Periódico Para Rir e Aprender
Mensagem
ao Leitor
Prezados Prevencionistas,
Neste mês o Segurito está mais variado
do que cardápio de restaurante chique,
tem um pouco de sistema de exaustão,
uma pitada de ruído, duas colheradas
de ergonomia e de sobremesa um texto
sobre fator de desvio.
Mas antes de iniciar com o aperitivo,
peço um favor, nos ajude com as
próximas edições, envie materiais sobre
Segurança do Trabalho e divulgue nosso
jornalzinho entre os colegas da área.
Agora que já pegou a sua merenda,
pode iniciar a degustação.
Prof. Mário Sobral Jr.
Ritmo e Cadência
A distinção entre ritmo e cadência é
importante para avaliarmos a carga de
trabalho. Tomemos, por exemplo, uma
afirmação contida em relatório do tipo “o
trabalhador realiza 1.200 levantamentos por
dia do braço direito até a altura do ombro”.
Essa medida por si só não me permite fazer
um julgamento sobre o que ela representa
como carga para o trabalhador. Se ele executa
esses movimentos ao realizar uma tarefa em
que ele mesmo gerencia a sua cadência e,
portanto, pode alterá-la ao longo do dia ou de
um dia para o outro, provavelmente, ele
tolerará melhor essa imposição.
Se, no entanto, ele estiver operando uma
máquina que exige que ele faça o movimento
e, portanto, não lhe cabe variar a cadência,
pode considerar sua carga com mais
dificuldade. Acrescente-se a isso, se, a cada
levantamento do braço, ele permanece com o
braço levantado, por um longo tempo,
suportando uma carga. A carga já é maior
então. O mesmo vale para o caso em que essa
cadência for imposta por uma fila de clientes.
Logo, medidas quantitativas sem indicações do
contexto em que elas ocorrem não contribuem
para a avaliação da situação.
Fonte: Manual de aplicação da Norma
Regulamentadora nº 17. – MTE
Contatos: Jornal Segurito
Manaus, novembro 2015 – edição 110 – ano 9
Difundindo a SST Neste mês acabei lendo bastante,
mas nenhum livro relacionado
T
diretamente com a Segurança do
enho certeza de que você concorda que Trabalho.
para termos trabalhadores mais seguros, um Porém, um deles acredito que todo
profissional precisa ter
dos fatores essenciais é termos acesso à
conhecimento.
informação de qualidade sobre a Segurança do O livro está aí abaixo e consegue
Trabalho. dar uma visão geral sobre como
Para dar uma pequena parcela de devemos estudar e alguns erros
contribuição, com objetivo de ajudar os que cometemos e nem
profissionais a refletirem sobre SST, criei o percebemos.
Jornal Segurito em 2006 e a cada dia que passa
venho tentando aumentar as formas de
comunicação.
No início deste ano, em parceria com o amigo
Nestor do site Segurança do Trabalho NWN,
criamos o SST É O CANAL no Youtube, com
vídeos semanais.
Você Sabe Estudar?
Quem sabe, estuda menos e
aprende mais – Ed. Penso
Cláudio de Moura Castro
Neste canal você encontra temas como PPRA,
EPI, DDS, Combate a Incêndio, Falar em
Público e muito mais.
Acesse o canal no seguinte link:
Joke
https://www.youtube.com/watch?v=4R1TddtCCP4
E no mês passado resolvi iniciar mais uma A man received a message from his
neighbour. "Sorry sir, I am using your
forma de comunicação, por meio do SEGURITO
EM CAST. Áudios em que transmito alguma wife, day and night, when you are not
present at home. In fact, much more
informação ou opinião sobre temas de SST.
É o meu mais novo filho e conto com a sua than you do...
ajuda nas sugestões, críticas e por que não, I confess this now because I am feeling
nos elogios. very much guilty. Will accept my sincere
Acesse o canal no seguinte link: apologies."
https://soundcloud.com/segurito-em- The man shot the wife...
cast/cipa-do-ze-novos-bracos-para-o-sesmt A few minutes later he received another
message: “Sorry sir, spelling mistake:
wifi, not wife"
Carne
no ponto
Todo o material você pode acessar no site
www.jornalsegurito.com. Caso você goste do
meu trabalho, vou lhe fazer um pequeno
pedido, uma ajuda na divulgação (é tudo
gratuito, e sempre será).
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
www.jornalsegurito.com jornalsegurito@bol.com.br

E depois que você
implantou a melhoria? o trabalhador vai entrar em uma área de vejamos algumas:
A pós muita luta, muita saliva gasta para
argumentar com o patrão, você consegue a
autorização e os recursos necessários para
implantar uma melhoria e não há dúvidas,
realmente irá beneficiar o trabalhador.
Melhoria implantada, vamos agora tentar
resolver um novo problema. Porém...
Professor, o senhor às vezes dá nos nervos, já fiz
tudo e ainda tem “porém”?
Calma, meu filho!!! O “porém” tem um motivo
justo. Sempre que implantarmos uma melhoria
precisamos aguardar um período para avaliar
se realmente a ideia deu certo.
Por exemplo, imagine que o trabalhador está
carregando uma caixa de 40kg e em função dos
inúmeros afastamentos e processos judiciais,
acabamos conseguindo convencer a empresa a
utilizar caixas de 20kg. Tudo certo, mas quando
voltamos para avaliar o resultado percebemos
que o trabalhador acaba carregando duas
caixas, porque assim faz um menor número de
viagens.
Outro exemplo, imagine agora que temos um
trabalhador mais baixo que os demais e para
resolver sua dificuldade no posto de trabalho
mandamos confeccionar uma bancada e uma
cadeira menor.
Depois de alguns dias voltamos ao setor e
percebemos que o trabalhador está em outra
bancada. Ao perguntar para ele o motivo, ele
responde que não quer ficar em um posto de
trabalho pois os demais estão ridicularizando
ele, chamando-o de anão.
Perceba que as duas ações, aparentemente,
são boas, mas não consideraram o trabalhador,
que sempre precisa fazer parte da solução,
precisamos consultá-lo para avaliar se não há
alguma restrição na melhoria.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Piadinhas
O entregador foi deixar uma televisão
numa casa e o menininho diz:
- Oba! Oba! Uma TV nova! O pai que
comprou, não foi, mãe?
A mãe do menino responde:
- Deixa de ser besta, menino, fui eu que
comprei. Se fosse esperar pelo teu pai,
você nem tinha nascido.

Seu Lunga chega no bar e fala para a
dona: - Traz uma cerveja e liga o som que
eu quero ouvir um forró.
- Desculpe seu Lunga, mas não posso
colocar música hoje.
- Mas por que?
- Meu avô morreu!!!
- E ele levou o som?
Não é só sugar e soprar
espaço confinado onde podemos ter, além da
carência de oxigênio, a presença de
contaminantes, desconforto térmico e odores
desagradáveis.
Para garantir condições atmosféricas
aceitáveis avaliamos os riscos presentes e
concluímos que é possível utilizar um sistema
de ventilação.
Mas não vá pensando que é só colocar um
ventilador de um lado e um exaustor do outro
que está resolvido.
E o que precisa mais, professor?
Acho que deve ser evidente que um sistema
de ventilação mesmo bem dimensionado,
precisa de um bom acompanhamento para
termos o controle da concentração do
contaminante presente no ambiente de
trabalho. Consequentemente se não
avaliarmos todos os detalhes podemos
identificar algumas limitações deste sistema,
Muito mais que um patinho feio
Éreferencial.
interessante como tudo depende do
Por exemplo, imagine um
trabalhador que realiza uma atividade
repetitiva em um tempo médio de 50
segundos para cada ciclo. Agora imagine
também que destes 50 segundo ele trabalha
apenas 40 segundos, pois os outros 10 ele tem
que aguardar a máquina fazer um
processamento.
Um posto nestas condições avaliado por um
profissional de Segurança do Trabalho, irá
considerar o esforço, a frequência, o ambiente
de trabalho, os aspectos cognitivos etc. E
J ORN AL S EG URI T O 
- Dependendo do volume do ambiente em que
se está trabalhando podemos ter áreas de
maior concentração e outras de menor
concentração, ou seja, ou teremos que utilizar
vários pontos para ventilação e captação deste
contaminante evitando zonas mortas (pouca
ventilação) ou ficaremos restritos aos
ambientes em que a dispersão seja
reconhecidamente uniforme;
- Ter cuidado com o ar removido do ambiente
contaminado para que seja direcionado para
uma área com distância segura do ambiente
de trabalho, para que não ocorra a
possibilidade de circular ar contaminado
- É comum definirem um número de trocas de
ar do ambiente, mas este volume não pode ser
definido sem considerar a quantidade do
contaminante gerado e principalmente sua
toxicidade, para produtos com elevada
toxicidade é melhor utilizamos algum sistema
complementar, como equipamentos de
proteção respiratória;
- Para definir a vazão precisaremos considerar
fatores como o tamanho da mangueira
utilizada que irá diminuir a capacidade de
insuflar ou de sugar o ar do ambiente.
Além dos fatores citados precisamos avaliar se
a vazão necessária utilizada neste projeto é
suficiente no caso de ambientes com diversos
contaminantes.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
dependendo desta avaliação podemos concluir
que os 10 segundos “parados” são essenciais
para que haja a recuperação muscular com
intuito de evitar a fadiga.
No entanto, este mesmo posto de trabalho,
sendo avaliado por alguém que pense apenas
em produção, sem ter uma visão sobre a
ergonomia, pode ter como resultado do seu
diagnóstico a visão de um trabalhador ocioso e
infelizmente muitas vezes terá seus
argumentos mais facilmente acolhidos.
É assim mesmo, professor!!! Manda quem
pode, obedece quem tem juízo.
Não, meu filho, não é assim. Precisamos
argumentar mais, pesquisar mais, provar que
nossa visão tem respaldo técnico (mas tem
que ter mesmo). Não podemos apenas achar
que o nosso setor é o renegado da empresa e
que temos de nos contentar com as migalhas
dos demais setores.
Lembrem-se do conto infantil de Hans
Christian Andersen em que o patinho feio só
percebeu que era um cisne quando deixou de
se esconder e enfrentou seus medos.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
2
J ORN AL S EG URI T O 
Notícia não É preciso medir a dose de ruído no almoço?
muito boa A ntes de responder diretamente, vamos dar Perceba que o horário de almoço não é horário
M uito profissional de Segurança do Trabalho
acredita que sua empregabilidade irá
aumentar proporcionalmente com o seu
aumento do conhecimento específico sobre o
tema prevencionista.
Infelizmente tenho uma notícia não muito boa
para você.
Pô, professor!!! Tô todo enrolado e o senhor
ainda vem com notícia ruim!
Chora não, meu filho. Mas sinto lhe informar
que ser apenas um especialista na maior parte
das vezes não é o suficiente para fazer você se
manter atraente para o mercado de trabalho.
Lógico que quando se procura alguém para dar
a solução final, sempre vamos correr para o
expert no assunto. Mas antes deste passo final,
precisamos de ideias amplas e criativas para
identificar os problemas e apontar possíveis
soluções.
Além de não ser mais aceitável um profissional
sem conhecimento sobre Word, Excel e
Powerpoint, outros conhecimentos
complementares interessantes são gestão de
projetos e um segundo idioma, de preferência
Inglês.
Mas para conseguirmos liberar a mente
precisamos de conhecimentos paralelos que a
princípio não tem nada a ver com nossa área,
mas que em conjunto com o nosso
conhecimento específico farão com que
brotem ideias totalmente diferentes da
maioria dos profissionais.
Porém, além de conhecimento que se
“aprende” por meio de cursos específicos ou
mesmo estudando sozinho, temos que buscar
novas habilidade que também dependem de
estudo, mas é preciso uma mudança de
postura. Estou pensando em temas como:
Facilidade de relacionamento, Liderança, Falar
em público, Criatividade etc.
Perceba que a cada dia as empresas estarão
mais exigentes, à procura de um super
profissional e apenas um curso básico na área
não será suficiente para lhe dar estes
superpoderes.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Piadinha
- Amor, temos que convencer o nosso
filho a não casar com aquela bruxa que
ele namora.
- Eu não, quando foi a minha vez
ninguém me avisou.
uma lida no artigo 71 da CLT.
Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração
exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a
concessão de um intervalo para repouso ou
alimentação, o qual será, no mínimo, de 1
(uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato
coletivo em contrário, não poderá exceder de 2
(duas) horas.
§ 1º – Não excedendo de 6 (seis) horas o
trabalho, será, entretanto, obrigatório um
intervalo de 15 (quinze) minutos quando a
duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º – Os intervalos de descanso não serão
computados na duração do trabalho.
Não basta a força
da corrente
É
só acontecer um acidente que qualquer
profissional de Segurança do Trabalho para
tudo o que está fazendo para realizar a análise
do ocorrido, porém se ocorrer um incidente,
talvez nem se mexa da cadeira.
Vamos começar pelo óbvio, se o nosso
objetivo é a prevenção da saúde e segurança
dos trabalhadores, não há dúvidas de que
analisar o incidente é uma prioridade dentre
as nossas atividades. Só por meio de uma boa
investigação teremos condições de identificar
as causas e evitar futuros acidentes.
Mas, professor, eu não tenho tempo para
analisar os inúmeros incidentes.
Ok, meu filho. O primeiro passo é tentar
identificá-los. Mas muitos acabam nem
perguntando sobre os incidentes e cuidado no momento em que a carga passa
consequentemente desestimulam os
trabalhadores a comunicar.
Entendo que nem sempre poderemos avaliar
todos, mas se pelo menos identificarmos
teremos como realizar uma triagem e analisar
aqueles com maior potencial de dano.
E o principal, não é porque é um incidente que
você vai avaliar com menor rigor. A
investigação precisa ser tão criteriosa quanto a
de um acidente grave. Lembre-se das
pirâmides.
Do Egito, professor? Brincadeira, sei que o
senhor está falando das pirâmides de Bird e
Heinrich.
Exatamente, gaiato! Estes e outros estudos
sempre demonstraram que tratar incidentes é
igual a prevenir futuros acidentes que podem
ser até fatais.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
de trabalho, é um intervalo.
Ou seja, a princípio não teria porque manter o
dosímetro ligado, ainda mais que nas áreas
destinadas à refeição teremos, em geral, um
local com pouco ruído.
Caso o equipamento seja mantido ligado talvez
até “puxe” a média da dose um pouco para
baixo.
Porém, no caso de não haver um local para
refeição adequado e o trabalhador permaneça
na área produtiva é recomendável manter o
equipamento ligado.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Carregando
Carga
V ocê já deve estar cansado de ouvir que
para realizar um carregamento manual o
trabalhador deve flexionar as pernas,
mantendo a coluna reta, ficar o mais próximo
possível do objeto e com a força das pernas
realizar o levantamento.
No entanto, quando estamos levantando um
determinado objeto, precisamos tomar
em frente aos joelhos, pois neste momento a
carga fica mais distante. Sempre que possível
deveríamos tentar passar a carga entre as
pernas, mas se for um objeto muito volumoso
isto não será possível e dependendo do peso
carregado poderá ser uma verdadeira agressão
à coluna do trabalhador.
Infelizmente a capacidade de carregamento de
um ser humano não pode ser considerada nem
como baixa, mas sim como baixíssima, pois os
sistemas de alavancas que o corpo utiliza não
foram concebidos para esforços elevados.
O ideal é que utilizemos algum mecanismo
como uma mesa pantográfica que evite o
trabalhador de realizar este tipo de
movimento, porém nem sempre teremos os
recursos necessários para esta implantação.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
3

Você já ouviu falar no valor teto do anexo 11
da NR 15 e no TLV –C da ACGIH?
Já, professor! Significa que os agentes químicos
com estes limites de exposição não podem ser
ultrapassados nunca.
Exatamente, meu filho.
Outros agentes químicos, encontrados no
próprio anexo 11 da NR 15, na ACGIH ou em
outros órgãos, podem ter seus limites de
tolerância ultrapassados em alguns momentos
durante o trabalho, se na média da exposição
o trabalhador ficar abaixo deste mesmo limite.
No entanto, esta ultrapassagem possui um
limite definido pelo fator de desvio.
Mas por que temos esta possibilidade de
trabalhar acima do LT por algum tempo?
Imagine a seguinte situação: o trabalhador
Piadinhas
Para ver a reação do marido, uma mulher
escreveu em um papel: "Fui embora, não
volto mais."
Escondida debaixo da cama, a mulher
esperou que marido chegasse. Ele entrou
no quarto, viu o papel, escreveu alguma
coisa no papel e pôs se a cantar, todo
satisfeito. Alguns minutos depois ele
pegou o celular e ligou para alguém:
- Amor, estou indo agora. A louca foi
embora. Estou a caminho, te amo muito.
Logo ele pegou o carro e saiu. Louca de
raiva, a mulher sai de baixo da cama e lê o
que ele escreveu: "Consigo ver seus pés,
fui buscar pão."
SUICÍDIOS
Fator de Desvio
está exposto a um produto que o limite de
tolerância para 8 horas de trabalho é de 12
ppm, mas diariamente fica exposto por 2 horas
a 14 ppm. Caso o produto seja considerado
valor teto, esta exposição não é permitida.
Porém, caso o trabalhador esteja exposto a um
agente que possibilite o uso do fator de desvio
precisamos verificar se esta exposição é
possível.
Por exemplo, se pegarmos o valor de 12 ppm e
utilizarmos a tabela encontrada no anexo 11
da NR 15 de fator de desvio, teremos a
possibilidade do produto chegar até 24 ppm,
ou seja, como o trabalhador fica exposto
apenas a 14 ppm, por duas horas é uma
situação que seria “aceitável”. Mas, se este
mesmo trabalhador estiver exposto apenas
por meia hora ao valor de 26 ppm, isto não
seria permitido, pois ultrapassaria o valor de
24 ppm estabelecido pelo fator de desvio.
Ou seja, se considerarmos só a média de
exposição poderíamos ter situações em que o
trabalhador estaria exposto a concentrações
tão elevadas, em que mesmo por pouco
tempo, talvez pudesse trazer grande prejuízo
para a sua saúde.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Um verdadeiro
Colega de Trabalho
Toda empresa pede experiência,
mas realmente não sei bem o que eu
vou fazer se eu conseguir um emprego,
seria tão bom encontrar um colega
de trabalho para me ajudar.
Se você gosta da leitura do Jornal Segurito
e quer aprofundar os seus conhecimentos,
acesse agora www.jornalsegurito.com e
adquira o livro “Segurança do Trabalho -
Organizando o Setor”. Faça um favor para
você e bata um longo papo com este colega
de trabalho.
J ORN AL S EG URI T O 
Edifício Bailarina
V ez por outra saio para dar um passeio com
meu afilhado Zedu de 06 anos e seu irmão
Leozinho de 04 anos. E em uma dessas saídas,
o Leozinho de repente aponta para fora do
carro e diz: “Olha, Zedu! Um edifício bailarina”.
Fiquei curioso e perguntei porque era um
edifício bailarina.
Ele respondeu o seguinte: “Porque tem aquele
véu (o véu era a rede de proteção que é
colocada na parte externa) e em baixo tem
uma saia (a bandeja de proteção para evitar a
queda de materiais)”.
Achei aquilo genial e fiquei pensando o quanto
uma criança tem uma imaginação fértil e
apesar de ainda não saber aplicar cem por
cento todo este potencial são muito criativas.
Na verdade, todos nós nascemos muito
criativos.
Professor, o que isso tem a ver com Segurança
do Trabalho?
É o seguinte, meu filho, a criatividade deve ser
utilizada para resolver problemas e pense em
uma profissão que todo dia tem algum novo
problema.
Mas apesar de ser tão importante, em geral,
pensamos mais em desenvolver as habilidades
acadêmicas e esquecemos de ajudar no
desenvolvimento da nossa criatividade.
Mas eu não nasci com isso, Professor.
Como já disse, todos nascemos. Porém, em
função da forma como somos educados
acabam atrofiando a nossa criatividade. Mas
assim como um músculo atrofiado pode voltar
a trabalhar normalmente após um bom
tratamento, precisamos voltar a trabalhar a
nossa criatividade.
E como posso fazer isso, professor?
Compre livros sobre o assunto, veja vídeos (no
Ted Talks têm vários excelentes), entre em
contato com novos conhecimentos além da
Segurança do Trabalho, este aumento de
repertório facilitará as soluções de forma
diferente de quem pensa igual a todo mundo.
E principalmente, trabalhe duro na ideia, a
criatividade não surge do nada.
Sabe aquelas histórias de que o inventor
estava olhando para o sol se pondo e de
repente “Eureca”, o problema saiu pronto e
resolvido? Pois bem, a maioria é uma grande
mentira que é divulgada para romantizar a
criatividade. Pode ter certeza que antes deste
pôr do sol, o nosso amigo inventor já havia
estudado muito sobre o assunto e naquele
momento depois de um período de encubação
das ideias surgiu finalmente a solução.
Então, acho que está na hora de você começar
a se movimentar e tentar novos insights, novas
ideias, pois no presente e muito mais, no
futuro, o nosso diferencial será a inovação.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho