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DE MÁQUINAS
MONTAGEM E ALINHAMENTO
DE MÁQUINAS
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Presidente
Diretoria de Educação
Andréa Marinho de Souza Franco
Diretora
MONTAGEM E ALINHAMENTO
DE MÁQUINAS
Rio de Janeiro
2008
Montagem e alinhamento de máquinas
1ª. ed. 2003; 2ª. ed. 2008.
SENAI-Rio de Janeiro
Diretoria de Educação
Ficha Técnica
Produção Editorial Vera Regina Costa Abreu
Coordenação Alda Maria da Glória Lessa Bastos
Revisão Técnica Ézio Zerbone
Revisão Editorial Raquel Soares Correa
Colaboração Antonio Carlos Cezar de Carvalho
Projeto Gráfico Artae Design & Criação
Editoração Conexão Gravatá Ltda.
ALINHAMENTO DE MÁQUINAS............................... 17
1 Montagem de estruturas .......................................................... 19
• Folha de instruções .......................................................................... 19
• Praticando ...................................................................................... 24
• Conceito de alinhamento .................................................................. 25
• Alinhamento de máquinas ................................................................. 26
• Alinhamento de eixos ....................................................................... 27
• Praticando ...................................................................................... 31
• Classificação de alinhamento na mecânica .......................................... 32
• Requisitos necessários para alinhar ou conferir alinhamentos ................ 33
• Praticando ...................................................................................... 58
• Recursos para manter o alinhamento ................................................. 62
• Serviços de manutenção no alinhamento ............................................ 62
Apresentação
A dinâmica social dos tempos de globalização exige dos profissionais atualização constante.
Mesmo as áreas tecnológicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez mais curtos, trazendo
desafios renovados a cada dia, e tendo como conseqüência para a educação a necessidade de
encontrar novas e rápidas respostas.
Nesse cenário, impõe-se a educação continuada, exigindo que os profissionais busquem
atualização constante durante toda a sua vida – e os docentes e alunos do SENAI-RJ incluem-se
nessas novas demandas sociais.
É preciso, pois, promover, tanto para os docentes como para os alunos da educação
profissional, as condições que propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar e
aprender, favorecendo o trabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre outros
aspectos, ampliando suas possibilidades de atuar com autonomia, de forma competente.
O curso Montagem e alinhamento de máquinas foi especialmente organizado para os
trabalhadores de manutenção, na área da mecânica, que desejam dar continuidade aos estudos
para aperfeiçoar conhecimentos e, em conseqüência, tornar sua prática profissional mais
eficiente e capaz de atender às exigências do mercado de trabalho.
Durante seus estudos, você terá o apoio constante do docente e também deste material
didático. Nele se encontram os conteúdos a serem trabalhados na sala de aula e nas oficinas,
além de variados exercícios. Sua principal finalidade é facilitar a aprendizagem e o alcance do
objetivo previsto, ou seja, fazer o alinhamento e a regulagem de máquinas, usando com precisão
as técnicas indicadas.
Desejamos para você êxito nessa jornada de estudo e sucesso na vida profissional.
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Uma palavra inicial
Meio ambiente...
Saúde e segurança no trabalho...
O que é que nós temos a ver com isso?
Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a
relação entre o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no
trabalho.
As indústrias e os negócios são a base da economia moderna. Produzem os bens e serviços
necessários, e dão acesso a emprego e renda; mas, para atender a essas necessidades, precisam
usar recursos e matérias-primas. Os impactos no meio ambiente muito freqüentemente
decorrem do tipo de indústria existente no local, do que ela produz e, principalmente, de como
produz.
É preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente. Estamos
sempre retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que “sobra” de
volta ao ambiente natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessários para produzir
bens, altera-se o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos recursos
naturais que não são renováveis ou, quando o são, têm sua renovação prejudicada pela velocidade
da extração, superior à capacidade da natureza para se recompor. É necessário fazer planos de
curto e longo prazos, para diminuir os impactos que o processo produtivo causa na natureza.
Além disso, as indústrias precisam se preocupar com a recomposição da paisagem e ter em
mente a saúde dos seus trabalhadores e da população que vive ao redor dessas indústrias.
Com o crescimento da industrialização e a sua concentração em determinadas áreas, o
problema da poluição aumentou e se intensificou. A questão da poluição do ar e da água é
bastante complexa, pois as emissões poluentes se espalham de um ponto fixo para uma grande
região, dependendo dos ventos, do curso da água e das demais condições ambientais, tornando
difícil localizar, com precisão, a origem do problema. No entanto, é importante repetir que,
quando as indústrias depositam no solo os resíduos, quando lançam efluentes sem tratamento
em rios, lagoas e demais corpos hídricos, causam danos ao meio ambiente.
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Uma palavra inicial
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Uma palavra inicial
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Alinhamento de
máquinas
Nesta seção...
Montagem de estruturas
1
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Montagem de estruturas
Folha de instruções
Vamos analisar o exemplo que segue.
Folha de instruções
Idealizada pelo setor de estudo de projetos, visando um pedido de modificação de estrutura
de um posto.
Conjunto (exemplo: Enrolagem Posto BI-MS380).
Objetivo
Indicar qual o objetivo a que se destina a modificação proposta.
Exemplo: substituir a motorização pneumática da enrolagem do intercalar no posto BI-
MS380 por motor redutor elétrico RF30....(código pdr....)
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
I - Peças a fabricar
1ª opção:
1. A peça D57 pode ser adquirida por compra (do fabricante N ou externa), ou ser
retirada do armazém PDR (neste caso, é preciso fazer previsão do consumo
antecipadamente).
2. A peça D59 poderá ser fabricada a partir do código PDR A367 49-0. Neste caso,
é preciso retirar a peça do armazém e enviar ao fabricante (N ou externo).
2ª opção:
Fabricar todas as peças listadas nas folhas 3/7 e 4/7, da nomenclatura 5/107- 0302-OBE.
As peças que possuem código PDR poderão ser adquiridas tanto por compra
externa como por requisição de reserva do armazém J (neste caso, é imperativo
antecipar a requisição).
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
2ª opção:
Estes materiais poderão ser adquiridos por compra externa ou por requisição do
armazém J (neste caso, fazer a previsão de consumo antecipadamente).
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Instalação
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
VI - Instalação elétrica
• Indicar os números dos esquemas a consultar.
VII - Anexos
• Listar todos os documentos anexos (números, desenhos, nomenclaturas, esquemas, etc.).
• Descrever a modificação efetuada e atualizar o dossier BE; fazer também a indicação do
número da modificação no rodapé da folha.
Uma boa folha de instrução não pode ter nada subentendido, pois dá margem a
dupla interpretação e, conseqüentemente, possibilitando ao erro.
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Praticando
A folha de instruções deve conter dados precisos, isto é, deve ser preenchida com bastante
objetividade. Por isso, é importante realizar os exercícios a seguir para iniciar o treinamento
nesse instrumento de trabalho.
2. Utilizando o exemplo prático de nossa indústria, indicar qual a melhor seqüência para
solicitação de uma modificação em uma máquina.
A - Peças a fabricar, peças a recuperar e/ou modificar, materiais comerciais, montagem e
instalação mecânica, montagem e instalação hidráulica e/ou pneumática, instalação
elétrica, anexos e descrição da modificação.
B - Montagem e instalação hidráulica e/ou pneumática, peças a fabricar, peças a recuperar,
materiais comerciais, montagem e instalação mecânica.
C - Montagem e instalação mecânica, materiais comerciais, montagem e instalação elétrica,
peças a fabricar, peças a recuperar e anexos.
D - Peças a fabricar, peças a recuperar e/ou modificar, materiais comerciais, montagem e
instalação mecânica, montagem e instalação hidráulica e/ou pneumática, instalação
elétrica, anexos e descrição da modificação.
4. Se uma peça que se pensa recuperar não pode ser modificada durante a instalação, a sua
modificação deverá ser feita antecipadamente em qualquer caso.
( ) certo ( ) errado
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Conceito de alinhamento
Alinhar ou fazer alinhamento significa colocar, em uma única linha reta, três ou mais
pontos ou, então, dois ou mais segmentos de linha reta.
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Alinhar, em linguagem técnica, significa deixar concêntricos (com a mesma linha de centro)
eixos, engrenagens, mancais e outras partes rotativas de equipamentos, tais como motores,
turbinas, geradores, redutores, etc., ou com linearidade entre as estruturas dos mesmos.
Alinhamento de máquinas
Todas as máquinas devem ser alinhadas com a finalidade de atender aos requisitos do
projeto.
O alinhamento malfeito pode reduzir a vida de um equipamento sensivelmente,
provocando vibrações, desgastes prematuros de mancais, fadiga em eixos, deformação em
estruturas, etc.
Exemplo:
Ao se fazer a montagem da base de um equipamento, se todos os apoios não estiverem
bem nivelados, esta base sofrerá tensões, na ocasião em que for apertada pelos parafusos
chumbadores, que, com o tempo, se tornarão deformações permanentes.
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Alinhamento de eixos
O processo consiste em tirar medidas radial e axial nos flanges de acoplamentos, em 4 pontos
eqüidistantes, conforme figura a seguir.
2 4 2
3
3
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Dimensões (mm)
Os números deverão ser feitos com giz ou tinta, nunca com punção.
O relógio colocado na posição radial indicará o desnivelamento dos eixos, e o colocado na
posição axial, indicará o desalinhamento angular.
Desalinhamento Desalinhamento
radial ou paralelo angular ou axial
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Os relógios poderão registrar uma variação positiva (+) sentido horário ou negativa (-)
sentido anti-horário, conforme o desalinhamento.
Para analisarmos este alinhamento, devemos construir uma tabela para as anotações das
leituras, conforme exemplo a seguir.
RADIAL AXIAL
0 0
1
1ª leitura
4 2 +20 +10
-10 +15
+40 +30
Relógio Radial
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Relógio Axial
Supondo que dispuséssemos do raio laser para alinhar um equipamento, poderíamos dizer
que o alinhamento seria “quase perfeito”, mas nunca diríamos que estaria zero-zero. Sempre
teríamos valores residuais que são, na sua maioria, imprevistos e que na realidade não
justificariam um realinhamento.
Com o advento dos acoplamentos flexíveis, tornou-se possível chegarmos bem próximos
do “zero-zero”, visto que a função do acoplamento em si é corrigir os valores residuais de
desalinhamento.
Enfatize-se que acoplamento não alinha, mas sim corrige valores residuais de
desalinhamento, e é por essa razão que os fabricantes de máquinas estabelecem
tolerâncias que devem ser seguidas para cada tipo de equipamento.
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Praticando
Os exercícios a seguir tratam das questões básicas de alinhamento, que você acabou de
estudar. Não deixe de realizá-los, pois essa tarefa vai ajudá-lo a fixar os conteúdos recém-
aprendidos.
( ) certo ( ) errado
( ) certo ( ) errado
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Classificação de alinhamento
na mecânica
O alinhamento em equipamentos mecânicos pode ser classificado em dois tipos:
• Estáticos
• Dinâmicos
Estáticos
É todo e qualquer tipo de alinhamento que necessite ser feito uma única vez, e que fique
aparentemente estático em sua função de trabalho.
Exemplos:
• O alinhamento dos trilhos de uma estrada de ferro.
• O alinhamento das furações de uma torre de transmissão, e também de várias torres entre
si, etc.
Dinâmicos
São alinhamentos feitos entre máquinas que trabalhavam em movimento de rotação,
translação ou de curso, tanto vertical quanto horizontal.
Exemplos:
• Hidrogeradores
• Motores
• Bombas
• Misturadores
• Pistões
• Moinhos
• Sistemas de engrenagens, etc.
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Prumo
O prumo é um instrumento
formado de uma peça de metal
suspensa por um fio e serve para
determinar a direção vertical. É muito
usado nas construções para verificar
a perpendicularidade, ou o prumo de
qualquer estrutura, ou parte dela.
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Apalpador de folga
Em complemento ao alinha-
mento feito com a régua, eram usados
os acopladores de folga, para o
alinhamento axial.
O apalpador de folgas, também
chamado de calibrador de folgas, consiste de
várias lâminas de espessura calibrada, variando
de 5 em 5 centésimos de milímetro, desde 0,05
mm até 1,00 mm, ou também em polegadas.
A maneira de usá-lo em alinhamento é, após
apertar levemente os flanges de uma máquina, verificar a folga existente entre eles e alinhar a
máquina até que a folga desapareça, ou então que fique igualmente distribuída.
É um alinhamento grosseiro, que poderá criar tensões nos eixos do equipamento ou nos
próprios flanges, por imperfeições na usinagem.
Nível de precisão
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Nível ótico
54
55
O nível ótico também usa a perpendicularidade 56
57
de um plano em relação à gravidade terrestre, criado 58
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Alinhamento e centragem de
peças nas máquinas
Relógios indicadores são dispositivos que servem para ampliar pequenas medidas,
normalmente abaixo de 1 mm.
O uso destes dispositivos permite corrigir erros de alinhamento imperceptíveis ao olho
humano.
O relógio indicador é composto de uma haste apalpadora, um sistema de engrenagens e
um mostrador.
Qualquer movimentação da haste apalpadora é transmitida ao sistema de engrenagens,
que amplia a medida tomada e a indica através de um ponteiro no mostrador.
O mostrador é dividido em 100 partes de 0,01 mm, ou em milésimos de polegada.
Há um contador de voltas completas do ponteiro maior, colocado na parte inferior do
próprio mostrador.
Para se fazer uma boa leitura com um relógio indicador, deve-se deixar sua haste pressionada
de tal forma que o ponteiro possa completar, no mínimo, duas voltas no sentido horário, e
também duas voltas no sentido oposto.
O relógio indicador deve ser montado de maneira que a haste do mesmo fique perpendicular
ao centro do flange, para medidas radiais, ou então paralela à linha de centro do eixo, para
medidas axiais.
Outros equipamentos (gabaritos) também auxiliam no alinhamento, porém os principais
são os anteriormente descritos.
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
O instrumento de medida é o meio pelo qual procuramos conhecer, com grau de precisão,
previamente estabelecido, quais as dimensões de uma peça.
A medida pode ser direta ou indireta.
A direta é quando a medida da peça é feita por meio de um instrumento de medida, régua
graduada, paquímetro, transferidor, etc. E é indireta quando se faz através de instrumento não
graduado, que transfere a dimensão a ser conhecida para outro, graduado, onde se lê a medida.
Os instrumentos típicos, usados nesse processo, são: o compasso de articulação central para
medidas externas e internas, etc.
Compassos
A
C
E
D
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
A
B
D
C
F
E
Para medir com o compasso, as duas pontas devem tocar as superfícies ligeiramente.
Isto é obtido por um ligeiro movimento de vaivém, sentindo-se o contato com a peça (figura E).
Quando se toma medidas em uma régua, para transferi-las à obra, um extremo do
compasso de medida externa é apoiado contra o extremo da régua e o outro é regulado de
acordo com a graduação da régua (figura F).
Com o compasso de medida interna, o extremo da régua e a ponta do compasso são
colocados em contato com qualquer superfície plana e lisa; a outra ponta do compasso é regulada
pela graduação da régua.
Compasso para parafusos: tem a forma geral de um compasso para medida externa, mas
suas pontas são afiladas em forma de V para adaptação no fundo dos filetes dos parafusos. É
usado para transferir medidas de um parafuso terminado para um em confecção.
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Relógio comparador
Apesar de apresentar uma graduação, o relógio comparador pode ser visto como um
instrumento de medição indireta, pois não nos fornece a dimensão e sim uma variação em
relação a uma referência.
Ponteiro principal
Aro
Limitador de Mostrador
tolerância
Contador
de voltas
Canhão
Fuso
Ponta de
contato
Centralizador a laser
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Especificações técnicas
7,5º 15º
O 60 mm
O 31,75 mm
151 mm
101 mm
O 31,8 mm
A técnica de alinhamento não é uma regra rígida estabelecida para cada tipo de
equipamento. Embora muitos equipamentos pareçam iguais, existem diferenças entre si, em
especificações de projeto, em inovações ou, então, em adaptações ao local de uso.
Por esta razão, para cada equipamento a ser alinhado, deve-se elaborar um roteiro de alinha-
mento ou uma programação de trabalho, como veremos mais adiante, no item com este título.
Descrevemos a seguir alguns pontos que devem ser lembrados:
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Equipamentos estáticos
Em equipamentos estáticos, deve-se especial atenção aos pontos de referência e dimensões
do equipamento a ser montado. Geralmente, estes equipamentos têm acabamentos grosseiros,
os quais podem provocar desníveis ou desalinhamentos consideráveis, que só serão percebidos
no final da montagem.
Na montagem de um galpão de estruturas metálicas, o desnivelamento de uma coluna em
relação à outra só será percebido quando forem montadas as vigas do telhado.
Na montagem de tubulações soldadas, desalinhamentos ou disnivelamentos podem
provocar erros na junção com outras tubulações, ou então interferência com outros
equipamentos, por estar fora do trajeto previsto no projeto. Também não podem ser esquecidas
as bases e fundações, incluindo os testes de carga determinado para cada coluna.
A cada uma ou duas etapas da montagem, deve-se verificar se, até o ponto montado, o equi-
pamento não saiu das tolerâncias de perpendicularidade ou de prumo estabelecidas pelo projeto.
Equipamentos dinâmicos
Para efeito prático de entendimento, subdividiremos os equipamentos dinâmicos em:
Exemplos:
- motores a explosão; e
- servomotores hidráulicos.
Sistemas de engrenagem
Exemplos:
- redutores de velocidade;
- multiplicadores de velocidade; e
- sistemas de transmissão de força.
Máquinas verticais
Máquinas horizontais
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Motores a explosão
Servomotores hidráulicos
Servomotores hidráulicos são pistões que se movimentam devido à força exercida por um
fluido às suas superfícies frontais.
Entrada e saída
de fluido
Válvula
de Entrada e saída
controle de fluido
Movimento
de curso
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Sistemas de engrenagem
Regra geral, deve-se verificar sempre o paralelismo dos eixos ou sua perpendicularidade,
visando obter o melhor contato possível entre os dentes de engrenamento.
Acima de 70% entre dois dentes, o contato do par engrenado, medidos em seis posições
diferentes do diâmetro da maior engrenagem, é considerado satisfatório. Salvo em condições
especiais de trabalho, as quais devem ser definidas pelo projeto e instruções de uso do
equipamento.
O teste de contato é feito colorindo-se a superfície de dois dentes que entrarão em contato,
com azul de metileno ou outro corante próprio para demarcação de peças metálicas; em seguida,
coloca-se uma fita de papel absorvente ao longo de toda a extensão do dente.
Gira-se a engrenagem e observa-se, no papel, a revelação do contato.
Máquinas verticais
É considerada máquina vertical todo o equipamento que trabalhe com seu eixo de rotação
coaxial à gravidade terrestre.
Exemplo: hidrogerador vertical.
O alinhamento deste tipo de equipamento é feito relacionando o paralelismo entre um fio
de prumo e o eixo da própria máquina, de tal maneira que a diferença entre dois pontos de
tomada de leitura esteja dentro da tolerância fornecida pelo fabricante do equipamento, ou por
norma específica.
SENAI-RJ 43
Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
D=32”
Fio A
Fio B Ponto 1
12,468” Máquina 2 12,468”
Máquina 3
L=45”
Ponto
3 12,471” L=92”
12,465”
Ponto
4 L=137”
12,462” 12,474”
1 12,468” 12,468” 0 0
Medidas em polegadas
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
1 12,468 12,468 0 0
Medidas em polegadas
No que diz respeito às duas tabelas apresentadas, é importante destacar os seguintes pontos:
• os fios de prumo deverão ser colocados a 90 graus um do outro, e também eqüidistantes
do eixo.
• A colocação dos fios deverá ter as seguintes direções:
- montante – é a direção de tomada de água da máquina;
- jusante – a 180 graus da montante; é a direção de descarga da máquina;
- máquina 2 – 90 graus à direita da montante; e
- máquina 3 – 90 graus à esquerda da montante.
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Máquinas horizontais
Alinhamento de base
Sapata de suporte
do pedestal
Base
As placas de ancoragem deverão ser niveladas com nível ótico, e seu assentamento deverá
ser feito com massa de areia e cimento na proporção 2:1, usando o mínimo de água possível.
Após a cura do cimento, que demora no mínimo 72 horas, a base poderá ser montada,
apertada com torque determinado, devendo-se novamente conferir o seu nivelamento, tomando
como pontos de medição as sapatas de suporte dos pedestais. Se necessário, poderão ser feitos
alguns ajustes, colocando calços entre as placas de ancoragem e a base.
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Alinhamento final
O alinhamento final é feito com relógios indicadores que possuam escalas em milésimos
de polegada ou centésimos de milímetro.
Para maior facilidade do alinhamento, deve-se usar seis relógios, dois no acoplamento,
para medir as diferenças axiais e radiais, e dois em cada pedestal, para controlar as movimentações
a serem feitas durante o trabalho.
O alinhamento final consiste em colocar a máquina dentro das tolerâncias estabelecidas
pelo fabricante.
Há vários métodos para alinhamento com relógios indicadores.
O método a seguir descrito visa tornar mais prática possível, e também de mais fácil
entendimento, uma maneira de alinhar usando-se relógios indicadores.
Deve-se ressaltar que este tipo de alinhamento só poderá ser feito para máquinas que
tenham, pelo menos, dois pedestais ou mancais por eixo.
O processo de alinhamento determina que sejam tiradas leituras radial e axial, nos flanges
do acoplamento.
Essas leituras deverão ser tomadas em 1
quatro pontos, marcados a 90 graus um do outro,
no flange que receberá o contato da haste apal-
4 2
padora do relógio, como indicado no desenho
ao lado.
Os números deverão ser marcados com giz 3
ou tinta e não com punções de bico, pois estes
causam erros de leitura.
Radial
Axial
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Diferença Diferença
Radial Axial ou Angular
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
0 0
1ª Leitura
1 1
3 3
+0,60 mm +0,40 mm
0 0
2ª Leitura
+0,12 mm -0,08 mm
0 0
3ª Leitura
+0,03 mm -0,01 mm
Radial
Vertical Horizontal
Ponto 1 =
Ponto 3 = +60
0
+ Ponto 2 = +30
Ponto 4 = -20
+60 +50
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Axial
Vertical Horizontal
Ponto 1 = 0 - Ponto 2 = +20
Ponto 3 = +40 Ponto 4 = +22
+40 +2
+50
+40
+60
+2
• Devemos ainda lembrar que as leituras que possuam sinais diferentes deverão ser somadas
e, no resultado, colocado o sinal do maior, como aconteceu na leitura horizontal radial.
Ponto 2 = +30
Ponto 4 = -20
+50
• Havendo leituras com sinais iguais, deverá ser feita a subtração. Como exemplo, temos a
leitura horizontal axial.
Ponto 2 = +20
Ponto 4 = +22
+2
50 SENAI-RJ
Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Radial
0
Correção
0
Correção
Axial
0
Correção
0
Correção
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Radial
0
Correção
0
Correção
Axial
0
0
Correção
Correção
0
Correção
0
Correção
-B
( - ) Retirar calços no pedestal traseiro e/ou
adicionar calços no pedestal dianteiro.
-D
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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Z
X
+0,60 mm
300 mm
D= +0,60 mm + C
C
A
L. A.
B L. O. A.
500 mm 2.500 mm
SENAI-RJ 53
Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Para isto basta aplicar uma regra de três simples, correlacionando a medida A com a distância
entre os dois pedestais, a medida B com o comprimento do raio do flange, e a medida C com a
distância entre a fase externa do flange e o primeiro pedestal (L A – lado do acoplamento).
A medida B é dada pelo relógio indicador, colocado na axial, que é de +0,40 mm.
Vamos então calcular a medida C:
B = +0,40 mm
+0,40
Com a medida C, vamos calcular a medida A:
A medida A significa a quantidade de calços em milímetros que devemos colocar no segundo
pedestal (LOA – lado oposto ao acoplamento).
Colocando então estes calços, acertaremos a diferença axial, restando, porém, o acerto da
diferença radial.
Considerando que, com o acerto axial, os dois flanges ficam paralelos, basta, para acertar
a radial, colocar os calços na quantidade da leitura radial D, acrescida ou diminuída da medida
calculada C, nos dois pedestais.
No nosso caso, teremos de somar a medida calculada C na medida radial, pois com o
acerto axial houve uma movimentação para baixo, na mesma quantidade desta medida. Então,
teremos:
54 SENAI-RJ
Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Alinhamento do entreferro
Programação de trabalho
Conhecimento do equipamento
Em primeiro lugar devemos conhecer, o melhor possível, o equipamento no qual devemos
trabalhar. Este conhecimento deve abranger vários aspectos.
SENAI-RJ 55
Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
Aspectos relevantes
Material e mão-de-obra
Em seguida, programar o material e mão-de-obra que serão necessários durante a execução,
abrangendo ferramentas, calços calibrados, instrumentos e pessoal auxiliar, na quantidade correta.
Tempo de execução
Deve ser elaborado um cronograma de barras, descrevendo, em seqüência, as etapas do
serviço com o seu tempo de duração.
Diário de obra
Sempre que se executa um serviço cuja duração foi prevista para mais de 15 dias, deve ser
elaborado um diário de obra.
O diário de obra tem a finalidade de demonstrar como foi utilizado o tempo de execução do
serviço, justificando atrasos, caso haja algum imprevisto, e de fornecer ao cliente condições de
acompanhar cada etapa do trabalho executado.
56 SENAI-RJ
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Relatório técnico
Ao terminar o serviço, após os testes com carga, deve ser emitido um relatório técnico das
condições reais em que se encontra o equipamento.
Este relatório deverá conter:
• Todas as medidas e dimensões de importância do equipamento.
• A última leitura do alinhamento feita com os relógios indicadores, tanto na radial quanto
na axial.
• A quantidade de calços colocados em cada pedestal e sua espessura; deve ser lembrado
que o limite máximo de calços a ser colocado em cada pedestal é três. Cada vez que esta
quantidade for ultrapassada, deverão ser retirados e colocado somente um, com espessura
igual ao total da soma dos três anteriores.
• As medidas do entreferro da máquina também devem ser relatoriadas.
• Os dados de vibração da máquina, estando esta vazia e com carga.
A finalidade do relatório técnico é dar base ao pessoal que for fazer a manutenção
das condições iniciais em que o equipamento começou a funcionar; por isso,
deverá ser o mais completo possível.
SENAI-RJ 57
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Praticando
1. Podemos dizer que alinhamento estático é aquele que fica aparentemente estático em
sua função de trabalho.
( ) certo ( ) errado
3. Existem níveis de precisão de até 0,002”/pé, o que significa que cada traço divisório da
bolha corresponde a um desnível de 0,05 mm para um metro de comprimento.
( ) certo ( ) errado
4. O dispositivo que serve para ampliar pequenas medidas está acoplado no:
A – micrômetro.
B – nível ótico.
C – nível de precisão.
D – apalpador de folgas.
E – relógio indicador.
58 SENAI-RJ
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6. Servomotor hidráulico é:
A – um motor de serviços hidráulicos.
B – um pistão que se movimenta devido à força exercida por um fluido às suas superfícies
frontais.
C – um motor a pistão transmitindo energia hidráulica.
D – um serviço hidráulico qualquer.
E – nenhuma das respostas anteriores.
10. Nas leituras através de relógios apalpadores as marcações nos flanges deverão ser feitas
ou com punções ou com giz e tinta.
( ) certo ( ) errado
12. Numa montagem de dois flanges, 1 (direita) e 2 (esquerda), com o relógio apoiado no
flange 2, encontramos as seguintes leituras radiais.
Ponto 1 = 0 Ponto 2 = +30 1
Ponto 3 = +60 Ponto 4 = -20 4+2
3
Indique a opção correta de correção radial a ser feita no flange 1.
SENAI-RJ 59
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13. Para determinar o alinhamento radial entre dois flanges, estes deverão ter o mesmo
diâmetro.
( ) certo ( ) errado
18. Pode haver desalinhamento de uma máquina por fatores externos à mesma.
( ) certo ( ) errado
60 SENAI-RJ
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23. Um dos itens abaixo indica a maior desvantagem da medição com compasso:
A – Transferência para outro instrumento.
B – Não exatidão da medição.
C – Quanto maior a medida, mais difícil a leitura.
D – Muitas maneiras de se medir.
E – Nenhuma das respostas anteriores.
24. O compasso de voltas serve para medir diâmetros internos e o compasso de pernas,
diâmetros externos.
( ) certo ( ) errado
26. Num teodolito, nós recolhemos informações para posterior resolução da medida.
Portanto, é um instrumento de medição indireta.
( ) certo ( ) errado
SENAI-RJ 61
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Serviços de manutenção no
alinhamento
Mesmo tomando todas as precauções, existem fatores de difícil previsão que afetam o
alinhamento, como, por exemplo, a movimentação do solo.
Por esta razão, deve-se fazer um plano de verificação periódica do alinhamento,
programando a primeira para uma semana após a máquina entrar em operação. Nesta
verificação, deve-se anotar as leituras dos relógios indicadores e compará-las com dados
anteriores.
Se houver modificações, deve-se alinhar novamente a máquina, mantendo-a sob
observação, executar novas leituras de alinhamento e também medir os índices de vibração, em
períodos de 24 horas.
Caso persistam as modificações, deve-se pesquisar, descobrindo e eliminando as causas.
Assim que se verifique que o alinhamento se mantém estável, deve-se então programar as
verificações em períodos mais longos, não excedendo seis meses.
Sendo o serviço de alinhamento bem-feito, e sua manutenção adequada, serão poupados
gastos desnecessários com o equipamento, que terá uma maior vida útil.
A seguir, vamos analisar um exemplo de montagem de estrutura de máquina na nossa
empresa.
62 SENAI-RJ
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MÁQUINA
Rosca p/fixação
Resina de Sikadur
Concreto
Concreto
[Parafuso]
Base Sua base, de cimento, é preparada no próprio setor com aproximadamente 300 mm de espessura,
com furos traçados por gabaritos que obedecem a um alinhamento traçado com teodolito. Estes
furos são executados com furadeira de impacto para receberem chumbadores resinados.
Resina de Esta resina é uma argamassa expansiva, e sua espessura depende da pressão a ser exercida
Sikadur (consultar catálogo do fabricante).
Nivelamento Para este nivelamento é ideal que se use um nível para quatro placas e outro para duas.
das placas
de resina
Alimentação A alimentação de eletricidade, vapor, água, circuito de óleo, nobreak (bateria que mantém a
energia elétrica por um certo período), silicone, vácuo e ar comprimido é interligada à
máquina através de tubulação, mangueiras, quadro de calor (controlado por um quadro
pneumático, que por sua vez é controlado por um CLP – controlador lógico programável).
Regulagem Os parâmetros geométricos de funcionamento da máquina a serem regulados são:
de • Ângulo de x graus do braço para alimentar a prensa.
parâmetros • Subida do prato da membrana (altura).
• Velocidade de subida e descida da tampa.
SENAI-RJ 63
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Revisão (check-up)
Situação 1
Situação 2
Situação 3
64 SENAI-RJ
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Verificação angular
SENAI-RJ 65
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Verificação simples
Escala
Uma régua colocada sobre as duas metades
do acoplamento e em quatro lugares em volta
do acoplamento é uma verificação visual. A
verificação com o graminho é, no entanto, muito
mais precisa e evita desgaste dispendioso.
O eixo empenado é observado com o graminho preso à capa do mancal, enquanto o pino
do relógio toca o eixo. Se o eixo está correto, verifique a parte do acoplamento deste eixo. Se não
está, a abertura pode estar excêntrica ao flange, ou o acoplamento pode não estar bem ajustado
no eixo. Logo que você verifique que o eixo e as metades do acoplamento estão corretos, você
pode alinhar o acoplamento como se verá adiante.
66 SENAI-RJ
Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas
A folga axial entre as metades dos acoplamentos deve estar correta (verificar nos planos).
Se não, o desgaste de mancal de escora ou os rotores pesados podem sobrecarregar os motores
assim apertados, causando sérios danos.
Fim da folga
SENAI-RJ 67
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Nivelamento
Máquina nova deve ser nivelada
Nível
presos à máquina.
Calço
68 SENAI-RJ
Regulagem de
máquinas
Nesta seção...
Regulagem de máquinas
2
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70 SENAI-RJ
Montagem e Alinhamento de Máquinas - Regulagem de Máquinas
Regulagem de máquinas
A regulagem de máquinas é uma operação longa e de alto custo, porque necessita do
emprego de mão-de-obra qualificada e de equipamentos especiais.
É feita para permitir o funcionamento da máquina dentro das melhores condições, as
quais vão permitir a manufatura de produtos dentro das especificações exigidas pelos
clientes.
O emprego da regulagem de uma máquina permite a realização de produtos confiáveis,
por exemplo, dimensionalmente, o que nos dará o retorno do custo desta regulagem em
pouco tempo.
Por ser uma operação demorada e exigir mão-de-obra especializada, deverá ser feito
antecipadamente um planejamento desta regulagem, por um departamento de engenharia
ou de projetos, para fornecer a ordem de operações da regulagem.
Para conhecermos as condições de regulagem será necessário o conhecimento da
máquina. Portanto, vamos utilizar, como exemplo, a regulagem de um homogeneizador.
SENAI-RJ 71
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Homogeneizador
10
8
Cilindro
M 1
Especificações técnicas
Funcionamento O motor ref. 1, quando acionado, gira o parafuso s/ fim ref. 3 através do acoplamento 2. O parafuso
s/ fim 3 movimenta a coroa ref. 5. Por estar solidária ao sem fim ref. 4, faz c/ que o mesmo gire, girando
a coroa ref. 6. Estando ligada ao parafuso ref. 7, por estrias cujo ajuste é deslizante, faz com que o
mesmo gire permitindo o deslocamento axial.
O parafuso 7 está montado na porca de bronze ref. 8 que é fixa à estrutura da máquina.
Conseqüentemente, quando o mesmo gira, desloca-se axialmente. O parafuso 7 é fixado
“axialmente” ao mancal ref. 10 através do flange de ligação ref. 9, o que faz com que o mancal e o
cilindro se movimentem.
72 SENAI-RJ
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Cilindro
traseiro
A B 0,1
0,1
0,2 0,2
C
100 100
Cilindro
dianteiro
M M
• Aperto mínimo – aproximar os cilindros para que os mancais encostem nas placas de
segurança com leve compressão.
A = B = 0,5 + 0,1
C=0
• Aperto máximo – abrir os cilindros para retirar as folgas, após parada a fim de aproximá-
los, ajustando o fim de curso para que ocorra a parada do cilindro na cota desejada.
A = B = 0,7 + 0,2
C = 0,2
SENAI-RJ 73
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• Desaperto máximo – abrir os cilindros e ajustar o fim de curso, após parada, a fim de que
atinjam a cota desejada.
A = B = 30 + 0,5
• Paralelismo
A – B // 0.2
A
P ∆
D B
X C
74 SENAI-RJ
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Alinhamento angular
Materiais utilizados
Relógio comparador centesimal com base magnética, martelo de bronze, martelo de 500 g, cabo de
aço para 3.000 kg, chaves Allen de 6,0 mm/impacto de 36/fixa de 13 e 17/inglesa de 6’’, calibre de lâminas.
Normas internas
Em nossa indústria utilizamos métodos de regulagem planejados, como, por exemplo, o
referencial geométrico para qualidade assegurada utilizado nas máquinas de confecção de
carcaças e bandagens.
O objetivo deste planejamento é organizar os diversos parâmetros da máquina que
influenciam na qualidade do produto. Neste planejamento encontramos normas, modos
operatórios e demais aspectos necessários para uma boa regulagem e verificação da máquina.
Trata-se de um conjunto de parâmetros geométricos, que tem uma incidência sobre a
qualidade do produto, com o objetivo de constatar a posição dos elementos da máquina e
transcrever os resultados da mediação para cada parâmetro. A verificação desse referencial deve
ser feito por pessoal qualificado e com ferramentas adequadas.
Elementos do referencial geométrico:
- Eixo X
- Eixo Y
- Mesa
- Postos da mesa (produtos)
- Posto de referência
- Posto PS
- Posto FE
- Traçador (barra traçadora)
- Roletagens e posicionador de aros
- Spots do FE
SENAI-RJ 75
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alvo 6 BM MESA
alvo 1
cota gabarito
711
estação B
1365
377
ponto B 271
BT
eixo Y
alvo3 alvo 5
alvo 4
870
764
1668
1562
PS
711
5300
alvo 2
cota gabarito
(FE)
linha S
CXIII
estação A
ponto A
trilho
eixo X
76 SENAI-RJ
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Montagem do teodolito
Meios
- Teodolito
- Base para teodolito
- Nível de precisão
- Mesa micrométrica
Modo operatório
A implantação do teodolito deve ser feita conforme
descrito a seguir.
• Colocação do tripé dentro das marcações no solo.
Verificar se o tripé está fixado na base, e se não se
movimenta.
• Regular o suporte, colocando o mesmo no nível para receber o teodolito.
• Colocar o teodolito sobre este suporte.
• Apertar o parafuso de fixação com a mão, porém com pouca folga.
SENAI-RJ 77
Montagem e Alinhamento de Máquinas - Regulagem de Máquinas
X Alvo atrás
X Alvo à frente
Micrômetro
78 SENAI-RJ
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B B+ B
+A A A
y
eixo de movimento da
T
mesa micrométrica
TA
d= y • ______
AB
AB
A
TA
y d Centro do teodolito
T
ponto O
SENAI-RJ 79
Montagem e Alinhamento de Máquinas - Regulagem de Máquinas
- Achando o valor d, deslocar mais este valor a partir do valor y, ou seja, y + d é a diferença
total a partir do zero.
Exemplo:
Diferença de alinhamento y = 2,0 mm
Valor de d = 3,0 mm
Valor total a partir do zero = 5,0 mm
Autocolimação
Para muitas tarefas é necessário uma referência somente para medir ângulos horizontais.
Se tem que se mover o teodolito e, sobretudo, se tem que se trocar de altura, o uso de um espelho
como referência é impossível. Para vencer esta dificuldade, utiliza-se o prisma autocolimador.
80 SENAI-RJ
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A B C D E F G
eje de la
máquina
a c d e GAP 1
1 linea de control 2
b f g
E G
A C
F
B D
1 2
SENAI-RJ 81
Montagem e Alinhamento de Máquinas - Regulagem de Máquinas
1 2
3 4
1 – Uma referência perfeita para medir ângulos horizontais sempre que as distâncias dos
pontos sejam limitadas.
2 – Controle de paralelismo e eixos de alinhamento com o teodolito em diferentes alturas.
82 SENAI-RJ
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Verificação geométrica de
uma fresadora
Objetivo
b-c
a-c
Objeto de medida
Deslocamento do console:
- Plano de simetria da máquina;
- Plano perpendicular ao ponto de simetria;
- Basculamento.
Material utilizado
Comparador e esquadro.
Tolerância em mm
Admissível = 0,02/300 mm
SENAI-RJ 83
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+1,0 bar
+1,0 bar p2=4-
d1=4,0 mm d2=4,0 mm
P1=4-
x x
Cilindro Cilindro
dianteiro traseiro
d3
tapete elevador
calço
• Cotas d1 e d2, cotas entre rolo raspador e cilindro, devem estar com 4,0 mm cada.
Utilizando uma chave fixa de 24 mm, atuar (girando) o munhão na ponta da haste do
cilindro até obter a folga desejada, que é determinada pelo curso total do cilindro (cota X).
Se necessário, usinar o munhão.
• Cotas d3, cota entre formador de rolos e tapete, deve ficar 12 ± 1,0 mm.
Para realizar esse ajuste, utilizamos chave Allen de 8 mm e calibre de folgas. A folga se consegue
usinando ou colocando calços entre os batentes. Esta folga deve ser mínima para evitar a
passagem do produto; porém, o tapete e a emenda não devem tocar o rolo ao passar.
Ressaltamos que todo o trabalho deve ser feito com a máquina em segurança, com o rolo
em posição alta e travado mecanicamente.
d1=d2=4 mm D1=D2=8 mm
Cilindro Cilindro
came came
detetor
detetor
84 SENAI-RJ
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Verificação de concentricidade
de tambor
A norma pede, para este caso, menos de 0,50 mm.
Utilizando relógio comparador e base magnética, montar o relógio comparador como
mostra a figura a seguir . Montar do lado R. Fazer girar em uma volta o tambor.
Bati
mandrin
Rail
SENAI-RJ 85
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x1
frente Tambor
x2
trás
Plano de referência
(Plano de vista)
Teodolito
86 SENAI-RJ
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posto Y
mesa
GI
posto
BT
alvo 5
posto
PS
alvo 1 posto
CXIII
ba
ti alvo 7
ma
nd
rin
alvo 2
tri
lho
SENAI-RJ 87
Montagem e Alinhamento de Máquinas - Regulagem de Máquinas
Praticando
1. Para verificação e regulagem da folga dos cilindros de homogeneizadores, necessitamos
de calibre de folgas, bloco padrão de 30 mm e chave fixa de 13 mm.
( ) certo ( ) errado
88 SENAI-RJ
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SENAI-RJ 89
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Comparador
90 SENAI-RJ
Montagem e Alinhamento de Máquinas - Regulagem de Máquinas
Para obter uma alta qualidade das medições, é necessário ajustar um ângulo conforme
descrito a seguir.
• O ajuste do ângulo se faz posicionando-se o excêntrico B7 em relação ao eixo descentrado B5.
• Calcular a diferença (d) entre o valor (X) a regular e o valor (I) encontrado, ou seja, X – I = d.
• Parar o motor.
• Posicionar o braço B23 no máximo de elongação, girando o motor manualmente no
sentido normal.
• Colocar o comparador a zero.
• Desbloquear a peça B15.
• Desaparafusar de 2 ½ voltas aproximadamente até sentir uma segunda resistência; é
suficiente então fazer ¼ de volta suplementar para descalçar o excêntrico B7 do eixo B5.
• Aparafusar novamente, sem bloquear o parafuso B15 somente o necessário para repor
em contato B7 com B5.
• Posicionar duas hastes diâmetro 8 nos furos de B5 e B7 previstos para este fim.
• Manter B5 e agir sobre B7 para levar o comparador a zero, depois aumentar ou diminuir,
conforme o caso, a indicação do valor d/2.
• Rebloquear em seguida o parafuso B15.
• Controlar a amplitude total, fazendo girar o motor manualmente.
• Tolerâncias de ajuste: X +
- 0,005 mm.
SENAI-RJ 91
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Praticando
1. Por que é necessário posicionar duas hastes diâmetro 8 nos furos B5 e B7?
92 SENAI-RJ