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Unidade 11
Modens Ópticos e
Circuitos de Alta Velocidade
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Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados
Anotações
Fibra Óptica
Histórico
• O termo Fibra Óptica foi empregado pela primeira
vez em 1956, pelo Dr. N. S. Kapany que fazia
parte de uma equipe do Laboratório Bell (USA),
composta por ele e pelos Doutores, A. L.
Schawlow e C. H. Townes, quando apresentaram
os planos para a construção do primeiro LASER, a
ser usado em Sistemas de Telecomunicações.
Histórico
1961 - O Dr. Elias Snitzer, da Americal Optical (USA), divulgou um trabalho explicando como seria a Fibra Óptica,
embora naquela época, não se tivesse a tecnologia para fabricá-la.
1964 - Os Doutores Charles Kuen Kao e G. A. Hockham, do Laboratório da Standard Telecommunications – ITT (UK),
enviaram a British Association for the Advancement of Science uma especificação de requisitos necessários para uma que
Fibra Óptica pudesse ser usada como um guia de ondas em Redes de Telecomunicações de Longa Distância, ao invés de
cabos metálicos.
Nesta especificação, para que uma Fibra Óptica pudesse ser usada com êxito, a perda ou atenuação da luz que se
propagava, devia ser no mínimo da ordem de 20 dB por Km (decibéis por quilômetro). Nesta época as perdas nas Fibras
Ópticas então disponíveis, eram da ordem de 1.000 dB/Km.
Os Drs. Kao e Hockham também preconizaram a necessidade de se ter um vidro de altíssima pureza na fabricação da
Fibra Óptica como forma de reduzir as perdas ou atenuação da luz propagante.
1970 - Uma equipe da Corning Glass Works (USA), constituída por Robert Maurer, Donald Keck e Peter Schultz,
conseguiu atender a especificação de requisitos apresentada pelos Drs. Kao e Hockham; fabricando uma Fibra Óptica com
atenuação da ordem de 20 dB por Km e a patentearam (Patent # 3.711.262) chamando-a de Guia de Fibra Óptica
(Optical Waveguide Fiber).
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1972 - A Corning já conseguia fabricar, em pequena escala, para testes em laboratório, Fibras Ópticas com
atenuações da ordem de 4 dB por Km. Hoje em dia as atenuações das Fibras Ópticas, dependendo dos comprimentos de
onda utilizados, situam-se entre 0,2 e 0,4 dB por Km.
1975 - Com este desenvolvimento, tornaram-se possíveis Sistemas de Telecomunicações Ópticos e assim em 1.975
foi instalado para a Polícia de Dorset, na Inglaterra, o primeiro link de Fibra Óptica, operando comercialmente. A escolha
de um link de Fibra Óptica deveu-se ao fato que um raio tinha anteriormente danificado todo o Sistema de
Telecomunicações do Departamento Policial e pesou na escolha deste sistema o fato de que a Fibra Óptica é imune a
descargas elétricas e interferências elétricas. Neste mesmo ano o Governo Americano interligou com Fibras Ópticas a
Rede Local do Sistema NORAD (Sistema de Defesa) localizados no interior da Montanha Cheyenne.
1976 - Foi implantado pela Western Electric em Atlanta, um link de Fibra Óptica com extensão de 2,5 Km, para voz,
dados e imagens, a uma taxa de 44,7 MBps.
1977 - Foi instalado pela Bell, no centro de Chicago, utilizando um cabo multi-fibras, a primeira Rede Óptica de uma
Empresa de Telecomunicações. Tinha a capacidade de transportar 54 MBps e a distância entre os Centros Telefônicos
era de 2,6 Km. Neste mesmo ano foi instalado pela General Telephone and Electronics um Sistema Óptico de 6 MBps em
Long Beach, Califórnia.
1980 - O Sistema Bell inaugura em 1980 a primeira Rede Óptica Nacional, interligando a Capital Washington á cidade
de Cambridge, no estado de Massachusetts.
1988 - Em Dezembro de 1988, foi inaugurada a primeira Rede Óptica Internacional, pelo lançamento do Cabo Óptico
Submarino TAT – 8, usando Laser de 1,3 micrômetros em Fibra Monomodo.
1991 - No início de 1.991, a NTT (Nippon Telegraph and Telephone Corporation) no Japão, demonstrou a transmissão
de Solitons, através de um milhão de quilômetros de Fibra Óptica.
2002 - Mais de trinta anos se passaram, desde a fabricação da primeira Fibra Óptica, e hoje mais de 80 % de todo
tráfego do mundo, é escoado através de Fibras Ópticas, sendo a sua utilização cada vez maior.
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Anotações
Fibra Óptica
• Princípios
• Vantagens
• Desvantagens
Princípios
A Fibra Óptica vem a ser um meio físico de transmissão, cada vez mais utilizado em Redes de Telecomunicações que,
quando conectada a equipamentos adequados, permite trafegar voz, dados e imagens, a altas taxas, com velocidades
muito próximas a velocidade da luz.
Assim sendo, o emprego de Cabos de Fibra Óptica, onde circula luz, na forma de fótons, é cada vez mais freqüente e
vem substituindo os chamados Cabos Metálicos, como os Cabos de Pares, Cabos de Tubos Coaxiais e, outros, aonde
circula eletricidade na forma de elétrons.
Embora os sistemas de transmissão por meio físico estivessem gerando inovações tecnológicas e aprimoramentos,
estas inovações jamais puderam ser consideradas revolucionárias. Foi a partir do desenvolvimento do Laser semicondutor
e das Fibras Ópticas e do avanço na tecnologia digital que ocorreu uma mudança radical na tecnologia das comunicações.
Este desenvolvimento permitiu a conversão de sinais elétricos em sinais ópticos, e sua transmissão, a longa distância em
fibras de espessura de um fio de cabelo feitas de cristal de silício. Foi o inicio de uma nova era nas comunicações com
cabos de cobre sendo gradualmente substituídos por cabos de fibras ópticas. Embora os cabos de cobre já existentes
continuem sendo utilizados na digitalização das redes de comunicações, novas ligações por meio físico por todo o mundo
estão sendo equipadas quase exclusivamente com cabos de fibras ópticas.
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Anotações
Princípios
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Anotações
Vantagens / Desvantagens
Vantagens e Desvantagens
A principal vantagem é a capacidade da fibra em conduzir uma enorme quantidade de informações com baixas perdas e
a baixo custo.
As desvantagens são: a dificuldade de realizar emendas e derivações, a inexistência de padrões para os sistemas
ópticos e os perigos dos efeitos da radiação laser.
O crescente uso das fibras ópticas se deve às diversas vantagens que apresentam em relação aos cabos de cobre e
sistemas via rádio. Existem muitas razões que fizeram das fibras ópticas, líderes na tecnologia de transmissão de sinais.
Problemas associados com os cabos de cobre e sistemas via rádio, tais como interferência eletromagnética (EMI),
interferência de rádio-freqüência (RFI), loops de terra e diafonia são, completamente, eliminados pelas propriedades de
transmissão das fibras ópticas.
Vantagens:
– Baixa Atenuação;
– Largura de Banda;
– Imunidade a Interferências Externas e Isolação Elétrica;
– Baixo Peso e Pequena Dimensão;
– Sigilo;
– Baixo Preço da Matéria Prima.
Desvantagens:
– Emenda da Fibra Óptica;
– Derivações Limitadas;
– Padrão dos Sistemas Ópticos;
– Efeitos da Radiação Laser.
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–
Anotações
LUZ
Luz
Segundo Maxwell, a luz é produzida pela vibração de partículas (fótons) carregadas eletricamente, gerando uma série
de ondas do tipo eletromagnética, que se propagam em linha reta em todas as direções e sentidos, com velocidade
dependente do meio, sendo a velocidade da luz no vácuo igual a 299.7925 Km/s, ou seja, arredondado é igual a 300.000
Km/s.
A distinção entre as ondas eletromagnéticas é feita pela freqüência ou pelo comprimento de onda (λ).
Matematicamente, a freqüência (f), o comprimento de onda (λ) e a velocidade da onda (V) estão relacionados pela
seguinte equação:
λ = V/f
O espectro de freqüência utilizado, apesar de não padronizado está aproximadamente entre 0,75 GHz e 6 x 10 Hertz
elevado à potência 16.
O espectro óptico está dividido em três faixas denominadas de banda ultravioleta, banda visível e banda infravermelha.
As bandas ultravioleta e infravermelha não são visíveis pelo ser humano. As radiações usadas atualmente em
comunicações ópticas estão na faixa da luz infravermelha com comprimento de onda variando de 850 ηm a 1700 ηm.
Vale lembrar que em comunicações ópticas, a referencia em relação ao espectro eletromagnético utilizado é sempre em
relação ao comprimento de onda e não em relação à freqüência, por simples convenção e diferenciação com outros
sistemas de transmissão, como as via rádio, sempre referenciadas na freqüência, Rádio 4,7 GHz, por exemplo.
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Anotações
Região da Radiação Luminosa Região da Radiação Luminosa
As fontes de luz utilizadas
nas Fibras Ópticas possuem
comprimentos de onda, acima
de 850 ηm, ou seja, na Região
de Radiação Infravermelha, que
é invisível ao olho humano.
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No início do desenvolvimento dos Sistemas Ópticos, para Fibras Ópticas feitas de vidro de sílica, foram usados como
fonte de luz, dispositivos LED (Light Emitting Diode, ou Diodo Emissor de Luz), operando com comprimentos de onda no
entorno de 850 ηm e posteriormente, com o advento dos dispositivos LASERS (Light Amplification by Estimulated
Emission of Radiation), além deste comprimento de onda, foram estes dispositivos inicialmente fabricados no entorno de
1 310 ηm como é mostrado na Figura acima e, posteriormente 1550 ηm.
A Potência Óptica da Radiação Luminosa de um LASER é muitas vezes superior a de um LED e, também a Largura
Espectral de um LASER do tipo ILD (Injection LASER Diode) é aproximadamente de 1 a 3 ηm e, de um LED é da ordem de
30 a 50 nanômetros.
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Anotações
Luz Incidente
Luz Incidente
Vamos considerar uma
Superfície Plana e Regular, onde
um Raio de Luz irá incidir sobre a
mesma. Este Raio será
denominado: Luz Incidente.
Esta Luz Incidente pode ter
Polarização, com componentes
Paralelos e, também
Perpendiculares a esta
superfície.
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Anotações
Reflexão
ÂnguloAnotações
de Incidência
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Anotações
Reflexões em
Superfícies Regulares
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Anotações
Reflexões em Superfícies Reflexões
Irregulares
em Superfícies
Anotações
Reflexões em Reflexões em Superfícies
Côncavas
Superfícies Côncavas Se a superfície de
incidência dos raios de luz for
regular, mas não for plana,
(côncava, por exemplo), como
ilustra a figura, os raios de luz
paralelos, não são refletidos da
mesma forma paralela, mas sim
em forma de leque.
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Reflexões em Superfícies Reflexões
Convexas
em Superfícies
Anotações
Meio Transparente Meio Transparente
Meio transparente é aquele
no qual a luz consegue se
propagar sem dificuldades,
como é ilustrado na figura,
onde vemos que os raios de luz
conseguem facilmente
atravessar este meio e,
também conseguem manter o
seu paralelismo.
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Anotações
Meio Translúcido Meio Translúcido
Meio translúcido é aquele,
onde os raios de luz têm
dificuldades para passar,
podendo sofrer como mostra a
figura, alterações da trajetória
dos raios de luz, bem como,
sofrerem absorção por este
meio.
Anotações
Meio Opaco Meio Opaco
Meio opaco é aquele, onde
os raios de luz não conseguem
passar, como por exemplo, por
uma parede de tijolos. A Figura
dá uma idéia do exposto.
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Anotações
Índices de Refração
Índices de Refração
As letras n1 e n2 na figura ao lado denotam os chamados Índices de Refração, que variam conforme os diferentes
meios.
Portanto define-se como sendo o Índice de Refração (n), a relação entre a Velocidade de Propagação da Luz no Vácuo
(Cvac) e, a Velocidade de Propagação da Luz em um determinado material (Cmat), segundo a equação abaixo:
Índice de refração = Velocidade de Propagação da Luz no Vácuo/Velocidade de Propagação da Luz no material
Meio Índice de Refração n
Vácuo (exato) 1,00000
Ar (CNTP) 1,00029
Água (20 C) 1,33
“Núcleo” da Fibra Óptica 1,48
“Casca” da Fibra Óptica 1,465
Vidro Comum 1,52
Cristal 1,65
Safira 1,77
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Anotações
Refração da Luz
Refração da Luz
Para entender de uma forma simples, o fenômeno da Refração da Luz, vamos considerar, um copo, parcialmente cheio
de água, no qual iremos colocar um canudinho.
Como pode ser observada na figura, a parte do canudinho que está imersa na água, aparece distorcida ou dobrada.
Na realidade o que acontece é que estamos vendo uma distorção, devido a Luz sofrer uma pequena redução na sua
Velocidade de Propagação na água em comparação a Velocidade de Propagação no ar.
Em outras palavras as Velocidades de Propagação da Luz destes dois meios (ar e água) são desiguais, pois tem Índices
de Refração diferentes.
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Anotações
Ângulo Crítico Ângulo Crítico
Conforme podemos ver na
figura, existe o chamado ângulo
crítico θx, onde um raio de luz
que incidir sobre uma superfície
neste ângulo, sofrerá um desvio,
fazendo um ângulo de 90° em
relação a normal e, portanto
não penetrando no outro meio.
Anotações
Confinamento da Luz Confinamento da Luz
Vamos voltar ao nosso
exemplo prático, anteriormente
descrito, onde temos um copo,
parcialmente cheio de água,
porém, agora sem o canudinho.
Iremos fazer incidir um raio
de luz l1 do lado de fora deste
copo, como é mostrado na
figura ao lado.
Dependendo do ângulo de
incidência, bem como dos
coeficientes de reflexão, este
raio de luz poderá fazer uma
reflexão na superfície da água,
que se comportaria como se
fosse um espelho, refletindo um
raio de luz l2.
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Anotações
Confinamento da Luz Confinamento da Luz
Vamos em seguida supor que,
ao invés de um copo de água,
tivéssemos uma superfície de vidro,
em que as partes superior e,
também, inferior fossem espelhos,
conforme é mostrado na figura ao
lado.
Como podemos ver, o raio de
luz entrante irá sofrer uma
primeira reflexão, segundo um
determinado ângulo, refletir
novamente e, assim
sucessivamente.
Desta forma conseguimos
confinar este raio de luz e,
conseguimos fazer com que este se
propague.
Anotações
Abertura Numérica Abertura Numérica
Define-se como Abertura
Numérica (AN), ao ângulo
formado entre um eixo
imaginário E, localizado no
centro da fibra, e um raio de
luz incidente, de tal forma que
este consiga sofrer a primeira
reflexão, necessária para a luz
se propagar ao longo da fibra,
conforme a figura.
Note-se que os raios de Luz
incidentes, que não
apresentam ângulos, que
satisfaçam a equação acima,
não conseguirão sofrer as
reflexões necessárias para a
propagação ao longo da fibra
óptica.
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Anotações
Condições de Aceitação Condições de Aceitação
A figura ao lado mostra que os
raios de luz incidentes 1 e 2, não
conseguem se propagar ao longo
da fibra, por não estarem dentro
de uma figura geométrica, na forma
de um cone, chamado de Cone de
Aceitação referente a Abertura
Numérica (AN).
De maneira simplificada,
podemos dizer que a Abertura
Numérica de uma fibra óptica,
traduz a capacidade desta fibra em
captar Luz.
Anotações
Ângulo Crítico Ângulo Crítico em uma Fibra
Óptica
em uma Fibra Óptica Ângulo Crítico de Incidência
ou, de Entrada em uma fibra
óptica, chamado também por
alguns autores de Ângulo
Limite, é mostrado na figura,
aonde vemos que acima do
valor deste ângulo, a luz não se
propagará pela fibra óptica. O
raio de luz que é refratado se
propagará paralelamente à
interface entre os dois meios,
ou seja, entre o núcleo e a
casca da fibra óptica.
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Anotações
Cone de Aceitação Cone de Aceitação
A figura ao lado ilustra o
chamado Cone de Aceitação, de
uma fibra óptica. Dentro deste
cone, todos os raios de luz terão
condições de se propagar pela
fibra óptica.
Anotações
Guia de onda
Fibra eletromagnética dielétrica:
A fibra óptica é um guia de
onda dielétrico com estrutura
cilíndrica e seção circular reta.
Ao longo do comprimento da
fibra a estrutura e a
distribuição de índices em geral
são uniformes. Na seção
transversal, o índice de
refração é maior no núcleo, n,
que na casca n2. A variação de
índice de refração na seção
transversal da fibra é
representada pelo perfil de
índice de refração e é obtido
usando-se diferentes materiais
dielétricos ou diferentes
dopagens na sílica usada para
fabricação de fibra.
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Anotações
Luz na Fibra Óptica Luz na Fibra Óptica
A fibra óptica é um filamento
cilíndrico muito longo, de
diâmetro extremamente
pequeno, de espessura
aproximada de um fio de cabelo,
o qual é predominantemente
feito de vidro de sílica com alto
grau de pureza.
Sendo o diâmetro da fibra
óptica, extremamente pequeno,
uma luz que adentre nesta fibra
experimentará o efeito espelho,
será confinada, como mostrado
na figura e se propagará.
Anotações
Propagação na Fibra
Propagação na Fibra Multimodo Multimodo
Portanto o resultado é que
a luz se propagará de um
extremo ao outro desta fibra,
de acordo com a figura. Note-
se que como se trata de uma
figura didática, o diâmetro
desta fibra está em muito
aumentado.
Este tipo de propagação deu
origem a Fibra Multimodo, na
qual, como o nome indica que,
vários Modos ou
simplificadamente, vários raios
de luz podem se propagar
simultaneamente ao longo fibra
óptica, conforme a figura ao
lado.
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Anotações
Fibra Óptica Monomodo
Vamos agora supor que, o diâmetro desta fibra óptica que já é pequeno, fosse ainda mais reduzido, de forma a
permitir a passagem de somente um modo ou raio de luz, como podemos ver na figura.
Neste caso, temos a denominada Fibra Óptica Monomodo.
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Anotações
Perdas de Luz na Fibra Óptica
• Perdas por Absorção Total.
• Perdas por Absorção Intrínseca.
• Perdas por Absorção Extrínseca.
• Perdas por Absorção por Alteração Atômica.
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Anotações
Macrocurvatura Macrocurvatura
Outro tipo de fenômeno que
uma fibra óptica pode apresentar é
a chamada Macrocurvatura, em
inglês Macrobending, que ocorre
quando a fibra sobre uma curvatura
tal que a luz tende a escapar de
seu confinamento, conforme
ilustrado na figura.
Este fenômeno é usado para
extrair e também para inserir luz
em uma fibra, para fins de medida,
alinhamento em máquinas de
emenda, comunicação em campo,
etc.
Neste caso deve se tomar
cuidado com o raio de curvatura
efetuado para realizar esta
Macrocurvatura, pois se este raio
for muito reduzido, a fibra poderá
sofrer um dano permanente.
Anotações
Microcurvatura
Microcurvatura A Microcurvatura
geralmente ocorre, quando
uma fibra sofre algum tipo de
impacto ou uma curvatura com
raio extremamente pequeno.
Geralmente este tipo de
dano é irreversível e impede o
seu uso.
A figura ao lado dá uma
idéia deste tipo de ocorrência.
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Anotações
Fibra Multimodo
Fibra Multimodo
Como podemos ver a camada externa é denominada de Revestimento (R), em inglês Coating; geralmente com
diâmetro de 250 µm.
Logo abaixo a Casca (C), em inglês Cladding; com diâmetros de 125 ou 140 µm.
E, no centro o Núcleo (N), em inglês Core; que pode ser construído com diâmetros de 50; 62,5; 82,5 ou 100 µm.
Como dissemos anteriormente, já começaram a ser fabricadas fibras ópticas do tipo Multimodo, confeccionadas com
plásticos especiais, usadas principalmente em LAN’s. A principal vantagem destas fibras seria o baixo custo, quando
comparado a outros tipos de fibras usadas na referida aplicação.
No caso das fibras ópticas do tipo Multimodo confeccionadas em plástico especial, dotado de um de alto índice
refração, o diâmetro (N) do núcleo é geralmente da ordem de 1 000 µm.
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Anotações
Fibra Óptica Multimodo de Índice Degrau
Dependendo de como o núcleo é construído, a propagação da luz ao longo da fibra irá variar. Para o caso do
chamado Índice Degrau, a figura acima ilustra como se processa esta propagação.
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Anotações
Fibra Óptica Multimodo de Índice
Gradual
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Anotações
Fibra Monomodo
• É a fibra onde apenas um modo se propaga.
• Grande largura de Banda, pois não há
dispersão modal.
• Apresenta baixa atenuação em relação à
fibra multimodo.
• Utilizada em comunicação de longa distância
com alta capacidade de transmissão.
Fibra Monomodo
A Fibra Óptica Monomodo Comum foi desenvolvida inicialmente para a transmissão de sinais ópticos em 1310 ηm
(nanômetros). Obedece as normas G.652 da ITU–T.
Note que apesar das dimensões do Revestimento (R) e da Casca (C) serem, aproximadamente, iguais para as Fibras
Ópticas Mono e Multimodos o diâmetro do Núcleo (N) da Fibra Óptica Monomodo é muito menor, da ordem de 3 a 8 µm.
Como as dimensões tanto das Fibras Ópticas Multimodo e quanto das Fibras Ópticas Monomodo são muito pequenas,
é praticamente impossível distingui-las a olho nu. Na prática, usa-se um microscópio portátil, entretanto, deve-se tomar
cuidado com as fibras que estejam ativadas. A radiação luminosa transportada, como já foi visto, é invisível e como é
altamente concentrada e intensa, pode trazer danos permanentes ao olho humano.
Fibra Óptica Monomodo de Índice Degrau
Respeitadas as dimensões, a configuração geométrica do núcleo da Fibra Óptica Monomodo de Índice Degrau é igual
ao do núcleo da Fibra Óptica Multimodo de Índice Degrau.
Historicamente este tipo de Fibra Óptica Monomodo foi a primeira a ser comercialmente produzida.
Além deste tipo de índice para Fibras Ópticas Multimodo, existem outros tipos que, por serem bem mais complexos,
fogem do escopo deste material.
Vantagens e Desvantagens da Fibra Óptica Monomodo
Vantagens
Distâncias maiores e ilimitadas, quando comparadas as Fibras Ópticas Multimodo.
Taxas de Transmissão muito mais altas (superiores a 160 GBps) quando comparadas as Fibras Ópticas Multimodo.
Desvantagens
Devido às dimensões do Núcleo da Fibra Óptica Monomodo ser, extremamente, reduzidas, isto torna difícil o
alinhamento, que é o caso de emendas, conectores, etc.
Alto custo, quando comparado a outros tipos de fibra, não só da fibra em si, mas também dos materiais agregados,
como conectores, componentes eletrônicos e outros.
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Anotações
Cabo Monofibra
Cabos Ópticos
Cabo Monofibra
O chamado Cabo Monofibra é constituído por uma única fibra óptica e tem os seguintes componentes: Núcleo, Casca,
Revestimento, Elementos de Tração ou de Resistência e Capa Externa.
A figura acima ilustra a constituição de um Cabo Monofibra com fibra do tipo Monomodo.
Os Elementos de Tração ou de Resistência (Strength Members) são opcionais e servem para aumentar a resistência
dos cabos à tração, para possibilitar puxamentos, quando instalados em linhas de duto subterrâneas, bem como em
instalações aéreas, evitando danos na fibra.
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Anotações
Cabo Multifibra Cabo Multifibra
A figura ao lado nos mostra um
Cabo de Fibras Ópticas Monomodo,
do tipo convencionalmente
empregado em linhas de dutos
subterrâneas, por Empresas de
Telecomunicações.
Anotações
Precauções:
Além da precaução acima,
Precauções lembramos que pequenos
pedaços do núcleo da fibra são
potencialmente perigosos, pois
• Nunca olhe diretamente na extremidade da fibra podem ser mais afiados que
agulhas e penetrar nos dedos,
óptica ou de conectores; debaixo das unhas, ou ainda
podem aderir à pele e ser
• A radiação luminosa que a fibra transporta não é transportados aos olhos, boca,
visível e é altamente concentrada e intensa; nariz, etc.
Em Cabos de Fibra Óptica
• Causa danos irreversíveis e permanentes ao olho que apresentam elementos de
humano. tração de materiais como Kvlar
ou similares, deve se evitar
inspirar próximo a fragmentos
destes materiais, pois por
serem extremamente leves,
podem ser inalados e se alojar
nos pulmões.
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Anotações
Emenda
Emendas
As fibras quando emendadas, sofrem uma perda devido a diferenças no índice de refração, propriedades físicas/
dimensionais e também devido ao desalinhamento, ângulo e separação das extremidades durante o processo de emenda.
Fatores Intrínsecos
Gerado quando existe diferença na abertura numérica (NA) da fibra que emite luz, sendo esta maior que daquela que
recebe. O inverso permite um bom acoplamento de luz, eliminando tal tipo de perda.
Fatores Extrínsecos
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Anotações
Preparação da Fibra Preparação da Fibra para
Emenda:
Antes de qualquer emenda,
• Preparação da Fibra para Emenda: devem ser preparadas as
extremidades das fibras, de
modo a adequá-las às
– Decapagem; necessidades de cada
procedimento:
– Limpeza;
- Decapagem;
– Clivagem. - Limpeza;
- Clivagem.
Anotações
Decapagem
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Anotações
Limpeza
Anotações
Clivagem
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Anotações
Emenda por Fusão
Caracteriza-se pela fusão entre as extremidades das fibras de modo a permitir a continuidade óptica através das
mesmas.
Para a execução deste procedimento são necessárias as ferramentas de Limpeza e Clivagem e uma Máquina de
Emenda, como a apresentada na figura acima.
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Anotações
Máquina de Emenda Automática
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Anotações
Máquina de Emenda Automática
Anotações
Execução da Emenda
Identificação da Fibra
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Anotações
Ajuste do Equipamento
Anotações
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Anotações
Teste do Arco
• Deve ser retirada uma amostra da fibra óptica a
ser emendada e proceder o teste do arco;
• Este teste irá ajustar as condições de fusão
especificamente para a fibra a ser emendada.
Anotações
Inserção de Protetores
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Anotações
Limpeza e Clivagem
• Deve-se executar este procedimento apenas no
momento da emenda.
• Posicionar as fibras na ranhura da máquina de fusão.
• Cuidar para que as fibras não invadam a linha
imaginária.
Anotações
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Anotações
Posicionamento das Fibras
Anotações
Fusão
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Anotações
Teste de Tração
Anotações
Proteção da Emenda
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Anotações
Acondicionamento
Anotações
Avaliação
• Executar a avaliação da perda no ponto de fusão,
sendo a atenuação máxima admissível de 0.1 dB
por fusão.
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Anotações
Emenda por Conector
Anotações
Características
Ópticas dos Conectores
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Anotações
Adaptador Óptico
Anotações
Conector Óptico
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Anotações
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Anotações
Redes Ópticas
Redes Ópticas
Além de apresentarem uma ótima relação custo/benefício, não existem outros meios de transmissão com parâmetros
como: atenuação, velocidade de propagação, capacidade de transmissão e, custos, tão bons quanto aos apresentados
pelas fibras ópticas.
Além da facilidade de instalação, há uma ampla variedade de cabos de fibra óptica, para as mais diversas aplicações e,
estão também disponíveis, vários sistemas de transmissão ópticos, por um número muito grande de fabricantes.
Some-se a isto, o fato que tanto as fibras ópticas, quanto os sistemas de transmissão ópticos, estão em contínua
evolução e aperfeiçoamento, permitindo hoje a implementação de redes totalmente ópticas, as chamadas AON (do inglês
All Optical Networks), superando todas as demais, até hoje existentes, conforme ilustrado na Figura acima.
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Anotações
Atenuador Óptico
Anotações
Isolador Óptico
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Anotações
Chave Óptica
Anotações
Acopladores Ópticos
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Anotações
MUX/DMUX WDM
Anotações
Divisor
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Anotações
Divisor Direcional
Anotações
Combinador
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Anotações
Acoplador Estrela
Anotações
Circulador Óptico
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Anotações
Filtros Ópticos
Anotações
Amplificadores
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Anotações
Amplificador Básico
Anotações
DISPOSITIVOS ÓPTICOS PARA
Modulador Eletro-Óptico REDES
MODULADOR ELETRO-ÓPTICO
Modulação – variação de
um parâmetro da portadora
óptica através do sinal
modulante (informação).
Para que o laser e o LED
possam ser utilizados como
transmissores ópticos, é
necessário modular a fonte
óptica com a informação a ser
transmitida.
A modulação mais usada é a
Modulação em Intensidade
onde é feita a variação da
corrente na fonte óptica.
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Linearização de Moduladores
Anotações
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Anotações
Sistema de Comunicação Óptico
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Modulação
Anotações
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Anotações
Modens e Mux Ópticos
MULTIMODEM ÓPTICO
MULTIPLEXADOR STM-1
Aplicações
• Base para serviço E1 e 2E1, flexível e econômico;
• Acesso a redes SDH;
• Acessos a ERBs e Micro-ERBs;
• Acesso de dados n x64 KBps e Ethernet;
• Redes de baixo custo utilizando interfaces multímodo.
Características
• Até 4 modens integrados em 1U de altura;
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• Interface G.703 com conector IEC 169/13 ou BNC;
• Interligação de 4 sinais E1 com modens E1 ou 2E1;
• Configuração por software (local ou remoto) ou por hardware;
• Possibilidade de configuração de proteção (1+1);
• Visualização dos alarmes remotos no painel do modem local;
• Substituição dos módulos com o equipamento em operação;
• Canal de serviço;
• Sinais de gerência e canal de serviço independentes dos tributários;
• Exteriorização de alarmes urgente e não urgente por contato seco;
• Gerência estendida;
• Placa de gerência SNMP (opcional);
• Mecânica: (A xL xP) 45 x440 x220 mm;
• Alimentação: 48 VDC (24 V opcional) e/ou 90 a 250 VAC com redundância ativa;
• Consumo: 12W.
Aplicações
• Ligações ponto-a-ponto;
• Acesso a Anel SDH;
• Uso em Armários Ópticos;
• Acesso de dados direto à fibra óptica;
• Interconexão de Estações Rádio-Base à CCC;
• Acesso a PABX de grande porte + Acesso à Internet;
• Uso como multiplexador elétrico 2/8.
Características
• Interfaces G.703 com conectores 75 Ohms IEC169/13 ou BNC e 120 Ohms RJ45;
• 1 canal de 2 MBps pode transportar tributário de taxa n x64 KBps, V.35/V.36, n = 1 a 32, ou 10/100BaseT
com capacidade de 2 MBps;
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Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados
• Possibilidade de configuração (1 + 0) ou (1 + 1) de agregado;
• Opção de medida de desempenho SE, SES, BBE, UA por canal;
• Visualização dos alarmes remotos no painel do modem local;
• Canal de serviço (comunicação de voz);
• Coleta de até 4 alarmes externos;
• Utiliza código corretor de erros;
• Upgrade facilitado através de download de firmware com equipamento em operação;
• Exteriorização de alarmes urgente e não urgente por contato seco;
• Gerências SSX e SNMP;
• Mecânica: (A x L xP) 45 x440 x220 mm;
• Proteção (1+1) opcional da fonte de alimentação;
• Fonte de alimentação 36 - 60 VDC ou 90-240 VAC;
• Consumo: 7W.
Exemplo:
Aplicações
• Operação como ADM (Add-Drop Multiplexer) ou em conexões ponto-a-ponto;
• Uso para transporte de troncos digitais convencionais ou serviço IP, inclusive em armários ópticos;
• Integrador de tributários PDH remotos à rede SDH, preservando gerência e canal de serviço;
• Acesso à rede SDH, como anel periférico;
• Acesso de grandes clientes.
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