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Eles trazem a vida real para a sala de aula, envolvem mais as crianças nas atividades e, com
alguns conteúdos, são a melhor forma de trabalhar. Porém, ainda geram muitas dúvidas
estão sendo desenvolvidos. Num cenário ainda pior - e também comum -, não são trabalhados de
forma correta os conteúdos de nenhuma das áreas.
Um bom projeto é aquele que indica intenções claras de ensino e permite novas aprendizagens
relacionadas a todas as disciplinas envolvidas. "Não é raro a turma apenas utilizar conhecimentos
que já possui", explica Maria Alice Junqueira, professora de Pedagogia do Instituto de Educação
Superior Vera Cruz, em São Paulo, e assessora de redes públicas e escolas particulares. Veja o
exemplo de um projeto de Ciências que tem como objetivo ensinar procedimentos de pesquisa. Se os
alunos tiverem de produzir um relatório e já forem experientes na escrita desse gênero, não é possível
dizer que ele envolve a disciplina de Língua Portuguesa - afinal, eles só estão colocando em jogo o
que sabem. Isso vai efetivamente ocorrer se a tarefa for produzir um artigo científico e esse tipo de
texto for novo para todos.
A ideia de que projetos didáticos precisam ser interdisciplinares pode estar relacionada a uma
confusão entre essa estratégia, os projetos institucionais e os temas geradores. Os projetos
institucionais são ações que envolvem toda a escola em torno de um mesmo objetivo - por exemplo,
produzir um jornal ou uma campanha. Nesse caso, cada professor precisa pensar em atividades
relacionadas a ele para desenvolver com sua turma. Não há necessariamente um produto final ou um
propósito social para o trabalho. Já quando é definido um tema gerador, como meio ambiente, cabe
ao professor escolher quais serão os conteúdos a enfocar e os objetivos a alcançar. O problema, nesse
caso, é organizar as atividades em cima de um tema considerado envolvente pelos alunos, em vez de
fazer um planejamento baseado nas reais necessidades de aprendizagem deles.
e fora da escola. Já que se quer preservar as práticas sociais, vale prever isso. O principal cuidado é
não reservar muito tempo para esses momentos secundários. Eles devem ser pontuais e focados.
BIBLIOGRAFIA
Ensinar: Tarefa para Profissionais, Beatriz Cardoso (org.), 406 págs., Ed. Record, tel. (21)
2585-2000, 47,90 reais
Ler e Escrever na Escola: O Real, o Possível e o Necessário, Delia Lerner, 128 págs., Ed.
Artmed, tel. 0800-703-3444, 36 reais
Livros de Alfabetização e de Português:Os Professores e suas Escolhas, Antônio Augusto
Gomes Batista e Maria da Graça Ferreira da Costa Val (orgs.), 240 págs., Ed. Autêntica, tel. 0800-
2831-322, 41 reais
O Ensino da Linguagem Escrita, Myriam Nemirovsky, 160 págs., Ed. Artmed, 26 reais
O Poder dos Projetos - Novas Estratégias e Soluções para a Educação Infantil, Judy Helm
e outros, 175 págs., Ed. Artmed, 39,90 reais
Piaget-Vygotsky - Novas Contribuições parao Debate, Delia Lerner e outros, 176 págs.,Ed.
Ática, tel. 0800-11-5152, 44,90 reais
Propostas Didáticas para Aprender a Escrever, Anna Camps (org.), 220 págs., Ed. Artmed,
41,60 reais
Trabalho com Projetos de Pesquisa: Do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, Jorge
Santos Martins, 144 págs., Ed. Papirus, tel. (19) 3272-4500, 34,90 reais
Publicado em NOVA ESCOLA Edição 241, Abril 2011. Título original: Tudo o que você
sempre quis saber sobre projetos;
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/14-perguntas-respostas-
projetos-didaticos-626646.shtml?page=13
escolamachadovilhena@hotmail.com – emachassis@hotmail.com – 69 3322-9022