Social, sendo
desta forma de extrema necessidade a ação da população evitando que esta doença
se alastre ainda mais (BRASIL, 1999).
Além disso, o Estado possui a responsabilidade de fornecer Centros de
Treinamento em DST (CT-DST) com o objetivo de capacitar profissionais de saúde,
preferencialmente médicos e enfermeiros, para comovê-los na atuação em equipes
multidisplinares em relação ao aconselhamento, prevenção, diagnóstico e tratamento.
(BRASIL, 1999)
Uma das atuações e capacidades do enfermeiro é realizar acolhimento e
aconselhamento aos usuários de serviço, bem como promover saúde e prevenir
doenças. Com base nisso, os acadêmicos do curso de Enfermagem do 4º semestre,
através da disciplina de Políticas Públicas em Saúde, realizaram uma ação dentro da
Universidade Franciscana com os alunos do 3º semestre.
O objetivo desta ação foi promover diálogo entre os estudantes, salientando
que o meio mais comum de contrair as infecções sexualmente transmissíveis é pelo
não uso de preservativos, sendo afetado principalmente o público jovem. Desta forma,
é de extrema relevância fomentar essas discussões no ambiente acadêmico, sendo
as “doenças sexualmente transmissíveis são a principal causa global de doença
aguda e morte e representam elevado custo socioeconômico. E os Universitários são
altamente expostos” (CASTRO et. Al., 2016, p.1977). Para isto, a ação viabilizou
conscientizar a importância do uso de preservativo tanto masculino como feminino e
incentivar a realização do teste rápido e citar as principais IST’s.
‘Portando é de extrema importância a discussão sobre as prevenções que
devem ser realizados neste âmbito as quais inclui aspectos que vão desde o
próprio corpo a questões referentes as sexualidades e a importância de se
utilizar sempre preservativos antes de qualquer relação sexual levando em
conta sempre as crenças, tabus e possíveis singularidades que cada
indivíduo pode apresentar (SANTOS, 2008, p.15).
Sendo assim, um simples aconselhamento sobre a importância dos
acadêmicos utilizarem preservativos durante as relações sexuais e os possíveis

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problemas de saúde que podem acarretar ao não uso destes meios preventivos,
podem evitar a proliferação destas IST’s entre os jovens.
Em relação a pesquisa realizada na Casa 13 juntamente com a coordenadora
Daiane, encarregada de coordenar a política de DST, HIV e Aisd no município de
Santa Maria, foi divulgado os seguintes dados durante a entrevista em relação ao
relatório coleta de HIV/VDRL/Hepatites B e C realizados anual pelo CTA.

Fonte: Relatório De Gestão Das Ações Em Saùde Anual, 2017

Já a incidência de casos no município de Santa Maria em relação a sífilis e HIV,


segundo a coordenadora, é de 1941 casos desde 2007 até junho de 2018 para HIV,
e 1360 casos desde 2012 até junho deste ano para sífilis. Relata ainda que a faixa
estária mais atingida no município é de 18 a 30 anos de idade devido a falta de
prevenção.
A coordenadora ressaltou que a prevenção é dada nas escolas, empresas e
Estratégia da Saúde e da Família, sendo maior incidência de casos de HIV no bairro
Camobi. Ela ressalta ainda que o tratamento realizado na Casa 13 é 100% gratuito,
sendo as IST’s sífilis, hiv e hepatites tratadas na Casa.
Para avaliar o desempenho das ações realizadas na Casa 13, é apresentado
no Conselho Municipal de Saúde o relatório de Gestão das Ações em Saùde Anual.

3.1 Prevenção das IST’s, HIV e Aids


No âmbito nacional, as IST’S (Infecções Sexualmente Transmissíveis) são
assuntos de extrema relevância pelo seu alto grau de ocorrências, sendo abordado
por diversos meios de comunicação, trazendo questionamentos principalmente sobre

5
as formas corretas da sua prevenção, havendo um enfoque especial em regiões
carentes e pessoas mais leigas em assuntos relacionados a sua saúde. Desta forma
a ação tanto do enfermeiro com a equipe multidisplinar da área da saúde para agirem
de forma clara e correta é de extrema magnitude.
Diante disso, é um grande desafio para os profissionais dos quais terão que
realizar essa explicativa, pelo fato deles mexerem com questões extremamente
íntimas dos seus pacientes. Considerando todo um “contexto de desigualdades social,
cultural e de acessos aos serviços de saúde” (CADERNO DE ATENÇÃO BASICA
HIV/AIDS, HEPATITES E OUTRAS DST, 2006, p.19).
A prevenção abrange muitos aspectos diferentes de cuidados e deve ser
direcionada a todos os indivíduos da sociedade, pelo fato de independentemente do
seu sexo, raça, situação econômica ou idade, este indíviduo pode contrair estas
enfermidades, e através dela desenvolver graves efeitos e permanentes a sua saúde,
por este fator que quanto antes for realizado o diagnostico melhor será para o bem-
estar do paciente.
A prevenção se baseia em um trabalho de equipe com grande enfoque
em conceitos chaves priorizando áreas de riscos e maiores venerabilidades.
Trazendo ações como diálogos referente a sexualidades, acolhimento e
estimularem a realização de testes de HIV e outras doenças sexualmente
transmissíveis. Sendo importante ressaltar que não somente pessoas que
possam ter adquiridos IST’S são abordadas por estas campanhas de
prevenção, aos usuários que já possuem esta doença é realizado ações de
solidariedade, anti discriminatórias e garantias dos direitos individuais e
sociais para um melhor bem-estar perante a sociedade (BRASIL, p. 19,
2006).
Portanto a prevenção é de extrema relevância no âmbito referente as ITS’s
levando em conta sempre a singularidade de cada indivíduo e as ações as quais
podem lhe tornar sucessível a este problema.

3.2 Tratamento de IST, HIV e Aids


A respeito do tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, deve-se dar
grande enfoque na importância de acadêmicos da área da saúde como profissionais
já formados, possuírem uma imensa responsabilidade por trabalhar diretamente com

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os usuários cabendo à função de promover, prevenir e recuperar a saúde do usuário
infectado
Segundo Rodrigues (2018) os profissionais da área da saúde possuem o papel
de educar e aconselhar os usuários a fazer uso do preservativo, sendo esta a
prevenção primária e mais eficiente na redução de transmissão das IST's. Já na
prevenção secundária, caberia ao profissional divulgar informações para o paciente
reconhecer sinais e sintomas, diagnosticar e realizar o tratamento, sendo fundamental
a importância do parceiro estar presente. 
No entanto, para instruir pacientes dos quais já contraíram estas doenças, é
extremamente importante manter um tratamento controlado para assim uma melhora
no quadro desta patologia, pois uma DST não tratada pode desencadear deficiência
física e mental, disfunção sexual, esterilidade, aborto, malformações congênitas e
câncer, entre outros. (BRASIL, 2002)
O tratamento dentro da Atenção Básica é extremamente importante para dar
continuidade no desenvolvimento de ações de promoção e prevenção da saúde, bem
como realizar educação permanente dentro da comunidade a fim
de acolher, diagnosticar e realizar o tratamento adequado.
Inicialmente o acolhimento deve ser claro e objetivo, a fim de que o paciente
compreenda sua condição e permaneça envolvido dentro no acompanhamento.
Nestes casos, deve-se compreender sua situação de risco e vulnerabilidade sendo
esta detentora de três dimensões: individual, social e institucional. Respectivamente
compreende-se por práticas adotas com base no conhecimento do indivíduo; condição
socioeconômico; políticas públicas a fim de prevenir os danos de ist, hiv e aids, como
por exemplo, serviços de saúde que não fornecem preservativo. (BRASIL, 2006)
Neste acolhimento do qual configura-se a coleta de dados dentro da
Sistematização de Assistência em Enfermagem (SAE) (TANNURE E PINHEIRO,
2010), é necessário realizar o exame físico para obter evidências no
diagnóstico. Segundo BRASIL (2006), em caso do diagnóstico for positivo para dst,
deve-se realizar imediatamente o tratamento preferencialmente com medicação por
via oral em dose única ou com menor número de dosagem. Sinais e sintomas podem
auxiliar no diagnóstico através da utilização de alguns fluxogramas, dando

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prosseguimento ao tratamento através de agentes etiológicos mais comuns para esse
tipo de ist.
Diante do tratamento, deve-se salientar a importância de dar sua continuidade,
cabendo o profissional aconselhar o usuário sobre a importância de fazer o uso de
sorologia para ist’s e hiv, bem como oferecer e instruir o manuseio de preservativos,
além de convocar o parceiro do qual teve relações sexuais nos últimos três meses
para que possam ser atendidos e tratados. (BRASIL, 2006)

4. CONCLUSÃO

As IST’s, HIV e Aids são atualmente consideradas uma pandemia, ou seja, um


problema globalizado, abordado e trabalhado de formas diferentes nos diferentes
países do globo. Considerando o Brasil, sabe-se que o tratamento é fornecido de
forma gratuita pelo SUS, no entanto sendo a AIDS uma infecção que não existe até o
momento a cura, o tratamento é fornecido gratuitamente, bem como também são
preparadas as equipes para fornecer o acolhimento e aconselhamento durante todo o
processo, principalmente no momento do diagnóstico.
Desta forma, cabe ao governo fornecer vias de tratamento e auxílios para os
diagnosticados com estas infecções, uma vez que a condição da doença é individual
e muitas vezes é mantida em segredo por muitos dos portadores.
Todavia, outra importante ação estipulada pelo estado e realizada pelos
profissionais área da saúde é realizar a promoção da saúde e prevenção de doenças,
com o intuito de conscientizar a população da gravidade das IST’s, HIV, Aids e formas
de preveni-las, assim como dar suporte ao tratamento caso já seja portador da
infecção.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Boletim Epidemiológico AIDS Ano XVI. n. 01. Brasília. 2002.

BRASIL. HIV/Aids, hepatites e outras DST. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.


(Cadernos de Atenção Básica, n. 18) (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

8
CASTRO, Et al. O conhecimento e o ensino sobre doenças sexualmente
transmissíveis entre universitários. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 21, n.
6, p. 1975-1984, 2016.

NAVES, J.O.S.; MERCHAM-HAMANN, E.; SILVER, L.D. Orientação farmacêutica


para DST: uma proposta de sistematização. Ciênc. Saúde Colet., v.10, n. 4, 2005.

RODRIGUES. Manuel Jorge. Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) na


Adolescência. Nascer e Crescer, Porto, v. 19, n. 3, p. 200, set.  2010 .  

SOUTO; K.M.B.; NOLETO; D.A., Política Nacional de DST/AIDS Princípios,


Diretrizes e Estratégias, v. 1. 1999.

TANNURE, M.C.; PINHEIRO, A. M. SAE: Sistematização da Assistência de


Enfermagem: Guia Prático. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

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