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Ecos da Radiologia
Newsletter da CNIR
Newsletter da CNIR 1
Ecos da Radiologia, Volume 1, Número 2
De forma a melhor receber os novos internos de Radiologia, a CNIR preparou um documento em que reúne
as informações mais importantes para aqueles que iniciam agora o seu percurso nesta especialidade.
Procuramos explanar, de forma simplificada, o programa de internato, assim como focar formas e critérios
de avaliação, bibliografia recomendada para os diferentes estágios, sociedades de relevo e congressos de
interesse.
Esperamos contribuir, agora e ao longo do resto do internato, para a formação dos internos dos diferentes
anos, procurando sempre alcançar a máxima qualidade na formação em Radiologia.
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Ecos da Radiologia, Volume 1, Número 2
Conversas - Entrevista ao
Dr. Tiago Bilhim
1- Como é ser Radiologista de de Intervenção era igual a três
Intervenção em Portugal? ou cinco nomes espalhados por
Portugal e conhecidos apenas por
O panorama da Radiologia de alguns colegas. Hoje em dia, as
Intervenção (RI) em Portugal, à necessidades hospitalares superaram
semelhança do resto do Mundo, a ignorância, e as potencialidades
está em constante mudança. Até há da Radiologia de Intervenção já não
20 anos atrás existiam apenas 4 a passam despercebidas para as outras
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journal homepage: www.europeanurology.com
Baris Turkbey a,y,[1_TD$IF] *, Andrew B. Rosenkrantz b,y,*, Masoom A. Haider c, Anwar R. Padhani d,
Geert Villeirs e, Katarzyna J. Macura f, Clare M. Tempany g, Peter L. Choyke a,
Francois Cornud h, Daniel J. Margolis i, Harriet C. Thoeny j, Sadhna Verma k,
Jelle Barentsz l,z, Jeffrey C. Weinreb m,z
a b
Molecular Imaging Program, National Cancer Institute, NIH, Bethesda, MD, USA; Department of Radiology, NYU Langone Medical Center, New York, NY,
classificação, contudo, também próstata envolve a zona periférica (PZ) T2 é o fator dominante que determina
mencionaram algumas limitações e e a zona de transição (TZ). Contudo, a categoria de avaliação PI-RADS na
Drs. Turkbey and Rosenkrantz contributed equally to this manuscript.
y
pelo PI-RADS desenvolveu uma versão envolver o AFMS, pelo que o PI-RADS sequências
New York, NY 10016, USA. Tel. +1 212 263 0232 (A.B. Rosenkrantz).
ou que diferem
E-mail address: turkbeyi@mail.nih.gov (B. Turkbey), Andrew.Rosenkrantz@nyulangone.org do tecido
actualizada desta classificação, a versão v2.1 refere algumas considerações
(A.B. Rosenkrantz).
envolvente devem ser pontuadas.
2.1 (PI-RADS v2.1). sobre estas lesões. Lesões com características semelhantes
Na
https://doi.org/10.1016/j.eururo.2019.02.033 CZ, captações focais precoces
0302-2838/Published by Elsevier B.V. on behalf of European Association of Urology.
às do tecido envolvente não devem ser
1. Especificações técnicas na e/ou assimetrias nas sequências classificadas.
aquisição de imagens ponderadas ponderadas em T2, no mapa ADC ou Ao contrário do verificado no PI-RADS
em T2, no estudo de difusão e em difusão (com valores b altos) são v2 e, tendo em conta que é improvável
relativamente ao uso de contraste. considerados achados suspeitos. No a associação entre o carcinoma da
O PI-RADS v2.1 recomenda que entanto, assimetrias dimensionais por si próstata e os nódulos típicos de
a aquisição de imagens seja só podem ser apenas uma variante do HBP (redondos e completamente
preferencialmente realizada no plano normal, especialmente na presença de encapsulados), na versão PI-RADS
axial (axial ao reto ou axial oblíquo em hiperplasia benigna da próstata (HBP). v2.1, a presença isolada destes
relação ao eixo longo da próstata) e Alguns dos achados úteis na deteção nódulos é considerada um achado
complementada com, no mínimo, um de lesões com extensão ao AFMS são: benigno e deve ser pontuada com
plano ortogonal adicional (sagital e/ lesões com hipersinal nas sequências 1 nas sequências ponderadas em
ou coronal), de forma a evitar dúvidas ponderadas em T2 e na difusão com T2. Por outro lado, os nódulos quase
causadas por volume parcial. altos valores b; hiposinal no mapa ADC; completamente encapsulados ou
Relativamente ao estudo de difusão, é assimetrias ou massas focais; captações circunscritos e homogéneos não-
aconselhado para o cálculo do mapa precoces de contraste. Perante uma capsulados (nódulos atípicos) devem
ADC o uso de um valor b baixo entre lesão que não apresenta sede no AFMS, ser pontuados com 2, na avaliação das
0–100 s/mm2 e um valor b intermédio devem ser aplicados os critérios para as sequências T2.
entre 800–1000 s/mm2. Um valor b alto zonas adjacentes, dependendo da sua
(≥1.400 s/mm2) também é obrigatório. origem mais provável. No PI-RADS v2.1, o método de
A nova versão permite também o pontuação, que tem por base as
uso de uma resolução temporal ≤15 3. O que classificar e como classificar sequências ponderadas em T2 para
s, podendo ser utilizada uma mais as lesões na TZ. as lesões na TZ, sofreu as seguintes
rápida caso a resolução espacial e a A HBP caracteriza-se por um número modificações:
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b altos, mas não em apenas uma da zona periférica da próstata, o
das sequências referidas, levando à sector posteromedial direito e o sector
incerteza e à interpretação variável posteromedial esquerdo, perfazendo
destas categorias. actualmente um total de 41 sectores.
Posto isto, no PI-RADS v2.1, o método Além disso, foram feitas outras
de pontuação que tem por base o pequenas atualizações para melhor
estudo de difusão em todas as zonas, corresponder à anatomia relacionada
sofreu as seguintes modificações: com a idade e aos planos de aquisição
Embora a pontuação nas sequências T2 de imagem.
seja o fator dominante para a avaliação
PI-RADS na TZ, a restrição à difusão 8. O papel do contraste
também constitui uma característica de paramagnético na RM da próstata.
malignidade. No PI-RADS v2.1, apesar de ser
Lembrando o facto de que reconhecido o papel limitado do
ocasionalmente os nódulos atípicos contraste paramagnético na RM
podem abrigar tecido neoplásico e de da próstata, considera-se que mais
que o estudo de difusão pode ser útil estudos são importantes antes que
na sua identificação, o PI-RADS v2.1 a sua utilização seja considerada
incorporou as alterações detetáveis no desnecessária.
estudo de difusão na sua classificação. O termo “marcado” é igualmente As recomendações relativas às
Assim, nódulos atípicos (pontuação esclarecido e definido como uma indicações da RMmp são enumeradas:
2 nas sequências T2) sobem alteração de sinal mais pronunciada • Doentes com prioridade clínica na
para a categoria 3 do PI-RADS se do que qualquer outro foco na mesma deteção de neoplasia significativa
apresentarem uma pontuação ≥4 no zona. (biópsias negativas prévias e valores
estudo de difusão, isto é, demonstrarem inexplicados de PSA ou em vigilância
marcada restrição à difusão. 5. Definição de captação negativa na ativa);
Achados com uma pontuação em T2 RM com contraste paramagnético. • RM biparamétrica prévia sem
≤2 não devem ser classificados com um Na actualização 2.1 do PI-RADS, os resultados significativos, mas com
PI-RADS superior com base na presença critérios para uma pontuação negativa suspeita persistente;
de restrição ligeira/moderada à difusão nas sequências com contraste foram • Intervenções cirúrgicas e/ou terapias
(pontuação 3 no estudo de difusão). modificados. As alterações realizadas medicamentosas prévias que alteram a
incluem: ausência de captação precoce morfologia da próstata;
ou contemporânea; captação difusa • Doentes sem biópsia prévia e com
multifocal que não corresponde a forte histórico familiar, predisposição
um achado focal nas sequências genética e com scores de risco elevados
ponderadas em T2 e/ou difusão. para carcinoma da próstata;
Os critérios para uma pontuação • Implantes ou outras condições que
positiva permaneceram inalterados. podem condicionar artefactos que
resultem na degradação do estudo de
6. Clarificações relativas à medição difusão.
do volume da próstata.
4. Revisão dos critérios para a De forma a garantir o uso de uma Conclusão
classificação 2 e 3 com base no abordagem uniforme para o cálculo Desde a sua publicação, o PI-RADS
estudo de difusão. do volume da próstata com a fórmula v2 alcançou objetivos importantes,
O PI-RADS v2 apresentava definições elipsoide (Anteroposterior (AP) x nomeadamente na padronização
problemáticas para as categorias 2 e 3 Transversal (T) x Longitudinal (L) x da aquisição de imagens e na
com base no estudo de difusão. 0,52), o PI-RADS v2.1 recomenda que interpretação da RMmp. Várias
Na categoria 2, são incluídas lesões os diâmetros AP e L da próstata sejam limitações foram detetadas, pelo que se
hipointensas indistintas no mapa medidos no plano sagital e que o procedeu à sua atualização.
ADC. No entanto, essas lesões com diâmetro T seja calculado no plano Prevê-se que a adoção das
frequência têm hipersinal indistinto no axial. modificações da nova classificação
estudo de difusão com valores b altos permita uma maior simplificação
e, além disso, o significado do termo 7. Revisões relacionadas com o mapa na interpretação dos achados na
“indistinto” não é claro. sectorial. RM e contribua para uma menor
Os critérios envolvidos nas categorias O mapa sectorial da próstata tem sido variabilidade entre os leitores.
3 e 4 do PI-RADS v2 também sugerem utilizado com frequência desde o seu
que uma lesão pode ser positiva no lançamento. A versão 2.1 do PI-RADS Sofia Amante
mapa ADC e na difusão com valores introduz dois novos setores na base
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FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Rad. Geral Cabeça e Pescoço Torácica Cardiovascular GI e Abdominal Genito-Urinária Mama Musculo-esquelética Intervenção Pediátrica
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Segurança em RM
15 Fev (Lisboa)
28 Mar (Aveiro)
29 Mar (Coimbra)
Rad. Geral Cabeça e Pescoço Torácica Cardiovascular GI e Abdominal Genito-Urinária Mama Musculo-esquelética Intervenção Pediátrica
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