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Vias aéreas:
Normalmente, têm bom calibre que se segue até o cacho alveolar.
No RN vai se estreitando e, quanto mais estreita, maior a resistência e maior a força para
passar o ar.
Surfactante:
Garante a tensão superficial.
Lei de La Place: a pressão interna necessária para estabilizar um sistema é diretamente
proporcional ao dobro da tensão superficial e inversamente proporcional ao raio da
estrutura.
o P = 2 x tensão superficial / raio
o Se o raio da unidade alveolar é pequeno, a pressão necessária para expandir é
maior.
o O surfactante é essencial, pois mantem um raio adequado para o alvéolo.
Hipoventilação:
Ventilação incapaz de manter os níveis de CO2 dentro dos limites normais para uma
determinada demanda metabólica, alterando assim os quimiorreceptores nos seios
carotídeos e no sistema nervoso central, que regularão a amplitude e a frequência da
respiração gerando desconforto respiratório.
Sinais de hipoventilação: exame físico é fundamental.
Boletim de Silvermann-Anderson:
Taquipneia:
FR > 60 rpm.
Sinal precoce de desconforto.
Alteração do volume corrente.
Isolada é mais comum em doenças extra pulmonares, ou em hipertensão pulmonar leve.
Gemido expiratório:
Fechamento parcial da glote durante a expiração.
É necessário manter um volume residual para os alvéolos para que não haja colabamento.
Se o surfactante é consumido ou alguma outra patologia ocorre, o alvéolo tende a fechar. O
gemido ocorre com fechamento da glote em uma tentativa de deixar o ar nos alvéolos e
evitar colabamento, o que faz o bebê gemer.
Manter o CRF e prevenir colapso.
Retrações torácicas:
Intercostal, subcostal, supraesternal e esternal.
Mecanismo: complacência baixa parenquimatosa e um excesso de pressão negativa no
espaço pleural. Como a caixa torácica é muito complacente(maleável), ocorrem retrações.
Respiração paradoxal:
Se persiste o desconforto, o diafragma aumenta a força contrátil, protruindo o abdome.
Devido à pressão negativa, o tórax desloca-se para dentro.
o
Tratamento:
o Corticoide antenasal (prevenção).
o Reposição precoce de surfactante (até 2h).
o Ventilação mecânica não agressiva (protetora).
o
Tratamento:
o Suporte: assistência respiratória se precisar.
o Resolução em dois a três dias.
o
Fisiopatologia:
o A aspiração do mecônio leva a fenômenos obstrutivos e inflamatórios.
o Se muito espesso, pode ocorrer obstrução de grandes vias aéreas, levando a quadro
de sufocação. Menores, há obstrução de vias aéreas distais, podendo levar a
atelectasias.
o Em muitas unidades alveolares, a obstrução segue um padrão valvular que permite a
entrada de ar (pois na inspiração há uma tendência a dilatar as vias aéreas), mas não
sua saída. O aprisionamento progressivo de ar nos alvéolos leva ao aparecimento de
áreas hiperinsufladas com aumento da CRF e, assim, baro/volutrauma.
*CRF = capacidade residual funcional (volume que permanece nos alvéolos
após expiração).
o Todos esses processos resultam em múltiplas áreas de atelectasias alternados com
áreas de hiperinsuflação, que, além do quadro de hipertensão pulmonar, levam a
alterações profundas da relação ventilação/perfusão, com aparecimento de
hipoxemia, hipercapnia e acidose. Isto é,
o A ação inflamatória local do mecônio resulta em pneumonite química e necrose
celular. Esse quadro decorre também da hipoxemia, hipercapnia e acidose.
o A presença de mecônio nas vias aéreas distais altera a função do surfactante,
inativando-o na superfície alveolar.
o Esse quadro pode ser agravado por infecção bacteriana secundária (o mecônio é
estéril, mas um ótimo meio de cultura); assim, o mecônio pode complicar uma
pneumonia bacteriana. Além disso, o mecônio parece conter substâncias que
induzem à agregação plaquetária, com formação de microtrombos na vasculatura
pulmonar e liberação de substâncias vasoativas pelas plaquetas ali agregadas, com
consequente constrição do leito vascular e hipertensão pulmonar.
Evolução:
o Se não houver complicações, resolução em 5 a 7 dias.
o Mortalidade de 35 a 60%
o Complicações: barotrauma, volutrauma, hipertensão pulmonar.
Tratamento:
o Suporte e complicações.
o
Pneumomediastino e pneumopericárdio:
o É assintomático, mas pode ocorrer taquipneia e aumento do diâmetro
anteroposterior do tórax.
o Se lento, assintomático. Se abrupto e de grande volume, pode apresentar
tamponamento cardíaco.
o
Diagnóstico:
o Transiluminação torácica: halo inferior a 2 cm, simétrico é negativo.
o Raio X.
o Se nenhum disponível, fazer punção de prova.
Pneumonia:
Processo inflamatório dos pulmões resultante de infecção bacteriana, viral ou fúngica ou de
origem química.
É um dos primeiros sinais de infecção sistêmica, estando associada a quadros como sepse e
meningite neonatal.
Estima-se que a pneumonia ocorra em cerca de 1/3 dos neonatos que evoluem para óbito
nas primeiras 48 horas de vida.
Antes do nascimento:
o As pneumonias adquirias antes do nascimento ou congênitas são processos
pneumônicos que ocorrem no ambiente intrauterino por via transplacentária,
secundárias à infecção sistêmica materna ou por aspiração de líquido amniótico
infectado.
o Em geral, o quadro associa-se com trabalho de parto prematuro, natimortalidade ou
asfixia e insuficiência respiratória grave ao nascimento.
Durante o nascimento:
o São processos inflamatórios que ocorrem devido à contaminação do feto ou do
neonato por microrganismos que colonizam o canal de parto.
o Com frequência, não se encontram antecedentes perinatais de risco, tais como
rotura prolongada de membranas amnióticas, trabalho de parto prematuro ou
corioamnionite.
RX: Infiltrado reticulo-granular grosseiro difuso, pode ter áreas de atelectasia.
o
Diagnóstico:
o Desconforto respiratório + ...