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FUNDAMENTOS DE

ECONOMIA
Prof. Josenito Oliveira

Determinação da Renda e do Produto


Nacional: O Mercado de Bens e Serviços

AULA 10
1
Capítulo 10: O Mercado de Bens e
Serviços

Da Contabilidade Nacional para a Teoria Econômica


Modelo Keynesiano Básico (Lado Real)
2
Introdução
A partir da crise de 29, a economia sofreu mudanças com as
teorias de Keynes, cuja base se assenta no pressuposto de que
é necessária a intervenção do governo para regular a atividade
econômica.

Teoria de determinação do equilíbrio da renda nacional:


se divide em lado real e lado monetário.

• Hipóteses do modelo básico

1. Economia com desemprego de recursos: a economia


deve estar em equilíbrio abaixo do pleno emprego, produzindo
abaixo de seu potencial.

2. Nível geral de preços constante: as empresas,


estimuladas por um aumento da demanda, procuram elevar a
produção e não os preços, porque têm capacidade ociosa. 3
Introdução
3. Curto prazo: análise da teoria de determinação da renda no
curto prazo.

4. Oferta agregada potencial fixada a curto prazo: valor


total da produção de bens/serviços finais à disposição da
coletividade num dado período. Ela varia em função da
disponibilidade de fatores de produção.
• Oferta agregada potencial: produção máxima da economia;
• Oferta agregada efetiva: produção que está sendo
efetivamente colocada no mercado, o que pode ocorrer sem que
os fatores de produção estejam sendo plenamente empregados.

4
Princípio da Demanda Efetiva
5. Princípio da demanda efetiva (DA): soma dos gastos
planejados dos quatro agentes macroeconômicos:
despesas das famílias com bens de consumo (C), gastos
das empresas com investimentos (I), gastos do governo e
despesas líquidas do setor externo (X – M).

DA = C + I + G + (X – M)

Princípio da demanda efetiva: as alterações do nível de


equilíbrio da renda e do produto nacional devem-se
exclusivamente às variações da demanda agregada de
bens e serviços.
5
O equilíbrio macroeconômico
A situação de equilíbrio utilizando o nível geral de preços e
produto real:

Produto real = produto nominal/ nível geral de preços

Formato da curva de oferta agregada depende da hipótese


sobre o nível de produto corrente da economia:
• economia com desemprego de recurso;
• economia com pleno emprego de recurso;
• economia com alguns setores em desemprego e outros em
pleno desemprego.

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Comportamento dos agregados macroeconômicos
no mercado de bens e serviços

Consumo agregado: é influenciado por fatores como renda


nacional, estoque de riqueza, taxa de juros de mercado, etc.
C = f (RND)
C= consumo agregado;
RND= renda nacional disponível.

Propensão marginal a consumir:

Propensão marginal a consumir = variação no consumo


agregado/ variação na renda nacional disponível seus
recursos em aplicações financeiras.
7
Comportamento dos agregados macroeconômicos
no mercado de bens e serviços

Poupança agregada: parte residual da renda nacional disponível.


S= f(RND)
S= poupança agregada;
RND= renda nacional disponível.

Propensão marginal a poupar: relação entre variação da poupança


e variação da renda disponível.

Investimento agregado: acréscimo ao estoque de capital que leva


ao conhecimento da capacidade produtiva, podendo ser interpretado
sob dois ângulos.
• no curto prazo: investimento afeta apenas a demanda agregada.
• no longo prazo: afeta produção e oferta agregada.

8
Comportamento dos agregados macroeconômicos
no mercado de bens e serviços

Taxa de rentabilidade esperada: é calculada a partir da estimativa


do retorno líquido esperado pela aquisição do bem de capital.

• O investimento tem uma relação inversamente proporcional com as


taxas de juros de mercado.

Para tomar decisões sobre as despesas de investimento, o empresário


compara, então, as duas taxas:

• se a taxa de retorno supera a taxa de juros de mercado, ele investirá


na compra de bens de capital;

• se a taxa de retorno for inferior à taxa de juros de mercado, ele não


investirá, preferindo direcionar seus recursos em aplicações
financeiras.

Disponibilidade de fundos de longo prazo também podem afetar a


demanda de investimentos. 9
O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real

Contabilidade Nacional: medição do produto efetivamente


realizado (ex-post).

Teoria Macroeconômica: refere-se ao produto potencial,


desejado, planejado. Análise dos agregados ex-ante. Estuda
as alternativas para levá-lo ao pleno emprego.

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O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
(Modelo Keynesiano Básico)
Curva de Demanda Agregada de Bens e Serviços (DA): composta
pela demanda de quatro agentes macroeconômicos:

DA = C + I + G + (X – M)
onde: Nível Geral Curva de Demanda
C = consumo (famílias e empresas) de Preços Agregada (DA)
I = investimento (bens de capital)
G = gastos do governo (saúde, investimento, etc)
X = exportações (bens e serviços)
M = importações (bens e serviços)
Renda Nominal ( Y ) Y
Renda Real = =
Nível de Preços ( P ) P Q = PNREAL= y = Y/P

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O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
Curva de Oferta Agregada de Bens e Serviços (OA): quantidade de
bens e serviços que os produtores estão dispostos a colocar no mercado.
OA = Renda Nacional = Produto Nacional Real

A: aumenta Q, com P constante,


caso haja desemprego de recursos;

B: situação intermediária;

C: aumenta P, com Q constante,


caso os recursos estiverem
plenamente empregados.

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O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real

Curva de Oferta Agregada de Bens e Serviços (OA)

Nível Geral Curva de OA


de Preços Simplificada
A: trecho Keynesiano (desemprego)

C: trecho Clássico (pleno emprego)


C
Desemprego: quando a DA é
A insuficiente para absorver a produção
agregada de pleno emprego.

Y
YPLENOEMPREGO
13
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico

Nível Geral Curva de OA 1ª. Desemprego de Recursos. A DA situa-


de Preços Simplificada
se abaixo da OA de pleno emprego. Preços
constantes e as variáveis consideradas em
valores reais (deflacionadas). (A)

2ª. Curto Prazo. A curto prazo, o estoque


dos fatores de produção são considerados
A
constantes. Embora, a força de trabalho e a
capacidade produtiva instalada sejam fixas,
Y seus níveis de utilização variem.
Y0 YPLENOEMPREGO

14
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico
3ª. A curva de OA é fixada (decorrência
Nível Geral da hipótese 2ª). OA = f(N,K,Tec). Como
de Preços esses fatores de produção são constantes a
curto prazo, a OA permanece fixa (não há
deslocamentos, apenas movimentos ao
DA0 DA1 longo da curva.

4ª. A curto prazo, apenas a demanda


agregada provoca variações no nível de
equilíbrio da renda nacional. (Corolário
das anteriores) Para tirar a economia de
Y uma situação de desemprego, a curto prazo,
Y0 YPLENOEMPREGO
deve-se procurar elevar a DA. DA é mais
sensível a curto prazo que a OA.
15
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do
Modelo Keynesiano Básico

Nível Geral
de Preços PRINCÍPIO DA
DEMANDA EFETIVA

DA0 DA1 A DA determina a produção (Keynes).


Inverte um dos principais postulados
da Teoria Clássica, a chamada Lei de
Say, pela qual a OA é que determina
a procura.
Y
Y0 YPLENOEMPREGO

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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
Função consumo (C): o consumo agregado é função crescente do nível de
renda nacional (Y). O modelo mais simples supõe o consumo como uma função
linear. C = f (Y )
C = a + by

onde:a = consumo autônomo (independe da renda)


b = propensão marginal a consumir (declividade da reta), onde 0 < b < 1

a
Y
Apropensão marginal a consumir (PMgC) é o acréscimo de consumo, dado a
um acréscimo na renda nacional.
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
Função poupança (S): é a parcela da renda nacional não
consumida, em dado período de tempo.
S=y–C
sabemos que C = a + by e portanto:
S = -a + (1 - b)y
onde (1 – b) = propensão marginal a poupar
S S = − a + ( 1− b) y
( 1− b)

y
−a 18
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
Função investimento (I): bens e serviços que visam a
aumentar a produção futura. É também conhecido como
Formação Bruta de Capital Fixo. O investimento pode
ser dividido em:

• Investimento visto como elemento da demanda agregada: é a


fase que gasta apenas com instalações, equipamentos, etc, antes
do investimento maturar e resultar em acréscimos de produção;

• Investimento visto como elemento da oferta agregada: ocorre


quando aumenta a capacidade produtiva, após a maturação do
investimento.
Hipóteses:
I. A curto prazo, o investimento afeta apenas a demanda agregada;
II. O investimento é autônomo ou independente da renda nacional.19
19
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
Função gastos do governo (G): os gastos do governo são
autônomos em relação à renda nacional:
G = constante ou G ≠ f(y)
Função impostos ou tributação (T): no modelo simplificado a
tributação é autônoma, ou seja, não é induzida pela renda nacional:
T = constante ou T ≠ f(y)
Neste caso a nova função consumo será:
C = a + b (y – T) = a – byd
onde yd = renda disponível

Função exportação (X) e importação (M): são variáveis autônomas em


relação a renda nacional (modelo simplificado):
X = constante ou X ≠ f(y*)
M = constante ou M ≠ f(y) 20
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)

Determinação do equilíbrio: observações importantes

• A renda de equilíbrio ocorre quando OA = DA e não


necessariamente é a renda de pleno emprego;

• Decorre do exposto em (1) que o equilíbrio não indica


necessariamente algo desejável, pois pode estar
existindo um grande volume de recursos não
empregados;

• É um equilíbrio macroeconômico esperado, planejado (ex


ante), e não o equilíbrio efetivo (ex post).
21
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)

Determinação do equilíbrio: o equilíbrio é determinado pela


DA (curto prazo).
Onde: DA
DA = OA
y* = renda de equilíbrio (DA=OA)
y* = renda de pleno emprego
DA = C + I + G + X − M

y pe y ( = OA )
y*
22
Vazamentos e Injeções de
Renda Nacional
• Fluxo básico de renda: o que se estabelece entre famílias
(proprietários dos fatores de produção) e empresas (unidades
produtoras), o nível de renda nacional dependerá de vazamentos e
injeções nesse fluxo.

• Vazamento de rendas: ocorre quando parcela da renda recebida


pelas famílias não é gasta com as empresas nacionais.

vazamentos = poupança agregada + total de impostos + importações

• Injeções de renda: recursos injetados no fluxo básico.

injeções = investimento agregado + gastos públicos + exportações

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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)

Determinação do equilíbrio, igualando


vazamentos com injeções:
• Vazamentos: todo recurso que é retirado do fluxo básico, ou seja,
toda renda recebida pelas famílias, que não é dirigida às empresas
nacionais na compra de bens de consumo: poupança, impostos e
importações;

Vaz = S + T + M
• Injeções: todo recurso que é injetado no fluxo básico e que não é
originado da venda de bens de consumo às famílias: novos
investimentos, gastos públicos e exportações.

Inj = I + G + X 24
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
Determinação do equilíbrio, igualando vazamentos com
injeções:
 Vaz < Inj  crescimento da renda nacional
 Vaz > Inj  queda da renda nacional
 Vaz = Inj  equilíbrio estacionário
Vaz
Inj
S+ T+ M

I + G+ X

y pe y ( = OA )
y* 25
O Multiplicador Keynesiano
O multiplicador keynesiano de gastos: mostra que se a economia
estiver com recursos desempregados, um aumento na demanda
agregada provocará o aumento da renda nacional mais que
proporcional ao aumento da demanda.

Ele é expresso genericamente por:

k = variação da renda nacional/ variação da demanda agregada

Mais conhecidos:

kI = variação da renda nacional/ variação dos gastos de investimentos

kG = variação da renda nacional/ variação dos gastos do governo

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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos)
Hipóteses do multiplicador:
• O processo é iniciado por uma variação autônoma da
DA, ou seja, um deslocamento da DA devido à variação
autônoma de algum de seus elementos (C, I, G, X, M) ou
devido a alguma injeção ou vazamento do fluxo de
renda;
• O funcionamento do multiplicador supõe uma economia
em desemprego;
• O lado monetário é invariável;
• O multiplicador tem um efeito perverso: assim como a
renda aumenta em um múltiplo, para aumentos da DA, o
contrário também é válido. 27
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos)

Fórmula do multiplicador:
1
k=
1− b ( 1− t ) + m − i

1
Y= (C+ I + G+ X)
1− b ( 1− t ) + m − i

onde k = multiplicador de gastos


Assim, qualquer mudança nos gastos autônomos (C, I, G, X,
M) implicará em uma mudança no nível de renda (Y) dado
pelo multiplicador.
28
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Multiplicador Keynesiano de Gastos)

Teorema do Orçamento Equilibrado ou Teorema de Haavelmo

“Não dá para avaliar política fiscal olhando apenas o déficit ou superávit


do governo.”
governo
Se o governo efetuar gastos no mesmo montante dos tributos recolhidos,
a renda em vez de permanecer constante, aumentará em um montante
igual ao aumento de G e T.
Assim:
1 ∆y −b ∆y
kG = = e kT = =
1− b ∆ G 1− b ∆ T

• Se |kG| > |kT| ⇒ a renda aumentará quando ∆G = ∆T

• kG + kT = 1
29
Política Fiscal,
Inflação e Desemprego
Economia com desemprego de recursos: insuficiência da
demanda agregado e relação à produção de pleno emprego.
Instrumentos de política fiscal:
• aumento dos gastos públicos;
• diminuição da carga tributária;
• subsídios e estímulos às exportações;
• tarifas e barreiras às importações.

Teorema do orçamento equilibrado: em uma situação de


desemprego, se os gastos públicos forem elevados no mesmo
montante da arrecadação fiscal, a renda nacional aumentará
nesse mesmo montante.
Aumento dos gastos públicos = aumento da tributação =
aumento da renda nacional 30
Política Fiscal,
Inflação e Desemprego
Economia com inflação: quando a demanda agregada de
bens e serviços supera a capacidade produtiva da economia.
Instrumentos de política fiscal:

• diminuição dos gastos públicos;


• elevação da carga tributária sobre bens de consumo,
desestimulando gastos em consumo;
• elevação das importações, pela redução de tarifas e barreiras.

Inflação de custos: produção abaixo do pleno emprego.

31
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Hiatos)
Hiatos Inflacionário e Deflacionário e Política Fiscal Pura: a análise
dos hiatos permite estudar formas não monetárias de combater a inflação
e o desemprego, ou seja, como a política fiscal pode estabilizar preços,
emprego e nível de atividade.

Hiato Deflacionário: refere-se à Hiato Inflacionário: é dado pelo


insuficiência da DA, em relação a OA de excesso de DA, em relação a OA de
pleno emprego (ype) pleno emprego (ype)

DA DA
DA = OA DA = OA

DA = C + I + G + X − M
Hiato Deflacionário Hiato
DA = C + I + G + X − M Inflacionário

y pe y ( = OA) y ( = OA ) 32
y* y pe y*
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Teorias da Função Investimento)

a) O investimento depende da taxa de juros


I = f (taxa de retorno esperada, taxa de juros), ∆I/ ∆Y < 0
Eficiência Marginal do Capital (EMC): é a taxa de retorno esperada sobre o
investimento. É a taxa que iguala o valor presente dos retornos líquidos esperados
que se pode obter com o investimento, ao preço de aquisição do equipamento.
• EMC > 1 ⇒ é vantagem a firma investir (compra de bens de capital)
• EMC < 1 ⇒ não é vantagem a firma investir
b) Princípio do acelerador: o investimento é influenciado, basicamente,
pela taxa de crescimento do produto, não pelo nível de produto.

∆K
I t = v ( Yt − Yt − 1 ) = v∆ y onde v =
∆y
onde v = relação capital-produto capital-produto
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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Função Demanda por Investimentos)

Fatores determinantes da decisão de investir

Preço de Aquisição
do Ben de Capital

Eficiência Marginal
do Capital (EMC) Faturamento
Esperado
Valor Presente dos
Demanda de
Retornos Líquidos
Investimentos (I)
Esperados
Taxa de Juros Custos de Operação e
de Mercado (i) Manutenção do
Equipamento

34
Questões de Revisão:
Responder as perguntas do livro...

35
Referência Bibliográfica

Marco Antonio S. Vasconcellos


Manuel Enriquez Garcia
3º Edição | 2009 |

Marco Antonio S. Vasconcellos


4ª Edição | 2008 |

36

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