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Matéria /Aula: ECA – Eleição e atribuições do Conselho Tutelar (art. 136 ao art. 140), prática do ato infracional
(art. 103 ao art. 119).
Professora: Angela Silveira
Monitora: Kathleen Feitosa
Aula 07
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Art. 139, §3º No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato
doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive
brindes de pequeno valor.
O ato infracional não é crime, haja vista que, apesar de presente a tipicidade e a
antijuridicidade, falta a culpabilidade ao menor que não possui idade suficiente, portanto, são
considerados inimputáveis (art. 104). Na verdade, a criança e o adolescente são responsabilizados
na Vara da Infância e da Juventude, contudo, não se trata de uma responsabilidade penal.
Art. 105. Ao ato infacrional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art.
101.
Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato
infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido processo legal.
1 Destaca-se que o art. 98 se refere aos menores vítimas de abuso, ao que tais regras ora apresentadas não se
aplicam, pois são apenas às crianças e adolescentes em conflito com a lei.
2 Aquele em que já foram realizadas audiências preliminares (audiência de apresentação e audiência de
continuação).
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Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias:
I – pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação ou meio
equivalente;
II – igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e
produzir todas as provas necessárias à sua defesa;
III – defesa técnica por advogado;
IV – assistência jurdiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;
V – direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;
VI – direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do
procedimento.
As medidas do art. 101 são denominadas IMPRÓPRIAS, isto porque não são medidas
sócioeducativas, mas sim medidas protetivas que pode ser aplicada cumulativamente às medidas
sócioeducativas previstas no art. 112.
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao
adolescente as seguintes medidas:
I – advertência;
II – obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV – liberdade assistida;
V – inserção em regime de semi-liberdade;
VI – internação eme stabelecimento educacional;
VII – qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
O §1º do art. 112 estabelece uma ordem de prioridades a serem analisadas para a
determinação da medida sócio-educativa do menor:
1. Capacidade para o cumprimento da medida
2. As circunstâncias que levaram o adolescente a cometer o ato infracional
3. A gravidade da infração
O art. 112, §3º estabelece que o adolescente com transtornos psiquiátricos pode sim ser
responsabilizado perante o Juízo da Vara da Infância e Juventude por ato infracional (medida
socioeducativa curativa), desde que em estabelecimento adequado, com tratamento individual e
especializado. Ocorre que não há nenhum estabelecimento para privação de liberdade de menores
capaz de atender a esses requisitos, de maneira que a jurisprudência entende que, portanto, é vedado
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ao juiz a aplicação desta medida, tendo por base o §1º, que fala na capacidade do menor para cumprir
a medida.
O art. 64 da Sinase prevê, ainda, que o adolescente que durante o curso de medida
socioeducativa for acometido de doença mental deverá ter sua medida suspensa!
Art. 118, §2º A liberdade assistida será fixada pelo PRAZO MÍNIMO de SEIS MESES, podendo
a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o
Ministério Público e o defensor.
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