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em para a vida pessoal dos indivíduos (Barros, mu,sey ...,_,,tUristas7:4 com -unidadeflo"CaG'e""
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1990). Os museus apresentam uma importante o r ge.Jls4'Clà.':És'eitilál 'dê7'Aiiina ,",:út,i,1,. a.:0", ,
função educativa, neste aspecto, da divulgação <,cd,ci"'"
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da ciência e da tecnologia. Essa função é conhe-
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cida como alfabetização cientifica, que compre- 1 c ori,ternpiánd:(7'.`à-',Iiik i én' iza— çá â''''des'in'fn
ende a capacidade do público entender os pro- :ção,, ¡pequenos ' reparos. As nov'as '''''
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cessos de investigação cientifica, as normas e os m iis'ati-i ipeladós'e:doados>,''P'ela,,coMUJ, , '
métodos da ciência, os temas científicos básicos nidade-,e`outrós pesquisadores" à UFdl;',
e a consciência do impacto da ciência e da tec- ern curéi'Cle 'C7OaCit4ãó'clo'sliolsisti'së,
,incorporados ao .àeér‘?6,rciO'7iiús'eil.':"/
nologia sobre a sociedade. ré- xPósiõã'''i:ru514tákás.:útiliZáni. o acer-
Os museus e os centros de ciência desen- [vo :iri.ì. ái:r1"..COnt66:1;iol6giC6";.,desEi-e'!-'2
7PVe-t.'i'dóaS;éaiii-te'ríst'icãS'',e d. habitat'. de-
volvem uma importante ação educativa não-for- animal. • equipe
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mal. Desta forma, apresentam uma maior liber- .'.:.,,e¡i:ié !ré'ali"Z-áírlró'-átèhdii-iiédd:a4”3"úb I
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dade na seleção e organização de conteúdos e .i.' re-s'entáçõeSrdiS- informações. 'Desta
metodologias, possibilitando uma ampliação da , fr)i-Maï',1:ke,ténde:Se',despertar:nos<risi-",
transdisciplinaridade e contextualização dos as- tirite's-õ'.iritei-e'isei'báifal`conbéeé't-né:',; '
lho76S'biOn'iàs'lir'aS'ileiV&,•'Córn-silias es-
suntos abordados nas exposições ou oficinas. A ; péCiés-ë.,tá'frIbér'n rféii-klrãé'or-Isciên-
educação não-formal, por ter uma organização , cia.:a`rinbiéntál.N
espaço-tempo mais flexível, possui um importan- ' Palavras-chave: Taxidermia, -iiiiiSei.
12 ducaçao,, ..mefg ambiente:
te papel para a ampliação da cultura cientifica e , ......... -
humanística (Vasconcelos, 2005). *Mestre em Engenharia de Materiais: Meteorítica, Especialista em Ensino de Astronomia,
Professor e Coordenador do Núcleo de Astronomia do Museu de Ciência e Técnica da
Escola de Minas da UFOP E-mail: gilson@ufop.br
A ação educativa museal tem que romper ** Graduando em Biologia, Bolsista de Extensão do Museu de Ciência e Técnica da
Escola de Minas da UFOP. E-mail dirguedes@yahoo.com.br
com as atitudes características de uma educa- ***Graduando em Biologia, Bolsista de Extensão do Museu de Ciência e Técnica da
Escola de Minas da UFOP E-mail: marlosbrum@iceb.ufop.br
ção bancária, termo usado por Freire (1994), que *"** Professor e Taxidermista do Museu de História Natural do Colégio Arnaldo. E-
mol. museu@ufop.br
se refere ao tratamento da realidade como algo
1.3 - O Setor de História Natural patas são mantidas, sendo o restante retirado
e substituído por enchimento.
O setor de História Natural, Prof. Moacir
do Amaral Lisboa, atualmente conta com uma A taxidermia remonta à antiga prática de
exposição de longa duração estruturada com conservação dos troféus de caça. Entre os sécu-
base em uma espiral do Tempo Geológico, na los XVIII e XIX, surgiram as primeiras monta-
qual, além de painéis explicativos, elementos gens com animais em seu habitat natural, pas-
fósseis e réplicas ilustram didaticamente cada sando a ter lugar definitivo nos museus.
período de tempo. Também estão expostos uma Animais taxidermizados são muito úteis na
considerável coleção de moluscos atuais e ou- montagem de reproduções de paisagens naturais,
tros animais marinhos, além do esqueleto com- representando uma pequena parte da fauna en-
pleto de um ornitorrinco, material lítico, com contrada nesta paisagem, que pode ser um ecos-
instrumentos de pedra lascada e pedra polida, sistema ou uma região geográfica. Outro uso, que
esqueleto quase completo do Homem de La- pode ou não decorrer da reprodução destes am-
goa Santa, considerados por especialistas como bientes, é a importância didática destas monta-
sendo do Homo sapiens sapiens, datado de 10 gens, pois muitas pessoas nunca viram estes ani-
mil anos aproximadamente. Este exemplar foi mais, já que são difíceis de serem observados na
coletado por um grupo de espeleólogos da Es- natureza e nem sempre estão expostos em zooló-
cola Minas, em 1954, na região de Sete Lagoas gicos. Além disso, os zoológicos não existem em
(MG). Compõe ainda o acervo relacionado com boa parte das cidades brasileiras.
o setor um grande número de animais taxider- A possibilidade de transporte destes animais
mizados, que periodicamente são apresentados
taxidermizados permite a montagem de exposi-
em diferentes exposições temporárias. ções em diferentes locais ou, até mesmo, o trans-
porte de uma dada exposição já montada para
2- Metodologia diferentes instituições. As exposições itinerantes
são uma alternativa muito boa para a divulgação
2.1 - Taxidermia cultural e cientifica, sendo que comunidades que
Este termo tem origem grega, taxi: movimen- não possuem museus podem ser atendidas, além
to, e derma: pele. Esta técnica trata da conserva- de bairros periféricos, que dificilmente têm acesso -
ção de peles de animais mortos despojados de suas a estas opções de entretenimento. Estas exposi-
vísceras, carne e esqueleto (Palaus, 1980). Ou ções itinerantes podem também ser alvo de proje-
seja, é a arte ou processo de empalhar animais, tos em parceria com as escolas, podendo ser mon-
que consiste em submeter as partes externas do tadas exposições mais interativas, aproximando as
animal (pele) a um tratamento especial de seca- crianças dos objetos expostos, facilitando um dia-
gem e curtição, podendo fixá-las a uma estrutu- logo entre o professor ou monitor e os alunos.
ra de suporte. A preparação de peles é mais co-
mumente usada em mamíferos e aves, mas outros
2.2 - O Acero do Setor de História Natural
animais, como por exemplo, serpentes, lagartos e
peixes, também são usados. O acervo deste setor é bastante diversifica-
A taxidermia pode ser cientifica, que visa do, tendo sua origem em peças didáticas e amos-
à conservação das peles para fins de pesquisa. tras reais que o fundador da Escola de Minas trou-
Nesta, a peça não corresponde à forma que o xe de Paris, em fins do século XIX. Este conside-
animal apresenta em vida. Outro tipo de taxi- rava que os alunos da nova escola deveriam ter
dermia é a artística ou naturalização. Neste um conhecimento holístico sobre todos os ramos
tipo, a montagem da peça é feita com arames, do conhecimento humano e isso justifica a diver-
que fornecem sustentação da pele que, então, sidade do seu acervo (Nunes, 2005).
é preenchida para tomar a forma do animal em O acervo contempla muitos fósseis de dife-
vida. Assim, esta montagem visa reproduzir a rentes períodos geológicos, além de conchas, sen-
forma corporal que o animal apresenta em vida, do que estes objetos não foram trabalhados no
além de fornecer vitalidade ao animal morto. Projeto de Extensão Taxidermia Educativa. Nes-
Neste tipo, geralmente apenas o crânio e as te projeto, foram trabalhados apenas os animais
museu e técnicas de taxidermia para a elabora- O acervo utilizado neste projeto enfrentou
ção e montagem de exposições destinadas ao problemas de conservação a partir do abandono
grande número de visitantes da comunidade, de suas funções originais enquanto modelos de
turistas e escolas públicas e particulares que visi- ensino nas disciplinas do curso de engenharia
tam as exposições da instituição. geral da Escola de Minas. Ao longo das últimas
décadas, não foram realizadas ações de limpeza, curso de capacitação na preparação de animais
nem de reparos nas peças danificadas, além da taxidermizados. Os animais utilizados neste cur-
inexistência de um espaço físico adequado, com so foram obtidos a partir de doações feitas pela
controle de umidade relativa do ar. Dessa forma, comunidade de Ouro Preto — MG e região, bem
o acervo passou por um processo de deterioração. como pesquisadores. Na maioria, estes animais
Inicialmente, a ação de higienização das foram encontrados mortos em estradas. É impor-
peças possibilitou a retirada da sujeira e, em al- tante ressaltar que os animais não foram caçados
guns casos, do mofo, sendo realizada por ação ou coletados vivos na natureza.
mecânica e também com o uso de solventes or- Esta atividade terá continuidade, pois ain-
gânicos como o álcool e, principalmente, o xilol, da existem animais armazenados, congelados, para
nos casos de muito mofo, verificado sobretudo em serem preparados.
ossos. Alguns reparos foram executados usando Uma outra atividade desenvolvida no Pro-
diferentes técnicas: amarrações (arame e fio de jeto Taxidermia Educativa é a elaboração e mon-
nylon), colagens e, no caso dos animais taxider- tagem de exposições para serem expostas no
mizados, foram feitas bases de madeira, nas quais MCT/EM/UFOP ou então em outros locais de
as peças são fixadas para a estabilização destas. Ouro Preto e região. Estas montagens começa-
Um caso especial foi a restauração da che- ram as ser produzidas pela necessidade de diver-
eta, que é um animal africano e, dada a raridade sificar a exposição de animais taxidermizados do
de se encontrar uma peça desta no Brasil, foi setor de História Natural do MCT/EM/UFOP.
dotada de atenção especial. Ela se encontrava Como o acervo já se encontrava em melhores
com o focinho e uma das patas destruídos. Desta condições de conservação, pode-se dar inicio a
forma, procedeu-se à limpeza da peça, seguida estas atividades.
da recuperação do enchimento das partes dani- A primeira exposição montada foi denomi-
ficadas com uma massa de papel marchê e com nada "Habitat Cerrado". Esta exposição teve ótima
cimento. Após a secagem da massa, na pata, co- aceitação pelo público por diversos motivos. O
lou-se sobre esta um pedaço de couro bovino tra- cenário criado retratava uma área de cerrado com
tado de aspecto semelhante ao pêlo do animal. animais deste bioma e a abordagem feita sobre
Depois, este couro foi pintado a fim de mascarar esta montagem trabalhou a situação do cerrado
este reparo. No caso do focinho, não foi necessário quanto a questões conservacionistas. As informa-
colocar couro bovino, fez-se somente a colagem ções apresentadas nesta exposição estavam dis-
dos pedaços da pele do próprio local para volta- poníveis em um banner e algumas outras infor-
rem à posição original. Por fim, foi confeccionada mações eram fornecidas pelos monitores. A ex-
uma base de madeira para a estabilização da peça. posição foi resultado de uma parceria entre o
Após estas ações de restauro, as peças estão MCT/EM/UFOP e o Museu de História Natural
prontas para uso em uma exposição, ou então, do Colégio Arnaldo, localizado em Belo Horizon-
para serem depositadas em um lugar adequado, te, que disponibilizaram o acervo utilizado de
ou seja, uma sala com a umidade controlada. O animais taxidermizados referentes a este bioma.
ambiente tem que estar com o ar seco, bem como A segunda exposição montada foi a exposi-
longe de materiais atacados por fungos, larvas e ção itinerante "Mamíferos", que apresenta cinco
animais xilófagos, que podem atacar as peças e esqueletos (onça-pintada, anta, golfinho, pregui-
destruí-las por completo. ça e gambá) e dois animais taxidermizados (gambá
Um acervo com estas características, mes- e preguiça). Esta exposição foi exposta fora do
mo se bem conservado, apresenta um tempo de MCT/EM/UFOP, em dois prédios da UFOP, no
vida útil limitado. Assim, sempre é necessário campus do Morro do Cruzeiro, em Ouro Preto,
adquirir novas peças ou então montar novas pe- durante a Semana de Museus, em 2006, e tam-
ças. A primeira opção esbarra na falta de finan- bém na cidade de Itabirito - MG, durante um
ciamento para aquisição e a segunda encontra evento na Semana da Água deste ano. Informa-
dificuldades na carência de mão-de-obra espe- ções sobre os animais foram apresentadas em um
cializada. No MCT/EM/UFOP optou-se pela se- banner com dados sobre a biologia, ecologia e
gunda opção. Desta forma, foi organizado um status de ameaça de extinção destes animais.
Abstract.
Th»s projeCt is_ developed for„the _
Museurn of Séiénce ánd ,Technique 'of
thé Schbol:of Mines of the Federal
University from Ouro Preto, Fia-ve'thé
objective of,theprés-erVatior - of the
61'•iginal heaP,of begin' sec- . -,XX'forni'ed
for_taxidefrnY animais and skéletohs
Other objective is the próduC-fiori,of.
new pieces,and:exPositionsand too
edycatiónaí-áctions for the visitors.of
muSeun'i. This héap:is 'orig-inálly from
the School cif Mines -was inSá'd sta—ge
Of':,cons_erva,tion,1'.The started:Cif ,this
project -haS-thê'intervention in ,the
pieces-for higienizatiónffdisin'fection
and srriall r'épairS.
The new pieces were production whit
dead animalsJor-:runníng:over, givri
to úniversity'fgt2he people:ThiS-pieCes'