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A melhor parte de uma viagem é o


caminho, não o destino
Empiricus Research Portugal

Depois de 15 dias de viagem e mais de quatro mil quilómetros percorridos


este verão, estou de mochila pronta para voltar para casa.

Mas não sei se é exatamente isso o que vai acontecer depois da estrada
acabar.

O apartamento vai estar lá, mas, provavelmente, quem volta não sou “eu”.

Por mais que o hábito de viajar tenha feito parte dos meus feriados e
férias desde a infância, há algo de diferente na experiência de lançar-se

sozinho entre uma cidade e outra, disposto a encontrar algo novo.

Convenhamos que o mesmo aplica-se a qualquer atitude que nos obriga a


sair da zona de conforto.

Tomar as rédeas da vida financeira, ou seja, tomar decisões por si mesmo


pode ser um desafio, mas se nunca o fizer, não irá crescer enquanto
investidor.

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No meu trabalho faço planos, traço estratégias e sigo-as sempre que


posso, mas entendi que não faz sentido abrir mão de fazer escolhas no
presente com medo do que elas possam comprometer no futuro.

Existe a tendência natural do humano de evitar decisões. Dessa forma


poderemos descartar as responsabilidades. Fui mal aconselhado. O gestor

é que me indicou este produto. O mercado virou-se contra mim.

Justificações não faltam. Mas a culpa nunca é nossa.

Na Empiricus defendemos que ninguém além de si tomará a gestão

diligente da sua carteira.

Não significa que não deve seguir as recomendações ou ensinamentos de


outros. Mas faço-o sempre com sentido crítico e ceticismo.

Feita esta introdução, o ponto que me traz aqui hoje é a montagem de


uma carteira.

Muitos investidores querem começar a tratar a sua carteira de forma


“profissional”, mas nem sabe por onde começar.

Antes de avançarmos deixe-me ser claro: não existe forma de montar uma
carteira de investimentos “perfeita” (tão desejada pelos nossos leitores),
pois ninguém consegue prever o futuro.

Aqui procuramos sempre ensiná-lo a montá-la da maneira mais eficiente,


com a melhor relação risco/retorno possível.

Primeiríssima lição

A maioria dos investidores portugueses ainda é refém dos grandes bancos


e dos seus maus produtos financeiros. Até mesmo os clientes do
segmento mais alto, que, teoricamente, possuem acesso a investimentos
“diferenciados”.

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O gerente do banco não deve ser o seu planeador financeiro, pois há um


claro conflito de interesses nesta relação.

O gerente trabalha para o banco e deve gerar receita para ele. Mais
receita para a instituição financeira nos investimentos implica menor
rentabilidade para si. Além da propensão natural de oferecer apenas

produtos da casa.

Em corretoras independentes pode encontrar custos menores e produtos

de diversas instituições (bancos, gestoras de ativos, seguradoras,


financeiras…), mas deve-se atentar às suas recomendações, pois quanto
mais mexe na sua carteira mais corretagem (estimulam a fazer mais
operações) recebem e maiores rebates/spreads arrecadam em produtos

que geralmente não são os melhores.

Portanto, sugiro utilizar a corretora apenas como intermediária das suas


operações.

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Por que planear é importante?

Em termos teóricos permite otimizar os seus recursos para alcançar


objetivos de curto, médio e longo prazo – alocar o seu património de

forma eficiente e independentemente dos seus rendimentos.

Na prática, é muito importante porque se trabalha no duro para ganhar


dinheiro, mas se não o aplica corretamente, poderá ter o seu poder de
compra corroído pela inflação.

Infelizmente, a educação financeira nas escolas e faculdades do país ainda


é muito precária (praticamente não existe). O depósito a prazo é o destino
do dinheiro de muitos portugueses, ainda leigos em finanças.

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Atualmente, os novos depósitos rendem uns míseros 0,5% (última


estatística do Banco de Portugal), perdendo para a variação da inflação de
1,3%.

Como saber se está no caminho certo? Vou listar abaixo um roteiro


simples que costumo utilizar com os meus clientes. Ele pode ser útil para

avaliar o seu plano financeiro atual e, eventualmente, fazer algum


“recálculo de rota”.

Passos do planeamento financeiro

– Identificar o seu perfil e objetivos


– Avaliar se a carteira atual está adequada ao seu perfil/objetivo

– Desenvolver estratégias de investimento (sugiro basear-se nas nossas


recomendações)
– Introduzir um plano/colocá-lo em prática/operacionalizar
– Controlar e acompanhar a carteira

Como definir o seu perfil

– Disponibilidade de correr riscos: vontade ou disposição

– Capacidade de correr riscos: característica intrínseca


– Idade: quanto menor, maior a capacidade de tomar risco e vice-versa
– Nível de conhecimento
– Escalão de rendimento, segurança da sua posição e recorrência (quanto
é fixoe quanto é variável)
– Capacidade de poupança
– Número de dependentes
– Objetivos (curto, médio e longo prazo)

Capacidade de tomar risco

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Vou dar um exemplo prático para facilitar a compreensão dos quadros:

Vamos supor que tem 27 anos, não tem dependentes e consegue poupar

uma boa parcela do seu ordenado.

Como podemos ver no primeiro quadro, teria maior capacidade de tomar


risco. Vamos considerar que definiu como objetivo principal obter ganhos
significativos de capital, o que o encaixaria no perfil “Crescimento”.

Assim que identificar qual é o seu perfil, o próximo passo é procurar os


tipos de
investimentos que mais se ajustem aos seus objetivos e à sua realidade.

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É preciso casar os prazos das aplicações com as suas necessidades de


dinheiro. Fique atento à liquidez dos ativos selecionados.

Entendo que o investidor português, mesmo o mais arrojado, deve ter


uma boa parte da sua carteira em ativos sem risco.

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Como montar a carteira de investimentos

Reserva de emergência: prioritariamente, sugiro que junte o montante


equivalente de três a 12 vezes os seus gastos mensais numa aplicação de
altíssima liquidez (possibilidade de resgate imediato) e baixíssimo risco.

Infelizmente, as opções em Portugal com retornos mais atraentes têm


contrariedades no que à liquidez diz respeito.

Os CTPM que rendem em cinco anos um juro bruto anual de 2,25%,


produto que recomendamos para a parte sem-risco da carteira, não pode

ser resgatado no primeiro ano, o que impossibilita a sua utilização como

reserva de emergência.

No caso das OTRV que oferecem um retorno mínimo ligeiramente menor,


como negoceiam em mercado, a sua venda está dependente das
condições de mercado o que pode gerar uma menos valia caso venda
abaixo do seu preço de compra.

Nesse sentido, as únicas opções são os depósitos a prazo, mas somente


para precaver-se de uma queda abrupta do seu rendimento. O restante
capital deve ser usado para gerar uma rentabilidade superior à inflação,
ou caso seja esse o seu objetivo, ganhos significativos de capital.

Diversifique o seu portfólio

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A concentração da sua carteira em apenas um ativo gera uma ineficiência


para a carteira de investimentos. Remete para a expressão popular de
“não colocar todos os ovos na mesma cesta”.

Em teoria, através da diversificação da sua carteira o investidor pode


minimizar o risco da sua carteira sem abrir mão do retorno.

O instrumental foi formalizado pelo prémio Nobel de Economia Harry


Markowitz e já tive oportunidade de descrever as suas valências e

imperfeições em outros relatórios.

Caso possua mais do que o suficiente para o seu colchão de liquidez, e


não pretenda utilizar a outra parte do seu capital no curto prazo, deve
diversificar o seu portfólio.

Para isso deve investir em aplicações sem risco a maior parte do seu
capital, mas misturar ativos de risco (ações, fundos e opções) para obter
retornos superiores à inflação.

Cito alguns exemplos abaixo.

Ações: diversifique a carteira por vários setores e geografias, se optar por


seguir as recomendações tenha no mínimo 10 papéis; abaixo disso poderá
estará demasiado exposto ao risco específico. Caso o valor destinado à
sua carteira de ações não permita uma diversificação de pelo menos dez
títulos, sugiro escolher um bom fundo de ações ou os ETFs QUAL e DJMC.

Atente-se às taxas de corretagem e custódia cobradas pela corretora. Há


boas corretoras independentes (não ligadas aos grandes bancos

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comerciais) que oferecem bons produtos e serviços com preços baixos.


Lembre-se: quanto maior o custo, menor será sua rentabilidade.

Fundos imobiliários e REITs: os fundos imobiliários e os REITs são boas


opções de investimento, visando capturar a retoma do mercado
imobiliário. Estes instrumentos surgem como uma excelente alternativa

ao investimento direto em imóveis físicos, além da facilidade de poder


resgatar as suas cotas (ou vender os seus ETFs na bolsa de valores),
também não exige aportes tão elevados.

Ouro: outro ativo para alocação de uma pequena parte do património e


que serve como seguro contra uma crise mundial. Como alternativa ao
metal físico, remendámos o ETF GLD negociado na bolsa de Nova Iorque.

Bons investimentos,

O presente relatório é propriedade da Empiricus Research Portugal, Lda.


(Empiricus). Elaborado por analistas independentes da Empiricus, este
relatório é de uso exclusivo do seu destinatário, não podendo ser
reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro sem
autorização prévia e expressa da Empiricus.

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O estudo é baseado em informações disponíveis ao público, consideradas


fiáveis na data de publicação. Todas as opiniões, projeções e estimativas
incluídas neste documento, cuja autoria pertence à Empiricus, formam a

sua apreciação final no momento da sua realização e estão sujeitas a


alterações sem aviso prévio, sendo que os pressupostos em que a análise
em causa se baseou podem ou não vir a revelar-se corretos, não existindo
qualquer garantia de que os resultados projetados sejam ou venham a ser
atingíveis. A Empiricus declina desde já, qualquer responsabilidade pelas

decisões ou resultados destas, tomadas com base na referida informação.


A Empiricus não é responsável pela informação financeira divulgada,
designadamente, cotações, índices, notícias, estudos ou outra informação
financeira obtida através de terceiras entidades ou pela má percepção,
interpretação ou utilização dessa informação.

Este relatório não representa uma oferta de venda nem qualquer


solicitação de compra de instrumentos financeiros ou de qualquer serviço
de intermediação financeira. As análises, informações e estratégias de
investimento têm como único propósito fomentar o debate entre os
analistas da Empiricus e os destinatários. Os destinatários devem,
portanto, desenvolver as suas próprias análises e estratégias. Informações
adicionais sobre quaisquer sociedades, valores mobiliários ou outros
instrumentos financeiros aqui abordados podem ser obtidas mediante
solicitação. A Empiricus Research Portugal, Lda. encontra-se registada na
CMVM para o exercício da atividade de análise financeira como pessoa
coletiva não intermediária financeira. O analista Renato Luís Valadares
Breia encontra-se registado na CMVM como analista da Empiricus e é o
responsável pela preparação do relatório, nos termos e para os efeitos do
n.º 1 do artigo 12.º do Código dos Valores Mobiliários.

(*) A reprodução indevida, não autorizada, deste relatório ou de qualquer


parte dele sujeitará o infrator a multa de até 3 mil vezes o valor do relatório, à
apreensão das cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e persecução
criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98

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