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Materiais para gasodutos e oleodutos

Os materiais envolvidos na construção e dutos para o transporte de fluidos


derivados de petróleo ou do próprio petróleo variam de acordo com a região onde será
implantado e variam com o tipo específico de fluido que o mesmo irá transportar.
O comportamento dos materiais utilizados para a construção de oleodutos e
gasodutos pode ser predito com base nas suas propriedades. Nos metais, alguns
fatores como resistência à corrosão, resistência à tração, resistência à compressão,
ductilidade, devem ser estudados a fim de fazer a escolha certa.
A principal solicitação, em termos de propriedades do material, é a resistência à
corrosão, já que os fluidos petrolíferos possuem elevada acidez. Outro motivo que leva
a resistência à corrosão ser imprescindível nesses tubos são os ambientes onde os
mesmos são aplicados, desde tubulação exposta ao ar até tubulações expostas à água
de alta salinidade.
Os materiais metálicos são amplamente utilizados para a construção de dutos
para transporte de petróleo e derivados (NAYYAR, 2000). Dentre os mesmos, podemos
separá-los em:
Ligas ferrosas
Como sugerido, são ligas em que o ferro é o elemento da base. Dentro das
mesmas podemos destacar os aços que são ligas com até 2.1% de carbono. São os
mais usados para a confecção de tubos transportadores de petróleo e derivados devido
à combinação de boas propriedades mecânicas e pelo baixo custo de produção e
manutenção. Os aços podem ser classificados de acordo com o principal elemento de
liga presente:
1. Aço Carbono: liga básica de engenharia, tendo teores de carbono de até
1%. Sendo divididos entre baixo carbono ( 0.05% a 0.2% em peso de C), médio
carbono (>0.2% a 0.5% em peso de C) e alto carbono (>0.5%). De acordo com o teor
de carbono contido nessas ligas, temos diferentes níveis de resistência mecânica, de
modo que o aumento do teor de carbono leva à um endurecimento progressivo e uma
consequente aumento da fragilidade. Na Figura 1, temos uma parte do diagrama de
fases Fe-Fe3C mostrando a solubilidade do C no ferro de acordo com a temperatura.

Figura 1: Diagrama Fe-Fe3C (Adaptado de http://ok1zed.sweb.cz/s/02-


metallurgy/fefe3c.htm)
Seu principal uso na indústria do petróleo é como material estrutural, seja na
construção de dutos ou torres de destilação, no entanto, esses materiais são bastantes
suscetíveis à corrosão, o que leva a na maioria das vezes à uma necessidade de
proteção do meio corrosivo. Essa proteção pode ser aplicada como clade de aço
inoxidável ou através da soldagem de deposição de revestimentos.
2. Aços Inoxidáveis: São ligas com elevados teores de Cr (mínimo de 11%).
Esses aços, comparados aos aços carbono anteriores possuem uma elevada
resistência à corrosão devido à formação de uma camada passiva de óxido de cromo
sobre a superfície do metal, deixando a matriz metálica isolada do meio corrosivo. O
diagrama de fases para u sistema Fe-Cr está mostrado na Figura 2.

Figura 2: Diagrama de fases para o sistema Fe-Cr. Adaptado de (Talbot, 1997)


Os aços inoxidáveis também são divididos em 5 classes, mas desta vez,
referem-se à microestrutura desses materiais:
a) Austeníticos : possuem estrutura CFC, possuem elementos de liga como Ni
e N para estabilizar a austenita à temperatura ambiente. Podem ser utilizados em
temperaturas criogênicas devido ao fato de não sofrerem a transição dúctil/frágil
comum nos metais CCC, apresentam resistência à corrosão generalizada maior do que
os demais tipos de aços inoxidáveis, superados apenas pelos aços inoxidáveis duplex.
Um exemplo dos mesmos é o aço inoxidável AISI 321, utilizado transporte dutoviário.
b) Ferríticos : Devido aos teores de Ni serem relativamente altos nos aços
inoxidáveis austeníticos o custo de produção dos mesmos era muito alto, então
desenvolveu-se os aços inoxidáveis ferríticos, que contém pouco ou nenhum Ni, tendo
como principal elemento de liga o Cr. Um exemplo é o aço inoxidável AISI 444
c) Martensíticos : Possuem elevada resistência mecânica quando
comparados aos outros aços inoxidáveis, mas em compensação possui baixa
resistência à corrosão quando comparados aos aços ferríticos ou austeníticos.
d) Duplex : Combinam as propriedades dos ferríticos e austeníticos. Esse fato
ocorre devido à microestrutura ser composta pelas duas fases. Tem alta resistência à
corrosão comparado aos demais tipos, tem elevados teores de Cr e Ni o que provoca o
equilíbrio entre as duas fases. Um exemplo desse material é o aço inoxidável duplex
2205, um dos materiais mais usados em ambientes que possam causar severa
corrosão (RAVINDRANATH, 1993).
e) Endurecíveis por precipitação : Essa classe de aço inoxidável combina
uma alta resistência mecânica com boa resistência à corrosão, podendo ser
endurecido através de tratamentos térmicos. (CALLISTER, 2007)
Ligas não ferrosas
Englobam todas as outras ligas metálicas que o ferro não é o principal
elemento de liga. O uso dessas ligas é restrito devido ou ao custo elevado de produção
ou por suas propriedades serem úteis apenas em alguns setores do transporte
dutoviário.
a) Ligas de Ni: O níquel é um metal resistente, maleável, que oferece boa
resistência à oxidação e corrosão. Através da adição de Cr, Co, Mo, Ti, Al, Nb , a
resistência à alta temperatura e resistência à fluência dessas materiais podem ser
substancialmente aumentados. Entretanto, essas ligas possuem valores de baixa
ductilidade e requerem um cuidado especial na conformação desses materiais, mesmo
em temperaturas elevadas. Alguns exemplos do uso de ligas de Ni são o revestimento
com soldagem de revestimento com ligas Inconel e Hasteloy. (NAYYAAR, 2000)
b) Ligas de Al: O alumínio e muitas de suas ligas são altamente resistentes à
corrosão atmosférica e ao ataque de muitos agentes químicos, com excepção dos
alcalinos fortes. No entanto,eles estão sujeitos ao ataque galvânico se acoplado com
materiais mais nobres.
Adições de elementos de liga aumentam a resistência mecânica, mas em
detrimento da condutividade térmica e elétrica, algumas podendo reduzir o ponto de
fusão do material. Adições de Cu, Mg e Si geram ligas tratáveis termicamente que
podem ser envelhecidas ou temperadas. Efeitos do endurecimento por trabalho a frio
ou de precipitação podem ser removidos com tratamento em temperaturas de 315 a
425°C.(NAYYAAR, 2000)

Referências

NAYYAAR, Mohinder L. Piping Handbook. Nova Iorque, 2000, Mack-Graw Hill.

http://ok1zed.sweb.cz/s/02-metallurgy/fefe3c.htm, acessado em 20/11/2010 às


10:00h.

TALBOT, David; TALBOT, James. Corrosion science and technology. Nova


Iorque. 1997. CRC Press.

RAVINDRATH, K.; MALHOTRA, S.N. The influence of aging on the


intergranular corrosion of 22 chromium-5 nickel duplex stainless steel. Corrosion
Science. Volume 37, Issue 1. 1995. Pages 121-132.

CALLISTER, Willian D. Jr.. Materials Science and Engineering: An Introduction.


Nova Iorque. 2007. John Wiley and Sons.

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