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Nas lei gerais, como pressuposto da noção tradicional de lei indica-se um

realismo transcendente. As formulações de lei tem uma relação intima com o de verdade,
realidade e da estabilidade inerente ao que é. O mundo da lei e, por consequência, do estado,
foi considerado assim como o mundo da verdade e da realidade em sentido eminente, ou seja,
metafisico.

Como natural consequência , que se pudesse falar de leis e exigir a sua


observância quando fossem de origem puramente humana – individual ou coletiva – era para
o homem tradicional uma coisa completamente desconhecida, e até mesmo absurda. Todas as
leis , para poderem ter valor objetivamente como tais, tinham de ter um caráter divino: Mas
ao reconhecer-se numa lei esse caráter , relacionada portanto a sua origem com uma tradição
não-humana. A sua autoridade era absoluta, a lei valia como algo de infalível, inflexível e
imutável, não admitindo discursões ; e qualquer infracção da lei apresentava não tanto o
caracter de um delito contra a sociedade, mas de um acto que prejudicava o próprio destino
espiritual. A utilidade da lei no sentido moderno, isto é, como utilidade material coletiva,
nunca foi um verdadeiro critério: não por este aspecto não ter sido pensando, mas por ser
considerado consequência em qualquer lei , desde que está o fosse realmente. A noção de útil
que para o homem moderno tem um valor materialista de ultima instancia, tradicionalmente
era a de um meio de se justificar em função de um fim mais elevado. Mas para ser útil nesse
sentido, repetimo-lo, requeria-se que a lei se apresentasse de forma diferente de uma mera e
mutável criação da vontade dos homens. Estabelecida de cima , a sua utilidade e a sua eficácia
eram certas.

Por outro lado as leis e instituições , como vinham de cima, assim, dentro dos
quadros de todos os tipos realmente tradicionais de civilização, dirigiam-se para o alto. Um
ordenamento político, econômico e social criado integralmente apenas para a vida TEMPORAL,
é coisa própria e exclusivamente do mundo moderno, ou seja, do mundo da antitradição.

O Estado, tradicionalmente, tinha pelo contrário um significado e uma finalidade de


certo modo transcendentes. O mesmo que a igreja católica reivindicou para si no ocidente:
isto era uma aparição do supramundo e uma via para o supramundo. A própria palavra
estado=estar, deriva tanto da forma de viver dos nômades quando esses tomaram uma
residência fixa, também pode fazer referência ao significado superior, próprio precisamente de
uma ordem dirigida para a participação hierárquica na estabilidade espiritual. A uma ordem
,portanto , que constitua quase um reflexo eficaz do mundo do ser no do devir. (Solido é todo
este mundo ds vivos e solido e também este rei dos homens )

O fundamento da visão tradicional é que o estado e a espiritualidade existem em


conjunto. A ideia de que o estado vai buscar sua origem ao demos (povo) e nele tem o
princípio da sua legitimidade e da sua consistência , é uma perversão ideológica e típica do
moderno.

O fundamento primeiro das hierarquias das castas tradicionais não foi politico e
econômico, mas sim precisamente espiritual, de modo a apresentar no conjunto, um
verdadeiro sistema de participação e de graus progressivos de uma conquista e de uma vitória
do cosmos sobre o caos.

É esse por tanto o significado do estado e da lei no mundo da tradição: Um significado por
tanto de formação sobrenatural.
Desta premissas resulta uma relação potencial entre o principio de todos os estados e da
universalidade: Onde se exercer uma ação destinada a constituir a vida para além dos limites
da natureza e da existência empírica e contingente,

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