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Protocolos de Comunicação Abertos dentro da Indústria


de Processos Molhados
Rogerio Gimenes – Consultor Técnico

Resumo parte dessas indústrias, o que prevalece é a medição de


Este artigo descreve aplicações de sistemas de con- variáveis de processo, como vazão, nível, temperatu-
trole com protocolos de comunicação abertos dentro ra, pressão, variáveis analíticas e controle regulatório.
da indústria de processos molhados. Dessa forma, esse artigo abordará principalmente
A aplicação desses sistemas tem possibilitado a uti- os protocolos que se enquadram nesse perfil, que são
lização de instrumentos, válvulas, posicionadores e os Foundation Fieldbus, Profibus e Hart.
outros dispositivos de campo diversificados fornecidos Os protocolos Foundation Fieldbus e Profibus PA
por dezenas de fabricantes. fazem parte de um mesmo tipo de comunicação no
Destaca também a importância da utilização de ga- meio físico que é a rede. Eles diferem basicamente um
teways, conversores de sinais, controladores tipo Host, do outro, pelo fato que o Profibus PA permite apenas o
etc. E apresenta a versatilidade de operação e manu- controle via Host do sistema, enquanto que o Founda-
tenção que um sistema com Arquitetura aberta possibi- tion Fieldbus, permite que o controle seja feito no cam-
lita aos usuários. po via blocos funcionais do próprio instrumento ou até
Também é apresentada uma aplicação de um siste- mesmo no Host do sistema como no Profibus PA.
ma de controle com Protocolo de Comunicação Foun- Portanto, o meio físico da arquitetura de Rede do
dation Fieldbus, para uma planta de destilação de Profibus PA é idêntico ao meio físico da arquitetura
solventes com menos de 50 dispositivos de campo, en- Foundation Fielbbus, a diferença está voltada para as
tre eles instrumentos de medição e posicionadores outras camadas de controle como software, tratamento
quase todos classificados para área EEx. dos dados e demais mensagens, uma vez que a confi-
Vantagens como economia, aumento da seguran- guração de cada sistema é distinta.
ça, confiabilidade, retorno financeiro num espaço de O protocolo Foundation Fieldbus, foi desenvolvido
tempo mais curto para as indústrias, são obtidas atra- baseado no padrão ISO/OSI , já o protocolo Profibus
vés da implantação de um sistema de controle aberto PA é uma extensão do protocolo Profibus DP da mes-
baseado em barramentos de campo “Fieldbuses”. ma família ProfiBus, o que facilita a intercambiabilida-
de entre as demais arquiteturas de rede de
Introdução comunicacão, só que baseado também no modelo de
Protocolos de comunicação, são padrões de redes blocos funcionais assim como o Foundation Fieldbus
de comunicação que permitem que instrumentos de para utilização específica em controle regulatório.
medição, posicionadores de válvulas e demais disposi- O protocolo Hart é um protocolo de comunicação,
tivos se comuniquem através de um sinal digital com o porém não utilizado para a operação convencional e
sistema de controle de uma forma mais rápida, eficaz e sim para efeito de configuração de cada instrumento e
econômica. dispositivo de campo, através desse protocolo torna-se
Dentre os protocolos existentes, existem inúmeros possível a configuração, o diagnóstico e a monitoração
tipos, mas na relação com processos molhados (Indús- de cada instrumento de medição por meio de uma in-
trias Químicas, Petroquímicas, Cimenteiras, Siderúrgi- terface apropriada para configuração local no campo
cas, Papel e Celulose, Alimentícias, Óleo e Gás e ou mesmo remota.
Farmacêuticas) não são tantos assim, visto que as infor- O protocolo Hart é disponibilizado principalmen-
mações nesses processos são mais complexas e as te pelos instrumentos e dispositivos de campo, assim
ações de controle no caso de malhas de controle fe- independente da arquitetura que possua a rede de co-
chadas são ainda mais complexas, já que em grande municação e do sinal que trafegue na mesma, o proto-

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colo Hart poderá estar disponível
também.

Sistemas com Protocolos de


Comunicação Abertos
A utilização dos três protocolos
referidos anteriormente num mes-
mo sistema, possibilita a comuni-
cação entre instrumentos de
campo distintos, com protocolos
de comunicação diferenciados, o
que faz dele um sistema de contro-
le com comunicação aberta.
No nível de comunicação et-
hernet TCP/IP, torna-se possível a
implementação de estações de
operação, estações de gerencia-
mento da planta e estações de en- Figura 1 – Foundation Fieldbus, Profibus e Hart num Sistema Aberto
genharia para execução de tarefas
distintas num mesmo nível de siste- Com relação às interfaces conversoras de sinais,
ma. Essas estações conectadas a rede ethernet podem gateways, hardwares e softwares do sistema de contro-
operar com softwares de diferentes plataformas. le, ocorre o mesmo, pois não existe nenhuma necessi-
A aplicação de um sistema aberto como o exempli- dade de ficar limitado a apenas um fabricante, como
ficado na figura 1, é possível através de interfaces con- também a um só protocolo de comunicação.
versoras de sinais e gateways que convertem
protocolos como Foundation Fieldbus, Profibus PA e A integração de um sistema aberto
DP, Hart, para uma rede ethernet mais simplificada. Na última camada da rede o protocolo é um só, o
Numa aplicação como a desse sistema (figura 1), TCP/IP para redes ethernet, o que facilita em muito a
nota-se que a instrumentação de campo é distinta e di- expansão de novas estações de operação, gerencia-
versificada, não só em relação aos fabricantes dos ins- mento e engenharia no caso de uma expansão na plan-
trumentos, posicionadores e válvulas, mas também em ta industrial e por conseqüência de toda a
relação à função de cada instrumento, que inclui me- instrumentação de campo, pois a facilidade está na
didores de nível tipo radar, medidores magnéticos de própria instalação dos novos hardwares e softwares
vazão e até transmissores de temperatura, sendo que como também no fator investimento.
cada protocolo de comunicação possui sua parcela di- A facilidade do uso do protocolo de redes ethernet
vidida de instrumentos de campo padronizados em FF, nessa camada, é possível através do uso de gateways
PA, DP e Hart. que convertem os sinais dos protocolos de campo
Essa aplicação possui um fator muito bom no que como o Foundation Fieldbus, Profibus DP e Hart para
diz respeito a funcionalidade e interoperabilidade do o protocolo TCP/IP. Isso permite uma interface simpli-
sistema de controle de uma planta, pois dessa forma ficada, rápida e eficaz com o sistema de operação, já
quando essa planta industrial necessitar ser ampliada, que a intervenção e a mudança de parâmetros de con-
num curto espaço de tempo por motivos de aumento trole no processo pode ser realizada pelo operador
de produção e competitividade o que é muito comum em poucos segundos e a resposta do sistema aberto é
nos dias de hoje. Não existirá nenhuma preocupação imediata.
quanto ao padrão de comunicação da instrumentação Esses gateways do tipo Fieldgate fazem a interface
e dispositivos a serem adquiridos, uma vez que essa entre o protocolo TCP/IP e os controladores de campo
planta possui uma arquitetura aberta disposta a expan- tipo Host, que através de sua configuração de estrutura
dir tanto em Foundation Fieldbus quanto em Profibus de blocos funcionais em protocolos de comunicação
PA ou Hart. Foundation Fieldbus, Profibus DP e PA, fazem a comu-
Dessa forma, também não haverá necessidade de nicação e o controle com todo e qualquer instrumento
estar limitado a apenas um determinado fabricante de e dispositivo de campo de medição e controle de variá-
instrumentos e sistemas para controle de processo. veis de processo.

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Outros instrumentos com protocolo Hart e sinal 4 –
20 mA também se comunicam com esses Controlado-
res tipo Host através de conversores (transmissores,
medidores de vazão,etc).
Esses controladores de campo tipo Host, podem ser
especificados para comunicação com qualquer barra-
mento de campo. Entre eles, o Foundation Fieldbus e o
Profibus DP e PA, com outros tipos de sinais como o
Hart e o 4 – 20 mA. Esses controladores podem tam-
bém se comunicar desde que haja entre o barramento
de campo e os instrumentos Hart ou 4 – 20 mA conver-
sores de sinais que convertem esses sinais de 4 – 20 mA
ou Hart para FF, DP ou PA.
No caso dos controladores de campo possuírem Figura 2 – Estação de Operação de uma planta industrial
com Protocolos de Comunicação Abertos
versão de comunicação FF e assim estarem conectados
a barramentos Foundation Fieldbus, os blocos funcio- set point. De qualquer forma através das estações de
nais de controle podem estar configurados no Host do operação, o operador estará também a todo o tempo
próprio controlador ou no instrumento de campo. De visualizando o processo e se ele necessitar repentina-
qualquer forma, os controladores estarão conectados mente passar determinado controle automático para
aos Gateways tipo Fieldgate através do Protocolo manual, para intervir no processo, ele poderá fazer isso
Foundation Fieldbus, assim os gateways estarão rece- através de sua interface com o processo que é o seu
bendo toda a informação do processo através dos con- computador.
troladores e informando esses dados à rede Ethernet Através das estações de operação, o operador tam-
TCP/IP, que estará comunicando-se durante todo o bém pode estar acessando todos os instrumentos e
tempo com o sistema de operação da planta. dispositivos de campo, status, diagnóstico de cada
Quando os controladores de campo possuírem ver- malha de controle aberta ou fechada, mudando da-
são Profibus e estiverem conectados a barramentos do dos de configuração dos blocos funcionais dos con-
tipo Profibus a diferença estará no fato dos blocos fun- troladores de campo ou mesmo dos instrumentos e
cionais estarem obrigatoriamente configurados no assim por diante.
Host dos controladores. Essa será uma das diferenças Em muitas das plantas que trabalham com a arqui-
quanto à configuração no caso dos controladores na tetura aberta do seu sistema, torna-se possível o acesso
versão Profibus, onde esses controladores estarão co- dos operadores a todos os dados de cada ponto da
nectados aos gateways tipo Fieldgate através do Proto- planta. Cabe assim ao gerenciamento da planta, per-
colo Profibus DP. mitir a modificação ou não desses parâmetros por par-
Quanto à comunicação com os gateways, ela será a te das Estações de Operação, uma vez que essas são
mesma do caso anterior, e assim os gateways estarão destinadas a operação da planta e não manutenção.
convertendo esse sinal do protocolo Profibus DP para Assim, a modificação de parâmetros no sistema por
ethernet TCP/IP e informando durante todo o tempo a parte das estações de operação,deve estar liberada via
rede sobre o status do processo. gerenciamento e comando do software de operação,
Em qualquer das possibilidades de comunicação apenas para parâmetros que dizem respeito à opera-
referidas acima, os computadores de processo permiti- ção. Como por exemplo, o abrir e fechar de uma válvu-
rão a interface da operação da planta para os operado- la de acionamento remoto, o ligar ou desligar de uma
res. Desse modo, a comunicação tanto com bomba de deslocamento de fluído ou de um motor elé-
Controladores na versão Foundation Fieldbus ou Profi- trico, a mudança do controle de uma malha fechada de
bus, terá o mesmo tempo de scan e informará toda a controle para manual se assim for necessário, etc.
condição de processo atual instantaneamente no caso Funções de manutenção, como mudança de ranges
de malhas abertas, utilizadas para aquisição de dados de medição de instrumentos, ação direta ou reversa de
e controle manual via operador. válvulas e controladores, algoritmos relativos às ações
Isso ocorrerá também no caso de malhas fechadas, de controle, estratégia de configuração dos blocos fun-
onde a ação de controle é realizada entre o controla- cionais de controle e parâmetros relativos à saúde e
dor de campo e elemento final de controle de forma funcionamento dos instrumentos e demais dispositi-
automática, para manter a variável controlada no seu vos, devem estar disponibilizadas apenas para as Esta-

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e seja executado por ele sem a necessidade de outros
hardwares de controle.
Os controladores permitem a expansão entre eles
por cartões de comunicação com versões de protoco-
los diferenciados, como é o caso do sistema da figura
1, que utiliza os protocolos Foundation Fieldbus e
Profibus para comunicação com os barramentos de
campo.
No caso de não haver necessidade ou preferência
do controle pela rede ethernet, a aplicação desses con-
troladores tipo Host “Field Controllers” permite tam-
bém, que os mesmos sejam a interface direta com o
sistema, essa opção pode ser levada em consideração,
Figura 3 – Controladores de Processo de Campo enquanto a planta possui poucos pontos de medição e
controle, não necessitando assim ter muitas estações
ções de Gerenciamento, Engenharia e Manutenção, de operação.
mesmo em casos onde os dados estejam disponíveis A figura 4 mostra um outro exemplo dos Field Con-
num mesmo nível de rede entre as estações. trollers, porém neste exemplo eles estão conectados
Existem estratégias de comando nos softwares de numa rede de comunicação com apenas um protoco-
supervisão e controle que permitem esse tipo de con- lo, o Foundation Fieldbus, o que acaba limitando um
trole dos dados e da mudança dos parâmetros. pouco o sistema em termos de arquitetura aberta.
O controle nos comandos de mudança de parâme- De qualquer modo, trata-se de um sistema para
tros relacionados ao funcionamento de cada malha de uma planta de destilação de solventes, com um núme-
controle, cada instrumento pode também ser acionado ro total de instrumentos de campo, elementos final de
nos próprios controladores de campo. controle e outros dispositivos que não passa de 50.
Esses controladores de campo, podem possuir sua Dessa forma, a utilização de apenas um protocolo de
configuração no que diz respeito ao tamanho e capaci- comunicação faz sentido, pois acaba tornando-se uma
dade dos mesmos de acordo com a quantidade de ins- condição até econômica enquanto a planta não ex-
trumentos e elementos finais de controle existentes no pandir.
campo. A utilização desses tipos de controladores tipo No caso de um planejamento de expansão repenti-
Host denominados em inglês de Field Controllers, per- no, a utilização dos Field Controllers, permite que os
mite que todo o controle da planta, tanto o regulatório mesmos sejam expandidos com versões para outros
quanto o seqüencial (ON-OFF) esteja configurado nele protocolos de comunicação como o Profibus e o Hart.
Assim, dependendo da quantidade
de instrumentos de medição e con-
trole que a planta venha a possuir
com essa expansão, a implementa-
ção de gateways tipo Fieldgate, com
certeza será uma ótima solução, pois
permitirá que a planta esteja operan-
do num sistema de comunicação
com protocolo aberto. Esse sistema
diminuirá as preocupações quanto
ao tipo de protocolo que terão os ins-
trumentos novos numa provável futu-
ra expansão, pois a planta vai estar
operando já com Foundation Field-
bus, Profibus e Hart.
Com o sistema expandido de uma
forma aberta, não haverá mais preo-
Figura 4 – Sistema de Controle em Foundation Fieldbus para área EEx utilizando cupação quanto à versão de comuni-
controladores de campo tipo Field Controller cação dos equipamentos a serem

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pandir, ele pode seguir da mesma for-
ma, utilizando os Field Controllers
como controladores e hardwares fi-
nais do sistema, podendo utilizar
qualquer plataforma de software
como a da figura 5 do tipo ControlCa-
re para protocolos de comunicação
abertos, para operação em PCs con-
vencionais que estarão conectados
diretamente a saída de comunicação
dos Controladores.

Conclusão
Vantagens como, economia, o
aumento da segurança, a confiabili-
dade, a versatilidade, o retorno finan-
ceiro de uma indústria através da
implantação de um sistema de con-
Figura 5 – Sinótico para Operação do sistema exemplificado na figura 4 baseado trole aberto baseado em barramentos
na plataforma para Protocolos de Comunicação Abertos Control Care de campo, têm aumentado a deman-
adquiridos para um novo projeto de expansão, como da desses sistemas ao longo dos anos.
também a criação de novas estações de operação não Por isso, o esforço por parte dos fabricantes de siste-
acarretarão tanto trabalho, nem tanto custo assim, uma mas e instrumentos vem aumentando gradativamente
vez que no nível operacional do sistema o protocolo em larga escala no intuito da padronização de disposi-
será o do tipo Ethernet fazendo com que o sistema de tivos disponíveis para protocolos de comunicação Pro-
controle tenha acesso a toda a planta. fibus, Foundation Fieldbus e Hart.
No caso do sistema mostrado na figura 4 nunca ex- Os protocolos abertos permitem uma expansão do
sistema com muito mais opções de plataformas de con-
trole e uma integração maior entre todas as unidades.

Referências Bibliográficas
(1) Technical Information - Profibus Automation Tech-
nology. Endress+Hauser GmbH + Co. KG.
Weil am Rhein-Germany April, 2003.
(2) Application Information – Solvent Distillation.
Endress+Hauser GmbH + Co. KG
Weil am Rhein-Germany, 2004.
(3) Technical Information – Process Solutions.
Endress+Hauser GmbH + Co. KG
Weil am Rhein-Germany April, 2004.
(4) Technical Information – Fieldgate System.
Endress+Hauser GmbH + Co. KG
Weil am Rhein-Germany April, 2004.
(5) Projeto de Sistemas de Controle com o uso de Proto-
colos Digitais de Comunicação
Augusto Passos Pereira – ISA Distrito 4. São Paulo,
2003.
(6) Guia de Bolso Foundation Fieldbus – Augusto Pere-
ira, Ian Verhappen
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(7) Foundation Fieldbus Technical Overview Rev. 3.0
(1998, 2003)
Figura 6– Planta de Destilação de Solventes .Operada pelo (8) Descrição Técnica Profibus – Associação Profibus
sinótico da figura 5 e controlada pelo sistema da figura 4 Brasil. Outubro de 2000.

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