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Turma e Ano: Master B - 2015

Matéria /Aula: ECA – Eleição e atribuições do Conselho Tutelar (art. 136 ao art. 140), prática do ato infracional
(art. 103 ao art. 119).
Professora: Angela Silveira
Monitora: Kathleen Feitosa
Aula 07

ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR

Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:


I – atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 a 105, aplicando as
medidas previstas no art. 101, I a VII;
II – atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I
a VII;
III – promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência,
trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas
deliberações.
IV – encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa
ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V – encaminhas à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI – providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art.
101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
VII – expedir notificações;
VIII – requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando
necessário;
IX – assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e
programas de atendimentos dos direitos da criança e do adolescente;
X – representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art
220, §3º, inciso II da Constituição Federal;
XI – representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder
familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família
natural;
XII – promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e
treinamento para o reconhecimento de sintomas e de maus-tratos em crianças e adolescentes.

Diante do caso concreto, o Conselho Tutelar de referência da criança e do adolescente


será o do seu município e, em hipótese de haver mais de um, aquele que estiver mais próximo do
domicílio dos pais/responsável ou do lugar onde o menor esteja, à falta dos pais/responsável (art.
147).

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Art. 139, §3º No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato
doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive
brindes de pequeno valor.

PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL1

O ato infracional não é crime, haja vista que, apesar de presente a tipicidade e a
antijuridicidade, falta a culpabilidade ao menor que não possui idade suficiente, portanto, são
considerados inimputáveis (art. 104). Na verdade, a criança e o adolescente são responsabilizados
na Vara da Infância e da Juventude, contudo, não se trata de uma responsabilidade penal.

Art. 105. Ao ato infacrional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art.
101.
Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato
infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.

A família do adolescente infrator deve ser informada imediatamente de sua apreensão,


uma vez que a internação de menores é medida EXCEPCIONAL.

O prazo máximo para internação provisória do menor, isto é, anterior à sentença, é de


45 dias, a serem contados a partir da data de sua apreensão e o proferimento de senteça. Trata-se de
prazo decadencial, que não se interrompe nem se supende. Contudo, os tribunais entendem que em
hipótese de “processo maduro”2 não há o que se falar em perda de prazo.

A internação provisória possui natureza cautelar, de modo que é fundamental o


preenchimento dos requisitos de fumus boni iuris e periculum in mora. Logo, não basta se tratar de
hipótese do art. 122: é imprescindível a caracterização da necessidade da medida no caso concreto.

Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido processo legal.

Um exemplo de aplicação prática dessa determinação é em hipótese de menor evadido


de instituição de internação. Se recapturado, ele jamais poderá ser reinternado de ofício, deverá
haver procedimento especial para apurar as causas de sua evasão e, apenas com sua conclusão, a
reinternação poderá ser efetuada, sob pena de ilegalidade da medida.

1 Destaca-se que o art. 98 se refere aos menores vítimas de abuso, ao que tais regras ora apresentadas não se
aplicam, pois são apenas às crianças e adolescentes em conflito com a lei.
2 Aquele em que já foram realizadas audiências preliminares (audiência de apresentação e audiência de
continuação).

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Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias:
I – pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação ou meio
equivalente;
II – igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e
produzir todas as provas necessárias à sua defesa;
III – defesa técnica por advogado;
IV – assistência jurdiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;
V – direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;
VI – direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do
procedimento.

O legislador, diferentemente do que ocorre no Código Penal, não pré-estabeleceu as


medidas relativas a cada ato infracional, criando apenas um rol, descrito no art. 112, para o juiz
escolha qual medida considera mais adequada à situação do adolescente.

As medidas do art. 101 são denominadas IMPRÓPRIAS, isto porque não são medidas
sócioeducativas, mas sim medidas protetivas que pode ser aplicada cumulativamente às medidas
sócioeducativas previstas no art. 112.

Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao
adolescente as seguintes medidas:
I – advertência;
II – obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV – liberdade assistida;
V – inserção em regime de semi-liberdade;
VI – internação eme stabelecimento educacional;
VII – qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.

O §1º do art. 112 estabelece uma ordem de prioridades a serem analisadas para a
determinação da medida sócio-educativa do menor:
1. Capacidade para o cumprimento da medida
2. As circunstâncias que levaram o adolescente a cometer o ato infracional
3. A gravidade da infração

O art. 112, §3º estabelece que o adolescente com transtornos psiquiátricos pode sim ser
responsabilizado perante o Juízo da Vara da Infância e Juventude por ato infracional (medida
socioeducativa curativa), desde que em estabelecimento adequado, com tratamento individual e
especializado. Ocorre que não há nenhum estabelecimento para privação de liberdade de menores
capaz de atender a esses requisitos, de maneira que a jurisprudência entende que, portanto, é vedado

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ao juiz a aplicação desta medida, tendo por base o §1º, que fala na capacidade do menor para cumprir
a medida.

O art. 64 da Sinase prevê, ainda, que o adolescente que durante o curso de medida
socioeducativa for acometido de doença mental deverá ter sua medida suspensa!

Art. 118, §2º A liberdade assistida será fixada pelo PRAZO MÍNIMO de SEIS MESES, podendo
a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o
Ministério Público e o defensor.

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