Vous êtes sur la page 1sur 5

Práticas e modelos A.A. das B.E.

- DRELVT T2 2010

A Implementação do Modelo de Auto-Avaliação requer uma liderança forte


e uma mudança de atitude e práticas pró parte do professor bibliotecário e
da escola.

 Porquê um modelo de avaliação?

O novo paradigma da educação implica a necessidade de mudança nos


conceitos e práticas educativas. O aluno apresenta-se como um elemento
activo, construtor do próprio conhecimento (construtivismo) que é
processado através de um trabalho baseado em questionamentos contínuos,
pesquisas e no uso de fontes de informação presentes em suportes impressos
ou digitais e Web.

Esta nova maneira de “aprender” implica o desenvolvimento de novas


literacias.

Assim, cabe à biblioteca escolar transformar-se num espaço formativo que


interage com a escola, participando em projectos, actividades e realizando
trabalho articulado com os professores.

A aferição do trabalho das bibliotecas escolares deve centrar-se nas


modificações positivas que o seu funcionamento tem nas atitudes, valores e
competências dos utilizadores.

[…] A questão do valor das bibliotecas não é de ordem imanente - o valor não
é uma propriedade intrínseca da biblioteca enquanto entidade. O valor é
(subjectivamente) atribuído e resulta de uma percepção de benefício real e
potencial. As bibliotecas geram valor porque mobilizam recursos e
desencadeiam processos capazes de produzir mais-valia e de criar benefícios.
A sua função de gestão compreende os processos, as actividades e as decisões
que possam conduzir a efectiva produção de valor para os seus utilizadores e
para a organização em que se enquadra. (Cram 1999,texto da sessão)

A avaliação tem um papel determinante porque permite-nos saber o que


fazemos, como fazemos ou seja, as mais-valias que acrescentamos às
aprendizagens e sucessos educativos dos alunos.

 O que é avaliar?

Avaliar é:

Professora Bibliotecária Maria do Rosário Geirinhas


Práticas e modelos A.A. das B.E.- DRELVT T2 2010

 Exercer um julgamento através da avaliação das condições existentes e


dos serviços prestados, perspectivando como deveriam ser essas
condições/serviços. (Van House et. Al. 1990:3).
 Um processo de recolha de evidências e de inquirição, em detrimento
de uma avaliação determinada por uma norma standardizarda. (Cronin
1982b).
 A medida sistemática do impacto que um sistema (por exemplo, uma
biblioteca) alcançou no cumprimento dos seus objectivos num período
de tempo determinado. (Mackenzi1990).
 O processo sistemático de avaliação do valor (em termos de benefícios
ganhos) e da qualidade (reflectida na satisfação dos utilizadores) de
um sistema/biblioteca.

(Texto da sessão pág.3)

 O que é o Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares?

O Modelo de Auto-Avaliação é um instrumento pedagógico e regulador que


permite:

- avaliar o trabalho da biblioteca escolar nos seus domínios;

- avaliar o reflexo do trabalho da biblioteca escolar no funcionamento da


escola e nas aprendizagens dos alunos;

- identificar as áreas de sucesso;

- identificar as áreas que requerem maior investimento;

- determinar mudanças nas suas práticas.

Este instrumento pedagógico engloba os diferentes níveis de escolaridade e


foi criado com base em documentos de organizações (IFLA/UNESCO e IASL),
investigações, estudos e baseia-se no Modelo de Auto-Avaliação das
Bibliotecas Escolares inglesas. Os elementos que analisam sobre a realidade
da escola portuguesa estão agrupados em 4 domínios e respectivos
subdomínios: A- Apoio ao desenvolvimento curricular, B – Literatura e
literacia, C – Projectos, parcerias e actividades livres e de abertura à
comunidade, D – Gestão da biblioteca escolar.

A aplicação do modelo seguirá um determinado processo e cronologia:

 Seleccionar o domínio: a escola/BE deverá seleccionar em cada ano um


dos domínios (A, B, C ou D) para a realização da auto-avaliação. Ao fim
de quatro anos todos os domínios terão sido avaliados, estando nesse
momento a BE e a escola na posse de dados que cobrem todas as áreas

Professora Bibliotecária Maria do Rosário Geirinhas


Práticas e modelos A.A. das B.E.- DRELVT T2 2010

de intervenção. Como já se referiu, o resultado global da auto-


avaliação da BE deverá ser integrado na auto-avaliação da escola.
 Recolher evidências: o domínio escolhido será objecto de uma análise
que terá como instrumentos auxiliares os elementos assinalados para a
recolha das evidências e/ou outros que sejam considerados relevantes
em cada caso específico. Convém prever a necessidade de implementar
alguns procedimentos regulares que auxiliem o processo de auto-
avaliação, bem como a necessidade de realizar determinado tipo de
registos.
 Identificar o perfil de desempenho: os resultados da análise efectuada
serão depois confrontados com os perfis de desempenho apresentados
para cada um dos domínios, no sentido de verificar em que nível se
situa a biblioteca escolar.
 Registar a auto-avaliação: os resultados da avaliação do domínio
seleccionado serão reportados no relatório de auto-avaliação (quadro
na secção A). Esse quadro inclui uma coluna onde devem ser
assinaladas as acções consideradas necessárias para a melhoria. De
facto, é essencial que, face aos resultados da avaliação, sejam
equacionadas as estratégias e medidas a tomar com vista ao
melhoramento do desempenho da BE. Este é um dos objectivos
fundamentais da auto-avaliação.
(Modelo de auto-avaliação pág.8)

 Por que é que este modelo requer uma liderança forte e


mudança de atitude e práticas por parte do professor
bibliotecário e da escola?

“Numa época de mudança educacional intensa e de profundo crescimento da


informação acessível, de certa forma impulsionada pela tecnologia da
informação em rede, o desafio para professores bibliotecários traçarem um
futuro desejável para os ambientes de informação das escolas é complexo e
potencialmente oposto.” (TODD, ROSS The 2001 IASL Conference Auckland,
New Zealand, 9-12 July).

Este Modelo de Auto-Avaliação avalia uma biblioteca que se pretende que


faça parte de uma escola constituída por docentes “…cuja filosofia e acções
capacitem os alunos para manterem contacto, interagirem e utilizarem a
informação para desenvolverem o seu próprio entendimento, para
construírem o seu próprio significado e que possuem evidências para o
demonstrar.” (TODD, ROSS The 2001 IASL Conference Auckland, New Zealand,
9-12 July).

Professora Bibliotecária Maria do Rosário Geirinhas


Práticas e modelos A.A. das B.E.- DRELVT T2 2010

O papel do professor bibliotecário é o de criar um ambiente para a construção


do conhecimento e de informação. Deverá encorajar o desenvolvimento
intelectual, social e cultural dos estudantes.

O trabalho diário do professor bibliotecário deverá ter como suporte práticas


baseadas em evidências que lhe permitam contribuir para as metas de
aprendizagem da sua escola porque a “prática baseada em evidências não
tem apenas a ver com a sobrevivência dos professores bibliotecários, mas
tem a ver com a sobrevivência dos nossos estudantes (Jornal da Biblioteca
Escolar).

Como tal, os professores bibliotecários devem entrar em acção, exercer uma


liderança forte e eficaz de maneira a que as suas práticas deixem de ser
baseadas em evidências de investimentos e processos e passem a ser em
evidências de resultados.

…”a prática baseada em evidências tem a ver com o facto de ter evidências
ricas, diversas e convincentes que demonstrem que a biblioteca é uma parte
vital da estrutura de aprendizagem da escola que é integrante e não
periférica.” (Excerto do texto “Professores Bibliotecários: resultados da
aprendizagem e prática baseada em evidências” pág.4)

Esta diferente maneira de trabalhar implica que os professores das escolas


estejam motivados a realizarem trabalhos articulados e planificações
conjuntas com o professor bibliotecário. Os professores devem ver no
professor bibliotecário um colaborador que deixa de ser o que “faz” e passa a
ser o que “mostra”.

Uma das competências do professor bibliotecário nesta mudança de atitude e


de prática é o de saber exercer influência junto os professores e dos órgãos
directivos e de mobilizar toda a escola para a necessidade e implementação
do Modelo de Auto-Avaliação da biblioteca. Este, além de ser promotor de
reconhecimento da biblioteca escolar é também uma das maneiras de
proceder da parte de quem tem vontade de mudar para melhor.

“Morre lentamente

Quem se transforma em escravo do hábito,

Repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem

Não muda de marca.

(…)

Morre lentamente

Professora Bibliotecária Maria do Rosário Geirinhas


Práticas e modelos A.A. das B.E.- DRELVT T2 2010

Quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,

Não pergunta sobre um assunto que desconhece

Ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,

Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior

Que o simples acto de respirar.

Pablo Neruda

Professora Bibliotecária Maria do Rosário Geirinhas

Vous aimerez peut-être aussi