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UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS

BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA

TIAGO BRITO
DIEGO MARCOS SÃO PEDRO
PEDRO AUGUSTO
ROSANA FERREIRA
DIEGO DE PINHO TEIXEIRA

RELATÓRIO

Salvador
2019
TIAGO BRITO
DIEGO MARCOS SÃO PEDRO
PEDRO AUGUSTO
ROSANA FERREIRA
DIEGO DE PINHO TEIXEIRA

RELATÓRIO

Relatório apresentado à disciplina Elementos de


Máquinas da Universidade Salvador – UNIFACS,
como requisito parcial para conclusão da disciplina.

Prof. Antônio Fernando

Salvador
2019
Sumário
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO - MOLAS ............................................................................................................. 5
CONSTANTE DE MOLA................................................................................................................... 6
CONFIGURAÇÕES DE MOLA .......................................................................................................... 7
MOLAS DE COMPRESSÃO .......................................................................................................... 7
MOLAS DE TRAÇÃO ................................................................................................................... 7
MOLAS DE TORÇÃO ................................................................................................................... 8
MATERIAIS PARA MOLAS .............................................................................................................. 9
TIPOS DE MOLA ............................................................................................................................. 9
MOLAS HELICOIDAIS ................................................................................................................. 9
MOLAS PRATO ......................................................................................................................... 10
MOLAS DE LÂMINA ................................................................................................................. 10
MOLAS DE TORÇÃO ................................................................................................................. 11
APLICAÇÕES ................................................................................................................................. 11
APLICAÇÕES DE MOLAS DE COMPRESSÃO ............................................................................. 12
APLICAÇÕES DE MOLAS DE TRAÇÃO ....................................................................................... 14
APLICAÇÕES DE MOLAS DE TORÇÃO....................................................................................... 15
APLICAÇÕES DE MOLAS TIPO LÂMINA .................................................................................... 17
APLICAÇÕES DE MOLAS TIPO PRATO ...................................................................................... 18
APLICAÇÕES DE MOLAS TIPO BARRA DE TORÇÃO .................................................................. 18
APLICAÇÕES DE MOLAS MEMBRANA EMBREAGEM AUTOMOTIVA ....................................... 19
MOLAS HELICOIDAIS DE COMPRESSÃO ...................................................................................... 20
ÍNDICE DE MOLA ..................................................................................................................... 21
DEFLEXÃO DE MOLA................................................................................................................ 21
CONSTANTE DE MOLA............................................................................................................. 21
TENSÕES EM MOLAS HELICOIDAIS DE COMPRESSÃO ............................................................ 21
EFEITO DE CURVATURA ........................................................................................................... 22
RESISTÊNCIAS PERMISSÍVEIS DE MOLAS HELICOIDAIS................................................................ 23
DIMENSIONAMENTO DE MOLAS HELICOIDAIS DE COMPRESSÃO A CARGAS ESTÁTICAS .......... 23
DIMENSIONAMENTO DE MOLAS HELICOIDAIS DE COMPRESSÃO A CARGAS DINÂMICAS......... 23
APS (SISTEMAS DE FORÇAS PRODUZIDOS POR MOLAS ORTODÔNTICAS T-LOOP) ..................... 26
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 30
Índice de Imagens

Figura 1 Combinação de molas em série ...................................................................................... 6


Figura 2 Combinação de molas em paralelo ................................................................................. 6
Figura 3 Configurações de mola .................................................................................................... 8
Figura 4 Molas helicoidais ............................................................................................................. 9
Figura 5 Molas Prato ................................................................................................................... 10
Figura 6 Molas Lâminas ............................................................................................................... 10
Figura 7 Molas de Torção ............................................................................................................ 11
Figura 8 Aplicação Molas de Compressão ................................................................................... 11
Figura 9 Aplicação Molas de Tração ............................................................................................ 11
Figura 10b Aplicação de molas de compressão em relógio analógico ........................................ 12
Figura 11 Aplicação de molas de compressão em suspensões veiculares.................................. 12
Figura 12 Aplicação de molas de compressão - mola macia e dura aplicadas na ária automotiva
..................................................................................................................................................... 13
Figura 13 Procedimento e ferramenta para comprimir molas de suspensão. ........................... 13
Figura 14 Aplicação de molas de tração em cama elástica - trampolim ..................................... 14
Figura 15 Aplicação de molas de tração - prensa hidráulica ....................................................... 14
Figura 16 Aplicação molas de tração - Sistema de freios automotivos ...................................... 15
Figura 17Aplicação de molas de torção - pregadores ................................................................. 16
Figura 18 Aplicação molas de torção - chaves canivete automotivas......................................... 16
Figura 19 Aplicação molas de torção - motor de partida ............................................................ 17
Figura 20 Aplicação molas tipo lâmina - suspensão automotiva ................................................ 17
Figura 21 Aplicação de molas tipo prato - flanges industriais .................................................... 18
Figura 22 Princípio de funcionamento barra de torção .............................................................. 18
Figura 23 Aplicação mola tipo barra de torção - suspensão automotiva ................................... 19
Figura 24 Aplicação Mola membrana - embreagem automotiva ............................................... 19
Figura 25 Parâmetros dimensionais molha helicoidal ................................................................ 20
Figura 26 Aplicação de molas em carregamento dinâmico ........................................................ 24
Figura 27 Mola T-loop ................................................................................................................. 26
Figura 28 Ângulos formados pela inclinação das extremidades ................................................. 27
Figura 29 Intervalo de forças ideais em tratamentos ortodônticos ........................................... 28
Figura 30 Momentos de ativação ................................................................................................ 28
Figura 31 Utilização da alça ortodôntica ..................................................................................... 29
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os projetos de máquina surgem para satisfazer uma necessidade, seja ela industrial,
comercial ou até mesmo para o lazer. Nasce da habilidade de uma pessoa, ou até mesmo de um
grupo de pessoas transformar uma ideia em um projeto de um determinado mecanismo que se
destina a executar uma determinada tarefa.

Daí surge-se o estudo detalhado de suas partes, a maneira como serão montadas, os
tamanhos, as localizações das partes, componentes como eixos, parafusos, molas, chavetas, etc.

Os elementos de máquina podem ser classificados em grupos conforme sua função.


Dentre diversos elementos de máquinas existentes, pode-se citar elementos de fixação, como
parafusos, porcas, arruelas, rebites, a própria solda, elementos de transmissão, como correias,
correntes, polias, engrenagens, embreagens, chavetas, elementos de apoio, como mancais,
rolamentos, guias etc. Existem ainda diversos outros elementos tais como eixos, molas, cavilhas,
cupilhas, etc.

Existem características e/ou considerações que influenciam a seleção de um elemento


de máquina: resistência, confiabilidade, utilidade, custo, temperatura de operação, tipo de
esforços solicitados etc. Com isso, se pode perceber que a escolha e o dimensionamento dos
elementos de máquina exige alguns conhecimentos básicos: conhecimentos de resistência dos
materiais, conhecimentos dos conceitos de mecânica aplicada afim de analisar os esforços que
agem sobre as peças, conhecer propriedades dos materiais bem como os processos de
fabricação.

INTRODUÇÃO - MOLAS

Praticamente qualquer parte feita de um material elástico possui alguma “mola” dentro
de si. Molas são projetadas para prover uma força de tração, compressão ou torque, ou ainda
para guardar energia e podem ser divididas nessas quatro categorias gerais, sendo que dentro
dessas categorias muitas configurações de molas são possíveis.

Em nosso meio podemos verificar a existência de molas em diversas situações, desde


um pequeno relógio ou pregador de roupas, até à suspensão de nossos veículos ou até mesmo
fazendo parte de componentes do motor do veículo.

Molas são dispositivos que armazenam energia potencial esticando as ligações entre os
átomos de um material elástico. A lei de Hooke expressa que a extensão de uma haste elástica
(seu comprimento distendido menos seu comprimento relaxado) é linearmente proporcional à
sua tensão e à força usada para esticá-la. Esta lei relaciona-se somente quando há deformação
(extensão ou contração). Para deformações além do limite elástico, as ligações atômicas
começam a ser rompidas e deforma-se permanentemente, ou seja, rompe-se a sua constante
elástica k. Muitos materiais não têm nenhum limite elástico claramente definido e a lei de Hooke
não pode ser significativamente aplicada a estes materiais.

Em geral as molas podem ser classificadas como molas de fio de arame, molas planas ou
molas de formato especial, e há variações dentro dessas divisões. Molas de fio incluem molas
helicoidais de fio redondo e de fio quadrado, feitas para resistir e defletir sob cargas de tração,
compressão ou torção. Molas planas incluem tipos em balanço e elípticas, molas de potência
enroladas como em motores ou tipo relógio e arruelas planas de mola, usualmente chamadas
de molas Belleville.

CONSTANTE DE MOLA

Independente da configuração da mola, esta possui uma constante de mola k, senso


definida como a inclinação da sua curva força-deflexão. S a inclinação for constante, a mola é
linear e k pode ser definida como:
𝑭
𝒌=
𝒚

Sendo F a força aplicada e y a deflexão.

A constante da mola pode ser constante (mola linear) ou pode variar com a deflexão
(mola não linear). As duas têm suas aplicações, porém é muito frequente a utilização de mola
linear para controlar um certo carregamento.

A constante de mola pode ser entendida como a resistência dessa mola à sair do
repouso.

A força elástica é a força exercida sobre um corpo que tem um comportamento elástico.
Nas molas por exemplo, toda vez que exercemos uma força, puxando ou empurrando-a
percebemos uma força de resistência atuando em sentido contrário, logo essa força determina
o quanto a mola vai se deformar, e a deformação é proporcional à força aplicada na mola.

Quando várias molas são combinadas, a constante de mola resultante depende do tipo
de combinação existente, que pode ser em série ou paralelo. Combinações em série são
caracterizadas por ter a mesma força presente em todas as molas, senso assim, cada uma
contribuindo com uma parcela da deflexão total. Já nas combinações em paralelo as molas têm
todas a mesma deflexão e a força total é dividida individualmente entre as molas.

Figura 1 Combinação de molas em série Figura 2 Combinação de molas em paralelo


Para molas em paralelo, constantes de mola individuais são adicionadas diretamente:

𝑘𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑘1 + 𝑘2 + 𝑘3 + ⋯ + 𝑘𝑛

Para molas em série, as constantes de mola adicionam-se em forma inversa:

1 1 1 1 1
= + + + ⋯+
𝑘𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑘1 𝑘2 𝑘3 𝑘𝑛

CONFIGURAÇÕES DE MOLA
As molas podem ser classificadas de diferentes maneiras. Molas de fio aparecem na
forma de molas helicoidais de compressão, helicoidais de tração, helicoidais de torção e formas
encomendadas. Diversas configurações são possíveis para atender as mais diversas solicitações
e aplicações

MOLAS DE COMPRESSÃO

São molas que exercem forças no sentido de “empurrar”, e tem suas espiras separadas
de modo que permitam ser comprimidas. Obviamente quando a mola de compressão é
comprimida por uma determinada força, ela tem o espaçamento entre as espiras diminuído,
tornando assim menor o comprimento da mola. Sua fabricação pode ser de forma artesanal ou
em máquinas. Pode ser de forma helicoidal, cônica, com as extremidades abertas ou fechadas.
Resumidamente as molas de compressão sempre trabalham comprimidas e ao mesmo tempo
empurram os elementos que estão a comprimindo.

Um exemplo de molas de compressão são aquelas utilizadas para realizar o fechamento


de válvulas de admissão e escapamento em motores de combustão interna de veículos ou
motocicletas, outro exemplo são as molas utilizadas nas suspensões dos veículos, ambas já são
montadas sob compressão e assim exercem as suas funções nos sistemas em que estão
inseridas.

MOLAS DE TRAÇÃO

As molas helicoidais de tração são similares às molas helicoidais de compressão, porém


precisam de extremidades especiais para que a carga possa ser aplicada. Tais extremidades são
denominadas de ganchos e podem ser de variados formatos. Podem ser cilíndricas ou cônicas
fabricadas com arame redondo ou secção retangular.

Aqui um exemplo clássico seriam as molas que realizam o retorno dos pistões das
prensas hidráulicas, elas fazem com que o pistão volte para a posição inicial podendo ser
utilizado novamente.
MOLAS DE TORÇÃO

As molas helicoidais de torção possuem extremidades em forma de braços de alavanca


onde a força é aplicada. Quando submetidas ao esforço de uma determinada carga tendem a
enrolar ainda mais as suas espiras.

Podemos encontrar este tipo de mola por exemplo nas maçanetas internas das portas
dos veículos, afim de trazer a maçaneta para a condição de repouso uma vez que a puxamos
para abrir as portas do veículo, ou podemos achá-las também nos bastante conhecidos
pregadores de roupas.

A flecha elástica e a energia potencial disponível em correspondência dessa flecha são


proporcionais ao número de espiras a mola.

Figura 3 Configurações de mola


MATERIAIS PARA MOLAS
De certa forma é limitada a quantidade de materiais para a fabricação de molas. O
material ideal para a construção de molas deve ter alta resistência à tração, alto ponto de
escoamento e um baixo módulo de elasticidade para justamente proporcionar um máximo
armazenamento de energia

A maior parte da molas e uso não intenso é feita com fio circular ou retangular de aço,
trabalhado a frio, já as molas de uso intenso como por exemplo molas de suspensão veiculares
ou molas de fechamento de válvulas de motores à combustão são produzidas normalmente
laminadas a quente ou forjadas.

TIPOS DE MOLA
As molas helicoidais são as molas mais conhecidas por sua grande gama de utilização
em diversos componentes sejam eles industriais ou domésticos, porém existem outros tipos de
molas destinadas a aplicações específicas:

MOLAS HELICOIDAIS

Utilizadas em esforços de tração e compressão.

Figura 4 Molas helicoidais


MOLAS PRATO

São também utilizadas para cargas axiais, substituindo as molas helicoidais, quando
houver pouco espaço.

Figura 5 Molas Prato

MOLAS DE LÂMINA

São utilizadas para esforções de flexão.

Figura 6 Molas Lâminas


MOLAS DE TORÇÃO

São utilizadas nos casos em que se há necessidade de absorver uma determinada carga com
uma pequena deformação.

Figura 7 Molas de Torção

APLICAÇÕES

Existem inúmeras aplicações de utilização de molas, sejam elas de quaisquer dos tipos.
Algumas aplicações bem conhecidas de molas helicoidais de compressão são as suspensões dos
carros e motocicletas, já exemplos de aplicações das molas de tração são as molas utilizadas
para realizar o retorno dos êmbolos das prensas hidráulicas. Uma aplicação bem comum das
molas de torção são os pregadores de roupas que utilizamos constantemente no dia-a-dia.

Figura 8 Aplicação Molas de Compressão Figura 9 Aplicação Molas de Tração


APLICAÇÕES DE MOLAS DE COMPRESSÃO

Podemos encontrar molas de compressão atuando em muitas aplicações inclusive no


nosso dia-a-dia, por exemplo, quem nunca reparou num controle de televisão ou de qualquer
outro aparelho que necessite de alimentação através das pilhas? Sim, lá existem molas de
compressão.

Figura 10a Aplicação molas de compressão Figura 10b Aplicação de molas de compressão em relógio
em placas de dispositivos eletrônicos analógico

Neste caso as molas utilizadas desempenham a função de “empurrar” as pilhas, uma vez que
essas agem comprimindo as molas, afim de manter o contado elétrico para promover a
alimentação por parte das pilhas para o circuito eletrônico presente na placa do aparelho.

Outra aplicação das molhas de compressão são as molas helicoidais empregadas nas
suspensões dos veículos. Neste caso elas desempenham algumas funções, como por exemplo,
sustentar o peso da carroceria do veículo, e ainda absorver os impactos gerados pelas
imperfeições do solo ao trafegar com o veículo.

Figura 11 Aplicação de molas de compressão em suspensões veiculares


Se tratando de um veículo, é importante tratar duas características das molas, a
resistência à compressão e a frequência de oscilações. A frequência de oscilações refere-se ao
número de vezes que a mola é comprimida e se estende.

Daí podemos verificar duas possibilidades referentes aos conceitos de frequência e


amplitude das molas na sua aplicação em veículos, uma vez que uma mola com uma frequência
de trabalho muito grande, não prioriza o conforto, porém garante uma boa estabilidade do
veículo, já uma mola com frequência menor, e por consequência, uma amplitude de trabalho
mais elevada, prioriza bastante o conforto para os ocupantes.

Dessa forma é muito comum no ramo automotivo ouvirmos falar nos termos, mola
macia e mola dura, em que o primeiro termo refere-se a uma mola que prioriza o conforto,
tendo assim uma amplitude de acionamento mais elevada, já o segundo termo refere-se a uma
mola com a frequência de trabalho elevada, o que prioriza neste caso a estabilidade do veículo.

Figura 12 Aplicação de molas de compressão - mola macia e dura aplicadas na ária automotiva

Uma curiosidade é que as molas utilizadas nas suspensões de veículos, muitas vezes são
conjugadas com os amortecedores, e como elas trabalham sob compressão o tempo todo, no
momento do reparo é necessário utilizar uma ferramenta especial para conseguir desmontar os
elementos que mantém as molas sob compressão. Este procedimento exige um conhecimento
prévio de ferramentas e procedimento técnico.

Figura 13 Procedimento e ferramenta para comprimir molas de suspensão.


APLICAÇÕES DE MOLAS DE TRAÇÃO

As molas de tração também são facilmente observadas em nosso meio, normalmente


utilizadas para o deslocamento de componentes (retorno de elementos para uma determinada
posição). Quem nunca brincou ou observou um trampolim, ou muitas vezes conhecido como
cama elástica, muito comum em parquinhos de diversão, ou prensas hidráulicas, ou até mesmo
podemos encontrar essas molas em sistemas de freios traseiros dos veículos.

As camas elásticas, servem como meio de diversão para as crianças em diversos


parquinhos de diversões ou em festas de aniversário, lá poderemos observar que são utilizadas
uma série de molas de tração que atuam interligando a estrutura metálica à lona onde as
crianças se movimentam. São utilizadas também em academias, promovendo a movimentação
e assim a atividade aeróbica dos alunos.

Figura 14 Aplicação de molas de tração em cama elástica - trampolim

Outra aplicação, agora no âmbito industrial são as famosas prensas hidráulicas. Elas são
utilizadas normalmente para realizar a compressão de elementos, afim de montar ou desmontar
partes de máquinas ou equipamentos. Ela utiliza um pistão que exerce uma força na escala de
toneladas, utilizando o princípio de pascal, porém esta força é exercida em apenas um sentido,
é ai que entram as molas de tração aplicadas a ela, as molas vão promover o retorno do pistão
para a condição de repouso, tornando possível a reutilização do mesmo.

Figura 15 Aplicação de molas de tração - prensa hidráulica


Outra aplicação das molas de tração pode ser observada quando falamos de freios
traseiros de veículos. Bom, nos veículos convencionais podemos observar dois tipos de freios, o
freio a disco e o freio a tambor, senso o segundo mais comum para as rodas traseiras, uma vez
que a sua simplicidade de fabricação é maior comparado aos freios a disco.

O funcionamento do sistema de freio a tambor é bastante simples, o tambor de freio é


o elemento fixo à roda e se desloca juntamente com ela, internamento ao tambor estão os
elementos responsáveis pela frenagem do mesmo. A ideia é movimentar um componente
conhecido como sapata de freios, afim de promover que as lonas de freio (material abrasivo que
gera atrito interno no tambor) se movimente reduzindo assim a velocidade das rodas. Porém,
ao liberar o pedal de freio é necessário que os componentes que foram deslocados durante o
acionamento, voltem para a condição de repouso para estarem prontos para a próxima
frenagem. É aí que entram as molas de retorno, que garantem o retorno das sapatas de freio
juntamente com as lonas de freio para a condição de repouso.

Mola de
retorno

Sapatas
de freio
Mola de
retorno

Figura 16 Aplicação molas de tração - Sistema de freios automotivos

APLICAÇÕES DE MOLAS DE TORÇÃO

As molas de torção também contam com uma vasta área de aplicações. Uma das mais
comuns e mais utilizadas é a aplicação nos pregadores de roupas bastante utilizados pelas
pessoas no dia-a-dia. Outra aplicação em que elas são empregadas e normalmente não damos
conta, são as famosas chaves canivetes que abrem facilmente revelando a estrutura principal
das chaves, facilitando a sua utilização. Uma aplicação voltada para a mecânica, são as molas
utilizadas para manter o contato elétrico das escovas de carvão utilizadas em motores elétricos
como por exemplo os motores de partida utilizados em veículos automotivos. Outra aplicação
que pode ser observada são as molas de torção em forma de barra utilizadas em algumas
suspensões automotivas no lugar as molas helicoidais.
A atuação nos pregadores é bem simples, a ideia é fornecer uma força suficiente para
manter as roupas ou objetos presos. A mola é projetada no centro do elemento, onde em uma
das extremidades do elemento, o usuário executa o movimento de alavanca para abrir a parte
onde o objeto será fixado, senso assim o objeto será comprimido afim de se mantes estático.

Figura 17Aplicação de molas de torção - pregadores

Nas chaves canivetes as molas de torção desempenham a função de promover a


abertura do conjunto da chave revelando a parte metálica que contém o segredo. Através da
torção causada pela mola, ao pressionar um pequeno botão a chave é liberada e o motorista
pode utiliza-la na fechadura da porta.

Figura 18 Aplicação molas de torção - chaves canivete automotivas

Já nos motores elétricos como foi citado anteriormente as molas de torção atuam com
a finalidade de manter o contato elétrico entre as escovas de carvão e os coletores do rotor do
motor elétrico afim de manter o contato elétrico entre eles necessário para promover a
rotação do motor.
Coletor

Mola de
torção

Escovas de
carvão

Figura 19 Aplicação molas de torção - motor de partida

O exemplo observado é de um motor elétrico de corrente contínua aplicado aos


motores a combustão interna. A função deste componente é promover o funcionamento inicial
do motor de combustão, através da conversão de energia elétrica proveniente da bateria em
energia mecânica. Para isso a alimentação do motor de partida se dá por meio de escova de
carvão que são posicionadas sobre os coletores do rotor do motor de partida. As molas de torção
por sua vez garantem que este contato não se desfaça e o motor de partida tenha a sua atuação
perfeita.

APLICAÇÕES DE MOLAS TIPO LÂMINA

Esse tipo de molas é bastante comum em suspensões de veículos pesados como ônibus
e caminhões, ou em pick-ups onde a prioridade é sustentar carga. Elas são utilizadas devido à
característica de suportar mais peso do que as molas helicoidais utilizadas em veículos e passeio.

Figura 20 Aplicação molas tipo lâmina - suspensão automotiva


APLICAÇÕES DE MOLAS TIPO PRATO

Uma aplicação das molas tipo prato na área industrial são os flanges parafusados.
Esses flanges estão sujeitos a esforços mecânicos e térmicos, o que pode acarretar em uma
mudança brusca nas características das cargas sob os parafusos que compõem o conjunto.
Para evitar danos à junta parafusada são colocadas as molas tipo pratos sob as porcas ou sob
as cabeças dos parafusos afim de protege-los bem como proteger as juntas e vedações em
conjunto.

Figura 21 Aplicação de molas tipo prato - flanges industriais

APLICAÇÕES DE MOLAS TIPO BARRA DE TORÇÃO

Outro tipo de mola que podemos observar é a mola tipo barra de torção, que foi muito utilizada
nos automóveis mais antigos. Como o próprio nome sugere, este tipo de mola tem o seu formato
cilíndrico linear em formato de barra. Aplicada nas suspensões de alguns veículos, ela atuava de
forma a sustentar o peso do veículo bem como absorver as irregularidades causadas pelo
terreno irregular por onde o veículo trafegava.

Figura 22 Princípio de funcionamento barra de torção


O princípio de funcionamento como pode ser observado era bem simples, enquanto uma
extremidade da barra era fixada na estrutura principal, a outra extremidade era sujeita a torção.
No caso de suspensões automotivas que contava com este tipo de mola, era comum a
extremidade imóvel estar fixada ao chassi, enquanto a extremidade oposta era conectada ao
braço triangular ou mais conhecido como bandeja da suspensão.

Figura 23 Aplicação mola tipo barra de torção - suspensão automotiva

APLICAÇÕES DE MOLAS MEMBRANA EMBREAGEM AUTOMOTIVA

As molas membranas ou prato podem ser encontradas no sistema de embreagem


automotiva. Ela é responsável por realizar uma determinada pressão contra o disco de
embreagem o ligando ao volante do motor afim de proporcionar a transferência de torque do
motor para a caixa de marchas do veículo e mais tarde até as rodas.

Figura 24 Aplicação Mola membrana - embreagem automotiva


MOLAS HELICOIDAIS DE COMPRESSÃO
A mola helicoidal de compressão mais comum é de diâmetro constante, passo constante
e seção de fio circular. Uma mola helicoidal pode ter espiras tanto em mão direita quanto mão
esquerda.

Exemplos de parâmetros dimensionais para molhas helicoidais padronizadas:

Figura 25 Parâmetros dimensionais molha helicoidal

O Diâmetro do fio é d, o diâmetro médio da espira é D, o comprimento livre é Lf, o


número de espiras é N, o passo de espiras é o p, o diâmetro esterno é D0 e o diâmetro interno é
o Di.
As molas de compressão têm diversos comprimentos e deflexões de interesse:

O comprimento livre Lf é o comprimento global da mola na condição descarregada. O


comprimento montado La é o comprimento da mola depois de instalada à deflexão inicial, yinicial.
A deflexão inicial, juntamente com a constante da mola determina a quantidade de força de pré-
carga necessária para efetuar a montagem da mola. A carga de trabalho é aplicada para
comprimir a mola adicionalmente até a sua deflexão de trabalho ytrabalho. O comprimento
mínimo de trabalho, Lm, é a menor dimensão a qual se reduz a mola em serviço, já o Ls, é o seu
comprimento quando comprimida ao ponto de todas as suas espiras se tocarem.
ÍNDICE DE MOLA

O índice de mola, C, é a razão entre o diâmetro de espira, D, e o diâmetro de fio d.

𝐷
𝐶=
𝑑
DEFLEXÃO DE MOLA

Uma mola helicoidal de compressão é de fato, uma barra de torção enrolada em uma
forma de hélice, que empacota melhor.

A deflexão de uma mola helicoidal de compressão com fio redondo é:

8𝐹𝐷3 𝑁𝑎
𝑦=
𝑑4𝐺

CONSTANTE DE MOLA
A equação para o cálculo da constante de mola é encontrada a partir do rearranjo da equação
de deflexão:

𝐹 𝑑4𝐺
𝑦= =
𝑦 8𝐷3 𝑁𝑎

TENSÕES EM MOLAS HELICOIDAIS DE COMPRESSÃO

Existirão duas componentes de tensão em cada seção transversal de uma espira: uma
tensão de cisalhamento por torção devido ao torque, T, e uma tensão de cisalhamento devido
à força cortante F. Essas duas tensões se adicionam diretamente e a máxima tensão de
cisalhamento ocorre na fibra interior da secção transversal do fio.

𝑇𝑟 𝐹
𝜏𝑚á𝑥 = +
𝐽 𝐴
𝐹(𝐷⁄2)(𝑑⁄2) 𝐹
𝜏𝑚á𝑥 = +
𝜋𝑑 4 ⁄32 𝜋𝑑 4 ⁄4
𝟖𝑭𝑫 𝟒𝑭
𝝉𝒎á𝒙 = +
𝝅𝒅𝟒 𝝅𝒅𝟐
Podemos rearranjar a equação substituindo o índice de mola.

𝟖𝑭𝑫
𝝉𝒎á𝒙 = 𝑲𝒔
𝝅𝒅𝟒
Onde:

𝟐𝑪 + 𝟏
𝑲𝒔 =
𝟐𝑪

EFEITO DE CURVATURA

Até agora consideramos sempre o fio reto, porém, o fio sendo curvado, aumenta a
tensão no lado interno da mola, em contrapartida a diminui ligeiramente no lado externo. Essa
tensão de curvatura é bastante importante principalmente no que se diz em fadiga, pois as
cargas são mais baixas e não há espaço para o escoamento localizado.

O fator de curvatura é dado por uma das duas equações:

Fator de Wahl:
𝟒𝑪 − 𝟏 𝟎, 𝟔𝟏𝟓
𝑲𝒘 = +
𝟒𝑪 − 𝟒 𝑪

Fator de Bergstrasser:
𝟒𝑪 + 𝟐
𝑲𝑩 =
𝟒𝑪 − 𝟑

A diferença entre a utilização dos dois fatores é de menos de 1%, senso assim para
facilitar os cálculos é conveniente utilizarmos o fator de Bergstrasser.

Senso assim o fator de correção da curvatura é:

𝑲𝑩 𝟐𝑪(𝟒𝑪 + 𝟐)
𝑲𝒄 = =
𝑲𝑺 (𝟒𝑪 − 𝟑)(𝟐𝑪 + 𝟏)
RESISTÊNCIAS PERMISSÍVEIS DE MOLAS HELICOIDAIS

Existe uma grande quantidade de dados de testes relativos à resistência de falha de


molas helicoidais de compressão de fio redondo carregadas tanto estáticas quanto
dinamicamente. Para projetos de molas, são necessários dados adicionais relativos à resistência
ao escoamento e fadiga.

Resistência ao escoamento sob torção: A resistência ao escoamento sob torção de fios


de molas varia com o tipo de material e depende do fato de a mola ter ou não ter sido calibrada

Resistência à fadiga sob torção: No intervalo 103 ≤ 𝑁 ≤ 107 ciclos, varia com o
material e com o fato de este ter sofrido ou não jateamento de esferas

DIMENSIONAMENTO DE MOLAS HELICOIDAIS DE COMPRESSÃO A


CARGAS ESTÁTICAS

Os requerimentos funcionais para o dimensionamento de uma mola podem ser


bastante variados. Pode ser requerido um valor particular de força para certo valor de deflexão
ou a constante de mola pode ser definida para um intervalo de deflexões.

É conveniente calcular as tensões antes de calcular a deflexão porque, ainda que ambas
envolvam os diâmetros D e d, apenas a deflexão depende de Na. Se a força requerida F for
definida, a tensão a esse nível de força pode ser calculada. Se dois valores de força de operação
forem definidos com uma deflexão especificada entre eles, então a constante de mola estará
definida.

O estado de tensão é comparado à resistência ao escoamento sob carregamento


estático. O fator de segurança para carga estática é:

𝑺𝒔𝒚
𝒏𝒔 =
𝝉

Se o valor da tensão for muito alto comparado à resistência do material, o diâmetro do fio, o
material ou o índice de mola podem ser alterados afim de melhorar o resultado.

DIMENSIONAMENTO DE MOLAS HELICOIDAIS DE COMPRESSÃO A


CARGAS DINÂMICAS

As molas estão sempre sujeitas a carregamento de fadiga. Em muitas situações o número de


ciclos de vida requerido pode ser pequeno, como por exemplo, vários milhares para uma mola
de cadeado comum, porém se pensarmos numa mola que atua nas suspensões de veículos ou
até em molas que atuam no fechamento de válvulas num motor de combustão interna dos
veículos, estas devem suster milhões de ciclos de operação sem falha, devem ser projetadas
para vida infinita.

O jateamento de esferas normalmente pode ser utilizado para melhorar a resistência à


fadiga de molas carregadas sob carregamento dinâmico, aumentando assim a resistência à
fadiga por torção por volta de 20% ou mais.

Figura 26 Aplicação de molas em carregamento dinâmico

Na construção de certos critérios de falha no diagrama do projetista de fadiga de torção,


o módulo torcional de ruptura Ssu é necessário.

𝑆𝑠𝑢 = 0,67𝑆𝑢𝑡

O procedimento de projeto para cargas dinâmicas é bastante similar àquele para cargas
estáticas, porém com algumas particularidades significativas. Uma mola carregada
dinamicamente operará entre dois níveis de força: Fmáx e Fmin. A partir desses valores, as
componentes média e alternada da força podem ser calculadas:

𝐹𝑚á𝑥 − 𝐹𝑚𝑖𝑛
𝐹𝑎 =
2
𝐹𝑚á𝑥 + 𝐹𝑚𝑖𝑛
𝐹𝑚 =
2
Uma razão de força Rf pode também ser definida:

𝐹𝑚𝑖𝑛
𝑅𝑓 =
𝐹𝑚á𝑥
O fator de segurança para fadiga torcional pode ser expresso como:

𝑆𝑎
𝑛𝑓𝑠 =
𝜏𝑎

A amplitude da tensão de cisalhamento é:

8𝐹𝑎 𝐷
𝜏𝑎 = 𝐾𝐵
𝜋𝑑 3

A tensão de cisalhamento medial é dada por:

8𝐹𝑚 𝐷
𝜏𝑚 = 𝐾𝐵
𝜋𝑑 3
APS (SISTEMAS DE FORÇAS PRODUZIDOS POR MOLAS
ORTODÔNTICAS T-LOOP)

Verificando artigos sobre a utilização de molas de uma forma inovadora e atual,


pudemos observar em uma área específica ligada à medicina, a área de ortodontia, a aplicação
de molas de forma a ajudar pacientes durante o tratamento de reposicionamento dos dentes
visando uma estética mais arranjada e também uma saúde bucal mais favorável para o
indivíduo.

Na verdade, o uso de molas ortodônticas, utilizadas para o fechamento dos espaços


entre os dentes dos pacientes vem se mostrando muito eficiente ao longo dos anos, é muito
comum vermos pessoas utilizando os aparelhos dentários, e aderindo aos procedimentos de
manutenção visando um aspecto visual e saudável dos dentes. O presente estudo tem como
objetivo principal analisar a influência de diferentes secções transversais de fios na
movimentação dentária. Para as análises foram efetuadas simulações pelo método dos
elementos finitos tridimensionais para grandes deslocamentos. Com o estudo ficou claro que
há restrições no uso de algumas secções transversais, em determinados valores de ativação pois
as forças reativas encontradas ficam fora da zona ideal para utilização de forças ortodônticas.

A predição da movimentação dentária através de um artifício ortodôntico é essencial


num tratamento clínico. O movimento dos dentes que são produzidos pela deformação elástica
do ligamento, é utilizado para a predição do movimento ortodôntico, quando um momento de
força e uma força são aplicados no centro de gravidade do dente.

Um dispositivo utilizado para a obtenção de movimentos ortodônticos é a chamada alça


ortodôntica. Ela tem a capacidade de produzir momentos e forças em suas extremidades após
uma ativação (uma espécie de pré carga). Muitas geometrias são discutidas, porém a geometria
conhecida como geometria T, ou T-loop spring, é uma das mais utilizadas para este fim.

Figura 27 Mola T-loop

Como podemos observar na imagem há uma inclinação em cada uma das extremidades,
onde a sua função é contrabalancear o efeito das ativações sobre os dentes e produzir nestes
uma tendência rotacional que é o momento, que por sua vez irá interagir com uma determinada
força ao longo do eixo x, produzindo um efeito de controle sobre o seu apoio. O interessante é
que quanto maior for esta inclinação, ou em outros termos, quanto menor for o ângulo formado
nas extremidades, devido às inclinações, mais forte será a relação Momento-Força.

Como podemos observar na imagem há uma inclinação em cada uma das extremidades,
onde a sua função é contrabalancear o efeito das ativações sobre os dentes e produzir nestes
uma tendência rotacional que é o momento, que por sua vez irá interagir com uma determinada
força ao longo do eixo x, produzindo um efeito de controle sobre o seu apoio. O interessante é
que quanto maior for esta inclinação, ou em outros termos, quanto menor for o ângulo formado
nas extremidades, devido às inclinações, mais forte será a relação Momento-Força.

Figura 28 Ângulos formados pela inclinação das extremidades

O conhecimento das rigidezes das alças ortodônticas é devidamente importante porque


uma baixa rigidez permite aplicação de forças menores, com isso força mais constante ao longo
do tempo durante sua desativação e maior precisão na aplicação dessas forças.

O material considerado no trabalho é uma liga de titânio-molibdênio, que já é


amplamente utilizada pelos ortodontistas.

Após a realização de várias simulações utilizando softwares adequados, foi possível a


determinação dos esforços para a alça ortodôntica. Podemos ter uma noção através das
imagens abaixo. Embora não haja uma determinação concreta sobre os valores de forças ideais
nos tratamentos ortodônticos, alguns autores estimam esse intervalo como algo que fica em
torno de 0,76N a 1,96N, claro, considerando um valor mínimo para ocorrer a movimentação dos
dentes, e também considerando um valor máximo que evita danos aos tecidos de suporte.
Figura 29 Intervalo de forças ideais em tratamentos ortodônticos

Figura 30 Momentos de ativação

Com isso fica claro algumas considerações sobre o procedimento de utilização bem
como o seu dimensionamento. Aumentando-se a secção transversal, logicamente aumentam-
se as forças reativas no dente, para qualquer valor de ativação utilizado.
Assim como as forças, os momentos de força aumentam também quando aumentamos a secção
transversal

Abaixo está um exemplo da aplicação da alça ortodôntica exercendo uma força sobre o dente
canino. Na medida em que a alça exerce ação sobre a coroa dentária, distalizando o dente, a raiz
é submetida a diversas inclinações.

Figura 31 Utilização da alça ortodôntica

CONCLUSÃO

Como podemos observar, existem muitas e muitas aplicações destinadas aos diversos
tipos de molas, seja em componentes presentes no nosso dia-a-dia, como chaves, cadeados,
pregadores, controles remotos, até em grandes máquinas que operam nas grandes indústrias,
e ainda em diversos componentes por exemplo de nossos veículos. É de suma importância para
a engenharia, conhecer os diversos tipos de molas com suas respectivas especificações quanto
à solicitação de esforços e dinâmica de operação. Vale a pena destacar que o efeito muito
conhecido das molas pode ser observado em elementos onde a movimentação bem como a
deformação causam um efeito similar, ou seja, os elementos atuam como se fossem molas.
Citamos o exemplo estudado sobre os parafusos de fixação, onde podemos observar claramente
que os membros que são comprimidos pelo parafuso e/ou pela porca por quem estão sendo
fixados, exercem uma reação à essa compressão, e essa dinâmica de repete constantemente,
ou seja é o mesmo efeito causado por uma mola, até por isso levamos em conta constantes de
rigidez Kb e km para os cálculos de tensão sob os parafusos. É dever do engenheiro analisar os
esforços, bem como material de fabricação e condições de operação para determinar as
características necessárias para o bom funcionamento do equipamento e realizar uma ótima
seleção da mola a ser utilizada. Referente ao APS, ao artigo sobre a utilização de molas T-loop
em aparelhos ortodônticos, ficou claro o estudo prévio das características, tais como rigidez,
diâmetro do fio, forças e momentos resultantes da atuação da alça sobre os dentes, uma vez
que a aplicação será realizada em uma pessoa, na região bucal, devendo garantir a integridade
do paciente que será sujeito ao procedimento, e ainda sim garantir a eficácia na movimentação
dos dentes. Fica claro que a atuação da engenharia, não só no que se diz a respeito das molas
está inserida em muitas áreas ligadas à saúde humana e desenvolve cada dia novas soluções
para facilitar e permitir a facilidade de operações que muitas vezes foi considerada difícil ou
impossível.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NORTON, Robert L., Projeto de máquinas: uma abordagem integrada. Ed. 4


– Porto Alegre: Bookman, 2013.

SHIGLAY, Joseph E.: Projeto de engenharia mecânica. Ed. 7 – Porto Alegre:


Bookman, 2005.

MELCONIAN, Sarkis, Elementos de máquinas Ed. 3 – São Paulo: Érica,


2000.

GENEROSO, Daniel João. Elementos de Máquinas. Instituto Federal de


Educação Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - Campos de Araranguá.
2009. Disponível em:<https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/9/9c/
Apostila_elementos_de_maquinas.pdf >. Acesso em: 02 de dez de 2019.

Artigo APS:

RODRIGO, F., SISTEMA DE FORÇAS PRODUZIDO POR MOLAS


ORTODÔNTICAS T-LOOP COM DIFERENTES SECÇÕES TRANSVERSAIS: UM
ESTUDO PELO MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS. Disponível em :<
https://www2.uned.es/ribim/volumenes/Vol23N1Abril2019/V23N12019%20
A02.pdf>. Acesso em 04 de dez de 2019.

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