Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Engenharia II
Na aula passada demos início ao conteúdo de funções vetoriais, nesta aula continuaremos abordando o assunto a partir dos
conceitos de derivada e integral na aplicação da velocidade e aceleração vetorial.
Objetivos
Usar a derivada e a integral em situações que envolvam cálculo com funções vetoriais;
Figura 1.
r(t+h)−r(t)
A gura destaca que, para pequenos valores de h, o vetor h
se aproxima
da direção da partícula que se move ao longo da curva r(t).
Se nos lembramos da de nição da derivada de uma função real, vemos a semelhança entre as duas de nições e, assim como na
função de variável real, a derivada de uma função vetorial também tem a sua interpretação física.
O vetor velocidade
r(t+h)−r(t)
Tomando como base a Figura 1, temos que o vetor representado por h
serve para fornecer o vetor que nos dá a
velocidade média, em um intervalo de tempo de comprimento h, isto nos diz que o seu limite é o vetor velocidade v(t) no instante
t.
Em outras palavras:
r(t+h) − r(t)
v(t) = lim = r'(t)
h
h→0
Ao nos lembrarmos da de nição de derivada de uma função real, podemos fazer a seguinte associação:
O vetor que representa a velocidade é tangente, cuja direção é a mesma da reta tangente à
curva.
Exemplo
1 - O vetor posição de um objeto, em um instante t, em movimento, em um plano, é dado por r (t) 2
= t i + 3tj . Determine a
sua velocidade quando t = 1.
Resolução:
Quando usávamos o conceito de derivada aplicado à Cinemática, tínhamos que a função da velocidade instantânea poderia ser
obtida por meio da primeira derivada da função posição. O mesmo conceito será utilizado nesse caso para solucionarmos essa
questão, sendo assim:
v(t) = r' (t)
v (t) = 2t + 3
v (1) = 2i + 3j
Os exemplos vistos, são para cálculos de velocidades instantâneas. Ao abordarmos o conceito de velocidade escalar devemos
pensar como sendo o módulo de vetor v, ou seja:
ds
∣v(t)∣ = ∣r'(t)∣ =
∣ ∣ ∣ ∣ dt
Exemplo
1. O vetor posição de um objeto, em um instante t, em movimento, em um plano, é dado por r (t) 4
= 2t i + 3tj . Determine a
sua velocidade escalar quando t = 2.
Resolução:
Para podemos resolver essa questão, antes de mais nada, devemos derivar a função r(t), sendo assim:
4
r (t) = 2t i + 3tj
3
r'(t) = 8t i + 3j
3
r' (2) = 8. 2 i + 3j
r' (2) = 64i + 3j
−−−−−−−−−−
2 2
O módulo de r'(t) = √x(t) + y(t) , daí encontramos:
−−− −−−−
∣ ∣ 2
√64 + 32
∣ r'(2) ∣ =
−−−−
∣
∣r'(2)∣
∣ = √4105
Não são apenas as velocidades instantânea e escalar que podemos calcular; a partir da
função da posição podemos encontrar também a aceleração que é um movimento
unidimensional.
Da mesma maneira como na função de valor real, aplicada à Cinemática, a aceleração vetorial pode ser calculada pela derivada
da função velocidade ou simplesmente a segunda derivada da função que dá o movimento do plano.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Exemplo
Como a aceleração é a segunda derivada da função posição ou simplesmente a derivada da função velocidade, temos:
v(t) = r' (t)
2
v (t) = 3t i + 6tj .
a(t) = v'(t)
a (t) = 6ti + 6j
Na aula anterior, foi visto o cálculo de integral e derivadas vetoriais, que até o momento estamos utilizando.
Vejamos agora como podemos fazer uso da integral vetorial para nos auxiliar quando precisarmos determinar uma velocidade
vetorial, ao ser conhecida a aceleração ou mesmo a posição, se soubermos a velocidade.
Isso é possível, pois a integral, como sabemos, é o processo inverso da derivada, portanto,
faremos uso desse conceito.
Exemplo
1. Uma partícula movendo-se começa em uma posição igual a r (0) = i + j + k , com uma velocidade inicial
v(0) = 2i − 2j + k , sua aceleração é a(t) = ti + j + k , determine a sua velocidade no instante t =1.
Resolução:
2
t
v (t) = i + tj + tk + c
2
Quando t = 0 temos v(0) = 2i − 2j + k , isso signi ca que v(0) = C , ou C = 2i − 2j + k , logo:
2
t
v (t) = i + tj + tk + C
2
2
t 2i−2j+k
v (t) = i + tj + tk +
2 c
2
t
v (t) = ( + 2) i + (t − 2)j + (t + 1)k
2
Uma vez descoberta a função velocidade, podemos calcular a velocidade em t =1, logo:
2
1
v (1) = ( + 2) i + (1 − 2)j + (1 + 1)k
2
5
v (1) = ( )i + (−1)j + (2)k
2
As funções vetoriais foram muito utilizadas na Física por Kepler. Como não é a nalidade desta aula, deixamos como fonte de
consulta o link no “Explore +”, um material detalhando como foi usado esse conceito para descrever as órbitas dos planetas.
Atividade
1. O vetor posição de um objeto, em um instante t, em movimento em um plano é dado por r (t) 4
= t i + 3tj . A sua
velocidade no instante t = 2 é:
a) v (1) = 4i + 3j
c) v (1) = i + 3j
d) v (1) = 4i + j
e) v (1) = i + j
2. O vetor posição de um objeto, em um instante t, em movimento em um plano é dado por r (t) 3
= t i + 2tj . A sua
velocidade no instante t = 2 é:
a) v (2) = 18i + 2j
c) v (2) = 2i + 3j
d) v (2) = 4i + j
e) v (2) = i + j
e) a (2) = i + j
4. O vetor posição de um objeto, em um instante t, em movimento em um plano é dado por r (t) = 2t
2 2
i − t j − tk .
Determine:
−−
a) √21
−−
b) √22
−−
c) √23
−−
d) √24
−−
e) √26
5. Uma partícula movendo-se começa em uma posição igual a r (0) = i + j + k , com uma velocidade inicial
v(0) = i − j + k , sua aceleração é a(t) . Determine a sua velocidade no instante t.
= 2ti − j − k
a) v (t) = (t
2
+ 1)i + (t − 1)j + (−t + 1)k
b) v (t) = (t
2
− 1)i + (−t − 1)j + (−t + 1)k
c) v (t) = (t
2
+ 1)i + (−t − 1)j − (−t + 1)k
d) v (t) = (t
2
+ 1)i − (−t − 1)j + (−t + 1)k
e) v (t) = (t
2
+ 1)i + (−t − 1)j + (−t + 1)k
Notas
-
Exemplo1
2 -O vetor posição de um objeto, em um instante t, em movimento, em um plano, é dado por r (t) = 3t3 i + 2t2 j . Determine a
sua velocidade escalar quando t = 1.
Resolução:
Para podemos resolver essa questão, antes de mais nada, devemos derivar a função r(t), sendo assim:
3 2
r (t) = 3t i + 2t j
2
r' (t) = 9t i + 4tj
2
r' (1) = 9. 1 i + 4. 1j
r' (2) = 9i + 4j
−−−−−−−−−−
O módulo de r' (t) = √x(t) , daí encontramos:
2 2
+ y(t)
− − − −−− −
∣ ∣ √ 9 2 + 1 2
∣r'(1) ∣ =
−−
∣
∣r'(2)∣
∣ = √82
Referências
BROCHI, A. Cálculo diferencial e integral II (livro proprietário). Rio de Janeiro: SESES, 2015.
FINNEY, Ross L.; WEIR, Maurice D.; GIORDANO, Frank R. (Ed.). Cálculo George B. Thomas. São Paulo: Pearson, 2009. v. 1 e 2.
Próxima aula
Derivadas parciais;
Regra da Cadeia;
Explore mais