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Arcadismo

O Arcadismo foi um movimento literário que surgiu na Europa no século XVIII.


O movimento foi caracterizado pela valorização da vida bucólica, vivida no
campo e com simplicidade. O Arcadismo também valorizava muito os
elementos da natureza.
A escola literária também ficou conhecida como Setecentismo porque surgiu no
começo dos anos 1700. Também foi chamada de Neoclassicismo, como uma
referência ao Classicismo da antiguidade greco-romana, já que o movimento
fez um retorno às tradições clássicas desse período.
O movimento recebeu o nome de Arcadismo porque se originou em uma região
da Grécia Antiga chamada Arcádia, onde supostamente era a morada do deus
Pan.

Os escritores do período, que ficaram conhecidos como árcades, buscavam se


distanciar da forma de escrita do Barroco, a escola literária anterior, que era
caracterizado por exageros e excessos.

Os autores do Arcadismo costumavam assinar seus trabalhos com


pseudônimos baseados nos nomes de pastores da poesia grega ou latina. Isso
explica a presença da mitologia greco-romana e do pastoralíssimo nas obras
arcadistas.

O nome Arcadismo faz referência à Arcádia, região do sul da Grécia que, por
sua vez, foi nomeada em referência ao semideus Arcas (filho de Zeus e Calisto).

Denota-se, logo de início, as referências à mitologia grega que perpassa o


movimento.

Profundas mudanças no contexto histórico mundial caracterizam o período, tais


como a ascensão do Iluminismo, que pressupunha o racionalismo, o progresso
e as ciências. Na América do Norte, ocorre a Independência dos Estados Unidos,
em 1776, abrindo caminho para vários movimentos de independência ao longo
de toda a América, como foi o caso do Brasil, que presenciou inúmeras
revoluções e inconfidências até a chegada da Família Real em 1808.

O Balanço (década de 1730), de Nicolas Lancret


O movimento tem características reformistas, pois seu intuito era o de dar novos
ares às artes e ao ensino, aos hábitos e atitudes da época. A aristocracia em
declínio viu sua riqueza esvair-se e dar lugar a uma nova organizaçõ econômica
liderada pelo pensamento burguês.

Ao passo que os textos produzidos no período convencionado de Quinhentismo


sofreram influência direta de Portugal e aqueles produzidos durante o Barroco,
da cultura espanhola, os do Arcadismo, por sua vez, foram influenciados pela
cultura francesa devido aos acontecimentos movidos pela burguesia que
sacudiram toda a Europa (e o mundo Ocidental).

Segundo o crítico Alfredo Bosi em seu livro História Concisa da Literatura


Brasileira houve dois momentos do Arcadismo no Brasil:

a) poético: retorno à tradição clássica com a utilização dos seus modelos, e


valorização da natureza e da mitologia.

b) ideológico: influenciados pela filosofia presente no Iluminismo, que traduz a


crítica da burguesia culta aos abusos da nobreza e do clero.

Seus principais autores são Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga,
Basílio da Gama e Santa Rita Durão. No Brasil, o ano convencionado para o
início do Arcadismo é 1768, quando houve a publicação de Obras, do poeta
Claudio Manoel da Costa.

Principais autores e obras


Cláudio Manuel da Costa (1729-1789): foi advogado, minerador e poeta
português do Brasil Colônia. Destacou-se pela sua obra poética e pelo seu
envolvimento na Inconfidência Mineira.

Escreveu “Obras”; composta por sonetos, éclogas, epístolas e outras peças


líricas. Também escreveu teatro e o poema épico “Vila Rica.

A sua poesia lírica tinha influência de Camões, tratando sobre o sentimento


amoroso e a descrição da natureza. Em outras obras, como a coletânea de
sonetos, “Minúsculo Métrico”, há a presença de figuras femininas e também a
descrição da natureza.

Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810): foi jurista, poeta e ativista político


participante da Inconfidência Mineira, movimento pela independência de Minas
Gerais, precursor do processo que conduziu à separação do Brasil de Portugal.
Além disso, o escritor é considerado o mais proeminente dos poetas árcades,
sendo estudado em escolas e universidades por todo o mundo.

Escreveu “Cartas Chilenas”, que circulavam em Vila Rica no período que


antecedeu a Inconfidência Mineira, na forma de manuscritos anônimos. Nelas,
há uma forte crítica a Luís da Cunha Meneses, o governador de Minas,
identificado na obra como Fanfarrão Minésio.

As suas liras tratam sobre a vida em equilíbrio, sem exageros e em harmonia


com a natureza: lugar que o homem escolhe para fugir da realidade que o
oprime.

Basílio da Gama (1740-1795): foi poeta luso-brasileiro que escrevia as suas


obras sob o pseudônimo Termindo Sipílio. Além disso, foi designado como
patrono da cadeira 4 da Academia Brasileira de Letras.

Destacou-se por seu poema épico “O Uraguai”, que traz como tema a guerra
iniciada pelos portugueses e espanhóis contra os índios, incentivados pelos
jesuítas nos Sete Povos das Missões, Uruguai.

Na obra, o autor faz crítica aos jesuítas que são representados pelo padre Balda.
Esse padre é considerado um vilão, inimigo de Pombal e falso amigo dos índios.
Além disso, o escritor descreve a natureza americana e exalta o indígena, o que
provoca forte admiração por parte de outros escritores do século XIX.

Ainda, o Marquês de Pombal é louvado e reconhecido como herói na obra.

Contexto histórico
Crescimento da burguesia com força total, afastando-se do clero com o objetivo
de lucrar com o comércio.

Montesquieu, Voltaire, Rousseau e Descartes foram os principais pensadores e


filósofos que trouxeram os seus conceitos iluministas que influenciaram toda a
sociedade desse período.

Em 1776 houve a independência dos Estados Unidos, em que se obteve a


primeira abolição escravistas das Américas. Também houve a propagação de
ideias liberais, trazidas pelos estudantes brasileiros. Era o momento de o homem
querer ser livre.

No século XVIII, o Brasil tinha bastante atividade de extração mineral. Após a


descoberta do ouro e diamante, o eixo político deslocou-se para o Sul e a capital
deixou de ser a Bahia, passando a ser no Rio de Janeiro. Com essa descoberta,
os estrangeiros se interessam pelo Brasil.

Em 1789, ocorreu a Revolução Francesa com a queda da monarquia, além do


início da Revolução Industrial que passou por três períodos. A revolução
industrial foi o momento que houve a substituição da mão de obra humana pelas
máquinas, visando o lucro maior das empresas.

Ainda em 1789, ocorreu a Inconfidência Mineira: a população passou a


questionar os valores cobrados pelas altas taxas e impostos sobre a extração
dos minérios.
Colégio Estadual Deputado Manoel Novaes

João Vitor Araújo Fonseca

Escolas literárias

Salvador / Ba
2019
João Vitor Araújo Fonseca

Escolas literárias

Trabalho apresentado a disciplina de português ministrada pela professora Dilma do Colégio


Estadual Deputado Manoel Novaes, como requisito, parcial de avaliação da referida disciplina.

Salvador/ Ba
2019

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