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Abstract
The article treats on the importante of the Management of the total Quality for the
development of organizations, analyzes the basic conditions for the
implementation of the total quality, as well it indicates the possible determinative
factors with respect to failure in the implantation of quality programs.
Resumo
Introdução
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as cercam, aceitando passivamente a situação do modo como está. Assim sendo, não há
razão (ou vontade?) para transformar as organizações, e cada pessoa em particular, em
algo diferente, melhor do que o estágio em que se encontram.
Conforme tem sido freqüentemente repetido, a sobrevivência empresarial depende
de produtos e serviços com qualidade, o que parece óbvio. Nesse sentido, qualidade é
geralmente vista como a adequação dos produtos e serviços às exigências dos clientes.
Infelizmente, esta alegada importância dada à qualidade nem sempre tem sido traduzida
em produção ou prestação de serviços com qualidade. Qualidade, a princípio, é algo que
sempre interessa; mas, para alcançá-la, é preciso mais que palavras bem intencionadas:
é preciso planejamento, processos bem gerenciados, pessoas comprometidas e muito
esforço!
A Qualidade Total, por ter uma filosofia de administração essencialmente
participativa, tem como pressupostos básicos:
- todos pensam,
- todos podem e
- todos devem colaborar.
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próprias organizações. Para isso, decisões não podem mais serem tomadas apenas
fundamentadas em opiniões intuitivas ou em dados não confiáveis, mas sim em fatos,
notadamente aqueles perceptíveis através de indicadores de desempenho, relacionados a
qualidade e a produtividade.
Para as tomadas de decisões, não somente a alta direção de uma organização tem
cérebro, mas também todos os seus demais colaboradores, internos ou externos. Em
termos teóricos, um processo de mudança se torna desejado à medida que alguns
desafios se apresentam para uma organização, tais como: necessidade de adequação à
evolução das necessidades dos clientes; de redução de perdas, nos processos; de
melhorar o desempenho econômico; de diminuir ou eliminar custos; de acompanhar o
desenvolvimento científico e tecnológico; de melhorar a educação e o treinamento das
pessoas; de redução de conflitos entre ou com a gerência e os subordinados, funções
organizacionais, clientes, fornecedores, governo e sociedade.
Para que essas mudanças sejam alcançadas, talvez não haja uma única e definitiva
solução. Entretanto, a filosofia e os conceitos pertinentes à Qualidade Total representam
a base de sustentação mais difundida e consagrada em nossos dias, onde certos
princípios da Qualidade, tal como o da melhoria contínua, são estimulados e devem ser
rotineiramente praticados.
A Qualidade Total sensibiliza as pessoas, por tão óbvia que é. Por isso, sua
simplicidade muitas vezes gera, paradoxalmente, dificuldade de aceitação para aqueles
que procuram as soluções complexas, “longe do alcance das mãos” ou fora da realidade
de cada empresa.
A Qualidade Total não se caracteriza apenas por discursos ou por atitudes em
parte da organização, mas sim pelo comprometimento e participação de todas as
pessoas, respeitadas as suas atribuições, responsabilidades e autoridades funcionais. Por
outro lado, Qualidade Total não deve ser tratada metodologicamente como um “produto
enlatado” ou “pacote fechado”, que bloqueie a criatividade das pessoas no sentido de
buscar adaptações à realidade de cada organização em particular.
Ao mesmo tempo, Qualidade Total é intuição e lógica, com métodos qualitativos
e quantitativos conjugados com a psicologia do relacionamento humano. Muitas
discussões sobre a prática de novos paradigmas, na realidade, ainda não deixaram
claramente definido o significado intrínsico de “qualidade”, embora a premissa básica,
generalizada, seja de que a mesma é importante.
Se o conceito de qualidade é de difícil consenso, o de Gestão pela Qualidade Total
também o é, embora esta seja de mais fácil absorção, por ser tão abrangente que inclui
definições e métodos de marketing, planejamento estratégico, de gerenciamento da
produção (Just-in-Time/Kanban, OPT, MRP, TPM, CEP.), Sistemas de Garantia da
Qualidade (Normas ISO 9000), Reengenharia, Seis Sigma, liderança, desenvolvimento
do ser humano dentre outros.
Todavia há de que se alertar que Qualidade Total não é uma “varinha mágica”.
Não existe “milagre” ou “'soluções rápidas”, mas sim necessidade de muito esforço,
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Parece que não existem mais dúvidas sobre se qualidade é bom ou não. As
empresas não falam de outra coisa! Segundo PAUL OSTERMAN do MIT (Massachussets
Institute of Tecnology), aproximadamente 80% das empresas americanas, nos mais
variados setores, adotaram alguma forma de círculos de qualidade, qualidade total
(TQM), gestão baseada em equipes ou alguma combinação entre elas.
Além disso, observamos também uma verdadeira febre de certificações nas
normas ISO 9000, o que poderia nos indicar que nossas organizações estão cada vez
mais “qualificadas”, ou seja, trabalham com melhor qualidade.
Contudo, quando nos aproximamos mais das pessoas que fazem, ou deveriam
fazer, qualidade, nem sempre encontramos aquilo que lemos nas revistas e jornais. As
pessoas se queixam que seu programa não é bem o que é publicado; que o nível de
qualidade na empresa melhorou, mas está longe do que poderia ou deveria ser; que a
direção da empresa, na verdade, não se importa com a qualidade; que estão perdendo
tempo com um programa que não está levando a lugar nenhum; e assim por diante.
Alguns sinais, entre outros, são típicos da falta de compreensão e direcionamento
dado à Qualidade Total, caracterizando nesses casos apenas a existência de intenções,
sem comprometimento com as mesmas:
- Gerência falando sobre qualidade, porém não gastando muito tempo com ela;
- Esforço para a qualidade limitado apenas à parte da organização efetivamente
engajada;
- Perdas de oportunidades ou de aproveitamento de momentos adequados para
fortalecimento da Gestão pela Qualidade;
- Ausência de metas vinculadas à qualidade, como as normalmente existentes
para vendas, produção e finanças, isoladamente;
- Avaliações de desempenho sem considerar a identificação de responsáveis por
melhorias na qualidade e sem os ecompensar pelos resultados alcançados;
- Treinamento realizado, porém as pessoas não encontram condições de praticar
o que aprenderam;
Alta direção diz que qualidade é importante, porém não ouve sugestões, não
considera as opiniões dos clientes, e rompe compromissos com planos e metas.
Vamos analisar os vários aspectos ou situações que têm levado inúmeras
organizações (infelizmente mais do que o desejável!) a situações de insucesso em sua
busca pela qualidade.
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Mais uma vez voltamos ao decantado envolvimento da alta direção. Não devemos
ter assunto tão falado quanto o fracasso de programas de mudança pelo não
envolvimento da alta administração. Qualidade é um programa de mudanças
comportamentais, portanto, estamos e estaremos falando de pessoas. Mudanças
comportamentais exigem alto esforço, dedicação e perseverança, e isto tem que vir do
topo da organização. DAVIS e LAWRENCE nos mostram níveis de dificuldade crescentes
ao se tentar transformar uma organização para incorporar ações “matriciais” tão
características dos programas de qualidade. Estas dificuldades estão na seguinte ordem:
estrutura, sistemas, comportamento e cultura. Ao se falar em qualidade, estamos
abordando os níveis mais complexos, e, portanto, mais difíceis de serem manipulados,
de comportamento e cultura.
Temos observado que os principais executivos, ou os donos, das organizações que
se interessam por qualidade, na verdade, estão mais interessados com o modismo do que
com as verdadeiras implicações e conseqüências de um tal programa. Para não sermos
totalmente injustos, alguns estão interessados na “propaganda” de seus programas, o
que é perfeitamente compreensível, sem contudo se darem conta de que estão lidando
com comportamento, com pessoas, com interesses pessoais e com (des)equilíbrios de
poder.
É fundamental que os dirigentes de nossas empresas entendam que programas de
qualidade são programas que tratam do comportamento das pessoas e, portanto, levam
tempo.
É inútil, vamos repetir, é inútil, tentar iniciar programas de qualidade sem o
verdadeiro interesse da alta administração. Temos constantemente dito às empresas que
pensam em se iniciar no modismo da qualidade, que desistam temporariamente da idéia
até que, realmente, seus dirigentes sintam que isto traz dividendos e sucesso. Em uma
empresa média do setor de serviços financeiros chegamos a sugerir a interrupção de um
programa de qualidade pela “falta de tempo” do presidente em acompanhar e se
envolver.
Atenção! Com comprometimento não estamos simplesmente falando em “pagar a
conta”. Estamos falando em realmente querer que algo de diferente ocorra em suas
empresas. Estamos falando em “gastar tempo” com o programa de qualidade, em
conversar com colaboradores, mostrando-lhes que a qualidade é algo que é bom para
todos: para os clientes, para a empresa, para os colaboradores e para a sociedade. Isto só
é viável com o real interesse e entendimento de que qualidade é bom e traz retornos para
a organização.
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Existem empresas que ainda têm a visão antiga de gestão, ou seja, aqui temos as
pessoas que pensam e as pessoas que fazem! Segundo PAUL OSTERMAN “Não se pode
esperar que as pessoas continuem contribuindo com suas idéias se não forem
recompensadas por isso”.
Cada um precisa sentir que também será beneficiado pela qualidade. Podemos
fazer isto de várias formas, desde a mais simples que é mostrar claramente os benefícios
para as pessoas, até as mais sofisticadas que envolvem prêmios e recompensas até
financeiras.
O reconhecimento do resultado obtido ainda continua sendo a forma mais eficaz
de se motivar colaboradores. A desconsideração por esta simples regra é um dos
caminhos mais rápidos para o fracasso de programas de qualidade.
As pessoas percebem se os níveis superiores estão motivados ou não, e isto pode
ser um elemento altamente positivo ou altamente negativo. Não estamos falando só em
discurso, mas nas atitudes perante a qualidade, nas demonstrações contínuas por todos
os níveis de gestão, de seu interesse pelos resultados do programa.
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Conclusão
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