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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

CURSO DE DIREITO

PAULO SANTOS DE JESUS

FICHAMENTO – PARTICIPAÇÃO E DELIBERAÇÃO NA TEORIA


DEMOCRÁTICA: UMA INTRODUÇÃO

CAMAÇARI-BA
2017
PAULO SANTOS DE JESUS

FICHAMENTO - PARTICIPAÇÃO E DELIBERAÇÃO NA TEORIA DEMOCRÁTICA:


UMA INTRODUÇÃO

Fichamento apresentado ao curso de bacharelado


em Direito da Universidade do Estado da Bahia,
da disciplina Teoria Geral do Estado, como
requisito para obtenção de nota.

Orientador: Prof: Lucas Rego

CAMAÇARI-BA
2017
NOBRE, Marcos; COELHO, Vera Schattan P. Participação e deliberação:
teoria democrática e experiências institucionais no Brasil contemporâneo. São
Paulo: Editora 34. 2004. Introdução

O fragmento de obra em questão trata da conceituação e compreensão


do fenômeno democrático. Bem como ilustra os elementos que estão em sua
órbita, como a crise do socialismo, discussões sobre o Welfare State,
liberalização dos mercados, globalização e fluxo de capitais em escala mundial.
Os autores ressaltam a relevância natureza dos regimes democráticos vigentes
e a participação popular neste contexto e a chamada lógica institucional
deliberada neste tipo de sistema de governo. Desta feita “A questão central na
disputa em torno do sentido da Democracia encontra-se Justamente na
definição da natureza e da posição que podem ou devem ocupar a participação
e a deliberação de cidadãos e cidadãs no estado democrático de direito (p. 22).
O fascismo e o nazismo trouxeram para o século XX formas autoritárias
de governar, as quais não se moldavam à modelos democráticos de regime. O
novo enfoque democrático tem, na democracia de massas, sua forma mais
elevada. Mostrando-se como ponto de ambivalência entre o liberalismo e o
marxismo, de sorte, tanto Marx quanto Stuart Mill afirmavam que "capitalismo e
"democracia de massas eram incompatíveis" (p. 23). Nas considerações de
Weber, o sufrágio universal, tendia a produzir uma estabilização e uma
institucionalização da luta política adequada para sociedades modernas. (p.
23).
A política partidária e o sufrágio universal trabalharam em conjunto para
instituir ações de domínio sobre as massas, constituindo-se como ferramentas
de opressão, principalmente ao que diz respeito à compreensão dos direitos da
pessoas e o que vem a ser democracia na prática, “... o tema em pauta, alterou
radicalmente a própria compreensão da democracia, que passa a ser
entendida a partir de então como democracia partidária competitiva” (p. 24).
Neste sentido, ancorado nas ideias de Weber, Rosa Luxmburgo, Michael
e Claus Offe, a nova configuração da organização políica se dá através da
pervesão do interesse de classe, oportunismo do líder carismático e utilização
de falácia demagógica para suprir interesses de grupos visando vantagem.
A competição política partidária ganha novos contornos, onde o cargo
governamental não se configura como mais interesse do povo, mas como
“instrumento da forma em si mesma”, diante do imperativo da competição
política, (p. 24). Utilizando, para tanto da desradicalização da ideologia do
partido, burocratização e centralização administrativa e erosão da identidade
coletiva.
Na construção da democracia moderna, à guisa da institucionalização de
direitos e garantias individuais, cria-se espaço para a proposição da cidadania
como elemento imprescindível no convívio social, apoiado nos ditames legais e
necessários para a construção da coletividade. A luta de classes e clamor das
massas foram plataforma para instauração de conquistas por equidade e
estruturação de vários direitos da pessoa. Desta maneira “o vínculo histórico
entre democracia, direitos e lutas sociais na conquista sucessiva de direitos
civis, direitos políticos e direitos sociais” (p. 25).
Na premissa da efetiva participação do cidadão comum sobre as
deliberações do soberano, amparado em instâncias legais, surge a distinção
entre Estado e governo. Os direitos políticos adquiridos servem como premissa
para proteger o cidadão comum dos abusos do soberano. “... defesa do
cidadão contra possíveis interferências do poder do soberano em sua
autonomia privada só poderia ser garantida pela instituição de direitos políticos
de participação no poder do soberano.” (p. 25). A instrumentalização das lutas
de classes permitiu a configuração de leis que reduzissem as desigualdades
materiais entre as elites e os mais pobres.
O autores indicam que a democracia, para ser efetivada, necessita das
questões sobre os direitos dos cidadãos, além da cultura política que lhe
envolve e “lhe dá sustentação”, (p. 26). Não apenas a distância social que
separa os mais ricos e pobres são elementos de tensão que obstaculiza o
acesso à democracia das classes menos favorecidas, mas outros elementos de
discriminação, como preconceitos diversos e intimidação, dando margem à
participação de apenas indivíduos das elites nos cargos de governança,
relegando posições subordinada às pessoas pobres.
Na esteira dos acontecimentos históricos após a Segunda Grande
Guerra mundial, à guisa de clamores por mais justiça social, associadas a um
quadro caótico de demandas ocasionadas pelo conflitos e suas funestas
conseqüências, surge um modelo do Welfare State, criado na gênese do
diálogo entre diversas seções da sociedade organizada “O Wewlfare State
resultou de uma ampla negociação entre movimentos sociais, sindicadots,
entidades patronais, partidos políticos e burocracia estatal (p. 26-27).
O preço da cidadania moderna e busca por igualdade adquirida é a
permissão da intromissão do Estado nas cercanias da autonomia privada das
massas, com resultante da “jurisdição as relações sociais” (p. 27). O estado
dito paternalista, num primeiro momento concede benesses ao indivíduos,
apesar de retirar tais benefícios ao longo do tempo visando controlá-lo.
Se por um lado a democracia se consagra como regime dominante em
escala planetária, na mesma medida é legitimado como instrumento de
dominação das massas, ensejado cada vez menor influência positiva sobre a
integração social. O Welfare State declinou a partir da crise fiscal norte
americana e a crise de legitimidade do arranjo político e social.
A nova configuração da cidadania perparssa pela promoção da dos
direitos culturais, onde o cidadão não se molda como um clienet, mas um
elemento questionador, participativo nas decisões e exigência a novas formas
de promoção.
No seio das discussões sobre democracia, alguns estudiosos teceram
várias teorias, das quais são detacadas o modelo competitivo elitista, que tem
origem em Weber e defendido por Schumpeter. A democracia “é a luta entre
líderes políticos rivais, pertencentes a partidos e disputando o direito de
governar. No modelo pluralista (defendido por Roberto Dahl), também camado
de nova direita, há uma crítica ao modelo schumpeteriano, que admite haver
uma necessidade de encontrar a lógica da distribuição do poder, onde este se
concretiza a partir de arranjos competitivos e não hierárquicos.
O terceiro modelo conhecido como legal (nova direita) tem seu cerne em
elementos libertarianos e facetas do liberalismo, com tendências normativas.
Tem em suas premissas radica defesa das liberdades negativas como valor
supremo (p. 32). O quarto modelo, chamado de participativo (nova esquerda),
tem no sua formação ideias de Marx, que consagra a existência de
desigualdades do capitalismo, de sorte a ampliar a participação do cidadão
comum nos processos de decisão sobre assuntos da coletividade.
Por derradeiro, o quinto modelo, representado pelos democratas
deliberativos, que fazem distinção entre o processo de discussão e o de
decisão. “A concepção de democracia deliberativa está organizada em torno de
um ideal de justificação política” (p. 33).
Fundamentando-se em bases normativas, a democracia se apresenta de
forma republicana e liberal. A forma republicana consagra a “autonomia pública
dos cidadãos em detrimento das liberdades não políticas” (p. 35). Ao passo que
o liberalismo, na medida em que provoca excessos e abusos do estado
“postulou a precedência dos direitos humanos com relação à vontade do povo”
(p. 35). Diferenciando os dois modelos, na forma liberal, a democracia é um
mecanismo de agregação de interesse e de imposição de fins coletivos à sua
execução (p. 36). Na república, os processos são mediados através da vontade
popular e sua compreensão da realidade que o cerca.

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