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04/05/2011

 A data de 28 de Dezembro de 1895, é


especial no que refere ao cinema, e sua
história.

 Neste dia, no Salão Grand Café, em Paris, os


Irmãos Lumière fizeram uma apresentação
pública dos produtos de seu invento ao qual
chamaram Cinematógrafo.
Prof. Mario Mancuso
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 O evento causou comoção nos 30 e poucos  Contudo, a questão de saber quem inventou
presentes, a notícia se alastrou e, em pouco o cinema é problemática.
tempo, este fazer artístico conquistaria o
mundo e faria nascer uma indústria  O cinema nasceu de várias inovações que vão
multibilionária. desde o domínio fotográfico até a síntese do
movimento utilizando a persistência da visão
 O filme exibido foi L'Arrivée d'un Train à La com a invenção de jogos ópticos.
Ciotat.

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 Desde a pré-história o homem busca registrar  Aliada a necessidade de se


registrar o cotidiano, o
seu cotidiano, em cores, texturas e ... homem também quis fazer
MOVIMENTO!! este registro da forma mais
real possível.
 Selecionava instantes
dentro do movimento e os
retratava de forma
seqüencial, visando simular
o efeito de movimento real.

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 Lanterna Mágica -
Originárias na China por volta de 5.000 a.C. , foram 1640 – Obra do
disseminadas na Indonésia e depois da Europa do alemão Anthonasius
Kircher
século XVII.
Os teatros de sombras utilizam  Sistema rudimentar,
marionetes articulados, constituído de placas
projetando suas sombras em de cristal desenhadas
anteparos (telas) de linho, graças e por partes móveis,
às características físicas da luz, que manipuladas
como a trajetória em linha reta e mecanicamente,
a relação entre distância, conferiam movimento
tamanho e nitidez da sombra aos personagens.
(princípio da distância focal).
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 FANTASMAGORIA -  Durante todo os século XVIII e XIX,


Mistura de teatro de até a criação do cinematógrafo, as
sombras, lanterna projeções em lanterna mágica
mágica, projeções de chegavam às cidades e vilarejos por
imagens de fundo e em
contadores de histórias que reuniam
espelhos e truques.
Febre na Europa os moradores em torno das imagens
durante o século XVIII, fantásticas e das histórias que elas
é o tataravô do cinema ilustravam.
de terror.

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 1824 – Peter Mark Roget descobre o principio da


“Persistência Retiniana”, no qual “todo
movimento pode ser decomposto numa série de
imagens fixas.”
 A fotografia, desenvolvida simultaneamente por
Louis-Jacques Daguerre e Joseph Nicéphore
Niepce, e as pesquisas de captação e análise do
movimento representam um avanço decisivo na
direção do cinematógrafo.
 Nos anos posteriores surgem vários aparelhos
ópticos.

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 Thaumatrópio , inventado  1832 – Baseado nos postulados de Roget,


entre 1820 e 1825 por William Joseph Antoine Plateau cria o Fenacisticopio
Fitton.

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 Em 1876, Eadweard James Muybridge fez


uma experiência, primeiro colocou doze e
depois 24 câmaras fotográficas ao longo de
um hipódromo e tirou várias fotos da
passagem de um cavalo. Ele obteve assim a
decomposição do movimento em várias
fotografias e através de um zoopraxinoscópio
pode recompor o movimento.

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 Experiência de Eadweard James Muybridge, 1876.  Experiência de Eadweard James Muybridge, 1876.
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 Em 1882, Étienne-Jules Marey melhorou o  Em 1891, Thomas Edison


inventou o cinetógrafo e
aparelho de Muybridge. posteriormente o
cinetoscópio.
 O último era uma caixa movida
1ª. Câmera de filmagem
a eletricidade que continha a
CRONOFOTOGRAFIA película inventada por Dickson
Jules Marey em 1882 mas com funções limitadas. O
cinetoscópio não projetava o
filme.

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 Baseado na invenção de  Em 1895, o pai dos irmãos Lumière, Antoine,


Edison, Auguste e organizou uma exibição pública paga de
Louis Lumière filmes no dia 28 de dezembro no Salão do
inventaram o Grand Café de Paris.
cinematógrafo, um
aparelho portátil que
consistia num aparelho
três em um (máquina de
filmar, de revelar e
projetar).
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 “O cinema é uma invenção sem futuro“ - Louis Lumière


 A exposição foi um sucesso. Esta data, da
 “Nossa invenção pode ser explorada por um certo tempo como uma primeira projeção pública paga, é
curiosidade científica, mas tirando isso, ela não tem nenhum valor comumente conhecida como o nascimento
comercial.“ - Auguste Lumière do cinema mesmo que os irmãos Lumière
não tenham reivindicado para si a invenção
de tal feito.

 Porém as histórias americanas atribuem um


maior peso ao americano Thomas Edison pela
invenção do cinema.
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 Os irmãos Lumière enviaram ao mundo, a fim  Do mesmo ano, ainda dos irmãos Lumiére o
de apresentar pequenos filmes, os primeiros filme "The Sprinkler Sprinkled", uma pequena
documentários como um início do cinema comédia.
amador.  Menos de 6 meses depois, Edison projetaria
seu primeiro filme, "Vitascope".
 "Sortie de l'usine Lumière à Lyon" (ou
"Empregados deixando a Fábrica Lumière") é
tido como o primeiro documentário da
história sendo dirigido e produzido por Louis
Lumière.
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 Nesta mesma época, um mágico ilusionista


chamado Georges Méliès (1861-1938), que
comandava um teatro nas vizinhanças do local
da primeira exibição mencionada, quis comprar
um cinematógrafo, para utilizá-lo em seus
números de mágica.
 No entanto, os Lumière não quiseram vender-
lhe, e o pai dos irmãos inventores chegou a dizer
a Meliès que o aparelho tinha finalidade
científica e que o mágico teria prejuízo, se
gastasse dinheiro com a máquina, para fazer
entretenimento.
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 Meliès conseguiu um aparelho semelhante,  Georges Méliès (1861-1938), diretor, ator, produtor,
fotógrafo e figurinista, é considerado o pai da arte do
depois, na Inglaterra, e foi o primeiro grande cinema.
produtor de filmes de ficção, com narrativas,  Pioneiro na utilização de figurinos, atores, cenários e
voltados para o entretenimento. maquiagens, opõe-se ao estilo documentarista.
 Realiza os primeiros filmes de ficção – Viagem À Lua
 Em suas experimentações, o mágico
(Voyage dans la lune, Le / Voyage to the Moon - 1902)
descobriu vários truques que resultaram nos e A Conquista do Pólo (Conquête du pôle, La /
primeiros efeitos especiais da história do Conquest of the Pole - 1912) – e desenvolve diversas
técnicas: fusão, exposição múltipla, uso de maquetes
cinema. Foi o responsável, portanto, pela e truques ópticos, precursores dos efeitos especiais.
inserção da fantasia na realização de filmes.
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 Pequenos documentários e ficções são os


primeiros gêneros do cinema. A linguagem
cinematográfica se desenvolve, criando
estruturas narrativas.

 Na França, na primeira década do século XX,


são filmadas peças de teatro, com grandes
nomes do palco, como Sarah Bernhardt.

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 David W. Griffith (1875-1948), nascido nos Estados  Em 1913 surgem, com Max Linder – que mais
Unidos, é considerado o criador da linguagem tarde inspiraria Chaplin –, o primeiro tipo cômico
cinematográfica.
 No cinema, é o primeiro a utilizar dramaticamente o e, com o Fantômas, de Louis Feuillade, o
close, a montagem paralela, o suspense e os primeiro seriado policial.
movimentos de câmera.
 Em 1915, com Nascimento de Uma Nação (The Birth
of a Nation), realiza o primeiro longa-metragem
americano, tido como a base da criação da indústria
cinematográfica de Hollywood.
 Com Intolerância (Intolerance), de 1916, faz uma
ousada experiência, com montagens e histórias
paralelas.
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 A produção de comédias se intensifica nos  Com o recesso do cinema europeu durante a 1ª


Estados Unidos e chega à Inglaterra e Rússia. Na Guerra Mundial, a produção de filmes
Itália, Giovanni Pastrone realiza superproduções concentra-se em Hollywood, na Califórnia, onde
épicas e históricas, como Cabíria, de 1914. surgem os primeiros grandes estúdios.
 Em 1912, Mack Sennett, o maior produtor de
comédias do cinema mudo, que descobriu
Charles Chaplin e Buster Keaton, instala a sua
Keystone Company.
 No mesmo ano, surge a Famous Players (futura
Paramount) e, em 1915, a Fox Films Corporation.

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 Para enfrentar os altos salários e custos de  O desenvolvimento dos grandes estúdios


produção, exibidores e distribuidores proporciona o surgimento do star system, o
reúnem-se em conglomerados autônomos, sistema de "fabricação" de estrelas que
como a United Artists, fundada em 1919. encantam as platéias.
 A década de 20 consolida a indústria  Mary Pickford, a "noivinha da América",
cinematográfica americana e os grandes Theda Bara, Tom Mix, Douglas Fairbanks e
gêneros – western, policial, musical e, Rodolfo Valentino são alguns dos nomes mais
principalmente, a comédia –, todos ligados expressivos.
diretamente ao estrelismo.
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 Na Alemanha surgiu o expressionismo alemão:


Sombras, loucura e grotesco. O movimento tenta
representar o clima pós-guerra e dura até a
ascensão de Hitler, que proibiu as “artes
degenaradas” e afugentou grandes artistas.
 Se destacam os filmes "Das Cabinet des Dr. Caligari"
("O gabinete do doutor Caligari"), de 1920, do
 Theda Bara (a diretor Robert Wiene, "Nosferatu", "Phantom"
esquerda) e Rodolfo ambos de 1922 e do diretor Friedrich Wilhelm
Valentino (acima). Murnau e Metrópolis de Fritz Lang de 1929.
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 Na França, os cineastas entre 1919 e 1929 começaram


um estilo chamado de Cinema Impressionista Francês
ou cinema de vanguarda (avant garde em francês).

 Se destacaram nesta época o excêntrico cineasta Abel


Gance, que filma com três câmeras postas lado a lado, e
depois realiza a projeção com três projetores, criando o
formato widescreen com seu filme épico "J’Accuse" e
Jean Epstein com seu filme "A queda da casa de Usher"
de 1929.

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 Na Espanha surgiu o cinema surrealista  Na Rússia, a falta de película leva estudantes de


cinema a descobrirem a montagem, usando
donde se destacou o diretor Luis Buñel. vários pedaços de filmes famosos e a
justaposição de imagens.
 "Un Perro andaluz" (ou "Um Cão Andaluz" em  Faz-se um cinema ideológico, influenciado pela
revolução russa, sem perder o impacto visual.
português) de 1928 foi o filme que mais  Destaque para o cineasta Serguei Eisenstein que
representou o cinema surrealista de Buñel. criou uma nova técnica de montagem, chamada
montagem intelectual ou dialéctica. Seu filme
de maior destaque foi "The Battleship Potemkin"
("O Encouraçado Potemkin“), de 1925.

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 Durante a segunda guerra, infelizmente,  Já haviam sido feitos experimentos com som,
cerca de 90% dos filmes mudos se perderam. mas com problemas de sincronização e
De fato, a maioria dos filmes mudos foi amplificação.
derretida a fim de recuperarem o nitrato de  As primeiras experiências de sonorização,
prata, um componente caro. feitas por Thomas Edison, em 1889, são
seguidas pelo grafonoscópio de Auguste
Baron (1896) e pelo cronógrafo de Henri Joly
(1900), sistemas ainda falhos de
sincronização imagem-som.
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 Em 1926, a Warner Brothers introduziu o


sistema de som Vitaphone (gravação de som
sobre um disco) e, em 1927, a lançou o filme "The
Jazz Singer", um musical que pela primeira vez
na história do cinema possuía alguns diálogos e
cantorias sincronizados aliados a partes
totalmente sem som.
 Em 1928 o filme "The Lights of NewYork“,
(também da Warner), se tornaria o primeiro
filme com som totalmente sincronizado. Sistema Vitaphone
1927 – The Jazz Singer Um projetor com uma
Primeiro filme falado vitrola acoplada
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 1928 – Walt Disney realiza o primeiro filme de animação Tempos Modernos - 1936
sonoro com o rato Mickey como protagonista: Steamboat
Willie (O Barco a Vapor Willie)
 O som gravado no disco do sistema Vitaphone foi logo
sendo substituído por outro sistema como o Movietone da
Fox, DeForest Phonofilm e Photophone da RCA com
sistema de som no próprio filme. Steamboat Willie - 1928

 O Beijo, lançado em 1929 e protagonizado pela atriz sueca


Greta Garbo, foi o último filme mudo da MGM e o último
da história de Hollywood, com exceção de duas jóias raras
de Chaplin: Luzes da Cidade e Tempos Modernos.

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 As experiências com filme colorido haviam começado  Como registro de imagens e som em
já em 1906, mas só como curiosidade. Os sistemas
experimentados, como o Technicolor de duas cores, comunicação, o Cinema também é uma
foram decepcionantes e fracassaram na tentativa de mídia.
entusiasmar o público. Mas por volta de 1933, o
Technicolor foi aperfeiçoado com um sistema de três
cores comercializável, empregado pela primeira vez  A indústria cinematográfica se transformou
no filme Vaidade e beleza (1935), de Rouben em um negócio importante em países como a
Mamoulian. Índia e os Estados Unidos.
 Na década de 1950, o uso da cor generalizou-se tanto
que o preto e branco ficou praticamente relegado a
"pequenos" filmes.
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 A Alemanha nazista compreendeu bem a  Na Itália, pós segunda-guerra, surgiu o Neo-


importância comunicacional do cinema como
instrumento de propaganda do regime, realismo como reação ao cinema fascista do
regime de Mussolini, que propunha a máxima
com "O Triunfo da
naturalidade, com atores não profissionais,
Vontade" (Triumph des
Willens / Dokument vom
iluminação natural e com uma forte crítica
Reichsparteitag - 1934), social.
de Leni Riefenstahl, e "O
Judeu Suss" (Jud Süß /
Jew Süss - 1940), de Veidt
Harlan.
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 Nos anos 1960, surgem nos EUA, Stanley Kubrick (O


Dr. Fantástico), John Frankenheimer (Sob o domínio
do mal) e Sidney Pollack (A noite dos desesperados),
voltados para a crítica social e os problemas humanos.
 Na década de 1970, Francis Ford Coppola (O poderoso
chefão, Apocalypse now), Martin Scorsese (Taxi
driver) e Robert Altman (Mash) dissecam aspectos
traumáticos da sociedade americana.
 Emigrados do Leste europeu, o tcheco Milos Forman
(Um estranho no ninho) e o polonês Roman Polanski
(Chinatown) aclimatam-se aos EUA.

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 No final da década, a era das  ORIGEM - Em 8/7/1896, apenas sete meses


superproduções renasce, com depois da histórica exibição dos filmes dos
Steven Spielberg (Encurralado) irmãos Lumière em Paris, realiza-se, no Rio de
e George Lucas (Guerra nas
Janeiro, a primeira sessão de cinema no país.
estrelas). As bilheterias
 Um ano depois, Paschoal Segreto e José Roberto
registram fenômenos de
público, como Rocky, o lutador, Cunha Salles inauguram, na rua do Ouvidor, uma
que lança o ator e diretor sala permanente. Em 1898, Afonso Segreto roda
Sylvester Stallone. o primeiro filme brasileiro: algumas cenas da
 Surge o cinema Blockbuster. baía de Guanabara.

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 Durante dez anos o cinema brasileiro praticamente  Forma-se, entre 1908 e 1911, um centro carioca
inexiste devido à precariedade no fornecimento de de produção de curtas que, além da ficção
energia elétrica.
 A partir de 1907, com a inauguração da usina de Ribeirão
policial, desenvolve vários gêneros: melodramas
das Lages, mais de uma dezena de salas de exibição são tradicionais (A cabana do Pai Tomás), dramas
abertas no Rio de Janeiro e em São Paulo. históricos (A república portuguesa), patrióticos
 A comercialização de filmes estrangeiros é seguida por (A vida do barão do Rio Branco), religiosos (Os
uma promissora produção nacional. Documentários em milagres de Nossa Senhora da Penha),
curta-metragem abrem caminho para filmes de ficção
cada vez mais longos. carnavalescos (Pela vitória dos clubes) e
 Os estranguladores (1908), de Antônio Leal, baseado em comédias (Pega na chaleira, As aventuras de Zé
fato policial verídico, com cerca de 40 minutos de Caipora).
projeção, é considerado o primeiro filme de ficção  A maior parte é realizada por Antônio Leal e José
brasileiro, tendo sido exibido mais de 800 vezes. Labanca, na Photo Cinematographia Brasileira.
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 A partir de 1930, a infra-estrutura para a  ATLÂNTIDA - Fundada em 1941 por Moacir Fenelon,
produção de filmes se sofistica com a Alinor Azevedo e José Carlos Burle, estréia com
Moleque Tião, filme que já dá o tom das primeiras
instalação do primeiro estúdio produções: a procura de temas brasileiros. Logo,
cinematográfico no país, o da companhia porém, predomina a chanchada, com baixo custo e
Cinédia, no Rio de Janeiro. Em 1941 é criada a com grande apelo popular, como Nem Sansão nem
Atlântida, que centraliza a produção de Dalila, de Carlos Manga, e Aviso aos navegantes, de
chanchadas cariocas. Watson Macedo, com Anselmo Duarte no elenco.
 Esse gênero domina o mercado até meados de 1950,
 A reação paulista acontece mais tarde com o
promovendo comediantes como Oscarito, Zé
ambicioso estúdio da Vera Cruz, em São Trindade, Grande Otelo e Dercy Gonçalves.
Bernardo do Campo.
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 VERA CRUZ - Empreendimento grandioso, a Companhia  IDENTIDADE NACIONAL - Em meados da


Vera Cruz surge em São Paulo, em 1949. Renegando a década de 50, começa a surgir uma estética
chanchada, contrata técnicos estrangeiros e ambiciona
produções mais aprimoradas, como: Floradas na serra, do nacional.
italiano Luciano Salce, Tico-tico no fubá, de Adolfo Celli, e  Nesta época são produzidos Agulha no palheiro
O canto do mar, de Alberto Cavalcanti, que volta da (1953), de Alex Viany, Rio 40 graus (1955), de
Europa para dirigir a Vera Cruz. O cangaceiro (1953), de Nelson Pereira dos Santos, e O grande momento
Lima Barreto, faz sucesso internacional, iniciando o ciclo (1958), de Roberto Santos, inspirados no neo-
de filmes sobre cangaço.
 Amácio Mazzaropi é um dos grandes salários da
realismo italiano.
companhia, vivendo o personagem caipira mais bem-  A temática e os personagens começam a
sucedido do cinema nacional. A ausência de um esquema expressar uma identidade nacional e lançam a
viável de distribuição é apontada como a principal causa semente do Cinema Novo.
do fracasso da Vera Cruz.

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 CINEMA NOVO - "Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça" é o  CINEMA MARGINAL - No final da década de 60, jovens
lema de cineastas que, nos anos 60, se propõem a realizar filmes diretores ligados de início ao Cinema Novo vão, aos
de autor, baratos, com preocupações sociais e enraizados na poucos, rompendo com a antiga tendência, em busca de
cultura brasileira. novos padrões estéticos. O bandido da luz vermelha, de
 Vidas secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos, é o precursor. Rogério Sganzerla, e Matou a família e foi ao cinema, de
Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha, e Os fuzis, de Rui Júlio Bressane, são os filmes-chave dessa corrente
Guerra, também pertencem à primeira fase, concentrada na underground alinhada com o movimento mundial de
temática rural, que aborda problemas básicos da sociedade contracultura e com a explosão do tropicalismo na MPB.
brasileira, como a miséria dos camponeses nordestinos.
 Dois autores têm, em São Paulo, suas obras consideradas
 Após o golpe de 64, a abordagem centraliza-se na classe média como inspiradoras do cinema marginal: Ozualdo Candeias
urbana, como em A falecida, de Leon Hirszman, O desafio, de
Paulo César Sarraceni, e A grande cidade, de Carlos Diegues, que (A margem) e o diretor, ator e roteirista José Mojica
imprimem nova dimensão ao cinema nacional. Marins (No auge do desespero, À meia-noite levarei sua
alma), mais conhecido como Zé do Caixão.

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 DÉCADA DE 70 - Remanescentes do Cinema Novo ou


cineastas estreantes, em busca de um estilo de maior
comunicação popular, produzem obras significativas:
São Bernardo, de Leon Hirszman; Lição de amor, de
Eduardo Escorel; Dona Flor e seus dois maridos, de
Bruno Barreto; Pixote, de Hector Babenco; Tudo bem
e Toda a nudez será castigada, de Arnaldo Jabor;
Como era gostoso o meu francês, de Nelson Pereira
dos Santos; A dama do lotação, de Neville d'Almeida;
Os inconfidentes, de Joaquim Pedro de Andrade, e
Bye, bye, Brasil, de Cacá Diegues, que reflete as
transformações e contradições da realidade nacional.
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 Pornochanchada – No esforço para reconquistar  DÉCADA DE 1990 - A extinção da Lei Sarney e


o público perdido, a "Boca do Lixo" paulista da Embrafilme e o fim da reserva de mercado
produz "pornochanchadas". Influência de filmes para o filme brasileiro fazem a produção cair
italianos em episódios, retomada de títulos quase a zero.
chamativos e eróticos, e reinserção da tradição  A tentativa de privatização da produção esbarra
carioca na comédia popular urbana, marcam na inexistência de público num quadro onde é
uma produção que, com poucos recursos, forte a concorrência do filme estrangeiro, da
consegue uma boa aproximação com o público, tevê e do vídeo.
como Memórias de um gigolô, Lua-de-mel e  Uma das saídas é a internacionalização, como
amendoim e A viúva virgem. em A grande arte, de Walter Salles Jr., co-
 No início dos anos 1980, evoluem para filmes de produzida com os EUA.
sexo explícito, de vida efêmera.
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 A partir de 1993 há uma retomada da


produção.
 Em 1994, numa parceria inédita entre
televisão e cinema, Cacá Diegues roda “Veja
Esta Canção”, com produção da TV Cultura,
de São Paulo.
 Em 1995, Carla Camurati lança "Carlota
Joaquina - Princesa do Brasil". A imprensa liga
o filme à retomada do cinema brasileiro.
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 1996 - "O Quatrilho", de Fábio Barreto, é


indicado ao Oscar de Melhor Filme
Estrangeiro.
 1997 - "O Que é Isso Comanheiro?", de Bruno
Barreto, é indicado ao Oscar de Melhor Filme
Estrangeiro. Hector Babenco concorre à
Palma de Ouro de Cannes com "Coração
Iluminado". No ano seguinte, “Central do
Brasil” concorre em diversos festivais e ao
Oscar.
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 Em 2000, O cinema brasileiro retorna depois de


11 anos à mostra competitiva do Festival de
Cannes com o longa Estorvo, de Ruy Guerra,
baseado no romance de Chico Buarque, e o curta
Três Minutos, de Ana Luíza Azevedo.
 2002 - “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles,
baseado em romance de Paulo Lins, participa
fora de concurso da seleção oficial do Festival de
Cannes, impressiona a crítica internacional e dá
início a uma bem-sucedida carreira, com público
superior a 3 milhões de espectadores no Brasil e
direitos de distribuição vendidos para 62 países.
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 Hoje o cinema brasileiro goza de bastante  http://www.webcine.com.br/historia1.htm


importância no cenário internacional,  Wikipedia
exportando diversos talentos para o cinema  Revista Superinteressante Ed. 219, nov/2005
mundial como o atores Rodrigo Santoro e  http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/
Alice Braga, e o diretor Fernando Meirelles. historia-do-cinema/historia-do-cinema-4.php
 Apresentação de aula do Prof. Luis Salles.

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