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Pedido de Desistência da Ação - Modelo CPC /2015

http://www.saladedireito.com.br/2016/06/pedido-de-desistencia-da-acao-
modelo.html

A desistência da ação é um instituto puramente processual e que, até o momento da


prolação da sentença (§5º, Art. 485, NCPC), permite a extinção sem resolução do mérito.

Antes da citação é incondicional (Art. 485, VIII, NCPC) mas, após oferecida a
contestação só poderá ser deferido com anuência do réu (§4º, Art. 485, NCPC), ou a
critério do juiz, se ausente justificativa.

Enquanto o réu não for citado para apresentar resposta, poderá requerer unilateralmente,
sem a sua concordância:

NCPC
Art. 485 - O juiz não resolverá o mérito quando:
VIII - homologar a desistência da ação;

OBS.: Os Juizados contam com um diferencial, onde o autor pode desistir da ação a
qualquer tempo, sem a anuência do Réu. Veja o Enunciado 90 do Fonaje:

"A desistência do autor, mesmo sem a anuência do réu já citado, implicará na extinção do
processo sem julgamento do mérito, ainda que tal ato se dê em audiência de instrução
e julgamento".
Segue modelo disponibilizado abaixo.

MERITÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA __ª VARA ________ DA COMARCA


DE _______________ (Art. 319, I, NCPC)

Processo nº:

NOME DA PARTE, já devidamente qualificada nos autos em epígrafe da NOME DA


AÇÃO que move em face de NOME PARTE CONTRÁRIA, vem, a presença de V. Exa.,
através de seu Advogado infra, declarar que:

Desiste de prosseguir com a ação acima especificada, requerendo assim, a AUTORA a


V. Exa., na forma do Art. 485, Inciso VIII, do Novo Código de Processo Civil, que se
declare EXTINTO o processo sem resolução do mérito.

Assevera ainda a AUTORA que o RÉU não necessita ser intimado para concordância da
desistência, (tendo em vista que ainda não foi citado).

Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Local e Data.

Advogado / OAB/XX 00000

Desistência unilateral da ação, faculdade exclusiva do autor

A desistência da ação, segundo Humberto Theodoro Jr., é o ato que o autor abre mão do
processo, digo processo e não direito material que eventualmente possua em desfavor
do réu (como p. ex: o direito material de receber o crédito oriundo de um contrato).
Toda a desistência provocando a coisa julgada apenas no campo formal, possibilitando a
propositura de nova ação no futuro.

É certo, então, que o autor apenas abandona o instrumento “processo”, mas guarda para
si o direito material que detém contra a parte adversa, vindo, futuramente, processar a
parte beneficiada com a desistência.

a lição de Vicente Greco Filho:

A manifestação do autor quanto à DESISTÊNCIA tem tratamento diferente conforme o


momento processual em que ocorre. Até o prazo para resposta é ato UNILATERAL do autor e
produzirá efeito extintivo do processo, independentemente de manifestação do réu; depois de
decorrido o prazo de resposta só se consuma a DESISTÊNCIA se o réu consentir (art. 267, § 4º).
("in" FILHO, VICENTE GRECO; "Direito Processual Civil Brasileiro" - vol. 2, 11ª ed., São Paulo:
Saraiva, 1996, p. 75)

Antes de oferecida contestação, ainda que o magistrado venha ouvir o requerido a despeito da
desistência, tal ato deve ser considerado inócuo e ambíguo, visto que na forma estabelecida
no art. 267, parágrafo 4º, CPC, a necessidade de consentimento do demandado ocorre tão-
somente depois de decorrido o prazo para RESPOSTA. Tal regra vale também para o réu revel
que se mantém inerte:

Sendo revel, não há necessidade de colher-se sua anuência para que o autor possa desistir da
ação. (Nelson Nery Jr., CPC comentado, São Paulo: RT, 2003, p. 630)

Por outro lado, a desistência bilateral, sem maiores dificuldades, acontece após a
apresentação de resposta do réu, e, para que ocorra sua homologação, mister a anuência do
réu. Com a formação da relação processual (autor - juiz - réu), não poderia ser diferente, a
exigência de consentimento das partes é medida a ser obedecida.

É bom advertir, que após a prolação da sentença, não poderá o autor desistir da ação, AINDA
QUE COM O CONSENTIMENTO TOTAL E INEQUÍVOCO DO RÉU. Havendo sentença, poderá o
autor renunciar ao seu direito material, gerando como conseqüência a improcedência da
demanda por ele proposta. É com inteligência que Humberto Theodoro Jr. escreve:
O limite temporal do direito de desistir da ação é a sentença, de sorte que não é cabível
desistência da causa em grau de apelação ou outro recurso posterior, como os embargos
infringentes e o recurso extraordinário
[...]
Depois da sentença de mérito, o que poderá haver é a renuncia ao direito material sobre que
se funda a ação (art. 269, V), que não depende de anuência do réu, mas que, uma vez
homologada provoca solução de mérito contrário ao pedido do autor, equivalente a sua
improcedência, com eficácia de coisa julgada material.
(Humberto Theodoro Jr., Curso de Direito Processual Civil, Rio de Janeiro: Forense, 2006, p.
347).

Diante de todo o exposto, é considerável que a desistência unilateral sucede independente de


consentimento do réu, sendo, portanto, uma faculdade atribuída ao autor, e que beneficia,
quase sempre a parte demandada. Seja a desistência unilateral ou bilateral, só produzirá
efeitos após a homologação por sentença (art. 158, parágrafo único), fazendo coisa julgada no
aspecto formal.

Artigo escrito pelo Advogado Chester A Martins Filho, pós-gradudo e especialista em Processo
Civil, pela Fundação Armando Alves Penteado.

http://www.martinsfilho.adv.br/?id=artigos&artigo=2

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