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MATERI

ALSUPLEMENTARPARAACOMPANHAR
Soluções de Problemas Complementares

Capítulo 1

Solução 1.1

⎛ Gs ⎞
Equação (1.41): d = ⎜ ⎟ : Expressando o índice de vazios:
⎝ 1+e⎠ w
Gs γ w 2,7 × 9,81
e= −1 = − 1 = 0,56 (56%)
γd 17
h Gs
Equação (1.36): e= Expressando o teor de umidade:
Sr
e Sr 0,56 × 0,53
h= = = 0,11 (11%)
Gs 2,7
γ
Equação (1.40): d = Expressando o peso específico:
1+h
 = (1 + h) d = (1 + 0,11) × 17 = 18,87 kN/m3
W
Equação (1.20): = Expressando o peso total:
V
W = V
Em que, V = 1500 cm3 = 1500 × 10−6 m3
Portanto, W = 18,87 × 1500 x 10−6 = 0,0283 kN
Equação (1.37): W = (1 + h )Ws Expressando o peso total dos sólidos:
W 0,0283
Ws = = = 0,0255 kN
1+h 1 + 0,11

Equação (1.17): W = Ws + Ww Expressando o peso da água:

Ww = W − Ws = 0,0283 − 0,0255 = 0,0028 kN

Equação (1.18): Ww = 9,81 × 10−3 Mw Expressando a massa de água:

103 Ww 103 × 0,0028


Mw = = = 0,285 kg
9,81 9,81
eV
Equação (1.46a): Va = −103 Mw
1+e
0,56 × 1500
= −103 × 0,285 = 253,5 cm3
1 + 0,56

Resultados: Volume de ar = 253,5 cm3


Peso de água = 0,0028 kN
Massa de água = 0,285 kg

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2  j  Soluções de Problemas Complementares

Solução alternativa para Va:


⎛ 1+e⎞ eV
Equação (1.11): V= ⎜ ⎟ V ∴ Vv =
⎝ e ⎠ v 1+e

Vw SreV
Equação (1.9): Sr = ∴ Vw = Sr Vv =
Vv 1+e

eV S eV
Equação (1.2): Vv = Vw + Va ∴ Va = Vv − Vw = eV −S eV r

Vv = Vw + Va ∴ Va = Vv − Vw = 1 + e− r 1 + e
1+e 1+e
eV 0,56 × 1500
∴ Va = eV (1 − Sr) =0,56 × 1500 × (1 − 0,53) = 253,1 cm3 (Como antes)
∴ Va = 1 + e(1 − Sr) = 1 + 0,56 × (1 − 0,53) = 253,1 cm3 (Como antes)
1+e 1 + 0,56

Solução 1.2
Vv
Equação (1.7): n= ∴ Vv = n V = 0,35 × 5260 = 1841 cm3
V
Equação (1.1): V = Vs + Vv ∴ Vs = V − Vv = 5260 − 1841 = 3419 cm3

Equação (1.13): e= n = 0,35 = 0,538 (53,8%)


1 − n 1 − 0,35
O grau de saturação da areia, em seu estado original, pode ser agora calculado a partir de:
h1 Gs 0,15 × 2,67
Equação (1.36): e= ∴ Sr = = 0,744 (74,4%)
Sr 0,538

O volume de água na areia, em seu estado original, é calculado a partir de:


Vw
Equação (1.9): Sr = ∴ Vw = Sr Vv = 0,744 × 1841 = 1370 cm3
Vv

Quando o solo é completamente saturado, então Sr = 1, que é 1 = Vw/Vv ou Vw = Vv


O volume adicionado de água (dVw) é, portanto, dado por:
dVw = Vv − 1370 = 1841 − 1370 = 471 cm3
O peso (dVw) da água adicionada é dado por:
δWw
Equação (1.23): w = ∴Ww = w Vw = 9,81 × (471 × 10−6) = 4621 × 10−6 kN
δVw
103 × 4621 × 10−6
Massa de água adicionada = = 0,471 kg
9,81

Resultados: Peso de água adicionada = 0,00462 kN


Massa de água adicionada = 0,471 kg

Solução alternativa:
Teor de umidade inicial: h1 = 15%
Índice de vazios: e = 53,5%
Volume de vazios: Vs = 3419 cm3

Equação (1.34): Gs = gs/gw ∴ gs = Gsgw = 2,67 × 9,81 = 26,2 kN/m3


Equação (1.33): gs = Ws/Vs ∴ Ws = gs Vs = 26,2 × (3419 ×10−6) = 0,0896 kN
Soluções de Problemas Complementares  j 3

Teor de umidade final (h2) após a saturação (Sr = 1) é dado por:

Equação (1.36):   h2 = e/Gs = 0,538/2,67 = 0,2015 (20,15 %)

Variação no teor de umidade: dw = h2 − h1 = 0,2015 − 0,15 = 0,0515 (5,15%)

Peso da água adicionada (dww) é calculado a partir de:

Equação (1.35a):  dh2 = dww / ws   dww = dh2 × ws = 0,0515 × 0,0896 = 0,00461 (como antes)

Solução 1.3

Equação (1.43):
⎛ G − 1⎞ (G − 1) γ w −1 = (2,65 − 1) × 9,81 −1 = 0,863
 ʹ = ⎜ s ⎟ w ∴ e = s
⎝ 1 + e ⎠ γʹ 8,69

Equação (1.36): Grau de saturação: Sr = hGs/e = 0,15 × 2,65/0,863 = 0,461


Portanto, a água preenche 46,1% dos vazios
⎛ 1 + e ⎞ Vw eVSr 0,863 × 3000 × 0,461
Equação (1.14): Sr = ⎜ ⎟ ∴ Vw = =
⎝ e ⎠V 1+e 1 + 0,863
= 640,6 cm3 = 640,6 × 10−6 m3

Ww
Equação (1.23): w = ∴ Ww = w Vw = 9,81 × (640,6 × 10−6) = 0,00628 kN
Vw
103 × Ww 103 × 0,00628
Sua massa Mw = = = 0,64 kg
9,81 9,81
Resultados: a) Porcentagem de vazios preenchidos com água = 46,1%.
b) Peso da água nos vazios = 6,28 × 10−3 kN
c) Massa de água nos vazios = 0,64 kg

Solução 1.4
⎛ Gs + Sre ⎞ n h Gs
Equação (1.38): = ⎜ ⎟ w em que e = =
⎝ 1+e ⎠ 1−n Sr
Sre
1. Substituindo: Gs =
h
⎛ Sre ⎞ ⎛ 1 ⎞
+ Sre ⎟⎟ ⎜ + 1⎟ Sre γ w ( 1 + h )S re γ w

⎟ w = h

= ⎜ h ⎝ ⎠ =
⎝ 1+e ⎠ 1+e h (1 + e )

⎛1 +h ⎞ ⎛ e ⎞
∴ = ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ S  (1.59) (1.59)
⎝ h ⎠ ⎝ 1+e⎠ r w

hG s n 1
2. Substitua: e= e1+e=1+ = na Equação (1.59):
Sr 1−n 1−n
⎛ hGs ⎞
⎜ ⎟
⎜ Sr ⎟ S 
⎛ 1+h ⎞
= ⎜ ⎟ ⎜ 1 ⎟ r w
⎝ h ⎠ ⎜ ⎟
⎝ 1−n ⎠
⎛ 1 + h ⎞ ⎡ h G s ( 1 −n ) ⎤
= ⎜ ⎟ ⎢ ⎥ Sr w
⎝ h ⎠ ⎣ Sr ⎦
4  j  Soluções de Problemas Complementares

hG s n 1
e= e1+e=1+ = na Equação (1.59):
Sr 1−n 1−n
⎛ hGs ⎞
⎜ ⎟
⎜ Sr ⎟ S 
⎛ 1+h ⎞
= ⎜ ⎟ ⎜ 1 ⎟ r w
⎝ h ⎠ ⎜ ⎟
⎝ 1−n ⎠
⎛ 1 + h ⎞ ⎡ h G s ( 1 −n ) ⎤
= ⎜ ⎟ ⎢ ⎥ Sr w
⎝ h ⎠ ⎣ Sr ⎦

Cancelando h e Sr:
∴ g = (1 + h) (1 – n) GS gW (1.60)

3.  Para solo saturado Sr = 1 e e = hGs = 1/(1−n)

A partir do qual, h = n/((1−n)Gs) na saturação.

Substitua isso na Equação (1.60):


⎡ n ⎤
sat = ⎢ 1 + ⎥ (1 − n) Gs w
⎣⎢ ( 1 − n ) s ⎥⎦
G

⎡ ( 1 − n ) Gs + n ⎤
= ⎢ ⎥ (1 − n) Gs w Cancelando (1 − n) Gs
⎣⎢ ( 1 − n ) Gs ⎥⎦

∴ sat = [(1 − n) Gs + n] w (1.61) (1.61)


4. Substitua Sr = 1 em (1.59) para obter:

⎛1 + h⎞ ⎛ e ⎞
sat = ⎜ ⎟ ⎜ ⎟  (1.62) (1.62)
⎝ h ⎠ ⎝ 1+e⎠ w

5. Para solo seco Sr = 0 e h = 0. Substitua e = n/(1−n) em (1.38):


⎛ Gs ⎞ ⎡ ( 1 − n ) Gs ⎤
d = ⎜ ⎟  =
⎜ 1+ n ⎟ w ⎢
⎢⎣ 1 − n + n
⎥ w
⎥⎦
⎝ 1−n ⎠

Cancelando n no denominador:

∴d = (1 − n) Gs w (1.63) (1.63)



6. A partir de (1.61): sat = (1 − n) Gs w + n w
}

d
A partir do qual, gd = gsat − n gw (1.64)

7. Para solo submerso Sr = 1 e = hGs = n/(1−n)


A partir de (1.31): g9 = g sat − g w
⎛1 +h ⎞ ⎛ e ⎞
Usando (1.59):  ʹ = ⎜ ⎟ ⎜ ⎟  −
⎝ h ⎠ ⎝ 1+e⎠ w w
⎡ ( 1 + h )e ⎤
= ⎢ − 1⎥ w
⎣⎢ ( 1 + e ) h ⎥⎦

⎡ e + eh − h − eh ⎤
= ⎢ ⎥
⎣⎢ ( 1 + e ) h ⎥⎦ w
Soluções de Problemas Complementares  j 5

Cancelando os termos em:

∴γ ʹ =
(e − h ) γ w
(1.65)
(1.65)
(1 + e ) h

8. Expresse gsat a partir de (1.64): g sat = g d − ng w
Portanto,  ʹ= (d + nw)−w
= d + nw−w
E  ʹ= d−(1 − n) w (1.66) (1.66)

Solução 1.5

a) Calibração: M2 = 4,991 kg
M1 = 0,58 kg
M3 = 1,19 kg
Vc = 2000 cm3 = 2 × 10−3 m3

A densidade de massa seca da areia é dada por:


M2 − M3 − M 1 4,991 − 1,19 − 0,58
 s= = = 1610 kg/m3
V 2 × 10−3

b) Teste: M4 = 2,574 kg
h = 19%
M5 = 2,321 kg

Massa da areia no furo: Ms = M2 − M1 − M5


= 4,991 − 0,58 − 2,321
= 2,09 kg
Ms 2,09
Volume do furo: V = = = 1,3 × 10—3 m3
ρs 1610

M4 2,574
Massa específica do solo:  = = = 1980 kg/m3
V 1,3 × 10−3
ρ 1980
Massa específica seca:  d = = = 1664 kg/m3
1+h 1 + 0,19
Peso específico seco: d = 1664 × 9,81 × 10−3 = 16,32 kN/m3

Solução 1.6
a)  Etapa 1: Para o índice de vazios no estado mais denso, expresse emáx a partir de (1.47):
emáx − e Dr Dr
Dr = 100 × emáx − emín = emáx − e
emáx − emín 100 100

⎛ D ⎞ Dr
⎜ 1 − r ⎟ emáx = e − e
⎝ 100 ⎠ 100 mín
6  j  Soluções de Problemas Complementares

Dr 40
e− emín 0,52 − × 031
100 100 0,396
A partir do qual, emáx = = = = 0,66
Dr 40 0,6
1− 1−
100 100

Etapa 2: O volume de sólidos é dado por:


hs
Equação (1.32): Vs =
ρs Ms 100 × 103
Vs = = = 37594 cm3
Equação (1.33):  s = Gs  w Gs ρ w 2,66 × 1

   w = 1 g/cm
3

Etapa 3: O volume de vazios é dado pela Equação 1.5, em geral sendo: Vv = Vs e


Etapa 4: Pela Equação (1.1), o volume total é: V = Vv + Vs
Etapa 5: Tabulando os cálculos para os volumes:

Tabela 1.15

Vv (cm3) V Vv Vs (cm3)

emáx = 0,66 = 0,66 × 37594 = 24812 = 24812 + 37594 = 62406


e = 0,52 = 0,52 × 37594 = 19549 = 19549 + 37594 = 57143
emín = 0,31 = 0,31 × 37594 = 11654 = 11654 + 37594 = 49248

b)  O grau de saturação é Sr = 0,8, de forma que a partir de (1.36) em geral:


Sre 0,8
h= = e = 0,3 e
Gs 2,66

Tabela 1.16

h%

emáx = 0,66 30 × 0,66 = 19,8


e = 0,52 30 × 0,52 = 15,6
emín = 0,31 30 × 0,31 = 9,3

c)  O grau de saturação é Sr = 1, de forma que a partir de (1.42) em geral:


⎛G +e⎞ ⎛ 2,66 + e ⎞
sat = ⎜ s ⎟  = ⎜ ⎟ × 9,81
⎝ 1+e ⎠ w ⎝ 1+e ⎠

Tabela 1.17

(2,66  e)  9,81 1 e sat (kN/m3)

emáx = 0,66 32,57 1,66 19,6


e = 0,52 31,20 1,52 20,5
emín = 0,31 29,14 1,31 22,2
Soluções de Problemas Complementares  j 7

Solução 1.7
Dado: W = 48,5 kN
V = 2,5 m3
Gs = 2,7
  Sr = 1
Peso específico, g sat = M/V = 48,5/2,5 = 19,4 kN/m3
Expressando o índice de vazios a partir da Equação (1.42): g sat = (Gs+e)/(1+e)g w
19,4
× (1 + e) = 2,7 + e 0,98e = 0,72
9,81
0,72
1,98 + 1,98e = 2,7 + e ∴ e= = 0,735
0,98

Teor de umidade a partir da Equação (1.36): h = e/Gs = 0,735/2,7 = 0,27


Peso dos sólidos a partir da Equação (1.37): Ws = W/(1+h) = 48,5/1,27 = 38,2 kN
Peso da água a partir da Equação (1.17): Ww = W—Ws = 48,5 – 38,2 = 10,3 kN
Portanto, o volume de água: Vw = Ww/g w = 10,3/9,81 = 1,05 m3

Solução 1.8
a)  Solo no campo: V1 = 1 m3
W
W = 18,1 kN ∴ 1 = = 18,1 kN/m3
V1
Ws
WS = 16 kN ∴ d1 = = 16 kN/m3
  V1

Peso da água: Ww = W—Ws = 18,1 2 16 = 2,1 kN


Teor de umidade: Ww/Ws = 2,1/16 = 0,131
O índice de vazios é expresso a partir de (1.39):

e1 =
( 1 + h )G s γw
−1 =
1,131 × 2,66 × 9,81
−1 = 0,631
γ1 18,1

O volume de ar é dado por (1.46):


eV
1 1 Ww 0,631 × 1 2,1
Va1 = − = − = 0,173 m3
1 + e1 γw 1,631 9,81

A porcentagem de vazios de ar é dada por (1.49):


Va1 0,173
Pa1 = 100 × = = 17,3%
V1 1

Solo compactado

Etapa 1:  Considerar o mesmo peso de solo compactado ao peso específico seco = 18,2 kN/m3 em
h = 13,1%
8  j  Soluções de Problemas Complementares

Dados : W = 18,1 kN
Ws = 16 kN h = 0,131 V2 = ?
Ww = 2,1 kN
  d2 = 18,2 kN

γ2
Etapa 2:  A partir de (1.40): d2 = ∴ 2 (1 + h) d2 = 1,131 × 18,2 = 20,6 kN/m3
1+h

1,131 × 2,66 × 9,81


Etapa 3: e2 = −1 = 0,433
  20,6

Ws
Etapa 4:  A partir de (1.44): Vs =
Gs γ w
V2 =
( 1 + e )W
2 s
=
1,433 × 16
= 0,88 m3
V2 Gs γ w 2,66 × 9,31
A partir de (1.45): Vs =
1 + e2

e V
2 2 W 0,433 × 0,88 2,1
Etapa 5: Va2 = − w = − = 0,052 m3
  1 + e2 γ w 1,433 9,81

Va2 5,2
Portanto, Pa2 = 100 = = 5,91%
V2 0,88

Resumo: Como W = 18,1 kN (1 m3) do solo é compactado dentro de um volume de 0,88 m3, o(a):

1. Índice de vazios diminui de 63,1% a 43,3%.


2. Percentagem do ar diminui de 17,3% a 5,91%.

b)  Volume do solo escavado = 1 × 40000 = 4 × 104 m3


Volume após a compactação: V = 0,88 × 4 × 104 = 3,52 × 104 m3
Mas, o volume do aterro é dado por: V = Ax
em que, A = 12 m2
x = comprimento do aterro
V 3,52 × 104
Portanto, x = = = 2933 m = 2,933 km
  A 12

Solução 1.9
a)  A partir de (1.40):   = (1 + h ) d = 1,12 × 16 = 17,9 kN/m3

h Gs Sre 0,49e
b)  A partir de (1.36): Sr = Gs = = = 4,08 e
e h 0,12

⎛ Gs + Sre ⎞ γ 17,9
A partir de (1.38): = ⎜ ⎟  G = (1 + e) −Sre = (1 + e) × −0,49e
⎝ 1+e ⎠ w s γ 9,81
  w  
17,9
Igualando: Gs = 4,08e = (1 + e) × −0,49e
9,81
1,82
4,08e = 1,82 + 1,82e − 0,49e e= = 0,66
2,75
Expressando 2,75 e = 1,82

Portanto, Gs = 4,08 × 0,66 = 2,7

⎛G +e⎞ ⎛ 2,7 + 0,66 ⎞


A partir de (1.43): sat = ⎜ s ⎟ w = ⎜ ⎟ × 9,81 = 19,9 kN/m3
⎝ 1+e ⎠ ⎝ 1,66 ⎠
Soluções de Problemas Complementares  j 9

Solução 1.10
1.  Peso total: W = g V = 17,9 × 0,15 = 2,69 kN
2.  Peso dos sólidos: Ws = W/(1+ h) = 2,69/1,12 = 2,40 kN
Peso da água: Ww = W–Ws = 0,29 kN
3.  Volume dos sólidos: Vs = V/(1+e) = 0,15/1,66 = 0,091 m3
Volume da água: Vw = Ww/g w = 0,29/9,81 = 0,029 m3
Volume dos vazios: Vv = eVs = 0,66 × 0,091 = 0,06 m3

Solução 1.11
Ms 412
A partir de (1.57): Gs = = = 2,75
  Ms + M 1 − M2 412 + 1923 − 2189
⎛ M ⎞ ⎛ Gs − 1⎞
A partir de (1.58): h = ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ −1
⎝ M 2 − M 1 ⎠ ⎝ Gs ⎠

⎛ 519 ⎞ ⎛ 2,75 − 1⎞
= ⎜ ⎟ × ⎜ ⎟ −1
⎝ 2185 − 1923 ⎠ ⎝ 2,75 ⎠

908,25
= −1 = 0,26 (26%)
  720,5
Volume da água: Vw = h Ms = 0,26 × 412 = 107 cm3
          
Ms 412
Volume dos sólidos: Vs = = = 150 cm3
         Gs 2,75
Para solo completamente saturado:   Sr = 1 e Va = 0 ∴ Vv = Vw
Portanto, volume total:        V = Vs + Vw = 150 + 107 = 257 cm3

Nota: Todas as características do outro solo podem ser agora determinadas a partir de:
M = 519 g
Ms = 412 g
V = 257 cm3

    Gs = 2,75
M 519
Massa específica (1.20): = = = 2,02 g/cm3
         V 257
Peso específico (1.21):           = 9,81  = 9,81 × 2,02 = 19,8 kN/m3
M 412
Massa seca específica (1.25): d = s = = 1,6 g/cm3
       V 257
Peso seco específico (1.27):       d = 9,81  d = 9,81 × 1,6 = 15,7 kN/m3
Ms 412
Massa específica dos sólidos (1.32): s = = = 2,75 g/cm3 (Gs)
    Vs 150
Peso específico dos sólidos (1.34):    s = 9,81  s = 9,81 × 2,75 = 27 kN/m3
Vv V 107
Índice de vazios (1.05):  e= = w = = 0,71
        Vs Vs 150
10  j  Soluções de Problemas Complementares

Vv V 107
Porosidade (1.6): n= = w = = 0,42
            V V 257
M s + ρw Vv M + Vw 412 + 107
Massa saturada específica (1.28):  sat = = s =
V V 257
     = 2,02 g/cm3

Peso específico saturado (1.29):     sat = 9,81  sat = 9,81 × 2,02 = 19,8 kN/m3

Vw V 107
Verificação para a saturação (1.8): Sr = = w = =1
Vv eVs 0,71 × 150

Notas:
a) A massa específica pode ser determinada também por um becker ou um picnômetro. As equa-
ções do picnômetro são aplicáveis a estes recipientes.

Tampão de vidro
Placa de vidro com furo central
para escape de ar
Frasco
Tampão de borracha

Frasco de gás Picnômetro

Figura 1.27

b) As Equações (1.56) a (1.58) podem ser representadas em diferentes formas, dependendo da


maneira que as massas são medidas durante o ensaio. Meça as massas nas etapas:
Etapa 1:  m1 = massa do picnômetro
Etapa 2:  m2 = massa do picnômetro + solo
Etapa 3:  m3 = massa do picnômetro + solo + água
Etapa 4:  m4 = massa do picnômetro + água

⎛ G ⎞
Nesses termos: Ms = (m3 − m4 ) ⎜ s ⎟
⎝ Gs − 1⎠
m2 − m 1
Gs =
(m4 − m1 ) − (m3 − m2 )
M ⎛ G − 1⎞
m= ⎜ s ⎟ −1

(m 3 − m )
4 ⎝ Gs ⎠

Por comparação: m1 = Mp m2 − m1 = Ms
m2 = Mp + Ms m3 − m2 = M2 − Mp − Ms
m3 = M2 m4 − m1 = M0
  m4 = M1 m3 − m4 = M2 − M1

c) As Equações são aplicáveis a ambos os solos saturados e parcialmente saturados, desde que o
material seco seja colocado dentro do recipiente.
d) Para solo parcialmente saturado, Va é desconhecido e não pode ser obtido a partir da Figura
1.26. Por essa razão, somente Gs, m, Vw e Vs podem ser calculados. Veja o Exemplo 1.9.
e) Para solo completamente saturado, Va = 0, de modo que toda a gama das características do
solo possa ser obtida, como no Problema 1.11.
Soluções de Problemas Complementares  j 11

Capítulo 2

Solução 2.1
a) Primeiro, o gráfico da variação de volume específico/teor de umidade (f versus h) tem de ser
desenhado, usando:
V − V0 V − 1600 V − 1600
(2.8): f = 100 × = 100 × = %
V0 1600 16

1832 − 1600
Para V1 = 1832cm3 com PL = 16% : f 1 = = 14,5%
16
2000 − 1600
Para V2 = 2000cm3 com h = 21% : f2 = = 25%
16
Marque esses dois pontos no Gráfico 2.5. A linha desenhada com o uso deles intercepta o eixo
horizontal no Limite de Contração, que também pode ser calculado a partir dos dois triângulos
semelhantes ABE e ACD.
14,5 25
=
16 − SL 21 − SL
↑ ↑
ABE ACD

Expressando SL: 14,5 × (21 − SL) = 25 × (16 − SL)


304,5 − 14,5 SL = 400 − 25 SL
10,5 SL = 95,5

Portanto, o limite de contração é: LC = 95,5/10,5 = 9,1%

b) Índices de vazios
Como a argila está completamente saturada no estado natural, bem como nos Limites de Con-
tração e de Plasticidade, o índice de vazios para cada teor de umidade pode ser calculado a
partir de:

h Gs
(1.36): e = tomando Sr = 1 ∴ e = h G s = 2,65m
Sr

Para h = 21% e1 = 2,65 × 0,21 = 0,56 (56%)


Para PL = 16% e2 = 2,65 × 0,16 = 0,42 (42%)
Para SL = 9,1% e0 = 2,65 × 0,091 = 0,24 (24%)

Pesos específicos saturados


⎛ Gs + e ⎞ ⎛ 2,65 + e ⎞
(1.42): γ sat = ⎜ ⎟γ = ⎜ ⎟ × 9,81
⎝ 1+e ⎠ w ⎝ 1+e ⎠

⎛ 2,65 + 0,56 ⎞ 3
Para h = 21% γ sat1 = ⎜ ⎟ × 9,81 = 20,2 kN / m
⎝ 1,56 ⎠
⎛ 2,65 + 0,42 ⎞ 3
Para PL = 16% γ sat2 = ⎜ ⎟ × 9,81 = 21,2 kN / m
⎝ 1,42 ⎠
⎛ 2,65 + 0,24 ⎞ 3
Para SL = 9,1% γ sat0 = ⎜ ⎟ × 9,81 = 22,9 kN / m
⎝ 1,24 ⎠
12  j  Soluções de Problemas Complementares

50

h = 21%
PL = 16%
SL = 9,1%
40
Variação de volume específico

30
V − Vo
Vo

C
25
f = 100

20

B
14,6

10

A E D
0
0 10 20 30
SL = 9,1% PL = 16% h = 21%
(16 − SL)

(21 − SL)
Teor de umidade (h%)

Gráfico 2.5

Pesos específicos secos


Para solos saturados, o peso específico seco é obtido a partir das Equações (1.40) e (1.38).
γ ⎛ Gs + Sre ⎞
(1.40): γ d = 1 + h e (1.38) γ =⎜ ⎟γ
⎝ 1+e ⎠ w

⎛G +e⎞
Mas, quando Sr = 1 γ sat = ⎜ s ⎟γ
⎝ 1+e ⎠ w

γ sat
Portanto, γ d =
1+ h
20,2
Para h = 21% γ sat 1 = 20,2 kN/m3 ∴ γ d1 = = 16,7 kN/m3
1,21
21,2
Para PL = 16% γ sat2 = 21,2 kN/m3 ∴ γ d2 = = 18,3 kN/m3
γ ⎛ Gs + Sre ⎞
(1.40): γ d = 1 + h e (1.38) γ =⎜ ⎟γ
⎝ 1+e ⎠ w
Soluções de Problemas Complementares  j 13
⎛G +e⎞
Mas, quando Sr = 1 γ sat =⎜ s ⎟γ
⎝ 1+e ⎠ w

γ sat
Portanto, γ d =
1+ h
20,2
Para h = 21% γ sat 1 = 20,2 kN/m3 ∴ γ d1 = = 16,7 kN/m3
1,21
21,2
Para PL = 16% γ sat2 = 21,2 kN/m3 ∴ γ d2 = = 18,3 kN/m3
1,16
22,9
Para SL = 9,1% γ sat0 = 22,9 kN/ m3 ∴ γ d0 = = 21 kN/m3
1,091

Resultados:
a) Limite de Contração = 9,1%
b)
Tabela 2.12

e% sat (kN/m3) d (kN/m3)

h = 21% 56 20,2 16,7


PL = 16% 42 21,2 18,3
SL = 9,1% 24 22,9 21

Solução 2.2

a) Etapa 1: Desenhar as curvas granulométricas peneira diagonal a partir da distribuição do tama-


nho das partículas dos materiais A e B.
Etapa 2: Plotar as percentagens do material C ao longo da curva granulométrica associada no
Gráfico 2.6.
Etapa 3: Obter a distância média dos pontos plotados na etapa 2, a partir da vertical A, e dese-
nhar uma linha vertical através dele. Esta linha representa a estimativa do material C.
Etapa 4: A partir do Gráfico 2.6:
a = 37,4 mm
b = 32,6 mm

A razão da mistura é dada por (2.20):


b 32,6
R= = = 0,872
a 37,4
Etapa 5: Verificar com o uso da Equação (2.24):
R PA + PB
P=
1+R

Expressando R: P + PR = RPA + PB
R (P − PA ) = PB − P
PB − P
R=
P − PA

Escolha um tamanho para a abertura da peneira. Adotando-se 5 mm:


A partir do Gráfico 2.6:
P = 48,5%
5 − 48,5
PA = 98% ∴R = = 0,88
48,5 − 98
PB = 5%
14  j  Soluções de Problemas Complementares

Tamanhos de abertura da peneira


(mm) Distribuição resultante
A B
100 20 100
98
98,3%

90 90

10 Média vertical

80 80

75 5

70 70
Distribuição granulométrica do material A (%)

Distribuição granulométrica do material B (%)


68%
2,36

60 60
1,18

50 48,5% 50

45
42%
40 40

0,6 35%

30 30

21%
20 20

0,3

10 9% 10
Plotado Pc
5
2 0,15 1%
0 0
a = 37,4 mm b = 32,6 mm

b 32,6
Razão da mistura: R = = = 0,87
a 37,4

Gráfico 2.6

b) A distribuição obtida graficamente pode ser verificada por (2.24). Todas as distribuições são
tabuladas aqui para comparação.
Soluções de Problemas Complementares  j 15

Tabela 2.14

Tamanho da
abertura da
peneira (mm) 0,1 0,15 0,3 0,6 1,18 2,36 5 10 20 40

Material A: PA% 0 2 20 45 75 90 98 100 100 100


Material B: PB% 0 0 0 0 0 0 5 40 97 100
Material resultante 0 1 9 21 35 42 48 68 98 100
0,87 PA + PB
P= %
1 + 0,87
Distribuição PC% 0 1 10 21 34 44 48 70 98 100

Conclusão: Caso os materiais A e B sejam misturados de modo que 100 kg (opinião) de B são adi-
cionados a 0,87 × 100 = 87 kg de A, então a distribuição granulométrica do material resultante se
aproxima da distribuição dada PC.
16  j  Soluções de Problemas Complementares

Capítulo 3

Solução 3.1
A Figura 3.4 do livro-texto mostra o esquema de um permeâmetro de carga constante.

a) O coeficiente de permeabilidade é dado por:


qL 83,30
(3.9): k = = = 0,039 cm/s
Aht 150 × 19,2 × 22
= 3,9 × 10−4 m/s

h 19,2
b) (3.2): Gradiente hidráulico: i= = = 0,64
L 30
(3.1): Velocidade de descarga: υ = ki = 0,64 × 3,9 × 10−4
= 2,5 × 10−4 m/s

ki 2,5 × 10−4
c) (3.7): Velocidade de percolação: υs = = = 6,4 m/s
n 0,39

d) O gradiente hidráulico crítico é dado por:


Gs − 1
(3.38) : i c =
1+e 2,66 − 1
∴ ic = = 1,01
n 0,39 1 + 0,64
(1.13) : e = = = 0,64
1 − n 1 − 0,39

hc
e) (3.2): i c = Logo, a carga hidráulica crítica é:
L h = Li = 30 × 1,01 = 30,3 cm
c c

γʹ
f) (3.37): i c = Logo, o peso específico submerso é:
γw
γ ʹ = γ wi c = 9,81 × 1,01 = 9,9 kN/m3

Resultados: a) k = 3,9 × 10−4 m/s


b) i = 0,64
c) υ = 2,5 × 10−4 m/s
d) υs = 6,4 m/s
e) i c = 1,01
f) γ ʹ = 9,9 kN/m3

Solução 3.2
A partir da figura: r1 = 5 m z1 = 4 m ∴ y 1 = 9 − (1,5 + 4) = 3,5 m
r2 = 1000 m z 2 = 0 ∴ y 2 = 9 − 1,5 = 7,5 m

Usando estes dados, referenciados aos dois poços de observação, a velocidade de fluxo (ou escoa-
mento) do aquífero é dado pela Equação (3.23);
Q ⎛r ⎞
k= ln ⎜ 2 ⎟ a partir do qual o escoamento é
2 πh0 (y 2 − y 1 ) ⎝ r1 ⎠

2π kh0 (y 2 − y 1 )
expresso como: Q =
⎛r ⎞
ln ⎜ 2 ⎟
⎝ r1 ⎠
2 × π × 2,5 × 10−2 × 3 × ( 7,5 − 3,5)
=
⎛ 1000 ⎞
Soluções de Problemas Complementares  j 17
Q ⎛r ⎞
k= ln ⎜ 2 ⎟ a partir do qual o escoamento é
2 πh0 (y 2 − y 1 ) ⎝ r1 ⎠

2π kh0 (y 2 − y 1 )
expresso como: Q =
⎛r ⎞
ln ⎜ 2 ⎟
⎝ r1 ⎠
2 × π × 2,5 × 10−2 × 3 × ( 7,5 − 3,5)
=
⎛ 1000 ⎞
ln ⎜ ⎟
⎝ 5 ⎠
1,88
= = 0,355 m3 /s (metros cúbicos por segundo)
5,298

Solução 3.3
Desenhe a rede de fluxo no Gráfico 3.7 e observe as quantidades:

Perda de carga total : H = 18 m


Número de canais de fluxo : Nf = 4
Número de quedas potenciais
(N.o de quadrados nos canais de fluxo) : Ne = 14

Na quina D:

Carga total em D : HT = 22 + 2 = 24 m
N.o de quadrados entre D e o pé do talude : Nx = ND = 6

A perda de carga na quina D é dada por:


⎛N ⎞ ⎛ 6⎞
(3.27): HD = H ⎜ x ⎟ = 18 ⎜ ⎟ = 7,71 m
N
⎝ e⎠ ⎝ 14 ⎠
(3.28): hD = HT−HD = 24−7,71 = 16,29 m, que é a pressão na quina D.
(3.29): Pressão de percolação em D: uD = γ WhD = 9,81 × 16,29
= 160 kN/m2

Na quina E:

Carga total em E : HT = 24 m
N.o de quadrados entre D e o pé do talude : Nx = NE = 12,5

A perda de carga na quina D é dada por:


⎛ 12,5 ⎞
(3.27): HE = 18 × ⎜ ⎟ = 16,1 m
⎝ 14 ⎠
(3.28): hE = 24 − 16,07 = 7,93 m
(3.29): uE = 9,81 × 7,93 = 77,8 kN/m2

Resultados Pressão de levantamento em D = 160 kN/m2


Pressão de levantamento em E = 77,8 kN/m2
18  j  Soluções de Problemas Complementares

14

13
E

12
11
10
9
50 m

Pressão de levantamento em E = 77,8 kN/m2


Pressão de levantamento em D = 160 kN/m2
8

4
7
2
1

6
11m

5
D

4
3
2
1

Gráfico 3.7

Solução 3.4
Considerando que o nível d’água e o nível do terreno são coincidentes, logo, a pressão artesiana
(hA) é medida a partir disto.
   Pressão hidrostática = hA gw = 29,43 kN/m2
   A espessura (z) pode ser estimada de várias formas.
zγ ʹ
Procedimento 1:   A partir da Equação (3.34) Fs =
  γ w (h1 − h2 )
Soluções de Problemas Complementares  j 19

em que, (h1 − h2 ) = hA = 3 m

E γ ʹ = 18,9 − 9,81 = 9,09 kN/m3


zγ ʹ ⎛γ ⎞ 9,81
Na ruptura, Fs = 1 = ∴ z = ⎜ w ⎟ hA = × 3 = 3,24 m
hAγ w ⎝ γ ʹ⎠ 9,09

Procedimento 2:  Na base da areia:


σ = zσγ sat 18,9
= z=γ sat = z18,9z

u = zuγ w= +zγσwA +=σ9,81z + 29,43


A = 9,81z + 29,43

σ ʹ = σ ʹ−=uσ=−18,9
u = z18,9z −z9,81
− 9,81 − 29,43
z − 29,43
= 9,09 z − 29,43
= 9,09z − 29,43
Na ruptura,
Na ruptura, ʹ = 0
 ʹ==9,09z − 29,43
0 = 9,09z − 29,43
29,43
Logo,
Logo, z = z = 29,43
= 3,24 m m
= 3,24
9,099,09
Verificar: O gradiente hidráulico crítico é unitário na ruptura.
γ ʹ 9,09
A partir de (3.37): i c = = = 0,93 ≈ 1. Logo,
γ w 9,81

z = 3,24 m é a espessura crítica.

Solução 3.5
⎛ G − 1⎞ ⎛ Gs − 1 ⎞ (Gs − 1)(1 − n) γ w
(1.43) γ ʹ = ⎜ s ⎟ γ w γ ʹ= ⎜
⎝ 1+e ⎠ n ⎟γw = 1−n +n
⎜ 1+ ⎟
n ⎝ 1−n⎠
(1.13) e =
1−n ∴ γ ʹ = (Gs − 1) (1 − n)γ w (3.51)
γʹ
(3.37) i c = ∴ i c = (Gs − 1) (1 − n) (3.52)
γw

⎛ G − 1⎞ ⎛ G ⎞ γ γw
Também, γ ʹ = ⎜ s ⎟ γ w = ⎜ s ⎟ γ w − w γ ʹ=γd −
⎝ 1+e ⎠ ⎝ 1+e⎠ 1+e 1+e
Expressando o índice de vazios
⎛ Gs ⎞
(1.41) γd = ⎜ ⎟γ γw
⎝ 1+e⎠ w e= −1 (3.53)
γd −γ ʹ

Solução 3.6
Gs γ w Gs γ w
(1.41) Expressando o índice de vazios: 1 + e = ∴ e= −1
γd γd

γw Gγ 1 G
(3.53) Igualando: e = −1= s w −1 ∴ = s
γd −γ ʹ γd γd −γ ʹ γd

Expressando:d = Gsd − Gs ʹ = Gsd − Gs ʹ

Gsγ ʹ = (Gs − 1) γ d
Gs i cγ w
γʹ ∴ γd =
Mas, i c = G si cγ w = (Gs − 1 ) γ d Gs − 1
γw
2,65 × 1,02 × 9,81
= = 16 kN/m3
Gs γ w Gs γ w
(1.41) Expressando o índice de vazios: 1 + e = ∴ e= −1
γd γd
20  j  Soluções de Problemas Complementares
γw Gγ 1 G
(3.53) Igualando: e = −1= s w −1 ∴ = s
γd −γ ʹ γd γd −γ ʹ γd

Expressando:d = Gsd − Gs ʹ = Gsd − Gs ʹ

Gsγ ʹ = (Gs − 1) γ d
Gs i cγ w
γʹ ∴ γd =
Mas, i c = G si cγ w = (Gs − 1 ) γ d Gs − 1
γw
2,65 × 1,02 × 9,81
= = 16 kN/m3
2,65 − 1

Gs γ w 2,65 × 9,81
(3.54) e = −1= − 1 = 0,62
γd 16
A areia é totalmente saturada, logo Sr = 1.

e 0,62
A partir de (1.36):m = = = 0,23 (23%)
Gs 2,65

Solução 3.7
S = área do diagrama da pressão de levantamento por metro
⎛ 221 + 184 184 + 159 159 + 135 135 + 110 110 + 78 ⎞
S = 10 × ⎜ + + + + ⎟
⎝ 2 2 2 2 2 ⎠
= 5 × (405 + 343 + 294 + 245 + 188)
= 5 × 1475 = 7375 kN/m comprimento da barragem.

Solução 3.8
Equação geral:
h = ex2 + fx + g
Sua derivada:
dh
= 2ex + f
dx
Determine as constantes e, f e g:
Em x = 0
hb = 0 + 0 + g ∴ g = hb
h = hb
h = ex 2 + hb
dh
=0 0 = (2e ) × 0 + f ∴f = 0
dx
x =a ha − h b
ha = ea 2 + hb ∴ e =
h = ha a2

Logo, a equação da parábola é:

⎛ ha − hb ⎞ 2
h=⎜ ⎟ x + hb
⎝ a2 ⎠

Integrando para o valor médio de h


a a
1 1 ⎡⎛ ha − hb ⎞ 2 ⎤
h1 = h dx = ∫ ⎢ ⎜ ⎟ x + hb ⎥ dx
a∫ 0
a ⎣⎝ 0
a 2
⎠ ⎦
a
h − h ⎡x3 ⎤ h a
h1 = a 3 b ⎢ ⎥ + b ⎣⎡x ⎦⎤ 0
a ⎣ 3 ⎦0 a
ha − hb ⎛ a 3 ⎞
= ⎜ ⎟ +h
a3 ⎝ 3 ⎠ b
Soluções de Problemas Complementares  j 21
a a
1 1 ⎡⎛ h − h ⎞ ⎤
h1 = ∫h dx = ∫ ⎢⎜ a 2 b ⎟ x 2 + hb ⎥ dx
a0 a 0 ⎣⎝ a ⎠ ⎦
a
ha − hb ⎡ x 3 ⎤ hb a
h1 = 3 ⎢ ⎥ + ⎣⎡x ⎦⎤ 0
a ⎣ 3 ⎦0 a
ha − hb ⎛ a 3 ⎞
= ⎜ ⎟ +h
a3 ⎝ 3 ⎠ b
ha − hb ha − hb + 3hb
= + hb =
3 3

ha + 2hb
∴ h1 = que é (3.36)
3

Substituindo h1 na equação da curva e expressando sua localização x1:


h − h1 ⎛h −h ⎞
Para ∴ h1 = ⎜ a 2 b ⎟ x 12 + hb
x = x1 ⎝ a ⎠

ha + 2hb ⎛h −h ⎞
ou = ⎜ a 2 b ⎟ x 12 + hb
3 ⎝ a ⎠

Expressando x1:

⎛ ha + 2 hb ⎞ a2
x 12 = ⎜ − hb ⎟
⎝ 3 ⎠ ha − hb
⎡ h − 2hb − 3hb ⎤ 2
=⎢ a ⎥a
⎢⎣ 3 (ha − hb ) ⎥⎦
(h − hb )a 2 = a 2
= a
3 (ha − hb ) 3

a
Logo, x 1 =
3
22  j  Soluções de Problemas Complementares

Capítulo 4

Solução 4.1
A pressão total no topo de uma argila rija é calculada a partir de três componentes:

1. Peso do carregamento original de solo / m2


σ 1 = Hγ = 3 × 19 = 57 kN/m2
2. Menos o peso do solo escavado
σ 2 = Dγ = 1 × 19 = 19 kN/m2
3. Tensão efetiva uniforme líquida aplicada por 200 kN/m2 a 2 m abaixo do centro da sapata,
estimada por meio do diagrama do bulbo de tensões encontrado no Gráfico 4.3. A partir da
Equação 4.15:
σ 3 = I3σ n = 200I3
Em que I3 = fator de influência

Igualando a tensão total à capacidade de carga:


σ 1 − σ 2 + σ 3 = 120
∴ σ 3 = 200I3 = 82 kN/m2
57 − 19 + σ 3 = 120

82
Logo, a largura B = 2b necessária é determinada a partir de: I3 = = 0,41
200
A partir do Gráfico 4.3: z = 2,9b para I3 = 0,41 2
∴b = ≥ 0,69m
Mas z = 2m ∴ 2 = 2,9b 2,9

Logo, a largura necessária: B = 2b = 2 × 0,69 = 1,38m

Verificação
Os resultados acima podem ser verificados analiticamente.

0,69 m ⎛b⎞
(4.13): β = 2 tg−1 ⎜ ⎟
⎝ z⎠
⎛ 0,69 ⎞
= 2 tg−1 ⎜ ⎟ = 38°
⎝ 2 ⎠
z=2m
  38 × π
= = 0,6644 radiano
2 2 180
3 ⎛ β + senβ ⎞
(4.14): σ v = σ 3 = ⎜ ⎟q
⎝ π ⎠
Figura 4.37 ⎛ 0,6644 + sen38⎞
=⎜ ⎟ × 200
⎝ π ⎠
= 0,41 × 200 = 81,5 kN/m2
(≈ 82 kN/m2 )
∴ 57 − 19 + 81,5 = 119,5 kN/m2 ≤ 120 kN/m2

Resultado: Largura necessária da sapata ≥ 1,38 m


Soluções de Problemas Complementares  j 23

Solução 4.2
Os cálculos são apoiados pela Figura 4.38, indicando as variáveis envolvidas.

cL
b q b = 2,5 m
r = 4,5 m
 z
 ⎛r −b⎞ −1 ⎛ 2 ⎞
(4.11): α ° = tg −1 ⎜ ⎟ = tg ⎜ ⎟
H ⎝ z ⎠ ⎝ z⎠
r
v ⎛r + b⎞
(4.12): β ° = tg−1 ⎜ ⎟ −α°
⎝ z ⎠
Figura 4.39
⎛ 7⎞
β ° = tg −1 ⎜ ⎟ − α °
⎝ z⎠

O fator de influência é avaliado por:


β + sen β cos (2 α + β )
(4.7): I2 =
π
(4.8): Tensão vertical:v = I2q

(4.9): Tensão horizontal: σ H = q − σv
π
Elaborando uma tabela com os cálculos:

Tabela 4.3

z (m) 1 2 3 4 5 6 7 7,5

° 63,4 45 33,7 26,6 21,8 18,4 15,9 14,9


 (radiano) 1,107 0,785 0,588 0,464 0,38 0,321 0,278 0,26
° 18,4 29 33,1 33,7 32,7 31 29,1 28,1
 (radiano) 0,322 0,507 0,578 0,588 0,57 0,541 0,507 0,49
I2 0,02 0,086 0,152 0,197 0,222 0,234 0,236 0,236
v (kN/m2) 9,83 43,2 76,2 98,5 111 117 118,2 117,8
H (kN/m2) 92,6 118 107,8 88,7 70,3 55,1 43,2 38,3

Soma das tensões verticais: Σσ v = 691,73 kN/m2


691,73
Valor médio: σ v = = 86,5 kN/m2
8
Soma das tensões horizontais: Σσ H = 614 kN/m2
614
Valor médio: σ H = = 76,8 kN/m2
8
Resultados: Tensão vertical média ≈ 87 kN/m2
Tensão horizontal média ≈ 77 kN/m2
24  j  Soluções de Problemas Complementares

Solução 4.3
Construção do Gráfico 4.10

Dado: C=8 O número de elementos no


S = 12 Gráfico é: E = CS = 8 × 12 = 96
z0 = 15 m
 7 = 70 mm

A partir de (4.30), o fator de influência, que é a contribuição de cada elemento à tensão atuante
no centro, é:

1 1 1
I= = = = 0,0104
E CS 96

Um gráfico completo terá 7 anéis, já que o 8.º não pode ser desenhado com raio infinito. Há 12 ele-
mentos em cada anel, logo, um anel contribui (IS)q = 0,0104 × 12q = 0,125q para a tensão vertical no
centro. A contribuição total de cada círculo, neste exemplo, pode ser tabulada.

Tabela 4.4

Círculo x 0 1 2 3 4 5 6 7 8

v / q 0 0,125 0,25 0,375 0,5 0,625 0,75 0,875 1

O raio fora de escala para cada círculo para a profundidade arbitrária de z0 = 15 m é dado por (4.28):

−2
⎛ σv ⎞ 3
rx = 15 × ⎜ 1 − ⎟ − 1 metros
⎝ q⎠

E o raio em escala (rx), isto é, o raio real desenhado no gráfico é obtido a partir de (4.29):

1000 rx
ρx = (mm) (4.35)
ηo

Em que h0 = escala do gráfico de Newman.
Mas, o raio do 7.º círculo é dado por r7 = 70 mm. Isto garante que o gráfico não é maior que a
⎛σ ⎞
folha de papel que será utilizada. Também, o correspondente ⎜ v ⎟ = 0,875.
⎝ q ⎠7
1000 r7 1000 r7 r
Expressando η0 = = = 7
ρ7 70 0,07
−2
⎛ σ ⎞ 3
−2
Mas, r7 = 15 × ⎜ 1 − v ⎟ − 1 = 15 × (1 − 0,875) 3
− 1 = 26 m
⎝ q⎠
26
E, η0 = = 371 ou 1 : 371
0,07

Os raios (rx) podem agora ser calculados a partir de:

1000 rx r
ρx = = x mm
371 0,371
Soluções de Problemas Complementares  j 25

Tabela 4.5

Círculo x 0 1 2 3 4 5 6 7 8
σv 0 0,125 0,25 0,375 0,5 0,625 0,75 0,875 1
q
rx (m) 0 4,6 6,9 9,1 11,5 14,4 18,5 26 ∞
rx
ρx = (mm) 0 12,3 18,6 24,5 31 38,8 49,8 70 ∞
0,371

O gráfico é completado ao se desenhar a escala de distância MN.. Seu comprimento é dado por:

1000 z0 1000 × 15
MN = = = 40,4 mm
η0 371

Aplicação do gráfico
O acréscimo de tensão em qualquer profundidade z abaixo do centro do gráfico, devido ao formato
da estrutura carregada, pode ser obtido.
Neste caso, para estimar sv a z = 10 m. Primeiro, superponha a forma fornecida, desenhe na es-
cala 1 : h no gráfico. A escala é determinada pela relação proporcional entre z e o comprimento MN.
MN η z
Dado que = , então η =
z 1 MN

Neste caso: z = 10 m 10 × 103


η= = 247,5
MN = 40,4mm 40,4
∴ Escala : 1 : 247,5
Conhecida a escala (h), todos os lados da forma podem ser desenhados. O comprimento em escala (l)

1000 L 1000 L
é dado por: l= mm = = 4,04L (mm)
η 247,5

Em que L = comprimento de um lado em metros.


Os valores calculados são agora tabulados.

Tabela 4.6

Lado L (m) l  4,04 L (mm)


EF 20 80,8 A forma é desenhada
FG 16 64,6 de maneira que a
AH 11 44,4 quina A seja posicionada
DE 10 40,4 sobreposta ao
AB 8 32,3 centro dos círculos.
CD = GH 6 24,2
BC 5 20,2

A partir do gráfico n = 35,8 elementos. A tensão total a z = 10 m abaixo da quina A é dada por:

n n
σv = q = q = Inq = 0,0104 × 35,8 × 350 = 130,3 kN/m2
E cs
A diferença entre este resultado e 138,4 kN/m2 é devido principalmente ao menor número de ele-
mentos no gráfico projetado.
26  j  Soluções de Problemas Complementares

7 6

8 5

9 E F 4

B A

10 3
D C

H G
11 2
M

12 Setor 1
40,4 mm

Escala do gráfico: 1,371


I = 0,0104 Escala do plano para z = 10 m
1:247,5

Gráfico 4.10

Tabela 4.7

Setor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Soma

N.º de elementos 5,7 4,3 3,2 3,2 3,4 2,3 2,3 3,5 6,1 1,8 0 0 35,8
abrangidos
(aproximadamente)

Número total de elementos abrangidos pela forma n = 35,8.


Soluções de Problemas Complementares  j 27

Solução 4.4

(4.37)

(4.38)
28  j  Soluções de Problemas Complementares

Capítulo 5

Solução 5.1
A ruptura da argila rija ocorre quando a tensão efetiva na camada inferior se anula.

Inicialmente

Tensão de sobrecarga total em X: 1 = 19 × 5 + 21 × 2 = 137 kN/m2


Poro pressão em X: u1 = 9,81 × 2 = 19,62 kN/m2
Pressão artesiana em X: A = 45 kN/m2 ↑
Tensão efetiva inicial em X: σ 1ʹ = σ 1 − u 1 − σ A
= 137 − 19,62 − 45 = 72,4 kN/m2

Na ruptura
A tensão efetiva no ponto X é modificada somente pelo peso da sobrecarga removida, que é dada
por gh = 19h.
Portanto, na ruptura: σ ʹ2 =σ ʹ1 −  h = 72,4−19h = 0
σ 1ʹ 72,4
A partir do qual, h = = = 3,81 m
γ 19
Portanto, a água penetra na obra de terra quando a escavação alcança uma profundidade de 3,81 m.

Solução 5.2
Antes de a areia argilosa ser escavada para acomodar o bueiro:

N.T. Ponto 1: σ 1 = 19,1 × 3 = 57,3 kN/m2


u1 = 0
 = 19,1 kN/m3 Areia
3m argilosa σ 1ʹ = σ 1 − u 1 = 57,3 kN/m2
N.A.
1
Ponto 2: σ 2 = 57 × 3 + 20 × 2 = 97,3 kN/m2
2m sat = 20 kN/m3
2
u2 = 9,81 × 2 = 19,62 kN/m2
4m
σ 2ʹ = σ 2 − u2 = 97,3 − 19,62 = 77,68 m
3 Argila rija
Ponto 3: σ 3 = 97 × 3 + 20 × 2 = 137,3 kN/m2
Rocha u3 = 9,81 × 4 = 39,24 kN/m2
σ 3ʹ = 137,3 − 39,24 = 98,1kN/m2
Figura 5.41

No final:
As tensões nos três pontos são modificadas por:

a) escavação do bueiro
b) peso do bueiro e da água
c) peso do novo aterro

a) Tensão liberada pela escavação: sE = 19,1 × 3 = 57,3 kN/m2


b) Peso do bueiro de concreto por metro de comprimento:
Soluções de Problemas Complementares  j 29

5m

4,5 m
Volume: V = 5 × 3 − 2,5 × 4,5 = 3,75 m3
2446 × 9,81
3m 2,5 m Peso: Wc = × 3,75 = 90 kN
103

Figura 5.42

Peso do bueiro e da água com 1,5 m de profundidade.


Wcw = Wc + 9,81 × 1,5 × 4,5 = 90 + 66,2 = 156,2 kN
c) Peso do aterro de 20 m de espessura sobre o bueiro: Wf = 18 × 20 × 5 = 1800 kN
Tensão resultante exercida pelo aterro na camada de argila rija por metro de comprimento:
Wcw + Wf 156,2 + 1800
σc = − σE = − 57,3 = 334 kN/m2
5 5

Tensões finais:
No ponto 1: σ 1 = σ c = 334 kN/m2
u1 = 0
σ 1ʹ = 334 kN/m2
2
No ponto 2: σ 2 = 334 + 20 × 2 = 374 kN/m
u2 = 9,81 × 2 = 19,62 kN/m2
σ 2ʹ = σ 2 − u2 = 374 − 19,62 = 354,38 kN/m2

No ponto 3: σ 3 = 374 + 20 × 2 = 414 kN/m2


u3 = 9,81 × 4 = 39,24 kN/m2
σ 3ʹ = 414 − 39,24 = 374,8 kN/m2
Os resultados estão tabelados para comparações.

Tabela 5.8

Inicialmente (kN/m2) Finalmente (kN/m2)

 u ʹ  u ʹ

Ponto 1 57,30 0 57,30 334 0 334,00


Ponto 2 97,30 19,62 77,68 374 19,62 354,38
Ponto 3 137,30 39,24 98,10 414 39,24 374,80

Solução 5.3
Areia seca (calcule gd)
⎛ Gs + e ⎞
(1.42): γ sat = ⎜ ⎟ ×γw γ sat + eγ sat = Gsγ w + eγ w
⎝ 1+e ⎠

Gs γ w − γ sat 2,65 × 9,81 − 19,8


Índice de vazios: e = = = 0,62 (62%)
γ sat − γ w 19,8 − 9,81
30  j  Soluções de Problemas Complementares

⎛ Gs ⎞ 2,65 × 9,81
(1.41): γd = ⎜ ⎟γw = = 16 kN/m3
⎝ 1+e⎠ 1 + 0,62

Argila siltosa (calcule sat)

m Gs 0,18 × 2,7
(1.36): e= = = 0,486 (48,6%)
Sr 1

⎛ Gs + e ⎞ ⎛ 2,7 + 0,486 ⎞ 3
(1.42): γ sat = ⎜ ⎟γw = ⎜ ⎟ × 9,81 = 21kN /m
⎝ 1+e ⎠ ⎝ 1 + 0,486 ⎠
A Figura 5.44 mostra o peso específico real de cada camada, aplicável no cálculo das tensões.

N.T. Tensões a 3 m abaixo do NT:


Areia seca σ 1 = 16 × 3 = 48 kN/m2
3m
α = 16 kN/m3 u1 = 0
1 N.A.
Argila siltosa σ 1ʹ = 48 kN/m2
4m Tensões a 7 m abaixo do NT:
sat = 21 kN/m3
σ 2 = 48 + 21 × 4 = 132 kN/m2
2
Argila siltosa u2 = 9,81 × 4 = 39,24 kN/m2
σ 2ʹ = 132 − 39,24 = 92,8 kN/m2
Figura 5.44

Solução 5.4
As quantidades necessárias têm que ser expressas em termos de gd e Gs.

γd γd
A partir de (1.60): γ d = ( 1 − n )Gsγ w 1−n = e n=1− (5.26)
Gs γ w Gs γ w
γd
1−
n Gs γ w Gs γ w
A partir de (1.13): e = = e= −1 (5.27)
1−n γd γd
Gs γ w

γdγw ⎛ 1 ⎞
A partir de (1.63): γ ʹ = γ d − (1 − n)γ w = γ d − ∴ γ ʹ = ⎜1− ⎟γd (5.28)
Gs γ w ⎝ Gs ⎠

A partir de (1.31): sat = ʹ + w

Tabelando os valores estimados sobre as características dos solos.

Tabela 5.9

Camada Espessura d  sat


N.º (m) (kN/m3) Gs n e (kN/m3) (kN/m3)
1 6 18,1 2,66 0,306 0,442 11,30 21,10
2 4 17,3 2,68 0,342 0,520 10,85 20,66
3 3,5 15,0 2,76 0,446 0,805 9,56 19,38

a) Tensões em termos dos pesos específicos saturados.


Soluções de Problemas Complementares  j 31

Tabela 5.10

Total:  Poropressão : u Efetiva : u

z (m) kN/m2
0,00 3 × 9,81 = 29,43 3 × 9,81 = 29,43 29,43 − 29,43 = 0
6,00 29,43 + 6 × 21,1 = 156 9 × 9,81 = 88,29 156 − 88,29 = 67,71
10,00 156 + 4 × 20,65 = 238,6 13 × 9,81 = 127,53 238,6 − 127,53 = 111,07
13,50 238,6 + 3,5 × 19,38 = 306,5 16,5 × 9,81 = 161,90 306,5 − 161,90 = 144,60

Esses resultados estão desenhados na Figura 5.45.

b)  As tensões efetivas podem ser determinadas diretamente, sem estimativa das poropressões,
por meio dos pesos específicos submersos.

Tabela 5.11

z (m)  kN/m2
0,00 0
6,00 6 × 11,30 = 67,80
10,00 67,8 + 4 × 10,85 = 111,16
13,50 111,16 + 3,5 × 9,56 = 144,62

Isso confirma os resultados da Tabela 5.10.

Solução 5.5
1/a: Tensão total em X:  = hw + zsat
Poropressão em X: u = (h + z)w + A
Tensão efetiva em X: σ ʹ = σ −u
= hγ w + zγ sat − (h + z )γ w − σ A
= hγ w + zγ sat − hγ w − zγ w − σ A

Cancelando os termos hw :  ʹ = z(sat − w) − A

Portanto, σ ʹ = zγ ʹ − σ A (5.29)

1/b: O peso específico submerso modificado (g") da argila é dada por (5.11) como g" = g9 − igw
hA hA
em que i= ∴ γ ʹʹ = γ ʹ − γ (5.30)
z z w
σ σ
hA = A ∴ γ ʹʹ = γ ʹ − A
γw z

⎛ σ ⎞
A partir de (5.29): σ ʹ = zγ ʹ − σ A = z ⎜ γ ʹ − A ⎟ ∴ σ ʹ = zγ ʺ (5.31)
⎝ z ⎠
32  j  Soluções de Problemas Complementares

2.  Para a espessura crítica: z = zc


 ʹ=0
⎛ σ ⎞
Portanto, z cγ ʺ = z ⎜ γ ʹ − A ⎟ = 0
⎝ zc ⎠

Isto é, γ ʺ=0
σ
σA ∴ zc = A (5.32)
E γ ʹ− =0 γʹ
zc

3. σ A = 18 kN/m2 18
3
zc = = 1,94 m < 3 m
γ ʹ = 19,1 − 9,81 = 9,29 kN/m 9,29

Portanto, a camada de 3 m de espessura não deve romper.


σA 18
Peso específico modificado: γ ʹʹ = γ ʹ − = 9,29 − = 3,29 kN/m3
z 3
Nota: O valor de g" é uma indicação da resistência de uma camada contra a ruptura, quando
submetida à pressão artesiana direta na falta de outra camada sobrejacente.
γ ʹʹ > 0 a camada é estável
Se: γ ʹʹ = 0 a camada se rompe (z = z c)
γ ʹʹ < 0 a camada não tem resistência
Tensão efetiva: Ou σ ʹ = zγ ʹ − σ A
= 3 × 9,29 − 18 = 9,87kN/m2
ou  ʹ = z ʺ = 3 × 3,29 = 9,87 kN/m2
σA 18
Pressão artesiana superior: hA = = = 1,83 m
γ w 9,81
Nota: A Equação (5.31) é aplicável somente a uma camada simples submersa, que pode ser re-
coberta pela água ou sobrecarga acima do nível de água subterrânea. Para duas camadas sub-
mersas, veja os Problemas 5.6 e 5.7.

Solução 5.6
Deduções
1. Tensão total: x = z11 + z22(sat)(sat) + z33(sat)
Poropressão: ux = (z2 + z3)W
Pressão artesiana: A
Tensão efetiva: σ xʹ = σ − u − σ A
= z 1γ 1 + z 2[γ 2(sat) − γ w ] + z 3 [γ 3(sat) − γ w ] − σ A

No topo do pedregulho: ∴ σ ʹx = z 1γ 1 + z 2γ 2ʹ + z 3γ ʹ3 − σ A (5.33)

2. Usando o resultado acima, some ± sA com o objetivo de transformar g29 e g39 em g2" = g29 − sA/z2
e g3" = g3´− sA/z3
Portanto, σ xʹ = z 1γ 1 + z 2γ ʹ2 + z 3γ ʹ3 − σ A + (σ A − σ A )
= z 1 + (z 2γ ʹ2 − σ A ) + (z 3γ ʹ3 − σ A ) + σ A
⎛ σ ⎞ ⎛ σ ⎞
= z 1 γ 1 + z 2 ⎜ γ ʹ2 − A ⎟ + z 3 ⎜ γ ʹ3 − A ⎟ + σ A
⎝ z2 ⎠ ⎝ z3 ⎠

Assim, σ xʹ = z 1γ 1 + z 2γ 2ʹʹ + z 3γ 3ʹʹ + σ A (5.33a) (5.33a)


Soluções de Problemas Complementares  j 33

Solução 5.7
O peso específico modificado para a camada de argila mais abaixo é negativa (g4" = − 4,36 kN/m3).
A camada é muito fina, de modo que desintegraria, mas para o solo acima dela.
Para a parte submersa da argila média g3" ≈ 0. Esta camada somente romperia na falta de so-
brecarga.
Pode-se considerar, portanto, que o primeiro solo de 2 m de espessura, acima do pedregulho,
contribui pouco ou nada na resistência do solo contra sA. Isto pode também ser verificado estiman-
do-se a espessura da camada necessária na ruptura e comparando-se ela com a espessura real.
Aplique a Equação (5.32).
σA 11,8
Para argila média submersa: z c = = = 1,19m ≈ 1,2m
γ 2ʹ 9,89

Portanto, a espessura da camada existente é crítica:


σA 11,8
Para a argila de 0,8 m de espessura: zc = = = 1,14 m > 0,8 m
γ 3ʹ 10,39

Portanto, a espessura é menor que o valor crítico.

Tensões efetivas

a) No ponto x: σ x = 1,5 × 17,1 + 2,11 × 18,32 = 64 kN/m2


ux = σ A = 0 kN/m2
σ ʹx = σ x − ux = 64 − 0 = 64kN/m2

No ponto y: σ y = 64 + 1,2 × 19,7 = 87,7 kN/m2


uy = 1,2 × 9,81 + 11,8 = 23,6 kN/m2
σ ʹy = 87,7 − 23,6 = 64 kN/m2
No ponto z: σ Z = 87,7 + 0,8 × 20,2 = 103,9 kN/m2
uZ = 2 × 9,81 + 11,8 = 31,4 kN/m2
σ ʹz = 103,9 − 31,4 = 72,5 kN/m2

b) No ponto x: σ xʹ = 1,5 × 17,1 + 2,11 × 18,7 = 64 kN/m2


No ponto y: σ yʹ = 64 + 1,2 × 9,89−11,8 = 64 kN/m2
No ponto z: σ zʹ = 64 + 1,2 × 9,89 + 0,8 × 10,39−11,8 = 72,5 KN/m2

c) No ponto x: σ xʹ = 64 kN/m2
No ponto y: Aplique a porção relevante da Equação (5.33a):
σ yʹ = z 1γ 1 + z 2γ 2 + z 3γ 3ʹʹ
σ yʹ = 1,5 × 17,1 + 2,11 × 18,2 + 1,2γ 2ʹʹ = 64,1 + 1,2 × 0,06 = 64 kN/m2

No ponto z: Similarmente, σ ʹZ = z 1γ 1 + z 2γ 2 + z 3γ ʺ3 + z 4γ ʺ4 + σ A
σ ʹz = 64 + 1,2γ ʺ2 + 0,8γ ʺ3 + σ A
= 64 + 1,2 × 0,06 + 0,8 (−4,36) + 11,8 = 72,5kN/m2

Notas:
Dos três procedimentos, (b) é o mais simples. Desde que os pesos específicos submersos sejam co-
nhecidos, as Equações (5.32) e (5.33) podem ser aplicadas diretamente em um número qualquer
de camadas.
Enquanto o peso específico submerso modificado é útil como um indicador da adequação da
espessura da camada, seu uso para cálculos de tensão efetiva é complicado. Também, o termo +sA
depende do número de camadas submersas, como mostrado na Figura 5.49, no qual so indica o peso
do solo acima do nível de água subterrânea.
34  j  Soluções de Problemas Complementares

N.T.

0
z0 0
ʹ = 0
(Quatro camadas
submersas)
z1 ʺ1

ʹ1 = 0 + z1ʺ1
z2 ʺ2
ʹ2 = 0 + z1ʺ1 + z2ʺ2

z3 ʺ3

ʹ3 = 0 + z1ʺ1 + z2ʺ2 + z3ʺ3

z4 ʺ4
x
ʹ4 = 0 + z1ʺ1 + z2ʺ2 + z3ʺ3 + z4ʺ4 + 3A
A

Figura 5.49

Em geral, caso haja um número n de camadas submersas, então sA é multiplicado por (n−1). O mé-
todo de obtenção das expressões foi mostrado no Problema 5.6, para duas camadas.

Solução 5.8
Dados: V = 944 cm3 = 944 × 10− 6 m3
d = 15,1 kN/m3
n = 0,45
Sr = 0,69

a)  Como a água é adicionada ao solo seco, seu peso específico é aumentado em: Dg = g − gd
⎛ Gs + Sre ⎞ ⎛ G + Sre ⎞ ⎛ G ⎞
A partir de (1.38): γ = ⎜ ⎟γ Δγ = ⎜ s ⎟γ −⎜ s ⎟γ
⎝ 1+e ⎠ w ⎝ 1+e ⎠ w ⎝ 1+e⎠ w
⎛ Gs ⎞ γw
A partir de (1.41): γ d = ⎜ ⎟γ = (Gs + Sre − Gs )
⎝ 1+e⎠ w 1+e
⎛ e ⎞
=⎜ ⎟Sγ
⎝ 1+e⎠ r w
⎛ e ⎞
Mas n = ⎜ ⎟ ∴ Δγ = n Srγ w (5.34)
⎝ 1+e⎠
= 0,45 × 069 × 9,81
= 3,05 kN/m3

Assim, o peso específico  = d + Δ = 15,1 + 3,05 = 18,15 kN/m3

A partir de (1.15): Vw = nSrV = 0,45 × 0,69 × 944 × 10− 6 = 293 × 10− 6 m3

Peso Ww = Vww = 293 × 10− 6 × 9,81 = 2,87 × 10− 3 kN

Ou Ww = VΔ = 944 × 10− 6 × 3,05 = 2,88 × 10− 3 kN

103 Ww 103 × 2,88 × 10−3


Massa Mw = = = 0,294 kg
9,81 9,81
Soluções de Problemas Complementares  j 35

b) Tomando Sr = 1 em (5.34): Δ = n = 0,45 × 9,81 = 4,41 kN/m3

Portanto o peso específico: γ sat = γ d + Δγ = 15,1 + 4,41 = 19,51 kN/m3


Também em (1.15): Vw = nV = 0,45 × 944 × 10− 6 = 424,8 × 10− 6 m3
Peso: Ww = VΔ = 944 × 10− 6 × 4,41 = 4,163 × 10− 3 kN
103 × 4,163 × 10−3
Massa: Mw = = 0,424 kg
9,81

Compare esses resultados com aqueles na Tabela 1.5.


36  j  Soluções de Problemas Complementares

Capítulo 6

Solução 6.1
Dado: Altura inicial: h0 = 76 mm
Diâmetro inicial: d0 = 38 mm
382 × π
Logo, a área inicial da seção transversal: A0 = = 1134 mm2
4
E o volume inicial: V0 = h 0A 0 = 76 × 1134 = 86184 mm2

a)  Dado:
Leitura do extensômetro na ruptura: x = 5, 2 mm
Leitura da célula de carga em x: rx = 41 divisões
Carga na ruptura: sx = 150 kN/ m2 ( ≡ sd)

1000 nrx (h0 − x )


A partir de (6.23): σx = kN/m2
V0

1000 × n × 41 × ( 76 − 5,2)
150 = = 33,68
86184
150
Logo, a constante do anel de ensaio: n = = 4,45 N/div
33,68
b) Altura do corpo de prova na ruptura: hx = ho − x = 76 − 5,2 = 70,8 mm

O volume do corpo de prova não muda durante o ensaio não drenado, já que não perde água. Conse-
quentemente, o volume na ruptura Vx é igual a V0 e a área da seção transversal (Ax) na ruptura frágil é:
V0 86184
Ax = = = 1217mm2
hx 70,8
c) Dado:
A inclinação do plano de ruptura:  = 57°
Pressão na célula: c = 0
Tensão desviadora na ruptura: d = 150 kN/m2

A partir de (6.4): φu = 2α − 90 = 2 × 57 − 90 = 24°

Desenhe o diagrama de Mohr no Gráfico 6.7. Primeiro, localize a tangente do ponto P desenhando:
1. O meio-círculo de raio R = 0,5 sd = 75 kN/m2
2. O raio do ângulo 2a = 2 x 57 = 114o
Então desenhe a envoltória de ruptura tangencialmente ao ponto P e meça o ângulo fu = 24o. Em
escala, a coesão é cu = 48,5 kN/m2.

Alternativamente, pela
Alternativamente, pela Equação
equação (6.5):
(6.5): ccuu == si 1tg
tgφfu
u
A partir do gráfico: s = 109 kN/m
A partir do gráfico:  oi= 109 kN/m
1 2
2

Logo, c = 109 × tg 24 = 48,53 kN/m . 2


Logo, cuu = 109 × tg24 = 48,53 kN/m 2
Resultados
a) n = 4,45 N/divisão
b) A x = 1217 mm2
c) cu = 48,53 kN/m2
d) φu = 24°

u = 2−90 = 114−90 = 24°
cu = c tg u = 109 tg 24 = 48,5 kN/m 2 P
°

tura
e rup
ia d cu = 48,5 kN/m2
o ltór 2
Env =1
14
°
u = 24°

−100 −80 −60 −40 −20 20 40 60 80 100 120 140 150

c = 109 kN/m2 d = 150 kN/m2

Gráfico 6.7
Soluções de Problemas Complementares  j 37
38  j  Soluções de Problemas Complementares

Solução 6.2
Complete cada tabela para incluir o caminho de tensão dado por:
σ v + σH
(6.7): p =
2
σ v − σH
(6.8): q =
2
1.º ensaio  Decrescendo e mantendo sv = sc + sd = 500 kN/m2

Tabela 6.16

H = c kN/m2 500 400 300 200


d 0 100 200 300
v 500 500 500 500
p 500 450 400 350
q 0 50 100 150

2.º ensaio  Aumentando sv e decrescendo sH em valores iguais

Tabela 6.17

v kN/m2 500 550 600 650 700


c =H 500 450 400 350 300
d 0 100 200 300 400
p 500 500 500 500 500
q 0 50 100 150 200

3.º ensaio  Aumentando sv e mantendo sH = sv = 500 kN/m2

Tabela 6.18

d kN/m2 0 200 400 600


c 500 500 500 500
v = c + d 500 700 900 1100
p 500 600 700 800
q 0 100 200 300

a) O caminho de tensões e sua envoltória de ruptura são desenhados no Gráfico 6.8. Os resultados
são apresentados no gráfico como:
a = 31 kN/m2
∴ qf = 31 + 0,333pf
θ = 18,43°
b) Similarmente, o diagrama de Mohr é desenhado no Gráfico 6.9. Os resultados são:
c = 32 kN/m2 ∴  = 32 + 0,356
f n
φ = 19,6°

Solução analítica alternativa


c) Pegue quaisquer dois resultados dos três ensaios e faça um desenho do caminho de tensões. Por
exemplo, escolhendo o ensaio 1 e 3, desenhe as coordenadas p e q na ruptura.
Soluções de Problemas Complementares  j 39

p q

Ensaio 1 350 150


Ensaio 3 800 300

q
C
300

150
A  B
150

F
E  a H
G p1 = 350 p3 = 800
b 350 450

Figura 6.51

150
A partir do triângulo BAC: tg θ = = 0,333 ∴ θ = 18,43 °
450
150
A partir do triângulo AEH: tg θ =
b + 350
150
∴b= − 350 = 100 kN/m2
tg θ
a a
A partir do triângulo FEG: tg θ = ∴ 0,333 =
b 100
∴ a = b tg θ = 100 × 0,333 = 33,3 kN/m2

Logo, a equação da envoltória do caminho de tensão:


qf = 33,3 + 0,333 p f

d) A partir de (6.10): φ = sen−1 (tg θ )


= sen−1 (0,333 ) = 19,47°

a 33,3
A partir de (6.11): c = = = 35,32 kN/m2
cos φ cos19,47
q
Medido a partir do gráfico
v + H
500 p=
2 a ≈ 31 kN/m2
v − H  ≈ 18,43°
40  j  Soluções de Problemas Complementares

q=
2
400

Equação da envoltória de ruptura


300
(6.9) qf = a + pf tg 

q (kN/m2)
∴ qf = 31 + 0,333pf
T

200
CT
3
io

C
sa

CTT
100 TT
En

En
Ensaio 2
sa
io
 1
a
−200 −100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
p (kN/m2)
Envoltória do caminho de tensões

Gráfico 6.8
Soluções de Problemas Complementares  j 41

1100
3

1000
io
sa
En

900
3

800
700
2
o
sai
En

600
 (kN/m2)

Envoltória de Mohr
2

500
2
Equação da envoltória de ruptura

400
Medido a partir do gráfico

f = 32 + 0,356n
f = c + n tg 

1
c = 32 kN/m2

300
 = 19,6°

o1
sai
En
200

(6.1)

Ensaio 1

Ensaio 2

Ensaio 3
100
φ
C
0
500

400

300

200

100

Gráfico 6.9

τ (kN/m2)
−100

Resultados

Tabela 6.19

a  c 

kN/ kN/ Equações das


m2 Grau m2 Grau envoltórias de ruptura

Gráfico 31 18,43 32 19,6 qf = 31 + 0,333 pf f = 32 + 0,356n


Analítico 33,3 18,43 35,32 19,47 qf = 33,3 + 0,333 pf f = 35,32 + 0,353n

Note que a discrepância entre os resultados é provavelmente devido à falta de precisão gráfica.
42  j  Soluções de Problemas Complementares

Solução 6.3
Amostra após a coleta
A tensão total torna-se zero e uma poropressão negativa é induzida dentro da amostra por ação
da capilaridade. O decréscimo de poropressão (Du) devido à retirada da carga dada pela Equação
(6.20): Du = B (Dsc + A Dsd)

Em que, a variação da tensão confinante: Δc = H = −124,3 kN/m2


E a variação da tensão vertical líquida: Δd = v−H =−53,2 kN/m2
Logo, a equação se torna: Δu = B[H + A(v−H)]
Substituindo as variáveis: Δu = −124,3 + 0,65 × (− 53,2)
= −124,3 − 34,6 = −158,9 kN/m2

Poropressão final: u1 = u0 + Δu
= 49,1 − 158,9 = −109,8 ≈ −110 kN/m2

Ou
−110
kN/m2

Figura 6.53

Solução 6.4
i) Ensaio rápido
Após a retirada da amostra do terreno, as tensões efetivas são iguais aos valores residuais, mas de
sinais opostos.

A = 0,65 σv = 0 σ vʹ = σ v − u0 = 0 − (−110) = 110 kN/m2


B=1 σH = 0 ∴ σ Hʹ = σ H − u0 = 0 − (−110) = 110 kN/m2
u0 = −110 uo = − 110 kN/m2
kN/m2

Figura 6.54

c
Após a aplicação da pressão na célula c = 100 kN/m2

u1 = −10 σ v = σ c = 100 kN/m2


c
kN/m2
c Tensão total
σ H = σ c = 100 kN/m2

A partir de (6.17), o aumento na poropressão devido a c,


c
quando a drenagem não é permitida:
Δuc = Bσ c = 1 × 100 = 100 kN/m2
Figura 6.55

A poropressão resultante no corpo de prova é:


u 1 = u0 + Δuc = −110 + 100 = –10 kN/m2
Efetivo  vʹ = c−u1 = 100 − (− 10) = 110 kN/m2
Tensões σ Hʹ = σ c − u 1 = 100 − (−10) = 110 kN/m2
Soluções de Problemas Complementares  j 43

Nota: Para o solo saturado B = 1, logo as tensões efetivas após a aplicação de sc , se mantém igual
à poropressão residual mas de sinal oposto.
σ vʹ = σ c − u 1
= σ c − (u0 + Δuc )
= σ c − (u0 + B σ c )
= σ c − u0 − σ c = −u0 = −(−110) = 110 kN/m2

Após a aplicação da tensão de desvio sd = 120 kN/m2:

d

c σ v = σ c + σ d = 100 + 120 = 220 kN/m2


σ H = σ c = 100 kN/m2

u2 = 68 A partir de (6.18), o aumento da poropressão devido a d:


c c
kN/m2
Δud = Aσ d = ABσ d
= 0,65 × 1 × 120 = 78 kN/m2
v

Figura 6.56

O resultado u2 = u1 + Δud = − 10 + 78 = 68 kN/m2


Tensões efetivas: σ vʹ = σ v − u2 = 220 − 68 = 152 kN/m2
σ Hʹ = σ c − u2 = 100 − 68 = 32 kN/m2

ii) Ensaio CU
Neste ensaio é permitida a drenagem do corpo de prova durante a aplicação de sc, resultando em
poropressão zero com u0 = − 110 dissipa.

c

Tensões totais: σ v = σ c = 100 kN/m2


c u1 = 0 c σ H = σ c = 100 kN/m2

Logo,  ʹv =  ʹH = c = 100 kN/m2


c

Figura 6.57

Após a aplicação da tensão desviadora sd = 120 kN/m2:

d

c
Tensões totais: σ v = σ c + σ d = 220 kN/m2
σ H = σ c = 100 kN/m2
u2 = 73
c c
kN/m2 Poropressão: Δud = Aσ d = 78 kN/m2
u2 = 0 + 78 = 78 kN/m2
v

Figura 6.58
44  j  Soluções de Problemas Complementares

Logo, as tensões efetivas: σ vʹ = 220 − 78 = 142 kN/m2


σ Hʹ = 100 − 78 = 22 kN/m2

iii) Ensaio CD
Neste caso, a drenagem é permitida durante todo o ensaio, logo a poropressão é zero durante todo
o ensaio.

d
σ v = 220 kN/m2
c c σ H = 100 kN/m2

u2 = 0
c u1 = 0 c c u2 = 0 c

σ vʹ = σ v = 220 kN/m2
v v σ Hʹ = σ c = 100 kN/m2
σ vʹ = σHʹ = σ c = 100 kN/m3

Figura 6.59
Soluções de Problemas Complementares  j 45

Capítulo 7

Solução 7.1
Dado: Leitura final do extensômetro : Df = 1,66 mm
Índice de vazios final : ef = 0,55
Altura inicial do corpo de prova : h0 = 19 mm

⎛ 1 + ef ⎞
a) A partir de (7.5): ex = ⎜ ⎟ hx − 1 (usando ef ao invés de es)
⎝ hf ⎠
Fazendo ex = e0 hx = h0 = 19 mm e hf = h0−Df = 19−1,66 = 17,34 mm
⎛ 1 + ef ⎞ ⎛ 1 + 0,55 ⎞
Logo, e0 = ⎜ ⎟ h0 − 1 = ⎜ ⎟ × 19 − 1 = 0,7 (70%)
⎝ h0 − Df ⎠ ⎝ 17,34 ⎠

⎛ 1 + e0 ⎞
b) A partir de (7.3): ex = ⎜ ⎟ hx − 1
⎝ h0 ⎠
Fazendo ex = 0,62 e expressando hx.

Logo, hx =
(e x + 1) h0
=
(0,62 + 1) × 19
= 18,1 mm
1 + e0 1 + 0,7

Solução alternativa
Desenhar Df = 1,66 mm contra ef = 0,55 no Gráfico 7.7 e desenhar a linha de índice de vazios (ver
Gráfico 7.1).
46  j  Soluções de Problemas Complementares

Índice de vazios a partir das leituras do extensômetro do ensaio edométrico

Válido para h0 = 19 mm e corpo de prova de diâmetro d = 76 mm

2,0

1,9

1,8
Df
1,7
1,66
1,6 B
Leitura do extensômetro do ensaio edométrico (Df mm)

1,5

1,4

1,3

1,2

1,1

1,0

0,9

0,8 0,86

0,7
vazios

0,6
ice de

0,5
de índ

0,4
Linha

0,3

0,2

0,1
0,62
A ef
0
0,9 0,8 0,7 0,6 0,55 0,5 0,4 0,3 0,2
e0 Índice de vazios (e)
Df = Leitura final antes do descarregamento

Gráfico 7.7

(a) Como ocorre, o ponto B coincide com a linha de e = 0,7. Logo o ponto A fornece o índice de va-
zios inicial: eo = 0,7
(b) A leitura do extensômetro, correspondente a ex = 0,62 no Gráfico 7.7, é Dx = 0,86 mm. Mas a
altura do corpo de prova, para qualquer estágio, é dada por:

hx = h0 − Dx

Logo, em ex = 0,62, hx = 19 − 0,86 = 18,14 mm


Resultados:

Tabela 7.11

hx (mm) Dx (mm) ex

19 0 0,7
18,1 0,86 0,62
17,34 1,66 0,55
Soluções de Problemas Complementares  j 47

Solução 7.2
É necessário primeiro calcular o peso específico de cada camada.

Areia pedregulhosa: e = 0,8 e Gs = 2,67


Como a franja capilar não dever ocorrer no pedregulho, a camada acima do nível d’água pode ser
considerada seca. Seu peso específico pode ser então calculado a partir da Equação (1.41):
⎛ Gs ⎞ ⎛ 2,67 ⎞ 3
γ d= ⎜ ⎟ γ w= ⎜ ⎟ × 9,81 = 14,6kN/m
⎝ 1+e⎠ ⎝ 1 + 0,8 ⎠
O peso específico do solo saturado subjacente ao nível d’água é dado por (1.42):
⎛ Gs + e ⎞ ⎛ 2,67 + 0,8 ⎞ 3
γ sat = ⎜ ⎟γW = ⎜ ⎟ × 9,81 = 18,9kN/m
⎝ 1+e ⎠ ⎝ 1 + 0,8 ⎠

Argila rija: e = 0,62 e Gs = 2,75


A argila é completamente saturada, logo seu peso específico é também fornecido pela Equação (1.42):
⎛ 2,75 + 0,62 ⎞ 3
γ sat = ⎜ ⎟ × 9,81 = 20,41 kN/m
⎝ 1 + 0,62 ⎠
A razão de sobreadensamento da argila rija é expressa como:
σʹOC
OCR = (7.9)
σʹO

em que, s’o= tensão efetiva existente no centro da camada (Ponto A)


s’oc = tensão efetiva, no ponto A, antes da remoção do depósito superficial.
Assim, ʹ = 5 0ʹ
 OC

Tensão efetiva existente no ponto A:

Superfície existente σ 0 = 14,6 × 2 + 18,9 × 1 + 20,41 × 1,25 = 73,6 kN/m2 ↓


u = 9,81 × 2,25 = 22,1 kN/m2 ↑
d = 14,6 kN/m3 2m
σ 0ʹ = σ 0 − u = 73,6 − 22,1 = 51,5 kN/m2 ↓

sat = 18,9 kN/m3 1m A partir disso a tensão efetiva original, no ponto A, é:

Argila rija 1,25 ʹ = 5 × 51,5 = 257,5kN/m2


σ OC
A
sat = 20,41 kN/m3

Rocha

Figura 7.43

Mas, essa tensão existia originalmente como mostrado, antes da remoção de uma camada de h
metros de espessura.
48  j  Soluções de Problemas Complementares

Tensões originais em A
Sobrecarga
h σ OC = 1988 × 9,81 × 10−3 h + σ 0
 = 1988 kg/m3
= 19,5h + 73,6kN/m2
Areia pedregulhosa u = 22,1kN/m2
d = 14,6 kN/m3 2m

ʹ = 19,5h + 73,6 − 22,1


∴ σ OC
sat = 18,9 kN/m3 1m = 19,5h + 51,5
Argila rija
1,25 m
A
sat = 20,41 kN/m3

Rocha

Figura 7.44

Igualando, s’oc = 19,5h + 51,5 = 257,5


Logo, a espessura da camada removida:
257,5 − 51,5
h= = 10,6 m
19,5
A partir disto, a sobrecarga removida (q) é obtida como:
q = 19,5h = 19,5 × 10,6 = 207kN/m2

Resultados:
a) Tensão da camada removida = 207 kN/m2
b) Espessura da camada = 10,6 m

Solução 7.3
a) Como o índice de vazios após a expansão é conhecido, todos os outros valores podem ser deter-
minados por (7.6)
⎛ 1 + es ⎞
ex = ⎜ ⎟ (h0 − Dx ) − 1
⎝ hs ⎠
⎛ 1 + 0,542 ⎞
Em que, es = 0,542 ∴ ex = ⎜ ⎟ ( 19 − Dx ) − 1
⎝ 18,34 ⎠
h0 = 19 mm
ex = 0,6 − 0,0841 Dx
hs = h0−Ds = 19−0,66 = 18,34 mm

Os resultados são tabelados:

Tabela 7.13

 ʹx (kN/m2) 0 50 100 200 300 400 500 600 0


Dx (mm) 0 0,24 0,46 0,80 1,11 1,31 1,44 1,5 0,66
ex = 0,6 − 0,0841 Dx 0,6 0,58 0,56 0,53 0,507 0,49 0,48 0,474 0,544

Logo, Índice de vazios inicial: eo = 0,6


Índice de vazios final: ef = 0,474
Índice de vazios após a expansão: es = 0,544
Soluções de Problemas Complementares  j 49

Alternativamente, os índices de vazios podem ser obtidos ao se plotar Ds = 0,66 contra es = 0,544
assim como a curva experimental e o desenho da linha de índice de vazios
no Gráfico 7.8. O índice de vazios para cada tensão é então desenhado, como
mostrado para s’ = 200 kN/m2
Alternativamente, os índices de vazios são fornecidos diretamente ao se desenhar uma linha
horizontal entre qualquer valor de Dx e a linha de índice de vazios. Logo, e =
0,53 pode ser construído seja por s’ = 200 kN/m2 ou por Dx = 0,8.

b) O coeficiente de compressibilidade volumétrica é fornecido pela Equação (7.14):

D2 − D1
mv =
(h0 − D1 ) (σ 2ʹ − σ ʹ1 )
em que,  ʹ1 = 100 kN/m2 D1 = 0,46 mm
e  ʹ2 = 200 kN/m2 D2 = 0,80 mm

0,8 − 0,46
Logo, mv = = 0,0001834 m2 /kN
( 19 − 0,46)(200 − 100)
= 0,1834 m2 /MN

Alternativamente, mv pode ser obtido no Gráfico 7.9, como mostrado (veja também o Gráfico 7.3):

c) O adensamento da camada, que é o recalque da estrutura pode ser estimado pela Equação (7.17):
D2 − D1
ΔH = H
(h0 − D1 )

Em que H = espessura da camada = 2500 mm


D2 = 0,8 mm
D1 = 0,46 mm
Logo, a variação na espessura da camada, que é o recalque por adensamento:
⎛ 0,8 − 0,46 ⎞
ΔH = ⎜ ⎟ × 250 = 46 mm
⎝ 19 − 0,46 ⎠

Alternativamente, o coeficiente de compressibilidade volumétrica é aplicado na Equação (7.16):


ΔH = (mv  ʹ)H

Em que, Δ ʹ =  ʹ2 −  ʹ1 = 200 − 100 = 100 kN/m2


mv = 0,0001834 m2/kN

Logo, ΔH = 1,834 × 10−4 × 100 × 2,5 = 0,046m


= 46mm

Alternativamente, desenhe a curva experimental no Gráfico 7.10 e obtenha o valor de DH = 46 mm


graficamente (ver também o Gráfico 7.4).

Resultados:
a) Índice de vazios, como na Tabela 7.13
b) mv = 0,1834 m2/MN
c) H = 46 mm
50  j  Soluções de Problemas Complementares

ʹx = tensão efetiva de adensamento (kN/m2)

100

200

300

400

500

600

700
0

2,0

1,9

1,8

1,7

1,6
Df
Dx = leitura do extensômetro do ensaio edométrico (mm)

1,5
B
1,4

1,3

1,2

1,1

1,0

0,9

0,8
e = 0,53

Ds
0,7
0,66
C
0,6
vazios
l
nta

0,5
me
eri

0,4
ice de
exp

0,3
rva

de índ
Cu

0,2
Linha

0,1
A
0
0,9 0,8 0,7 0,6 0,544 0,5 0,474 0,4 0,3 0,2
e0 es ef
e = índice de vazios

Gráfico 7.8
Soluções de Problemas Complementares  j 51

Δʹ-linhas
0,00

50

60
Cu

30

40
0,20 rva 1,0
exp
e
rim

0,40 0,9
ent

70
al

80
0,60 0,8

mv = Coeficiente de compressibilidade volumétrica (m2/MN)


Dx = leitura do extensômetro do ensaio edométrico (mm)

0,80 0,7

90
0
10
1,00 0 0,6
11
0
12
1,20 0 0,5
13
0
14
0
15
1,40 0,4
0
17
0
20
1,60 0,3
250

300
1,80 0,2
0,18
400
500
2,00 0,1

2,20 0,0
0

100

200

300

400

500

600

700

Δ ʹ
 xʹ = tensão efetiva de adensamento (kN/m2)

Gráfico 7.9
52  j  Soluções de Problemas Complementares

0 220

3,2
4m
3,7
3,5
0,2 200

3
7 2,8
0,4 180
0,46

2,
,4 ,5
0,6 160

2, 2,3 2 2
Dx = leitura do extensômetro do ensaio edométrico (mm)

0,8 140

2 2,1 2
9
1,
1,0 120
Cu

, 8

ΔH = Recalque (mm)
1
rv

7
1,
a
ex
pe

6
1,
rim

1,2 100
5
en

1 ,
ta

1,4
l

1,3
1,4 80
1,2
1,1
1
1,6 60
09,
0,8
0,7 46 mm
1,8 0,6 40
0,5
0,4
2,0 0,3 20
0,2

2,2 0
0

100

200

300

400

500

600

700

Δʹ
ʹx = tensão efetiva de adensamento (kN/m2)

Gráfico 7.10
Soluções de Problemas Complementares  j 53

Solução 7.4
iii.  Tensões em x – x no estado natural descarregado:

N.T.

Pedregulho arenoso
2m
 = 19,8 kN/m3
Total: σ = 21 × 9,8 + 2,2 × 20,4 = 84,48 kN/m2
Argila média Poro: u = 2,2 × 9,81 = 21,58 kN/m2
2,2 m
Efetiva: σ ʹ = 84,48 − 21,58 = 62,90 kN/m2

2,2 m sat = 20,4 kN/m3

Argila dura

Figura 7.45

iii.  Tensões em x − x, devido ao aterro compactado no tempo t = 0.

Aterro q = 360 kN/m2 Total: σ = 84,48 + 360 = 444,48 kN/m2


Acréscimo de tensão total: Δσ = 360 kN/m2
2m  = 19,8 kN/m3

Poro: u = 21,58 kN/m2


Excesso de poropressão: Δu = 360 kN/m2
2,2 m
sat = 20,4 kN/m3
Efetiva: σ ʹ = 444,48 − (360 + 21,58)
= 62,9 kN/m2
2,2 m
Acréscimo de tensão efetiva: Δσ ʹ = Δσ − Δu = 360− 360= 0

Figura 7.46

iii.  Tensões em x − x, devido à laje no tempo t = 0:

6m Neste caso, a equação de Michell é aplicada


n = 360 kN/m2 para a estimativa da tensão a 4,2 m abaixo
do centro da laje.
2m  = 19,8 kN/m3 −1 3
(4.13) β = 2 tan = 71°
b = 3m 4,2
≈ 1,24 radiano
2,2 m 
z = 4,2 m 1,24 + sen71
 (4.14) I3 = = 0,6976
sat = 20,4 kN/m3
π
2,2 m

Figura 7.47

(4.15) Tensão vertical: σ v = I3σ n


= 0,6976 × 360 = 251kN/m2

Logo, a tensão total: σ = 84,48 + 251 = 335,48k N/m2


Acréscimo de tensão total: Δσ = 251 kN/m2
Poropressão: u = 21,58 kN/m2
Excesso de poropressão: Δu = 251 kN/m2
Tensão efetiva: σ = 335,48 − (21,58 + 251) = 62,9k N/m2
Acréscimo de tensão efetiva: Δσʹ = Δσ − Δu = 251 − 251 = 0
54  j  Soluções de Problemas Complementares σ v = I3σ n
(4.15) Tensão vertical:
= 0,6976 × 360 = 251kN/m2

Logo, a tensão total: σ = 84,48 + 251 = 335,48k N/m2


Acréscimo de tensão total: Δσ = 251 kN/m2
Poropressão: u = 21,58 kN/m2
Excesso de poropressão: Δu = 251 kN/m2
Tensão efetiva: σ = 335,48 − (21,58 + 251) = 62,9k N/m2
Acréscimo de tensão efetiva: Δσʹ = Δσ − Δu = 251 − 251 = 0

Note, que em ambos os casos, a tensão efetiva não se altera devido ao descarregamento de 62,9
kN/m2 , já que a poropressão suporta toda a carga imposta em t = 0, considerando-se a forma de
carregamento.

Pressões em x − x (t = ∞ ∴ u = 0)
iv. Devido ao aterro: Total :  = 444,48 kN/m2
Acréscimo de tensão total : Δ = 360 kN/m2
Poro : u = 21,58 kN/m2
Excesso de poro : Δu = 0
Efetiva :  ʹ = 444,48 − 21,58 = 422,9 kN/m2
Acréscimo de tensão efetiva : Δ ʹ = Δ − Δu = Δ = 360 kN/m2

v. Devido à laje: Total :  = 335,48 kN/m 2


Acréscimo de tensão total : Δ = 251 kN/m2
Poro : u = 21,58 kN/m2
Excesso de poro : Δu = 0
Efetiva :  ʹ = 335,5 − 21,58 = 313,9 kN/m2
Acréscimo de tensão efetiva : Δ ʹ = Δ = 251 kN/m2

Então, a magnitude do adensamento depende do tipo de carregamento, isto é, da distribuição de


tensões imposta, logo nos valores de acréscimo de tensão efetiva. Neste problema:

Ds’ = 360 kN/m2 para a carga uniforme


Ds’ = 251 kN/m2 para uma laje de largura limitada.

Solução 7.5
Localize a parte retilínea (A-B) da curva que está desenhada.
Para os pontos: eA = 0,685 σʹA = 100kN/m2
eB = 0,584 σʹB = 600kN/m2

O índice de compressão é expresso a partir de (7.7), considerando:

ex = eB eA − eB 0,685 − 0,584 0,101


∴ Cc = = = = 0,13
σʹx = σʹB ⎛ σʹB ⎞ ⎛ 600 ⎞ 0,778
log ⎜ ⎟ log ⎜ ⎟
⎝ σʹA ⎠ ⎝ 100 ⎠

A equação geral para o índice de vazios é dada por (7.8):

ex = eA − C c logσʹx

Isto é, ex = 0,685 − 0,13logσʹx

Esta equação é válida em qualquer ponto ao longo da porção retilínea da curva, que é entre os limites:
100 kN/m2 ≤ σʹx ≤ 600 kN/m2

Sua aplicação abaixo de 100 kN/m2 resultará em um valor superestimado de ex1 neste problema.
Soluções de Problemas Complementares  j 55

Solução 7.6
Passo 1: Com referência à Figura 7.48, determine a tensão efetiva nos pontos A, B e C no estado
natural.

N.T. Em A:
σ A = 3,3 × 18,2 = 60 kN/m2
Areia compacta grossa
uA = 0
1 = 18,2 kN/m3 3,3 m
σʹA = σ A − uA = 60 kN/m2
N.A.
Em B:
Argila A
2,3 m σ B = 106,2 + 2,3 × 20,1 = 152,4 kN/m2
C uB = 4,6 × 9,81 = 45,1 kN/m2
σʹB = 152,4 − 45,1 = 107,3 kN/m2
sat = 20,1 kN/m3
2,3 m
B
Em C:

Pedregulho compacto σ C = 60 + 2,3 × 20,1 = 106,2 kN/m2


uC = 2,3 × 9,81 = 22,6 kN/m2
Figura 7.48 σʹC = 106,2 − 22,6 = 83,6 kN/m2

Passo 2: Como as tensões efetivas estão dentro da faixa de validade, a equação do índice de va-
zios se aplica.
Em A: eA = 0,707 − 0,083 log(60) = 0,5594
Em C: eC = 0,707 − 0,083 log(83,6) = 0,5475
Em B: eB = 0,707 − 0,083 log(107,3) = 0,5385

Passo 3: Utilizando o Método de Michell, determinar a tensão efetiva nos mesmos três pontos,
logo após a construção da sapata (t = 0)

cL Ângulos a partir de (4.13)


b = 2m ⎛b⎞
 n = 250 kN/m2 β = 2 tg −1 ⎜ ⎟
⎝ z⎠
0,5 m Areia ⎛ 2 ⎞
βA = 2 tg−1 ⎜ ⎟ = 71° = 1,24 rad
⎝ 2,8 ⎠
2,8 m 1 = 18,2 kN/m3 ⎛ 2⎞
A
βC = 2 tg−1 ⎜ ⎟ = 42,8° = 0,747rad
⎝ 5,1⎠
⎛ 2 ⎞
Pedregulho A βB = 2 tg−1 ⎜ ⎟ = 30,2° = 0,528 rad
⎝ 7,4 ⎠
2,3 m C

C Fatores de influência a partir de (4.14):


β + senβ
2,3 m B sat = 20,1 kN/m3 I= = 0,3183 × ( β + sen β )
π
Logo, σ v = Iσ n = 250 × I
Argila B
= 250 × 0,3183 × ( β + sen β )
Figura 7.49 = 79,6 × ( β + senβ )

Em A: σ A = 60 − 0,5 × 18,2 + 79,6 × ( 1,24 + sen 71) = 224,9 kN/m2


uA = 0
σʹA = 224,9 kN/m2

Em C: σ C = 106,2 − 9,1 + 79,6 × (0,747 + sen 42,8) = 210,6 kN/m2


uC = 22,6 + 79,6 × (0,747 + sen 42,8) = 136,1kN/m2
σʹC = 210,6 − 136,1 = 74,5 kN/m2 > 50 kN/m2

Em B: σ B = 152,4 − 9,1 + 79,6 × (0,528 + sen 30,2) = 225,4 kN/m2


uB = 45,1 + 79,6 × (0,528 + sen 30,2) = 127,2 kN / m2 > 50 kN/m2
2
= 60 − 0,5 × 18,2 + 79,6 × ( 1,24 + sen 71) = 224,9 kN/m
Em A: σ AComplementares
56  j  Soluções de Problemas
2

uA = 0
σʹA = 224,9 kN/m2

Em C: σ C = 106,2 − 9,1 + 79,6 × (0,747 + sen 42,8) = 210,6 kN/m2


uC = 22,6 + 79,6 × (0,747 + sen 42,8) = 136,1kN/m2
σʹC = 210,6 − 136,1 = 74,5 kN/m2 > 50 kN/m2

Em B: σ B = 152,4 − 9,1 + 79,6 × (0,528 + sen 30,2) = 225,4 kN/m2


uB = 45,1 + 79,6 × (0,528 + sen 30,2) = 127,2 kN / m2 > 50 kN/m2
σʹB = 225,4 − 127,2 = 98,2 kN/m2

O índice de vazios pode ser estimado para a equação fornecida, ao final da construção.
Em A: eA = 0,707−0,083 log (224,9) = 0,5118
Em C: eC = 0,707−0,083 log (75,4) = 0,5512
Em B: eB = 0,707−0,083 log (98,2) = 0,5417

Passo 4: Primeiro calcule o índice de vazios ao final do período de construção (t = ∞), e então apli-
que (7.15) para estimar o decréscimo da espessura da camada. O índice de vazios médio
no ponto C é utilizado para isto.
Tensão total: σ C = 210,6 kN/m2
Poropressão: uc = 22,6 kN/m2
Tensão efetiva: σʹC = 210,6 − 22,6 = 188 kN/m2 > 50 kN/m2
E o índice de vazios: e C = 0,707 − 0,083 log(188) = 0,5182
⎛ e − e2 ⎞
A partir de (7.15): ΔH = ⎜ 1 ⎟H
⎝ 1 + e1 ⎠

Em que, e1 = 0,5475 (No ponto C no estado natural)


e2 = 0,5182 (No ponto C para t = ∞)
H = 4600 mm (Espessura da camada de argila)

Logo, a magnitude do adensamento primário é


0,5475 − 0,5182
ΔH = × 4600 = 87 mm
1,5475

Solução 7.7
H02
A partir de (7.19): t= T em que, H0 = 2300 mm
CV V
C v = 4,14 mm2 /min
23002
= T
4,14 V
∴ t = 1,278 × 106TV minutos

Como 100% de adensamento é DH = 87 mm, 78 mm é 90%.


A partir do Gráfico 7.5: Tv = 0,848 para U = 90%
Logo, a estrutura recalca 78 mm (aproximadamente) com o tempo:
t = 1,278 × 106 × 0,848 = 1,08374 × 106 minutos
1,08374 × 106
= = 2,1 anos
60 × 24 × 365
Soluções de Problemas Complementares  j 57

Solução 7.8
Resolvido pelo procedimento de Kögler.

Passo 1: No ensaio edométrico (h = 19 mm) U1 = 90% o adensamento ocorre em t1 = (4,3)2 = 18,49


minutos.
Calcular o tempo levado para que ocorra 90% de adensamento de uma argila de 4,6 m
de espessura pela equação (7.29):
2 2
⎛H⎞ ⎛ 4600 ⎞
t2 = ⎜ ⎟ t 1 = ⎜ ⎟ × 18,49 = 1083791 minutos
⎝ h⎠ ⎝ 19 ⎠
= 2,06 anos

o tempo para a faixa


adensamento com

100 — 200 kN/m2


de tensão de
Curva de

U% = Percentagem de adensamento
10

20

30

40

50

60

70
72
80

90
0
6 5

2,06 anos
18,49 min
4
minutos

9 min

1 ano
1,15 × 74,5 = 85,7 mm
3
t

74,5 mm
2
1

Gráfico 7.11
0
0,5

D0
0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

D x = leitura do extensômetro do ensaio edométrico (mm)

Isto confirma o resultado do Problema 7.7.

Passo 2: Como a cargueira foi mantida no campo durante um ano, o tempo equivalente a partir do
ensaio de adensamento deve ser estimado.
   Se 2,06 anos no local é equivalente a 18,49 minutos no ensaio edométrico, então um
ano é equivalente a tx minutos, ou seja:
2,06 1 18,49
=
18,49 tx
e tx =
2,06
= 9 min( 9=3 )
58  j  Soluções de Problemas Complementares

Passo 3: Pode-se ver no Gráfico 7.11 que apenas 72% do adensamento ocorreu durante o ensaio
em 9 minutos.
   Isto significa que 72% do adensamento no campo, em um ano, tem que ser 78 mm,
sob o carregamento da cargueira. O valor correspondente a 100% é calculado por pro-
porcionalidade.
72% 100%
= ∴ ΔHx = 108mm (Aproximadamente)
78 mm ΔHx

Passo 4: Conhecendo 100% de adensamento, a variação de tensão efetiva correspondente cau-


sada pela sobrecarga no centro da camada de argila pode ser estimada por (7.16):
−3 2
ΔHx = mv Δσʹx H em que, mv = 0,1812 x 10 m /kN
108 = 0,1812 × 10−3 × Δσʹx × 4600 ∴ Δσʹx = 130 kN/m2

Passo 5: A espessura (z) da camada de sobrecarga pode agora ser determinada a partir de Ds’x =
zgk Δ xʹ = zk
Em que, gk = 43 kN/m
Em que,
3
. Logo,
 = 43 kN/m3. Logo,
k

130
z= = 3m
43
Passo 6: Verificar o adensamento, sob uma sobrecarga de 3 m utilizando (7.15) para t = 

Sobrecarga Em C: σ x = 106,2 + 3 × 43 = 235,2 kN/m2


z = 3m
k = 43 kN/m3 ux = 22,6 kN/m2
N.T.
σʹx = 235,2 − 22,6 = 212,6 kN/m2
Areia
3,3 m 1 = 18,2 kN/m3 ∴ ex = 0,707 − 0,083 × log (212,6) = 0,5138
N.A.
A
Argila Magnitude do adensamento:
H0 = 2,3 m
e 1 − ex
C ΔHx = H
1 + e1
2,3 m sat = 20,1 kN/m3 0,5475 − 0,5138
= × 4600 = 100 mm
B 1,5475
Pedregulho Embora este seja um valor menor que 108 mm,
é de mesma ordem de grandeza. Para t = 1 ano
Figura 7.51
para U = 90%, o adensamento teoricamen-
te alcançaria 90 mm. A sobrecarga poderia
então ser removida e a estrutura construída.

Solução 7.9
Resolvido pelo procedimento de Kögler.

Passo 1: Calcular a distribuição de tensões a 5,1 m de profundidade abaixo da sapata utilizando o


método de Michell, considerando o valor médio na base projetada.
Soluções de Problemas Complementares  j 59

cL
A partir de (4.11):
⎛r −b⎞ −1 ⎛ r − 2 ⎞
n = 250 kN/m2 α ° = tg−1 ⎜ ⎟ = tg ⎜ ⎟
⎝ z ⎠ ⎝ 3 ⎠
0,5 m Areia
r b = 2m  = 18,2 kN/m3
A partir de (4.12):
2,8 m ⎛r + b⎞ −1 ⎛ r + 2 ⎞
– β ° = tg −1 ⎜ ⎟ — α ° = tg ⎜ ⎟ —α °
z = 5,1 m ⎝ z ⎠ ⎝ 5,1 ⎠

2,3 m  v = 105,4 kN/m2


A partir de (4.7):
x x 1
C
Base projetada I = ⎡⎣β + senβ cos (2α + β )⎤⎦
2,3 m π
Argila sat = 20,1 kN/m3
Tabelando o cálculo entre
0 ≤r≤ 2m
Figura 7.51

Tabela 7.15

r (m) 0 0,5 1 1,5 2

° −21,41 −16,39 −11,00 −5,60 0


° 42,83 42,50 41,60 40,00 38,00
 radiano 0,7475 0,7418 0,7261 0,6981 0,6632
I 0,4543 0,4481 0,4300 0,4020 0,3660
v = 250I kN/m2 114 112 108 101 92 ∑v = 527

527
Tensão vertical média : σv = = 105,4 kN/m2
5
Pressão total em C : σ c = 97,1 + 105,4 = 197,5 kN/m2
Poropressão : uc = 22,6 kN/m2
Tensão efetiva : σ cʹ = 197,5 − 22,6 = 174,9 kN/m2

Passo 2: Calcule o índice de vazios, correspondente a 174,9 kN/m2 e magnitude do recalque

e2 = ec = 0,707 − 0,083 × log ( 174,9) = 0,5208

0,5475 − 0,5208
A partir de (7.15): ΔH = × 4600 = 79 mm < 87mm
1,5475

Comentário: Em função das incertezas envolvendo os cálculos, a pequena diferença de 8 mm indica


que é suficiente estimar o recalque por adensamento para a máxima tensão.

Solução 7.10
av
(7.11): mv =
1 + e1

Em que, mv = coeficiente de variação volumétrica para uma variação de tensão de Ds’


av = coeficiente de compressibilidade para uma variação de tensão de Ds’
ev = índice de vazios inicial da amostra antes da aplicação de Ds’.

Δe Δe
A partir de (7.10): av = logo mv =
Δσ ʹ ( 1 ) Δσ ʹ
1 + e
60  j  Soluções de Problemas Complementares

em que De = variação do índice de vazios durante a dissipação do excesso de poro pressão Du = Ds’
Δh Δe
A partir de (7.1): =
h1 1 + e1

Em que, h1 = altura inicial da amostra


Dh = variação da altura durante a dissipação de Du

Δe 1 Δh
Logo, mv = × se transforma em: mv = (7.33) (7.33)
1 + e 1 Δσ ʹ h1Δσ ʹ

Solução 7.10
Passo 1: Dividir o depósito de argila de 10 m de espessura em camadas de 2 m de espessura e de-
terminar a tensão no meio de cada pelo método de Michell.

2b = 4 m
m Equações utilizadas
1m Argila
⎛b⎞
Z H = 2m  = 19,3 kN/m3 (4.13): β = 2 tg−1 ⎜ ⎟
z = 1m A c = 30 kN/m2 ⎝ z⎠
⎛ 2⎞
 = 10° = 2 tg−1 ⎜ ⎟
H = 2m z = 3m B ⎝ z⎠

1
H = 2m z = 5m C (4.14): I =
π
(β + sen β )

H = 2m z = 7m D
(4.15): v = In

Sendo, n = tensão líquida


I = fator de influência.
H = 2m z = 8m E
Os cálculos estão na tabela a seguir.
Rocha

Figura 7.53

Tabela 7.16

Ponto A B C D E

z (m) 1 3 5 7 9
° 126,9 67,4 43,6 31,9 25
 (radiano) 2,214 1,176 0,761 0,557 0,437
I 0,959 0,668 0,462 0,345 0,274 ∑I= 2,708
 ʹv 0,959 n 0,668 n 0,462 n 0,345 n 0,274 n ∑ ʹv = 2,708 n

Agora calcule so, de forma que DH = 250 mm


A partir de (7.16): ΔH = (mvΔ ʹ)H ΔH = 0,000247 × 2,708σ n × 2000
em que, Δσ ʹ = ∑σʹc = 2,708σ n 250 = 1.338 σ n
mv = 0,000247m2 /kN ∴ σ n = 187kN/m2
Soluções de Problemas Complementares  j 61

E a pressão de carga segura correspondente, que é a carga estrutural, é:


σ = σ n + σʹO

Em que, σ 0ʹ = σ o = 1 × 19,3 = 19,3kN/m2 ∴ σ = 187 + 19,3 = 206,3kN/m2

Passo 2: Calcular a capacidade de carga segura usando (9.11), utilizando os fatores de Terzaghi:

Para  = 10° Nc = 10
Nq = 2,5
Nγ = 1
1
∴ qs = ⎡30 × 10 + 19,3 × (2,5 − 1) + 0,5 × 19,3 × 4 × 1⎤⎦ + 19,3 = 166,3 kN/m2
2,5 ⎣
Logo, s > q, indicando tensão excessiva.

Solução: Reduzir a tensão aplicada na sapata de 4 m para s = 166,3 kN/m2. O recalque correspon-
dente é obtido por DH = 1,338 (s − so) = 1,338 × (166,3 − 19,3) = 200 mm. Isto faria, é cla-
ro, que o peso da estrutura fosse reduzido de W = 206, 3 × 4 = 825 kN para W = 166,3 ×
4 = 665 kN, o que não é sempre aceitável.
   Alternativamente, a sapata pode ser alargada ou apoiada em uma profundidade me-
nor, se possível.
62  j  Soluções de Problemas Complementares

Capítulo 8

Solução 8.1
Etapa 1: Calcular a linha de ação (x) do peso total (W).

W2 = 252 kN
2,67 m
W1 = 216 kN

3,5 m

W3 = 144 kN
2m

Q
4m

Figura 8.102

Tomando-se os momentos em torno do pé Q:


+
∑MQ = 216 × 3,5 + 252 × 2,67 + 144 × 2 = 1716,8 kNm

Mas, MQ = Wx = 612x
1716,8
Igualando, 612x = 1716,8 ∴ x = = 2,81 m
612
Etapa 2: Desenhar as forças atuantes no muro.

Pa = 305 kN

W = 612 kN
2,6 m
Pp= 110,5 kN
x = 2,81 m
0,67

Q
F = 383 kN

Figura 8.103

Etapa 3: Verificar o tombamento tomando-se os momentos em torno do pé.


Momento de tombamento: Mo = 305 × 2,6 = 793 kNm
Momento resistente: MR = 110,5 × 0,67+612 × 2,81
= 1794 kNm

1794
Portanto, Fs = = 2,26 > 2
793
O muro é satisfatório contra o tombamento.
Soluções de Problemas Complementares  j 63

Etapa 4: Verificar o deslizamento considerando-se as forças horizontais.


Força horizontal atuante:

∑HD = Pa = 305 kN

Soma das forças horizontais resistentes:


+
∑HR = F + Pp = 383 + 110,5 = 493,5 kN

Força horizontal resistente:


+
∑H = 493,5 − 305 = 188,5 kN
E o fator de segurança contra o deslizamento:
∑ HR 493,5
Fs = = = 1,62 < 2
∑ HD 305

O fator de segurança não satisfatório pode ser aumentado pela (o):

a) substituição da areia embaixo da base por pedregulho denso, o que leva ao aumento
do valor de m = tgf, e também de F.
b) aumento do valor de Pp, depositando material em frente ao muro.

Etapa 5: Determinar a posição (xR) da força vertical resultante (R) relativa ao pé, devido a todas as
forças verticais e horizontais atuando sobre o muro.

305 kN
W = 612 kN

2,81 m
R
2,6 m
110,5 kN xR

0,67 m

Q 383 kN

Figura 8.104

Tomando-se os momentos em torno do pé:


+
MQ = 110,5 × 0,67 + 612 × 2,81 − 305 × 2,6 = 1001 kNm

Nota:  F = 383 kN não gera momento em torno de Q.


Mas, ∑ MQ = RxR e R = W = 612 kN
∴ ∑MQ = 612xR
1001
Igualando, ∑ MQ = 612xR = 1001 ∴ xR = = 1,64 m
612
64  j  Soluções de Problemas Complementares

cL do muro
612 kN

0,36 m Excentricidade
1,64 e
e = 2 − 1,64 = 0,36 m
2m 4
d=4m
Terço médio = = 1,33 m
3
Portanto, R = 612 kN está
b = 1m localizado dentro do terço
612 kN médio, de modo que não
Terço médio há tração na base.
1,33 m

Figura 8.105

Etapa 6: As tensões máxima/mínima sob a base são calculadas a partir de (8.57):


R ⎛ 6e ⎞
fmáx = ⎜1± ⎟
mín
bd ⎝ d ⎠
612 ⎛ 6 × 0,36 ⎞ 2
fmín = × ⎜1− ⎟ = 70 kN/m
1,4 ⎝ 4 ⎠
612 ⎛ 6 × 0,36 ⎞ 2 2
fmáx = × ⎜1+ ⎟ = 235 kN/m > 200 kN/m
4 ⎝ 4 ⎠

Portanto, o solo está sobrecarregado. A máxima tensão pode ser diminuída abaixo de 200 kN/m2
alargando-se a base, isto é, d = 4,2 m e realize as verificações novamente.

Solução 8.2
Coeficientes de empuxo
1 − sen32
Ka = = 0,307 m
1 + sen32
1
Kp = = 3,26
Ka

Profundidade do tirante
T
A partir de (8.79): b =
⎛K ⎞
γ ⎜ p − Ka ⎟ h
⎝ Fs ⎠
Sendo, b = 2 m
T
Expressando a profundidade do tirante: h =
⎛K ⎞
γ b ⎜ p − Ka ⎟
⎝ Fs ⎠
120
= = 2,67 m
17 × 2 × (0,5 × 3,26 − 0,327)
Soluções de Problemas Complementares  j 65

γ⎡ 2 KP z 2 ⎤
A partir de (8.67): T = ⎢K a (H + z ) − ⎥
2⎣ Fs ⎦
17 ⎡ 3,26 2 ⎤
120 = × 0,307 × (9 + z )2 − z ⎥
12 ⎢⎣ 2 ⎦
(
14,1 = 0,307 × 81 + 18z + z 2 − 1,63z 2 )
14,1 = 24,87 + 5,53z + 0,307z 2 − 1,63z 2

Rearrumando, 1,323z2 − 5,53z − 10,77 = 0


Resolvendo a equação quadrática: z = 5,63 m

Desenhe a seção em escala e posicione a ancoragem. Meça o comprimento do tirante.

N.T.
29°
h = 2,67 m
L = 15,2 m
2 m Ancoragem

6,33 m

N.T. 32°

z = 5,63 m
61°
(Escala: 1 cm a 2 m)

Figura 8.107

φ 32
45 + =45 = 61+°32 = 61°
45++φ = 45
2 22 2
φ
45 − = 45 −φ16 = 29°
2 45 − 2 = 45 − 16 = 29°

Resultados: Comprimento
Resultados: de penetração:
Comprimento z = 5,63 m
de penetração: z = 5,63 m
Profundidade do tirante: h = 2,67 m
Profundidade do tirante: h = 2,67 m
Comprimento do tirante:
Comprimento L = 15,20Lm= 15,20 m
do tirante:

Solução 8.3
σv
A partir da figura, sen φ = 2
σv
c cot φ +
2

⎛ σ ⎞ σ cos φ
Ou sen φ ⎜ c cot φ + v ⎟ = v A partir da trigonometria: cot φ =
⎝ 2⎠ 2 sen φ
⎛ cos φ σ v ⎞ σ v
Substituindo, senφ ⎜ c + ⎟= Tensão vertical de sobrecarga na profundidade
⎝ senφ 2⎠ 2 da fissura: σ v = z0γ
σv σv
Simplificando,c cos φ + senφ =
2 2
σv
c cos φ = ( 1 − sen φ )
2
cos φ cos φ 1
σ v = 2c A partir do texto: =
1 − senφ 1 − sen φ Ka
2c
Substituindo, z0γ =
66  j  Soluções de Problemas Complementares σv
A partir da figura, sen φ = 2
σv
c cot φ +
2

⎛ σ ⎞ σ cos φ
Ou sen φ ⎜ c cot φ + v ⎟ = v A partir da trigonometria: cot φ =
⎝ 2⎠ 2 sen φ
⎛ cos φ σ v ⎞ σ v
Substituindo, senφ ⎜ c + ⎟= Tensão vertical de sobrecarga na profundidade
⎝ senφ 2⎠ 2 da fissura: σ v = z0γ
σv σv
Simplificando,c cos φ + senφ =
2 2
σv
c cos φ = ( 1 − sen φ )
2
cos φ cos φ 1
σ v = 2c A partir do texto: =
1 − senφ 1 − sen φ Ka
2c
Substituindo, z0γ =
Ka
2c
Assim, z0 = , que é a Equação (8.23).
γ Ka

Solução 8.4
1. Teoria de Rankine

= 32° 1 − sen32
Ka = = 0,307
= 17 kN/m3 1 + sen32
4m
A partir de (8.30):
Pa
K aγ H 2 0,307 × 17 × 42
Pa = = = 41,75 kN
2 2

Figura 8.109

2.  Método Gráfico (Gráfico 8.8)

a) Desenhe cinco tentativas para superfície de deslizamento e calcule o peso de cada fatia por me-
tro de comprimento do muro.

Tabela 8.12

Cunha Ângulo (˚) Área da cunha (m2) Peso (kN)

1 70 4 × 1,46 17 × 2,92 = 49,50


= 2 × 1,46 = 2,92
2
2 60 2 × 2,31 = 4,62 17 × 4,62 = 78,52
3 50 2 × 3,38 = 6,75 17 × 6,75 = 114,90
4 45 2×4 = 8,00 17 × 8,00 = 136,00
5 40 2 × 4,79 = 9,58 17 × 9,58 = 162,80

b) Desenhe as forças W e R atuantes em cada cunha. Como somente a sua direção é importante,
coloque-as para a clareza do diagrama, onde o solo e o plano de deslizamento se interceptam.
c) Desenhe o polígono de forças, tendo em mente que a falta de atrito no muro conduz à força ativa
horizontal.
d) Meça a magnitude do valor máximo da força ativa como Pa = 42 kN por metro de comprimento
do muro, provocado pela cunha 2.
Soluções de Problemas Complementares  j 67

Esse resultado é praticamente igual ao calculado pela Teoria de Rankine.

3. Método trigonométrico
Por conta do ângulo de atrito do muro desprezado, o polígono de todas as forças atuantes em uma
cunha é simplificado. Este é agora um triângulo retângulo, que pode ser resolvido pela trigonome-
tria básica. Uma equação para Pa pode ser agora obtida nestes termos e aplicada a cada cunha em
sequência.

Ws peso (kN)
162,3

114,1

49,5
78,5
160

140
136

120

100

41,75 80

60

40

20

0
38,67
37,08
22,78

31,40
R5

R1

1 cm = 10 kN
R4

Escala
R3

R2
° nn
32

Pa
ulma
de C
Linha
R5
162,8 kN

°
32
R4
136 kN

Veja também o Problema 8.9


para o método de Culmann
32°

Método de Coulomb
R3
114,1 kN

5
32°

4
R2
78,52 kN

3
32°

R1

4 cm = 1 m
2

Escala
49,5 kN

to
en
am liz
es d
de
Areia compacta

ca ti
1

crí
 = 17 kN/m3

ie
rfíc
Peso W

pe
Su °
 = 32°

40 5°
=0

4 0°
5 °
60
°
Pa

70

N.T.

Gráfico 8.9
H = 4m
Muro

O diagrama a seguir mostra uma cunha em geral, as forças atuantes nela e os ângulos relativos à
dedução.
68  j  Soluções de Problemas Complementares

W
x Comprimento desconhecido x:
H
N.T. tg α =
x
Pp
 No H
rm x=

to
 al

n
 tg α

me
90 – 

za
Área da cunha:

sli
H R

de
xH H2
A= =
de 2 2tg α
cie
r fí

Peso da cunha:
pe
Su

γH 2

–
W = γA =


2tg α
 90 + – 

Figura 8.110

Triângulo de forças:

Pa

Pa
tg (α − φ ) = e Pa = W tg (α − φ )
R W
W Substituindo W:
–

γ H 2 ⎡ tg (α −φ ) ⎤ (8.89)


Pa = ⎢ ⎥
2 ⎣ tg α ⎦
90 + – 

Figura 8.111

A força ativa pode ser agora calculada para os planos máximos de deslizamento como desejados e
o máximo escolhido. Para esse problema:

17 × 42 ⎡ tg(α − 32 ) ⎤ 136 × tg (α − 32 )
Pa = ×⎢ ⎥= kN
2 ⎣ tg α ⎦ tg α

Tabulando os cálculos:

Tabela 8.13

Cunha 1 2 3 4 5

° 70 60 50 45 40
Pa (kN) 38,67 41,75 37,08 31,40 22,78

Cunha em negrito = valor máximo como anteriormente.

Notas:
1. A Equação (8.89) se aplica somente a solos f acima do lençol freático, superfície de solo hori-
zontal e muro liso.
2. A superfície de deslizamento, correspondendo à força ativa máxima, pode ser encontrada nesse
caso diretamente pela Equação (8.90), deduzida a seguir.
Soluções de Problemas Complementares  j 69

γH 2
Equação (8.30): Pa = K a Igualando esses
2

γ H 2 ⎡ tg (α − φ ) ⎤
Equação (8.89): Pa = ⎢ ⎥
2 ⎣ tg α ⎦

tg (α − φ )
A partir do qual, K a =
tg α

Expressando o ângulo crítico a para o máximo de Pa:

K a tg α = tg (α − φ )

tg α − tg φ
K a tg α = (A partir da trigonometria)
1 + tgα tg φ

K a tg α + (K a tg φ ) tg 2 α = tgα − tgφ
(K a tgφ ) tg 2 α + ( Ka − 1) tgα + tg φ = 0

Dividindo por tgf, resulta em uma equação quadrática


⎛ K a − 1⎞
K a tg 2 α + ⎜ ⎟tg α + 1 = 0
⎝ tg φ ⎠

⎛ 1 − Ka ⎞
Mas K a < 1 ∴ K a tg 2 α + ⎜ ⎟ tgα + 1 = 0
⎝ tg φ ⎠

Resolvendo com o uso da equação padrão da equação quadrática:


2
1 − Ka ⎛ 1 − Ka ⎞
± ⎜ − 4 Ka
tgφ ⎝ tgφ ⎟⎠
tg α =
2 Ka

Portanto, os termos dentro da raiz quadrada são iguais a zero. Demonstração:


1 − sen φ 1 + sen φ − 1 + senφ 2senφ
1 − Ka = 1 − = =
1 + sen φ 1 + sen φ 1 + sen φ
1 − K a 2senφ cosφ 2cosφ 2 1 − sen 2φ
= × = =
tg φ 1 + sen φ senφ 1 + sen φ 1 + sen φ
⎛ 1 − Ka ⎞

2

⎟ =
(
4 1 − sen 2φ
=
)
4(1 − sen φ)(1 + sen φ )
=4
1 − sen φ
= 4K a
2 2
⎝ tg φ ⎠ (1 + senφ) (1 + senφ) 1 + sen φ
2
Portanto, ⎛ 1 − Ka ⎞
⎜ ⎟ − 4 Ka = 0
⎝ tg φ ⎠

1 − Ka
e tg α =
2 K a tg φ

⎛ 1 − Ka ⎞
O ângulo crítico é dado por: α = tg−1 ⎜ ⎟ (8.90)
⎝ 2 K a tg φ ⎠

Assim, somente f do solo coesivo tem que ser conhecido para a determinação do ângulo de atrito
em problemas similares. Nesse caso:
1 − sen 32
 = 32° assim, K a = = 0,307
1 + sen 32

⎛ 1 − 0,307 ⎞
A partir de (8.90): α = tg−1 ⎜ ⎟ = 61°
⎝ 2 × 0,307 × tg32 ⎠
⎡ ⎤
17,42 ⎢ tg (61 − 32 ) ⎥
A partir de (8.89): Pa = × = 41,78kN
2 ⎣ tg61 ⎦
70  j  Soluções de Problemas Complementares
1 − sen 32
 = 32° assim, K a = = 0,307
1 + sen 32

⎛ 1 − 0,307 ⎞
A partir de (8.90): α = tg−1 ⎜ ⎟ = 61°
⎝ 2 × 0,307 × tg32 ⎠
⎡ ⎤
17,42 ⎢ tg (61 − 32 ) ⎥
A partir de (8.89): Pa = × = 41,78kN
2 ⎣ tg61 ⎦

Não há, portanto, a necessidade de se aplicar a construção gráfica com o objetivo de resolver esse
problema.

Solução 8.5
Triângulo de forças:

xh
Triângulo de forças: Área da cunha: A =
2
h
Pp Em que x =
tg β

W
γ h2
Peso da cunha: W =
R
2tg β
+ 
Pp
tg ( β + φ ) =
W

Figura 8.114 Pp = W tg( β + φ)

γ h 2 ⎡ tg (β + φ ) ⎤
Portanto, a força passiva: Pp = ⎢ ⎥ (8.91)
2 ⎣ tg β ⎦

Para o ângulo de inclinação b:


⎡ tg ( β + φ ) ⎤
Kp = ⎢ ⎥
⎣ tg β ⎦

tg β + tg φ
Após a substituição de tg ( β + φ ) = , a dedução para b é similar à para a, no caso ativo,
levando a: 1 − tg β × tg φ

⎛ K −1 ⎞
p
β = tg −1 ⎜ ⎟ (8.92)
⎝ 2Kp tg φ ⎠

Solução 8.6
⎛ 1 − 0,307 ⎞
a) Caso ativo: (8.90): α = tg −1 ⎜ ⎟ = 61°
⎝ 2 × 0,307 × 0,6249 ⎠
⎛ 3,254 − 1 ⎞
Caso passivo: (8.92): β = tg −1 ⎜ ⎟ = 29°
⎝ 2 × 3,257 × 0,6249 ⎠

17 × 92 ⎡ tg (61 − 32 ) ⎤
b) Caso ativo: (8.89): Pa = ×⎢ ⎥ = 211,5 kN
2 ⎣ tg61 ⎦

17 × 22 ⎡ tg( 29 + 32) ⎤
Caso passivo: (8.91): Pp = ×⎢ ⎥ = 110,7 kN
2 ⎣ tg29 ⎦
⎛ 1 − 0,307 ⎞
a) Caso ativo: (8.90): α = tg −1 ⎜ ⎟ = 61°
⎝ 2 × 0,307 × 0,6249
Soluções
⎠ de Problemas Complementares  j 71

⎛ 3,254 − 1 ⎞
Caso passivo: (8.92): β = tg −1 ⎜ ⎟ = 29°
⎝ 2 × 3,257 × 0,6249 ⎠

17 × 92 ⎡ tg (61 − 32 ) ⎤
b) Caso ativo: (8.89): Pa = ×⎢ ⎥ = 211,5 kN
2 ⎣ tg61 ⎦

17 × 22 ⎡ tg( 29 + 32) ⎤
Caso passivo: (8.91): Pp = ×⎢ ⎥ = 110,7 kN
2 ⎣ tg29 ⎦
Esses resultados são os mesmos como mostrado nas Figuras 8.24 e 8.58.

Nota: Ambos a e b são funções da variável simples e conhecida f. Elas podem, então, ser represen-
tadas graficamente (Gráfico 8.10) para facilitar a referência. Estando em linhas retas, as equações
podem ser simplificadas ainda mais a:

α = 45 + 0,5φ
(8.93)
β = 45 − 0,5φ

a) Caso
a) Caso ativo: a = ativo: a =×45
45 + 0,5 32+=0,5 32 = 61° Como
61o× Comoanteriormente
anteriormente
b) Caso passivo: b = 45–0,5
b) Caso passivo: b = 45 − 0,5 × 32 = 29 x 32
o = 29°

Conclusão:
As condições de validade fornecidas, dadas no Gráfico 8.10, são satisfeitas, e a solução gráfica
não é necessária como a Equação (8.93), de modo que (8.89) e (8.91) conduziram às respostas
diretamente.

Solução 8.7
Caso ativo:

(a) Forças atuantes na cunha (b) Triângulo de forças:

 
W
 Pa
−
90
Muro (90 + +  − )
H H 2
 W= W
 2tg 
R R
h Pa

−


Figura 8.116

Pa sen(α − φ )
Pela regra dos senos: =
W sen(90 + φ + δ − α)

γH 2 ⎡ sen(α − φ ) ⎤
E a força ativa: Pa = ⎢ ⎥ (8.94)
2 ⎢⎣ tg α sen(90 + φ + δ − α ⎦⎥
72  j  Soluções de Problemas Complementares

Caso passivo

(b)
(a) Pp
Muro (90 − −  − )

W Pp
R
R  W
 
+ 

Figura 8.117

αH
W=
2tan β
Pp sen( β − φ )
Aplicando a regra dos senos: =
W sen( 90 + φ + δ − β )

γ H 2 ⎡⎢ sen( β − φ ) ⎤
E a força passiva: Pp = ⎢ ⎥⎥ (8.95)
2 ⎣ tg β sen (90+ φ + δ − β ⎦

Nota: Os ângulos críticos a e b que levaram aos valores máximos e mínimos de Pa e Pp, respectiva-
mente, dependem de f e d. Eles não podem ser expressos por equações simples.
Embora o diagrama de Culmann indicasse os ângulos, é mais fácil calcular uma séria de valores
para Pa e Pp e plotar as figuras em papel quadriculado para locar os valores críticos, por exemplo:

(a) (b)
Pa Ativo Pp Passivo
máx. Pa

mín. Pp
Ângulo Ângulo
crítico crítico
 

Figura 8.118

Solução 8.8
Caso ativo:

17 × 92 ⎡ sen(α − 32 ) ⎤
(8.94) : P = ×⎢ ⎥
⎢⎣ tg α × sen (90 + 32 + 17,6 − α ) ⎥⎦
a
2
Pa = 32° ⎡ sen(α − 32) ⎤
9m
= 17 kN/m3 = 688,5 × ⎢ ⎥
 = 17,6° ⎣⎢ tg α × sen (139,6 − α ) ⎦⎥

Tabulando os valores de Pa por dizer
Figura 8.119 50°≤  ≤65°
Soluções de Problemas Complementares  j 73

Tabela 8.14

° 50 55 60 65 56 58 59
Pa (kN) 178,5 189,2 189,7 181,4 190,0 190,6 190,3

Após plotar essas figuras no Gráfico 8.11, os resultados são encontrados: Pa = 190,6 kN e a = 58o

Caso ativo N.T.


195

190,6 = 32°
= 17 kN/m3
190

to
Pa = força ativa (kN)

en
am
sliz
9m

de
de
,6 kN
190

no
180

Pla
17,6°
Muro

58°

58
170
50 55 60 65
° = ângulo da superfície de deslizamento

Gráfico 8.11

Muro

N.T.

φ = 32°
γ = 17kN/m3
Plan
o de
400 desl 17,6° 2m
izam
ento

18,5° 210 kN
Pp = força passiva (kN)

Caso passivo

300

210
200
5 10 15 18,5 20 25
° = ângulo da superfície de deslizamento

Gráfico 8.12
74  j  Soluções de Problemas Complementares

Caso passivo

17 × 22 ⎡ sen( β + φ ) ⎤
Muro (8.95) : Pp = ×⎢ ⎥
2 ⎢⎣ tgβ sen(90 − 32 − 17,6 − β ⎦⎥
= 32° Pp 2 m  = 17,6°
= 17 kN/m3 34 × sen ( β + 32 )
 =
tg β sen (40,4 − β )
Figura 8.120

A força passiva é calculada para 5o ≤ b ≤ 25o e tabelada. Os ângulos estão dentro de um intervalo
menor, pois as superfícies de deslizamento são mais planas que no caso ativo.

Tabela 8.15

° 5 10 15 20 25
Pp (kN) 404 255 216,4 211,2 230,3

Essas figuras estão plotadas no Gráfico 8.12 e os resultados localizados como: Pp = 210 kN e b = 18o

Notas:
1. O efeito do atrito no muro é uma diminuição da força ativa e um aumento na passiva. Compa-
rando os valores calculados nos Problemas 8.6 e 8.8.

Tabela 8.16

=0  0
Pa (kN) 211,5 190,6
° 61 58
Pp (kN) 110,7 210
° 29 18
Problema 8.6 8.8

2. Para casos mais complicados, a solução gráfica é mais fácil.


a
GL
Solução 8.9

Areia compacta

°
°

Di
perfície lisa (d = 0).

= 32°

°
°

50
45

=
reç
60

70°
40

3
= 17 kN/m3

ão


= 0

ePd
1 2 3 4 5

a
e
as
b deb
ha
Linha de Culmann Lin
Paralelo à
linha de base

22
,6

31
,4
2,8
4m 16

37
6

,0
13

Pa
=4
4,1

1,7
Muro 11 Método de Culmann
a
nh

38
a cu 0 kN

,6
=1 Veja também o Problema 8.4
od para o método de Coulomb
, 5 p es 1cm
78 W = la:
ca
Es
,5
49

= 32°

Gráfico 8.13
A execução do procedimento acima é autoexplicativa para um muro com parâmento vertical e su-
Soluções de Problemas Complementares  j 75
76  j  Soluções de Problemas Complementares

Solução 8.10

Dados:
emáx = 62%
emín = 53%
Gs = 2,66
 = 30°
Dr = 69%

Etapa 1: Calcular o índice de vazios in situ (e) necessário, pela Equação (1.47), com o objetivo de
determinar o peso unitário da areia.

100(emáx − e )
Dr =
emáx − emín
Dr 69
∴ e = emáx −
100
(e máx − emín ) = 62 −
100
× (62 − 53) = 55,8%

Etapa 2: Como o nível de água subterrânea está próximo à superfície da areia fina, é razoável con-
siderar que esta é saturada, devido à ação de capilaridade entre o N.S. N.A. A densidade
saturada é dada por (1.42):
⎛ Gs + e ⎞ ⎛ 2,66 + 0,558 ⎞ 3
γ sat = ⎜ ⎟γw = ⎜ ⎟ × 9,81 = 2,065 × 9,81 = 20,3 kN/m
⎝ 1+e ⎠ ⎝ 1,558 ⎠

Também, abaixo do lençol freático, o peso específico submerso é:


γ ʹ = γ sat − γ w = 20,3 − 9,81 − 10,5 kN/m3

Etapa 3: Com a finalidade de calcular os empuxos de terra, uma menção tem que ser feita à seção
8.4, relativa à expansão ativa. Foi lá explanado que o empuxo ativo horizontal pode ocorrer
somente após o muro se mover para frente suficientemente para permitir que o solo se
expanda a partir do estado Ko. Durante o processo de expansão, o coeficiente de empuxo
de terra diminui de Ko até Ka. Caso, contudo, não seja permitida a expansão do solo, pois o
muro não se movimenta, então o coeficiente permanece Ko e o empuxo horizontal é dado
por sH = Kosv' em vez de sH = Kasv'.
   Nesse problema, o muro da seção do bueiro enterrado não pode se mover para a fren-
te, de modo que a força ativa tem que ser estimada pela aplicação de Ko e não Ka.

Tensões: σ 1 = 1,8 × 20,3 = 36,5 kN/m2


σ 2 = 36,5 kN/m2
σ 3 = 1,2 × 10,5 = 12,6 kN/m2
σ 4 = q = 70 kN/m2
σ w = 1,2 × 9,81 = 11,77kN/m2 (poropressão)

Note que ambos os muros estão submetidos às mesmas tensões. Como uma consequência das con-
dições simétricas do solo e a rigidez da estrutura, não há expansão ativa e compressão passiva. A
seção está submetida à tensão no estado Ko, de modo que Ko deve ser usado nos cálculos.
Soluções de Problemas Complementares  j 77

q = 70 kN/m2

Areia

sat
1,8 m
Bueiro P1
P4

1,8 m
1,5 m P2
ʹ 1,2 m
3m 0,6 m
P3 Pw 0,4 m

Q 11,77
70 35,77 12,6

Figura 8.123

Coeficiente de empuxo no repouso: Ko = 1 − sen f = 1 − sen 30 = 0,5


36,5
Forças: P1 = 0,5 × 1,8 × = 16,60 kN atuando em y 1 = 1,8 m
2
P2 = 0,5 × 1,2 × 36,5 = 21,90 kN atuando em y 2 = 0,6 m
12,6
P3 = 0,5 × 1,2 × = 3,78 kN atuando em y 3 = 0,4 m
2
P4 = 0,5 × 3 × 70 = 105,00 kN atuando em y 4 = 1,5 m
11,77
Pw = 1,2 × = 7,06 kN atuando em y w = 0,4 m
2
Força resultante = 154,2 kN (ou seja 154 kN)

Somando os momentos das forças em torno do canto Q:

∑MQ=16,5×1,8 + 21,9×0,6+(3,78+7,06)×0,4+105×1,5
=29,7+13,1+4,3+157,5 = 204,6 kNm

Igualando o momento da resultante à soma dos momentos, chega-se a sua linha de ação g.

70 kN/m2 154γ = 204,6


204,6
γ = = 1,33 m
154
154 kN 154 kN

1,33 m

70 + 16 = 86 kN/m2

Figura 8.124

Considerando que o peso do bueiro, em uso máximo, confere-se uma carga de 16 kN/m ao solo; as
cargas características na seção do bueiro podem ser indicadas como mostrado.
78  j  Soluções de Problemas Complementares

Solução 8.11
Aplique a Equação (8.57):
Vista
plana R ⎛ 6e ⎞
fmáx = 1± ⎟
R mín bd ⎜⎝ d⎠

2m
e em que b = 2m
d = 3m
Diagrama
3m
200 kN/m2 O de tensões fmín = 0 kN/m2
fmáx = 200 kN/m2

Figura 8.125

Substituindo:
R ⎛ 6e ⎞ 1200
Máx : 200 = ⎜1+ ⎟ R=
2×3 ⎝ 3⎠ 1 + 2e
R 1200
Mín : 0=
6
( 1 − 2e ) e = 0,5m assim R=
1+ 1
= 600

Verificação: Terço médio = d/6 = 3/6 = 0,5 m. Isto é porque fmín = 0.


Soluções de Problemas Complementares  j 79

Capítulo 9

Solução 9.1
a) Fatores de capacidade de carga a partir do Gráfico 9.1 para f = 8o
Nc = 7,5
Nq = 2

N γ = 0,5

Tensão efetiva de sobrecarga no nível da fundação: só = so = Dg = 1 × 17 = 17 kN/m2


1
A partir de (9.11): qs = [cNc + σ 0ʹ (Nq − 1) + 0,5γ BN γ ] + σ 0
Fs
1
= × ⎡ 11 × 7,5 + 17 × (2 − 1) + 0,5 × 17 × 1,5 × 0,5⎦⎤ + 17
3 ⎣
1
= × (82,5 + 17 + 6,38) + 17 = 52,3 kN/m2 < 200 kN/m2
3

Como qs < s = 200 kN/m2, a argila mole é muito pouco resistente para suportar o carregamento
proposto.
A camada de argila rija está somente a 2 m abaixo do nível da fundação, de modo que isto é
possível para substituir totalmente a argila mole por material compactado.
b) Estrutura do solo:
Com o objetivo de calcular a capacidade de carga, os pesos unitários, nos dois estados especi-
ficados, têm que ser determinados a partir dos dados:
γ d = 16,1kN/m3
m = 18%

1m

Argila mole Solo compactado Argila mole


d = 16,1 kN/m3 3m
c = 5 kN/m2
= 35°
m = 18%
Gs = 2,75
Argila rija com matacão

Figura 9.56

Etapa 1: Deve-se assegurar que o solo substituído está parcialmente saturado.


⎛ G ⎞
A partir de (1.41): γ d = ⎜ s ⎟ γ w
⎝ 1+e⎠
Gs γ w 2,75 × 9,81
Expressando, e= −1= − 1 = 0,68
γd 16,1
mGs
A partir de (1.36): e =
Sr

Expressando,
mGs 0,18 × 2,75
Sr = = = 0,73(73%)
e 0,68

Portanto, o material está parcialmente saturado.


80  j  Soluções de Problemas Complementares

γ
A partir de (1.40): γd =
1+m
Expressando,  = (1 + m) d = 1,18 × 16,1 = 19 kN/m3
⎛ G s +e ⎞ 2,75 + 0,68
A partir de (1.42): γ sat = ⎜ ⎟γ = × 9,81 = 20 kN/m3
⎝ 1+ e ⎠ w 1,68

Etapa 2: Capacidade de carga em saturação parcial.

N.T. Fatores de capacidade de carga:


1,5 m 1m Para = 35°
Aterro
Nc = 46
= 19 kN/m3 Nq = 33
= 35° 3m
c = 5 kN/m2
N γ = 40

Argila rija com matacão Também,  0ʹ = 0 = 1 × 19 = 19 kN/m2

Figura 9.57

1
(9.11): q s = × [5 × 46 × 19 × (33 − 1) + 0,5 × 19 × 1,5 × 40] + 19
3
1 1408
= × (230+ 608 + 570)+ 19= + 19= 488 kN/m2 > 200 kN/m2
3 3

Portanto, o aterro compactado está satisfatório.

Etapa 3: Capacidade de carga após a inundação

Tensão efetiva de sobrecarga


N.A.
no nível da fundação.
Água 0,5 m
N.T. σ 0 = 0,5 × 9,81 + 20 = 24,9 kN/m2
1,5 m 1m u = (0,5 + 1) × 9,81 = 14,7 kN/m2
Aterro
σ 0ʹ = 24,9 − 14,7 = 10,2 kN/m2
sat = 20 kN/m3
3m Densidade submersa
= 23°
c = 5 kN/m2 γ ʹ = γ sat − γ w = 20 − 9,81= 10,2 kN/m3

Argila rija com matacão

Figura 9.58

A fórmula (9.11) é modificada para levar em conta g´.


1
qs = × [cNc + σ 0ʹ (Nq − 1) + 0,5γ ʹ βNγ ] + σ o
3
1
= × [5 × 46 + 10,2 × (33 − 1) + 0,5 × 10,2 × 1,5 × 40] + 24,9
3
1 862,4
= × (230 + 326,4 + 306) + 24,9 = + 24,9 = 312 kN/m2 > 200 kN/m2
3 3
Portanto, o efeito da inundação a longo prazo é saturar o aterro, o que conduz ao decréscimo da
capacidade de carga em 36%, neste exemplo.
Soluções de Problemas Complementares  j 81

Solução 9.2
A capacidade de carga de segurança para a fundação superficial retangular é dada pela Equação (9.21):
1 ⎡ ⎛ B⎞ ⎤
qs = ( )
⎢c ⎜⎝ 1 + 0,2 ⎟⎠ Nc + σ 0ʹ Nq − 1 + 0,5 γ B N ⎥ + σ 0
Fs ⎣ L ⎦

Em que Fs = 3 A partir do Gráfico 9.1 Nc = 10


B=2 para  = 10° Nq = 2,5
L=4 Nγ = 1
Como não há nível de água subterrânea indicada, a tensão efetiva de sobrecarga se iguala à total
na base. Portanto, só = so = 0,9 × 18 = 16,2 kN/m2
1 ⎡ ⎛ 2⎞ ⎤
Assim, q s = × ⎢50 ⎜ 1 + 0,2 × ⎟ × 10 + 16,2 × (2,5 − 1) + 0,5 × 18 × 2 × 1⎥ + 16,2
3 ⎣ ⎝ 4⎠ ⎦
1
= × (550 × 1,1 + 24,3 + 18) + 16,2 = 214 kN/m2
3
O carregamento é excêntrico. Portanto, a força resultante e a sua excentricidade são calculadas
como descrito no Apêndice D.

(a) Nesse caso, a força vertical única é


0
= 50 kNm W = 100 kN
M
∴ R = W = 1000 kN
W = 1000 kN
Substituindo W e M por R com excentricidade e:
2m
L=4m M = Re 500
∴e= = 0,5
500 = 1000e 1000

(b) cL

0,5

R = 1000 kN

As tensões máxima e mínima podem ser calculadas a partir de (8.57), fazendo


b = B e d = L.

(c) R ⎛ 6e ⎞
fmáx = ⎜1± ⎟
mín BL ⎝ L⎠
R 1000 ⎛ 6 × 0,5 ⎞
B=2m

= ⎜1± ⎟
2×4 ⎝ 4 ⎠
0,5 = 125 ± 94
fmáx = 125 + 94 = 219 kN/m2
fmín = 125 − 94 = 31 kN/m2
(d) qs ≈ fmáx, portanto o solo é ligeiramente
sobrecarregado.

31kN 2
m
219 kN/m2

Diagrama
de tensões

Figura 9.60
82  j  Soluções de Problemas Complementares

Solução 9.3
a) Estaca vertical
12 × π
Ponta: Ae = = 0,786 m2
4
A partir de (9.30): Qe = 9cuAe = 9 × 260 × 0,786 = 1839 kN
⎛ d⎞
Resistência lateral: As = ⎜ 2π × ⎟ × 13,3 = π × 13,3 × 1 = 41,78 m2
⎝ 2⎠

A partir de (9.30): Qs = αcuAs = 0,45 × 174 × 41,78 = 3271 kN

A capacidade de carga admissível é o menor valor entre:


Qe Qs 1839 3271
(9.31): Qa = + = + = 2794 kN
3 1,5 3 1,5
Qe + Qs 1839 + 3271
(9.32): Qa = = = 2044 kN
2,5 2,5

Aceito Qa = 2044 kN

b) Estaca alargada
Ponta: 2,52 × π
Ae = = 4,91 m2
4
Qe = 9cuAe = 9 × 260 × 4,91 = 11489 kN
1
Resistência lateral: As = 2π × 7 = 22 m2
2

Qs = αc u As = 0,45 × 174 × 22 = 1723 kN

Capacidade última: Qu = Qe + Qs = 11489 + 1723 = 13212 kN

A capacidade de carga admissível é o menor valor entre:


11489 1723
Qa = + = 4978kN
3 1,5
Q 13212
Qa = u = = 5285kN
2,5 2,5
Aceito Qa = 4978 kN
Resultados:
Qa (kN)
a) vertical 2044
b) alargada 4978

Solução 9.4
n 0,39
A partir de (1.13): e= = = 0,64
1−n 1 − 0,39
A partir do Gráfico 9.1: Para  = 29° Nq = 20 e Nγ = 17

Caso 1: A areia está seca, de modo que o peso específico seco é aplicado.
Soluções de Problemas Complementares  j 83

⎛ Gs ⎞ 2,65 × 9,81
A partir de (1.40): γ d = ⎜ γ = = 15,9 kN/m3
⎝ 1 + e ⎟⎠ w 1,64
1
A partir de (9.13): σ = ⎡ σ 0ʹ (Nq − 1) + 0,5γ dB N γ ⎤ +σ o
Fs ⎣ ⎦

Em que, σ 0ʹ = 0 = z1d = 0,5 × 15,9 = 7,95 kN/m2


Substituindo: 1
σ1 = × ⎡7,95 × (20 − 1) + 0,5 × 15,9 × 2 × 17⎤⎦ + 7,95
3 ⎣
1
σ 1 = × ( 151,05 + 270,3) + 7,95
3
421,35
= + 7,95 = 148,4 kN/m2
3

Caso 2:

A pressão artesiana provoca uma infiltração ascen-


B=2m hs = hA = 1,5 m dente. Assim, a densidade submersa, alterada por
N.A. = N.T. conta do gradiente hidráulico, é aplicada.
2
z1 = 0,5 m O gradiente hidráulico é dado por (3.2):
hs
i=
Areia z2
z2 = 2,5 m e = 0,64
Infiltração

1,5
Gs = 2,65 = = 0,6
2,5
sat = 19,7 kN/m3
A densidade submersa a partir de (1.43):
Pedregulho
σA = hAγw ⎛ Gs − 1⎞ 2,65 − 1
γ ʹ= ⎜ ⎟γ = × 9,81 = 9,87kN/m3
=1,5 × 9,31 ⎝ 1+e ⎠ w 1,64
=14,7 kN/m3 γ sat = 9,87+ 9,81 = 19,7 kN/m3
Figura 9.63

A densidade submersa modificada é encontrada a partir de (5.11):


γ ʹʹ = γ ʹ − i γ w = 9,87 − 0,6 × 9,81 = 3,98 kN/m3

Portanto, a carga de segurança que pode ser suportada pela areia é:


1
σ2 = = ⎡⎣σ 0ʹ (Nq − 1) + 0,5γ ʹʹB N γ ⎤⎦ + σ 0
Fs

Em que,
σ 0ʹ = z1γ ʹʹ = 0,5 × 3,98 = 2 kN/m2 e σ 0 = 0,5 × 19,7 = 9,85 kN/m2
1
σ2 = × (2 × 19 + 0,5 × 3,98 × 2 × 17) + 9,85 = 45 kN/m2
3
Portanto, a infiltração reduziu s = q em 70%

Solução 9.5
A partir de (9.8): qu = 35 × 11 + 3 × 18z + 0,5 × 18 × 2 × 1,5 = 412 + 54z
A partir de (9.4): qn = qu−0 = 412 + 54z−18z = 412 + 36z

qn 412 + 36z
A partir de (9.5): qsn = = = 137,3 + 12z
Fs 3

A partir de (9.6): qs = qsn + o = 137,3 + 12z + 18z = 137,3 + 30z


A partir de (9.2): qs = 
A partir de (9.2): n =  − o = qs−18z = 137,3 + 30z−18z = 137,3 + 12z
84  j  Soluções de Problemas Complementares
A partir de (9.8): qu = 35 × 11 + 3 × 18z + 0,5 × 18 × 2 × 1,5 = 412 + 54z
A partir de (9.4): qn = qu−0 = 412 + 54z−18z = 412 + 36z

qn 412 + 36z
A partir de (9.5): qsn = = = 137,3 + 12z
Fs 3

A partir de (9.6): qs = qsn + o = 137,3 + 12z + 18z = 137,3 + 30z


A partir de (9.2): qs = 
A partir de (9.2): n =  − o = qs−18z = 137,3 + 30z−18z = 137,3 + 12z

A partir de (9.2) e (9.6): σ n = σ − σ o = qs − (qs − qsn ) = qsn


∴ σ n = qsn = 137,3 + 12z

155 − 137,3
Para σ n = 155 kN/m2 155 = 137,3 + 12z z= = 1,48 m
12
E  = qs = 137,3 + 30 × 1,48 = 181,7 kN/m2

Notas:
a) A tensão de capacidade de carga de segurança s é comparada à capacidade de carga de segu-
rança do solo qs, de modo que:
σ ≤ qs

b) A tensão de capacidade de carga líquida sn é aplicada quando se estima:


1.  A tensão provocada pela tensão de capacidade de carga líquida em alguma profundidade
abaixo da fundação.
2.  A tensão efetiva em uma profundidade.
3.  O adensamento do solo abaixo de uma fundação e seu consequente recalque.
c) Para carga de superfície sn = s.

Solução 9.6
1. A partir do Gráfico 9.6, a tensão de capacidade de carga admissível para areia acima do NA para
a fundação de 4 m de largura para N = 50 é sa = 470 kN/m2.
   Para a areia abaixo do NA, o valor de N = 50 é corrigido de acordo com a Equação (9.23):

N ʹ = 15 + 0,5 (N − 15) = 15 + 0,5 × (50 − 15) = 32,5 golpes

A tensão de capacidade de carga admissível correspondente é sa = 300 kN/m2.


   A capacidade de carga última da argila mole é determinada a partir de (9.18):
qu = 1,3cuNc = 1,3 × 47 × 5,7 = 348,3 kN/m2

qu − σ ʹ 0
E a capacidade de carga de segurança a partir de (9.7): qs = + σ0
Fs
Onde a partir do Gráfico (9.2): Nc = 5,7 para u = 0
A tensão de sobrecarga efetiva sobre o topo da argila é: σ 0ʹ = 3 × 19 + 2γ ʹ = 57 + 2γ ʹ

⎛ Gs − 1⎞ ⎛ 2,66 − 1 ⎞ 3
Onde a partir de (1.43): γʹ =⎜ ⎟γw = ⎜ ⎟ × 9,81 = 10,57kN/m
⎝ 1+e ⎠ ⎝ 1 + 0,54 ⎠

∴ σ 0ʹ = 57 + 2 × 10,57 = 78,15 kN/m2

Também, o = 3 × 19 + 2 × 20,4 = 97,8 kN/m2


348,3 − 78,15
Assim, qs = + 97,8 = 188 kN/m2
3
Soluções de Problemas Complementares  j 85

2. As tensões efetivas aplicadas nas profundidades de 2 m, 3 m e 5 m têm que ser determinadas.


Estas devem ser menores ou iguais à resistência de capacidade de carga do solo abaixo.
   Na profundidade de 2 m (no nível da base), a tensão líquida na fundação deve ser menor ou
igual à admissível 470 kN/m2. Portanto, sn = 388 − 2 × 19 = 350 kN/m2 é satisfatória.
   Na profundidade de 3 m (1 m abaixo da base), a tensão efetiva é dada por:

σ 3ʹ = σ v + ( 3 − 2) γ
= σ v + 19

em que sv é a tensão máxima vertical provocada por sn no nível do lençol freático. Isto ocorre em-
baixo do centro da fundação quadrada e pode ser estimada com o uso do:
1.  Gráfico 4.7 (Steinbrenner)
2.  Gráfico 4.8 (Fadum)
3.  Gráfico 4.9 (Newmark)

Nesse problema, o Gráfico 4.7 é usado para estimar o tensão vertical 1 m abaixo do ponto c.

a=2m
a 2
= =1
b 2 I7 = 0,23/quadrado
b=2m
z 1
= = 0,5
4m b 2
c
σ v = 4 × (I7σ n ) = 4 × 0,23 × 350 = 322kN/m2
∴ σ ʹ3 = 322 + 19 = 341kN/m2 > 300 kN/m2
4m

Figura 9.66

Portanto, a tensão induzida excede a admissível.


Na profundidade de 5 m (3 m abaixo da fundação), a tensão efetiva é:

σ 5ʹ = σ v + γ + (5 − 3) γ ʹ = σ v + 19 + 2 × 10,57 = σ v + 40,14

A partir do Gráfico 4.7:


a z 3
=1 = = 1,5 I7 = 0,122
b b 2
σ v = 4 × 0,122 × 350 = 170,8 kN/m2
∴ σ 5ʹ = 170,8 + 40,14 = 211 kN/m2 > 188 kN/m2

Portanto, a tensão efetiva excede a capacidade de carga da argila mole. Aconselha-se reduzir a ten-
são vertical máxima induzida nas profundidades de 3 m e 5 m, com o objetivo de evitar uma possível
ruptura de camadas menos resistentes. Isto pode ser feito modificando-se:
a)  O tamanho ou a forma da fundação
b)  A largura da fundação
c)  O carregamento

É claro que qualquer combinação apropriada dessas três modificações pode ser escolhida. Neste
caso, duas mudanças são feitas como mostrado:
86  j  Soluções de Problemas Complementares

(a)

N.T. n = 248 kN/m2 (b)


0,6 m C = 19 kN/m3 Forma da área da base
4m
2,4 m a = 470 kN/m2
N.A. b=2m
a=3m
ʹ = 10,57 kN/m3
Areia 6m
2m c
a = 300 kN/m2

Argila mole qs = 156 kN/m2 4m

Figura 9.67

Alteração 1: A fundação é agora assentada somente 0,6 m abaixo da superfície do solo. Isto tem
efeito de elevação do bulbo do diagrama de tensões, o que reduz a carga induzida (sn)
na argila mole.
Alteração 2: A área da base quadrada é substituída por uma retangular com o objetivo de diminuir
a tensão de capacidade de suporte líquida aplicada a partir de 350 kN/m2. O novo valor
de sn é primeiramente determinado.
Carga total na base quadrada:  W = 388 × 42 = 6208 kN
Carga total no retângulo:   W = s × 4 × 6 = 24s kN
Igualando, W = 24s = 6208   ∴    s = 6208/24 = 259 kN/m2
Portanto, sn = s − 0,6g = 259 − 0,6 × 19 = 247 kN/m2
A tensão na argila mole em 5 m de profundidade (4,4 m abaixo do centro c) é:
s'5 = sv + (2,4 × 19 + 2 × 10,57) = sv + 247
a 3 z 4,4
Para σv : = = 1,5 = = 2,2 I7 = 0,096
b 2 b 2
σ v = 4 × 0,096 × 247 = 94,85 kN/m2

Assim, s's = 94,85 + 66,74  162 kN/m2 < 188 kN/m2. Isto é satisfatório.
   A resistência da areia abaixo do NA é obviamente suficiente para suportar a tensão corrigida.
Contudo, é prudente verificá-la.
a 3 z 2,4
= = 1,5 = = 1,2 ∴ I7 = 0,152
b 2 b 2
σ v = 4 × 0,152 × 247 = 150 kN/m2

A tensão efetiva, 3 m abaixo do nível do terreno, é:

σ 3ʹ = σ v + 2,4 × 19 = 150 + 45,6 ≈ 196 kN/m2 < 300 kN/m2

Portanto, o arranjo retangular é satisfatório.

Solução 9.7
Tendo em vista a pressão artesiana, é necessário verificar se a escavação para a fundação se aproxi-
ma ou está dentro da profundidade crítica (zc) do solo acima da camada de pedregulho. Isto é dado
pelo peso específico do solo por m2 (ou seja, é a pressão efetiva em x − x), equilibrando sA = 26 kN/m2.
16,61
σ xʹ = y × γ 2 + 1 × γ 2ʹ − σ A = 0 y= = 0,95 m
17,5
ou 17,5y + 9,39 − 26 = 0
z c = 1 + y = 1,95 m
Soluções de Problemas Complementares  j 87

Isso significa que a base da escavação estaria somente acima da espessura crítica. Como a tensão
na fundação não é aplicada nesse estágio, o solo romperia e a obra seria inundada. A construção
proposta não é, portanto, exequível. A solução sugerida é mostrada abaixo, que é a elevação do ní-
vel da base bem como da superfície do solo de 0,5 m, o que mantém a profundidade da fundação
em 1 m. Claro que o topo do solo é primeiramente removido.

Novo N.T.

0,7 m Escavação Aterro


compactado
0,3 m argila
0,55 m

1,5 m 2 = 17,5 kN/m3


zc = 1,95 m
N.A.

1m ʹ2 = 9,39 kN/m3

x x
Pedregulho
2
26 kN/m

Figura 9.69

A tensão efetiva final no topo do pedregulho abaixo da escavação.


σ xʹ = 1,5 × 17,5 + 1 × 9,39 − 26 = 9,64 kN/m2

Solução 9.8
Etapa 1:  Calcular o peso unitário de cada camada a partir das características do solo dadas.
Argila rija
⎛ Gs + Sre ⎞ ⎛ 2,73 + 0,76 × 0,82 ⎞ 3
Sr = 0,76 A partir de (1.38): γ = ⎜ ⎟γ = ⎜ ⎟ × 9,81 = 18,1kN / m
⎝ 1+e ⎠ w ⎝ 1,82 ⎠

⎛ Gs − 1⎞ ⎛ 2,73 − 1⎞ 3
Sr = 1 A partir de (1.43): γ ʹ= ⎜ ⎟γ = ⎜ ⎟ × 9,81 = 9,3 kN/m
⎝ 1 + e ⎠ w ⎝ 1,82 ⎠

E sat =  ʹ + w = 9,3 + 9,81 = 19,1 kN/m3


Areia compactada
⎛ 2,67 − 1⎞ 3
Sr = 1 A partir de (1.43): γʹ=⎜ ⎟ × 9,81 = 12,4 kN/m
⎝ 1,32 ⎠
∴ γ sat = 12,4 + 9,81 = 22,21kN/m3

Argila média
⎛ 2,8 − 1⎞ 3
Sr = 1 A partir de (1.43): γ ʹ = ⎜ ⎟ × 9,81 = 10 kN/m
⎝ 1,76 ⎠

Etapa 2:  Encontrar os fatores de capacidade de carga para as duas camadas de argila, a partir do
     Gráfico 9.1, e calcular as capacidades de carga de segurança a 1 m e 3 m de profundidades.
Argila rija   A partir do ensaio triaxial UU: c’u = 79 kN/m2.
88  j  Soluções de Problemas Complementares

N.T.
φuʹ = 15° ∴ Nc = 11
n=245 kN/m2
z = 1m = 18,1 kN/m3 Nq = 3
N γ = 1,5
B=2m

Figura 9.71

A tensão de sobrecarga efetiva:  0ʹ = 0 = 1 × 18,1 = 18,1 kN/m2


1
A partir de (9.11): σ = qs =
Fs ⎣ u c
( )
⎡c ʹ N + σ 0ʹ Nq − 1 + 0,5γ ʹBN γ ⎤ + σ 0

1
= × [ 79 × 11 + 18,1 × 2 + 0,5 × 9,3 × 2 × 1,5] + 18,1 = 324 kN/m2
3
A partir de (9.2): n =  −0 = 324−18,1 = 306 kN/m2 > 245 kN/m2 satisfatório

Note que, embora o lençol freático esteja somente abaixo da zona de ruptura (D > B), a argila é con-
siderada saturada abaixo da base, devido ao movimento da água de capilaridade. Por essa razão,
g'= 9,29 kN/m3, em vez de g = 18,1 kN/m3, é aplicada, resultando em um valor menor da resistência
estimada do solo. A escolha está, portanto, no lado seguro. Neste caso, a argila rija é resistente o
suficiente para suportar a tensão de capacidade de carga líquida.
Argila média   Para o ensaio de palheta Vane: cu = 68 kN/m2.

Nc = 5,7
φu = 0 ∴ Nq = 1
Nγ = 0

Nota: As fórmulas sobre capacidade de carga são válidas no nível da fundação. Com o objetivo de
determinar a resistência do solo em uma profundidade abaixo, a base é admitida assentada naquele
nível. Nesse problema, a Equação (9.9) é simplificada pelos fatores de capacidade de carga.

1m  = 18,1 kN/m3 1
qn = ⎡c N + σ 0ʹ ( 1 − 1) + 0,5γ ʹB × 0⎤⎦
Argila F⎣ u c
rija 1
1,4 m sat = 19,1kN/m3 = (c N )
u c
F
B=2m 1,6 m sat = 22,21 kN/m3
1
Areia = × (68 × 5,7)
3
Argila média ʹsat = 10 kN/m3 qn = 129 kN/m2
Figura 9.72

Tensão de sobrecarga em z = 3 m: s´o =18,1 + 1,4 × 19,1 + 0,6 × 22,21 = 58,2 kN/m2
E a capacidade de carga de segurança: qs = 129 + 58,2 = 187 kN/m2
Nota: Nesse caso, a largura da fundação é irrelevante, pois Ng = 0.
Etapa 3: Determinar o valor aproximado da tensão no topo da argila média, devido à carga líquida
da fundação, somada à sobrecarga. Isto é usualmente feito em uma das quatro maneiras:
a)  Pela fórmula de Boussinesq, ou bulbo do diagrama de tensões, apropriada à forma da
  base.
b)  Considerando que a dispersão de carga é linear com a profundidade a 30o em relação
  à vertical.
c)  Considerando uma dispersão linear de 45o das tensões na fundação.
d)  Pela combinação de (b) e (c).
Soluções de Problemas Complementares  j 89

a)  Solução de Boussinesq-Michell

Como o solo está carregado abaixo do ní-


1m
n = 245 kN/sqm
Argila rija
vel do terreno, a tensão líquida na funda-
ção é aplicada.
b = 1m
ʹ= 9,3 kN/m3 z
1,4 m z=2m

0,6 m Areia ʹ = 12,4 kN/m3


x x
Argila 1 0,5 0 0,5 1
média r r

Figura 9.73

A tensão de sobrecarga efetiva em z = 2 abaixo da base.

s´o = 1,4 × 9,3 + 0,6 × 12,4 = 20,4 kN/m2


As tensões verticais no topo da argila média são calculadas pelas fórmulas:

⎛r − b⎞ ⎛r − 1 ⎞
(4.11): α = tg −1 ⎜ ⎟ = tg − 1 ⎜ ⎟
⎝ z ⎠ ⎝ 2 ⎠

−1 r + b
⎞ ⎛
−1 r + 1

(4.12): β = tg ⎜ ⎟ − α = tg ⎜ ⎟−α
⎝ Z ⎠ ⎝ 2 ⎠
⎡ β + sen β cos (2 α + β ) ⎤ ⎡ β + sen β cos (2α + β ) ⎤
(4.8): σ v = ⎢ ⎥ × σn = ⎢ ⎥ × 245
⎣ π ⎦ ⎣ π ⎦
= 78 × [ β + sen β cos( 2α + β ] )

Tabelando os resultados, que podem ser verificados pelo Gráfico 4.3.


Valor máximo de tensão induzida: sv = 134 kN/m2
Tensão efetiva máxima final em x − x (z = 2 m):
Tabela 9.11
σ xʹ = σ 0ʹ + σ v = 20,4 + 134 = 154 kN/m2
r (m) 0 0,5 1
α° −26,6 −14 0
β° 53 51 45
v 134 125 100
Nesse caso, portanto, sx́ < qs = 168 kN/m2.

b)  dispersão de 30o


b) 30° dispersão
A partir de (4.32):
Argila rija ⎛ B ⎞
1m n = 245 kN/m2 σ xʹ = σ 0ʹ + ⎜ σ
⎝ B + 1,15z ⎟⎠ n
2 × 245
B=2m = 20,4 +
1,4 m 2 + 1,15 × 2
z=2m 30°
= 134 kN/m2
xʹ = 134 kN/m2
Areia
x x
Argila média
Bz = 4,31 m

Figura 9.74

c) 45° dispersão
n A partir de (4.33):

⎛ B ⎞
σ xʹ = σ 0ʹ + ⎜ σ
⎝ B + 2z ⎟⎠ n
B=2m 2 × 245
45° = 20,4 +
2+2×2
= 102 kN/m2
2
Argila rija ⎛ B ⎞
n = 245 kN/m2 σ xʹ = σ 0ʹ + ⎜
1m
⎝ B +21,15
× 245
z ⎟⎠ σ n
B=2m = 20,4 +
1,4 m 22+ ×1,15
245×2
z=2m 30° B=2m
= 20,4
= + 2
134 kN/m2 + 1,15 × 2
1,4 m 30°
z=2m
xʹ = 134 kN/m2 = 134 kN/m2
Areia
90  j  Soluções de Problemas
x xʹ = 134 kN/m2
Complementares x
Argila média Areia
x Bz = 4,31 m x
Argila média
Bz = 4,31 m
Figura 9.74
c) Figura
dispersão
9.74 de 45
o

c) 45° dispersão
c) 45° dispersão n A partir de (4.33):
A partir de (4.33):
n ⎛ B ⎞
σ xʹ = σ 0ʹ + ⎜ ⎟ σn
⎛⎝ B +B2z ⎞⎠
B=2m σ xʹ = σ 0ʹ + ⎜ ⎟⎠ σ n
45° ⎝ 2 × 245
= 20,4 +B + 2z
B=2m 22 +× 2245
×2
45°
= 20,4
= 102 kN/m+ 2
2+2×2
102 kN/m2
x x = 102 kN/m2
102 kN/m2
Bz = 6 m
x x
Bz = 6 m
Figura 9.75
Figura 9.75 dispersão
d) 30°/45°
d)  d)
dispersão dedispersão
30°/45° 30o/45o n A partir de (4.43):
n A partir de (4.43):
B σn
1m 30° B = 2m σ xʹ = σ 0ʹ +
B σBn + 2z
0,575
z=2m 1m 30° B = 2m σ xʹ = σ 0ʹ +
= 20,4 0,575
+ B2 ×
+ 245
2z
Bx = 3,15 m
z=2m 45° 0,575 × 2+2×2
2 × 245
m kN/m2
Bx = 3,15116 = 20,4
= + 2
116 kN/m 0,575 × 2 + 2 × 2
45°
116 kN/m2 = 116 kN/m2
Bz = 5,15 m
Bz = 5,15 m
Figura 9.76
Figura 9.76

Conclusão: Como as tensões induzidas são menores que a capacidade de suporte nas profundidades
de 1 m e 3 m, o solo não está sobrecarregado. Também, os métodos de dispersão levam a valores
pequenos em comparação aos de Michell.
Soluções de Problemas Complementares  j 91

Capítulo 10

Solução 10.1
Utilizando a regra da coordenada do meio, construir a Tabela 10.10 (no Gráfico 10.7) tabelando Zn,
Wn, Xn, Md e Mr.
Passo 1: Calcule o ângulo  e o comprimento do arco L

O R=
10,
 3m
Comprimento da corda:
3m

d = 142 + 42
6 m
10,

14,5 = 212
d=
R=

4m = 14,56 m
L

14 m

Figura 10.43

O ângulo  é calculado utilizando a regra dos cossenos:


d 2 = R 2 + R 2 − 2RR cosθ
d 2 = 2R 2 − 2R 2 cosθ ⎛ d2 ⎞
θ = cos−1 ⎜ 1 − 2 ⎟
d = 2R ( 1 − cosθ )
2 2
⎝ 2R ⎠
d 2
que é a equação (c7)
2
= 1 − cosθ
2R
⎛ 212 ⎞ ⎛ π⎞
Logo, θ = cos−1 ⎜ 1 − ⎟ = 90° ⎜ i.e. ⎟
⎝ 2 × 10,32 ⎠ ⎝ 2⎠

O comprimento da superfície de ruptura é:


π
L = Rθ = 10,3 × = 16,18 m
2
Passo 2: Calcular o peso Wn de cada fatia:
Área da enésima fatia: An = bzn = zn (b = 1 m)
Peso da enésima fatia: Wn = gAn = 18zn
Os resultados são tabelados e somados.
A área da seção transversal total: A = S zn = 32,31 m2
O peso total da fatia por metro de comprimento é:
W = ΣWn = 581,6 kN
Passo 3: Após medir a distância horizontal (±xn) do centro de cada fatia a partir do centro do
círculo, os momentos atuantes (+Wxn) e os momentos resistentes (−Wxn) são tabelados.
A partir da tabela, o momento atuante resultante:
MD = Σ(+Wnxn ) + Σ(−Wnxn )
= 1878 − 192,4 = 1686 kNm

Passo 4: Calcular a força resistente (S) atuando ao longo da superfície de deslizamento.


S = cuL = 35 × 16,18 = 566,3 kN

Logo, o momento resultante: MR = SR = 566,3 × 10,3 = 5833 km

Passo 5: Calcular o fator de segurança.


Tabela 10.10
−x +x Largura de cada fatia
b=1m Comprimento da Peso da Distância Momentos
O Fatia
ordenada do meio fatia x n (m) (kNm)
Nº zn Wn
(n) (m) + – +Wnxn–Wnxn
(kN)
= 90° 1 0,30 5,4 4,5 –24,3
92  j  Soluções de Problemas Complementares

2 0,70 12,6 3,5 –44,8

3 1,20 21,6 2,5 –54

,3 m
4 1,81 32,6 1,5 –48,9

10
R=
5 2,34 42,1 0,5 –21,1
14
m2 6 2,80 50,4 0,5 25,2
1e
4m
13 7 3,2 57,6 1,5 86,4
12 3,41 61,4 2,5
8 153,5
Argila
11
1 10 9 3,60 64,8 3,5 226,8
2 9 cu = 35 kN/m2
3 7 8 u = 0 65,2 4,5
4 5 6 10 3,62 293,4
= 18 kN/m2
9m 11 3,53 63,5 5,5 348,3
Escala: 1 cm = 1 m
12 3,00 54,0 6,5 357,0

13 2,00 36,0 7,5 270,0

14 0,80 14,4 8,5 122,4

∑ 32,31 581,6 1878,0–192,4

Gráfico 10.7
Soluções de Problemas Complementares  j 93

5833 kNm MR 5833


Fs = = = 3,46
MD 1686
1686 kNm

Figura 10.44

Solução 10.2
a) Logo após a construção g = 18,4 kN/m3
Como f < 3 e a < 53º, espera-se que a superfície de deslizamento intercepte o terreno na frente
do pé do talude.
   Também, o fator de profundidade D é maior, já que não há evidência de um estrato mais re-
sistente para DH = 20m. Assim, a partir do Gráfico 10.2 para   f = 0
                               D = ∞   Nc = 0,18
                               a = 21,8
c 54
A partir de (10.14): Fc = = = 3,6
γ HNc 18,4 × 4,5 × 0,18

b) Inundada até o topo, logo o peso específico submerso deverá ser usado.
⎛ Gs − 1⎞ ⎛ 2,72 − 1⎞ 3
(1.43): γ ʹ= ⎜ ⎟γ = ⎜ ⎟ × 9,81 = 10,55 kN/m
⎝ 1 + e ⎠ w ⎝ 1 + 0,6 ⎠

54
Logo, Fc = = 6,32
10,55 × 4,5 × 0,18

c) Esvaziamento rápido, logo o peso específico saturado será utilizado.


⎛ Gs + e ⎞ ⎛ 2,72 + 0,6 ⎞ 3
(1.42): γ sat = ⎜ ⎟γ = ⎜ ⎟ × 9,81 = 20,36 kN/m
⎝ 1 + e ⎠ w ⎝ 1 + 0,6 ⎠

54
Logo, Fc = = 3,27
20,36 × 4,5 × 0,18

Resultados

Tabela 10.11

Caso Fs Pesos
específicos

(a) 3,6 
(b) 6,32 ʹ
(c) 3,27 sat
94  j  Soluções de Problemas Complementares

Solução 10.3
a)  Escolha fatias de 1 m de largura e aplique a regra de coordenada do meio.

Tabela 10.12

Comprimento Momentos (kNm)


Fatia N.º do meio Peso da fatia Distância
n zn (m) Wn = zn (kN) xn (m) Wnxn Wnxn

1 0,50 9,6 − 1,5 − 14,4


2 1,20 23,0 − 0,5 − 11,5
3 1,85 35,5 + 0,5 17,8
4 2,70 51,8 + 1,5 77,7
5 2,90 55,7 + 2,5 139,3
6 3,30 63,4 + 3,5 221,9
7 3,50 67,2 + 4,5 302,0
8 3,60 69,1 +5,5 380,0
9 3,55 68,2 +6,5 443,0
10 3,30 63,4 +7,5 475,5
11 2,65 50,9 +8,5 432,7
12 1,40 26,9 +9,5 255,6
∑ 30,45 584,7 +2745,5 − 25,9

A partir da Tabela 10.12: MD = (+Wnxn) + (−Wnxn)


= 2745,5−25,9 = 2719,6 kNm↓
A partir do Gráfico 10.8: S = 512 kN
Momento Resistente: MR = SR = 512 × 10,2 = 5222,4 kNm↑
MR 5222,4
Logo, para o talude não alterado: Fs = = = 1,92
MD 2719,6

b)  A Tabela 10.13 contém os cálculos para o talude não alterado.

Tabela 10.13

Momentos (kNm)
zn Wn = 19,2zn xn
n (m) (kN) (m) Wnxn Wnxn

1 0,50 9,6 − 1,5 − 14,4


2 1,20 23,0 − 0,5 − 11,5
3 1,60 30,7 + 0,5 15,35
4 1,45 27,8 + 1,5 41,7
5 0,65 12,5 + 2,5 31,2
6 0,35 6,7 + 3,5 23,5
7 3,50 67,2 + 4,5 302,0
8 3,60 69,1 + 5,5 380,0
9 3,55 68,2 + 6,5 443,0
10 3,30 63,4 + 7,5 475,5
11 2,65 50,9 + 8,5 432,7
12 1,40 26,9 + 9,5 255,6
23,75 456,0 + 2400,6 − 25,9
O
1,5
R = 10,2 m Ângulo 
90° 1e
O R = 10
B ,2

90°
,8

,2 m
08
12 2 =2

4,05 m
,05 8,05

R = 10
xc = 3,25 m 2 +8
2

A partir do Gráfico 10.8:   Wc = 115 kN


2 =1

Seu braço de alavanca:   xc = 3,25 m



11
8,05 m

−x +x 12
10 2
A partir de (C7) :  = cos−1 1−
2,6 m

2R 2
Argila
9 208,8
= cos−1 1− = 90°
8 0,6 m 208,8
cu = 32 kN/m2
7 u = 0
A 6 Comprimento da superfície de
5 = 19,2 kN/m3
1 4 deslizamento
2 3

2m 2,5 m 1,5 m 6m L = R = 10,2 = 16 m

A Figura 10.47 mostra as forças e os momentos atuantes na seção.


2
12 m
Força cisalhante resistente
Parede de concreto Escala: 1 cm = 1 m S = cuL = 32 × 16 = 512 kN
c = 24 kN/m3
Peso/m por comprimento
Wc = 1,5 × 3,2 × 24 = 115 kN

O momento total atuante tem que incluir o momento devido ao peso (Wc) da parede.
Gráfico 10.8
Soluções de Problemas Complementares  j 95
96  j  Soluções de Problemas Complementares

O R = 10,2 m
B Momento atuante:
MD = 2400,6 − 25,9 + 115 × 3,25
= 2374,7 + 373,8
xc = 3,25 m = 2748,5 kNm↓

m
kN
,6
Momento resistente:

00
115kN

24
MR = SR=5222,4 kNm↑
Caminho
de
pedestre
25,9 kNm N
12k
A
S =5

Figura 10.47

5222,4
Logo, Fs = = 1,9
2748,5

Assim, o fator de segurança não foi realmente alterado pelo esquema.


Observe que o volume (V) a ser escavado de material, por metro de comprimento de talude, é
dado pela diferença das meias-alturas, já que a largura de cada fatia é b = 1 m. Assim,
V = 30,45 − 23,75 = 6,7m3

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