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Um breve olhar sobre a história da matemática (resumo)

Ricardo A. D. Zanardini

Capítulo 1 – Origens da Matemática

- Primeiros indícios: segundo a história, os primeiros indícios de vida humana datam da Idade da Pedra, período
compreendido desde o início dos tempos históricos registrados até 3.500 a.C.

- Cenário do mundo: era difícil e hostil nessa época. Os locais do planeta com maios número de habitantes eram
regiões equivalentes atualmente à África, ao sul da Europa, ao Sul da Ásia e à América Central.

- Seres humanos: estavam organizados em grupos de características nômades. Suas necessidades eram buscar
novos lugares para se proteger das variações climáticas e para encontrar alimento. Esses conjuntos de indivíduos
tinham como hábito coletar frutas de diversos tipos, raízes e castanhas e se dedicavam à caça de pequenos animais.
Para essa atividade, utilizavam instrumentos feitos com pedras, madeira e ossos.

- Capacidade de contar: surgiu por necessidade, há cerca de 50 mil anos. O processo de contagem e o conceito de
número eram bastante primitivos, mas importantes, pois os indivíduos da época precisavam saber quantos
membros havia na tribo, o tamanho de seus rebanhos, o número de inimigos e outras quantidades que garantiam
a sobrevivência.

- Grandeza e quantidade: acredita-se que nessa época, o conceito de grandeza/quantidade já estavam


sistematizados. Era possível, então, reconhecer diferenças entre quantidades sob o ponto de vista (ainda que
primitivo e intuitivo) de mais e de menos.

- Correspondência biunívoca: é a relação de um para um. No contexto histórico apresentado, para cada elemento
a ser contado, era feita uma marcação em determinado objeto auxiliar. Consequentemente, para cada marcação
havia um único elemento dessa contagem.

- Sons vocais: eram emitidos pelos povos primitivos, além da correspondência biunívoca, para representar números
muito antes da existência dos símbolos destinados a essa expressão. Acredita-se que essas emissões vocais surgiram
antes mesmo da fala.

- Dedos: eram utilizados pelos indivíduos em pequenas contagens, dobrando ou esticando cada unidade contada.

- Sistema de comércio: de forma pequena, surgiu por volta de 2.000 a.C., entre as tribos e a divisão de caça. Com
essa nova atividade, aumentou-se a necessidade de contar. Até então, os processos de contagem eram satisfatórios
para pequenas quantidades. Para realizar contagens mais extensas, esses procedimentos tiveram que ser
sistematizados.

- Sistema posicional: foi utilizado dentre as diversas formas possíveis, e consiste em um conjunto limitado de
símbolos que representam uma quantidade infinita de números.

- Base 10: é como se configura o nosso sistema de numeração. A escolha do número 10 é feita de forma
conveniente, pois corresponde ao número de dedos das mãos de uma pessoa. Com os dez algarismos (0, 1, 2, 3, 4,
5, 6, 7, 8, 9), é possível gerar uma quantidade infinita de números. Portanto, os números maiores ou iguais a 10 são
combinações dos números menores do que 10.

- Babilônios: entre 3.000 e 2.000 a.C., foram os primeiros a utilizar o princípio proposicional para números maiores
do que 60.

- Sistema decimal: é amplamente utilizado atualmente, mas não é o único. Ao longo da história, diversos povos
usaram outras bases, desenvolvidas com base em critérios preestabelecidos.
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- Por exemplo:

- Horas: na contagem das horas, por exemplo, utilizamos a base 12.

- Tempo/Ângulos: em relação ao tempo e aos ângulos, uma base muito utilizada é a 60.

- Agrupamento simples: consiste em, a partir de uma base b, definir os símbolos b1, b2, b3, etc. A partir disso,
qualquer número pode ser expresso pela adição desses símbolos.

- Numeração hieroglífica: é um sistema de agrupamento simples de base 10. Os símbolos são imagens que retratam
figuras como bastões, ferraduras, rolos de pergaminho, entre outros.

- Números romanos: também são um exemplo de agrupamento simples.

😊 O nosso sistema de numeração é posicional.


- Nova era: com o crescimento das cidades, principalmente na China e no Oriente Médio, a evolução da agricultura,
a domesticação de animais e o domínio de técnicas para forjar objetos e armas de metal, a Idade da Pedra chegou
ao fim. Essa transição marcou a entrada da humanidade em uma nova era, que compreende o berço da civilização.

- Matemática primitiva: o seu progresso acompanhou o crescimento/evolução da sociedade da época. O


desenvolvimento matemático entre os anos 3.000 e 525 a.C. caracterizava-se por uma grande necessidade de
embasamento prático, que veio principalmente, da agricultura. Nesse caso, houve grande avanço na engenharia,
no financiamento e na administração desses projetos. Além dos estudos e das novas descobertas era comum a
prática do ensino de matemática.

- Matemática: após esse novo panorama, a disciplina começou a ganhar novos rumos, incorporou novos níveis de
abstrações e passou a ser vista como uma ciência cuja motivação para o estudo girava em torno de si própria.

1.1 Egito
- O desenvolvimento da civilização egípcia se deu no noroeste da África, no vale do Rio do Nilo, e teve início por
volta de 3.200 a.C. Quando falamos em Egito, é comum nos lembrarmos das pirâmides, construções gigantes com
alto grau de perfeição/precisão. Tal povo deu muitas contribuições para a humanidade.

- Pedra de Roseta: era um pedaço basáltico polido, descoberto em 1799, em escavações feitas por engenheiros
franceses a mando de Napoleão Bonaparte. Graças a essa descoberta, foi possível decifrar os hieróglifos e os
caracteres demóticos/gregos contidos nessa pedra.

- Pirâmides: eram construídas como túmulos, uma vez que os egípcios acreditavam na vida após a morte. O principal
propósito era conservar os corpos embalsamados, também eram depositórios dos pertences dos falecidos.

- Astronomia: era do interesse dos egípcios. Foi através da observação de fenômenos da natureza (como a
inundação anual do Nilo), que estes criaram um calendário com 12 meses de 30 dias cada e mais 5 dias de festas ao
final do ano.

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- Papiros: a descoberta de dois papiros importantes permitiu que se soubesse mais a respeito dos desenvolvimentos
matemáticos dos egípcios.
* Papiro de Moscou: ou Papiro Golonishev, foi escrito por volta de 1.850 a.C., e nele há um texto matemático
contendo 25 problemas.
* Papiro de Rhid: ou Papiro de Ahmes, com data aproximada de 1.650 a.C., contém um manual prático sobre
matemática, uma coleção de 85 problemas relacionados e a descrição dos métodos de multiplicação/divisão dos
egípcios, o uso de frações unitárias, o uso do método de falsa posição, a forma de se obter a área de um círculo e
muitas aplicações da matemática a problemas do cotidiano.

Em geral, os problemas apresentados nos dois papiros tratam de situações reais da época, tais como dificuldades com
o armazenamento de grãos, distribuição de ração para os animais e divisão de pão e cerveja para as pessoas.

- Cálculo de área/volume: ainda no tempo da geometria, os egípcios também eram capazes de calcular áreas de
triângulos e de retângulos e conheciam fórmulas para calcular o volume de cilindros retos e de troncos de pirâmides
de bases quadradas.

- Frações: também é possível perceber a forma como os egípcios tratavam as frações nos papiros encontrados, com
predominância da fração 2/3. Para obterem um terço de certa quantidade, calculavam a metade de 2/3 dessa
quantia.

- Sistema de numeração: o que era adotado pelos egípcios era o de agrupamento simples, com a utilização da base
10. A adição era uma operação fundamental no Egito. Em relação à multiplicação, os egípcios tinham um método
interessante, que consiste na duplicação sucessiva do número multiplicado.

- Gregos: acredita-se que estes se basearam na matemática egípcia para muitas de suas descobertas, assim como
há uma forte indicação de que eles admiravam/respeitavam a sabedoria oriental.

1.2 Mesopotâmia
- Era uma região entre o Mar Mediterrâneo e o Golfo Pérsico, onde hoje se localiza o Iraque.

- Babilônia: foi uma das cidades mais importantes da Mesopotâmia.

- Sistema misto de numeração: acredita-se que a matemática mesopotâmica seja mais antiga que a egípcia. Na
Babilônia, no sistema de numeração, a base 60 era a utilizada. Os numerais inferiores a 60 formavam um sistema
de agrupamento simples de base 10, e os superiores a 60 usavam o sistema posicional, portanto, tratava-se de um
sistema misto de numeração.

- Circunferência: a divisão da circunferência em 360 partes iguais se deve aos babilônicos.

- Milha babilônica: era uma unidade de medida para grandes distâncias, que equivalia 7 milhas atuais ou 11,26541
quilômetros. Ela também se transformou em unidade de tempo, ou seja, os babilônicos sabiam o tempo necessário
para se percorrer essa distância. Posteriormente, essa unidade também foi utilizada para medir espaços de tempo.

- Álgebra babilônica: a sua evolução foi bastante significativa, assim, muitas equações quadráticas eram resolvidas
pelo método de se completar o quadrado. Algumas equações cúbicas também eram discutidas.

😊 Além das equações, os babilônios tinham vários problemas em aberto. Um deles envolvia a resolução
simultânea de duas equações.
- Problemas sobre sequências numéricas e aproximações: era para raízes quadradas de números que não
formavam quadrados perfeitos.

- Desenvolvimento científico/intelectual: foi evidente nesse período, principalmente nas regiões agrícolas,
conhecidas atualmente como o berço das civilizações.

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1.3 Grécia
- Com o passar do tempo, as civilizações egípcias e babilônicas entraram em processo de declínio e, com isso, gregos,
hebreus, assírios e fenícios passaram a ficar em evidência.

- Alfabeto e moedas: foram inventados e cunhadas nessa época.

- Racionalismo: passou a ganhar mais importância, e questões filosóficas passaram a ter maior relevância no
cotidiano dos povos.

- Matemática dedutiva: a característica dedutiva da matemática, que é sua verdadeira essência, passou a vigorar
com mais força. Muito do que sabemos hoje sobre a disciplina vem das descobertas e dos aprimoramentos dos
gregos (civilização helênica).

- Revolução agrícola: ocorreu por volta de 3.000 a.C., e foi o marco do início de um processo longo de evolução
intelectual e científica que, por volta de 2.000 a.C., alcançou a Grécia.

- Civilização minoica: existiu entre 1700 e 1200 a.C., na ilha grega de Creta. Era considerada muito avançada e
dominava a escrita e a leitura.

- Período helênico: foi um período grego que ocorreu de 800 a.C. a 336 a.C., caracterizado por um surpreendente
crescimento intelectual, cultural e científico. Na história da humanidade, foi um dos períodos de maior evolução e
de grandes realizações.

- Cidades-Estado gregas: destacam-se Corinto, Argos, Mileto, Esmirna, Rodes, Atenas e Esparta. Esta última tinha
um exército muito poderoso, enquanto Atenas contava com um grande centro cultural e comercial.

- Filosofia: por volta de 400 a.C., os filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles atraíam cidadãos e discípulos com seus
pensamentos. Nessa época, pela primeira vez, histórias reais não só eram contadas, como também eram escritas.

- Cenário intelectual: os gregos deram início a uma estrutura lógica associada à geometria. A matemática não era
tratada apenas como uma ciência destinada à resolução de problemas práticos. Muitas vezes, era utilizada como
uma base moral de conduta. Os pitagóricos, por exemplo, incluíram a matemática na definição de filosofia, e os
rituais aos quais eram submetidos tinham fortes relações com a matemática.

- Conceito de matéria: para os adeptos do pitagorismo, os números estavam associados ao conceito de matéria. Os
números 1, 2, 3 e 4 poderiam construir o universo.

😊 TALES DE MILETO
- Filósofo, engenheiro, astrônomo e matemático grego, vivei entre os anos de 624 e 546 a.C. Devido à sua forma
demonstrativa de obter resultados geométricos, tidos muitas vezes como óbvios, e seu talento voltado à
matemática, ele é considerado um dos sete sábios da Grécia antiga.

- Processo dedutivo lógico: era priorizado por Tales de Mileto, e não passou apenas pela intuição ou
experimentação. A ideia de calcular a altura de uma pirâmide utilizando sua sombra, por exemplo, foi de Tales, que,
no início de sua vida, era mercador e viveu um tempo no Egito.

- Geometria: Tales mostrou por meio de deduções que, em uma circunferência, qualquer diâmetro efetua a
bissecação do círculo em que ele é traçado.
* Também provou que, em um triângulo isósceles, os ângulos da base são iguais e que ângulos opostos pelo
vértice também são iguais.
* Atribui-se a ele a afirmação de que, se dois triângulos têm dois ângulos, e um dos lados de cada um deles é igual
ao outro, então esses triângulos são iguais.

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😊 PITÁGORAS
- Nasceu em torno de 572 a.C., na Ilha de Samos. Acredita-se que tenha sido discípulo de Tales de Mileto.

- Escola Pitagórica: fundada por Pitágoras, em Crotona, uma colônia grega do sul da Itália, depois de ele ter vivido
no Egito e supostamente ter passado pela Índia. Tal escola seguia, naturalmente, os princípios do matemático. Mais
do que uma escola de estudos de matemática, filosofia e ciências, a organização configurava uma seita unida por
rituais secretos e cerimônias religiosas, que, mesmo após a morte de Pitágoras, em 500 a.C., continuou existindo
por mais 200 anos.

- Relações/propriedades: eles estudavam as relações e propriedades dos números e da aritmética com a


astronomia, a geometria e a música.

- Pitágoras e a música: é devido a um estudo feito por Pitágoras que a música ocidental tem o formato que
conhecemos atualmente. Entre várias teorias, Pitágoras acreditava que havia uma relação entre as frequências dos
sons produzidos pela vibração de uma corda e as divisões dessa corda em determinadas partes. Para detectar isso,
ele utilizou o monocórdio, um instrumento musical para servir de referência sonora.

Pitágoras, em seus estudos, considerou sete notas musicais principais, que hoje conhecemos como Dó, Ré,
Mi, Fá, Sol, Lá e Si. Portanto, seria a mesma nota (em oitava), mas nesse caso, mais aguda. Com essas divisões
sucessivas, Pitágoras conseguiu obter as frações correspondentes às divisões necessárias para a criação de
uma escala musical.

- Gioseffo Zarlino: atualmente, sabemos que havia uma pequena defasagem em relação ao percurso de quintas que
utilizava as divisões de Pitágoras e, para corrigir isso, o teórico musical e compositor italiano Gioseffo Zarlino propôs,
no século XVI, uma nova divisão da corda, utilizando médias geométricas. Essa defasagem é conhecida como coma
pitagórico.

- Multifacetado: não foi só na música que Pitágoras escreveu suas páginas na história. Astronomia, geometria e
aritmética faziam parte das artes liberais básicas do programa de estudo pitagórico.

- Números amigáveis: atribui-se a Pitágoras a descoberta desses números, que significa um par de números em que
cada um deles é igual à soma dos divisores próprios do outro número. Por exemplo: o par 220 e 284.
* Os pitagóricos também classificavam números como perfeitos (iguais à soma de seus divisores próprios),
deficientes (maiores do que a soma de seus divisores próprios) e abundantes (menores do que a soma de seus
divisores próprios).

- Números figurados: desenvolvidos com base na escola pitagórica, consistem em números que expressam a
quantidade de pontos existentes em determinadas configurações geométricas. Esses números foram muito
importantes, pois estabeleceram o elo entre a geometria e a aritmética. Podem ser números triangulares,
quadrados, pentagonais, entre outros.

- Teorema de Pitágoras: é um dos mais famosos teoremas atribuídos a Pitágoras (mas já conhecido pelos
babilônicos dos tempos de Hamurábi, mas de dois mil anos antes) afirma que, em qualquer triângulo retângulo, a
soma dos quadrados dos dois lados menores (catetos) corresponde à soma do quadrado do lado maior (hipotenusa),
ou seja, a2 = b2 + c2.

- Construção civil: um pedreiro pode, por exemplo, saber se duas paredes estão formando um ângulo reto ou não.
Marcado em uma das paredes um ponto 60 cm distante do canto e, na outra parede, um ponto com 80 cm em
relação ao canto, a medida entre eles deve ser igual a 1 m (100 cm). Isso é possível porque os números 60, 80 e 100
correspondem aos lados de um triângulo retângulo.

- Números racionais: Pitágoras acreditava que todos os números existentes eram racionais. No entanto, para ele e
seus discípulos, a descoberta da existência de pelo menos um número irracional foi perturbadora e contrária à

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crença dos pitagóricos, que afirmavam que tudo dependia dos números inteiros. Para o matemático grego, a raiz
quadrada de 2 era um número proibido.

- Teodoro de Cirene: discípulo de Pitágoras, descobriu por volta de 425 a.C., que existiam outras raízes inexatas (ou
irracionais). Atualmente, sabemos que o conjunto dos irracionais é formado por um número de elementos muito
maior que o conjunto dos racionais.

- Demonstração algébrica de elementos geométricos: é atribuída aos pitagóricos. Um exemplo é o seguinte


produto notável → (a + b)2 = a2 + 2ab + b2.

- Resolução geométrica de equações quadráticas: também é atribuída aos pitagóricos, pela transformação de áreas
e pelo estudo de três sólidos regulares –
* Tetraedro: associado ao fogo, o mais seco dos elementos;
* Cubo: associado à terra, por ser o mais estável dos elementos;
* Dodecaedro: associado ao universo por ter 12 faces (associadas às 12 seções do zodíaco).

😊 EUCLIDES DE ALEXANDRIA
- Alexandria: em 306 a.C., foi escolhida pelo cientista grego Ptolomeu para ser a capital do Egito. Foi ele quem
construiu a Universidade de Alexandria, com o intuito de proporcionar um ambiente favorável ao saber.

- Universidade de Alexandria: a sua organização e os seus objetivos eram muito similares aos das universidades
atuais. Sua biblioteca proporcionava à cidade o status de metrópole intelectual da época. Estudiosos e
pesquisadores de Atenas foram para lá. O famoso Euclides foi escolhido para ser o chefe do Departamento de
Matemática.

- Euclides: as suas datas de nascimento e de morte são desconhecidas, mesmo tendo sido o autor importantes
trabalhos relacionados à matemática, entre os quais se destaca a coletânea “Os elementos”.

- A coleção “Os elementos”: é de fundamental importância para a matemática. Apenas a Bíblia foi mais utilizada e
estudada do que a obra de Euclides. Além de conteúdos relacionados à geometria, essa coleção apresenta a teoria
dos números e a álgebra elementar. No total, são 13 livros. Os conteúdos da geometria plana/espacial estudados
na maior parte do mundo, estão diretamente relacionados a esses livros. No total, o conjunto da obra de Euclides
possui 465 proposições.

😊 ARQUIMEDES
- Depois de Euclides, foi outro importante matemático grego da Antiguidade. Nasceu por volta de 287 a.C. e morreu
em 212 a.C., durante o saque de Siracusa. Foi um notável e respeitado matemático que explorou muito a geometria.

- Primeira lei da hidrostática: coube a Arquimedes a descoberta dessa lei, que afirma que um corpo, quando
mergulhado em um fluido, recebe um empuxo de intensidade igual ao peso do volume de água deslocado.

- Cálculo diferencial e integral: em seus trabalhos, é possível perceber o quando Arquimedes era dotado de rigor
matemático, além da originalidade e grandes habilidades com os números. Já nessa época, deu uma contribuição
no desenvolvimento de alguns métodos de cálculo diferencial e integral, ramo da matemática que só foi
desenvolvido plenamente no século XVIII.

- Geometria espacial: nesse campo, Arquimedes também desenvolveu estudos importantes sobre esferas, cilindros,
cones e esferoides. Ele calculava a área de superfícies e de calotas esféricas; relacionava a área de uma superfície
esférica com a área total de um cilindro reto circunscrito a ela. Também relacionava o volume da esfera com o
volume do mesmo cilindro circunscrito.

- Bomba de água: no Egito, até os dias atuais, utilizava-se uma invenção de Arquimedes, que consiste em uma
bomba de água em parafuso capaz de irrigar campos e retirar água de locais encharcados.

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😊 APOLÔNIO
- Foi um grande rival de Arquimedes. Nasceu em Perga, atual Turquia, e viveu de 262 a 190 a.C. Juntamente com
Arquimedes e Euclides, é considerado um dos maiores matemáticos gregos da Antiguidade.

- Formas cônicas: Apolônio demonstrou que um plano não passa pelo vértice e, dependendo de sua inclinação,
pode gerar três tipos de formas cônicas com base em um cone circular reto – as parábolas, as elipses e as hipérboles.
As cônicas inicialmente foram estudadas por Menecmo, Euclides e Arquimedes, mas Apolônio escreveu um trabalho
mais extenso e avançado abordando o assunto.

- Cônicas degeneradas: é quando o plano passa pelo vértice do cone e contém uma geratriz da superfície, a cônica
degenerada obtida é uma reta. Já quando esse plano intercepta apenas o vértice da superfície e dias retas são
geradas, a cônica degenerada corresponde a um ponto.

- Estudo das cônicas: atualmente, é muito importante e tem aplicações em situações do cotidiano. Espelhos
refletores de consultórios odontológicos, por exemplo, são objetos de formato elíptico.

- Parábolas: estão relacionadas a movimentos parabólicos estudados na física e também em projetos


arquitetônicos, entre outras aplicações.

- Oscar Niemeyer: utilizou a parábola como referência para o projeto da Igreja São Francisco de Assis, no complexo
da Pampulha, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

- Hipérboles: são utilizadas, por exemplo, na construção de telescópios, cujos espelhos são hiperbólicos.

😊 ARISTÓTELES
- Foi outro grego notável da Antiguidade Clássica. Filósofo, nasceu em 384 a.C. e morreu em 322 a.C. Atribui-se a
ele a criação do pensamento lógico, presente não só na filosofia e na matemática, mas também no direito e em
outras áreas.

- Estudos de Aristóteles: eram fundamentados em experimentos com o objetivo de comprovar fenômenos


existentes na natureza. Desenvolveu trabalhos relacionados à biologia, física, lógica e metafísica, além dos ensaios
sobre antropologia, ética, psicologia, retórica, pedagogia, didática, química, entre outras áreas do conhecimento.

- Educação: Aristóteles valorizava a educação e o conhecimento e acreditava no crescimento intelectual da


humanidade. Para ele, o verdadeiro discípulo é aquele que consegue superar o mestre.

- Proposições: no campo da lógica, seu principal propósito era o desenvolvimento de uma teoria base para
compreensão de frases contendo afirmações de caráter completo que podem ser classificadas como verdadeiras
ou falsas e chamadas proposições. Essas consistem na base de pensamentos representativos e são a base da lógica
matemática clássica.

- Silogismo: a classificação das formas de silogismos e a validade ou não dessas formas são consequências da lógica
de Aristóteles. O silogismo é uma estrutura lógica dedutiva composta por duas proposições chamadas de premissas,
que, por inferência, resultam em uma terceira proposição chamada de conclusão.

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