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Metodologias

Ativas
Nome : Wallace dos Santos Sales

Matricula:201804059692
Entendendo a Abolição da
Escravatura no Brasil
POR:PROF. WALLACE SALES

08 de dezembro de 2018

Objetivo(s)
Reconhecer a complexidade da formação cultural brasileira.

Conteúdo(s)
Escravidão;
Abolição;

Ano(s)
4º, 5º

Tempo estimado
6 h/aula

Material necessário
Reportagem da Veja:
 A classe média negra
 Cartas com imagens de acordo com as perguntas

1ª ATIVIDADE
1-O professor apresenta a imagem abaixo solicitando que os alunos façam a observação
e análise da mesma. Nesse momento não se faz nenhum comentário ou socialização.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/26/Emancipa%C3%A7ao.jpg

2-Em seguida propõe uma reflexão a partir das questões:


a) O que está representado na imagem acima?
b) Que informação você pode extrair da imagem?
c) De que época é esta revista?
d) O que o patrão não quer que o escravo veja?
e) Qual o motivo da preocupação do patrão?
f) Qual é o período da História do Brasil que está relacionado com a imagem?
g) Quais são os personagens da cena?
h) Formule uma hipótese que explica a cena.
i) Identifique as personagens retratadas.
j) Há critica na charge? A que ela se refere?
3- Com o objetivo de ampliar os conhecimentos dos alunos, o professor informa que:
A charge apresentada é uma criação de Angelo Agostini Era um homem da elite, (1843-
1910) é um italiano que desenhou em vários jornais cariocas e paulistas da segunda
metade do século 19 e início do 20. É tido como um dos pioneiros dos quadrinhos
criador da Revista Ilustrada. Criticava a realidade social e política do final do Império e
foi uma das mais eficientes formas de comunicação para uma parcela da população
iletrada e descontente com a situação à margem da sociedade.Era um homem da elite
ilustrada, com seus parâmetros e visões de mundo. Era genial, mas elitista, como
Joaquim Nabuco, Rui Barbosa e outros.
4- Com a discussão anterior e as informações dadas, o professor solicita que cada um
escreva um parágrafo descrevendo a cena retratada na charge.
5- O professor socializa a produção dos alunos e faz os comentários necessários.
2ª ATIVIDADE
1-O professor organiza a turma em duplas para a leitura da entrevista do historiador
Marco Antônio Villa falando sobre o processo do fim da escravidão no Brasil

Como foi o processo de fim da escravidão


A campanha cívica que pôs fim à escravidão no Brasil contou com a participação de
vários setores da sociedade brasileira, à exceção dos grandes proprietários de terra -
como os cafeicultores paulistas, que certamente perdiam com o fim da mão-de-obra
escrava. É o que conta o historiador Marco Antonio Villa na entrevista que segue.

Como começou o movimento abolicionista do Brasil?


O abolicionismo foi um produto da década de 1880. Até então, o que havia eram
tentativas emancipacionistas que queriam a extinção gradual do trabalho escravo,
enquanto os abolicionistas desejavam a abolição total e imediata da escravidão.

Antes da Lei Áurea, a escravidão vinha perdendo força, não?


Sim. O primeiro golpe na escravatura foi a abolição do tráfico negreiro, ocorrido depois
de 40 anos de pressões britânicas, através da lei Eusébio de Queirós, de 1850. Para os
escravocratas, isso criou o problema de manter o trabalho compulsório sem o constante
fluxo de mão-de-obra proveniente da África, devido à alta taxa de mortalidade entre os
cativos causada pelas longas jornadas de trabalho, epidemias, castigos corporais e
péssimas condições de alimentação e habitação.

Como os escravocratas resolveram esse problema?


Com o tráfico interprovincial. Entre 1850 e 1885, cerca de 150 mil a 200 mil escravos
foram vendidos pelas províncias nordestinas para o sul cafeeiro. O comércio
interprovincial aumentou devido à demanda sulista, mas também devido à crise da
lavoura açucareira nordestina e os efeitos da seca de 1877-1879, que obrigou a venda
de escravos em larga escala, acabando por se transformar em uma fonte de renda
alternativa para a debilitada economia da região.

Houve outros fatores que favorecessem o emancipacionismo?


Sim, vários acontecimentos dos anos 1860. Por exemplo, a guerra do Paraguai, que se
estendeu de 1864 a 1870. Milhares de escravos foram libertados para combater no lugar
de seus proprietários. Além disso, houve a guerra civil americana, entre 1861 e 1865,
que terminou com a vitória dos nortistas, favoráveis ao fim da escravatura. Houve a
extinção da servidão na Rússia em 1861 e o fim da escravidão nos impérios francês e
português. Tudo isso o emancipacionismo?

Os cafeicultores paulistas fizeram parte desse movimento?


É um equívoco associar os cafeicultores ao abolicionismo. Até as vésperas da abolição, o
braço negro constituiu a base principal do trabalho nas fazendas de café. A introdução
dos imigrantes europeus funcionou como uma fonte alternativa no fornecimento de
força de trabalho, ocupou as brechas não preenchidas pelo trabalho escravo, que se
tornava escasso e caro. A grande produtividade das terras da região permitiu aos
fazendeiros paulistas adaptar-se mais rapidamente ao fim da escravidão, mas isso só
ocorreu quando já não havia alternativa a não ser o trabalho livre.

Os cafeicultores eram a favor da escravidão. E quanto ao republicanismo?


O republicanismo teve pouca influência entre 1870 e 1885. A adesão de dom Pedro 2o à
causa abolicionista abriu as portas a propaganda republicana, que começou a contar
com o apoio dos conservadores. A relação entre os escravocratas descontentes com o
apoio da coroa ao abolicionismo e o movimento republicano foi ficando cada vez mais
estreita. A idéia republicana passa a simbolizar para os fazendeiros a possibilidade de
manter seus privilégios de classe ameaçados pelo reformismo dos abolicionistas
monárquicos, como Joaquim Nabuco e André Rebouças.

Joaquim Nabuco, aliás, merece destaque nessa história...


Certamente, a grande figura do movimento abolicionista, seu maior tribuno, foi Joaquim
Nabuco. De 1878 a 1888 foi o principal representante parlamentar dos abolicionistas.
Excelente orador e polemista, escreveu vários libelos antiescravistas e buscou apoio na
Europa para o movimento, transformando-se num de seus símbolos e no alvo predileto
do ódio dos escravocratas.

Quem participava do movimento? Quem eram os abolicionistas?


Gente de várias classes sociais, inclusive das elites políticas, como Nabuco, gente que
pretendia reformar a monarquia, ou intelectuais brancos, como o teatrólogo Artur
Azevedo e o poeta Castro Alves, ou negros como o advogado Luís Gama ou o engenheiro
André Rebouças, ou mestiços como o jornalista José do Patriocínio. O próprio exército,
que se formou na guerra do Paraguai e que contou com colaboração dos escravos. Além
disso, as classes médias urbanas que começavam a ter significado na sociedade
brasileira, os estudantes universitários, que vão desenvolver inúmeras atividades em
prol da abolição.

Você pode dar exemplos dessas atividades?


Em São Paulo, por exemplo, a Sociedade dos Caifazes, um movimento abolicionista
radical, liderado pelo advogado Antonio Bento de Sousa e Castro especializou-se em
incentivar e organizar fugas de cativos. Utilizaram-se das ferrovias que, ironicamente,
foram construídas para racionalizar o transporte do café, ou seja, a economia escravista,
transformando-as em instrumentos que acabaram com a organização do trabalho. Do
Oeste paulista, os escravos eram levados para São Paulo e daí para Santos, onde
organizaram um grande quilombo, o Jabaquara, com cerca de dez mil habitantes.
A partir daí, como as coisas ficaram?
A abolição transformou-se num caminho sem retorno, quando o exército, em outubro
de 1887, manifestou-se em petição à princesa Isabel, solicitando dispensa de perseguir
os escravos fugidos. No final de 1887, a maioria dos fazendeiros acabou por se converter
ao abolicionismo, ou melhor, por se resignar a ele. Em 13 de maio de 1888, depois de
tramitar na Câmara e no Senado, a lei que abolia a escravidão foi levada à sanção da
Princesa Isabel, que então exercia a Regência no lugar do pai. Não se deve ignorar a
importância da Lei Áurea, que libertou cerca de 700 mil escravos que ainda havia no
país. Além disso, criou mais ressentimentos contra a monarquia, abrindo caminho para a
República.

Quais as conseqüências da abolição para a monarquia?


A monarquia brasileira foi sabiamente aconselhada a pagar uma indenização aos
proprietários de escravos, mas não levou em conta o bom conselho. Resultado: perdeu
sua base de apoio. Até a fração mais "moderna" dos cafeicultores do Oeste Paulista
passou a temer que o império realizasse reformas para obter apoio político da massa
negra recém libertada. A necessidade de impedir qualquer alteração no status quo
afastou os cafeicultores da monarquia e os jogou nos braços dos republicanos.
http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1702u63.jhtm

OBS: É importante orientar as duplas para trabalharem o significado das palavras


desconhecidas, e para a leitura silenciosa do texto.
2- O professor propõe a exploração oral do texto a partir do roteiro abaixo:
a) Identificar as idéias defendidas nos trechos da entrevista.
b) Levantar argumentos contra ou a favor das idéias do trecho.
c) Resumir o conteúdo de cada pergunta da entrevista, anotando no caderno para uma
segunda atividade.
3- Com o objetivo de fazer com que os alunos compreendam melhor o conteúdo do
texto, o professor propõe que os alunos respondam as questões:
a) Identifique os personagens do processo do fim da escravidão, enumerando os contra
e os a favor.
b) Identifique a divergência entre os movimentos emancipacionistas e os ideais
abolicionistas.
c) Argumente explicando o que significou a lei Eusébio de Queirós, de 1850 para o fim da
escravidão.
d) O que foi o tráfico interprovincial.
e) Identifique as questões estrangeiras que influenciaram na abolição do trabalho
escravo.
f) Qual é o ponto de vista defendido pelo entrevistado com relação à imigração e a mão
de obra escrava?
g) Como o entrevistado define a posição de D.PedroII com relação ao movimento
abolicionista?
h) Como ele define Joaquim Nabuco?
i) Quem participou do movimento abolicionista?
j) Qual a importância da Lei Áurea mencionada pelo entrevistado?
k) Quais as consequências da abolição para o regime político da época?
4- O professor socializa as respostas e faz os comentários necessários.

2- Em seguida propõe que os alunos digam o que ela representa.


3- Após a leitura da imagem, o professor promove um debate a partir dos itens:
a) Casos de escravidão nos dias atuais.
b) Significado da liberdade para a população negra no contexto pós-abolicionista.
c) Oportunidades que os ex escravos tiveram ou não.
d) A luta contra a discriminação racial após a abolição.
4- O professor propõe que, coletivamente, escrevam uma notícia relatando a existência
ou não da discriminação racial após a abolição até os dias atuais.
5- O professor solicita que um aluno faça a cópia da notícia produzida pela turma para
que a mesma seja colocada no mural da escola.

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