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DIREITOS REAIS
CONCEITO E OBJETO: A denominação direito das coisas ou direitos reais é equivocada, pois coisas não possuem
direitos, somente os sujeitos de direito. O direito real se preocupa em entender as relações humanas que se realizam
a partir de uma posição interna que os sujeitos tem em face das coisas corpóreas e incorpóreas. Sendo assim, o objeto
do direito real tem por objeto regular a forma de exercício, na sociedade, dos bens sobre os quais os sujeitos de direito
podem exigir sua proteção e exercício.
POSIÇÃO SISTÊMICA: dentro do sistema jurídico o direito real está dentro do direito privado, baseando-se no
pressuposto para a efetivação da livre disposição para que o sujeito esteja salvaguardado de poder ter a coisa resultado
de seus esforços.
IMPORTÂNCIA:
CONSTITUCIONALIZAÇÃO E REPERSONALIZAÇÃO:
DIREITOS REAIS E ESTADO SOCIAL:
FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS:
Dignidade da Pessoa Humana: a pessoa não existe para o direito, mas sim o direito existe para a pessoa.
Sendo assim, o direito sempre deve resguardar a pessoa humana, mas entendendo-se que o exercício do direito real
não pode justificar a afetação ao interesse social. A dignidade são os direitos imanentes ao ser humano e quem não
podem dele ser retirados.
Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa: O trabalho deve ser valorizado, não se autorizando a
exploração, e, combinado a isso, o direito para o exercício da livre iniciativa, então o Estado incentiva o livre
investimento e criação, mas cumprindo-se o interesse social.
Garantia da Propriedade Privada:
Liberdade da Atividade Econômica: direito de exercer no bem aquilo que aprouver ao seu dono.
Função Social da Propriedade: é uma limitação ao exercício da propriedade privada, pois o proprietário
deve exercitar os seus direitos sobre seus bens sem que isso venha afetar ao interesse da sociedade.
Defesa do Meio Ambiente: tudo que se desenvolver em termos de direito real deve considerar a
preservação do meio ambiente.
Repressão do Abuso do Poder de Econômico: relaciona-se com a garantia da propriedade privada e
com a função social da propriedade, pois aquele que detém maior poderio econômico não pode se valer
disso para abusar de seu poder econômico e acabar afetando ao interesse da sociedade.
BEM ≠ COISA: a coisa é aquele bem que é materialmente consubstanciado, os bens são o gênero, que inclui os
direitos e as coisas.
DIREITOS DAS OBRIGAÇÕES ≠ DIREITOS REAIS: O direito real é de cláusulas fechadas, pois não se podem
elaborar novos institutos pelo querer do sujeito, mas somente por previsão legal. Diferente do direito das
obrigações, pois o sujeito pode formular novos institutos, desde que cumpra os princípios fundamentais.
NATUREZA JURÍDICA:
Teoria Personalista: diz que o direito real é o resultado de uma relação entre sujeitos, mas o bem é algo
real, concreto.
Teoria Realista: a relação jurídica se dá com a coisa.
Teoria Eclética:
Face Interna: a situação da coisa em face da coisa.
Face Externa: posição dessa situação a todos.
POSSE
Obs.: o direito real tem três institutos básicos: posse, propriedade e detenção.
CONCEITO (art. 1204, CC): posse é quando se exerce algum dos direitos da propriedade, mais especificamente
o direito de usar e o direito de gozar (direito de usar (exercício pessoal do bem), usufruir ou gozar (auferir ganhos
com o bem) e de dispor (direito de alienar o bem)).
MOMENTO DA AQUISIÇÃO DA POSSE (art. 1204, CC): se dá a partir do momento em que se tem algum dos
direitos da propriedade.
FORMAS DE AQUISIÇÃO:
Originária: é aquela que não guarda qualquer relação com uma relação anterior.
Derivada: guarda relação com uma relação jurídica anterior.
ATOS QUE NÃO MODIFICAM A POSSE: (tenção – Pontes de Miranda): são atos que parecem transmitir a posse,
mas não transmite, chamadas de situações tenças.
PROPRIEDADE
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA
Existem quatro modalidades de aquisição da propriedade imobiliária no direito brasileiro, o registro imobiliário,
a acessão natural ou a acessão causada pelo ser humano, a usucapião e a sucessão.
IMPORTÂNCIA: Em determinado momento, do ponto de vista prático, existiram situações que os sujeitos donos
da propriedade que pensam que o bem já faz parte de seu patrimônio, mas que se ele não cumprir determinados
requisitos a propriedade ainda não é dele, é por isso que é importante o estudo acerca das formas de aquisição da
propriedade imobiliária.
REGIME DA TRANSMISSÃO DE BENS: Basicamente, no mundo, há dois sistemas que falam acerca da aquisição
da propriedade, o francês e o alemão.
Sistema Francês: O francês é bem simplório, pois a aquisição da propriedade aceita a mera manifestação
de vontade para que ocorra a aquisição. Isso ocorre porque o sistema francês está baseado o código civil de
Napoleão, que é a expressão do liberalismo, então há uma facilidade na circulação de riqueza.
Sistema Germanico: Baseia-se no sistema românico, em que a aquisição da propriedade necessita de uma
formalização para que possa gerar os seus efeitos e é o sistema adotado no Brasil.
PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA TUTELA ESPECÍFICA: entende que aquele bem que foi efetivamente foi transmitida
a propriedade é o bem que deve efetivamente ser adquirido e fazer parte do patrimônio do adquirente.
Direito de Sequela: é o direito do adquirente se apossar do bem que foi adquirido.
NEMO PLUS JURIS AD ALIUM TRANSFERI POTEST, QUEM IPSE HEBERT: ninguém pode transmitir mais
propriedade do que tem.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA: o registro imobiliário é uma das quatro formas de
aquisição da propriedade. O registro de imóvel serve para dar segurança jurídica e para que todo alter possa ter
acesso às informações a respeito daquela transmissão. Existem quatro tipos de registro público, o registro de
pessoas naturais, registro das pessoas jurídicas, registro de título de documento e o registro imobiliário.
Registro de imóveis: torna pública a situação de determinado sujeito ou determinado bem, resguardando
terceiros de negócios jurídicos fraudulentos. A lei 6.573 que trata sobre o registro imobiliário, que se baseia no princípio
da publicidade, princípio da conservação e o princípio da responsabilidade do oficial do registro público.
O registro público pode se dar pela matrícula imobiliária, que é o número identificador da propriedade, que é
feito na circunscrição de onde o bem está localizado. Quanto as despesas do registro são, em regra, de
responsabilidade do comprador, mas isso pode ser acordado de maneira diferente. O registro público pode ser
retificado administrativamente (situações simplórias) ou judicialmente (alterações substanciais, com atuação do MP).
Acesso natural/ P. artificial:
Usucapião:
REGISTRO DE IMÓVEIS:
Conceito de registro público:
Função do Registro Público:
Publicidade:
Presunção de Transmissão da Propriedade:
Resguardar terceiros sobre o negócio jurídico:
VOCÁBULO/CONCEITO: é muito raro que se ocorra a acessão e, em regra, ela é causada por um fenômeno físico
natural. Acessão é um fenômeno jurídico que visa regular no que pertine a transmissão da propriedade causada
por um fenômeno natural.
ACESSÃO POR FORMAÇÃO DE ILHAS: ilha é uma parcela de terra cercada de água. A ilha pode surgir como se
fosse um álveo abandonado ou pelo acúmulo de detritos.
Conceito:
Formas:
- A propriedade de uma ilha será daquele que tiver o terreno da margem, na proporção de sua testada, na equidistância
do álveo da ilha.
- O terreno que está no álveo do terreno
- Se o fluxo do rio invade o terreno, a ilha pertence aos proprietários da margem do rio na proporção de suas testadas.
Obs.: se os rios forem navegáveis, a ilha será propriedade da União, que se baseará nas regras de direito
administrativa.
AVULSÃO: pode ser um fenômeno natural ou não. A avulsão é abrupta, violenta, imediata.
Conceito:
Solução:
Restituição: quem teve parte do seu território retirado, este poderá pedir para que ele seja restituído.
Indenização: como é um fenômeno abrupto, o dono da terra afetada tem um ano para solicitar uma
indenização em razão do acréscimo do patrimônio dada ao outro.
ÁLVEO ABANDONADO: álveo é ponto exato que fica no centro de duas margens de um rio, que acompanha a
margem e as suas sinuosidades. O álveo abandonado é quando há a secagem do rio e surge a terra, fazendo com
que o álveo passe a inexistir.
Conceito:
Indenização: Aquele que efetivamente teve acréscimo de terra, ele por si só não tem o dever de indenizar
ninguém. Contudo, se houve a secagem de um rio e este rio passa a adentrar em outro terreno, aquele que
teve sua terra invadida vai poder pedir a indenização de acordo com a perda que teve ao outro beneficiado
com a secagem.
ACESSÃO POR CONSTRUÇÃO OU PLANTAÇÃO: são sempre causadas por eventos humanos.
Conceito: a acessão por construção há o surgimento de determinado bem imóvel em razão da sua
construção, plantação é quando se planta e semeadura é quando se joga sementes. A grande questão é
quando se constrói, planta ou semeia em terreno ou com materiais que não são da pessoa.
Característica principal: ação humana
Acessão é diferente de benfeitorias: a benfeitoria é um a
Tipos/soluções: