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LÍNGUA PORTUGUESA

Leitura, compreensão e interpretação de textos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01


Estruturação do texto e dos parágrafos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
Significação contextual de palavras e expressões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
Equivalência e transformação de estruturas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Sintaxe: processos de coordenação e subordinação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Emprego de tempos e modos verbais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Estrutura e formação de palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Funções das classes de palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Flexão nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Concordância nominal e verbal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Regência nominal e verbal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Ortografia oficial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Acentuação gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
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Assim, a apreensão do significado global resulta de várias


LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE leituras acompanhadas de várias hipóteses interpretativas, le-
TEXTOS. vantadas a partir da compreensão de dados e informações ins-
critos no texto lido e do nosso conhecimento do mundo.
A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre
Leitura ele, depois de estabelecer conexões entre o que está escrito e
a realidade. São as conclusões que podemos tirar com base nas
A leitura é prática de interação social de linguagem. A leitu- ideias do autor. Essa análise ocorre de modo subjetivo, e são
ra, como prática social, exige um leitor crítico que seja capaz de relacionadas com a dedução do leitor.
mobilizar seus conhecimentos prévios, quer linguísticos e tex- A interpretação de texto é o elemento-chave para o resul-
tuais, quer de mundo, para preencher os vazios do texto, cons- tado acadêmico, eficiência na solução de exercícios e mesmo na
truindo novos significados. Esse leitor parte do já sabido/conhe- compreensão de situações do dia-a-dia.
cido, mas, superando esse limite, incorpora, de forma reflexiva, Além de uma leitura mais atenta e conhecimento prévio
novos significados a seu universo de conhecimento para melhor sobre o assunto, o elemento de fundamental importância para
entender a realidade em que vive. interpretar e compreender corretamente um texto é ter o domí-
nio da língua.
Compreensão E mesmo dominando a língua é muito importante ter um
dicionário por perto. Isso porque ninguém conhece o significado
A compreensão de um texto é a análise e decodificação do de todas as palavras e é muito difícil interpretar um texto desco-
que está realmente escrito nele, das frases e ideias ali presentes. nhecendo certos termos.
A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o
que foi dito. É a análise objetiva e a assimilação das palavras e Dicas para uma boa interpretação de texto:
ideias presentes no texto.
Para ler e entender um texto é necessário obter dois níveis - Leia todo o texto pausadamente
de leitura: informativa e de reconhecimento. - Releia o texto e marque todas as palavras que não sabe o
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias se- significado
letas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela - Veja o significado de cada uma delas no dicionário e anote
ideia central, argumentação/desenvolvimento e a conclusão do - Separe os parágrafos do texto e releia um a um fazendo o
texto. seu resumo
Quando se diz que uma pessoa tem a compreensão de algo, - Elabore uma pergunta para cada parágrafo e responda
significa que é dotada do perfeito domínio intelectual sobre o - Questione a forma usada para escrever
assunto. - Faça um novo texto com as suas palavras, mas siga as
Para que haja a compreensão de algo, como um texto, por ideias do autor.
exemplo, é necessária a sua interpretação. Para isso, o indivíduo
deve ser capaz de desvendar o significado das construções tex- Lembre-se que para saber compreender e interpretar mui-
tuais, com o intuito de compreender o sentido do contexto de to bem qualquer tipo de texto, é essencial que se leia muito.
uma frase. Quanto mais se lê, mais facilidade de interpretar se tem. E isso é
Assim, quando não há uma correta interpretação da men- fundamental em qualquer coisa que se faça, desde um concur-
sagem, consequentemente não há a correta compreensão da so, vestibular, até a leitura de um anúncio na rua.
mesma. Resumindo:

Interpretação Compreensão Interpretação


O que é É a análise do que É o que podemos
Interpretar é a ação ou efeito que estabelece uma relação
está escrito no texto, concluir sobre o que
de percepção da mensagem que se quer transmitir, seja ela si-
a compreensão das está escrito no texto.
multânea ou consecutiva, entre duas pessoas ou entidades.
frases e ideias pre- É o modo como inter-
A importância dada às questões de interpretação de textos
sentes. pretamos o conteúdo.
deve-se ao caráter interdisciplinar, o que equivale dizer que a
competência de ler texto interfere decididamente no aprendiza- Informação A informação está A informação está
do em geral, já que boa parte do conhecimento mais importante presente no texto. fora do texto, mas
nos chega por meio da linguagem escrita. A maior herança que tem conexão com ele.
a escola pode legar aos seus alunos é a competência de ler com Análise Trabalha com a Trabalha com a sub-
autonomia, isto é, de extrair de um texto os seus significados. objetividadem, com jetividade, com o que
Num texto, cada uma das partes está combinada com as as frases e palavras você entendeu sobre
outras, criando um todo que não é mero resultado da soma das que estão escritas no o texto.
partes, mas da sua articulação. texto.

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QUESTÕES (*BLOG DO SAKAMOTO, L. 04/04/2016)


Após a leitura atenta do texto, analise as afirmações feitas:
01. SP Parcerias - Analista Técnic - 2018 - FCC I. O jornalista Jonas Valente está fazendo um elogio à visão
equilibrada e vanguardista da Comissão Parlamentar que legisla
Uma compreensão da História sobre crimes cibernéticos na Câmara dos Deputados.
II. O Marco Civil da Internet é considerado um avanço em
Eu entendo a História num sentido sincrônico, isto é, em todos os sentidos, e a referida Comissão Parlamentar está que-
que tudo acontece simultaneamente. Por conseguinte, o que rendo cercear o direito à plena execução deste marco.
procura o romancista - ao menos é o que eu tento fazer - é es- III. Há o temor que o acesso a filmes, séries, informações
boçar um sentido para todo esse caos de fatos gravados na tela em geral e o livre modo de se expressar venham a sofrer censura
do tempo. Sei que esses fatos se deram em tempos distintos, com a nova lei que pode ser aprovada na Câmara dos Deputa-
mas procuro encontrar um fio comum entre eles. Não se trata dos.
de escapar do presente. Para mim, tudo o que aconteceu está a IV. A navegação na internet, como algo controlado, na visão
acontecer. E isto não é novo, já o afirmava o pensador italiano do jornalista, está longe de se concretizar através das leis a se-
Benedetto Croce, ao escrever: “Toda a História é História con- rem votadas no Congresso Nacional.
temporânea”. Se tivesse que escolher um sinal que marcasse V. Combater os crimes da internet com a censura, para o jor-
meu norte de vida, seria essa frase de Croce. nalista, está longe de ser uma estratégia correta, sendo mesmo
(SARAMAGO, José. As palavras de Saramago. São Paulo: perversa e manipuladora.
Companhia das Letras, 2010, p. 256)
Assinale a opção que contém todas as alternativas corretas.
José Saramago entende que sua função como romancista é A) I, II, III.
A) estudar e imaginar a História em seus movimentos sin- B) II, III, IV.
crônicos predominantes. C) II, III, V.
B) ignorar a distinção entre os tempos históricos para man- D) II, IV, V.
tê-los vivos em seu passado.
C) buscar traçar uma linha contínua de sentido entre fatos 03. Pref. de São Gonçalo – RJ – Analista de Contabilidade
dispersos em tempos distintos. – 2017 - BIO-RIO
D) fazer predominar o sentido do tempo em que se vive so-
bre o tempo em que se viveu. Édipo-rei
E) expressar as diferenças entre os tempos históricos de
modo a valorizá-las em si mesmas. Diante do palácio de Édipo. Um grupo de crianças está ajoe-
lhado nos degraus da entrada. Cada um tem na mão um ramo de
02. Pref. de Chapecó – SC – Engenheiro de Trânsito – 2016 oliveira. De pé, no meio delas, está o sacerdote de Zeus.
- IOBV (Edipo-Rei, Sófocles, RS: L&PM, 2013)

Por Jonas Valente*, especial para este blog. O texto é a parte introdutória de uma das maiores peças
trágicas do teatro grego e exemplifica o modo descritivo de or-
A Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Crimes Ciber- ganização discursiva. O elemento abaixo que NÃO está presente
néticos da Câmara dos Deputados divulgou seu relatório final. nessa descrição é:
Nele, apresenta proposta de diversos projetos de lei com a A) a localização da cena descrita.
justificativa de combater delitos na rede. Mas o conteúdo des- B) a identificação dos personagens presentes.
sas proposições é explosivo e pode mudar a Internet como a C) a distribuição espacial dos personagens.
conhecemos hoje no Brasil, criando um ambiente de censura D) o processo descritivo das partes para o todo.
na web, ampliando a repressão ao acesso a filmes, séries e ou- E) a descrição de base visual.
tros conteúdos não oficiais, retirando direitos dos internautas e
transformando redes sociais e outros aplicativos em máquinas 04. MPE-RJ – Analista do Ministério Público - Processual –
de vigilância. 2016 - FGV
Não é de hoje que o discurso da segurança na Internet é
usado para tentar atacar o caráter livre, plural e diverso da In- Problemas Sociais Urbanos
ternet. Como há dificuldades de se apurar crimes na rede, as Brasil escola
soluções buscam criminalizar o máximo possível e transformar a
navegação em algo controlado, violando o princípio da presun- Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a
ção da inocência previsto na Constituição Federal. No caso dos questão da segregação urbana, fruto da concentração de ren-
crimes contra a honra, a solução adotada pode ter um impacto da no espaço das cidades e da falta de planejamento público
trágico para o debate democrático nas redes sociais – atualmen- que vise à promoção de políticas de controle ao crescimento
te tão importante quanto aquele realizado nas ruas e outros lo- desordenado das cidades. A especulação imobiliária favorece o
cais da vida off line. Além disso, as propostas mutilam o Marco encarecimento dos locais mais próximos dos grandes centros,
Civil da Internet, lei aprovada depois de amplo debate na socie- tornando-os inacessíveis à grande massa populacional.
dade e que é referência internacional.

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Além disso, à medida que as cidades crescem, áreas que Está para chegar ao mercado um apetrecho que transforma
antes eram baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, o que o celular num verdadeiro laboratório de análises clínicas, reali-
contribui para que a grande maioria da população pobre busque zando mais de 50 exames a uma fração do custo atual. Também
por moradias em regiões ainda mais distantes. é possível, adquirindo lentes que custam centavos, transformar
Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais o smartphone num supermicroscópio que permite fazer diag-
de residência com os centros comerciais e os locais onde traba- nósticos ainda mais sofisticados.
lham, uma vez que a esmagadora maioria dos habitantes que so- Tudo isso aliado à democratização do conhecimento, diz To-
frem com esse processo são trabalhadores com baixos salários. pol, fará com que as pessoas administrem mais sua própria saú-
Incluem-se a isso as precárias condições de transporte público e de, recorrendo ao médico em menor número de ocasiões e de
a péssima infraestrutura dessas zonas segregadas, que às vezes preferência por via eletrônica. É o momento, assegura o autor,
não contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam de ampliar a autonomia do paciente e abandonar o paternalis-
elevados índices de violência. mo que desde Hipócrates assombra a medicina.
A especulação imobiliária também acentua um problema Concordando com as linhas gerais do pensamento de Topol,
cada vez maior no espaço das grandes, médias e até pequenas mas acho que, como todo entusiasta da tecnologia, ele prova-
cidades: a questão dos lotes vagos. Esse problema acontece por velmente exagera. Acho improvável, por exemplo, que os hos-
dois principais motivos: 1) falta de poder aquisitivo da popula- pitais caminhem para uma rápida extinção. Dando algum des-
ção que possui terrenos, mas que não possui condições de cons- conto para as previsões, “The Patient...” é uma excelente leitura
truir neles e 2) a espera pela valorização dos lotes para que es- para os interessados nas transformações da medicina.
ses se tornem mais caros para uma venda posterior. Esses lotes Folha de São Paulo online – Coluna Hélio Schwartsman –
vagos geralmente apresentam problemas como o acúmulo de 17/01/2016.
lixo, mato alto, e acabam tornando-se focos de doenças, como
a dengue. Segundo o autor citado no texto, o futuro da medicina:
PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais urba- A) encontra-se ameaçado pela alta tecnologia;
nos”; Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com. B) deverá contar com o apoio positivo da tecnologia;
br/brasil/problemas-ambientais-sociais-decorrentes-urbaniza- C) levará à extinção da profissão de médico;
ção.htm. Acesso em 14 de abril de 2016. D) independerá completamente dos médicos;
E) estará limitado aos meios eletrônicos.
A estruturação do texto é feita do seguinte modo:
A) uma introdução definidora dos problemas sociais urba- RESPOSTAS
nos e um desenvolvimento com destaque de alguns problemas;
B) uma abordagem direta dos problemas com seleção e ex- 01 C
plicação de um deles, visto como o mais importante;
C) uma apresentação de caráter histórico seguida da explici- 02 C
tação de alguns problemas ligados às grandes cidades; 03 D
D) uma referência imediata a um dos problemas sociais ur-
04 B
banos, sua explicitação, seguida da citação de um segundo pro-
blema; 05 B
E) um destaque de um dos problemas urbanos, seguido de
sua explicação histórica, motivo de crítica às atuais autoridades.
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS.
05. MPE-RJ – Técnico do Ministério Público - Administrati-
va – 2016 - FGV
São três os elementos essenciais para a composição de um
O futuro da medicina texto: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Vamos
estudar cada uma de forma isolada a seguir:
O avanço da tecnologia afetou as bases de boa parte das Introdução
profissões. As vítimas se contam às dezenas e incluem músicos,
jornalistas, carteiros etc. Um ofício relativamente poupado até É a apresentação direta e objetiva da ideia central do texto.
aqui é o de médico. Até aqui. A crer no médico e “geek” Eric To- A introdução é caracterizada por ser o parágrafo inicial.
pol, autor de “The Patient Will See You Now” (o paciente vai vê-
-lo agora), está no forno uma revolução da qual os médicos não Desenvolvimento
escaparão, mas que terá impactos positivos para os pacientes.
Para Topol, o futuro está nos smartphones. O autor nos Quando tratamos de estrutura, é a maior parte do texto.
coloca a par de incríveis tecnologias, já disponíveis ou muito O desenvolvimento estabelece uma conexão entre a introdução
próximas disso, que terão grande impacto sobre a medicina. Já e a conclusão, pois é nesta parte que as ideias, argumentos e
é possível, por exemplo, fotografar pintas suspeitas e enviar as posicionamento do autor vão sendo formados e desenvolvidos
imagens a um algoritmo que as analisa e diz com mais precisão com a finalidade de dirigir a atenção do leitor para a conclusão.
do que um dermatologista se a mancha é inofensiva ou se pode Em um bom desenvolvimento as ideias devem ser claras e
ser um câncer, o que exige medidas adicionais. aptas a fazer com que o leitor anteceda qual será a conclusão.

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São três principais erros que podem ser cometidos na ela- QUESTÕES
boração do desenvolvimento:
- Distanciar-se do texto em relação ao tema inicial. 01. IFCE – Administrador - 2014
- Focar em apenas um tópico do tema e esquecer dos ou-
tros. Como processar quem não nos representa?
- Falar sobre muitas informações e não conseguir organizá-
-las, dificultando a linha de compreensão do leitor. Não somos vândalos. E deveríamos ganhar flores. Cidadãos
que respeitam as regras são diariamente maltratados por ser-
Conclusão viços públicos ineficientes. Como processar o prefeito e o go-
vernador se nossos impostos não se traduzem no respeito ao
Ponto final de todas as argumentações discorridas no de- cidadão? Como processar um Congresso que se comporta de
senvolvimento, ou seja, o encerramento do texto e dos questio- maneira vil, ao manter como deputado, em voto secreto, o pre-
namentos levantados pelo autor. sidiário Natan Donadon, condenado a 13 anos por roubo de di-
Ao fazermos a conclusão devemos evitar expressões como: nheiro público?
“Concluindo...”, “Em conclusão, ...”, “Como já dissemos antes...”. Se posso ser multada (e devo ser) caso jogue no chão um
papel de bala, por que não posso multar o prefeito quando a
Parágrafo cidade não funciona? E por que não posso multar o governador,
se o serviço público me provoca sentimentos de fúria e impotên-
Se caracteriza como um pequeno recuo em relação à mar-
cia? Como punir o vandalismo moral do Estado? Ah, pelo voto.
gem esquerda da folha. Conceitualmente, o parágrafo completo
Não, não é suficiente. Deveríamos dispor de instrumentos legais
deve conter introdução, desenvolvimento e conclusão.
para processar quem abusa do poder contra os eleitores – e esse
- Introdução – apresentação da ideia principal, feita de ma-
abuso transcende partidos e ideologias. […] (
neira sintética de acordo com os objetivos do autor.
- Desenvolvimento – ampliação do tópico frasal (introdu- Texto retirado do artigo de Ruth Aquino. Revista Época,
ção), atribuído pelas ideias secundárias, a fim de reforçar e dar 02/09/2103.)
credibilidade na discussão.
- Conclusão – retomada da ideia central ligada aos pressu- O texto apresenta como ideia central:
postos citados no desenvolvimento, procurando arrematá-los. A) inúmeros questionamentos e dúvidas que demonstram a
falta de informação da autora sobre o modo de punir o serviço
Exemplo de um parágrafo bem estruturado (com introdu- público de má qualidade.
ção, desenvolvimento e conclusão): B) questionamentos retóricos que refletem a indignação
da autora diante dos desmandos de políticos e de instituições
“Nesse contexto, é um grave erro a liberação da maconha. públicas contra os cidadãos que não têm como punir os que de-
Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado viam representá-los.
perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas C) a ideia de que o cidadão que não é vândalo tem que ser
psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de viciados bem tratado pelos políticos e pelos servidores públicos.
não terão estrutura suficiente para atender à demanda. Enfim, D) a discussão de que é pelo voto que podemos punir os
viveremos o caos. ” políticos e seus partidos pelo desrespeito imposto aos cidadãos.
(Alberto Corazza, Isto É, com adaptações) E) a ideia de que abusos contra os cidadãos que não são
eleitores ocorrem todos os dias e devem ser punidos.
Elemento relacionador: Nesse contexto. 02. TRE SP - Analista Judiciário – 2017 – FCC
Tópico frasal: é um grave erro a liberação da maconha.
Desenvolvimento: Provocará de imediato violenta elevação A amizade é um exercício de limites afetivos em permanen-
do consumo. te desejo de expansaõ
O Estado perderá o precário controle que ainda exerce so- Amizade
bre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recupera-
ção de viciados não terão estrutura suficiente para atender à
A amizade é um exercício de limites afetivos em permanen-
demanda.
te desejo de expansão. Por mais completa que pareça ser uma
Conclusão: Enfim, viveremos o caos.
relação de amizade, ela vive também do que lhe falta e da espe-
rança de que um dia nada venha a faltar. Com o tempo, apren-
demos a esperar menos e a nos satisfazer com a finitude dos
sentimentos nossos e alheios, embora no fundo de nós ainda
esperemos a súbita novidade que o amigo saberá revelar. Sendo
um exercício bem-sucedido de tolerância e paciência – ampla-
mente recompensadas, diga-se – a amizade é também a ansie-
dade e a expectativa de descobrirmos em nós, por intermédio
do amigo, uma dimensão desconhecida do nosso ser.

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Há quem julgue que cabe ao amigo reconhecer e estimu- Se eu trago para uma discussão meu juízo já estabelecido
lar nossas melhores qualidades. Mas por que não esperar que sobre o caráter, a índole, a personalidade do meu interlocutor,
o valor maior da amizade está em ser ela um necessário e fiel a discussão apenas servirá para a exposição desses valores já in-
espelho de nossos defeitos? Não é preciso contar com o amigo corporados em mim: quero destruir a pessoa, não quero avaliar
para conhecermos melhor nossas mais agudas imperfeições? seu pensamento. Nesses casos, a discussão é inútil, porque já
Não cabe ao amigo a sinceridade de quem aponta nossa falha, desistiu de qualquer racionalização
pela esperança de que venhamos a corrigi-la? Se o nosso adver- As formas de discussão têm muito a ver, não há dúvida,
sário aponta nossas faltas no tom destrutivo de uma acusação, o com a cultura de um povo. Numa sociedade em que as emoções
amigo as identifica com lealdade, para que nos compreendamos mais fortes têm livre curso, a discussão pode adotar com natura-
melhor. lidade uma veemência que em sociedades mais “frias” não teria
Quando um amigo verdadeiro, por contingência da vida ou lugar. Estão na cultura de cada povo os ingredientes básicos que
imposição da morte, é afastado de nós, ficam dele, em nossa temperam uma discussão. Seja como for, sem o compromisso
consciência, seus valores, seus juízos, suas percepções. Pergun- com o exame atento das razões do outro, já não haverá o que
tas como “O que diria ele sobre isso?” ou “O que faria ele com discutir: estaremos simplesmente fincando pé na necessidade
isso?” passam a nos ocorrer: são perspectivas dele que se fixa- de proclamar a verdade absoluta, que seria a nossa. Em casos
ram e continuam a agir como um parâmetro vivo e importante. assim, falar ao outro é o mesmo que falar sozinho, diante de
As marcas da amizade não desaparecem com a ausência do ami- um espelho complacente, que refletirá sempre a arrogância da
go, nem se enfraquecem como memórias pálidas: continuam a nossa vaidade.
ser referências para o que fazemos e pensamos. (COSTA, Teobaldo, inédito)
(CALÓGERAS, Bruno, inédito)Considere as seguintes afir-
mações: Atente para as seguintes afirmações:
I. No primeiro parágrafo, há a sugestão de que a tolerância e
a paciência, qualidades positivas mas dispensáveis entre amigos I. No primeiro parágrafo, expõe-se a condição mínima para
verdadeiros, dão lugar à recompensa da incondicionalidade do a ocorrência de uma discussão, sem que se mencione a ação de
afeto. um entrave inicial que possa dificultá-la.
II. No segundo parágrafo, expressa-se a convicção de que o II. No segundo parágrafo, aponta-se, como elemento fre-
amigo verdadeiro não apenas releva nossos defeitos como tam- quente em algumas discussões, a intolerância, que não me deixa
bém é capaz de convertê-los em qualidades nossas. reconhecer os argumentos da pessoa a quem já julguei.
III. No terceiro parágrafo, considera-se que da ausência oca- III. No terceiro parágrafo, estabelece-se uma conexão entre
sional ou definitiva do amigo não resulta que seus valores e seus diferentes culturas e diferentes formas de discussão, concluin-
pontos de vista deixem de atuar dentro de nossa consciência. do-se que um acordo é mais fácil nas contendas mais acaloradas.

Em relação ao texto está correto o que se afirma em: Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
A) I, II e III. A) I, II e III.
B) I e II, apenas. B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas. C) II e III, apenas.
D) I e III, apenas. D) I e III, apenas.
E) III, apenas. E) II, apenas.

03. TRE SP - Analista Judiciário – 2017 – FCC 04. Polícia Civil - AP - Oficial de Polícia Civil – 2017 – FCC

Discussão – o que é isso? Ações e limites

A palavra discussão tem sentido bastante controverso: tan- Quem nunca ouviu a frase “Conte até dez antes de agir”?
to pode indicar a hostilidade de um confronto insanável (“a dis- Não é comum que se respeite esse conselho, somos tentados a
cussão entre vizinhos acabou na delegacia”) como a operação dar livre vasão aos nossos impulsos, mas a recomendação tem
necessária para se esclarecer um assunto ou chegar a um acordo sua utilidade: dez segundos são um tempo precioso, podem ser
(“discutiram, discutiram e acabaram concordando”). Mas o que a diferença entre o ato irracional e a prudência, entre o abismo
toda discussão supõe, sempre, é a presença de um outro diante e a ponte para um outro lado. Entre as pessoas, como entre os
de nós, para quem somos o outro. A dificuldade geral está nesse grupos ou grandes comunidades, pode ser necessário abrir esse
reconhecimento a um tempo simples e difícil: o outro existe, e momento de reflexão e diplomacia, que antecede e costuma
pode estar certo, sua posição pode ser mais justa do que a mi- evitar os desastres irreparáveis.
nha. Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os alheios.
Entre dois antagonistas há as palavras e, com elas, os ar- Desse reconhecimento difícil depende nossa humanidade. Dar a
gumentos. Uma discussão proveitosa deverá ocorrer entre os si mesmo e ao outro um tempo mínimo de consideração e aná-
argumentos, não entre as pessoas dos contendores. lise, antes de irromper em fúria sem volta, é parte do esforço
civilizatório que combate a barbárie. A racionalidade aceita e
convocada para moderar o tumulto passional dificilmente traz
algum arrependimento.

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Cansamo-nos de ouvir: “Eu não sabia o que estava fazendo A recomendação de se distinguir entre o ato irracional e a
naquela hora”. prudência, no primeiro parágrafo, é retomada nesta outra for-
Pois os dez segundos existem exatamente para nos dar a mulação do texto:
oportunidade de saber. A) Não é comum que se respeite esse conselho (1º pará-
O Direito distingue, é verdade, o crime praticado sob “vio- grafo).
lenta emoção” daquele “friamente premeditado”. Há, sim, ate- B) Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os
nuantes para quem age criminosamente sob o impulso do ódio. alheios (2º parágrafo).
Mas melhor seria se não houvesse crime algum, porque alguém C) é parte do esforço civilizatório que combate a barbárie
se convenceu da importância de contar até dez. (2º parágrafo).
(Décio de Arruda Tolentino, inédito) D) consideração e análise, antes de irromper em fúria sem
volta (2ºparágrafo).
Considere estas orações: E) atenuantes para quem age criminosamente sob o impul-
Os impulsos instintivos são brutais. so do ódio (3º parágrafo).
A irracionalidade marca os impulsos instintivos.
Precisamos dominar nossos impulsos instintivos. RESPOSTAS

As orações acima estão articuladas, de modo claro, coeren- 01 B


te e correto, no seguinte período:
A) Dado que os instintos sejam brutais, em razão de sua irra- 02 E
cionalidade, sendo necessário que nos urge dominá-los. 03 E
B) Os brutais impulsos instintivos caracterizam-se pela irra-
04 B
cionalidade, motivo pelo qual se impõe que os dominemos.
C) Urge que venhamos a dominar aos nossos impulsos ins- 05 D
tintivos, conquanto marcam nossa brutalidade.
D) O domínio dos impulsos instintivos mais brutais precisam
de se impor diante de sua irracionalidade. ARTICULAÇÃO DO TEXTO: PRONOMES E
E) Sendo brutais, os impulsos instintivos cuja a marca é a EXPRESSÕES REFERENCIAIS, NEXOS, OPERADORES
irracionalidade, impõe-se que sejam dominados. SEQUENCIAIS.
05. Polícia Civil - AP - Oficial de Polícia Civil – 2017 – FCC

Ações e limites
Coerência diz respeito à articulação do texto, compatibilida-
Quem nunca ouviu a frase “Conte até dez antes de agir”? de das ideias e à lógica do raciocínio. Coesão referese à expres-
Não é comum que se respeite esse conselho, somos tentados a são linguística, nível gramatical, estruturas frasais e ao emprego
dar livre vasão aos nossos impulsos, mas a recomendação tem do vocabulário.
sua utilidade: dez segundos são um tempo precioso, podem ser Ambas relacionamse com o processo de produção e com-
a diferença entre o ato irracional e a prudência, entre o abismo preensão do texto, mas nem sempre um texto coerente apre-
e a ponte para um outro lado. Entre as pessoas, como entre os senta coesão e vice-versa. Sendo assim, um texto pode ser gra-
grupos ou grandes comunidades, pode ser necessário abrir esse maticalmente bem construído, com frases bem estruturadas,
momento de reflexão e diplomacia, que antecede e costuma vocabulário correto, mas apresentar ideias disparatadas, sem
evitar os desastres irreparáveis. nexo, sem uma sequência lógica.
Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os alheios. A coerência textual é responsável pela hierarquização dos
Desse reconhecimento difícil depende nossa humanidade. Dar a elementos textuais, ou seja, ela tem origem nas estruturas pro-
si mesmo e ao outro um tempo mínimo de consideração e aná- fundas, no conhecimento do mundo de cada pessoa, aliada à
lise, antes de irromper em fúria sem volta, é parte do esforço competência linguística, que permitirá a expressão das ideias
civilizatório que combate a barbárie. A racionalidade aceita e percebidas e organizadas, no processo de codificação referido
convocada para moderar o tumulto passional dificilmente traz na página
algum arrependimento. Cansamo-nos de ouvir: “Eu não sabia o
que estava fazendo naquela hora”. Pois os dez segundos existem Coesão
exatamente para nos dar a oportunidade de saber.
O Direito distingue, é verdade, o crime praticado sob “vio- É o resultado da disposição e da correta utilização das pala-
lenta emoção” daquele “friamente premeditado”. Há, sim, ate- vras que propiciam a ligação entre frases, períodos e parágrafos
nuantes para quem age criminosamente sob o impulso do ódio. de um texto. A coesão ajuda com sua organização e ocorre por
Mas melhor seria se não houvesse crime algum, porque alguém meio de palavras chamadas de conectivos.
se convenceu da importância de contar até dez.
(Décio de Arruda Tolentino, inédito)

6
LÍNGUA PORTUGUESA

Mecanismos de Coesão Fatores de Coerência

A coesão pode ser obtida através de alguns mecanismos: São inúmeros os fatores que contribuem para a coerência
anáfora e catáfora. Ambas se referem à informação expressa no de um texto. Vejamos alguns:
texto e, por esse motivo, são qualificadas como endofóricas.
Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o Conhecimento de Mundo: conjunto de conhecimento que
antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual. adquirimos ao longo da vida​e que são arquivados na nossa me-
mória.
Regras para a coesão textual:
Inferências: as informações podem ser simplificadas se par-
Referência timos do pressuposto que os interlocutores partilham do mes-
mo conhecimento.
Pessoal: usa pronomes pessoais e possessivos. Exemplo:
Eles são irmãos de Elisabete. (Referência pessoal anafórica) Fatores de contextualização
Demonstrativa: usa pronomes demonstrativos e advérbios.
Exemplo: Terminei todos os livros, exceto este. (Referência de- Há fatores que inserem o interlocutor na mensagem pro-
monstrativa catafórica) videnciando a sua clareza, como os títulos de uma notícia ou a
Comparativa: usa comparações através de semelhanças. data de uma mensagem. Exemplo:
Exemplo: Dorme igual ao irmão. (Referência comparativa endo- — Começaremos às 8h.
fórica) — O que começará às 8h? Não sei sobre o que está falando.
Informatividade
Substituição
Quanto mais informação não previsível um texto tiver, mais
Substitui um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro rico e interessante ele será. Assim, dizer o que é óbvio ou insistir
é uma forma de evitar as repetições. Exemplo: Vamos à praia numa informação e não desenvolvê-la, com certeza desvaloriza
amanhã, eles irão nas próximass férias. o texto.
Observe que a substituição acrescenta uma informação
nova ao texto. Resumidamente:

Elipse Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo do


texto, numa linha de sequência e com os quais se estabelece um
Pode ser omitido através da elipse um componente textual, vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via
quer seja um nome, um verbo ou uma frase. Exemplo: Temos gramática, fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do
entradas a mais para o show. Você as quer? (A segunda oração vocabulário, tem-se a coesão lexical.
é perceptível mediante o contexto. Assim, sabemos que o que Coerência: é a rede de ligação entre as partes e o todo de
está sendo oferecido são as entradas para o show.) um texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada
relação semântica, que se manifesta na compatibilidade entre
Conjunção as ideias.

As conjunções ligam orações estabelecendo relação entre


elas. Exemplo: Nós não sabemos quanto custam as entradas, QUESTÕES
mas ele sabe. (adversativa)
01. TRF 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TECNOLOGIA
Coesão Lexical DA INFORMAÇÃO – 2015 - FCC
Há falta de coesão e de coerência na frase:
É a utilização de palavras que possuem sentido aproximado A) Nem sempre os livros mais vendidos são, efetivamente,
ou que pertencem a um mesmo campo lexical. São elas: sinô- os mais lidos: há quem os compre para exibi-los na estante.
nimos, hiperônimos, nomes genéricos, entre outros Exemplo: B) Aquele romance, apesar de ter sido premiado pela aca-
Aquela casa está inabtável. Ela está literalmente caindo aos pe- demia e bem recebido pelo público, não chegou a impressionar
daços. os críticos dos jornais.
C) Se o sucesso daquele romance deveu-se, sobretudo, à
Coerência resposta do público, razão pela qual a maior parte dos críticos
também o teriam apreciado.
É a relação lógica das ideias de um texto que decorre da sua D) Há livros que compramos não porque nos sejam imedia-
argumentação. Um texto contraditório e redundante ou cujas tamente úteis, mas porque imaginamos o quanto poderão nos
ideias iniciadas não são concluídas, é um texto incoerente, o que valer num futuro próximo.
compromete a clareza do discurso e a eficácia da leitura. Exem- E) A distribuição dos livros numa biblioteca frequentemente
plo: Ela está de regime, mas adora comer brigadeiros. (quem indica aqueles pelos quais o dono tem predileção.
está de regime não deve comer doces)

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LÍNGUA PORTUGUESA

02. TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA – 2014 - VUNESP As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe
Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês um protocolo para identificar os focos de reprodução do mos-
meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos tro- quito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas
cado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias quando alguém fica doente e avisa as autoridades, não é bem
comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às isso que acontece.
vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empi- (Saúde Uol).
na papagaio e corta o adversário “no gasgo”.
“Só este ano...” O ano a que a reportagem se refere é o ano
Os termos muito e bem, em destaque, atribuem aos termos A) em que apareceu a dengue pela primeira vez.
aos quais se subordinam sentido de: B) em que o texto foi produzido.
A) comparação. C) em que o leitor vai ler a reportagem.
B) intensidade. D) em que a dengue foi extinta na cidade de São Paulo.
C) igualdade. E) em que começaram a ser registrados os casos da doença.
D) dúvida.
E) quantidade. 06. CEFET/RJ - REVISOR DE TEXTOS – 2015 - CESGRANRIO
Em qual dos períodos abaixo, a troca de posição entre a
03. TJ/RJ – Analista Judiciário – 2015 - FGV palavra sublinhada e o substantivo a que se refere mantém o
“A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição sentido?
em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”. A) Algum autor desejava a minha opinião sobre o seu tra-
A oração em forma desenvolvida que substitui correta e balho.
adequadamente o gerúndio “advertindo” é: B) O mesmo porteiro me entregou o pacote na recepção
A) com a advertência de; do hotel.
B) quando adverte; C) Meu pai procurou uma certa pessoa para me entregar o
C) em que adverte; embrulho.
D) no qual advertia; D) Contar histórias é uma prazerosa forma de aproximar os
E) para advertir. indivíduos.
E) Grandes poemas épicos servem para perpetuar a cultura
04. PREF. DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – 2016 - de um povo.
UPENET
Observe o fragmento de texto abaixo: RESPOSTAS
“Mas o que fazer quando o conteúdo não é lembrado justa-
mente na hora da prova?” 1 C
Sobre ele, analise as afirmativas abaixo: 2 B
I. O termo “Mas” é classificado como conjunção subordi- 3 C
nativa e, nesse contexto, pode ser substituído por “desde que”. 4 D
II. Classifica-se o termo “quando” como conjunção subordi- 5 B
nativa que exprime circunstância temporal.
III. Acentua-se o “u” tônico do hiato existente na palavra 6 D
“conteúdo”.
IV. Os termos “conteúdo”, “hora” e “prova” são palavras in-
variáveis, classificadas como substantivos.
SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE PALAVRAS E
Está CORRETO apenas o que se afirma em: EXPRESSÕES.
A) I e III.
B) II e IV.
C) I e IV. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
D) II e III.
E) I e II. A Significação das palavras é estudada pela semântica, que
estuda o sentido das palavras e as relações de sentido que as
palavras estabelecem entre si.
05. PREF. DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂN-
CIA – 2016 - FGV
Sinônimos e antônimos
Dificuldades no combate à dengue
Sinônimos: palavras de sentido igual ou parecido.
Ex.: necessário, essencial, fundamental, obrigatório
A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São
Paulo. Só este ano, já foram registrados cerca de 15 mil casos da
doença, segundo dados da Prefeitura.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Geralmente é indiferente usar um sinônimo ou outro. O Denotação e conotação


fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia, pa-
lavra que também designa o emprego de sinônimos. Denotação indica a capacidade de as palavras apresenta-
rem um sentido literal (próprio) e objetivo. A conotação indica
Antônimos: palavras de sentido oposto. a capacidade de as palavras apresentarem um sentido figurado
Ex.: dedicado: desinteressado, desapegado, relapso. e simbólico.
Pontual: atrasado, retardado, irresponsável.
Exemplos com sentido denotativo:
A antonímia pode ser originada por um prefixo de sentido As águas pingavam da torneira, (sentido próprio).
oposto ou negativo. Ex.: simpático/antipático, progredir/regre- As horas iam pingando lentamente, (sentido figurado).
dir, ativo/inativo, esperar/desesperar, simétrico/assimétrico.
Exemplos com sentido conotativo:
Homônimos Comprei uma correntinha de ouro.
Fulano nadava em ouro.
Se refere à capacidade de as palavras serem homônimas
(som igual, escrita igual, significado diferente), homófonas (som Hiperonímia e hiponímia
igual, escrita diferente, significado diferente) ou homógrafas
(som diferente, escrita igual, significado diferente). Hiperonímia e a hiponímia indicam a capacidade das pa-
O contexto é quem vai determinar a significação dos homô- lavras estabelecerem relações hierárquicas de significado. Um
nimos. Ela pode ser causa de ambiguidade, por isso é considera- hiperônimo, palavra superior com um sentido mais abrangente,
da uma deficiência dos idiomas. engloba um hipônimo, palavra inferior com sentido mais restri-
to.
Homônimos
rio (curso de água) e rio (verbo rir); Fruta é hiperônimo de banana.
caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar). Banana é hipônimo de fruta.

Homófonos QUESTÕES
cem (número) e sem (indica falta)
senso (sentido) e censo (levantamento estatístico) 01. Pref. de Itaquitinga/PE – Psicólogo – 2016 - IDHTEC
A entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os comba-
Homógrafos tentes contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-se; co-
colher (talher) e colher (apanhar); moviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante, naquele
acerto (correção) e acerto (verbo acertar); armistício transitório, uma legião desarmada, mutilada faminta
e claudicante, num assalto mais duro que o das trincheiras em
Parônimos fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela gente inútil e frágil
saísse tão numerosa ainda dos casebres bombardeados durante
Se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de for-
três meses. Contemplando-lhes os rostos baços, os arcabouços
ma parecida, mas que apresentam significados diferentes.
esmirrados e sujos, cujos molambos em tiras não encobriam la-
infligir (aplicar) e infringir (transgredir),
nhos, escaras e escalavros – a vitória tão longamente apeteci-
sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder),
da decaía de súbito. Repugnava aquele triunfo. Envergonhava.
deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente,
Era, com efeito, contraproducente compensação a tão luxuosos
divergir, adiar),
gastos de combates, de reveses e de milhares de vidas, o apre-
ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir),
samento daquela caqueirada humana – do mesmo passo angu-
vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e vultuoso
(congestionado: rosto vultuoso). lhenta e sinistra, entre trágica e imunda, passando-lhes pelos
olhos, num longo enxurro de carcaças e molambos...
Polissemia Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender
uma arma, nem um peito resfolegante de campeador domado:
Polissemia indica a capacidade de uma palavra apresentar mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, moças
uma multiplicidade de significados, conforme o contexto em envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma fealdade,
que ocorre. Uma palavra pode ter mais de uma significação. Ex.: escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris desnalga-
Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as plan- dos, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos aos peitos
tas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de gado. murchos, filhos arrastados pelos braços, passando; crianças,
Pena: pluma; peça de metal para escrever; punição; dó. sem-número de crianças; velhos, sem-número de velhos; raros
homens, enfermos opilados, faces túmidas e mortas, de cera,
bustos dobrados, andar cambaleante.
(CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos.
Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de sinôni- A palavra radical pode ser empregada com várias acepções,
mos? por isso denomina-se polissêmica. Assinale o sentido dicionari-
A) Armistício – destruição zado que é mais adequado no contexto acima.
B) Claudicante – manco A) Que existe intrinsecamente num indivíduo ou coisa.
C) Reveses – infortúnios B) Brusco; violento; difícil.
D) Fealdade – feiura C) Que não é tradicional, comum ou usual.
E) Opilados – desnutridos D) Que exige destreza, perícia ou coragem.

02. Pref. de Cruzeiro/SP – Instrutor de Desenho Técnico e 05. UNESP – Assistente Administrativo I – 016 - VU-
Mecânico – 2016 - Instituto Excelência NESP/2016
Assinale a alternativa em que as palavras podem servir de
exemplos de parônimos: O gavião
A) Cavaleiro (Homem a cavalo) – Cavalheiro (Homem gentil).
B) São (sadio) – São (Forma reduzida de Santo). Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco
C) Acento (sinal gráfico) – Assento (superfície onde se sen- voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a lua.
ta). Olhamos todos para o céu em busca de algo mais sensacional e
D) Nenhuma das alternativas. comovente – o gavião malvado, que mata pombas.
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à con-
03. TJ/MT – Analista Judiciário – Ciências Contábeis – 2017 templação de um drama bem antigo, e há o partido das pombas
- UFMT e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros (qualquer
Na língua portuguesa, há muitas palavras parecidas, seja no palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar o gavião.
modo de falar ou no de escrever. A palavra sessão, por exemplo, Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na verdade
assemelha-se às palavras cessão e seção, mas cada uma apre- come a sua pombinha com a mesma inocência com que a pom-
senta sentido diferente. Esse caso, mesmo som, grafias diferen- ba come seu grão de milho.
tes, denomina-se homônimo homófono. Assinale a alternativa Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das pom-
em que todas as palavras se encontram nesse caso. bas e também o lance magnífico em que o gavião se despenca
A) taxa, cesta, assento sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-Exupéry, “a
B) conserto, pleito, ótico verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar com um belo
C) cheque, descrição, manga tiro pode também ser a verdade do caçador.
D) serrar, ratificar, emergir Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente
o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate,
04. TJ/MT – Analista Judiciário – Direito – 2017 - UFMT pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro homem.
(Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999. Adaptado)
A fuga dos rinocerontes
Espécie ameaçada de extinção escapa dos caçadores da O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no
maneira mais radical possível – pelo céu. texto – … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em ou-
tro homem. –, é empregado com sentido
Os rinocerontes-negros estão entre os bichos mais visados A) próprio, equivalendo a inspiração.
da África, pois sua espécie é uma das preferidas pelo turismo de B) próprio, equivalendo a conquistador.
caça. Para tentar salvar alguns dos 4.500 espécimes que ainda C) figurado, equivalendo a ave de rapina.
restam na natureza, duas ONG ambientais apelaram para uma D) figurado, equivalendo a alimento.
solução extrema: transportar os rinocerontes de helicóptero. A E) figurado, equivalendo a predador.
ação utilizou helicópteros militares para remover 19 espécimes
– com 1,4 toneladas cada um – de seu habitat original, na pro- 06. Pref. de Florianópolis/SC – Auxiliar de Sala – 2017 - FE-
víncia de Cabo Oriental, no sudeste da África do Sul, e transfe- PESE
ri-los para a província de Lampopo, no norte do país, a 1.500 O termo (ou expressão) em destaque, que está empregado
quilômetros de distância, onde viverão longe dos caçadores. em seu sentido próprio, denotativo, ocorre em:
Como o trajeto tem áreas inacessíveis de carro, os rinocerontes A) Estou morta de cansada.
tiveram de voar por 24 quilômetros. Sedados e de olhos venda- B) Aquela mulher fala mal de todos na vizinhança! É uma
dos (para evitar sustos caso acordassem), os rinocerontes foram cobra.
içados pelos tornozelos e voaram entre 10 e 20 minutos. Parece C) Todo cuidado é pouco. As paredes têm ouvidos.
meio brutal? Os responsáveis pela operação dizem que, além D) Reclusa desde que seu cachorrinho morreu, Filomena fi-
de mais eficiente para levar os paquidermes a locais de difícil nalmente saiu de casa ontem.
acesso, o procedimento é mais gentil. E) Minha amiga é tão agitada! A bateria dela nunca acaba!
(BADÔ, F. A fuga dos rinocerontes. Superinteressante, nº
229, 2011.)

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LÍNGUA PORTUGUESA

RESPOSTAS Casos recorrentes se manifestam no momento da escrita


indicando que houve a quebra destes recursos, tornando-se im-
01 A perceptíveis aos olhos de quem a produz, interferindo de forma
negativa na textualidade como um todo. Ampliando a noção so-
02 A bre a correta utilização destes recursos, analisemos alguns casos
03 A em que eles se aplicam:
04 C
- não só... mas (como) também: tal construção confere-nos
05 E a ideia de adição.
06 D - Quanto mais... (tanto) mais: noção de progressão, pode-
mos identificar a construção paralelística.
- Seja... Seja; Quer... Quer; Ora... Ora: ideia de alternância.
- Tanto... Quanto: ideia de adição, acrescida àquela de equi-
EQUIVALÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DE valência, constata-se a estrutura paralelística.
ESTRUTURAS. - Não... E não/nem: recurso empregado quando se quer
atribuir uma sequência negativa.
EQUIVALÊNCIA DE ESTRUTURAS - Por um lado... Por outro: referência a aspectos negativos e
positivos relacionados a um determinado fato.
A equivalência e transformação de estruturas consiste em - Tempos verbais: concordância de sentido proferida pelos
saber mudar uma sentença ou parte dela de modo a que fique verbos e seus respectivos tempos.
gramaticalmente correta. Poderíamos explicitar as regras mor-
fológicas e sintáticas em linguagem natural. Um exemplo disso QUESTÕES
seria a seguinte definição de período: O período é composto por
uma frase e opcionalmente pela sua concatenação com outras 01. Pref. de Mangaratiba/RJ - Assistente Social – 2016 -
frases em número indefinido relacionadas duas a duas por sin- BIO-RIO
tagma conectivo. A definição de regras sintáticas em linguagem Entre os pensamentos abaixo, aquele que NÃO apresenta
natural tem suas vantagens. uma estrutura comparativa é:
A) “A arte vence a monotonia das coisas, assim como a es-
A Ordem dos Termos na Frase perança vence a monotonia dos dias”. (Chesterton)
Há diferentes maneiras de se organizar gramaticalmente B) “Muita luz é como muita sombra: não deixa ver”. (Carlos
uma frase. Tudo depende da necessidade ou da vontade do re- Castañeda)
dator em manter o sentido, ou mantê-lo, porém, acrescentado C) “O bem é aquele que trabalha pela unidade, o mal é
ênfase a algum dos seus termos. Significa dizer que, ao escrever, aquele que trabalha pela separação”. (A. Huxley)
podemos fazer uma série de inversões e intercalações em nos- D) “Bons julgamentos vêm da experiência e, frequentemen-
sas frases, conforme a nossa vontade e estilo. Tudo depende da te, a experiência vem de maus julgamentos”. (Rita Mae Brown)
maneira como queremos transmitir uma ideia, do nosso estilo. E) “O pessimista se queixa do vento, o otimista espera que
Entre os sinais de pontuação, a vírgula é o mais usado e o ele mude e o realista ajusta as velas”. (William George Ward)
que mais nos auxilia na organização de um período, pois facilita
as boas “sintaxes”, boas misturas, ou seja, a vírgula ajuda-nos a 02. Pref. de São Gonçalo/RJ - Analista de Contabilidade –
não “embolar” o sentido quando produzimos frases complexas. 2016 - BIO-RIO
Com isto, “entregamos” frases bem organizadas aos nossos lei-
tores. Édipo-rei
O básico para a organização sintática das frases é a ordem
direta dos termos da oração. Os gramáticos estruturam tal or- Diante do palácio de Édipo. Um grupo de crianças está ajoe-
dem da seguinte maneira: lhado nos degraus da entrada. Cada um tem na mão um ramo de
oliveira. De pé, no meio delas, está o sacerdote de Zeus.
SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO VERBAL + CIRCUNS- (Edipo-Rei, Sófocles, RS: L&PM, 2013)
TÂNCIAS
A mesma estrutura de “grupo de crianças” ocorre em:
Nem todas as orações mantêm esta ordem e nem todas A) descrição de uma cena.
contêm todos estes elementos B) presença de um sacerdote.
C) montão de gente.
Paralelismo D) casa de Édipo.
Os paralelismos sintático e semântico se caracterizam pelas E) ramo de oliveira.
relações de semelhança existente entre palavras e expressões
que se efetivam tanto de ordem morfológica (quando perten-
cem à mesma classe gramatical), sintática (quando há seme-
lhança entre frases ou orações) e semântica (quando há corres-
pondência de sentido entre os termos).

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LÍNGUA PORTUGUESA

03. UFCG - Assistente em Administração – 2017 - UFCG 04. Copergás/PE - Analista Administrador – 2017 - FCC

Mobilidade urbana no Brasil Idades e verdades

Nos últimos anos, o debate sobre a mobilidade urbana no O médico e jornalista Drauzio Varella escreveu outro dia no
Brasil vem se acirrando cada vez mais, haja vista que a maior jornal uma crônica muito instigante. Destaco este trecho:
parte das grandes cidades do país vem encontrando dificuldades “Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem
em desenvolver meios para diminuir a quantidade de congestio- ‘cabeça de jovem’. É considerá-lo mais inadequado do que o ra-
nam1entos ao longo do dia e o excesso de pedestres em áreas paz de 20 anos que se comporta como criança de dez. Ainda que
centrais dos espaços urbanos. Trata-se, também, de uma ques- maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação
tão ambiental, pois o excesso de veículos nas ruas gera mais po- das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre es-
luição, interferindo em problemas naturais e climáticos em larga paço para uma diversidade de experiências com as quais nem
escala e também nas próprias cidades, a exemplo do aumento sonhávamos anteriormente. ”
do problema das ilhas de calor. Tomo a liberdade de adicionar meu comentário de velho:
A principal causa dos problemas de mobilidade urbana no não preciso que os jovens acreditem em mim, tampouco estou
Brasil relaciona-se ao aumento do uso de transportes individuais aberto para receber lições dos mocinhos. Nossa alternativa: ao
em detrimento da utilização de transportes coletivos, embora nos defrontarmos com uma questão de comum interesse, discu-
esses últimos também encontrem dificuldades com a superlo- tirmos honestamente que sentido ela tem para nós. O que nos
tação. Esse aumento do uso de veículos como carros e motos unirá não serão nossas diferenças, mas o que nos desafia.
deve-se a, pelo menos, cinco fatores: má qualidade do trans- (LAMEIRA, Viriato, inédito)
porte público no Brasil; aumento da renda média do brasileiro
nos últimos anos; redução de impostos por parte do Governo É preciso corrigir, por apresentar em sua construção uma
Federal sobre produtos industrializados (o que inclui os carros); deficiência estrutural, a redação da seguinte frase:
concessão de mais crédito ao consumidor; e, por fim, herança A) A muita gente ocorre que os velhos estimem ser tratados
histórica da política rodoviária do país. como jovens, em vez de serem valorizados pelos ganhos obtidos
Entre as principais soluções para o problema da mobilida- em sua longa experiência de vida.
de urbana, na visão de muitos especialistas, estaria o estímulo B) Imagina-se que a ingenuidade de uma criança ou o ca-
aos transportes coletivos públicos, através da melhoria de suas ráter aventureiro de um jovem possam ser atributos positivos
qualidades e eficiências e do desenvolvimento de um trânsito invejados pelos velhos, quando não o são.
focado na circulação desses veículos, e a diversificação dos mo- C) Os jovens, presumivelmente, não deverão considerar-se
dais de transporte. criaturas privilegiadas se alguém os julga tão ativos e inventivos
quanto costumam ser as crianças de dez anos.
Ao longo do século XX, o Brasil foi essencialmente rodovia- D) Ao comentar a afirmação de Drauzio Varella, o autor do
rista, em detrimento do uso de trens, metrôs e outros. A ideia é texto não se mostra disposto nem a aprender algo com os jo-
investir mais nesses modos alternativos, o que pode atenuar os vens, nem a esperar que estes acreditem nele.
excessivos números de veículos transitando nas ruas das gran- E) Conquanto os velhos pareçam injustiçados, razão pela
des cidades do país. qual as pessoas tendem a consolá-los atribuindo-lhes juventu-
De toda forma, é preciso ampliar os debates, regulamen- de, há por isso mesmo como valorizar sua experiência.
tando ações públicas para o interesse da questão, tais como a
difusão dos fóruns de mobilidade urbana e a melhoria do Es- 05. TRE/PI - Conhecimentos Gerais para os Cargos 1, 2 e 4
tatuto das Cidades, com ênfase na melhoria da qualidade e da –2016 - CESPE
eficiência dos deslocamentos por parte das populações. Em relação à conceituação, à finalidade e aos aspectos es-
(PENA, Rodolfo F. Alves. “Mobilidade urbana no Brasil”. Dis- truturais e linguísticos das correspondências oficiais, assinale a
ponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/mobilida- opção correta.
de-urbanano-brasil.htm>. Acesso em 25/03/2016. Adaptado). A) o memorando é um expediente oficial de circulação in-
terna ou externa.
Analisando-se a estrutura do texto, conclui-se que se trata B) como não existe padrão definido para a estrutura das
de um /uma: mensagens enviadas por meio de correio eletrônico, não há
A) Depoimento. orientações acerca da linguagem a ser empregada nessas comu-
B) Debate. nicações.
C) Notícia. C) informar o destinatário sobre determinado assunto, pro-
D) Artigo de opinião. por alguma medida e submeter projeto de ato normativo à con-
E) Reportagem. sideração desse destinatário são alguns dos propósitos comuni-
cativos da mensagem.
D) a exposição de motivos varia estruturalmente conforme
sua finalidade comunicativa.
E) a situação comunicativa mediada pelo ofício é restrita
aos ministros de Estado, estejam eles no papel de remetente ou
de destinatário.

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LÍNGUA PORTUGUESA

RESPOSTAS Frases declarativas: representam a constatação de um fato


pelo emissor. Levam ponto final e podem ser afirmativas ou ne-
01 D gativas.

02 C - Declarativas afirmativas:
03 D Gosto de comida apimentada.
As matrículas começam hoje.
04 E
- Declarativas negativas:
05 D Não gosto de comida apimentada.
As matrículas não começam hoje.

SINTAXE: PROCESSOS DE COORDENAÇÃO E Frases imperativas: são utilizadas para emissão de ordens,
SUBORDINAÇÃO. conselhos e pedidos. Levam ponto final ou ponto de exclama-
ção.

SINTAXE: ANÁLISE SINTÁTICA, FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO - Imperativas afirmativas:


Vá por ali.
Sintaxe Siga-me!
- Imperativas negativas:
A Sintaxe constitui seu foco de análise na sentença, ou seja, Não vá por ali.
estuda a função dos vocábulos dentro de uma frase. Não me siga!
A Gramática Tradicional trabalha a Sintaxe sob a forma de
“análise sintática” que, consiste em classificar os vocábulos em Frases interrogativas: ocorrem quando o emissor faz uma
sujeito, predicado ou outros “termos acessórios da oração” (ad- pergunta na mensagem. Podem ser diretas ou indiretas.
junto adverbial, adnominal, aposto). As interrogativas diretas devem ser sinalizadas com ponto
de interrogação, enquanto as interrogativas indiretas, ponto fi-
Análise Sintática nal.
Examina a estrutura do período, divide e classifica as ora- - Interrogativas diretas:
ções que o constituem e reconhece a função sintática dos ter- Escreveu o discurso?
mos de cada oração.
O prazo terminou?
- Interrogativas indiretas:
Frase
Quero saber se o discurso está feito.
Precisava saber se o prazo terminou.
A construção da fala é feita a partir da articulação de unida-
des comunicativas. Essas unidades exprimem ideias, emoções,
Frases optativas: expressam um desejo e são sinalizadas
ordens, apelos, enfim, transmitem comunicação. São chamadas
com ponto de exclamação:
frases

Exemplos: Que Deus te abençoe!


Espantoso! uita sorte para a nova etapa!
Aonde vai com tanta pressa?
“O bicho, meu Deus, era um homem.” (Manuel Bandeira) Oração

A frase pode ou não se organizar ao redor de um verbo. Na É o enunciado que se organiza em torno de um verbo ou
língua falada, a frase é caracterizada pela entonação. de uma locução verbal. As orações podem ou não ter sentido
completo.
Tipos de frases As orações são a base para a construção dos períodos, e são
formadas por vários termos. Alguns termos estão presentes em
A intencionalidade do discurso é manifestada através dos todas ou na maioria das orações. É o caso do sujeito e predica-
diferentes tipos de frases. Para tanto, os sinais de pontuação do. Outros termos não tão frequentes, ou têm um uso situacio-
que as acompanham auxiliam para expressar o sentido de cada nal, como os complementos e adjuntos.
uma delas.
Exemplo:
Frases exclamativas: são empregadas quando o emissor A mulher trancou toda a casa.
quer manifestar emoção. São sinalizadas com ponto de excla- A mulher – sujeito
mação: trancou toda a casa – predicado
Puxa! Amanheceu logo em seguida. (toda a oração é predicado)
Até que enfim!

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LÍNGUA PORTUGUESA

Sujeito é aquele ou aquilo de que(m) se fala. Já o predicado - predicado verbal: seu núcleo é um verbo, seguido, ou não,
é a informação dada sobre o sujeito. Núcleo de um termo é a pa- de complemento(s) ou termos acessórios).
lavra principal (geralmente um substantivo, pronome ou verbo). - predicado verbo-nominal: tem dois núcleos significativos:
um verbo e um nome
Os termos da oração são divididos em três níveis:
- Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado. Predicação verbal é o modo pelo qual o verbo forma o pre-
- Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e dicado.
Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e Agente Alguns verbos que, tem sentido completo, sendo apenas
da Passiva). eles o predicado. São denominados intransitivos. Exemplo: As
- Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Adjun- folhas caem.
to Adverbial, Vocativo e Aposto. Outros, para fazerem parte do predicado precisam de ou-
tros termos: Chamados transitivos. Exemplos: José comprou o
Termos Essenciais da Oração: sujeito e predicado. carro. (Sem os seus complementos, o verbo comprou, não trans-
mitiria uma informação completa: comprou o quê?)
Sujeito: aquele que estabelece concordância com o núcleo Os verbos de predicação completa denominam-se intran-
do predicado. Quando se trata de predicado verbal, o núcleo sitivos e os de predicação incompleta, transitivos. Os verbos
é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o núcleo é transitivos subdividem-se em: transitivos diretos, transitivos
sempre um nome. Então têm por características básicas:
indiretos e transitivos diretos e indiretos (bitransitivos).
- ter concordância com o núcleo do predicado;
Além dos verbos transitivos e intransitivos, existem os ver-
- ser elemento determinante em relação ao predicado;
bos de ligação que entram na formação do predicado nominal,
- ser formado por um substantivo, ou pronome substantivo
relacionando o predicativo com o sujeito.
ou, uma palavra substantivada.

Tipos de sujeito: - Transitivos Diretos: pedem um objeto direto, isto é, um


complemento sem preposição. Exemplo: Comprei um terreno
- Simples: um só núcleo: O menino estudou. e construí a loja.
- Composto: mais de um núcleo: “O menino e a menina es- - Transitivos Indiretos: pedem um complemento regido de
tudaram.” preposição, chamado objeto indireto. Exemplo: Não se perdoa
- Expresso: está explícito, enunciado: Ela ligará para você. ao político que rouba aos montes.
- Oculto (elíptico): está implícito (não está expresso), mas se - Transitivos Diretos e Indiretos: se usam com dois objetos:
deduz do contexto: Chegarei amanhã. (sujeito: eu, que se deduz direto e indireto, concomitantemente. Exemplo: Maria dava ali-
da desinência do verbo); mento aos pobres.
- Agente: ação expressa pelo verbo da voz ativa: O Everest - de Ligação: ligam ao sujeito uma palavra ou expressão
é quase invencível. chamada predicativo. Esses verbos entram na formação do pre-
- Paciente: sofre ou recebe os efeitos da ação marcada pelo dicado nominal. Exemplo: A Bahia é quente.
verbo passivo: O prédio foi construído.
- Agente e Paciente: o sujeito realiza a ação expressa por um Predicativo: Existe o predicativo do sujeito e o predicativo
verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe os efeitos dessa do objeto.
ação: João cortou-se com aquela faca.
- Indeterminado: não se indica o agente da ação verbal: Fe- Predicativo do Sujeito: termo que exprime um atributo, um
riram aquele cachorro com uma pedra. estado ou modo de ser do sujeito, ao qual se prende por um
- Sem Sujeito: enunciação pura de um fato, através do predi- verbo de ligação, no predicado nominal. Exemplos: A bandeira
cado. São formadas com os verbos impessoais, na 3ª pessoa do é o símbolo da nação.
singular: Choveu durante a noite. Predicativo do Objeto: termo que se refere ao objeto de um
verbo transitivo. Exemplo: O juiz declarou o réu culpado.
Predicado: segmento linguístico que estabelece concor-
dância com outro termo essencial da oração, o sujeito, sendo
Termos Integrantes da Oração
este o termo determinante (ou subordinado) e o predicado o
termo determinado (ou principal). Têm por características bási-
São os termos que completam a significação transitiva dos
cas: apresentar-se como elemento determinado em relação ao
verbos e nomes. Integram o sentido da oração, sendo assim in-
sujeito; apontar um atributo ou acrescentar nova informação ao
sujeito. dispensável à compreensão do enunciado. São eles:
- Complemento Verbal (Objeto Direto e Objeto Indireto);
Tipos de predicado: - Complemento Nominal;
- Agente da Passiva.
- predicado nominal: seu núcleo é um nome, substantivo, Objeto Direto: complemento dos verbos de predicação in-
adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por um verbo de ligação. O completa, não regido, normalmente, de preposição. Exemplo:
núcleo do predicado nominal chama-se predicativo do sujeito, As plantas purificaram o ar.
pois atribui ao sujeito uma qualidade ou característica.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Tem as seguintes características: Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é
- Completa a significação dos verbos transitivos diretos; chamada de oração absoluta. Exemplo: Já chegamos.
- Geralmente, não vem regido de preposição;
- Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um Período Composto - apresenta duas ou mais orações.
verbo ativo. Exemplo: Conversamos quando eu voltar. O número de orações
- Torna-se sujeito da oração na voz passiva. depende do número de verbos presentes num enunciado.

Objeto Indireto: complemento verbal regido de preposição Classificação do Período Composto


necessária e sem valor circunstancial. Representa, o ser a que se
destina ou se refere à ação verbal. É sempre regido de preposi- Período Composto por Coordenação - as orações são inde-
ção, expressa ou implícita. pendentes entre si, ou seja, cada uma delas têm sentido com-
Complemento Nominal: termo complementar reclamado pleto.
pela significação transitiva, incompleta, de certos substantivos, Exemplo: Entrou na loja e comprou vários sapatos.
adjetivos e advérbios. Vem sempre regido de preposição. Exem- Período Composto por Subordinação - as orações relacio-
plo: Assistência às aulas. nam-se entre si.
Exemplo: Espero terminar meu trabalho antes do meu pa-
Agente da Passiva: complemento de um verbo na voz pas- trão voltar de viagem.
siva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo Período Composto por Coordenação e Subordinação - há a
passivo. Vem regido comumente pela preposição por, e menos presença de orações coordenadas e subordinadas.
frequentemente pela preposição de. Exemplo: Enquanto eles falarem, nós vamos escutar.

Termos Acessórios da Oração Orações Coordenadas

São os que desempenham na oração uma função secundá- Podem ser sindéticas ou assindéticas, respectivamente,
ria, qual seja a de caracterizar um ser, determinar os substanti- conforme são utilizadas ou não conjunções Exemplos: Ora fala,
vos, exprimir alguma circunstância. São eles: ora não fala. (oração coordenada sindética, marcada pelo uso
da conjunção “ora...ora”). As aulas começaram, os deveres co-
Adjunto adnominal: termo que caracteriza ou determina os meçaram e a preguiça deu lugar à determinação. (orações coor-
substantivos. Pode ser expresso: Pelos adjetivos: animal feroz; denadas assindéticas: “As aulas começaram, os deveres come-
Pelos artigos: o mundo; Pelos pronomes adjetivos: muitos paí- çaram”, oração coordenada sindética: “e a preguiça deu lugar à
ses. determinação”.)

Adjunto adverbial:termo que exprime uma circunstância As orações coordenadas sindéticas podem ser:
(de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que mo- - Aditivas: quando as orações expressam soma. Exemplo:
difica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. É expresso: Gosto de salgado, mas também gosto de doce.
Pelos advérbios: Cheguei cedo; Pelas locuções ou expressões - Adversativas: quando as orações expressam adversidade.
adverbiais: Saí com meu pai. Exemplo: Gostava do moço, porém não queria se casar.
- Alternativas: quando as orações expressam alternativa.
Aposto: palavra ou expressão que explica ou esclarece, de- Exemplo: Fica ele ou fico eu.
senvolve ou resume outro termo da oração. Exemplos: David, - Conclusivas: quando as orações expressam conclusão.
que foi um excelente aluno, passou no vestibular. Exemplo: Estão de acordo, então vamos.
- Explicativas: quando as orações expressam explicação.
O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome subs- Exemplo: Fizemos a tarefa hoje porque tivemos tempo.
tantivo: O aposto não pode ser formado por adjetivos. Os apos-
tos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas, na escrita, por Orações Subordinadas
vírgulas, dois pontos ou travessões.
As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas
Vocativo: termo usado para chamar ou interpelar a pessoa, ou adverbiais, conforme a sua função.
o animal ou a coisa personificada a que nos dirigimos. Exemplo: - Substantivas: quando as orações têm função de substanti-
Vamos à escola, meus filhos! vo. Exemplo: Espero que eles consigam.
O vocativo não pertence à estrutura da oração, por isso não - Adjetivas: quando as orações têm função de adjetivo.
se anexa ao sujeito nem ao predicado. Exemplo: Os concorrentes que se preparam mais têm um de-
sempenho melhor.
Período - Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio.
Exemplo: À medida que crescem, aumentam os gastos.
O período pode ser caracterizado pela presença de uma ou
de mais orações, por isso, pode ser simples ou composto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÕES c) Subordinação refere-se a “estar ordenado sob”, sendo


indiferente a classificação de uma oração coordenada ou subor-
01. Pref. De Caucaia/CE – Agente de Suporte e Fiscalização dinada, pois as duas têm a mesma validade.
– 2016 - CETREDE d) A oração principal é aquela rege a oração subordinada,
não sendo possível seu entendimento sem o complemento.
Dos rituais
03. EMSERH – Auxiliar Operacional de Serviços Gerais –
No primeiro contato com os selvagens, que medo nos dá de 2017 – FUNCAB
infringir os rituais, de violar um tabu!
É todo um meticuloso cerimonial, cuja infração eles não nos A carta de amor
perdoam.
Eu estava falando nos selvagens? Mas com os civilizados é o No momento em que Malvina ia por a frigideira no fogo,
mesmo. Ou pior até. entrou a cozinheira com um envelope na mão. Isso bastou para
Quando você estiver metido entre grã-finos, é preciso ter que ela se tornasse nervosa. Seu coração pôs-se a bater pre-
muito, muito cuidado: eles são tão primitivos! cipitadamente e seu rosto se afogueou. Abriu-o com gesto de-
Mário Quintana cisivo e extraiu um papel verde-mar, sobre o qual se liam, em
Em relação à oração “eles são tão primitivos!”, assinale o caracteres energéticos, masculinos, estas palavras: “Você será
item INCORRETO. amada...”.
a) Refere-se a grã-finos. Malvina empalideceu, apesar de já conhecer o conteúdo
b) O sujeito é indeterminado. dessa carta verde-mar, que recebia todos os dias, havia já uma
c) O predicado é nominal. semana. Malvina estava apaixonada por um ente invisível, por
d) Tem verbo de ligação um papel verde-mar, por três palavras e três pontos de reticên-
e) Apresenta predicativo do sujeito. cias: “Você será amada...”. Há uma semana que vivia como ébria.
Olhava para a rua e qualquer olhar de homem que se cru-
02. CISMEPAR/PR – Advogado – 2016 - FAUEL zasse com o seu, lhe fazia palpitar tumultuosamente o coração.
Se o telefone tilintava, seu pensamento corria célere: talvez fos-
O assassino era o escriba se “ele”. Se não conhecesse a causa desse transtorno, por certo
Paulo Leminsky Malvina já teria ido consultar um médico de doenças nervosas.
Mandara examinar por um grafólogo a letra dessa carta. Fora em
Meu professor de análise sintática era o tipo do todas as papelarias à procura desse papel verde-mar e, incons-
sujeito inexistente. cientemente, fora até o correio ver se descobria o remetente no
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, ato de atirar o envelope na caixa.
regular como um paradigma da 1ª conjugação. Tudo em vão. Quem escrevia conseguia manter-se incógni-
Entre uma oração subordinada e um adjunto to. Malvina teria feito tudo quanto ele quisesse. Nenhum em-
adverbial, pecilho para com o desconhecido. Mas para que ela pudesse
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito realizar o seu sonho, era preciso que ele se tornasse homem de
assindético de nos torturar com um aposto. carne e osso. Malvina imaginava-o alto, moreno, com grandes
Casou com uma regência. olhos negros, forte e espadaúdo.
Foi infeliz. O seu cérebro trabalhava: seria ele casado? Não, não o era.
Era possessivo como um pronome. Seria pobre? Não podia ser. Seria um grande industrial? Quem
E ela era bitransitiva. sabe?
Tentou ir para os EUA. As cartas de amor, verde-mar, haviam surgido na vida de
Não deu. Malvina como o dilúvio, transformando-lhe o cérebro.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem. Afinal, no décimo dia, chegou a explicação do enigma. Foi
A interjeição do bigode declinava partículas uma coisa tão dramática, tão original, tão crível, que Malvina
expletivas, não teve nem um ataque de histerismo, nem uma crise de cóle-
conectivos e agentes da passiva, o tempo todo. ra. Ficou apenas petrificada.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça. “Você será amada... se usar, pela manhã, o creme de beleza
Lua Cheia. O creme Lua Cheia é vendido em todas as farmácias e
Na frase “Entre uma oração subordinada e um adjunto ad- drogarias. Ninguém resistirá a você, se usar o creme Lua Cheia.
verbial”, o autor faz referência à oração subordinada. Assinale a Era o que continha o papel verde-mar, escrito em enérgicos
alternativa que NÃO corresponde corretamente à compreensão caracteres masculinos.
da relação entre orações: Ao voltar a si, Malvina arrastou-se até o telefone:
a) Oração subordinada é o nome que se dá ao tipo de oração -Alô! É Jorge quem está falando? Já pensei e resolvi casar-
que é indispensável para a compreensão da oração principal. -me com você. Sim, Jorge, amo-o! Ora, que pergunta! Pode vir.
b) Diferentemente da coordenada, a oração subordinada é A voz de Jorge estava rouca de felicidade!
a que complementa o sentido da oração principal, não sendo E nunca soube a que devia tanta sorte!
possível compreender individualmente nenhuma das orações, André Sinoldi
pois há uma relação de dependência do sentido.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Se a oração escrita na carta estivesse completa, como em Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo
“Você será amada POR MIM”, o termo destacado funcionaria dormia nas árvores, em plena passarada. Eles se igualam aos
como: bichos silvestres, concluíam.
a) complemento nominal. Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos peque-
b) objeto direto. nos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi vi-
c) agente da passiva. rando assunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo
d) objeto indireto. durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as
e) adjunto nominal. casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se
estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro não
04. EMSERH – Enfermeiro – 2017 – FUNCAB pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os
Assinale a alternativa correspondente ao período onde há residentes, estrangeirando-lhes? [...] O comerciante devia saber
predicativo do sujeito: que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os bran-
cos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tem-
O embondeiro que sonhava pássaros
po. [...]
As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se
Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memó-
em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes
ria será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu as-
aparentes. [...]
tro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão
disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita
pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem
o passarinheiro. mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras.
Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carre- COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contos/ Mia Cou-
gando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jau- to - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71.
las, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. (Fragmento).
Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros Sobre os elementos destacados do fragmento “Em verdade,
esvoavam suas cores repentinas. À volta do vendedeiro, era uma seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida.”, leia as
nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas: afirmativas.
- Mãe, olha o homem dos passarinheiros! I. A expressão EM VERDADE pode ser substituída, sem alte-
E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercam- ração de sentido por COM EFEITO.
biavam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem II. ERA O SOL formam o predicado verbal da primeira ora-
puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O ção.
mundo inteiro se fabulava. III. NEM, no contexto, é uma conjunção coordenativa.
Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abu-
sos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele pre- Está correto apenas o que se afirma em:
to quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem a) I e III.
autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não b) III.
e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os c) I e II.
pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais d) I.
se agravavam: estava dito. e) II e III.
Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.[...]
O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com 05. TRE/RR - Técnico Judiciário - Operação de Computado-
os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era pre- res – 2015 - FCC
ciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não
É indiscutível que no mundo contemporâneo o ambiente
podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista
do futebol é dos mais intensos do ponto de vista psicológico.
das senhoras e seus filhos. ___6___ remédio, enfim, se haveria
Nos estádios a concentração é total. Vive-se ali situação de in-
de pensar.
cessante dialética entre o metafórico e o literal, entre o lúdico
No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão.
Afinal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves e o real. O que varia conforme o indivíduo considerado é a pas-
de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, sagem de uma condição a outra. Passagem rápida no caso do
seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. torcedor, cuja regressão psíquica do lúdico dura algumas horas
O vendedor se anonimava, em humilde desaparecimento de si: e funciona como escape para as pressões do cotidiano. Passa-
- Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas gem lenta no caso do futebolista profissional, que vive quinze
todas de fora. ou vinte anos em ambiente de fantasia, que geralmente torna
Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele difícil a inserção na realidade global quando termina a carreira.
tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado A solução para muitos é a reconversão em técnico, que os man-
os mais extensos matos? tém sob holofote. Lothar Matthäus, por exemplo, recordista de
O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senho- partidas em Copas do Mundo, com a seleção alemã, Ballon d’Or
res receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro de 1990, tornou-se técnico porque “na verdade, para mim, o fu-
direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? tebol é mais importante do que a família”. [...]

17
LÍNGUA PORTUGUESA

Sendo esporte coletivo, o futebol tem implicações e signi- Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
ficações psicológicas coletivas, porém calcadas, pelo menos em (Alberto Caeiro)
parte, nas individualidades que o compõem. O jogo é coletivo,
como a vida social, porém num e noutra a atuação de um só E o Tejo entra no mar em Portugal
indivíduo pode repercutir sobre o todo. Como em qualquer
sociedade, na do futebol vive-se o tempo inteiro em equilíbrio O elemento que exerce a mesma função sintática que o sub-
precário entre o indivíduo e o grupo. O jogador busca o sucesso linhado acima encontra-se em
pessoal, para o qual depende em grande parte dos companhei- a) a fortuna. (4a estrofe)
ros; há um sentimento de equipe, que depende das qualidades b) A memória das naus. (2a estrofe)
pessoais de seus membros. O torcedor lúcido busca o prazer do c) grandes navios. (2a estrofe)
jogo preservando sua individualidade; todavia, a própria condi- d) menos gente. (3a estrofe)
ção de torcedor acaba por diluí-lo na massa. e) a América. (4a estrofe)
(JÚNIOR, Hilário Franco. A dança dos deuses: futebol, cultu-
ra, sociedade. São Paulo: Companhia das letras, 2007, p. 303- 07. TRF – 3ª Região – Analista Judiciário – Área Administra-
304, com adaptações) tiva – 2016 – FCC
O museu é considerado um instrumento de neutralização
*Ballon d’Or 1990 - prêmio de melhor jogador do ano – e talvez o seja de fato. Os objetos que nele se encontram reu-
nidos trazem o testemunho de disputas sociais, de conflitos po-
O jogador busca o sucesso pessoal ... líticos e religiosos. Muitas obras antigas celebram vitórias milita-
res e conquistas: a maior parte presta homenagem às potências
A mesma relação sintática entre verbo e complemento, sub- dominantes, suas financiadoras. As obras modernas são, mais
linhados acima, está em: genericamente, animadas pelo espírito crítico: elas protestam
contra os fatos da realidade, os poderes, o estado das coisas. O
a) É indiscutível que no mundo contemporâneo...
museu reúne todas essas manifestações de sentido oposto. Ex-
b) ... o futebol tem implicações e significações psicológicas
põe tudo junto em nome de um valor que se presume partilhado
coletivas ...
por elas: a qualidade artística. Suas diferenças funcionais, suas
c) ... e funciona como escape para as pressões do cotidiano.
divergências políticas são apagadas. A violência de que partici-
d) A solução para muitos é a reconversão em técnico ...
pavam, ou que combatiam, é esquecida. O museu parece assim
e) ... que depende das qualidades pessoais de seus mem-
desempenhar um papel de pacificação social. A guerra das ima-
bros.
gens extingue-se na pacificação dos museus.
Todos os objetos reunidos ali têm como princípio o fato de
06. MPE/PB - Técnico ministerial - diligências e apoio admi- terem sido retirados de seu contexto. Desde então, dois pontos
nistrativo – 2015 - FCC de vista concorrentes são possíveis. De acordo com o primeiro, o
museu é por excelência o lugar de advento da Arte enquanto tal,
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, separada de seus pretextos, libertada de suas sujeições. Para o
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha segundo, e pela mesma razão, é um “depósito de despojos”. Por
aldeia um lado, o museu facilita o acesso das obras a um status esté-
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia. tico que as exalta. Por outro, as reduz a um destino igualmente
estético, mas, desta vez, concebido como um estado letárgico.
O Tejo tem grandes navios A colocação em museu foi descrita e denunciada frequente-
E navega nele ainda, mente como uma desvitalização do simbólico, e a musealização
Para aqueles que veem em tudo o que lá não está, progressiva dos objetos de uso como outros tantos escânda-
A memória das naus. los sucessivos. Ainda seria preciso perguntar sobre a razão do
“escândalo”. Para que haja escândalo, é necessário que tenha
O Tejo desce de Espanha havido atentado ao sagrado. Diante de cada crítica escandali-
E o Tejo entra no mar em Portugal zada dirigida ao museu, seria interessante desvendar que valor
Toda a gente sabe isso. foi previamente sacralizado. A Religião? A Arte? A singularidade
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia absoluta da obra? A Revolta? A Vida autêntica? A integridade
E para onde ele vai do Contexto original? Estranha inversão de perspectiva. Porque,
E donde ele vem simultaneamente, a crítica mais comum contra o museu apre-
E por isso, porque pertence a menos gente, senta-o como sendo, ele próprio, um órgão de sacralização. O
É mais livre e maior o rio da minha aldeia. museu, por retirar as obras de sua origem, é realmente “o lugar
simbólico onde o trabalho de abstração assume seu caráter mais
Pelo Tejo vai-se para o Mundo violento e mais ultrajante”. Porém, esse trabalho de abstração
Para além do Tejo há a América e esse efeito de alienação operam em toda parte. É a ação do
E a fortuna daqueles que a encontram tempo, conjugada com nossa ilusão da presença mantida e da
Ninguém nunca pensou no que há para além arte conservada.
Do rio da minha aldeia. (Adaptado de: GALARD, Jean. Beleza Exorbitante. São Pau-
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada. lo, Fap.-Unifesp, 2012, p. 68-71)

18
LÍNGUA PORTUGUESA

Na frase Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao


museu, seria interessante desvendar que valor foi previamente EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS.
sacralizado (3°parágrafo), a oração sublinhada complementa o
sentido de
a) um substantivo, e pode ser considerada como interroga-
tiva indireta. Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abor-
b) um verbo, e pode ser considerada como interrogativa di- dado em tópicos anteriores.
reta.
c) um verbo, e pode ser considerada como interrogativa in-
direta.
PONTUAÇÃO.
d) um substantivo, e pode ser considerada como interroga-
tiva direta.
e) um advérbio, e pode ser considerada como interrogativa
indireta. Pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita
para demonstrar recursos específicos da língua falada, como:
08.ANAC – Analista Administrativo – 2016 – ESAF entonação, silêncio, pausas, etc. Tais sinais têm papéis variados
Assinale a opção que apresenta explicação correta para a no texto escrito e, se utilizados corretamente, facilitam a com-
inserção de “que é” antes do segmento grifado no texto. preensão e entendimento do texto.

A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República Ponto ( . )


divulgou recentemente a pesquisa O Brasil que voa – Perfil dos Usamos para:
Passageiros, Aeroportos e Rotas do Brasil, o mais completo le- - indicar o final de uma frase declarativa: não irei ao sho-
vantamento sobre transporte aéreo de passageiros do País. pping hoje.
Mais de 150 mil passageiros, ouvidos durante 2014 nos 65 ae- - separar períodos entre si: Fecha a porta. Abre a janela.
roportos responsáveis por 98% da movimentação aérea do País, - abreviaturas: Av.; V. Ex.ª
revelaram um perfil inédito do setor.
<http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHA-
Vírgula ( , )
VE=1957&slCD_ ORIGEM=29>. Acesso em: 13/12/2015 (com
Usamos para:
adaptações).
- marcar pausa do enunciado a fim de indicar que os ter-
a) Prejudica a correção gramatical do período, pois provoca
mos separados, apesar de serem da mesma frase ou oração, não
truncamento sintático.
formam uma unidade sintática: Maria, sempre muito simpática,
b) Transforma o aposto em oração subordinada adjetiva ex-
acenou para seus amigos.
plicativa.
c) Altera a oração subordinada explicativa para oração res-
Não se separam por vírgula:
tritiva.
d) Transforma o segmento grifado em oração principal do - predicado de sujeito;
período. - objeto de verbo;
e) Corrige erro de estrutura sintática inserido no período. - adjunto adnominal de nome;
- complemento nominal de nome;
RESPOSTAS - predicativo do objeto;
- oração principal da subordinada substantiva (desde que
esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa).
01 B
02 C A vírgula também é utilizada para:
03 C - separar o vocativo: João, conte a novidade.
- separar alguns apostos: Célia, muito prendada, preparou
04 A a refeição.
05 B - separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado: Al-
gumas pessoas, muitas vezes, são falsas.
06 B
- separar elementos de uma enumeração: Vendem-se pães,
07 C tortas e sonho.
08 B - separar conjunções intercaladas: Mário, entretanto, nunca
mais deu notícias.
- isolar o nome de lugar na indicação de datas: Londrina, 25
de Setembro de 2017.
- marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo):
Ele prefere dormir, eu me exercitar. (omissão do verbo preferir)
Ponto-e-Vírgula ( ; )
Usamos para:

19
LÍNGUA PORTUGUESA

- separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma peti- - isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo
ção, de uma sequência, etc.: e datas: No dia do seu nascimento (08/08/984) foi o dia mais
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas quente do ano.
formais e não formais, como direito de cada um, observados: - podem substituir a vírgula ou o travessão.
I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e asso-
ciações, quanto a sua organização e funcionamento; Travessão (__ )
II - a destinação de recursos públicos para a promoção prio- Usamos para:
ritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a - dar início à fala de um personagem: Filó perguntou: __Ma-
do desporto de alto rendimento; ria, como faz esse doce?
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional - indicar mudança do interlocutor nos diálogos. __Mãe,
e o não profissional; você me busca? __Não se preocupe, chegarei logo.
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas - Também pode ser usado em substituição à virgula, em ex-
de criação nacional. pressões ou frases explicativas: Pelé – o rei do futebol – está
- separar orações coordenadas muito extensas ou orações muito doente.
coordenadas nas quais já tenham sido utilizado a vírgula.
Colchetes ( [] )
Dois-Pontos ( : )
Usamos para:
Usamos para:
- linguagem científica.
- iniciar a fala dos personagens: O pai disse: Conte-me a ver-
dade, meu filho.
- antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou Asterisco ( * )
sequência de palavras que explicam, resumem ideias anteriores: Usamos para:
Comprei alguns itens: arroz, feijão e carne. - chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação).
- antes de citação: Como dizia minha mãe: “Você não é todo
mundo.” QUESTÕES

Ponto de Interrogação ( ? ) 01. CLIN – Auxiliar de Enfermagem do Trabalho – 2015 -


Usamos para: COSEAC
- perguntas diretas: Onde você mora?
- em alguns casos, junto com o ponto de exclamação: Quem Primavera
você ama? Você. Eu?!
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu
Ponto de Exclamação ( ! ) nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para re-
Usamos: cebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os
- Após vocativo: Volte, João! habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam
- Após imperativo: Aprenda! pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a prima-
- Após interjeição: Psiu! Eba! vera que chega.
- Após palavras ou frases que tenham caráter emocional: Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da
Poxa! terra, nesse mundo confidencial das raízes, - e arautos sutis
acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espí-
Reticências ( ... ) rito das flores.
Usamos para: Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão
- indicar dúvidas ou hesitação do falante: Olha...não sei se todos cor-de-rosa, como os palácios de Jaipur. Vozes novas de
devo... melhor não falar. passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua na-
- interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incom-
ção. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pe-
pleta: Você queria muito este jogo novo? Bom, não sei se você
los ares, - e certamente conversam: mas tão baixinho que não
merece...
se entende.
- indicar supressão de palavra(s) numa frase transcrita:
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inver-
Quando ela começou a falar, não parou mais... terminou uma
hora depois. no, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremen-
te, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Aspas ( “ ” ) Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as
Usamos para: árvores cobertas de folhas, - e só os poetas, entre os humanos,
- isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta: sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos
gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e ex- bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem
pressões populares. dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
- indicar uma citação textual. Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não
Parênteses ( () ) se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da
Usamos para: sua perpetuação.

20
LÍNGUA PORTUGUESA

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, tal- 03. IPC - ES - Procurador Previdenciário I 2018 - IDECAN
vez, os homens terão a primavera que desejarem, no momen-
to em que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem,
deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com ou-
tros cantos e outros hábitos, - e os ouvidos que por acaso os
ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora, se
entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos
atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos
para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores,
caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sen-
timentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás
roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em
cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gar-
dênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flo-
res agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado
ao vento, - por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na
rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida - e
efêmera.
(MEIRELES, Cecília. “Cecília Meireles - Obra em Prosa?
Vol. 1. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1998, p. 366.)

“...e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ain-


da circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida
para a primavera que chega” (1º §) Em “Júnior, hoje jantaremos fora!”, a presença da vírgula é
obrigatória porque serve para:
No fragmento acima, as vírgulas foram empregadas para:
A) Isolar o vocativo.
A) marcar termo adverbial intercalado.
B) Isolar o adjunto adverbial deslocado.
B) isolar oração adjetiva explicativa.
C) Separar orações coordenadas.
C) enfatizar o termo sujeito em relação ao predicado.
D) Intercalar expressões explicativas.
D) separar termo em função de aposto.
04. - IF-MT - Direito – 2018 - IF-MT
02. PC – CE - Escrivão da Policia Civil de 1ª classe – 2015 –
O uso adequado da pontuação é fundamental para o bom
VUNESP
Assinale a alternativa correta quanto ao uso da vírgula, con- entendimento do texto. Nos casos abaixo, a vírgula está usada
siderando-se a norma-padrão da língua portuguesa. de forma inadequada em:
A) Os amigos, apesar de terem esquecido de nos avisar, que A) Todos os cidadãos brasileiros, são iguais perante a lei,
demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez, era algo conforme a Constituição Federal.
demorado. B) Além disso, à noite, fazer caminhada até a minha casa é
B) Os amigos, apesar de terem esquecido de nos avisar que inseguro.
demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez era algo de- C) Agora, em relação à tecnologia, os jovens dispõem de
morado uma série de comodidades, salientou o pesquisador.
C) Os amigos, apesar de terem esquecido, de nos avisar que D) “Eu sei, mas não devia” (Marina Colasanti).
demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez era algo de- E) Ainda havia muito a se deliberar, todavia, considerando o
morado. horário avançado, a reunião foi encerrada.
D) Os amigos apesar de terem esquecido de nos avisar que,
demoraria tanto, informaram-nos, de que a gravidez era algo 05. EMATERCE - Agente de ATER - Ciências Contábeis –
demorado. 2018 – CETREDE
E) Os amigos, apesar de, terem esquecido de nos avisar Analise as duas frases a seguir em relação à ambiguidade.
que demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez, era I. Karla comeu um doce e sua irmã também.
algo demorado. II. Mataram a vaca da sua tia.

Marque a opção CORRETA.


A) O problema da frase I pode ser corrigido com uma vír-
gula.
B) As duas frases podem ser corrigidas com o uso de pro-
nome.
C) Ao colocarmos apenas um verbo, corrigiremos a frase II.

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LÍNGUA PORTUGUESA

D) Apenas a frase I apresenta problema de ambiguidade. Exemplo: menino, menina, meninos, meninas.
E) Uma preposição resolveria o problema da frase II.
- verbal: indica a pessoa (1ª, 2ª e 3ª), o número (singular/
RESPOSTAS plural), o tempo e o modo (indicativo, presente...).
Exemplo: amássemos
01 D am- (radical)
-á- (vogal temática)
02 B - sse- (desinência modo subjuntivo e de tempo perfeito)
03 A -mos (desinência de primeira pessoa e de número plural)
04 A
Vogal temática
05 A
É o que torna possível a ligação entre o radical e a desinên-
cia.
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS. Observe o verbo dançar:

Danç: radical
A: vogal temática
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS R: desinência de infinitivo.

Ao estudar a estrutura das palavras, estamos penetrando A junção do radical danç- com a desinência –r no português
seu íntimo e conhecendo as várias partes que formam um todo é impossível, é a vogal temática “a” que torna possível essa li-
acabado e repleto de significado. Uma palavra é formada por gação.
unidades mínimas que possuem significado, que são chamadas
elementos mórficos ou morfemas. Afixos
A palavra “maquininhas”, por exemplo, possui quatro mor-
femas: São morfemas que se colocam antes ou depois do radical
alterando sua significação básica. São divididos em:
maquin inh a s
- Prefixos: antepostos ao radical.
Base do Indica grau Indica gênero Indica Exemplo: impossível, desleal.
significado diminutivo feminino plural
- Sufixos: pospostos ao radical.
Raiz Exemplo: lealdade, felizmente.

Origem das palavras. É onde se concentra a significação das Vogais ou consoantes de ligação
palavras.
As vogais ou consoantes de ligação podem ocorrer entre um
Exemplo: Raiz (carr- raiz nominal de carro). morfema e outro por motivos eufônicos, facilitando ou até pos-
sibilitando a leitura de uma palavra.
Os morfemas que constituem as palavras são: radical, desi- Exemplos: paulada, cafeteira, gasômetro.
nência, vogal temática, afixos, vogais e consoantes de ligação. Formação das Palavras

Radical Há dois processos pelos quais se formam as palavras: Deri-


vação e Composição. A diferença é que na derivação, partimos
É a forma mínima que indica o sentido básico da palavra. sempre de um único radical, enquanto na composição sempre
Com o radical formamos famílias de palavras. haverá mais de um radical.
Derivação: processo pelo qual se obtém uma palavra nova
Exemplos: (derivada), a partir de outra já existente, (primitiva).
Moço – moça – moçada – mocinha – moçoila - remoçar Exemplo: Terra (enterrar, terráqueo, aterrar). Observamos
que “terra” não se forma de nenhuma outra palavra, mas, pos-
Desinência sibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um
sufixo ou prefixo. Sendo assim, terra e palavra primitiva, e as
Elementos colocados no final das palavras para indicar as- demais, derivadas.
pectos gramaticais. As desinências são de dois tipos:
Tipos de Derivação
- nominal: indica o gênero (masculino/feminino) e o nú-
mero (singular/plural) dos substantivos, adjetivos pronomes e - Prefixal ou Prefixação: acréscimo de prefixo à palavra pri-
numerais. mitiva, e tem o significado alterado: rever; infeliz, desamor.

22
LÍNGUA PORTUGUESA

- Sufixal ou Sufixação: acréscimo de sufixo à palavra primi- Assinale a alternativa que faz um comentário correto sobre
tiva, pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe o processo de formação das palavras usadas nesse trecho.
gramatical: amoroso, felizmente, menininho. a) As palavras “amigo e amantes” são formadas por prefi-
A derivação sufixal pode ser: xação.
Nominal: formando substantivos e adjetivos: riso – risonho. b) As palavras “paraenses e participantes” são formadas por
Verbal: formando verbos: atual - atualizar. sufixação.
Adverbial: formando advérbios de modo: feliz – felizmente. c) A palavra “boteco” é formada por derivação a partir da
palavra “bote”.
- Parassintética ou Parassíntese: a palavra derivada resulta d) As palavras “culinária e petiscos” são formadas por deri-
do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. vação regressiva.
Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e ad- e) A palavra “comercializando” é formada por aglutinação
jetivos) e verbos. A presença de apenas um desses afixos não é de “comer+comércio”.
suficiente para formar uma nova palavra.
Exemplos: 02. Pref. de Chapecó/SC - Engenheiro de Trânsito – 2016
– IOBV
Esfriar, esquentar, amadurecer.
“Infelizmente as cheias de 2011 castigaram de forma severa
- Derivação Regressiva: uma palavra é formada não por o Vale do Itajaí.”
acréscimo, mas por redução: trabalhar – trabalho, castigar – cas- Na frase acima (elaborada para fins de concurso) temos o
tigo. caso da expressão “Infelizmente”. A palavra pode ser assim de-
composta: in + feliz + mente. Aponte qual a função da partícula
- Derivação Imprópria: ocorre quando determinada pala- in dentro do processo de estruturação das palavras.
vra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, a) Radical.
muda de classe gramatical. Assim: b) Sufixo.
- Adjetivos passam a substantivos c) Prefixo.
- Particípios passam a substantivos ou adjetivos d) Interfixo.
- Infinitivos passam a substantivos
- Substantivos passam a adjetivos 03. (Pref. de Teresina/PI - Professor – Português – NUCE-
- Adjetivos passam a advérbios: Falei baixo para que nin- PE/2016)
guém escutasse.
- Palavras invariáveis passam a substantivos
Aceita um cafezinho
- Substantivos próprios tornam-se comuns
Ó Estrangeiro, ó peregrino, ó passante de pouca esperança
Composição: processo que forma palavras compostas, pela
- nada tenho para te dar, também sou pobre e essas terras não
junção de dois ou mais radicais. São dois tipos:
são minhas. Mas aceita um cafezinho.
A poeira é muita, e só Deus sabe aonde vão dar esses cami-
- Justaposição: ao juntar duas ou mais palavras ou radicais,
nhos. Um cafezinho, eu sei, não resolve o teu destino; nem faz
não há alteração fonética: televisão, quinta-feira, girassol, cou-
esquecer tua cicatriz.
ve-flor.
Mas prova.... Bota a trouxa no chão, abanca-te nesta pedra
- Aglutinação: quando pelo menos uma das palavras que e vai preparando o teu cigarro...
formam o composto apresenta alteração em sua forma: aguar- Um minuto apenas, que a água já está fervendo e as xícaras
dente (água + ardente), vinagre (vinho + acre), planalto (plano já tilintam na bandeja. Vai sair bem coado e quentinho.
+ alto). Não é nada, não é nada, mas tu vais ver: serão mais alguns
quilômetros de boa caminhada... E talvez uma pausa em teu ge-
QUESTÕES mido!
Um minutinho, estrangeiro, que teu café já vem cheirando...
01. IF/PA - Auxiliar em Administração – 2016 - FUNRIO (Aníbal Machado)
Na palavra cafezinho temos os seguintes elementos mór-
“Chegou o fim de semana. É tempo de encontrar os amigos ficos
no boteco e relaxar, mas a crise econômica vem deixando muitos a) radical, vogal temática e sufixo.
paraenses de cabeça quente. Para ajudar o bolso dos amantes b) radical, consoante de ligação e sufixo.
da culinária de raiz, os bares participantes do Comida di Buteco c) radical e sufixo.
estão comercializando os petiscos preparados exclusivamente d) radical e vogal temática.
para o concurso com um preço reduzido. O preço máximo é de e) radical e consoante de ligação.
R$ 25,90.”
(O LIBERAL, 23 de abril de 2016)

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LÍNGUA PORTUGUESA

04. BAHIAGÁS - Analista de Processos Organizacionais - Os artigos podem ser:


Administração e Psicologia – 2017 – IESES - definidos: o, a, os, as (Determinam os substantivos de for-
Assinale a alternativa em que todas as palavras estão IN- ma particular).
CORRETAS: - indefinidos: um, uma, uns, umas (Determinam os substan-
a) Luminescência; transparência; ascendência; maledicên- tivos de forma inespecífica).
cia; flatulência.
b) Dizêssemos; troucéssemos; portãozinhos; quizéreis; pu- Exemplos:
zesse. Comprei o carro. (Um carro específico)
c) Assessorássemos; indenidade; dissesses; entre ti e nós; Comprei um carro. (Um carro qualquer)
fizesse.
d) Beleza; sutileza; pobreza; destreza; natureza. Artigo Definido
e) Interdisciplinaridade; transitoriedade; notoriedade; titu-
laridade; liminaridade. Indica um substantivo específico, determinado. Dependen-
do da flexão de gênero e de número, assume as formas o, a, os,
05. Pref. de Aragoiânia/GO - Biólogo – 2017 – Itame as.

O irreverente cantor não agradou o público local. Observe as possíveis variações de gênero e número:

Aponte a alternativa em que o prefixo das palavras não O professor me repreendia.


apresenta o significado existente no prefixo da palavra destaca- A professora me repreendia.
da acima: Os professores me repreendiam.
a) desgoverno / ilegal
b) infiel / imoral Artigo Indefinido
c) anormal / destemor
d) imigrante / ingerir Indica m ser qualquer dentre outros da mesma espécie. De-
Parte inferior do formulário pendendo da flexão de gênero e de número, assume as formas
um, uma, uns, umas.
06. IF/BA - Auxiliar em Administração – 2016 – FUNRIO
Todas as palavras abaixo têm prefixo e sufixo, exceto este Observe as possíveis variações de gênero e número, usan-
verbo: do o mesmo exemplo anterior:
a) destinar.
b) desfivelar. Um professor me repreendia.
c) desfavorecer. Uma professora me repreendia.
d) desbanalizar. Uns professores me repreendiam.
e) despraguejar.
Além das formas simples, os artigos apresentam formas
RESPOSTAS combinadas com preposições. O artigo definido combina-se
com as preposições a, de, em, por, originando, por exemplo, as
formas ao, do, nas, pelos, etc.
01 B
Quando o artigo definido feminino (a, as) aparece combi-
02 C nado com a preposição a, temos um caso que merece destaque
03 A especial: a essa fusão de duas vogais idênticas, graficamente re-
presentada por um a com acento grave (à, às), dá-se o nome de
04 B crase.
05 D
06 A Exemplo:
Eles lançaram um alerta à nação. (à = preposição a + artigo
definido a)
FUNÇÕES DAS CLASSES DE PALAVRAS.
O artigo indefinido combina-se com as preposições em e
de, originando, por exemplo, as formas num, numas, duns, etc.
CLASSES GRAMATICAIS
SUBSTANTIVO
ARTIGO
Os substantivos nomeiam seres, coisas, ideias. Como pala-
vra variável, apresenta flexões de gênero, número e grau.
Artigo é a palavra que colocamos antes dos substantivos,
com a finalidade de determina-los e especificarmos seu gênero
Classificação
e número.

24
LÍNGUA PORTUGUESA

Substantivo Comum: Designa os seres de uma espécie de Número


forma genérica: casa, felicidade, mesa, criança, etc.
São classificados em:
Substantivo Próprio: Designa um ser específico, determina-
do, como: Recife, Mariana, Brasil, etc. Singular: palavra que designa uma única coisa, pessoa ou
um grupo, por exemplo: cama, homem.
Substantivo Concreto: Designa seres propriamente ditos Plural: palavra que designa várias coisas, pessoas ou gru-
(pessoas, objetos, lugares), independentemente de sua existên- pos, por exemplo: camas, homens.
cia real. Assim sendo, são exemplos: fada, saci, mesa, cinema,
etc. Grau

Substantivo Abstrato: Designa ações qualidades, ou esta- São classificados em aumentativo e diminutivo:
dos, tomados como seres. Indica coisas que não existem por si,
que são resultado de uma abstração. É o caso de felicidade, po- Aumentativo: Indica o aumento do tamanho de algum ser
breza, caridade, etc.. ou alguma coisa. Divide-se em:
Formação dos substantivos - Analítico: substantivo acompanhado de adjetivo que indi-
ca grandeza, por exemplo: menino grande.
Substantivo Primitivo: erve de base para a formação de ou- - Sintético: substantivo com acréscimo de um sufixo indica-
tros substantivos. Exemplo: rosa, pedra, gelo, etc. dor de aumento, por exemplo: meninão.
Diminutivo: Indica a diminuição do tamanho de algum ser
Substantivo Derivado: É formado a partir de um substanti- ou alguma coisa. Divide-se em:
vo primitivo, como: roseiral, pedregulho, geleira, etc. - Analítico: substantivo acompanhado de um adjetivo que
Substantivo Simples: É formado por um só radical, como: indica pequenez, por exemplo: menino pequeno.
janela, livro, trem, etc. - Sintético: substantivo com acréscimo de um sufixo indica-
dor de diminuição, por exemplo: menininho.
Substantivo Composto: É formado por mais de um radical,
como em: arco-íris, arranha-céu, etc. ADJETIVO

Substantivo Coletivo: É coletivo o substantivo no singular Adjetivo é a palavra que modifica o substantivo, atribuindo-
que designa um conjunto de seres da mesma espécie. -lhe um estado, qualidade ou característica.
- buquê – de flores
- alcateia – de lobos Classificação
- elenco – de artistas
- legião – de soldados Simples - formado por um só radical. Exemplo: bonita.
Composto - formado por mais de um radical. Exemplo: lati-
Gênero no-americano.
Primitivo - não deriva de outra palavra. Exemplo: claro,
De acordo com o gênero (feminino e masculino) das pala- grande.
vras substantiva, são classificadas em: Derivado - tem origem em outra palavra. Exemplo: toleran-
te (vem de tolerar).
Substantivos Biformes: apresentam duas formas, uma para Pátrio - é o que se refere a países, estados, cidades, etc.
o masculino e outra para o feminino. Exemplo: médico e médica; Exemplo: brasileiro, mineiro, carioca, etc.
namorado e namorada.
Locução Adjetiva
Substantivos Uniformes: somente um termo especifica os
dois gêneros (masculino e feminino), sendo classificados em: É toda reunião de duas ou mais palavras com valor de uma
- Epicenos: palavra que apresenta somente um gênero e só. Geralmente, as locuções adjetivas são formadas por uma
refere-se aos animais, por exemplo: baleia (macho ou fêmea). preposição e um substantivo, ou uma preposição e um advér-
- Sobrecomum: palavra que apresenta somente um gênero bio.
e refere-se às pessoas, por exemplo: criança (masculino e femi- Exemplos:
nino). - dente de cão (= canino)
- Comum de dois gêneros: termo que se refere aos dois gê- - água de chuva (= pluvial)
neros (masculino e feminino), identificado por meio do artigo - pneus de trás (= traseiro)
que o acompanha, por exemplo: “o dentista” e “a dentista”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Flexão Fracionários: Indicam a diminuição das proporções numé-


ricas, ou seja, representam uma parte de um todo. Exemplo,
Gêneros meio, terço, quarto, quinto…

- Adjetivos Uniformes: uma forma para os dois gêneros (fe- Multiplicativos: Determina o aumento da quantidade por
minino e masculino). Exemplo: alegre. meio de múltiplos. Exemplo, dobro, triplo, quádruplo, quíntu-
- Adjetivos Biformes: varia conforme o gênero (masculino e plo…
feminino). Exemplo: dengoso, dengosa.
Coletivos: Número exato que faz referência a um conjunto
Número de seres. Exemplo: dúzia (conjunto de 12), dezena (conjunto de
10), centena (conjunto de 100), semestre (conjunto de 6), bi-
Os adjetivos podem vir no singular ou plural, concordando mestre (conjunto de 2).
com o número do substantivo referido. Assim, a sua formação é
parecida à dos substantivos.
Cardinal Ordinal Cardinal Ordinal
Grau Um Primeiro Vinte Vigésimo
Dois Segundo Trinta Trigésimo
São classificados em:
Três Terceiro Cinquenta Quinquagésimo
- Grau Comparativo: utilizado para comparar qualidades. Quatro Quarto Sessenta Sexagésimo
Cinco Quinto Oitenta Octogésimo
Comparativo de Igualdade – Chocolate é tão bom quanto
pizza. Seis Sexto Cem Centésimo
Comparativo de Superioridade – Rui é mais esforçado que Sete Sétimo Quinhentos Quingentésimo
Marcos.
Comparativo de Inferioridade – Mariana é menos feliz que Oito Oitavo Setecentos Setingentésimo
Paula. Nove Nono Novecentos Noningentésimo
- Grau Superlativo - utilizado para intensificar qualidades. Dez Décimo Mil Milésimo
Superlativo Absoluto:
PRONOME
Analítico - A casa é extremamente luxuosa.
Sintético - Larissa é organizadíssima.
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o subs-
Superlativo Relativo de:
tantivo, indicando sua posição em relação às pessoas do discur-
Superioridade - A cidade é a mais bonita da região.
Inferioridade - Este computador é o menos moderno do so ou mesmo situando-o no espaço e no tempo.
escritório.
Pronomes Pessoais
Somente seis adjetivos têm o grau comparativo de superio-
ridade sintético. Veja-os: Retos – têm função de sujeito da oração: eu, tu, ele, nós,
vós, eles.
bom – melhor Oblíquos têm função de complemento do verbo (objeto di-
mau – pior reto / objeto indireto) ou as, lhes. - Ele viajará conosco. (elepro-
grande – maior nome reto / vaiverbo / conosco complemento nominal).
pequeno – menor - tônicos com preposição: mim, comigo, ti, contigo,si, consi-
alto – superior go, conosco, convosco;
baixo – inferior - átonos sem preposição: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos,
NUMERAL os,pronome oblíquo)
Pronomes de Tratamento
O numeral é a palavra que indica, em termos numéricos,
um número exato ou a posição que tal coisa ocupa numa série. Dependendo da pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo,
idade, título, o tratamento será familiar ou cerimonioso: Vossa
Classificação Alteza (V.A.) - príncipes, duques; Vossa Eminência (V.Ema) - car-
deais; Vossa Excelência (V.Ex.a) - altas autoridades, presidente,
Cardinais: Forma básica dos números, indicam contagem, oficiais; Vossa Magnificência (V.Mag.a) - reitores de universida-
medida. Exemplo, um, dois, três… des; Vossa Majestade (V.M.) – reis, imperadores; Vossa Santida-
de (V.S.) - Papa; Vossa Senhori (V.Sa) - tratamento cerimonioso.
Ordinais: Indica ordem de uma sequência. Exemplo, primei-
ro, segundo, terceiro… - Além desses, são pronomes de tratamento: senhor, senho-
ra, senhorita, dona, você.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- A forma Vossa (Senhoria, Excelência) é empregada quando Pronomes Indefinidos


se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não compareceu à
reunião dos semterra? (falando com a pessoa) Empregados na 3ª pessoa do discurso, o próprio nome já
- A forma Sua (Senhoria, Excelência ) é empregada quando mostra que os pronomes indefinidos substituem ou acompa-
se fala sobre a pessoa: Sua Eminência, o cardeal, viajou paraum nham o substantivo de maneira vaga ou imprecisa.
Congresso. (falando a respeito do cardeal)

Pronomes Possessivo Classificação Pronomes Indefinidos

Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a algum, alguma, alguns, algumas, nenhum,
ideia de posse, por exemplo: Esse carro é seu? nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito,
muita, muitos, muitas, pouco, pouca,
poucos, poucas, todo, toda, todos, todas,
Pessoas Verbais Pronomes Possessivos outro, outra, outros, outras, certo, certa,
Variáveis
certos, certas, vário, vária, vários, várias,
1ª pessoa do singular meu, minha (singular); meus, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto,
(eu) minhas (plural) quanta, quantos, quantas, qualquer,
quaisquer, qual, quais, um, uma, uns,
2ª pessoa do singular teu, tua (singular); teus, tuas umas.
(tu, você) (plural)
quem, alguém, ninguém, tudo, nada,
Invariáveis
3ª pessoa do singular seu, sua (singular); seus, suas outrem, algo, cada.
(ele/ela) (plural)
Pronomes Relativos
1ª pessoa do plural nosso, nossa (singular); nossos,
(nós) nossas (plural) Os pronomes relativos se referem a um substantivo já dito
anteriormente na oração. Podem ser palavras variáveis e inva-
2ª pessoa do plural vosso, vossa (singular); vossos, riáveis. Essa palavra da oração anterior chamase antecedente:
(vós, vocês) vossas (plural) Viajei para uma cidade que é muito pequena. ercebese que o
pronome relativo que, substitui na 2ª oração, a cidade, por isso
3ª pessoa do plural seu, sua (singular); seus, suas a palavra que é um pronome relativo.
(eles/elas) (plural) São divididos em:
Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja,
Pronomes Demonstrativos cujas, quanto, quantos;
Invariáveis: que, quem, quando, como, onde.
Os pronomes demostrativos são utilizados para indicar algo.
Reúnem palavras variáveis (esse, este, aquele, essa, esta, aque- Pronomes Interrogativos
la) e invariáveis (isso, isto, aquilo).
São palavras variáveis e invariáveis empregadas para formu-
Relação ao tempo lar perguntas diretas e indiretas.
Este (s), esta (s), isto: indicam o tempo presente em relação
ao momento em que se fala. Exemplo: Esta semana é a última
antes da prova. Pronomes
Classificação Exemplos
Esse (s), essa (s), isso: indicam tempo no passado ou no fu- Interrogativos
turo. Exemplos: Onde você foi esse feriado? / Serei reconhecido
pelo meu esforço. Quando esse dia chegar, estarei satisfeito. Quanto custa?
qual, quais,
Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam um tempo distante Variáveis quanto, quantos,
em relação ao momento em que se fala. Exemplo: Lembro-me Quais sapatos
quanta, quantas.
bem aquele tempo em que viajávamos de trem. você prefere?

Relação ao espaço Quem estragou


Este (s), esta (s), isto: o ser ou objeto que está próximo da meu vestido?
pessoa que fala. Exemplo: Este é o meu filho. Invariáveis quem, que.
Esse (s), essa (s), isso: a pessoa ou a coisa próxima daquela Que problema
com quem falamos ou para quem escrevemos. Exemplo: Por fa- ocorreu?
vor, poderia passar esse copo?
Aquele (s), aquela (s), aquilo: o ser ou objeto que está longe
de quem fala e da pessoa de quem se fala (3ª pessoa). Exemplo:
Com licença, poderia dizer o preço daquele casaco?

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LÍNGUA PORTUGUESA

VERBO Formas nominais

Exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da Temos três formas nominais: Infinitivo, gerúndio e particí-
natureza e possui inúmeras flexões, de modo que a sua conjuga- pio, e são assim chamadas por desempenhar um papel parecido
ção é feita em relação as variações de pessoa, número, tempo, aos dos substantivos, adjetivos ou advérbios e, sozinhas, não se-
modo, voz e aspeto. rem capazes de expressar os modos e tempos verbais.

Os verbos estão agrupados em três conjugações: Infinitivo


1ª conjugação – ar: amar, caçar, começar.
2ª conjugação – er: comer, derreter, beber. Pessoal: Refere às pessoas do discurso. Não é flexionado
3ª conjugação – ir: curtir, assumir, abrir. nas 1ª e 3ª pessoas do singular e flexionadas nas demais:
Estudar (eu) – não flexionado
O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor, compor, Estudares (tu) – flexionado
impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua origem latina Estudar(ele) – não flexionado
poer. Estudarmos (nós) – flexionado
Estudardes (voz) – flexionado
Pessoas: 1ª, 2ª e 3ª pessoa, em 2 situações: singular e plu- Estudarem (eles) – flexionado
ral.
1ª pessoa do singular – eu; ex.: eu viajo Impessoal: É o infinitivo impessoal quando não se refere às
2ª pessoa do singular – tu; ex.: tu viajas pessoas do discurso. Exemplos: caminhar é bom. (a caminhada
3ª pessoa do singular – ele; ex.: ele viaja é boa); É proibido fumar. (é proibido o fumo)
1ª pessoa do plural – nós; ex.: nós viajamos
2ª pessoa do plural – vós; ex.: vós viajais Gerúndio
3ª pessoa do plural – eles; ex.: eles viajam
Caracteriza-se pela terminação -ndo. O verbo não se flexio-
Tempos do Verbo na e pode exercer o papel de advérbio e de adjetivo.

Presente: Ocorre no momento da fala. Ex.: trabalha Exemplo: Ela estava trabalhando quando telefonaram.
Pretérito: Ocorrido antes. Ex.: trabalhou
Futuro: Ocorrido depois. Ex.: trabalhará Particípio
O pretérito subdivide-se em:
- Perfeito: Ação acabada. Ex.: Eu limpei a sala. Pode ser regular e irregular.
Particípio regular: se caracteriza pela terminação -ado, -ido.
- Imperfeito: Ação inacabada no momento a que se refere à
narração. Ex.: Ele ficou no hospital por dias.
Exemplo: Eles tinham partido em uma aventura sem fim.
- Mais-que-perfeito: Ação acabada, ocorrida antes de outro
fato passado. Ex.: Para ser mais justo, ele partira o bolo em fatias
Particípio irregular: pode exercer o papel de adjetivo.
pequenas.
Exemplo: Purê se faz com batata cozida.
O futuro subdivide-se em:
- Futuro do Presente: Refere-se a um fato imediato e certo.
Por apresentar mais que uma forma, o particípio é classi-
Ex.: Participarei do grupo. ficado como verbo abundante. É importante lembrar que nem
- Futuro do Pretérito: Pode indicar condição, referindo-se todos os verbos apresentam duas formas de particípio: (aberto,
a uma ação futura, ligada a um momento já passado. Ex.: Iria coberto, escrever).
ao show se tivesse dinheiro. (Indica condição); Ele gostaria de
assumir esse compromisso. Tempos Simples e Tempos Compostos
Modos Verbais Tempos simples: formados apenas pelo verbo principal.

Indicativo: Mostra o fato de maneira real, certa, positiva. Indicativo:


Ex.: Eu falo alemão. Presente - canto, vendo, parto, etc.
Subjuntivo: Pode exprimir um desejo e apresenta o fato Pretérito perfeito - cantei, vendi, parti, etc.
como possível ou duvidoso, hipotético. Ex.: Se eu tivesse dinhei- Pretérito imperfeito - cantava, vendia, partia, etc.
ro, compraria um carro. Pretérito mais-que-perfeito - cantara, vendera, partira, etc.
Imperativo: Exprime ordem, conselho ou súplica. Ex.: Des- Futuro do presente - cantarei, venderei, partirei, etc.
canse bastante nestas férias. Futuro do pretérito - cantaria, venderia, partiria, etc.

Subjuntivo: apresenta o fato, a ação, mas de maneira incer-


ta, imprecisa, duvidosa ou eventual.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Presente - cante, venda, parta, etc. Intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em exces-
Pretérito imperfeito - cantasse, vendesse, partisse, etc. so, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão,
Futuro - cantar, vender, partir. tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de
todo, de muito, por completo, bem (quando aplicado a proprie-
Imperativo: Ao indicar ordem, conselho, pedido, o fato ver- dades graduáveis).
bal pode expressar negação ou afirmação. São, portanto, duas
as formas do imperativo: Lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás,
- Imperativo Negativo (Formado pelo presente do subjunti- além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aon-
vo): Não abram a porta. de, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora,
- Imperativo Afirmativo (Formado do presente do subjunti- alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância,
vo, com exceção da 2ª pessoas do singular e do plural, que são a distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquer-
retiradas do presente do indicativo sem o “s”. Ex: Anda – Ande da, ao lado, em volta.
– Andemos – Andai – Andem: Abram a porta.
Tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, ama-
Obs.: O imperativo não possui a 1ª pessoa do singular, pois nhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravan-
não se prevê a ordem, conselho ou pedido a si mesmo. te, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal,
amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente,
Tempos compostos: Formados pelos auxiliares ter ou haver. primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à
tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de
Infinitivo: quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tem-
Pretérito impessoal composto - ter falado, ter vendido, etc. pos, em breve, hoje em dia.
Pretérito pessoal composto - ter (teres) falado, ter (teres)
vendido. Negação: Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de for-
Gerúndio pretérito composto – tendo falado, tendo vendi- ma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
do.
Dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavelmente,
Indicativo: quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe.
Pretérito perfeito composto - tenho cantado, tenho vendi-
do, etc. Afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efetiva-
Pretérito mais-que-perfeito composto - tinha cantado, tinha mente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubitavel-
vendido, etc. mente.
Futuro do presente composto - terei cantado, terei vendido,
etc. Exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente,
Futuro do pretérito composto - teria cantado, teria vendido, simplesmente, só, unicamente.
etc. Inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também.
Subjuntivo:
Interrogação: porque? (causa), quanto? (preço e intensida-
Pretérito perfeito composto - tenha cantado, tenha vendi-
de), onde? (lugar), como? (modo), quando? (tempo), para que?
do, etc.
(finalidade).
Pretérito mais-que-perfeito composto - tivesse cantado, ti-
vesse vendido, etc.
Ordem: Depois, primeiramente, ultimamente.
Futuro composto - tiver cantado, tiver vendido, etc.
Designação: Eis
ADVÉRBIO

São palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou ou- Flexão


tro advérbio.
Classificação dos Advérbios São consideradas palavras invariáveis por não terem flexão
de número (singular e plural) e gênero (masculino, feminino);
Modo: Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, entretanto, são flexionadas nos graus comparativo e superlativo.
acinte, debalde, devagar, ás pressas, às claras, às cegas, à toa, Grau Comparativo: O advérbio pode caracterizar relações
à vontade, às escondas, aos poucos, desse jeito, desse modo, de igualdade, inferioridade ou superioridade. Para indicar esse
dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de grau utilizam as formas tão…quanto, mais…que, menos…que.
cor, em vão e a maior parte dos que terminam em -mente: Pode ser:
calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, - de igualdade. Ex.: Enxergo tão bem quanto você.
amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamen- - de superioridade. Ex.: Enxergarei melhor que você.
te, generosamente. - de inferioridade. Ex.: Enxergaremos pior que você.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Grau Superlativo: A circunstância aparecerá intensificada. - Combinação: A preposição não sofre alteração.
Pode ser formado tanto pelo processo sintético (acréscimo de preposição a + artigos definidos o, os
sufixo), como pelo analítico (outro advérbio estará indicando o a + o = ao
grau superlativo). preposição a + advérbio onde
a + onde = aonde
- superlativo (ou absoluto) sintético: Acréscimo de sufixo.
Ex.: Este conteúdo é facílimo. - Contração: Quando a preposição sofre alteração.
- superlativo (ou absoluto) analítico: Precisamos de um ad- Preposição + Artigos
vérbio de intensidade. Ex.: Este conteúdo é muito fácil. De + o(s) = do(s)
De + a(s) = da(s)
Ao empregamos dois ou mais advérbios terminados em – De + um = dum
mente, acrescentamos o sufixo apenas no último. Ex.: Muito fez De + uns = duns
pelo seu povo; trabalhou duro, árdua e ininterruptamente. De + uma = duma
De + umas = dumas
PREPOSIÇÃO Em + o(s) = no(s)
Em + a(s) = na(s)
Palavra invariável que liga dois termos da oração, numa Em + um = num
relação de subordinação donde, geralmente, o segundo termo Em + uma = numa
subordina o primeiro. As preposições estabelecem a coesão tex- Em + uns = nuns
tual e possuem valores semânticos indispensáveis para a com- Em + umas = numas
preensão do texto. A + à(s) = à(s)
Por + o = pelo(s)
Tipos de Preposição Por + a = pela(s)

Lugar: O voo veio de São Francisco. - Preposição + Pronomes


Modo: Os alunos eram colocados em carteiras. De + ele(s) = dele(s)
Tempo: Ele viajou por três anos. De + ela(s) = dela(s)
Distância: A vinte quilômetros daqui há um pedágio. De + este(s) = deste(s)
Causa: Parou de andar, pois estava com sede. De + esta(s) = desta(s)
Instrumento: Ela cortou o bolo com uma faca pequena. De + esse(s) = desse(s)
De + essa(s) = dessa(s)
Finalidade: A igreja foi enfeitada para o casamento.
De + aquele(s) = daquele(s)
De + aquela(s) = daquela(s)
Classificação
De + isto = disto
De + isso = disso
As preposições podem ser divididas em dois grupos:
De + aquilo = daquilo
- Preposições Essenciais –palavras que só funcionam como
De + aqui = daqui
preposição, a saber: a, ante, após, até, com, contra, de, desde,
De + aí = daí
em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
De + ali = dali
- Preposições Acidentais –palavras de outras classes grama- De + outro = doutro(s)
ticais que, podem funcionar como preposição, a saber: afora, De + outra = doutra(s)
como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, Em + este(s) = neste(s)
salvo, segundo, visto etc. Em + esta(s) = nesta(s)
Em + esse(s) = nesse(s)
Locuções prepositivas: são formadas por duas ou mais pa- Em + aquele(s) = naquele(s)
lavras com o valor de preposição, sempre terminando por uma Em + aquela(s) = naquela(s)
preposição, por exemplo: Abaixo de, acerca de, acima de, ao Em + isto = nisto
lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, Em + isso = nisso
em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por Em + aquilo = naquilo
causa de, por cima de, por trás de. A + aquele(s) = àquele(s)
A + aquela(s) = àquela(s)
A preposição é invariável. Porém, pode unir-se a outras pa- A + aquilo = àquilo
lavras e estabelecer concordância em gênero ou em número.
Ex.: por + o = pelo; por + a = pela. INTERJEIÇÃO
Essa concordância não é característica da preposição e sim
das palavras a que se ela se une. Esse processo de junção de É uma palavra invariável, que representa um recurso da lin-
uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois guagem afetiva, expressando sentimentos, sensações, estados
processos: de espírito, sempre acompanhadas de um ponto de exclamação
(!).

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LÍNGUA PORTUGUESA

As interjeições são consideradas “palavras-frases” na me- -Conjunções Aditivas: Exprimem soma, adição de pensa-
dida em que representam frases-resumidas, formadas por sons mentos: e, nem, não só...mas também, não só...como também.
vocálicos (Ah! Oh! Ai!), por palavras (Droga! Psiu! Puxa!) ou por
um grupo de palavras, nesse caso, chamadas de locuções inter- Exemplo: João não lê nem escreve.
jetivas (Meu Deus! Ora bolas!).
-Conjunções Adversativas: Exprimem oposição, contraste,
Tipos de Interjeições compensação de pensamentos: mas, porém, contudo, entre-
tanto, no entanto, todavia.
Mesmo não havendo uma classificação rigorosa, já que a
mesma interjeição pode expressar sentimentos ou sensações Exemplo: Não viajamos, porém, poupamos dinheiro.
diferentes, as interjeições ou locuções interjetivas são classifi-
cadas em: -Conjunções Alternativas: Exprimem escolha de pensamen-
tos: ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, seja...seja.
Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Calma!, De-
vagar!, Sentido!, Vê bem!, Volta aqui! Exemplo: Ou você casa, ou compra uma bicicleta.
Afugentamento: Fora!, Toca!, Xô!, Passa!, Sai!, Roda!, Arre-
da!, Rua!, Cai fora!, Vaza! Conjunções Conclusivas: Exprimem conclusão de pensa-
Agradecimento: Graças a Deus!, Obrigado!, Agradecido!, mento: logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo), por-
Muito obrigada!, Valeu! tanto, por conseguinte, assim.
Alegria: Ah!, Eh!, Oh!, Oba!, Eba!, Viva!, Olá!, Eita!, Uhu!,
Que bom! Exemplo: Estudou bastante, portanto será aprovado.
Alívio: Ufa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem!
Ânimo: Coragem!, Força!, Ânimo!, Avante!, Vamos!, Firme!, -Conjunções Explicativas: Exprimem razão, motivo: que,
Bora! porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto,
Apelo: Socorro!, Ei!, Ô!, Oh!, Alô!, Psiu!, Olá!, Eh! por conseguinte.
Aplauso: Muito bem!, Bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!, Isso!,
Parabéns!, Boa! Exemplo: Não pode ligar, pois estava sem bateria.
Chamamento: Alô!, Olá!, Hei!, Psiu!, ô!, oi!, psiu!
Concordância: Claro!, Sem dúvida!, Então!, Sim!, Pois não!, Conjunções Subordinativas: Ligam orações dependentes
Tá!, Hã-hã! uma da outra.
Contrariedade: Droga!, Credo!
Desculpa: Perdão!, Opa!, Desculpa!, Foi mal! -Conjunções Integrantes: Introduzem orações subordinadas
Desejo: Oxalá!, Tomara!, Queira Deus!, Quem me dera! com função substantiva: que, se.
Despedida: Adeus!, Até logo!, Tchau!, Até amanhã!
Dor: Ai!, Ui!, Ah!, Oh!, Meu Deus!, Ai de mim! Exemplo: Quero que sejas muito feliz.
Dúvida: Hum?, hem?, hã?, Ué!
-Conjunções Causais: Introduzem orações subordinadas que
Espanto: Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa!, Caramba!, Xi!, Meu
dão ideia de causa: que, porque, como, pois, visto que, já que,
Deus!, Crê em Deus pai!
uma vez que.
Estímulo: Ânimo!, Coragem!, Vamos!, Firme!, Força!
Exemplo: Como tive muito trabalho, não pude ir à festa.
Medo: Oh!, Credo!, Cruzes!, Ui!, Ai!, Uh!, Socorro!, Que
medo!, Jesus!
-Conjunções Comparativas: Introduzem orações subordina-
Satisfação: Viva!, Oba!, Boa!, Bem!, Bom!
das que dão ideia de comparação: que, do que, como.
Saudação: Alô!, Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!, Salve!
Silêncio: Psiu!, Shh!, Silêncio!, Basta!, Calado!, Quieto!, Bico
Exemplo: Meu cachorro é mais inteligente do que o seu.
fechado!
-Conjunções Concessivas: Iniciam orações subordinadas que
CONJUNÇÃO exprimem um fato contrário ao da oração principal: embora,
ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que,
É um termo que liga duas orações ou duas palavras de mes- por mais que, por melhor que.
mo valor gramatical, estabelecendo uma relação (de coordena-
ção ou subordinação) entre eles. Exemplo: Vou ao mercado, embora esteja sem muito di-
nheiro.
Classificação -Conjunções Condicionais: Iniciam orações subordinadas
que exprimem hipótese ou condição para que o fato da oração
Conjunções Coordenativas: Ligam duas orações indepen- principal se realize ou não: caso, contanto que, salvo se, desde
dentes. que, a não ser que.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Exemplo: Se não chover, irei à festa.

-Conjunções Conformativas: Iniciam orações subordinadas que exprimem acordo, concordância de um fato com outro: segundo,
como, conforme.

Exemplo: Cada um oferece conforme ganha.

-Conjunções Consecutivas: Iniciam orações subordinadas que exprimem a consequência ou o efeito do que se declara na oração
principal: que, de forma que, de modo que, de maneira que.

Exemplo: Estava tão linda, de modo que todos pararam para olhar.

-Conjunções Temporais: Iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo: logo que, antes que, quando, assim que, sempre
que.

Exemplo: Quando as visitas chegarem, comporte-se.

-Conjunções Finais: Iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade: a fim de que, para que.

Exemplo: Estudou a fim de conseguir algo melhor.

-Conjunções Proporcionais: Iniciam orações subordinadas que exprimem concomitância, simultaneidade: à medida que, à propor-
ção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto menor, quanto melhor.

Exemplo: Ao passo que cresce, sua educação diminui.

QUESTÕES

01. IF-AP – Auxiliar em Administração – 2016 - FUNIVERSA

No segundo quadrinho, correspondem, respectivamente, a substantivo, pronome, artigo e advérbio:


a) “guerra”, “o”, “a” e “por que”.
b) “mundo”, “a”, “o” e “lá”.
c) “quando”, “por que”, “e” e “lá”.
d) “por que”, “não”, “a” e “quando”.
e) “guerra”, “quando”, “a” e “não”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

02. MPE/SP - Oficial de Promotoria I – 2017 - VUNESP 04. Prefeitura de Barra de Guabiraba/PE - Nível Funda-
mental Completo – 2016 - IDHTEC
Japão irá auxiliar Minas Gerais com a experiência no en- Assinale a alternativa em que o numeral está escrito por
frentamento de tragédias extenso corretamente, de acordo com a sua aplicação na frase:
a) Os moradores do bairro Matão, em Sumaré (SP), temem
Acostumados a lidar com tragédias naturais, os japoneses que suas casas desabem após uma cratera se abrir na Avenida
costumam se reerguer em tempo recorde depois de catástro- Papa Pio X. (DÉCIMA)
fes. Minas irá buscar experiência e tecnologias para superar a b) O acidente ocorreu nessa terça-feira, na BR-401 (QUA-
tragédia em Mariana TROCENTAS E UMA)
c) A 22ª edição do Guia impresso traz uma matéria e teve a
A partir de janeiro, Minas Gerais irá se espelhar na expe- sua página Classitêxtil reformulada. (VIGÉSIMA SEGUNDA)
riência de enfrentamento de catástrofes e tragédias do Japão, d) Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilíci-
para tentar superar Mariana e recuperar os danos ambientais e ta, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro,
sociais. Bombeiros mineiros deverão receber treinamento por mediante artifício, ardil. (CENTÉSIMO SETÉSIMO PRIMEIRO)
meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), e) A Semana de Arte Moderna aconteceu no início do sécu-
a exemplo da troca de experiências que já acontece no Estado lo XX. (SÉCULO DUCENTÉSIMO)
com a polícia comunitária, espelhada no modelo japonês Koban.
O terremoto seguido de um tsunami que devastou a costa 05. ELETROBRAS-ELETROSUL - Técnico de Segurança do
nordeste do Japão em 2011 deixando milhares de mortos e de- Trabalho – 2016 - FCC
saparecidos, e prejuízos que quase chegaram a US$ 200 bilhões,
foi uma das muitas tragédias naturais que o país enfrentou nos Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a
últimos anos. Menos de um ano depois da catástrofe, no entan- energia solar
to, o Japão já voltava à rotina. É esse tipo de experiência que o
Brasil vai buscar para lidar com a tragédia ocorrida em Mariana. Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é extre-
(Juliana Baeta, http://www.otempo.com.br, 10.12.2015. mo. Sessenta e três graus ou até mais no verão. E foi exatamente
Adaptado) por causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi uma
das maiores usinas de energia solar do mundo.
No trecho – Bombeiros mineiros deverão receber treina- Os Emirados Árabes estão investindo em fontes energéticas
mento... – (1o parágrafo), a expressão em destaque é formada renováveis. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra
por substantivo + adjetivo, nessa ordem. Essa relação também por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem é diversificar e
se verifica na expressão destacada em: poluir menos. Uma aposta no futuro.
a) A imprudente atitude do advogado trouxe-me danos. A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do pa-
b) Entrou silenciosamente, com um espanto indisfarçável. pel a cidade sustentável de Masdar. Dez por cento do planejado
c) Alguma pessoa teve acesso aos documentos da reunião? está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os car-
d) Trata-se de um lutador bastante forte e preparado. ros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As ruas são bem
e) Estiveram presentes à festa meus estimados padrinhos. estreitas para que um prédio faça sombra no outro. É perfeito
para o deserto. Os revestimentos das paredes isolam o calor. E a
03. CISMEPAR/PR - Técnico Administrativo – 2016 - FAUEL direção dos ventos foi estudada para criar corredores de brisa.
(Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignida- tudo movido a energia solar”. Disponível em:http://g1.globo.
de e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-cida-
uns para com os outros em espírito de fraternidade. Todo indiví- de-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html)
duo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Toda
a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, Considere as seguintes passagens do texto:
a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção I. E foi exatamente por causa da temperatura que foi cons-
contra o desemprego”. truída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia solar
do mundo. (1º parágrafo)
De acordo com a gramática da língua portuguesa, adjetivo é II. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por
a palavra que qualifica um substantivo. Aponte a afirmativa que mais 100 anos pelo menos. (2º parágrafo)
contenha somente adjetivos retirados do texto. III. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de
a) livres, iguais, equitativas, satisfatórias. fora. (3º parágrafo)
b) todos, dever, fraternidade, liberdade. IV. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça som-
c) trabalho, ter, direito, desemprego. bra no outro. (3º parágrafo)
d) espírito, seres, nascer, livre. O termo “que” é pronome e pode ser substituído por “o
qual” APENAS em
a) I e II.
b) II e III.

33
LÍNGUA PORTUGUESA

c) I, II e IV. exame trazem desilusão para muitos jovens, e não são poucos
d) I e IV. os que pensam em desistir por causa de um fracasso. A estes
e) III e IV. eu digo: antes de abandonar a luta, pensem em Takeshi Nojima,
pensem na força de seu sonho. Sonhar não é proibido. É um
06. Pref. de Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo – dever.
2017 - IDHTEC (Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não
chegar, 1996. Adaptado)
Morto em 2015, o pai afirma que Jules Bianchi não
__________culpa pelo acidente. Em entrevista, Philippe Bian- Observe as passagens:
chi afirma que a verdade nunca vai aparecer, pois os pilotos – … e agora quer começar uma carreira médica. (2° pará-
__________ medo de falar. “Um piloto não vai dizer nada se grafo);
existir uma câmera, mas quando não existem câmeras, todos – … ele tem 80 anos. Isto mesmo, 80. (3° parágrafo);
__________ até mim e me dizem. Jules Bianchi bateu com seu – Talvez a expectativa de vida não permita… (4° parágrafo).
carro em um trator durante um GP, aquaplanou e não conseguiu
__________para evitar o choque. As expressões destacadas expressam, respectivamente,
(http://espn.uol.com.br/noticia/603278_pai-diz-que-pilo- sentido de
tos-da-f-1-temmedo-de-falar-a-verdade-sobre-o-acidente-fatal- a) lugar, modo e causa.
-de-bianchi) b) tempo, afirmação e dúvida.
c) afirmação, afirmação e dúvida.
Complete com a sequência de verbos que está no tempo, d) tempo, modo e afirmação.
modo e pessoa corretos: e) modo, dúvida e intensidade.
a) Tem – tem – vem - freiar
b) Tem – tiveram – vieram - frear 08. Ceron/RO - Direito – 2016 - EXATUS
c) Teve – tinham – vinham – frenar
d) Teve – tem – veem – freiar A lição do fogo
e) Teve – têm – vêm – frear
1º Um membro de determinado grupo, ao qual prestava
07. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU- serviços regularmente, sem nenhum aviso, deixou de participar
NESP/2016) de suas atividades.
2º Após algumas semanas, o líder daquele grupo decidiu
É permitido sonhar visitá-lo. Era uma noite muito fria. O líder encontrou o homem
em casa sozinho, sentado diante ______ lareira, onde ardia um
Os bastidores do vestibular são cheios de histórias – curio- fogo brilhante e acolhedor.
sas, estranhas, comoventes. O jovem que chega atrasado por 3º Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vin-
alguns segundos, por exemplo, é uma figura clássica, e patética. das ao líder, conduziu-o a uma cadeira perto da lareira e ficou
Mas existem outras figuras capazes de chamar a atenção. quieto, esperando. O líder acomodou-se confortavelmente no
Takeshi Nojima é um caso. Ele fez vestibular para a Faculda- local indicado, mas não disse nada. No silêncio sério que se for-
de de Medicina da Universidade do Paraná. Veio do Japão aos mara, apenas contemplava a dança das chamas em torno das
11 anos, trabalhou em várias coisas, e agora quer começar uma achas da lenha, que ardiam. Ao cabo de alguns minutos, o líder
carreira médica. examinou as brasas que se formaram. Cuidadosamente, selecio-
Nada surpreendente, não fosse a idade do Takeshi: ele tem nou uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a
80 anos. Isto mesmo, 80. Numa fase em que outros já passaram ______ lado. Voltou, então, a sentar-se, permanecendo silen-
até da aposentadoria compulsória, ele se prepara para iniciar cioso e imóvel. O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado
nova vida. E o faz tranquilo: “Cuidei de meus pais, cuidei dos e quieto. Aos poucos, a chama da brasa solitária diminuía, até
meus filhos. Agora posso realizar um sonho que trago da infân- que houve um brilho momentâneo e seu fogo se apagou de vez.
cia”. 4º Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e
Não faltará quem critique Takeshi Nojima: ele está tirando o luz agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de car-
lugar de jovens, dirá algum darwinista social. Eu ponderaria que vão recoberto _____ uma espessa camada de fuligem acinzen-
nem tudo na vida se regula pelo critério cronológico. Há pais tada. Nenhuma palavra tinha sido dita antes desde o protocolar
que passam muito pouco tempo com os filhos e nem por isso cumprimento inicial entre os dois amigos. O líder, antes de se
são maus pais; o que interessa é a qualidade do tempo, não a preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil,
quantidade. Talvez a expectativa de vida não permita ao vesti- colocando-o de volta ao meio do fogo. Quase que imediatamen-
bulando Nojima uma longa carreira na profissão médica. Mas os te ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor dos car-
anos, ou meses, ou mesmo os dias que dedicar a seus pacientes vões ardentes em torno dele. Quando o líder alcançou a porta
terão em si a carga afetiva de uma existência inteira. para partir, seu anfitrião disse:
Não sei se Takeshi Nojima passou no vestibular; a notícia 5º – Obrigado. Por sua visita e pelo belíssimo sermão. Estou
que li não esclarecia a respeito. Mas ele mesmo disse que isto voltando ao convívio do grupo.
não teria importância: se fosse reprovado, começaria tudo de RANGEL, Alexandre (org.). As mais belas parábolas de to-
novo. E aí de novo ele dá um exemplo. Os resultados do difícil dos os tempos –Vol. II.Belo Horizonte: Leitura, 2004.

34
LÍNGUA PORTUGUESA

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacu- RESPOSTAS


nas do texto:
a) a – ao – por. 01 E
b) da – para o – de.
c) à – no – a. 02 B
d) a – de – em. 03 A
04 C
09. IF-PE - Técnico em Enfermagem – 2017 - IF-PE
05 B
Crônica da cidade do Rio de Janeiro 06 E
No alto da noite do Rio de Janeiro, luminoso, generoso, o 07 B
Cristo Redentor estende os braços. Debaixo desses braços os ne- 08 B
tos dos escravos encontram amparo. 09 B
Uma mulher descalça olha o Cristo, lá de baixo, e apontando
seu fulgor, diz, muito tristemente: 10 C
- Daqui a pouco não estará mais aí. Ouvi dizer que vão tirar
Ele daí.
- Não se preocupe – tranquiliza uma vizinha. – Não se preo- FLEXÃO NOMINAL E VERBAL
cupe: Ele volta.
A polícia mata muitos, e mais ainda mata a economia. Na
cidade violenta soam tiros e também tambores: os atabaques, Flexão Nominal
ansiosos de consolo e de vingança, chamam os deuses africanos.
Cristo sozinho não basta. Flexão de número: Os nomes (substantivo, adjetivo etc.),
(GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: de modo geral, admitem a flexão de número: singular e plural:
L&PM Pocket, 2009.) animal – animais.

Na construção “A polícia mata muitos, e mais ainda mata a - Na maioria das vezes, acrescenta-se S: ponte – pontes;
economia”, a conjunção em destaque estabelece, entre as ora- bonito – bonitos.
ções, - Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES: éter –
a) uma relação de adição. éteres; avestruz – avestruzes. O pronome qualquer faz o plural
b) uma relação de oposição. no meio: quaisquer
c) uma relação de conclusão. - Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se ES:
d) uma relação de explicação. ananás – ananases. As paroxítonas e as proparoxítonas são inva-
e) uma relação de consequência. riáveis: o pires − os pires, o ônibus − os ônibus

10. (IF-PE - Auxiliar em Administração – IF-PE/2016) - Palavras terminadas em IL:


átono: trocam IL por EIS: fóssil – fósseis.
A fome/2 tônico: trocam L por S: funil – funis.

Um sistema de desvinculo: Boi sozinho se lambe melhor... O - Palavras terminadas em EL:


próximo, o outro, não é seu irmão, nem seu amante. O outro é átono: plural em EIS: nível – níveis.
um competidor, um inimigo, um obstáculo a ser vencido ou uma tônico: plural em ÉIS: carretel – carretéis.
coisa a ser usada. O sistema, que não dá de comer, tampouco dá
de amar: condena muitos à fome de pão e muitos mais à fome - Palavras terminadas em X são invariáveis: o clímax − os
de abraços. clímax.
(GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre:
L&PM Pocket, 2009, p. 81.) - Há palavras cuja sílaba tônica avança: júnior − juniores; ca-
ráter – caracteres. A palavra
No trecho “O sistema, que não dá de comer, tampouco dá Caracteres é plural tanto de caractere quanto de caráter.
de amar”, a conjunção destacada estabelece, entre as orações,
a relação de - Palavras terminadas em ão fazem o plural em ãos, ães e
a) conclusão. ões.
b) adversidade. Em ões: balões, corações, grilhões, melões, gaviões.
c) adição. Em ãos: pagãos, cristãos, cidadãos, bênçãos, órgãos. Os pa-
d) explicação. roxítonos, como os dois últimos, sempre fazem o plural em ãos.
e) alternância. Em ães: escrivães, tabeliães, capelães, capitães, alemães.
Em ões ou ãos: corrimões/corrimãos, verões/verãos, anões/
anãos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Em ões ou ães: charlatões/charlatães, guardiões/guardiães, padre-nosso − padres-nossos ou padre-nossos; terra-nova − ter-


cirugiões/cirurgiães. ras-novas ou terra-novas; salvo-conduto − salvos-condutos ou
Em ões, ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães, ermitões/er- salvo-condutos; xeque-mate − xeques-mates ou xeques-mate;
mitãos/ermitães fruta-pão − frutas-pães ou frutas-pão; guarda-marinha − guar-
das-marinhas ou guardas-marinha. Casos especiais: palavras
- Plural dos diminutivos com a letra z. Coloca-se a palavra que não se encaixam nas regras: o bem-me-quer − os bem-me-
no plural, corta-se o s e acrescenta-se zinhos (ou zinhas): cora- -queres; o joão-ninguém − os joões-ninguém; o lugar-tenente
çãozinho – corações – coraçõe – coraçõezinhos. − os lugar-tenentes; o mapa-múndi − os mapas-múndi.
- Plural com metafonia (ô - ó). Algumas palavras, quando Flexão de Gênero: Os substantivos e as palavras que o
vão ao plural, abrem o timbre da vogal “o”, outras não. Com me- acompanham na frase admitem a flexão de gênero: masculino e
tafonia singular (ô) plural (ó): coro-coros; corvo-corvos; destro- feminino: Meu amigo diretor recebeu o primeiro salário. Minha
ço-destroços. Sem metafonia singular (ô) plural (ô): adorno-a- amiga diretora recebeu a primeira prestação. A flexão de femini-
dornos; bolso-bolsos; transtorno-transtornos.
no pode ocorrer de duas maneiras.
- Com a troca de o ou e por a: lobo – loba; mestre – mestra.
- Casos especiais: aval, avales e avaiscal − cales e caiscós −
- Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero, mui-
coses e cós – fel, feles e féis – mal e males – cônsul e cônsules.
tas vezes com alterações do radical: ateu – atéia; bispo – episco-
- Os dois elementos variam. Quando os compostos são pisa; conde – condessa; duque – duquesa; frade – freira; ilhéu
formados por substantivo mais palavra variável (adjetivo, subs- – ilhoa; judeu – judia; marajá – marani; monje – monja; pigmeu
tantivo, numeral, pronome): amor-perfeito − amores-perfeitos; – pigmeia; píton – pitonisa; sandeu – sandia; sultão – sultana.
couve-flor − couves-flores; segunda-feira − segundas-feiras.
Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, ou
- Só o primeiro elemento varia. Quando há preposição no seja, possuem uma única forma para masculino e feminino. Po-
composto, mesmo que oculta: pé-de-moleque − pés-de-mole- dem ser:
que; cavalo-vapor − cavalos-vapor (de ou a vapor). Quando o Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo desig-
segundo substantivo determina o primeiro (fim ou semelhança): nar os dois sexos: a pessoa, o cônjuge, a testemunha.
banana-maçã − bananas-maçã (semelhante a maçã); navio-es- Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos, podendo
cola − navios-escola (a finalidade é a escola). então ser masculinos ou femininos: o estudante − a estudante, o
Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos. É uma cientista − a cientista, o patriota − a patriota.
situação polêmica: mangas-espada (preferível) ou mangas-es- Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os ani-
padas. Quando dizemos (e isso vai ocorrer outras vezes) que é mais: O jacaré, a cobra, o polvo
uma situação polêmica, discutível, convém ter em mente que a
questão do concurso deve ser resolvida por eliminação, ou seja, O feminino de elefante é elefanta , e não elefoa. Aliá é cor-
analisando bem as outras opções. reto, mas designa apenas uma espécie de elefanta. Mamão,
para alguns gramáticos, deve ser considerado epiceno. É algo
- Apenas o último elemento varia. Quando os elementos discutível.
são adjetivos: hispano-americano − hispano-americanos. A ex- Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas costu-
ceção é surdo-mudo, em que os dois adjetivos se flexionam: sur- mam trocar: champanha aguardente, dó, alface, eclipse, calfor-
dos-mudos. Nos compostos em que aparecem os adjetivos grão, micida, cataplasma, grama (peso), grafite, milhar libido, plasma,
grã e bel: grão-duque − grão-duques; grã-cruz − grã-cruzes; bel- soprano, musse, suéter, preá, telefonema.
-prazer − bel-prazeres. Quando o composto é formado por verbo Existem substantivos que admitem os dois gêneros: diabe-
ou qualquer elemento invariável (advérbio, interjeição, prefixo
tes (ou diabete), laringe, usucapião etc.
etc.) mais substantivo ou adjetivo: arranha-céu − arranha-céus;
sempre-viva − sempre-vivas; super-homem − super-homens.
Flexão de Grau:
Quando os elementos são repetidos ou onomatopaicos (repre-
sentam sons): reco-reco − reco-recos; pingue-pongue − pingue-
-pongues; bem-te-vi − bem-te-vis. Grau do substantivo
Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver alguma alte- - Normal ou Positivo: sem nenhuma alteração.
ração nos elementos, ou seja, não serem iguais. Se forem verbos - Aumentativo: Sintético: chapelão. Analítico: chapéu gran-
repetidos, admite-se também pôr os dois no plural: pisca-pisca de, chapéu enorme etc.
− pisca-piscas ou piscas-piscas - Diminutivo: Sintético: chapeuzinho. Analítico: chapéu pe-
- Nenhum elemento varia. Quando há verbo mais palavra queno, chapéu reduzido etc. Um grau é sintético quando forma-
invariável: O cola-tudo – os cola-tudo. Quando há dois verbos do por sufixo; analítico, por meio de outras palavras.
de sentido oposto: o perde-ganha – os perde-ganha. Nas frases Grau do adjetivo
substantivas (frases que se transformam em substantivos): O - Normal ou Positivo: João é forte.
maria-vai-com-as-outras − os maria-vai-com-as-outras. - Comparativo: de superioridade: João é mais forte que An-
- São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha, dré. (ou do que); de inferioridade: João é menos forte que An-
sem-teto e sem-terra: Os sem-terra apreciavam os arco-íris. Ad- dré. (ou do que); de igualdade: João é tão forte quanto André.
mitem mais de um plural: pai-nosso − pais-nossos ou pai-nossos; (ou como)

36
LÍNGUA PORTUGUESA

- Superlativo: Absoluto: sintético: João é fortíssimo; analíti- Modo Subjuntivo: Expressa incerteza, possibilidade ou dú-
co: João é muito forte (bastante forte, forte demais etc.); Relati- vida em relação ao processo verbal e não está ligado com a no-
vo: de superioridade: João é o mais forte da turma; de inferiori- ção de tempo. Há três tempos: presente, imperfeito e futuro.
dade: João é o menos forte da turma. Quero que voltes para mim; Não pise na grama; É possível que
O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento ele seja honesto; Espero que ele fique contente; Duvido que ele
do adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo ou seja o culpado; Procuro alguém que seja meu companheiro para
imo) ou uma palavra de apoio, como muito, bastante, demasia- sempre; Ainda que ele queira, não lhe será concedida a vaga; Se
damente, enorme etc. As palavras maior, menor, melhor, e pior eu fosse bailarina, estaria na Rússia; Quando eu tiver dinherio,
constituem sempre graus de superioridade: O carro é menor irei para as praias do nordeste.
que o ônibus; menor (mais pequeno): comparativo de superiori-
dade. Ele é o pior do grupo; pior (mais mau): superlativo relativo Modo Imperativo: Exprime atitude de ordem, pedido ou
de superioridade. solicitação: Vai e não voltes mais.
Alguns superlativos absolutos sintéticos que podem apre-
sentar dúvidas. acre – acérrimo, amargo – amaríssimo; amigo Pessoa: A norma da língua portuguesa estabelece três pes-
– amicíssimo; antigo – antiquíssimo; cruel – crudelíssimo; doce – soas: Singular: eu , tu , ele, ela. Plural: nós, vós, eles, elas. No
dulcíssimo; fácil – facílimo; feroz – ferocíssimo; fiel – fidelíssimo; português brasileiro é comum o uso do pronome de tratamento
geral – generalíssimo; humilde – humílimo; magro – macérrimo; você (s) em lugar do tu e vós.
negro – nigérrimo; pobre – paupérrimo; sagrado – sacratíssimo;
sério – seriíssimo; soberbo – superbíssimo. EXERCÍCIOS

Flexão Verbal 01. Assinale o par de vocábulos que formam o plural como
órfão e mata-burro, respectivamente:
As flexões verbais são expressas por meio dos tempos, a) cristão / guarda-roupa
modo e pessoa da seguinte forma: O tempo indica o momen- b) questão / abaixo-assinado
to em que ocorre o processo verbal; O modo indica a atitude c) alemão / beija-flor
do falante (dúvida, certeza, impossibilidade, pedido, imposição, d) tabelião / sexta-feira
etc.); A pessoa marca na forma do verbo a pessoa gramatical do e) cidadão / salário-família
sujeito.
02. Relativamente à concordância dos adjetivos compostos
Tempos: Há tempos do presente, do passado (pretérito) e indicativos de cor, uma, dentre as seguintes, está errada. Qual?
do futuro. a) saia amarelo-ouro
b) papel amarelo-ouro
Modo c) caixa vermelho-sangue
d) caixa vermelha-sangue
Modo Indicativo: Indica uma certeza relativa do falante e) caixas vermelho-sangue
com referência ao que o verbo exprime; pode ocorrer no tempo
presente, passado ou futuro: 03. Indique a frase correta:
a) Mariazinha e Rita são duas leva-e-trazes.
Presente: Processo simultâneo ao ato da fala, fato corri- b) Os filhos de Clotilde são dois espalhas-brasas.
queiro, habitual: Compro livros nesta livraria. Usa-se também o c) O ladrão forçou a porta com dois pés-de-cabra.
presente com o valor de passado, passado histórico (nos contos, d) Godofredo almoçou duas couves-flor.
narrativas) e) Alfredo e Radagásio são dois gentilhomens.

Tempos do Pretérito (passado): Exprimem processos ante- 04. Flexão incorreta:


riores ao ato da fala. São eles: a) os cidadãos
- Pretérito Imperfeito: Exprime um processo habitual, ou b) os açúcares
com duração no tempo: Naquela época eu cantava como um c) os cônsules
pássaro. d) os tóraxes
- Pretérito Perfeito: Exprime uma ação acabada: Paulo que- e) os fósseis
brou meu violão de estimação.
- Pretérito Mais-que-Perfeito: Exprime um processo ante- 05. Mesma pronúncia de “bolos”:
rior a um processo acabado: Embora tivera deixado a escola, ele a) tijolos
nunca deixou de estudar. b) caroços
Tempos do Futuro: Indicam processos que irão acontecer: c) olhos
- Futuro do Presente: Exprime um processo que ainda não d) fornos
aconteceu: Farei essa viagem no fim do ano. e) rostos
- Futuro do Pretérito: Exprime um processo posterior a
um processo que já passou: Eu faria essa viagem se não tivesse
comprado o carro.

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LÍNGUA PORTUGUESA

06. Não varia no plural:


a) tique-taque PRONOMES: EMPREGO, FORMAS DE TRATAMENTO
b) guarda-comida E COLOCAÇÃO
c) beija-flor
d) para-lama
e) cola-tudo Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abor-
dado em tópicos anteriores.
07. Está mal flexionado o adjetivo na alternativa:
a) Tecidos verde-olivas
b) Festas cívico-religiosas CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL.
c) Guardas noturnos luso-brasileiros
d) Ternos azul-marinho
e) Vários porta-estandartes Segundo Mattoso câmara Jr., dá-se o nome de concordância
à circunstância de um adjetivo variar em gênero e número de
08. Na sentença “Há frases que contêm mais beleza do que acordo com o substantivo a que se refere (concordância nomi-
verdade”, temos grau: nal) e à de um verbo variar em número e pessoa de acordo com
a) comparativo de superioridade o seu sujeito (concordância verbal). Entretanto, há casos em que
b) superlativo absoluto sintético existem dúvidas.
c) comparativo de igualdade Concordância Nominal
d) superlativo relativo
e) superlativo por meio de acréscimo de sufixo O adjetivo e palavras adjetivas (artigo, numeral, pronome
adjetivo) concordam em gênero e número com o nome a que
09. Assinale a alternativa em que a flexão do substantivo se referem.
composto está errada:
a) os pés-de-chumbo Adjetivos e um substantivo: Quando houver mais de um
b) os corre-corre adjetivo para um substantivo, os adjetivos concordam em gêne-
c) as públicas-formas ro e número com o substantivo.
d) os cavalos-vapor
e) os vaivéns Amava suco gelado e doce.

10. Aponte a alternativa em que haja erro quanto à flexão Substantivos e um adjetivo: Quando há mais do que um
do nome composto: substantivo e apenas um adjetivo, há duas formas de concordar:
a) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora
b) tico-ticos, salários-família, obras-primas - Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo
c) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas deve concordar com o substantivo mais próximo.
d) pseudo-esferas, chefes-de-seção, pães-de-ló
e) pisca-piscas, cartões-postais, mulas-sem-cabeças Lindo pai e filho.

RESPOSTAS - Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjeti-


vo deve concordar com o substantivo mais próximo ou também
01 A com todos os substantivos.

02 D Comida e bebida perfeita.


03 C Comida e bebida perfeitas.
04 D
- Palavras adverbiais x palavras adjetivas: há palavras que
05 E têm função de advérbio, mas às vezes de adjetivo.
06 E Quando advérbio, são invariáveis: Há bastante comida.
Quando adjetivo, concordam com o nome a que se referem:
07 A Há bastantes motivos para não gostar dele.
08 A Fazem parte desta classificação: pouco, muito, bastante, ba-
rato, caro, meio, longe, etc.
09 B - Expressões “anexo” e “obrigado”: tratam-se de palavras
10 E adjetivas, e devem concordar com o nome a que se referem.

Seguem anexas as avaliações.


Seguem anexos os conteúdos.
Muito obrigado, disse ele.
Muito obrigada, disse ela.

38
LÍNGUA PORTUGUESA

Sob a mesma regra, temos palavras como: incluso, quite, - Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo
leso, mesmo e próprio. concorda com o termo antecedente ao pronome relativo que:

Concordância Verbal Fui eu que contei o segredo.


Foi ele que contou o segredo.
A concordância verbal ocorre quando o verbo de flexiona Fomos nós que contamos o segredo.
para concordar com o sujeito gramatical. Essa flexão verbal é
feita em número (singular ou plural) e em pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª - Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo
pessoa). concorda com o termo antecedente ao pronome relativo quem
ou fica conjugado na 3.ª pessoa do singular:
Sujeito composto antes do verbo: O sujeito é composto e
vem antes do verbo que deve estar sempre no plural. Fui eu quem contei o segredo.
Fomos nós quem contamos o segredo
João e Paulo conversaram pelo telefone. Fui eu quem contou o segredo.
Fomos nós quem contou o segredo.
Sujeito composto depois do verbo: O sujeito composto vem
depois do verbo, tanto pode ficar no plural como pode concor- - Concordância verbal com o infinitivo pessoal: o infinitivo é
dar com o sujeito mais próximo. flexionado, principalmente, quer definir o sujeito e o sujeito da
Brincaram Pedro e Vítor. segunda oração é diferente da primeira:
Brincou Pedro e Vítor. Eu pedi para eles fazerem a tarefa.

Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes: O su- - Concordância verbal com o infinitivo impessoal: o infinitivo
jeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes. O não é flexionado em locuções verbais e em verbos preposicio-
verbo também deve ficar no plural e concordará com a pessoa nados:
que, a nível gramatical, tem prioridade.
1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, Foram impedidos de entender a razão.
vós) e a 2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles).
- Concordância verbal com o verbo ser: a concordância em
Nós, vós e eles vamos à igreja. número é estabelecida com o predicativo do sujeito:

Casos específicos de concordância verbal Isto é verdade!


Isto são verdades!
- Concordância verbal com verbos impessoais: como não
apresentam sujeito, são conjugados sempre na 3.ª pessoa do - Concordância verbal com um dos que: o verbo fica sempre
singular: na 3.ª pessoa do plural:
Faz cinco anos que eu te conheci. (verbo fazer indicando
tempo decorrido) Um dos que foram…
Um dos que podem…
- Concordância verbal com a partícula apassivadora se: o
objeto direto assume a função de sujeito paciente, e o verbo QUESTÕES
estabelece concordância em número com o objeto direto:
01. Pref. de Nova Veneza/SC – Psicólogo – 2016 - FAEPESUL
Vende-se ovo. A alternativa que está coerente com as regras da concor-
Vendem-se ovos. dância nominal é:
A) Ternos marrons-claros.
- Concordância verbal com a partícula de indeterminação B) Tratados lusos-brasileiros.
do sujeito se: Quando atua como indeterminadora do sujeito, o C) Aulas teórico-práticas.
verbo fica sempre conjugado na 3.ª pessoa do singular: D) Sapatos azul-marinhos.
Precisa-se de vendedor. E) Camisas verdes-escuras.
Precisa-se de vendedores.
- Concordância verbal com a maioria, a maior parte, a meta- 02. SAAEB – Engenheiro de Segurança do Trabalho – 2016
de,...: o verbo fica conjugado na 3.ª pessoa do singular. Porém, já - FAFIPA
se considera aceitável o uso da 3.ª pessoa do plural: Indique a alternativa que NÃO apresenta erro de concor-
dância nominal.
A maioria dos meninos vai… A) O acontecimento derrubou a bolsa brasileira, argentina
A maior parte dos meninos vai… e a espanhola.
A maioria dos meninos vão… B) Naquele lugar ainda vivia uma pseuda-aristocracia.
A maior parte dos meninos vão… C) Como não tinham outra companhia, os irmãos viajaram
só.

39
LÍNGUA PORTUGUESA

D) Simpáticos malabaristas e dançarinos animavam a festa. Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem
a perder investimentos em treinamento e incorrer em custos
03. CISMEPAR/PR – Advogado – 2016 - FAUEL trabalhistas. Dado o colapso da atividade econômica, porém,
A respeito de concordância verbal e nominal, assinale a al- jogaram a toalha.
ternativa cuja frase NÃO realiza a concordância de acordo com a O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imedia-
norma padrão da Língua Portuguesa: to. O indivíduo não só perde a capacidade de pagamento mas
também enfrenta grande dificuldade para obter novos recursos,
A) Meias verdades são como mentiras inteiras: uma pessoa pois não possui carteira de trabalho assinada.
meia honesta é pior que uma mentirosa inteira. Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma
B) Sonhar, plantar e colher: eis o segredo para alcançar seus às muitas evidências de reversão de padrões positivos da última
objetivos. década – o aumento da informalidade, o retorno de jovens ao
C) Para o sucesso, não há outro caminho: quanto mais dis- mercado de trabalho e a alta do desemprego.
tante o alvo, maior a dedicação. (Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)
D)Não é com apenas uma tentativa que se alcança o que
se quer. Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.
A) A mudança de direção da economia fazem com que se
04. TRF – 3ª Região – Analista Judiciário-Área Administra- altere o tamanho das jornadas de trabalho, por exemplo.
tiva – 2017 - FCC B) Existe indivíduos que, sem carteira de trabalho assinada,
A respeito da concordância verbal, é correto afirmar: enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos.
C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fize-
A) Em “A aquisição de novas obras devem trazer benefícios
ram com que muitas empresas optassem por manter seus fun-
a todos os frequentadores”, a concordância está correta por se
cionários.
tratar de expressão partitiva.
D) São as dívidas que faz com que grande número dos con-
B) Em “Existe atualmente, no Brasil, cerca de 60 museus”,
sumidores não estejam em dia com suas obrigações.
a concordância está correta, uma vez que o núcleo do sujeito é E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Cré-
“cerca”. dito mostra que 59 milhões de consumidores não pode obter
C) Na frase “Hão de se garantir as condições necessárias à novos créditos.
conservação das obras de arte”, o verbo “haver” deveria estar
no singular, uma vez que é impessoal. 06. COPEL – Contador Júnior -2017 - NC-UFPR
D) Em “Acredita-se que 25% da população frequentem am- Assinale a alternativa em que os verbos sublinhados estão
bientes culturais”, a concordância está correta, uma vez que a corretamente flexionados quanto à concordância verbal
porcentagem é o núcleo do segmento nominal. A) A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou recen-
E) Na frase “A maioria das pessoas não frequentam o mu- temente a nova edição do relatório Smoke-free movies (Filmes
seu”, o verbo encontra-se no plural por concordar com “pes- sem cigarro), em que recomenda que os filmes que exibem ima-
soas”, ainda que pudesse, no singular, concordar com “maioria”. gens de pessoas fumando deveria receber classificação indicati-
va para adultos.
05. MPE-SP – Oficial de Promotoria I – 2016 - VUNESP B) Pesquisas mostram que os filmes produzidos em seis paí-
ses europeus, que alcançaram bilheterias elevadas (incluindo
Fora do jogo alemães, ingleses e italianos), continha cenas de pessoas fuman-
do em filmes classificados para menores de 18 anos.
Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo C) Para ela, a indústria do tabaco está usando a “telona”
se alteram, como o tamanho das jornadas de trabalho e o paga- como uma espécie de última fronteira para anúncios, mensa-
mento de horas extras, e outras que respondem de forma mais gens subliminares e patrocínios, já que uma série de medidas
lenta, como o emprego e o mercado de crédito. Tendências ne- em diversos países passou a restringir a publicidade do tabaco.
gativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam D) E 90% dos filmes argentinos também exibiu imagens de
ser duradouras. fumo em filmes para jovens.
Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da E) Os especialistas da organização citam estudos que mos-
Associação Nacional dos Birôs de Crédito, que congrega empre- tram que quatro em cada dez crianças começa a fumar depois
de ver atores famosos dando suas “pitadas” nos filmes.
sas do setor de crédito e financiamento.
Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de con-
sumidores impedidos de obter novos créditos por não estarem
em dia com suas obrigações. Trata-se de alta de 1,8 milhão em
dois meses.
Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos
consumidores para deixar de pagar as dívidas: a perda de em-
prego, que tem forte correlação com a capacidade de pagamen-
to das famílias.

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LÍNGUA PORTUGUESA

RESPOSTAS lação [a, com, de, por, para com] - relacionado [com] - rente [a,
de, com] - responsável [por] - rico [de, em] –satisfeito [com, de,
01 C em, por] - semelhante [a] - suspeito [a, de] - tentativa [contra,
de, para, para com] –único [em] - vazio [de]– visível [a] - vizinho
02 D [a, de, com] – zelo [a, de, por].
03 A
Regência de Advérbios: são importantes os advérbios: lon-
04 E
ge [de], perto [de] e proximamente [a, de]. Todos os advérbios
05 C terminados em -mente, tendem a apresentar a mesma preposi-
06 C ção dos adjetivos: Compatível [com]; compativelmente [com].
Relativo [a]; relativamente [a]

Regência Verbal
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL.
É a parte da língua que se ocupa da relação entre os verbos
e os termos que se seguem a ele e completam o seu sentido. Os
verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e
indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Os verbos
Regência é a relação de subordinação que ocorre entre um podem ser:
verbo (ou um nome) e seus complementos. Ocupa-se em esta- - Verbos Transitivos: Exigem complemento (objetos) para
belecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que tenham sentido completo. Podem ser: Transitivos Diretos;
que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam cor- Transitivos Indiretos; Transitivos Diretos e Indiretos.
retas e claras. - Verbos Intransitivos: Existem verbos intransitivos que pre-
cisam vir acompanhados de adjuntos adverbiais apenas para da-
Regência Nominal rem um sentido completo para a frase.

Há nomes de sentido incompletos. Substantivos, adjetivos, Exemplos de regência verbal não preposicionada
e, certos advérbios, podem, como no caso dos verbos, precisar Leu o jornal.
de um complemento (complemento nominal) para completar Comeu o chocolate.
seu sentido: Sou devoto (nome de sentido incompleto) ao Santo Bebeu o vinho.
Expedito (compl. Nominal). Ouviu a música.
O substantivo devoto rege um complemento nominal pre- Estudou a matéria.
cedido da preposição (ao). Sendo assim, a relação particular Fez o jantar
entre o nome e complemento, está sempre marcada por uma
preposição. Exemplos de regência verbal preposicionada
Contudo, cabe observar, que certos substantivos e adjetivos Procedeu à leitura do livro.
admitem mais de uma regência (mais de uma preposição). Pagou ao fornecedor.
Vejamos alguns nomes com as preposições que as regem: Desobedeceu aos mandamentos.
Apoiou-se na mesa.
Acessível [a, para] - acostumado [a, com] - adequado [a] - Apaixonou-se por sua melhor amiga.
admiração [a, por] - alheio [a, de] - aliado [a, com] - amante [de] Meditou sobre a possibilidade.
– amigo [de] - amor [a, de, para com, por] –ansioso [de, para,
por] - apto [a, para] - assíduo [a, em] - atenção [a] - atento [a, Quando a regência verbal é feita através de uma prepo-
em] - atencioso [com, para com] - benéfico [a] - benefício [a] sição, as mais utilizadas são: a, de, com, em, para, por, sobre.
– bom [para] - capacidade [de, para] - capaz [de, para] – cego agradar a;
[a] - certeza [de] - comum [de] - conforme [a, com] - consulta obedecer a;
[a] - contente [com, de, em, por] - cuidadoso [com] – curioso assistir a;
[de, por] descontente [com] - desfavorável [a] –desrespeito [a] visar a;
- diferente [de] - dificuldade [com, de, em, para] – digno [de] lembrar-se de;
- dúvida [acerca de, em, sobre] – entendido [em] – essencial simpatizar com;
[para] – fácil [a, de, para] - facilidade [de, em, para] - fiel [a] - comparecer em;
feliz [de, com, em, por] - grato [a] - horror [a, de, por] -– idêntico convocar para;
[a] - impaciência [com] – incapaz [de, para] –influência [sobre] trocar por;
- insensível [a] - intolerante [com] - junto [a, de] - leal [a] - lento alertar sobre.
[em] – liberal [com] - maior [de] – manifestação [contra] - medo
[de, a] – menor [de] –morador [em] - natural [de] - necessário
[a] - obediente [a] - ódio [a, contra] - orgulhoso [de, com] - pai-
xão [de, por] – parecido [a, com] - referência [a, por] –propício
[a] - próximo [a, de] - pronto [para, em] - propensão [para] - re-

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LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÕES E) O desenvolvimento é uma receita dos economistas para


promover os miseráveis a pobres – e, às vezes, vice-versa.
01. MPE-GO - Secretário Auxiliar – Goiás – 2018 – MPE-GO
03. Pref. de Florianópolis/SC – Auxiliar de Sala – 2016 - FE-
Embora de ocorrência frequente no cotidiano, a gramática PESE
normativa não aceita o uso do mesmo complemento para ver- A linguagem poética
bos com regências diferentes. Assinale a opção em que esse tipo
de transgressão não ocorre. Em relação à prosa comum, o poema se define de certas
A) “Pode-se concordar ou discordar, até radicalmente, de restrições e de certas liberdades. Frequentemente se confunde
toda a política externa brasileira.” (Clóvis Rossi) a poesia com o verso. Na sua origem, o verso tem uma função
B) “Educador é todo aquele que confere e convive com es- mneumotécnica (= técnica de memorizar); os textos narrativos,
ses conhecimentos.” (J. Carlos de Sousa) líricos e mesmo históricos e didáticos eram comunicados oral-
C) Vi e gostei muito do filme O jardineiro fiel cujo diretor é mente, e os versos – repetição de um mesmo número de sílabas
um brasileiro. ou de um número fixo de acentos tônicos e eventualmente re-
D) A sociedade brasileira quer a paz, anseia por ela e a ela petição de uma mesma sonoridade (rima) – facilitavam a me-
aspira. morização. Mais tarde o verso se tornou um meio de enfeitar o
E) Interessei-me e desinteressei-me pelo assunto quase que discurso, meio que se desvalorizou pouco a pouco: a poesia con-
simultaneamente. temporânea é rimada, mas raramente versificada. Na verdade
o valor poético do verso decorre de suas relações com o ritmo,
02. CODEBA – Analista Portuário – Administrador – 2016 com a sintaxe, com as sonoridades, com o sentido das palavras.
- FGV O poema é um todo.
(…)
Relatórios Os poetas enfraquecem a sintaxe, fazendo-a ajustar-se às
exigências do verso e da expressão poética. Sem se permitir
Relatórios de circulação restrita são dirigidos a leitores de verdadeiras incorreções gramaticais, eles se permitem “licenças
perfil bem específico. Os relatórios de inquérito, por exemplo, poéticas”.
são lidos pelas pessoas diretamente envolvidas na investigação Além disso, eles trabalham o sentido das palavras em dire-
de que tratam. Um relatório de inquérito criminal terá como lei- ções contrárias: seja dando a certos termos uma extensão ou
tores preferenciais delegados, advogados, juízes e promotores. uma indeterminação inusitadas; seja utilizando sentidos raros,
Autores de relatórios que têm leitores definidos podem em desuso ou novos; seja criando novas palavras.
pressupor que compartilham com seus leitores um conhecimen- Tais liberdades aparecem mais particularmente na utiliza-
to geral sobre a questão abordada. Nesse sentido, podem fazer ção de imagens. Assim, Jean Cohen, ao estudar o processo de
um texto que focalize aspectos específicos sem terem a necessi- fabricação das comparações poéticas, observa que a linguagem
dade de apresentar informações prévias. corrente faz espontaneamente apelo a comparações “razoáveis”
Isso não acontece com relatórios de circulação mais ampla. (pertinentes) do tipo “a terra é redonda como uma laranja” (a
redondeza é efetivamente uma qualidade comum à terra e a
Nesse caso, os autores do relatório devem levar em considera-
uma laranja), ao passo que a linguagem poética fabrica compa-
ção o fato de terem como interlocutores pessoas que se inte-
rações inusitadas tais como: “Belo como a coisa nova/Na pra-
ressam pelo assunto abordado, mas não têm qualquer conhe-
teleira até então vazia” (João Cabral de Melo Neto). Ou, então
cimento sobre ele. No momento de elaborar o relatório, será
estranhas como: “A terra é azul como uma laranja” (Paul Éluard).
preciso levar esse fato em consideração e introduzir, no texto,
Francis Vanoye
todas as informações necessárias para garantir que os leitores
possam acompanhar os dados apresentados, a análise feita e a
Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal.
conclusão decorrente dessa análise.
A) Chamaram Jean de poeta.
B) “Não obedeço a rima das estrofes”, disse o poeta.
“Relatórios de circulação restrita são dirigidos a leitores de C) Todos os escritores preferem o elogio do que a crítica
perfil bem específico”. D) Passou no cinema o filme sobre aquele poeta que gosto
muito.
No caso desse segmento do texto, a preposição a é de uso E) Eu me lembrei os dias da leitura de poesia na escola.
gramatical, pois é exigida pela regência do verbo dirigir.
04. TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - 2016 - VUNESP
Assinale a opção que indica a frase em que a preposição “a”
introduz um adjunto e não um complemento. Assinale a alternativa em que o período, adaptado da re-
A) O Brasil dá Deus a quem não tem nozes, dentes etc. vista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à
B) É preciso passar o Brasil a limpo. regência nominal e à pontuação.
C) Um memorando serve não para informar a quem o lê, A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
mas para proteger quem o escreve. seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
D) Quem é burro pede a Deus que o mate e ao diabo que notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
o carregue. outros.

42
LÍNGUA PORTUGUESA

B) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, RESPOSTAS


seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em 01 D
outros.
C) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamen- 02 B
te seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais 03 A
notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em
04 E
outros.
D) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamen- 05 B
te seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja
mais notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que
em outros. ORTOGRAFIA OFICIAL.
E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente
seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em ORTOGRAFIA
outros.
05. MPE-PE - Analista Ministerial - Área Auditoria – 2018 A Ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras
– FCC de uma língua. Do grego “ortho”, que quer dizer correto e “gra-
fo”, por sua vez, que significa escrita.
Para onde vão as palavras É influenciada pela etimologia e fonologia das palavras.
Além disso, são feitas convenções entre os falantes de uma mes-
Como se sabe, a palavra durante algum tempo foi obrigada ma língua que visam unificar a sua ortografia oficial. Trata-se dos
a recuar diante da imagem, e o mundo escrito e impresso diante acordos ortográficos.
do falado na tela. Tiras de quadrinhos e livros ilustrados com um
mínimo de texto hoje não se destinam mais somente a inician- Alfabeto
tes que estão aprendendo a soletrar. De muito mais peso, no O alfabeto é formado por 26 letras
entanto, é o recuo da notícia impressa em face da notícia falada Vogais: a, e, i, o, u, y, w.
e ilustrada. A imprensa, principal veículo da esfera pública no Consoantes: b,c,d,f,g,h,j,k,l,m,n,p,q,r,s,t,v,w,x,z.
século X I X assim como em boa parte do século XX, dificilmente Alfabeto: a,b,c,d,e,f,g,h,i,j,k,l,m,n,o,p,q,r,s,t,u,v,w,x,y,z.
será capaz de manter sua posição no século X X I.
Mas nada disso pode deter a ascensão quantitativa da lite- Regras Ortográficas
ratura. A rigor, eu quase diría que - apesar dos prognósticos pes-
simistas - o mais importante veículo tradicional da literatura, o Uso do x/ch
livro impresso, sobreviverá sem grande dificuldade, com poucas
exceções, como as das enciclopédias, dos dicionários, dos com- O x é utilizado:
pêndios de informação etc., os queridinhos da internet. - Em geral, depois dos ditongos: caixa, feixe.
(Adaptado de: HOBSBAWM, Eric. Tempos fraturados. São - Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano.
Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 29-30.) - Palavras com origem indígena ou africana: xavante, xingar.
- Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada.
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de - Exceção: O verbo encher (e palavras derivadas) escreve-se
modo a concordar com o elemento sublinhado na seguinte fra- com ch.
se:
A) Entre as várias atrações que (conter) um livro, uma é a de Escreve-se com x Escreve-se com ch
tornar-se um obieto do afeto de quem o possui.
B) Se há imagens pelas quais se (deixar) prender um espec- bexiga bochecha
tador, há palavras que encantam um leitor. bruxa boliche
C) Quando há num livro imagens excessivas, que (contami-
caxumba broche
nar) um texto, as palavras saem desvalorizadas.
D) A despeito de (haver) nele figuras demais, esse livro in- elixir cachaça
fantil atrai também um leitor adulto. faxina chuchu
E) Aos frequentadores da internet (atrair) sobretudo o volu-
me de informações que nela circulam. graxa colcha
lagartixa fachada

Uso do h

O h é utilizado:
- No final de interjeições: Ah!, Oh!
- Por etimologia: hoje, homem.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Nos dígrafos ch, lh, nh: tocha, carvalho, manhã. Palavras parônimas são parecidas na grafia ou na pronúncia,
- Palavras compostas: sobre-humano, super-homem. mas têm significados diferentes.
- Exceção: Bahia quando se refere ao estado. O acidente Exemplos:
geográfico baía é escrito sem h.
cavaleiro (de cavalos) cavalheiro (educado)
Uso do s/z
descrição (descrever) discrição (de discreto)
O s é utilizado: emigrar (deixar o país) imigrar (entrar no país)
- Adjetivos terminados pelos sufixos -oso/-osa que indicam
grande quantidade, estado ou circunstância: maudoso, feiosa. Palavras homônimas têm a mesma pronúncia, mas signifi-
- Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou pro- cados diferentes.
fissão: marquês, portuguesa, poetisa. Exemplos:
- Depois de ditongos: coisa, pousa.
- Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quiseram.
cela (cômodo pequeno) sela (de cavalos)
O z é utilizado: ruço (pardo claro) russo (da Rússia)
tachar (censurar) taxar (fixar taxa)
- Nos sufixos -ez/-eza que formam substantivos a partir de
adjetivos: magro - magreza, belo - beleza, grande - grandeza. Consoantes dobradas
- No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hospi-
talizar. - Só se duplicam as consoantes C, R, S.
- Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam
Escreve-se com s Escreve-se com z distintamente: convicção, cocção, fricção, facção, etc.
Alisar amizade - Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando, intervocáli-
cos, representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante, respecti-
atrás azar vamente: carro, ferro, pêssego, missão, etc. Quando há um ele-
através azia mento de composição terminado em vogal a seguir, sem inter-
posição do hífen, palavra começada com /r/ ou /s/: arroxeado,
gás giz
correlação, pressupor, etc.
groselha prazer Uso do hífen
invés rodízio
Desde a entrada em vigor do atual acordo ortográfico, a
Uso do g/j escrita de palavras com hífen e sem hífen tem sido motivo de
dúvidas para diversos falantes.
O g é utilizado:
- Palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: Palavras com hífen:
pedágio, relógio, refúgio. segunda-feira (e não segunda feira);
- Substantivos que terminem em -gem: lavagem, viagem. bem-vindo (e não benvindo);
mal-humorado (e não mal humorado);
O j é utilizado: micro-ondas (e não microondas);
- Palavras com origem indígena: pajé, canjica. bem-te-vi (e não bem te vi).
- Palavras com origem africana: jiló, jagunço.
Palavras sem hífen:
dia a dia (e não dia-a-dia);
Escreve-se com g Escreve-se com j fim de semana (e não fim-de-semana);
estrangeiro berinjela à toa (e não à-toa);
autoestima (e não auto-estima);
gengibre cafajeste
antirrugas (e não anti-rugas).
geringonça gorjeta
gíria jiboia QUESTÕES
ligeiro jiló 01. SEAP-MG - Agente de Segurança Penitenciário – 2018
tangerina sarjeta - IBFC

Parônimos e Homônimos A ortografia estuda a forma correta da escrita das palavras


de uma determinada língua, no caso a Língua Portuguesa. É in-
Há diferentes formas de escrita que existem, mas cujo sig- fluenciada pela etimologia e fonologia das palavras, assim sendo
nificado é diferente. observe com atenção o texto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Agente Penitenciário, Agente Prisional, Agente de Seguran- 04. PBH Ativos S.A. - Analista Jurídico – 2018 – IBGP
ça Penitenciário ou Agente Estadual/Federal de Execução Penal. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafa-
Entre suas atribuições estão: manter a ordem, diciplina, custó- das conforme as regras do Novo Acordo Ortográfico relativas à
dia e vigilância no interior das unidades prisionais, assim como sistematização do emprego de hífen ou de acentuação.
no âmbito externo das unidades, como escolta armada para A) Vôo, dêem, paranóico, assembléia, feiúra, vêem, baiúca.
audiências judiciais, transferência de presos etc. Desempenham B) Interresistente, superrevista, manda-chuva, paraquedas.
serviços de natureza policial como aprensões de ilícitos, revistas C) Antirreligioso, extraescolar, infrassom, coautor, antiaé-
pessoais em detentos e visitantes, revista em veículos que aden- reo.
tram as unidades prisionais, controle de rebeliões e ronda exter- D) Préhistória, autobservação, infraxilar, suprauricular, iná-
na na área do perímetro de segurança ao redor da unidade pri- bil.
sional. Garantem a segurança no trabalho de ressosialização dos
internos promovido pelos pisicólogos, pedagogos e assistentes 05. MPE-GO - Auxiliar Administrativo – 2018 – MPE-GO
sociais. Estão subordinados às Secretarias de Estado de Admi- Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do
nistração Penitenciária - SEAP, secretarias de justiças ou defesa período abaixo.
social, dependendo da nomenclatura adotada em cada Estado.
Fonte: Wikipedia – *com alterações ortográficas. Agora que há uma câmera de ________. isto provavelmente
não _____acontecerá, mas _____vezes em que, no meio de uma
Assinale a alternativa que apresenta todas as palavras, reti- noite __________, o poeta levantava de seu banco [...]
radas do texto, com equívocos em sua ortografia.
A) atribuições; diciplina; audiências; desempenham. A) investigassâo mas ouve chuvosa
B) diciplina; aprensões; ressosialização; pisicólogos. B) investigassâo mais houve chuvoza
C) audiências; ilícitos; atribuições; desempenham. C) investigação mais houve chuvosa
D) perímetro; diciplina; desempenham; ilícitos. D) investigação mas houve chuvosa
E) aprensões; ressosialização; desempenham; audiências. E) investigação mais ouve chuvoza

02. ELETTROBRAS – LEITURISTA – 2015 – IADES RESPOSTAS


Considerando as regras de ortografia, assinale a alternativa
em que a palavra está grafada corretamente. 01 B
A) Dimencionar.
B) Assosciação. 02 E
C) Capassitores. 03 D
D) Xoque.
04 C
E) Conversão.
05 C
03. MPE SP – ANALISTA DE PROMOTORIA – 2015 - VUNESP

ACENTUAÇÃO GRÁFICA.

A acentuação gráfica é feita através de sinais diacríticos que,


sobrepostos às vogais, indicam a pronúncia correta das palavras
no que respeita à sílaba tônica e no que respeita à modulação
aberta ou fechada das vogais.
Esses são elementos essenciais para estabelecer organiza-
damente, por meio de regras, a intensidade das palavras das
sílabas portuguesas.

Acentuação tônica

(Dik Brownie, Hagar. www.folha.uol.com.br, 29.03.2015. Adap- Refere-se à intensidade em que são pronunciadas as sílabas
tado) das palavras. Aquela que é pronunciada de forma mais acentua-
Considerando a ortografia e a acentuação da norma-padrão da é a sílaba tônica. As demais, pronunciadas com menos inten-
da língua portuguesa, as lacunas estão, correta e respectiva- sidade, são denominadas de átonas.
mente, preenchidas por: De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos com
A) mal ... por que ... intuíto mais de uma sílaba classificam-se em:
B) mau ... por que ... intuito Oxítonos: quando a sílaba tônica é a última: café, rapaz, es-
C) mau ... porque ... intuíto critor, maracujá.
D) mal ... porque ... intuito Paroxítonos: quando a sílaba tônica é a penúltima: mesa,
E) mal ... por quê ... intuito lápis, montanha, imensidade.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Proparoxítonos: quando a sílaba tônica é a antepenúltima: - Haverá o acento em palavra proparoxítona, pois a regra
árvore, quilômetro, México. de acentuação das proparoxítonas prevalece sobre a dos hiatos:
(se-ri-ís-si-mo)
Acentuação gráfica - Não há mais acento nas formas verbais que possuíam o
acento tônico na raiz com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e
- Proparoxítonas: todas acentuadas (místico, jurídico, béli- seguido de “e” ou “i”.
co).
- Palavras oxítonas: oxítonas terminadas em “a”, “e”, “o”, Antes agora
“em”, seguidas ou não do plural (s): (Paraná – fé – jiló (s)).
- Também acentuamos nos casos abaixo: averigúe (averiguar) averigue
- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, segui- argúi (arguir) argui
dos ou não de “s”: (pá – pé – dó)
- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos segui- - 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos
das de lo, la, los, las: (recebê-lo – compô-lo) ter e vir e dos seus compostos (conter, reter, advir, convir etc.)
- Paroxítonas: Acentuam-se as palavras paroxítonas termi- tem acento.
nadas em: i, is (táxi – júri), us, um, uns (vírus, fórum), l, n, r, x, ps
(cadáver – tórax – fórceps), ã, ãs, ão, ãos (ímã – órgãos).
- Ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de Singular plural
“s”: (mágoa – jóquei) ele tem eles têm
ele vem eles vêm
Regras especiais:
ele obtém eles obtêm
- Ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi”, perderam o acento
com o Novo Acordo. → Palavras homógrafas para diferenciá-las de outras seme-
lhantes não se usa mais acento. Apenas em algumas exceções,
como:
Antes agora A forma verbal pôde (3ª pessoa do singular - pretérito per-
Assembléia Assembleia feito do indicativo) ainda é acentuada para diferenciar-se de
Idéia Ideia pode (3ª pessoa do singular - presente do indicativo). Também o
verbo pôr para diferenciá-lo da preposição por.
Geléia Geleia
Jibóia Jiboia Alguns homógrafos:
pera (substantivo) - pera (preposição antiga)
Apóia (verbo) Apoia
para (verbo) - para (preposição)
Paranóico Paranoico pelo(s) (substantivo) - pelo (do verbo pelar)

- “i” e “u” tônicos formarem hiato com a vogal anterior, Atenção, pois palavras derivadas de advérbios ou adjetivos
acompanhados ou não de “s”, desde que não sejam seguidos não são acentuadas
por “-nh”, haverá acento: (saída – baú – país).
Exemplos:
- Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos formando hia- Facilmente - de fácil
to quando vierem depois de ditongo: Habilmente - de hábil
Ingenuamente – de ingênuo
Antes agora Somente - de só
Unicamente - de único
Bocaiúva Bocaiuva Dinamicamente - de dinâmico
Feiúra Feiura Espontaneamente - de espontâneo
Sauípe Sauipe
Uso da Crase
- Acento pertencente aos hiatos “oo” e “ee” foi abolido.
- É usada na contração da preposição a com as formas fe-
mininas do artigo ou pronome demonstrativo a: à (de a + a), às
Antes agora (de a + as).
crêem creem
- A crase é usada também na contração da preposição “a”
vôo voo com os pronomes demonstrativos:
àquele(s)
- Vogais “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal àquela(s)
idêntica, não tem mais acento: (xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba). àquilo

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LÍNGUA PORTUGUESA

àqueloutro(s) “As palavras ‘módulos’ e ‘última’, presentes no texto,


àqueloutra (s) são ____________ acentuadas por serem ____________ e
____________, respectivamente”.
Uso do Trema As palavras que preenchem correta e respectivamente as
lacunas do enunciado acima são:
- Só é utilizado nas palavras derivadas de nomes próprios. A) diferentemente / proparoxítona / paroxítona
Müller – de mülleriano B) igualmente / paroxítona / paroxítona
C) igualmente / proparoxítona / proparoxítona
QUESTÕES D) diferentemente / paroxítona / oxítona

01. Pref. Natal/RN - Agente Administrativo – 2016 - CKM 02. Pref. De Caucaia/CE – Agente de Suporte e Fiscalização
Serviço - 2017 - CETREDE
Mostra O Triunfo da Cor traz grandes nomes do pósimpres- Indique a alternativa em que todas as palavras devem re-
sionismo para SP Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil A ceber acento.
exposição O Triunfo da Cor traz grandes nomes da arte moder- A) virus, torax, ma.
na para o Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo. São 75 B) caju, paleto, miosotis .
obras de 32 artistas do final do século 19 e início do 20, entre C) refem, rainha, orgão.
eles expoentes como Van Gogh, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Cé- D) papeis, ideia, latex.
zanne, Seurat e Matisse. Os trabalhos fazem parte dos acervos E) lotus, juiz, virus.
do Musée d’Orsay e do Musée de l’Orangerie, ambos de Paris.
A mostra foi dividida em quatro módulos que apresentam 03. MPE/SC – Promotor de Justiça- 2017 - MPE/SC
os pintores que sucederam o movimento impressionista e rece- “Desde as primeiras viagens ao Atlântico Sul, os navegado-
res europeus reconheceram a importância dos portos de São
beram do crítico inglês Roger Fry a designação de pósimpressio-
Francisco, Ilha de Santa Catarina e Laguna, para as “estações da
nistas. Na primeira parte, chamada de A Cor Cientifica, podem
aguada” de suas embarcações. À época, os navios eram impul-
ser vistas pinturas que se inspiraram nas pesquisas científicas
sionados a vela, com pequeno calado e autonomia de navega-
de Michel Eugene Chevreul sobre a construção de imagens com
ção limitada. Assim, esses portos eram de grande importância,
pontos. especialmente para os navegadores que se dirigiam para o Rio
Os estudos desenvolvidos por Paul Gauguin e Émile Bernard da Prata ou para o Pacífico, através do Estreito de Magalhães.”
marcam a segunda parte da exposição, chamada de Núcleo Mis- (Adaptado de SANTOS, Sílvio Coelho dos. Nova História de
terioso do Pensamento. Entre as obras que compõe esse conjun- Santa Catarina. Florianópolis: edição do Autor, 1977, p. 43.)
to está o quadro Marinha com Vaca, em que o animal é visto em
um fundo de uma passagem com penhascos que formam um No texto acima aparecem as palavras Atlântico, época, Pací-
precipício estreito. As formas são simplificadas, em um contorno fico, acentuadas graficamente por serem proparoxítonas.
grosso e escuro, e as cores refletem a leitura e impressões do ( ) Certo ( ) Errado
artista sobre a cena.
O Autorretrato Octogonal, de Édouard Vuillard, é uma das 04. Pref. De Nova Veneza/SC – Psicólogo – 2016 - FAEPESUL
pinturas de destaque do terceiro momento da exposição. Intitu- Analise atentamente a presença ou a ausência de acento
lada Os Nabis, Profetas de Uma Nova Arte, essa parte da mostra gráfico nas palavras abaixo e indique a alternativa em que não
também reúne obras de Félix Vallotton e Aristide Maillol. No au- há erro:
torretrato, Vuillard define o rosto a partir apenas da aplicação A) ruím - termômetro - táxi – talvez.
de camadas de cores sobrepostas, simplificando os traços, mas B) flôres - econômia - biquíni - globo.
criando uma imagem de forte expressão. C) bambu - através - sozinho - juiz
O Mulheres do Taiti, de Paul Gauguin, é um dos quadros D) econômico - gíz - juízes - cajú.
da última parte da mostra, chamada de A Cor em Liberalidade, E) portuguêses - princesa - faísca.
que tem como marca justamente a inspiração que artistas como
Gauguin e Paul Cézanne buscaram na natureza tropical. A pin- 05. INSTITUTO CIDADES – Assistente Administrativo VII –
tura é um dos primeiros trabalhos de Gauguin desenvolvidos 2017 - CONFERE
na primeira temporada que o artista passou na ilha do Pacífico, Marque a opção em que as duas palavras são acentuadas
onde duas mulheres aparecem sentadas a um fundo verde-es- por obedecerem à regras distintas:
meralda, que lembra o oceano. A) Catástrofes – climáticas.
B) Combustíveis – fósseis.
A exposição vai até o dia 7 de julho, com entrada franca.
C) Está – país.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2016-05/
D) Difícil – nível.
mostra-otriunfo-da-cor-traz-grandes-nomes-do-pos-impressio-
nismo-para-sp Acesso em: 29/05/2016.

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LÍNGUA PORTUGUESA

06. IF-BA - Administrador – 2016 - FUNRIO ————————————————————————


Assinale a única alternativa que mostra uma frase escrita
inteiramente de acordo com as regras de acentuação gráfica vi- ————————————————————————
gentes. ————————————————————————
A) Nas aulas de Ciências, construí uma mentalidade ecoló-
gica responsável. ————————————————————————
B) Nas aulas de Inglês, conheci um pouco da gramática e da
cultura inglêsa. ————————————————————————
C) Nas aulas de Sociologia, gostei das idéias evolucionistas ————————————————————————
e de estudar ética.
D) Nas aulas de Artes, estudei a cultura indígena, o barrôco ————————————————————————
e o expressionismo
E) Nas aulas de Educação Física, eu fazia exercícios para glu- ————————————————————————
teos, adutores e tendões. ————————————————————————
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RESPOSTAS
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01 C ————————————————————————
02 A ————————————————————————
03 CERTO
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04 C
05 C ————————————————————————
06 A ————————————————————————
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ANOTAÇÃO ————————————————————————
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