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A NATUREZA PURA DE JESUS 1

PÓS-LAPSARIANISMO X PRÉ-LAPSARIANISMO

O presente artigo trata da natureza de Cristo à luz da doutrina da salvação. O autor avalia as
conexões soteriológicas envolvidas na rejeição pela igreja cristã de algumas das principais heresias
cristológicas dos primeiros séculos. Em seguida, demonstra como a compreensão da obra salvífica de
Cristo ajuda a definir se sua natureza era a que Adão possuía antes da queda (pré-lapsariana) ou depois
da mesma (pós-lapsariana).

O argumento fundamental para o ponto de vista da “natureza caída” [ou pós-lapsariana] é o de


que Jesus de alguma forma assumiu a carne pecaminosa caída sem ser um pecador. Esta opinião baseia-
se na premissa de que “uma pessoa nascida com carne pecaminosa não precisa ser um pecador”.13Por
carne pecaminosa se quer dizer “a condição humana em todos os seus aspectos, conforme afetada pela
queda de Adão e Eva”. O grande princípio que serve de base para a posição “caída” é o de que o
testemunho dos escritores do Novo Testamento sugere que Jesus não tinha nenhuma vantagem física,
emocional ou moral sobre seus contemporâneos. Parece aceitável concluir, partindo da perspectiva dos
defensores da “natureza caída”, que tanto quanto diz respeito à humanidade de Jesus, Ele era exatamente
semelhante a qualquer ser humano depois de Adão e Eva. Estas convicções fundamentais da posição da
“natureza caída” são de natureza ontológica. Mas que possível visão de salvação confere tal ontologia?
Explorarei estes assuntos. O motivo pelo qual estou escolhendo enfatizar o problema soteriológico, em
vez de ontológico, é o de que, em minha opinião, o primeiro é menos inviável na Bíblia.

Nascido com carne pecaminosa mas não um pecador. Várias passagens escriturísticas são
reunidas em apoio à ideia de que Jesus nasceu com carne pecaminosa. O nascimento virginal de Jesus
(Mt 1.16,18-25; Lc 1.26-38; 3.23); sua autodescrição como Filho do homem (Mt 8.20; 24.27); e a
analogia Adão/Cristo de Paulo (Rm 5) são usados para apoiar a solidariedade ou unidade de Jesus com a
raça humana. Esta solidariedade, porém, é interpretada ontologicamente; portanto, a noção de
hereditariedade se destaca nestes argumentos. Desse modo, no que concerne ao nascimento virginal,
“Nenhuma evidência bíblica sugere que a corrente de hereditariedade humana foi interrompida entre
Maria e Jesus”; além disso, o segundo Adão “é um descendente hereditário, nascido de mulher”.
Semelhantemente, passagens-chaves de Hebreus 2 são tratadas nos termos da solidariedade ou unidade
ontológica entre Jesus e os seres humanos pós-queda. Assim, “todos vêm de um…” (v. 11) significa
hereditariedade humana comum; “carne e sangue” (v. 14) significa a mesma natureza; e “em seu mais
imediato e óbvio sentido, os versos 16-18 parecem afirmar que Cristo assumiu a natureza humana
comum a toda a humanidade pós-Queda”.

Basicamente, em que consiste a posição pós-queda (pós-lapsariana) em relação à natureza


humana de Jesus?

1
Este estudo é um apanhado geral de vários estudos: A natureza humana de Cristo - Pré-lapsariana ou Pós-lapsariana? Pr.
Daniel Spencer; A NATUREZA HUMANA DE JESUS (Entrevista Dr. Amin Rodor).
http://www.entrevistas.criacionismo.com.br/2010/11/natureza-humana-de-jesus.html; NATUREZA PÓS-LAPSARIANA DE
CRISTO. https://bispomoreno.wordpress.com/2018/10/10/o-cristo-pecado/. O HOMEM JESUS.
http://www.revistaadventista.com.br/blog/2017/06/09/nosso-perfeito-salvador/. Jesus nasceu com uma natureza
pecaminosa?.. http://www.cacp.org.br/jesus-nasceu-com-uma-natureza-pecaminosa/.

1
Pós-lapsariana significa depois do lapso, depois da queda, da entrada do pecado, registrada em
Gênesis 3. Fundamentalmente os defensores da teoria pós-lapsariana insistem que, na encarnação, Jesus
assumiu a natureza humana, tanto física como moral e espiritual, com todas as características
da humanidade caída. Assim, nesta formulação, Jesus, em termos de forma e essência, foi exatamente
como qualquer um de nós – cem por cento igual. Absolutamente em nada diferente de qualquer outra
criatura nascida no planeta Terra. A. T. Jones, um dos pioneiros desta noção, escreveu: “Em Sua
natureza humana, não há uma partícula de diferença entre Ele [Jesus] e vós” (General Conference
Bulletin, 1895, p. 231, 233, 436, citado em G. Knight, From 1888 to Apostasy, p. 136.).

O ponto de vista da “natureza não caída” argumenta primariamente a partir da natureza do


pecado. Se o pecado fosse simplesmente uma questão de atos, então seria possível a compreensão de
Jesus como nascido com carne pecaminosa, sem, contudo, ser um pecador. Mas partindo da perspectiva
da posição da “natureza não caída”, “simplesmente não é verdade que o pecado não está presente até que
a pessoa cometa o primeiro ato pecaminoso. Os homens são nascidos pecadores.” Portanto, Jesus não
podia ter nascido com carne pecaminosa.

A ideia de que Cristo tinha uma natureza humana igual a nossa é importante de ser analisada pois
os perfeccionistas alegam que se Cristo tem uma natureza igual à nossa e ele pode viver sem pecar então
nós também podemos viver sem pecar imitando a Cristo.
Mesmo Cristo sendo 100% humano você e eu não somos iguais a ele. De acordo com a Bíblia
Jesus é 100% Deus e 100% humano. Ele é o único ser teantrópico, isto é, Ele é Deus e homem ao
mesmo tempo, e nós somos apenas homens. João 1.1 nos diz que Ele era o Verbo e no verso 14 o Verbo
se fez carne. O verbo era Deus e estava com Deus. O verbo refere-se a Jesus. A natureza humana de
Cristo é muito diferente da nossa. Vamos ler Lucas 1.35: "Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito
Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado
santo, Filho de Deus.
Na criação, o homem foi feito à imagem e semelhança divina. Na encarnação, Deus se fez à
imagem e semelhança da humanidade. Esse mistério de poder, amor e graça infinitos esconde e revela
segredos da Onipotência que só podem ser desvendados à luz das Escrituras.
Ao adentrar esse território sagrado, “bem faremos em levar a sério as palavras de Moisés, junto à
sarça ardente: ‘Tira a sandália dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa’ (Êx 3.5)”. Porém, não
devemos recuar desse tema, pois o estudo da encarnação de Cristo é campo frutífero, que recompensará
o pesquisador que cavar fundo em busca de verdades ocultas”.
No processo de “escavação” dessas preciosas “verdades ocultas”, algumas perguntas desafiam o
intérprete da Palavra de Deus: Com qual natureza humana Cristo encarnou? Tinha Ele propensões para o
pecado como todos nós? Ou Ele possuía uma natureza moral isenta de tendências para o mal?
O tema da natureza humana de Cristo se divide em basicamente dois segmentos: pré-
lapsarianismo e pós-lapsarianismo. Os pré-lapsarianos entendem que Jesus encarnou com uma natureza
humana semelhante à de Adão antes da queda; portanto, diferente da nossa. O resultado dessa visão é a
ênfase em Cristo como nosso substituto no processo da salvação.
Os pós-lapsarianos, por sua vez, creem que Jesus encarnou com uma natureza moral semelhante
à de Adão depois da queda. Isso o tornaria igual a qualquer ser humano com tendências pecaminosas.
Para os pós-lapsarianos, Cristo tinha natureza pecaminosa, mas não era pecador, pelo fato de não ter
cometido nenhum ato pecaminoso. Assim, se Cristo não cometeu pecado, mesmo tendo propensões
como as nossas, inevitavelmente todo ser humano, para ser salvo, precisa passar no mesmo teste em que
Jesus foi aprovado. Ou seja, nesse caso, a salvação depende da obediência humana. Nesse paradigma, a
ênfase soteriológica recai sobre o papel de Cristo como modelo de comportamento e no esforço humano
em seguir as exigências divinas.
A grosso modo, no pré-lapsarianismo, a natureza humana de Cristo é totalmente diferente da
nossa; no pós-lapsarianismo, é exatamente igual. Em qual das duas posições está o tesouro da verdade?
Só um exame sério e desapaixonado do tema na Bíblia.
A Bíblia revela que, do ponto de vista físico, Cristo parecia com a humanidade pós-pecado. As
Escrituras evidenciam que o corpo de Cristo, exatamente como o nosso, estava sujeito a necessidades
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físicas e a suscetibilidades emocionais, como fome (Mt 4.2), sede (Jo 19.28), cansaço (Jo 4.6), dor (Jo
18.22; 19.2,3), angústia (Mt 26.37) e morte (Lc 23.46).
O primeiro ponto é que você e eu somos gerados e como Jesus foi gerado é importantíssimo para
entendermos até que ponto nós somos semelhantes a Jesus e até que ponto somos diferentes. Você e eu
somos resultado da união do óvulo de uma mãe pecadora e do espermatozoide de um pai pecador então
nós não temos escapatória, nós somos pecadores desde a concepção. De acordo com salmo 51 verso 5
em pecado me concebeu a minha mãe. Jesus não é o resultado da união do óvulo de uma mulher
pecadora e do espermatozoide homem pecador, Jesus é resultado da atuação do Espírito Santo no ventre
de Maria.
Isaías capítulo 53.1-5: 1. Quem deu crédito à nossa pregação? e a quem se manifestou o braço do
Senhor? 2. Pois foi crescendo como renovo perante ele, e como raiz que sai duma terra seca; não tinha
formosura nem beleza; e quando olhávamos para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.
3. Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como
um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. 4.
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o
reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. 5. Mas ele foi ferido por causa das nossas
transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre
ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Fisicamente Jesus veio com as características físicas de Adão após a queda, porém moral e
espiritualmente veio com as características de Adão antes da queda.
A Bíblia trata a condição natural do homem sob o pecado em termos nada elogiosos (ver Jr 17.9;
Sl 51.5; Rm 7.14). No seu âmago, a natureza humana foi corrompida. Desde então, o pecado alcançou o
homem holisticamente: espírito, alma e corpo foram afetados e infectados pelo pecado. Com relação ao
primeiro Adão, os homens nada receberam dele senão a culpa e a sentença de morte. O egoísmo,
profundamente arraigado em nosso ser, nos veio por herança.
Embora Jesus não fosse um pecador, como corretamente entendido pelo pós-lapsarianismo, teria
Ele sido, realmente, participante da natureza humana corrompida, com tendências, propensões para o
pecado e inclinada para o mal?
Em segundo lugar, Hebreus 2.14 declara que Jesus participou de carne e sangue. Embora o texto
basicamente fale de Jesus participando da natureza humana, por si mesmo não caracteriza
exaustivamente a humanidade de Jesus. Se compreendemos a natureza humana de Jesus como uma exata
participação ontológica em todos os aspectos da vida humana, como faz a posição da natureza caída,
então Ele deve ter experimentado provações e enfrentado tentações da maneira como todos nós. Falando
sobre a tentação escreve Tiago: “Cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz”
(Tg 1.14). Sobre este ponto, Grenz observa que sabemos pelos evangelhos que Jesus não era atraído para
o pecado desta maneira. Então ele extrai a implicação ontológica:
Neste sentido podemos afirmar a… posição de que Jesus estava livre da mancha do pecado
original, que é proveniente da propensão para o pecado que todos os seres humanos herdam de Adão…
Jesus não era atraído para o pecado por um mau desejo inerente dentro de sua natureza humana.
A conclusão de Grenz é contrária a Hebreus 4.15, onde se afirma que Jesus foi tentado em todos
os pontos como nós somos? Não necessariamente. Hebreus 4.15 simplesmente declara que Jesus foi
tentado tal como os seres humanos são tentados. Tinha Jesus que ter a má propensão em sua natureza
humana a fim de ser tentado como são os seres humanos? Não, Adão foi tentado humanamente, mas ele
não tinha as más propensões quando foi tentado.
Em terceiro lugar, o que dizer de Romanos 8:3? Gage citou Nygren com aprovação e disse que
Jesus partilhou de todas as nossas condições. Ostensivamente, isto deve incluir nossa propensão para o
pecado, sendo que “da ‘carne’ surgia para Ele as mesmas tentações que para nós”. Aqui Bruce
novamente pensa que isto estaria incorreto em vista do fato de Paulo, que claramente ensinou que Jesus
“não conheceu pecado” (2Co 521), não dizer que Jesus veio “em carne pecaminosa”, sendo que em sua
opinião isto “poderia indicar que havia pecado nele”. Paulo pretende apagar tal inferência com a frase
“em semelhança de carne pecaminosa”.
Deve ser notado que a posição caída também crê que Jesus nunca pecou. Sendo este o caso,
parece que eles são capazes de reter esta crença e dizer, ao mesmo tempo, que Cristo veio com carne
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pecaminosa tendo por base sua noção de pecado. O pecado parece consistir exclusivamente de ações,
sendo que Jesus partilhou de todas as nossas condições, incluindo o mau desejo inerente que atrai a
tentação, não tendo sido, todavia, um pecador.

Os defensores dessa ideia dizem que, uma vez que Jesus foi vitorioso tendo uma natureza
como a nossa, também nós podemos ter vitória perfeita sobre o pecado. Quais as implicações
disso?
Uma das consequências mais graves, embora isto nem sempre seja percebido ou admitido, é que
Cristo deixa de ser primariamente o nosso divino substituto, para Se tornar o nosso modelo de perfeição.
Daí para um retorno à confusão entre justificação e santificação, é apenas um passo. Outro
desdobramento direto é o perfeccionismo. O raciocínio é precisamente este: “Jesus foi como nós, nós
podemos e devemos ser como Ele. Outros defensores do pós-lapsarianismo afirmam: enquanto a igreja
não aceitar esta mensagem e alcançar um estágio de absoluta perfeição, sua missão não será cumprida e
Cristo não virá. Para muitos, o segundo advento ainda não ocorreu porque a igreja remanescente tem
falhado em alcançar um estágio de absoluta impecabilidade.
O potencial de confusão aqui é enorme e os resultados negativos de tal teoria na consciência
cristã são inevitáveis: complexo de superioridade espiritual, espírito acusador e mentalidade dada à
dissensão na Igreja surgirão fatalmente. Sem qualquer dúvida, a santificação é um ideal bíblico para os
discípulos de Cristo (Hb 12.4), mas devemos entender o significado bíblico de santificação e perfeição.
Nós nunca poderemos nos igualar ao Modelo que é Cristo Jesus. Aqueles que realmente estão no
caminho da santificação, serão os últimos a alardearem isso, porque cada vez que nos aproximamos, o
ideal se reprojeta para mais distante. Quanto mais nos aproximamos da Luz Divina mais enxergamos a
podridão de nossa natureza caída.

A posição pós-queda tem base bíblica? E o que diz a Palavra de Deus?

Todos os seres humanos são pecadores, sem exceção. Por esta razão nenhum deles poderia
oferecer um sacrifício puro para expiar os pecados dos eleitos de Deus. Mas, como o salário do pecado é
a morte, um representante da raça humana teria que oferecer-se, pois sem derramamento de sangue não
há remissão de pecados (Hb 9.22) e é impossível que o sangue dos touros e dos bodes cumpra essa
finalidade (Hb 10.4). Deus resolveu o problema enviando seu Filho unigênito para nascer de uma mulher
e viver uma vida humana pura e imaculada, a fim de credenciar-se para ser o sacrifício aceitável a Deus.
Durante toda sua vida, o Cristo não cometeu pecado. Ele chegou mesmo a desafiar seus opositores:
“Qual de vocês pode mostrar algum pecado meu?” (Jo 8.46).
A impecabilidade de Jesus é afirmada categoricamente em muitas outras passagens das Sagradas
Escrituras. Pilatos a reconheceu: “Não acho culpa alguma neste homem” (Lc 23.4). Um dos ladrões na
cruz a vindicou: “Este homem não fez nada de errado” (Lc 23.41). O centurião romano se convenceu:
“Certamente este homem era justo” (Lc 23.47). Pedro escreveu, convicto, que o sangue de Jesus era
“imaculado e incontaminado” e que ele “não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano.” (1Pe
1.19; 2.22). João também afirmou isto: “… nele não há pecado” (1Jo 3.5). A mesma coisa anotou o
escritor aos Hebreus: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15) e “Porque nos
convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime
do que os céus” (Hb 7.26). Muitos outros textos bíblicos poderiam ser referidos aqui, mas estes bastam
para fundamentar esta doutrina.
Sem dúvida, a ênfase na humanidade de Cristo é ensino bíblico, ele é o único ser teantrópico.
Contudo, a Bíblia indica ao mesmo tempo que Ele foi radicalmente diferente de todos os outros homens.
Seu nascimento virginal, Sua vida de absoluta “impecaminosidade” e Sua ressurreição vitoriosa
deveriam servir-nos de alerta de que em Cristo estamos diante de Alguém exclusivo, Teantrópico, único,
em todo o reino da humanidade. Ele é o monogenes de Deus, isto é, o único do Seu tipo. Só nele habitou
toda a plenitude da divindade.
Em Colossenses 1.19; 2.9 está escrito que em Jesus habita toda a plenitude da divindade.
Cl 1.19 ὅτι ἐν αὐτῷ εὐδόκησεν πᾶν τὸ πλήρωµα κατοικῆσαι.
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Cl 1.19: porque aprouve a Deus que nele habitasse [κατοικῆσαι] (permanentemente) toda a
plenitude.
Cl 2.9: ὅτι ἐν αὐτῷ κατοικεῖ πᾶν τὸ πλήρωµα τῆς θεότητος σωµατικῶς.
Cl 2.9: porque nele habita (katoikei) corporalmente toda a plenitude da divindade.
Nestes textos Paulo usa as palavras κατοικεῖ (katoikei) e κατοικῆσαι (katoikēçai) que vem do
verbo κατοικέω (katoikéō) que significa habitar permanentemente, diferente de παροικέω (paroikéō) e
do substantivo παροικία (paroikía) que significa estar ou habitar num lugar com um estranho, residir por
pouco tempo. Paulo ainda usa em Colossenses 1.19; 2.9 a palavra πλήρωµα (plērōma) que quer dizer
encher completamente.
Toda a plenitude da divindade habita em Cristo permanentemente e não temporariamente.
Nenhum de nós ousaria dizer que em nós habita toda plenitude da divindade.

Textos como Hebreus 2.17, Romanos 8.3 e Filipenses 2.7 indicam que, na encarnação, Cristo
veio em “semelhança da carne do pecado”. Contudo, devemos ter em mente que a palavra “semelhante”,
nesses textos, foi cuidadosamente escolhida, para indicar exatamente isto – “semelhança,” não absoluta
igualdade. Além desses, outros textos sobre este assunto são de clareza incontestável. Por exemplo,
Hebreus 7.26: “Nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos
pecadores…”. O que é dito aqui não é apenas que Jesus não cometeu atos pecaminosos (os sintomas do
pecado), mas que Ele veio em condição de absoluta “impecaminosidade” em Sua natureza essencial. Em
João 8.46, Jesus afirma: “Quem dentre vós Me convence de pecado?” 1 João 3.5 acrescenta: “NEle não
há pecado.” Devemos neste ponto rejeitar qualquer noção superficial de pecado. Para Jesus, pecado mais
que o ato, é uma condição, um estado, uma inclinação da natureza humana para o mal (Mt 5.21,22;
15.19,20), da qual Ele não partilhou. Ao afirmar que ninguém pode convencê-Lo de pecado, isto,
portanto, deve ser entendido à luz de Sua própria definição de pecado. Em João 14.30, Jesus faz para Si
uma reivindicação absoluta: “Porque se aproxima o príncipe deste mundo e nada tem em Mim.” De qual
dos homens isso poderia ser dito?

Para alguns, a expressão “semelhança de carne pecaminosa” (Rm 8.3), em vez de estar se
referindo ao corpo e às emoções de Jesus, sugere que, em sua natureza humana, Cristo tinha propensões
para o pecado. Além de contradizer o claro ensino das Escrituras, essa interpretação não se sustenta
igualmente porque uma análise atenciosa do texto em questão reforça a singularidade de Cristo em
relação à humanidade.

Em português e em grego, “em semelhança de” significa “parecido com” e não “igual a”. Isso
fica evidente em outra passagem paulina: “Jesus, […] subsistindo em forma de Deus, não julgou como
usurpação o ser igual a Deus; antes [tornou-se] em semelhança de homens” (Fp 2.5-7, itálico
acrescentado). Nesse texto, fica evidente que, para Paulo, Jesus é igual a Deus, ou seja, possui todos os
atributos divinos; e semelhante aos homens, isto é, compartilha com a humanidade algumas
características não morais decorrentes do pecado.
Fp 2.6-8: “pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a
Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de
homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e
morte de cruz”. Esta grande porção cristológica da Palavra de Deus coloca Cristo em três posições:
a) Ele estava na forma de Deus. Forma (µορφῇ - morfe) indica que o Cristo preencarnado
estava na forma de Deus no sentido de que existiu em e com a natureza de Deus.
b) Ele é igual a Deus. Ele era Deus e, portanto ocupava o lugar de Deus e possuía todas as
perfeições divinas.
c) Ele apareceu na terra em semelhança de homens.

A comparação “em semelhança de carne pecaminosa” (Rm 8.3) equivale a “em semelhança de
homens” (Fp 2.7). Nessas frases, o apóstolo estava dizendo apenas que Cristo assumiu um corpo
humano como o nosso, ou seja, que Ele foi “reconhecido em figura humana”. Isso significa que Jesus
encarnou com algumas características de um ser humano pecador e, portanto, era semelhante a nós. Para
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não colocar a Bíblia em contradição, só é possível admitir que essas características sejam físicas e
emocionais, mas nunca tendências morais corruptas.
A sua preexistência na forma de Deus é evidência completa de que Ele é Deus, mas é também o
mesmo que assumiu a (µορφῇ (forma) de um servo e a semelhança - ὁµοιώµατι) dos homens. A filiação
divina é o firme fundamento sobre o qual repousa sua Igreja (Mt 16.15-18).
No Novo Testamento podemos ver Jesus orando pelos pecadores “Pai, perdoa-lhes, porque não
sabem o que fazem.” (Lc 23.34 ARA), mas nunca vemos ele dizendo Pai, perdoa-me. Ora, qualquer
pessoa que nasce com a natureza pecaminosa, herdada de Adão devido a sua desobediência no Éden,
necessita orar suplicando a Deus por perdão, pois a mesma está totalmente depravada. Dizer que Jesus
tinha uma natureza pecaminosa é dizer que de maneira alguma Jesus poderia fazer expiação pelos
pecadores, pois na realidade quem precisaria primeiramente se arrepender era o Senhor Jesus, se
porventura tivesse nascido sob a Depravação Total. Mas o próprio Jesus certa vez desafiou os judeus a
provarem que Ele tinha o pecado que só quem tem uma natureza pecaminosa possui (Jo 8.46). Bom,
uma das formas simples de elucidar de vez esta questão, é percebendo que na Bíblia Ele nunca aparece
recebendo ou fazendo sacrifício expiatório por Si mesmo; mas apenas pelos pecadores (Hb 9.11-12).
Quer dizer, a lei que ordenava expiação até ao sumo sacerdote (Lv 16.3-6; Hb 7.26-27), não tinha
autoridade sobre o Grande Sumo Sacerdote uma vez que Jesus foi gerado diretamente do E. Santo (Lc
1.35), e não da conjunção carnal de humanos depravados pelo pecado como no caso de Davi (Sl 51.5).

No entanto, se Jesus não tinha propensões pecaminosas, como foi então “tentado em todas as
coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4.15)? Estaria esse texto dizendo que Cristo tinha
propensão ao erro como todos nós, mas que, mesmo assim, não cometeu atos pecaminosos?

Para responder a essas perguntas, é preciso saber o que é, de fato, a tentação. No Éden (Gn 3) e
no deserto (Lc 4), podemos entender melhor esse tema. Antes de possuir propensões pecaminosas, após
a argumentação da serpente, o primeiro casal acreditou que “a árvore era boa para se comer, agradável
aos olhos e árvore desejável para dar entendimento” (Gn 3.6, itálico acrescentado).

Nessa passagem, é possível perceber três aspectos de toda tentação: (1) fisiologia; (2) visão; (3)
orgulho. A vontade de comer o fruto representa todos os desejos de ordem biológica, como sono e
sexualidade; o juízo estético de Adão e Eva em relação ao fruto representa toda a tendência humana de
avaliar as pessoas e as coisas pelo que se vê; a compreensão equivocada deles de que o fruto poderia
lhes dar entendimento foi a tentação de imaginar que pudessem ser mais sábios do que Deus.

Como o segundo Adão (1Co 15.45; Rm 5.12-21), Cristo foi submetido ao mesmo teste. De
acordo com a sequência de Lucas, o diabo tentou Jesus no deserto assim: (1) “Se és o Filho de Deus,
manda que esta pedra se transforme em pão” (fisiologia); (2) “E, elevando-o, mostrou-lhe, num
momento, todos os reinos do mundo” (visão); (3) “Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo” (orgulho).
Na última tentação, o diabo queria que Jesus usasse uma estratégia humana de poder e não a que estava
determinada pelo Pai. Ao jogar-se do pináculo do templo para forçar um salvamento espetacular dos
anjos, Jesus “comprovaria” que era o Messias. Contudo, a vontade de Deus era que as pessoas
chegassem a esse entendimento pela fé nas Escrituras.

Esse mesmo padrão tridimensional da tentação também se verifica em relação a todo ser humano.
Ao nos exortar contra a tentação, o apóstolo João disse: “Tudo o que há no mundo, a concupiscência da
carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo”
(1Jo 2.16, itálico acrescentado). Nesse texto, vemos os três aspectos da tentação mais uma vez: (1)
fisiologia (“carne”); (2) visual (“olhos”); (3) orgulho (“soberba da vida”).

Assim, cada ato pecaminoso que somos tentados a praticar origina-se em uma dessas três
“gavetas” infernais. A fisiologia nos afeta em relação aos desejos inerentes à composição biológica de
todo ser humano, que, em si mesmos, não são pecaminosos; por meio da visão, o inimigo nos ataca ao
usar nosso juízo estético e nos iludir com as aparências, escondendo os custos terríveis de uma decisão
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errada; e o orgulho é o ponto em que o inimigo nos tenta a ser mais parecidos com ele. No Céu, Lúcifer
quis ser mais sábio que Deus e acreditou que poderia viver sem depender do Pai.

Nesse sentido, Jesus “foi tentado em todas as coisas à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb
4.15). A expressão “à nossa semelhança” (do grego homoiotes) indica que a tentação de Cristo não foi
exatamente igual à nossa, mas parecida. Isso fica claro, por exemplo, pelo fato de, obviamente, o Senhor
não ter enfrentado as exatas tentações de uma mulher divorciada, com quatros filhos para criar, vivendo
numa metrópole nos dias de hoje.

A impecabilidade de Jesus é afirmada categoricamente em muitas outras passagens das Sagradas


Escrituras. Pilatos a reconheceu: “Não acho culpa alguma neste homem” (Lc 23.4). Um dos ladrões na
cruz a vindicou: “Este homem não fez nada de errado” (Lc 23.41). O centurião romano se convenceu:
“Certamente este homem era justo” (Lc 23.47). Pedro escreveu, convicto, que o sangue de Jesus era
“imaculado e incontaminado” e que ele “não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano.” (1Pe
1.19; 2.22). João também afirmou isto: “… nele não há pecado” (1Jo 3.5). A mesma coisa anotou o
escritor aos Hebreus: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15) e “Porque nos
convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime
do que os céus” (Hb 7.26). Muitos outros textos bíblicos poderiam ser referidos aqui, mas estes bastam
para fundamentar esta doutrina.

Portanto, diante do testemunho inequívoco da Bíblia devemos entender que quando Paulo diz
que Deus o fez pecado, não está absolutamente dizendo que o fez pecador. O que ele fez foi assumir o
nosso pecado na cruz como nosso substituto, a fim de que o pecado, nele, fosse condenado e nós
“fôssemos feitos justiça de Deus”. Paulo ainda escreveu sobre isto em outro lugar: “Porquanto o que era
impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da
carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em
nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.3-4).

Assim fica bem claro que Jesus assumiu o pecado sem cometê-lo, para que a justiça de Deus se
estabelecesse e os que são de Cristo pudessem ser aceitos pelo Pai. Ele se identificou de tal modo com os
pecadores que pôde ser reputado por Deus como um deles, para que a justiça da lei se cumprisse em nós
através dele, nosso representante na cruz.

Cristo não possuía a mesma deslealdade pecaminosa, corrupta e decaída que possuímos, pois
então Ele não poderia ser um sacrifício perfeito. Deus fez por nós o melhor de tudo que Ele poderia ter
feito quando enviou do Céu um Ser sem pecado, para manifestar a este mundo de pecado o que aqueles
que são salvos precisam ser. Ele não assumiria nem mesmo a natureza dos anjos, e sim a humanidade,
perfeitamente idêntica à nossa, exceto pela mancha do pecado. Um corpo humano, com todas as suas
características peculiares.

Cristo é um irmão em nossas fraquezas, mas não em possuir idênticas paixões. Cristo deveria
assumir a posição como cabeça da humanidade, tomou a natureza humana, mas não a pecaminosidade
do homem. Ele é o nosso Goel, capaz de nos redimir. Ele é nosso Parente Remidor, porém era santo
desde de sua encarnação. "Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo
te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus" (Lc 1.35).

Devemos ser extremamente cuidadosos quando tratamos com o tema da natureza humana de
Cristo; não devemos representá-lo perante as pessoas como um homem com propensões para o pecado.
Nunca, de forma alguma, deixar a mais leve impressão sobre as mentes humanas de que a mancha ou a
inclinação para a corrupção permaneceram sobre Cristo, ou que Ele de algum modo tenha cedido à
corrupção. Tiago nos diz: "Cada um, porém, é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria
concupiscência (Tg 1.14). Jesus não tinha concupiscência em sua natureza humana, ele era como Adão
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antes da Queda. Cristo foi tentado a semelhança do primeiro Adão. Adão não tinha natureza pecaminosa
e foi tentado. Cristo, o último Adão, sem natureza pecaminosa também foi tentado. Todos nós fomos
gerados em pecado. Cristo foi gerado pelo Espírito Santo

O que enfatizam os defensores da posição pré-queda (pré-lapsariana)?

A posição pré-queda afirma que, enquanto seja claro que Jesus partilhou uma íntima afinidade
conosco, as evidências bíblicas também indicam que Ele foi, ao mesmo tempo, radicalmente diferente de
nós. Assim, por um lado, Ele sujeitou-Se às leis da hereditariedade, encarnando as “fraquezas inocentes”
desta condição: Ele sentiu fome, sede, ficou cansado, frustrado e, às vezes, deprimido e triste. Tomou
todas as limitações físicas dos descendentes de Adão. Por outro lado, em Sua natureza moral e espiritual,
era como Adão antes da queda. Absolutamente puro, incontaminado de qualquer mancha. Do ponto de
vista moral, Ele Se ergue como o nosso perfeito substituto. Sobre Sua encarnação miraculosa, Gabriel
informa à virgem: “Descerá sobre ti o Espírito Santo. […] Por isso, também o ente santo que há de
nascer será santo, chamado Filho de Deus” (Lc 1.35).

Na "Depravação Total" aprendemos que todo homem nasce pecador, inclinado ao pecado. Cristo
nasceu sem pecado e nele não havia pecado. O Verbo Divino, puro e santo, encarnou, tomou uma
natureza humana caída, todavia sem natureza pecaminosa. Portanto, não devemos ter dúvidas acerca da
perfeita ausência de pecado na natureza humana de Cristo.

Poderia citar mais um argumento em favor dessa interpretação?

Outro forte argumento derivado do princípio de interpretação bíblica, conhecido como “analogia
da fé”, consiste no fato de que as Escrituras não podem contradizer-se. Poderíamos, à luz do ensino
bíblico quanto à nossa necessidade de um Salvador absolutamente incontaminado pelo pecado, insistir
que Cristo possuiu uma natureza desorganizada e corrupta, sob a depravação do pecado? Poderíamos
defender que Sua natureza moral foi imersa no egoísmo que infectou toda a raça humana? Egoísmo
“entretecido em nosso ser” e que “nos veio por herança” (Ellen White, Historical Sketches, p. 138, 139)?
Poderia Jesus Cristo ser realmente como nós em Sua natureza moral, e ainda assim estar qualificado para
ser o nosso advogado, intercessor e substituto?

Cristo foi “infectado” ou “afetado” pelo pecado?

De fato, afetado, mas não faria qualquer sentido exigir que Ele tivesse sido ao mesmo
tempo infectado pela doença sistêmica do pecado, que nos envolve a todos, e que é precisamente a base
da nossa necessidade de redenção.

Muitos creem que Jesus tinha que ser exatamente como nós, ter as mesmas propensões
pecaminosas inerentes, para poder nos ajudar. É procedente esse tipo de raciocínio? Em última análise,
essa é outra má compreensão. Em primeiro lugar, porque era impossível Jesus suportar cada tentação que
sobrevém aos diferentes tipos de pessoas. Se Ele, por exemplo, era homem, solteiro e pobre, como
poderia “ser tocado pelos sentimentos” das mulheres, dos casados e dos ricos? Uma pessoa não é tentada
em termos daquilo que ela não é. Em segundo lugar, além de impossível, seria inútil que Jesus
experimentasse cada tentação que cada pessoa enfrenta. A tentação tem significado apenas quando ela é
adequada a uma pessoa em particular. O diabo tentou Jesus com apelos que se constituíram em tentação
para Ele. O uso da Sua divindade em benefício próprio, por exemplo. Finalmente, além de impossível e
inútil, seria desnecessário para Jesus lutar com cada tentação que sobrevém a cada pessoa. Cristo
necessitou apenas vencer onde Adão falhou, sem necessitar ter as propensões para o pecado. A acusação
de Satanás não era que seres pecaminosos não poderiam guardar a lei de Deus, mas que Adão, antes da
queda, não podia fazê-lo. Jesus desfez o engano, assumindo a humanidade, não como qualquer
descendente de Adão, mas como o segundo Adão (Rm 5.12-21; 1Co 15.45-47), ainda que, do ponto de
vista físico, em condição de extrema desvantagem.
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Então, onde está a identificação de Cristo conosco, em nossas tentações?

Em Sua vitória sobre a essência do pecado! Em sua base, toda tentação tem um elemento
comum: levar-nos a viver de forma independente de Deus; levar-nos a romper com a lealdade a Ele, por
prazer, honra, posição ou vantagem. Jesus venceu a causa básica do pecado, afirmando Sua completa
dependência de Deus e Sua lealdade absoluta a Ele. Aí Ele esmagou a cabeça da serpente, e em Sua
vitória está assegurada a nossa vitória.

Jesus, portanto, estava plenamente qualificado para ser a nossa oferta.

Como poderia Jesus ser realmente nosso substituto, a oferta vicária pelo pecado, se Ele fosse
exatamente como nós, em Sua natureza moral e espiritual? Neste caso, Ele próprio estaria em
necessidade de um redentor, e assim não passaria no teste de qualificação para ser a nossa oferta. No
antigo santuário, uma das exigências cruciais para as ofertas que tipificavam o Redentor futuro era que
“nenhuma coisa em que haja defeito oferecereis, porque não seria aceita a vosso favor” (Lv 22.20). Não
é de surpreender, portanto, que o homem não pode fazer expiação pelo homem, uma vez que sua
condição caída constituiria uma oferta imperfeita. Assim, por um lado, Cristo é um representante
perfeito de Deus; por outro, Ele é um espécime perfeito da humanidade sem pecado. A conclusão lógica
é inevitável e reveladora: Ele não necessitou de expiação. Ele foi o nosso perfeito, imaculado, puro e
todo-suficiente Redentor!

Jesus Cristo é o próprio Deus, sendo da mesma natureza e essência que o Pai eterno. Na sua
encarnação manteve sua natureza divina, Ele tomou sobre si a natureza da família humana, viveu sobre a
terra como um homem, exemplificou em sua vida os princípios da justiça como nosso exemplo,
certificou sua relação com Deus por meio de vários milagres poderosos, morreu sobre a cruz por nossos
pecados, foi ressuscitado dentre os mortos, e ascendeu ao Pai, onde vive sempre para interceder por nós.
Jo 1.1,14; Hb 2.9-18; 8.1,2; 4.14-16; 7.25.

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