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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS


Curso de Direito – Campus Serro

Otacília da Silva Rocha

ADOÇÃO INTERNACIONAL: Os desafios e dificuldades para se concretizar o


Princípio da Proteção Integral

Serro
2017
Otacília da Silva Rocha

ADOÇÃO INTERNACIONAL: Os desafios e dificuldades para se concretizar o


Princípio da Proteção Integral

Trabalho monográfico apresentado ao


Programa de Graduação em Direito da
Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, como requisito parcial para a obtenção
do título de Bacharel em Direito.

Orientador (a): Cristiane Silva Kaitel

Serro
2017
1 O INSTITUTO DA ADOÇÃO

1.1 Origem e Histórico

Para Chaves (2011), o primeiro registro sobre a adoção foi no Código de


Hamurabi (200 a.C), que segundo o autor, já continha regras sobre adoção.
No referido código havia a previsão de que na medida em que o pai adotivo
não criou o adotado, o filho poderia retornar à sua casa paterna biológica. No
entanto, caso o adotante tenha despendido valor em relação ao adotado, este não
poderia deixar o pai adotante. Ademais, já havia a previsão também de que o filho
adotado possuía os mesmos direitos concernentes aos filhos naturais. (CHAVES,
2011)
Conclui-se dessa passagem que:

[...] faz surgir a indissolubilidade da relação de adoção. Enquanto o pai


adotivo, não criou o adotado, este pode retornar à casa paterna; mas, uma
vez educado, tendo o adotante despendido dinheiro e zelo, o filho adotivo
não pode, sem mais, deixá-lo e voltar tranquilamente à sua casa. Estaria
lesado aquele princípio da justiça elementar que estabelece que as
prestações recíprocas entre os contratantes devam ser iguais,
correspondentes, princípio que constitui um dos fulcros do direito
babilonense e assírio. (CHAVES, 2011, p. 48)

É possível perceber então a preocupação do legislador da época em


averiguar se o filho adotado poderia ou não ser reclamado pelos pais biológicos. É
possível ainda verificar que caso houvesse ingratidão por parte do adotado, poderia
haver revogação da adoção.
Mais adiante, já no direito romano, Figueiredo nos ensina que:

Em Roma o instituto da adoção foi bastante difundido, também ligado à


necessidade de perpetuação do culto doméstico aos deuses de família. [...]
cabe dizer que entre os romanos havia dois tipos de instituto: a) a adoção,
b) a adrogatio. [...] A sociedade germânica, no baixo império romano
(império bizantino), utilizava o instituto da adoção como meio de devolução
de bens coletivos. Também entre os povos bárbaros, especialmente entre
os francos, o instituto era corriqueiro, apenas sendo exigido que o adotante
fosse do sexo masculino, sendo que o adotado herdava normalmente. No
direito hispano-lusitano existia um instituto similar à adoção, denominado de
perfilatio, com marcado caráter patrimonial, criando laços de família e
direitos sucessórios. (FIGUEIREDO, 2002, p. 16)
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Nota-se então uma grande evolução no instituto da adoção no direito romano,


pois foi onde ele foi disciplinado e ordenado de forma sistemática.
Já na idade média, o direito canônico basicamente fez com que a adoção
caísse em desuso, haja vista que o instituto familiar foi visto como sacramento
matrimonial. (SZNICK, 2010)
Mais adiante, o Código Napoleônico tratou de trazer o instituto à baila
novamente, tendo em vista que Napoleão Bonaparte não possuía herdeiros e viu a
continuação do seu império ser ameaçada. (SZNICK, 2010)
Já no Brasil, Silva e Neto (2011) afirmam que a adoção foi prevista pela
primeira vez nas Ordenações Filipinas e na Lei de 22 de Setembro de 1828, graças
a uma incorporação de referências no sistema romano. Contudo, a regulamentação
do instituto da adoção somente foi realizada com o advento do Código Civil de 1916,
preservando, no entanto, a sua essência, qual seja: satisfazer os interesses do
adotante que deveria possuir mais de 50 anos e possuir filhos. (SILVA; NETO, 2011)
Silva (2011) complementa ainda que, conhecida como adoção simples, o ato
resultava em um parentesco somente entre adotante/adotado e exigia somente
escritura pública para ser formalizado. Exigia ainda uma diferença de idade de 18
anos entre ambos.
Carvalho (2010) afirma que com o advento da Lei n. 3.133 de 1957, houve
mudanças no instituto da adoção, tendo como uma das principais a redução da
idade mínima do adotante para 30 anos, porém, o adotante somente poderia o fazer
após cinco anos de matrimônio, quando casado. Outra mudança foi a diferença de
idade entre adotante e adotado que passou para 16 anos. Trouxe ainda a
possibilidade de o adotante ter outros filhos legítimos ou legitimados, no entanto, o
vínculo somente poderia ser desfeito nos casos previstos em lei. (CARVALHO, 2010)
Alvim (2015) afirma que entra em vigor a Lei n. 4.655 em Junho de 1965
trazendo outra importante mudança no instituto da adoção, onde seria possível o
cancelamento do primeiro registro de nascimento do adotado, podendo ser
substituído com os novos dados do novo adotante.
Percebe-se aqui um tratamento mais benéfico à criança do que aquele
previsto no Código Civil de 1916. Porém, as grandes mudanças ainda estariam por
vir com a Lei n. 6.697, conhecida como o Código de Menores, de 10 de Outubro de
1979.
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Conforme nos ensina Maciel (2010), o Código de Menores criou 02 tipos de


adoção: a simples e a plena. A adoção simples era realizada por escritura pública e
era regulamentada pelo então Código Civil, além de ser aplicável aos menos de 18
anos em situação irregular. A adoção plena era aplicável aos menores de 07 anos,
por meio de processo judicial e possuía caráter assistencial. Nesta modalidade de
adoção, era feita um cancelamento do registro civil original e realizada a sua
substituição pela figura da legitimação adotiva, dando à criança um status de filho de
nova família. (MACIEL, 2010)
Observa-se, portanto, uma primeira preocupação em se proteger
prioritariamente os interesses das crianças e adolescentes, frente aos interesses dos
adotantes.
Basta observar no Art. 5º deste diploma legal os seguintes termos: “Na
aplicação desta Lei a proteção aos interesses do menor sobrelevará qualquer outro
bem ou interesse juridicamente tutelado”. (BRASIL, 1979)

1.2 Natureza Jurídica e conceitos

Não há uma pacificação de entendimentos quanto à natureza jurídica da


adoção. Há doutrinadores que a consideram como contrato, há quem o considere
como ato solene, ou até mesmo filiação criada pela lei. Há ainda quem entende que
seja um instituto de ordem pública e outros que consideram a adoção como sendo
um misto de contrato com instituto de ordem pública. (RODRIGUES, 1982)
Os que afirmam que a adoção possui natureza contratual se expõem nos
seguintes termos: “Entendem eles que o ato é bilateral tendo o seu termo mútuo
consenso das partes, produzindo, a partir daí, os efeitos pretendidos e acordado
com plena eficácia entre as partes.” (LIBERATI, 1995, p. 17)
Por outro lado, a corrente que acredita que a adoção seja um ato complexo
assevera que ela pode ser formalizada em dois momentos:

[...] o primeiro, de natureza negocial, onde haverá a manifestação das


partes interessadas, afirmando quererem a adoção; um segundo momento,
onde haverá a intervenção do Estado, que verificará da conveniência ou
não, da adoção. O primeiro momento se dá na fase postulatória da adoção,
enquanto que o segundo se dará ao fim da fase instrutória do processo
judicial, com a prolação da sentença. (MACIEL, 2010, p. 198)
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Percebe-se, portanto, que a autora considera ser a adoção um ato complexo


justamente por necessitar de manifestação de vontade tanto do adotante e adotado,
quanto do Estado.
Lado outro, Arnaldo Marmitt acredita que a adoção:

[...] é instituto de ordem pública, perfazendo, uma integração total do


adotado na família do adotante, arrendando, definitiva e irrevogavelmente a
família de sangue. Essa cabal entronização na família nova, e esse
esquecimento de ser um estranho, vence e supera a limitação do vínculo
parental ao adotante a ao adotado, que caracteriza a adoção do Código
Civil. A relação jurídica de paternidade, que se cria, não somente se
aproxima estreitamente daquela da prole biológica, concebida no
casamento, mas com ela se mescla e se confunde paulatinamente, dia após
dia, sem notar-se mais diferença entre quem é filho biológico e quem é filho
adotivo. (MARMITT, 1993, p. 10)

Embora haja toda essa divergência quanto à natureza jurídica da adoção,


acredita-se que se trata de um instituto de ordem pública, haja vista os efeitos
sucessórios que decorrem da adoção. Ademais, o princípio da primazia dos
interesses da criança e adolescente demonstra a função social da adoção e afirmam
o seu objetivo de formação de um lar para o menor desamparado. Esse é o
entendimento ao nosso ver que mais se aproxima dos ideais preconizados pelo ECA
e pelo ordenamento jurídico brasileiro.
É preciso trabalhar ainda um pouco sobre a conceituação da adoção pois
trata-se de uma tarefa crucial para o bom desenvolvimento do trabalho.
Maria Helena Diniz define a adoção como sendo:

Um ato jurídico solene e bilateral que gera laços de paternidade e filiação


entre pessoas naturalmente estranhas umas às outras. Estabelece um
vínculo fictício de filiação, trazendo para sua família, na condição de filho,
pessoa que geralmente lhe é estranha. É uma ficção legal que possibilita
que se constitua entre o adotante e o adotado um laço de parentesco de
1º grau na linha reta, estendendo-se para toda a família do adotante. É
um ato complexo que depende de intervenção judicial, de caráter
irrevogável e personalíssimo. (DINIZ, 2010, p. 1 grifos nossos)

Percebe-se que está sendo criada uma relação de filiação, a qual não pode
sofrer nenhuma distinção em relação à filiação biológica, por força de previsão
constitucional. O Art. 227, § 6º da CF/881 assegura essa igualdade de tratamento.

1
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e
qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. (BRASIL, 1988)
9

Neste mesmo sentido, a adoção é definida por Venosa (2011, p. 273) como
sendo:

[...] modalidade artificial de filiação que busca imitar a filiação natural. Daí
ser também conhecida como filiação civil, pois não resulta de uma relação
biológica, mas de manifestação de vontade, conforme o sistema do código
civil de 1916, ou de sentença judicial, no atual sistema.

Complementando o conceito de adoção, João Seabra Diniz define a adoção


como sendo:

[...] inserção num ambiente familiar, de forma definitiva e com aquisição de


vínculo jurídico próprio da filiação, segundo as normas legais em vigor, de
uma criança cujos pais morreram ou são desconhecidos, ou, não sendo
esse o caso, não podem ou não querem assumir o desempenho das suas
funções parentais, ou são pela autoridade competente consideradas
indignas para tal. (SEABRA, 2000. p. 67).

É plenamente possível aduzir portanto que o conceito de adoção nos permite


entender que ela tem como finalidade exigir um ambiente pleno e favorável ao
desenvolvimento do adotado, que por motivos mais diversos restou distante de sua
família biológica. Não se permite aqui tratar a adoção como sendo tão-somente
resolução de conflitos familiares ou ausência de proteção. Adoção é um ato bem
mais complexo que isso e visa prioritariamente atender aos interesses de proteção à
criança e ao adolescente, dando-lhe condições de crescer em um ambiente com
amor, carinho e proteção.
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2 A ADOÇÃO INTERNACIONAL

Neste capítulo, inicia-se um estudo mais aprofundado sobre a adoção


internacional, sua origem e evolução histórica. Será abordado ainda sobre as
normas de adoção internacional, com enfoque na Convenção de Haia e na
Convenção sobre os direitos da criança, além dos requisitos e procedimentos
exigidos para a adoção internacional.

2.1 Origem e histórico

Segundo Pereira (2013), há registros históricos de adoção internacional no


Séc. XVII:

Ainda que de maneira embrionária, a gênese do instituto da adoção


internacional, pode estar situado em 1627, período em que uma significativa
quantidade de crianças inglesas foi transportada de navio para o sul dos
Estados Unidos, com a finalidade de serem integradas a famílias de
colonos. Tratava-se de meninos e meninas órfãos, alguns abandonados e
outros que tinham a adoção autorizada por seus pais, para se tornarem
aprendizes em famílias de artesãos. (PEREIRA, 2013, p. 52)

Muito embora tenha esse registro, nenhuma legislação internacional tratava


do assunto em questão. Para Pereira (2013), somente em 1924 com a Convenção
de Genebra, houve uma mudança nesse sentido onde demonstrou-se uma enorme
preocupação com a infância. A partir disso, diversas legislações internacionais
passaram a dedicar uma proteção especial à infância. (PEREIRA, 2013)
Um acontecimento que revolucionou a questão das adoções internacionais foi
a Segunda Guerra Mundial. Ao seu término, a proteção aos direitos humanos tornou-
se um tema mundialmente debatido e a adoção de crianças por estrangeiros passou
a ser considerada uma prática regular. Isso porque milhares de crianças ficaram
órfãs após os conflitos e era praticamente impossível serem acolhidas por suas
famílias. (COSTA, 1998)
Ainda segundo Costa (1998), a melhor alternativa para a questão foi a adoção
de crianças por países menos afetados pela segunda grande guerra. Neste sentido,
diversos países sensibilizados com a causa produziram um acordo de vontades.
11

Eis que em 1945 surge a ONU, Organização das Nações Unidas que em
1948 aprova a Declaração Universal dos Direitos dos Direitos Humanos, servindo
como norte para ordenamentos jurídicos de todo o mundo. (ANNONI, 2002)
Diante então da preocupação de dar uma proteção especial à infância, a
declaração prevê nos seguintes termos em seu Art. 25: “ A maternidade e a infância
têm direito a ajuda e a assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou
fora do matrimônio, gozam da mesma proteção social.” (DECLARAÇÃO, 1948)
Dando continuidade a essa preocupação com a infância, Maciel (2010) afirma
que a UNICEF elaborou a Declaração Universal dos Direitos da Criança, sendo esta
aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em Novembro de 1959,
prevendo em seu segundo princípio os seguintes termos:

A criança gozará de proteção especial e disporá de oportunidades e


serviços, a serem estabelecidos em lei por outros meios, de modo que
possa desenvolver-se física, mental, moral, espiritual e socialmente de
forma saudável e normal, assim como em condições de liberdade e
dignidade. (DECLARAÇÃO, 1959)

Maciel (2010) complementa que essa preocupação com a criança tornou-se


uma ideologia mundial, que veio a repercutir diretamente no Brasil com a
Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Percebe-se então que todo esse contexto foi de extrema importância para que
a proteção à criança e ao adolescente tornasse um objetivo a ser alcançado pela
maioria das nações, que passaram a editar normas de adoção internacional.

2.2 Reconstrução da cadeia de fontes

Conforme afirma Valdir Sznick, a adoção internacional é tratada de forma


diversa em vários países, o que implicou na necessidade de uma norma básica com
regras gerais para nortear todos estes Estados. (SZNICK, 1999)

2.2.1 Legislação Internacional

A Convenção de Haia foi realizada no dia 15 de Novembro de 1965 na cidade


de Haia (por isso a origem do nome) e teve como tema principal a preocupação dos
12

países regular o conflito de leis e disciplinar aspectos sobre a adoção. A matéria


somente foi concluída em 29 de Maio de 1993. (COSTA, 1998)
Liberati (2009) afirma que a Convenção de Haia é considerado o primeiro
instrumento que trouxe uma regulamentação para o instituto da adoção
internacional, a nível mundial.
Neste mesmo sentido:

A Convenção de Haia de Direito Internacional Privado Relativa à Proteção


de Crianças e à Colaboração em Matéria de Adoção Internacional, de 29 de
maio de 1993, pode ser considerada a primeira Convenção
verdadeiramente internacional a regular a adoção, instituto que de há muito
ultrapassou as fronteiras regionais, para tornar-se um fenômeno de efetivo
interesse mundial. (COSTA, 1998, p. 188)

O texto da Convenção de Haia está totalmente direcionado aos direitos


humanos das crianças e coloca o bem estar delas como interesse máximo, além de
sobrepor a continuação da família à mero interesse patrimonial. Trata-se de uma
nova visão sobre adoção internacional. (LIBERATI, 2009)
É possível perceber essa visão de Liberati (2009) já nos primeiros dispositivos
da Convenção de Haia:

ARTIGO 1.
A presente Convenção tem por objetivo:
a) estabelecer garantias para que as adoções internacionais sejam feitas
segundo o interesse superior da criança e com respeito aos direitos
fundamentais que lhe reconhece o direito internacional;
b) instaurar um sistema de cooperação entre os Estados contratantes que
assegure o respeito às mencionadas garantias e, em consequência previna
o sequestro, a venda ou o tráfico de crianças;
c) assegurar o reconhecimento nos Estados contratantes das adoções
realizadas segundo a Convenção.
ARTIGO 2.
1. A Convenção será aplicada quando uma criança com residência habitual
em um Estado contratante (“o Estado de origem”) tiver sido, for, ou deva ser
deslocada para outro Estado contratante (“o Estado de acolhida”), quer após
sua adoção no Estado de origem pelos cônjuges ou por uma pessoa
residente habitualmente no Estado de acolhida, quer para que essa adoção
seja realizada, no Estado de acolhida ou no Estado de origem.
(CONVENÇÃO DE HAIA, 1993)

É justamente nesse sentido que afirma Pereira (2013, p. 54):

Um dos principais objetivos da Convenção está em estabelecer uma


estrutura organizada entre os países que realizam a adoção internacional,
com vistas a facilitar a aplicação dos dispositivos que garantam os direitos
da criança, mediante a adesão obrigatória de normas e mecanismos
13

comuns entre as partes. O grande intuito desse empenho internacional


encontra-se no estabelecimento de mecanismos eficientes que asseverem o
bem-estar do adotado, bem como uma situação jurídica invariável tanto no
país de origem quanto no país adotante.

Ademais, Figueiredo acrescenta que a Convenção de Haia estipula normas


que visam garantir a eficácia do processo de licitação, ressalvados o superior
interesse da criança. (FIGUEIREDO, 2006).
No Brasil, a Convenção de Haia foi aprovada por meio do Decreto Legislativo
nº 1, de 14 de Janeiro de 1999 pelo presidente da época, Fernando Henrique
Cardoso. Dentre as diversas regulamentações da Convenção no Brasil, destaca-se
a possibilidade do adotado obter a nacionalidade do país dos adotantes. Uma vez
sendo país signatário da Convenção de Haia, toda sentença aplicada no Brasil, será
aceita no país em que a criança ou adolescente seja acolhida.
Já sobre a Convenção sobre os direitos da Criança, Azambuja (2004) ensina
que se trata de um diploma internacional que decorreu da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, após uma proposta da Polônia que foi dirigida à ONU no ano de
1978. Após isso, foi formado um grupo de caráter interdisciplinar composto por 43
países com a missão de traçar princípios comuns relativos às crianças. Com isso,
nasce em 1989 a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança.
(AZAMBUJA, 2004)
Para o Instituto Interamericano Del Niño (2004, p. 19):

A Convenção Internacional dos Direitos da Criança marca o advento de uma


nova etapa que pode ser caracterizada como etapa de separação,
participação e responsabilidade. O conceito de separação aqui se refere a
“neta” e necessária distinção, para começar no plano normativo, os
problemas de natureza social daqueles conflitos específicos com as leis
penais. O conceito de participação (admiravelmente sintetizado no art. 12 da
CIDC) se refere ao direito da criança em formar uma opinião e a expressá-la
livremente em forma progressiva de acordo com sua maturidade. Mas o
caráter progressivo do conceito de participação contém e exige o conceito
de responsabilidade, que a partir de determinado momento de maturidade
se converte não só em responsabilidade social, mas sim adiante e
progressivamente em uma responsabilidade penal, tal como estabelecem os
art. 37 e 40 da CIDC.

Pereira (1992) acrescenta que a Convenção foi aprovada no Brasil em 14 de


Setembro de 1990 por meio do Decreto Legislativo nº 18 e ratificada em 21 de
Novembro do mesmo ano pelo Decreto Legislativo nº 99.710.
Azambuja (2004) ainda afirma que a Convenção das Nações Unidas sobre os
Direitos da Criança reforça:
14

[...] a idéia da não-exclusão das crianças e dos adolescentes, possibilitando


a aplicação de seus princípios em países com culturas diferentes, a partir da
ratificação quase universal hoje verificada, sinalizando para o fato de que as
particularidades culturais devem ficar em segundo plano sempre que
entrarem em conflito com os direitos humanos. (AZAMBUJA, 2004, p. 47)

Para a UNICEF, a Convenção representa um grande avanço no que se refere


à proteção da criança e do adolescente na medida em que não trata o menor como
um mero objeto, mas como uma pessoa detentora de direitos e garantias. (UNICEF,
2017)
É nesse sentido que acredita Gonçalves (2002, p. 143) ao afirmar que a
Convenção Internacional dos Direitos da Criança: “[...] é impositiva no sentido do
cumprimento de um conjunto de deveres e obrigações, inclusive, a tomada de
medidas de políticas públicas para promovê-los.”
Os quatro pilares que sustentam a Convenção são elencados pela UNICEF:

a) A não discriminação, que quer dizer que todas as crianças devem exercer
seu potencial, independentemente do momento e da circunstância e esse
direito deve poder ser exercido em qualquer parte do mundo;
b) O interesse superior da criança, que deve ser sempre respeitado em
todas as ocasiões, vale lembrar que é esse princípio que norteia todo o
nosso Estatuto da Criança e do Adolescente;
c) A sobrevivência e desenvolvimento é fazer garantir o acesso aos serviços
básicos, assim como garantir a igualdade de oportunidades, para que
possam se desenvolver de forma mais completa;
d) A opinião da criança, que significa dizer que em relação aos seus direitos,
a voz da criança deve ser sempre ouvida em todas as circunstâncias.

Liberati (2009) afirma que a convenção obrigou os países signatários a


protegerem os menores contra o abuso e a exploração sexual, de forma que não
haja desvio de finalidade da adoção internacional. Além desses desvios, os países
se comprometem a proteger a criança contra a exploração econômica, o uso e
tráfico ilícito de drogas e contra seqüestro tráfico ou venda de crianças.
15

2.2.2 Legislação Nacional

A Constituição Federal de 1988 estabelece em seu Art. 227 uma proteção


especial à família, onde é possível perceber disposições sobre a criança e o
adolescente:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao


adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde,
à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão. (BRASIL, 2009, p. 193, grifo
nosso)

Esse mesmo dispositivo que trata da proteção à família, traz em seu § 6º uma
legitimação aos filhos adotivos, tratando-os de forma igualitária, conforme se vê: “[...]
os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos
direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à
filiação”. (BRASIL, 2009)
Seguindo a lógica do direito internacional, o § 5º do Art. 227 da Constituição
Federal assegura que as adoções internacionais devem ser assistidas pelo Poder
Público: “[...]§ 5º A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que
estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.”
(BRASIL, 2009)
Com base nessa previsão constitucional, surge então a Lei 8.069 de 13 de
Julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para Marques (1993,
p. 8): “[...] toda a ênfase da lei é dada aos novos direitos da criança, entre os quais
se inclui o direito à convivência familiar, na família natural ou na família substituta, no
caso a adotiva.”
Conforme ensina Alvim (2012), o ECA adota o princípio da proteção integral
da criança e do adolescente, buscando sempre priorizar o maior interesse destes,
conforme é possível perceber já em seu Art. 3º:

A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais


inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata
esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
(BRASIL, 1990)
16

Dentre as diversas regulamentações realizadas pelo ECA, Costa (2009, p. 36)


afirma que esse instituto legal:

Em consonância com o preceito constitucional, reformulou, integralmente, o


instituto da adoção, acabando com a dicotomia adoção simples-adoção
plena, prevalecendo a adoção sem qualificativo, de efeitos plenos e
irrevogável, que atribui a condição de filho ao adotado com os mesmos
direitos e deveres.

Basta verificar o Art. 41 do ECA: “[...] a adoção atribui a condição de filho ao


adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de
qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.”
(BRASIL, 1990)
Especificamente sobre a adoção internacional, o ECA destinou o Art. 51 para
tratar do assunto:

Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual a pessoa ou


casal postulante é residente ou domiciliado fora do Brasil. [...]
§ 1o A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou
domiciliado no Brasil somente terá lugar quando restar comprovado:
I - que a colocação em família substituta é a solução adequada ao caso
concreto.
II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou
adolescente em família substituta brasileira, após consulta aos cadastros
mencionados no art. 50 desta Lei.
III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por
meios adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra
preparado para a medida, mediante parecer elaborado por equipe
interprofissional, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei.
§ 2o Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos
estrangeiros, nos casos de adoção internacional de criança ou adolescente
brasileiro.
§ 3o A adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades
Centrais Estaduais e Federal em matéria de adoção internacional. (BRASIL,
1990)

Será destinado um tópico específico para tratar melhor sobre os requisitos e


aspectos procedimentais da adoção internacional.
Como o Código Civil de 2002 não revogou as disposições sobre a adoção no
ECA, devem ser observadas algumas regras do referido código. Conforme assegura
Rizzardo:

Como o Estatuto da Criança e do Adolescente, profundas as alterações que


apareceram. Duas, então, as formas de adoção que remanesceram: a do
Código Civil e a do Estatuto, aplicável aquela aos maiores de dezoito anos e
procedida através de escritura pública, e a última aos menores até os
17

dezoito anos, a quem era dirigido o diploma da Lei n. 8.069/1990.


(RIZZARDO, 2009, p. 14)

Neste sentido, o Código Civil também estipula regras para adoção em alguns
casos, conforme se vê:

Art. 1.624. Não há necessidade do consentimento do representante legal do


menor, se provado que se trata de infante exposto, ou de menor cujos pais
sejam desconhecidos, estejam desaparecidos, ou tenham sido destituídos
do poder familiar, sem nomeação de tutor, ou órfão não reclamado por
qualquer parente, por mais de 1 (um) ano. (BRASIL, 2009)

No entanto. Rizzardo (2009) adverte que embora sejam aplicados tanto o


Estatuto da Criança e do Adolescente quanto o Código Civil de 2002, é preciso que
eles sejam aplicados sempre observando o melhor interesse da criança ou
adolescente.
Em 03 de Agosto de 2009, surge a Lei nº 12.010, conhecida como Lei
Nacional da Adoção. Com a referida lei, houve uma reafirmação da necessidade de
garantir a afinidade e afetividade da criança e do adolescente do adotado com seus
parentes, os quais são elementos fundamentais para garantirem o direito à
convivência familiar. A lei ainda exige uma série de requisitos que busquem a
preparação prévia de alguns níveis psicossociais e acompanhamento intenso nas
famílias adotantes. (CAEIRO; CECCON, 2010)
Weber (2009) acredita que a Lei 12.010/09 estabelece regras mais rígidas nos
casos de adoção de crianças brasileiras por estrangeiros, como forma de evitar
irregularidades no processo de adoção. Apesar disso, foi reduzido de 2 anos para
apenas 1 o prazo de habilitação para casais que residem no exterior adotarem
crianças brasileiras.
A grande questão com o advento dessa lei é que:

Encerra-se a discussão existente em torno de se determinar qual é o


documento legal regente das adoções. A partir de agora, todas as adoções
sejam de crianças, adolescentes e adultos, serão regidas pelo Estatuto,
guardada as particularidades das adoções de adultos. (ROSSATO;
LÉPORE, 2009, p. 21)

Maiores detalhes da Lei 12.010/09 serão tratados no próximo tpópico


referente aos requisitos e procedimentos da adoção.
18

2.3 Requisitos e Procedimentos

A Convenção de Haia em seus artigos 4º e 5º estipulam alguns requisitos


para a adoção internacional. Segundo Marques (1996, p. 2):

[...] tratam-se mais do que normas, de princípios, que uma vez cumpridos
darão a ambos os Estados envolvidos a garantia de que não houve “venda”,
“tráfico”, “coação”, “sequestro” ou “indução” ao abandono e que os pais
adotivos estão aptos, tanto juridicamente como psicologicamente, a receber
a criança adotada.

Importante destacar, no entanto, que a adoção internacional é uma medida


excepcional, pois, conforme o Art. 19 do ECA 2, busca-se manter a criança ou
adolescente na família biológica. Posteriormente, busca-se colocá-la em família no
Brasil. Somente após esgotar todas as possibilidades é que deve-se falar em
adoção internacional. (BRASIL, 1990)
O primeiro requisito portanto é que as autoridades e o Estado tenham
colocado a criança em condições de ser adotada, ou seja, esgotadas todas as
tentativas no parágrafo anterior. (BRASIL, 1990)
Gatelli (2006, p. 33) assevera que: “É, portanto, sujeito da adoção, na
modalidade plena ou legitima adotiva, aquele que, na condição de adotando,
encontra-se em desenvolvimento, abandonado e preenche o requisito da idade
previsto em lei.” (grifo nosso)
Ressalta-se que conforme afirma Liberatti (2003, p. 123): “[...] a pobreza não
é motivo para retirar uma criança de sua família de origem e colocá-la em outra
família através da adoção.” Portanto, esse requisito é difícil de ser demonstrado haja
vista a dificuldade de comprovação por um critério específico.
Já prevendo essa questão, o ECA aponta que as crianças e/ou adolescentes
que estiverem em famílias com problemas financeiros, devem permanecer em suas
famílias e incluídas em programas oficiais de auxílio (bolsa família, bolsa escola, etc)
(BRASIL, 1990)
O requisito da idade do adotado deve ser comprovado por meio da certidão
de nascimento. O ECA estipula que a idade dos “adotáveis” deve ser de 0 a 18 anos.
(BRASIL, 1990)

2
Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e,
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em
ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes. (BRASIL, 1990)
19

Neste caso, considera-se criança a pessoa com até 12 anos incompletos e


adolescente a pessoa entre 12 e 18 anos. Neste sentido, o requisito é que no caso
das crianças, deve haver o consentimento das pessoas que detenham o poder
familiar sobre o menor e no caso do adolescente, este mesmo deverá consentir.
(BRASIL, 1990)
O Art. 42 do ECA ainda determina que o adotado seja 16 anos mais novo que
o adotante, no mínimo. Em caso de adoção em conjunto, o artigo ainda exige que
seja comprovado que os adotantes sejam casados ou em união estável,
demonstrando estabilidade familiar. Apesar dessa exigência, o ECA traz ainda a
possibilidade de adoção por pessoas viúvas, solteiras ou divorciadas (BRASIL,
1990)

§4o. Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros


podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o
regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado
na constância do período de convivência e que seja comprovada a
existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor
da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão. (BRASIL,
1990)

Outro requisito é a necessidade de atuação de uma equipe de profissionais


no processo:

Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras atribuições que


lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito,
mediante laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver
trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção e
outros, tudo sob a imediata subordinação à autoridade judiciária,
assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico. (BRASIL, 1990)

Preenchidos todos esses requisitos, os procedimentos para a adoção


internacional também segue alguns protocolos. Conforme afirma Liberati (2010), a
pessoa ou casal que tem interesse em adotar deve procurar a Autoridade Central do
Estado para que se inicie o processo de habilitação, que após fazer isso, emitirá um
relatório com sua aptidão ou não para adotar. Todo o processo deverá ser
acompanhado dos seguintes documentos:

a) certidão de casamento ou certidão de nascimento; b) passaporte; c)


atestado de sanidade física e mental expedido pelo órgão ou vigilância de
saúde do país de origem; d) comprovação de esterilidade ou infertilidade de
46 um dos cônjuges, se for o caso; e) atestado de antecedentes criminais; f)
estudo psicossocial elaborado por agência especializada e credenciada no
20

país de origem; g) comprovante de habilitação para adoção de criança


estrangeira, expedido pela autoridade competente do seu domicílio; h)
fotografia do requerente e do lugar onde habita; i) declaração de
rendimentos; j) declaração de que concorda com os termos da adoção e de
que o seu processamento é gratuito; l) a legislação sobre a adoção do país
de origem acompanhada de declaração consular de sua vigência; m)
declaração quanto à expectativa do interessado em relação às
características e faixa etária da criança. (LIBERATI, 2003, p. 134)

Com essa documentação, o adotante deverá dar entrada no processo de


adoção internacional no Juízo da Infância e da Juventude no foro em que a criança
ou adolescente se encontra. (LIBERATI, 2003)
ISHIDA (2013) afirma que para a formalização do pedido de adoção a
presença de um advogado é dispensável.
21

3 PANORAMA SOBRE A ADOÇÃO INTERNACIONAL

Destina-se esse capítulo a apresentar dados estatísticos sobre a adoção


internacional. No entanto, em caráter exemplificativo, é interessante apresentar uma
tabela do IBGE (2010) sobre a representação de crianças, adolescentes e jovens na
composição da população brasileira, que segundo a pesquisa representam um total
de 80 milhões de pessoas:

Tabela 1 Crianças, Adolescentes e Jovens. 41,6% da população brasileira

Fonte: Cardoso apud IBGE, 2010

http://www.lidiaweber.com.br/Artigos/1998/1998Ofilhouniversal.pdf

Estatísticas – quantas adoções internacionais, em


porcentagem em relação às nacionais. Casos caracterizando
as adoções – faixa etária, raça, irmãos, etc – se conseguir
exemplos melhor

https://www.conjur.com.br/2011-mai-30/cai-numero-criancas-brasileiras-
adotadas-estrangeiros2
22
23

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