Vous êtes sur la page 1sur 27

XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa

06 a 10 de julho de 2009

Ocorrência de desertificação no Brasil 1

Arlicélio de Q. Paiva 2

1. INTRODUÇÃO

O primeiro fenômeno que contribuiu para o surgimento do termo


desertificação foi conhecido como Dust Bowl que ocorreu no meio-oeste
americano na década de 1930 (Figura 1). Esse fenômeno durou
aproximadamente 10 anos e a área atingida ficou conhecida como a grande
Bacia do Pó.

Essa área era caracterizada por solos de pouca profundidade,


pequena precipitação anual, em torno de 380 mm, e ventos fortes. Os
desmatamentos e a intensificação da exploração dos solos por meio da
agricultura e pecuária, agravados por forte seca entre os anos de 1929 e
1932, foram as causas principais do Dust Bowl. Dezenas de milhares de
agricultores nos estados de Oklahoma, Texas, Kansas, Novo México e
2
Colorado foram arruinados. Uma superfície de 388.500 km de solo seco foi
arrastada pelo vento em enormes tempestades de pó. O sol ficou totalmente
encoberto e cidades como Washington e Nova Iorque mergulharam na
escuridão. Milhares de pessoas morreram de fome ou de doenças
pulmonares. A seca obrigou igualmente mais de 350 mil pessoas a
abandonar a região e a mudar-se para outras zonas dos Estados Unidos
(McLEISH, 1997; SCHENKEL & MATALLO JÚNIOR, 2003).

Outro fenômeno importante ocorreu nos anos 1970 na região


subsaariana do Sahel, que liga o Oceano Atlântico ao Mar Vermelho através
de um corredor quase ininterrupto com largura que varia de 500 e 700 km
(Figura 2).

1
Texto para o minicurso “Desertificação” apresentado no XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada,
realizado na Universidade Federal de Viçosa, de 06 a 10/07/2009.
2
Professor do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Estadual de Santa Cruz. Rod.
Ilhéus-Itabuna, km 16. Ilhéus, BA. CEP. 45.662-000. E-mail: arli@uesc.br. Doutorando em Solos, Departamento de
Solos da Universidade Federal de Viçosa.

1
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

Figura 1. Ocorrência do Dust Bowl no meio-oeste americano na década de


1930. Fonte: fotomontagem a partir de imagens da internet.

2
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

Nessa região, cerca de 250 – 500 mil pessoas morreram de fome em


função de um período intenso de seca que durou mais de uma década e
comprometeu seriamente a base agrícola de Níger, Mali, Alto Volta, Senegal
e Mauritânia (HARI, 1992; BRASIL, [1993?]; RODRIGUES, 2000; SAADI,
2000).

Depois da ocorrência desses dois fenômenos, a comunidade


internacional começou a discutir sobre o assunto e mencionou tal processo
como sendo desertificação, isto é, a formação de condições de tipo desértico
em áreas de clima semiárido. Esse fenômeno serviu de estímulo para a
convocação da Assembleia das Nações Unidas, em 1974, onde se discutiu
pela primeira vez sobre a desertificação (HARE, 1992) e decidiu-se pela
realização de uma Conferência Mundial sobre Desertificação, em Nairobi,
Quênia, em agosto/setembro de 1977 (CONTI, 2008).

Figura 2. Localização da região do Sahel, no continente Africano.


Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Map_sahel.jpg >

3
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

2. CONCEITO

De acordo com Convenção das Nações Unidas de Combate à

Desertificação (PNUD, [1993?]), “por desertificação entende-se a


degradação da terra nas zonas áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas,
resultantes de vários fatores, incluindo as variações climáticas e as atividades
humanas”.

O conceito de desertificação não deve ser confundido com o de


deserto, nem tampouco com o de degradação.

De acordo com Conti (2008), no deserto o clima é árido, com


precipitação média anual menor do que a evapotranspiração potencial,
resultando em escassez de água e baixa atividade biológica. Em geral, os
desertos são pouco habitados e possuem um núcleo com severa aridez, com
entorno menos seco, composto por uma faixa transicional subúmida.

A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação define


a degradação da terra como a redução ou perda da produtividade biológica
ou econômica das terras agrícolas devido aos sistemas de utilização da terra
a erosão do solo causada pelo vento e/ou pela água; a deterioração das
propriedades físicas, químicas e biológicas ou econômicas do solo, e a
destruição da vegetação por períodos prolongados.

Portanto, o processo ocorrido nas regiões de Alegrete no Rio Grande


do Sul e de Jalapão no Tocantins não deve ser denominado de
desertificação, pois se trata de uma intensa degradação dos solos originados
a partir de depósitos areníticos, de ocorrência natural, sendo que em Alegrete
é intensificada pela atividade antrópica (SCHUMACHER, 2000). O termo
mais apropriado para estes casos é arenização, que foi proposto para os
areais do Rio Grande do Sul (SUERTEGARAY, 1998).

4
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

Essas áreas não apresentam características de aridez e são


consideradas como Áreas de Atenção Especial pelo Mapa de Ocorrência de
Desertificação no Brasil (SAADI, 2000; SUERTEGARAY, 2003).

O Atlas Mundial da Desertificação foi elaborado a partir da fórmula de


Thornthwaite, modificada em 1952 por Penman, que define o grau de aridez
(Quadro 1) de uma determinada região (MATALLO JÚNIOR, 2000).

O índice de aridez (IA) de uma região é definido pela razão entre a


quantidade de água advinda da chuva (P) e da perda máxima possível de
água pela evapotranspiração (ETP) (MATALLO JÚNIOR, 2000; SAADI, 2000;
SCHENKEL & MATALLO JÚNIOR, 2003).

Quadro 1. Classificação climática com base no índice de aridez

Índice de aridez Classificação


< 0,05 hiperárido
0,05 – 0,20 árido
0,21 – 0,50 semiárido
0,51 – 0,65 sub-úmido seco
> 0,65 sub-úmido e úmido

Portanto, o processo de desertificação só é passível de ocorrer em


regiões com índice de Aridez inferior a 0,65. Com isso, esse índice limita a
desertificação no Brasil apenas para o Nordeste e Norte de Minas Gerais
(SAMPAIO et al., 2003).

5
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

3. CAUSAS DA DESERTIFICAÇÃO

A desertificação tem sua origem em interações complexas de fatores


físicos, biológicos, políticos, sociais, culturais e econômicos (ONU, 1994).
A contribuição da natureza para o processo de desertificação é
consensual e cientificamente comprovado (SAADI, 2000). O agravamento da
seca nas últimas décadas, nas regiões com problema de aridez, tem sido
relacionado de maneira ainda não muito precisa com o fenômeno El Niño
(SAADI, 2000, PAN-BRASIL, 2004).

Todo o uso de terras localizadas em regiões secas que não levar em


consideração a sensibilidade dos ecossistemas e a sua fragilidade quando
usadas pelo homem, significará um impacto que conduzirá à desertificação,
uma vez que esses ecossistemas apresentam um equilíbrio delicado, em
especial, durante à seca (HARE, 1992).

Além dos fatores ambientais que favorecem a degradação das terras e


o surgimento da desertificação, a pobreza e a insegurança alimentar são
consideradas como causas e, ao mesmo tempo, conseqüências da
desertificação (PAN-BRASIL, 2004).

Em estudo desenvolvido sobre desertificação e pobreza no Semiárido


do Nordeste brasileiro, Lemos (2000) encontrou uma forte relação entre
níveis elevados de pobreza e degradação ambiental que levam à
desertificação.

De acordo com PAN-Brasil (2004), a área afetada pela seca no mundo


teve um aumento de mais de 50% durante o século XX, enquanto que as
áreas úmidas permaneceram relativamente sem alterações. Com o
agravamento da seca, a população afetada passou a adotar estratégias de
sobrevivência que culminaram na excessiva pressão sobre os recursos
naturais, provocando a degradação desses recursos.

Com o crescimento da população e da densidade populacional, mais


pessoas precisam de alimentos, energia e outros recursos naturais. Isso

6
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

implica no cultivo de novas terras, quase sempre com menor capacidade de


suporte ou, o mais comum, no aumento da intensidade de cultivo das terras
já cultivadas, contribuindo para a ocorrência de desertificação (BRASIL,
[1993?]; McLEISH, 1997).

A inadequação dos sistemas produtivos também contribui para a


ocorrência de desertificação (BRASIL, [1993?]). A estimativa mundial para a
desertificação causada pelos efeitos conjuntos do pastoreio excessivo,
salinização das terras provocada pela irrigação e pelo uso agrícola intensivo
é de 60.000 a 100.000 km2/ano, resultando em perdas econômicas e custo
de combate e recuperação estimados em dezenas de bilhões de dólares
(MATALLO JÚNIOR, 2000; SAADI, 2000).

A pecuária extensiva provoca a completa retirada da cobertura vegetal


e a compactação do solo, contribuindo, dessa forma, para a degradação do
solo que provoca a desertificação.

Durante os períodos de seca mais intensa, quando não ocorre a


brotação das pastagens, os rebanhos alimentam-se de plantas que compõem
a vegetação nativa, inclusive dos frutos e das sementes, provocando um
esgotamento da biodiversidade (McLEISH, 1997; MENDES, 1994 citado por
MATALLO JÚNIOR, 2000) e exposição do solo ao processo erosivo.

De modo geral, os grandes projetos de irrigação existentes nas regiões


áridas de todo o mundo, são implantados por empresas multinacionais que
estão interessadas principalmente na obtenção de grandes lucros. Quando
não planejados de forma adequada, esses projetos podem provocar a
salinização de extensas áreas, o abandono das terras, a morte da vegetação
e o surgimento da desertificação (HARE, 1992; McLEISH, 1997).

Segundo Rodrigues (2000), as atividades de irrigação e agroindústria


existentes nos vales dos rios Jaguaribe e São Francisco e em grandes
açudes do Nordeste brasileiro têm provocado impactos ambientais com
sérias conseqüências de erosão e salinização.

7
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

Embora as terras áridas e semi-áridas tenham, de modo geral, uma


fertilidade natural razoável, elas apresentam uma utilização restrita em função
da fragilidade do ambiente. Por essa razão, a prática do pousio é utilizada de
modo eficiente para proteger os solos dessas regiões (McLEISH, 1997).
Contudo, a agricultura intensiva, com o uso excessivo de máquinas e
equipamentos agrícolas, tem sido a principal responsável pelo avanço da
desertificação no mundo (OLIVEIRA, 2000).

A recente integração das economias das regiões com problema de


aridez aos mercados nacionais e internacionais vem estimulando uma maior
exploração dos recursos para atender às crescentes demandas (BRASIL,
[1993?]), contribuindo para a ampliação das áreas de desertificação
(McLEISH,1997).

8
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

4. DESERTIFICAÇÃO NO MUNDO

Em condições naturais, os avanços e os recuos da desertificação nas


proximidades das regiões semi-áridas ocorrem desde os últimos 40 milhões
de anos. A transformação do Saara no deserto da forma que é conhecida
atualmente ocorreu há 4.000 – 5.000 anos, em função de uma mudança
abrupta da circulação atmosférica geral (SAADI, 2000).

A degradação das terras e a desertificação atingem cerca de 33% da


superfície do planeta (HARE, 1992; SCHENKEL & MATALLO JÚNIOR, 2003)
e 70% das regiões com problemas de aridez (RODRIGUES, 2000 ; SAADI,
2000).

A UNESCO elaborou um mapa das áreas com risco de ocorrência de


desertificação no mundo, considerando as classes: Muito Alto, Alto e
Moderado risco de ocorrência (Figura 2).

Figura 2. Mapa de risco desertificação no mundo.

9
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

A população atingida pelo processo de desertificação varia de 300


milhões (SAADI, 2000) a 785 milhões (RODRIGUES, 2000), podendo atingir
cerca de 2,6 bilhões de pessoas (PAN-BRASIL, 2004).

Cerca de 5 bilhões de hectares de terras em mais de 100 países


podem ser afetados direta ou indiretamente pela desertificação. O total de
terras do planeta e suas respectivas áreas por tipo climático é apresentado
no Quadro 2 (HARE, 1992, MATALLO JÚNIOR, 2000).

De acordo com Schenkel & Matallo Júnior (2003), existem diferenças


nas metodologias adotadas para avaliar a quantidade de terras áridas
degradadas em todo o mundo. No entanto, o PNUMA utiliza aquela que leva
em consideração as áreas que ocorre degradação da vegetação, mesmo que
não ocorra degradação do solo (Quadro 3).

Quadro 2. Extensão de áreas (1.000 km2) no mundo em função do tipo


climático

Clima África Ásia Austrália Europa América América Total


do Norte do Sul
Hiper árido 6.720 2.770 0 0 30 260 9.780
Árido 5.040 6.260 3.030 110 820 450 15.710
Semiárido 5.140 6.930 3.090 1.050 4.190 2.650 23.050
Sub-úmido 2.690 3.530 510 1.840 2.320 2.070 12.960
seco
Total 19.590 19.490 6.630 3.000 7.360 5.430 61.500
Área total do 30.335 43.508 8.923 10.498 25.349 17.611 136.224
continente

10
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

Quadro 3. Áreas afetadas pela desertificação no mundo em função do tipo de


degradação

% do total de
Tipos de áreas degradadas km2 terras secas

1. Por irrigação 430.000 0,8

2. Por agricultura de sequeiro 2.160.000 4,1

3. Pecuária (solo e vegetação) 7.570.000 14,6

4. Áreas secas degradadas por ação antrópica (1+2+3) 10.160.000 19,5

5. Pastoreio (apenas degradação da vegetação) 25.760.000 50,0

6. Total das áreas secas degradadas 35.920.000 69,5

A maioria das áreas afetadas pela desertificação no mundo coincide


com os maiores bolsões de pobreza nos países em desenvolvimento, onde
as conseqüências são trágicas, particularmente nos países africanos (ONU,
1994).

11
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

5. DESERTIFICAÇÃO NO BRASIL

O pioneiro nos estudos da desertificação no Brasil foi o professor e


agrônomo João Vasconcelos Sobrinho da Universidade Federal de
Pernambuco, que na década de 1970 já alertava que no semiárido estava
surgindo "um deserto com todas as características que conduziriam à
formação dos grandes desertos existentes em outras regiões do globo"
(RODRIGUES, 2000; PAN-BRASIL, 2004; TRINTA, 2006).

As áreas de ocorrência de desertificação no Brasil são aquelas


enquadradas no polígono das secas do Nordeste Brasileiro (MATALLO
JÚNIOR, 2000).

A região Nordeste do Brasil tem uma área de 1,5 milhão de km2,


correspondente a 18% do total do território brasileiro. A população estimada
pelo censo do IBGE de 1990 é de 43 milhões de habitantes, correspondendo
a 28,5% do total do país. O semiárido compõe cerca de 60% da área total do
Nordeste (MAGALHÃES & GLANTZ, 1992).

As temperaturas médias anuais da porção seca do Nordeste são


elevadas, com variação de 27 a 29 oC, e são relativamente constantes
(AB’SABER, 1996). As taxas de evaporação são altas, com baixa umidade
relativa do e ar forte insolação (JACOMINE, 1996), atingindo 2.800 horas
anuais (MATALLO JÚNIOR, 2000).

Cerca de 181.000 km2 de terras da região semi-árida do Nordeste


encontram-se em processo de desertificação. Essa área corresponde à cerca
de 20% do total do semiárido brasileiro (ACCIOLY, 2000).

O primeiro mapa de susceptibilidade à desertificação no Brasil (Figura


3) foi elaborado pelo núcleo de estudos da desertificação da UFPI (DESERT),
a partir da fórmula de Thornthwaite, que define o grau de aridez. A
susceptibilidade é muito alta quando o grau de aridez varia de 0,05 a 0,20;

12
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

alta de 0,21 a 0,50 e moderada de 0,51 a 0,65 (SCHENKEL & MATALLO


JÚNIOR, 2003).

Figura 3. Mapa de susceptibilidade à desertificação no Brasil.

O núcleo DESERT adota uma metodologia com base em 19


indicadores qualitativos, com base na qual foi construído o diagnóstico da
desertificação no Brasil (Quadros 4 e 5 e Figura 4).

13
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

Quadro 4. Áreas e população afetadas pela desertificação no Nordeste


brasileiro

Grau de População
Área km2 População Área (%)
comprometimento (%)

Muito grave 52.425 1.378.064 4 4

Grave 247.831 7.835.171 20 21

Moderada 365.287 6.535.534 31 18

Área total 665.543 15.748.769 55 43

Quadro 5. Ocorrência da desertificação por estado do Nordeste brasileiro

Estado População Área Áreas de ocorrência (%)

(1.000) (km²) Muito grave Grave Moderada Total

Alagoas 2.512 27.689 ---- 13,81 26,58 40,4

Bahia 11.801 567.295 ---- 8,01 38,28 46,3

Ceará 6.362 145.184 12,92 27,79 19,04 59,8

Paraíba 3.200 56.372 29,03 15,28 26,03 70,3

Pernambuco 7.122 98.507 ---- 51,36 23,87 75,2

Piauí 2.581 251.273 5,30 24,19 27,68 57,2

R. G. do Norte 2.414 53.166 7,50 58,32 14,70 80,5

Sergipe 1.491 21.862 ---- ---- 31,36 31,4

14
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

Figura 4. Mapa de ocorrência de desertificação no Brasil.

Na região do semiárido do Nordeste, de modo geral, observa-se


avançado processo de desertificação. Os estados do Ceará e Paraíba
possuem o maior percentual de área em processo de desertificação muito
grave.

A desertificação no Nordeste manifesta-se de maneira difusa, atingindo


diferentes níveis de degradação do solo, da vegetação e dos recursos
hídricos, e de maneira concentrada, com intensa degradação dos recursos
naturais (BRASIL, [1993?]).

As regiões afetadas por degradação muito intensa devem merecer


uma atenção especial. Nessas áreas estão localizados os núcleos de
desertificação e, praticamente, atingiram um grau irreversível: Gilbués-PI,
Cabrobó-PE, Irauçuba-CE e Seridó-RN (SAADI, 2000).

15
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

Esses núcleos têm em comum o desmatamento indiscriminado, as


queimadas e o pastoreio de caprinos e ovinos acima da capacidade de
suporte do ambiente (ACCIOLY, 2000).

Apenas dois desses núcleos, Seridó-RN e Cabrobó-PE, estão


localizados em áreas de ocorrência muito grave de desertificação. Os outros
dois, Gilbués-PI e Irauçuba-CE, estão localizados em áreas consideradas
como de ocorrência moderada. Em função dessa contradição, as
características geoambientais naturais devem predominar no momento da
escolha da localização dos núcleos de desertificação (SAADI, 2000), já que
não existe uma metodologia de consenso.

Os solos predominantes em Gilbués-PI são Latossolo, Neossolo


Quartzarênico e Argissolo, a vegetação é do tipo campo cerrado e ocorrem
erosões eólica e hídrica (ACCIOLY, 2000). A atividade mineradora na região
também contribui para a ocorrência de desertificação (PAN-BRASIL, 2004).

Nos demais núcleos, há ocorrência de Luvissolo Crômico, Neossolo


Litólico e Planossolo. A vegetação é do tipo caatinga hiperxerófila e ocorre
erosão hídrica (ACCIOLY, 2000).

No núcleo do Seridó-RN, o problema da desertificação é agravado pela


retirada de lenha para atender a demanda de cerca de 70 olarias, pela
atividade mineradora e extração de argila dos Neossolos Flúvicos (ACCIOLY,
2000; PAN-BRASIL, 2004). No núcleo de Cabrobó-PE, a salinização dos
solos nas margens do rio São Francisco tem certa importância na ocorrência
da desertificação nessa região.

Um estudo realizado pelo CEPED (1979) na Bahia identificou uma


área em processo de desertificação, localizada na parte do baixo rio São
Francisco, no sertão de Paulo Afonso e nos tabuleiros de Euclides da Cunha
e Jeremoabo.

Um levantamento preliminar, feito por Aouad & Condori (1986),


também aponta a presença da desertificação na mesma região do estado
onde, em alguns trechos, chove pouco mais de 300 mm por ano. Os solos

16
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

encontrados nessa região são pouco profundos e mal drenados, como


Neossolo Litólico, Luvissolo Crômico e Planossolo Nátrico, ou profundos e
excessivamente drenados como Neossolo Quartzarênico.

Na década de 1990, estudos realizados pelo núcleo DESERT da UFPI,


apontaram a substituição da caatinga pela agricultura e pecuária como
responsável pela ocorrência de desertificação na região do Sertão do São
Francisco na Bahia (PAN-BRASIL, 2004).

Existem diversas outras regiões com susceptibilidade e/ou com


ocorrência de desertificação na Bahia, mas nenhuma delas com uma
gravidade semelhante à região de Rodelas, onde o problema de aridez é
acentuado, com predominância de Neossolos Quartzarênico e vegetação
formada por caatinga hiperxerófila.

Nessa região existe um deserto conhecido como o Deserto de


Surubabel (PAIVA et al., 2007) com cerca de 400 hectares, formado por
dunas com mais de cinco metros de altura. Além dessa, existem diversas
outras áreas em processo de desertificação.

Figura 5. Dunas com mais de cinco metros de altura no deserto de Surubabel


em Rodelas – BA (Foto: Quintino R. Araújo, 2005). Fonte: Paiva et al. (2007).

17
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

6. CONSEQUÊNCIAS DA DESERTIFICAÇÃO

A desertificação e a seca afetam o desenvolvimento sustentável pela


relação que mantém com problemas sociais importantes, como a pobreza; a
saúde e a nutrição deficientes; a falta de segurança alimentar; e os
problemas derivados da migração e da dinâmica demográfica (ONU, 1994).

A degradação das terras secas causa sérios prejuízos econômicos,


agrava os problemas sociais e causa desequilíbrios ambientais (BRASIL,
[1993?]).

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente


(PNUMA), os custos com as perdas por desertificação são estimados em
US$ 7,00/ha/ano para as áreas de pastos nativos, US$ 50,00/ha/ano para a
agricultura de sequeiro e US$ 250,00/ha/ano para agricultura irrigada. Já os
custos de recuperação das áreas degradadas são bem mais elevados.
Estima-se que seriam necessários US$ 50,00/ha/ano para a recuperação de
pastos nativos, US$ 250,00 ha/ano para áreas de agricultura de sequeiro e
US$ 2.000,00/ha/ano para áreas salinizadas (SCHENKEL & MATALLO
JÚNIOR, 2003).

Onde quer que ocorra, a desertificação afeta toda a comunidade


mundial. No entanto, o maior impacto da desertificação é nas regiões onde
ela ocorre, cuja população depende das terras áridas. Com isso, piora as
condições de pobreza, aumentando a desnutrição e a ocorrência de doenças
(HARE, 1992).

Os impactos ambientais são destruição da biodiversidade, diminuição


da disponibilidade dos recursos hídricos e diminuição da qualidade dos solos.
Esses fatores reduzem a produtividade agrícola e geram impactos sobre a
população (BRASIL, [1993?]).

18
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

7. ALGUMAS METODOLOGIAS DE PESQUISA EM DESERTIFICAÇÃO

Segundo Rodrigues (2000), ainda não existe uma metodologia de


consenso para diagnosticar a desertificação.

No entanto, a metodologia utilizada para diagnosticar a desertificação


no Brasil, considera uma matriz composta por 19 indicadores de
desertificação: densidade demográfica; sistema fundiário; mineração;
qualidade da água; salinização; tempo de ocupação; mecanização;
estagnação econômica; “pecuarização”; erosão; perda de fertilidade; área de
preservação; defensivos agrícolas; área agrícola; bovinocultura;
caprinocultura; ovinocultura; evolução demográfica e susceptibilidade à
desertificação (SCHENKEL & MATALLO JÚNIOR, 2003).

De acordo com a metodologia, as áreas que não ocorre desertificação


são aquelas que apresentam menos de 6 dos 19 indicadores. As de
ocorrência moderada, apresentam de 6 a 10 indicadores, as áreas graves
apresentam de 11 a 14 indicadores e as áreas muito graves são aquelas que
possuem 15 ou mais indicadores (RODRIGUES, 2000).

Embora existam diversos questionamentos a respeito da utilização do


Índice de Aridez para definir as áreas de potencial ocorrência de
desertificação, Sampaio et al. (2003) afirmam ele é o mais preciso, uma vez
que é o único a utilizar variáveis quantitativas.

Avaliando os estudos de desertificação no Nordeste, Sales (2002)


observa que apesar da divergência de metodologias empregadas, os
trabalhos realizados em grandes áreas que utilizam dados climáticos e
técnicas de geoprocessamento que incluem vegetação, solo, entre outros,
são mais compatíveis com a realidade. Já aqueles desenvolvidos em áreas
menores, devem utilizar de dados mais precisos, envolvendo levantamentos
microclimáticos, degradação dos solos, dinâmica da vegetação, entre outros.

A metodologia utilizada para a preparação de mapas continentais da


desertificação adota as classes descritas por Dregne (1986), quias sejam:

19
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

1. Ligeira: quando ocorre pouca ou nenhuma degradação do solo e da


cobertura vegetal.
2. Moderada: quando cerca de 26 a 50 % da vegetação é composta por
espécies clímax ou; perda de 25 a 75% do horizonte superficial do solo
ou; 10 a 50% de redução das colheitas provocada pela salinidade do
solo.
3. Severa: quando cerca de 10 a 25% da vegetação é composta por
espécies clímax ou; perda completa ou quase completa do horizonte
superficial do solo ou; redução de mais de 50% das colheitas
provocada por salinidade controlável pela drenagem e pela lixiviação.
4. Muito severa: quando menos de 10% da vegetação é composta por
espécies clímax ou; quando a área tem muitas dunas de areia ou
sulcos profundos ou; os solos irrigados apresentam permeabilidade
muito lenta em função da presença de crostas de sal.

Paixão et al. (2009) elaboraram um mapa de susceptibilidade à


desertificação para a região Nordeste da Bahia (Figura 6) a partir do Índice de
Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI) de imagem de satélite e de
levantamento de informações no campo.

Souza et al. (2004), desenvolveram estudo sobre desertificação na


bacia hidrográfica do Rio Taperoá na Paraíba, utilizando informações
climáticas (T, P, E, e ETP) , biológicas (vegetação), hidropedológicas (classes
de solos, água do solo, balanço hídrico) e socioeconômicas (população,
pecuária, lavoura, desmatamento). Em linhas gerais os autores concluíram
que desertificação não é homogênea em toda região; a ação antrópica e a
inadequação dos sistemas produtivos contribuíram para a aceleração dos
processos de desertificação na região.

20
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

Figura 6. Índice de Vegetação da Diferença Normalizada de áreas


susceptíveis à desertificação na região Nordeste da Bahia. Fonte:
Paixão et al. (2009).

Também na Paraíba, Alves & Rocha (2007) estudaram a desertificação


no município de Picuí (Figura 7), utilizando indicadores climáticos (P,
Insolação, ET), sociais (geração, taxa de mortalidade infantil, nível
educacional), econômicos (renda per capita) e outros (uso do solo agrícola),
considerados pelos autores como “de situação”. Utilizaram também os
seguintes indicadores considerados como “de desertificação”: biológicos
(variáveis da vegetação), físicos (erosão, redução da disponibilidade hídrica),
agrícolas (rendimento dos cultivos e da pecuária) e outros (densidade
demográfica).

21
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

Figura 7 - Níveis de Desertificação no município de Picuí-PB. Fonte: Alves &


Rocha (2007).

Rodrigues et al. (2007), elaboraram um mapa de propensão à


desertificação no Estado do Ceará, onde utilizaram os seguintes indicadores
econômicos: renda per capita, consumo de energia elétrica, nível de atividade
da população e estrutura financeira dos municípios (Figura 8). Os autores
concluíram que a baixa renda do município ao potencializar a ação antrópica
sobre o meio ambiente age como um sério estimulador da propensão à
desertificação.

22
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

Figura 8. Índice de Propensão à Desertificação segundo os aspectos


econômicos, Ceará. Fonte: RODRIGUES et al. (2007).

Rodrigues (2000) considera que existem poucas variáveis


consideradas como boas para o estudo da desertificação, que tenham dados
espaciais e temporais representativos, disponíveis e de fácil acesso.

23
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A desertificação atinge as regiões com problema de aridez no mundo


todo. Mas, em nenhuma delas, as condições de sobrevivência humana são
tão difíceis, com alto grau de miserabilidade, como no continente africano.

No Brasil, as regiões Nordeste e Norte de Minas Gerais, que estão


localizadas no polígono das secas, são muito susceptíveis à ocorrência da
desertificação. Cerca de 20% dessas regiões já estão atingidas pela
desertificação.

O ambiente naturalmente frágil da caatinga, pelas condições de clima


e de solo, vem sofrendo degradação pela ação antrópica. Essa ação, que
muitas vezes ocorre em busca da sobrevivência, gera um perigoso ciclo de
miséria porque o ambiente fica cada vez mais hostil para a permanência
humana nessa região, que aumenta mais ainda a pressão sobre esse bioma.

Apesar de não ter uma metodologia de consenso, o estudo da


desertificação vem sendo desenvolvido nos últimos tempos por diversos
pesquisadores, utilizando indicadores relacionados ao clima, solo, vegetação,
geomorfologia, sócio-economia, entre outros.

24
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

9. REFERÊNCIAS

AB’SABER, A. Domínios morfoclimáticos e solos do Brasil. In: O solo nos


grandes domínios morfoclimáticos do Brasil e o desenvolvimento
sustentável. (ALVAREZ V. et al., eds.). Viçosa, MG: SBCS/UFV. 1996. p. 1 –
18.

ACCIOLY, L. J. O. Degradação do solo e desertificação no Nordeste do


Brasil. Boletim informativo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo,
Viçosa-MG, v. 25, n. 1, p. 23 – 25, 2000.

ALVES, G. S. & ROCHA, J. G. A desertificação no município de Picuí-PB: o


geoprocessamento aplicado a um diagnóstico ambiental. In: CONGRESSO
DE PESQUISA E INOVAÇÃO DA REDE NORTE NORDESTE DE
EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA, II, 2007, João Pessoa-PB. Anais... 2007, João
Pessoa-PB. 2007.

AOUAD, M. S.; CONDORI, R. V. Desertificação na Bahia: levantamento


preliminar de áreas vulneráveis. In: Seminário sobre desertificação no
Nordeste (documento final). Brasília: SEMA/SPL – Coord. de Monitoramento
Ambiental, 1986. P. 128 – 147.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia


Legal. Desertificação: caracterização e impactos. Projeto BRA 93/036 –
Elaboração de uma estratégia e do Plano Nacional de Combate à
Desertificação, [1993?]. 8p.

CEPED. Diagnóstico preliminar do processo de desertificação no estado


da Bahia. Volume II. Salvador – BA: Ceped, 1979. 59p.

CONTI, J. B. O conceito de desertificação. Climatologia e Estudos da


Paisagem, Rio Claro, v. 3, n. 2, 2008. p.39-52.

DREGNE, H. E. Desertification of arid lands. In: EL-BAZ, F.; HASSAN, M. H.


A. (eds.). Physics of desertification. Dordrecht, The Netherlands: Martinus,
Nijhoff, 1986. Disponível em: <http://www.ciesin.org/docs/002-193/002-
193.html> Acesso em: 18 jun. 2009.

HARE, F. K. et al. Desertificação: causas e conseqüências. 1a. ed.


Tradução BARROS, H; AZEVEDO, A. L. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1992.
678p.

JACOMINE, P. K. T. Solos sob caatingas – características e uso agrícola. In:


O solo nos grandes domínios morfoclimáticos do Brasil e o
desenvolvimento sustentável. (ALVAREZ V. et al., eds.). Viçosa, MG:
SBCS/UFV. 1996. p. 95 – 111.

25
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

LEMOS, J. J. S. Desertificação no Semiárido do Nordeste. In: Agricultura,


Sustentabilidade e o Semiárido. Oliveira, T. S. et al. (eds). Fortaleza:
UFC/SBCS, 2000. p. 114-136.

MAGALHÃES, A. R. & GLANTZ, M. H. Droughts in Brazil´s Northeast. In:


Socioeconomic impacts of climate variations and policy responses in
Brazil. MAGALHÃES, A. R. & GLANTZ, M. H., eds. Brasília: Esquel Brazil
Fundation, 1992. p. 15 – 20.

MATALLO JÚNIOR, H. A desertificação no Brasil. In: Agricultura,


Sustentabilidade e o Semiárido. Oliveira, T. S. et al. (eds). Fortaleza:
UFC/SBCS, 2000. p. 89-113.

McLEISH, E. A expansão dos desertos. 3 ed. Tradução PORTO, , M. T. B.;


CAMPOS, D. C. São Paulo: Scipione. 1997. 48p.

OLIVEIRA, M. O Nordeste no mapa mundi da desertificação. Boletim


informativo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa-MG, v.
25, n. 1, p. 18-20, 2000.

ONU – Naciones Unidas. Asamblea General de 12 de septiembre de 1994.


Disponível em: http://www.iicadesertification.org.brimagemnoticiaFile
Publicacoesconv-spa.pdf>. Acesso em 27 jul 2006.

PAIVA, A. Q. et al. O deserto de Surubabel na Bahia. Bahia Agríc., v.8, n. 1,


2007. p. 21-23.

PAIXÃO, F. E.; VALE, R. M. C.; LOBÃO, J. S. B. Reconhecimento e


mapeamento de áreas susceptíveis à desertificação no Nordeste da Bahia.
In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, XIV, 2009,
Natal. Anais... Natal: INPE, 2009. p.4195-4200.

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO –


PNUD. Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação nos
países afetados por seca grave e/ou desertificação, particularmente na
África. Brasília: MMA, [1993?]. 89p.

Programa de ação nacional de combate à desertificação e mitigação dos


efeitos da seca: PAN-Brasil. Brasília: Ministério do meio Ambiente/Secretaria
de Recursos Hídricos, 2004. 213p.

RODRIGUES, M. I. V. et al. A Propensão à Desertificação nos municípios do


Estado do Ceará segundo os aspectos econômicos locais. In: CONGRESSO
DA SOCIEDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA
RURAL - SOBER, XLV, 2007, Londrina-PR. Anais... Londrina-PR: SOBER,
2007. v. Único.

RODRIGUES, V. Desertificação: problemas e soluções. In: Agricultura,


Sustentabilidade e o Semiárido. Oliveira, T. S. et al. (eds). Fortaleza:
UFC/SBCS, 2000. p. 137-164.

26
XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, Universidade Federal de Viçosa
06 a 10 de julho de 2009

SAADI, A. Os sertões que viram desertos. Boletim informativo da


Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa-MG, v. 25, n. 1, p. 10-17,
2000.

SALES, M. C. L. Evolução dos estudos de desertificação no Nordeste.


Geousp – espaço e tempo, n. 11, 2002. P115-126.

SAMPAIO, E. V. S. B. et al. Desertificação no Brasil. Recife: Ed.


Universitária da UFPE, 2003. 202p.

SCHENKEL, C. S. & MATALLO JÚNIOR, H. (org.) Desertificação. 2. ed.


Brasília: UNESCO, 2003. 82p.

SCHUMACHER, M. V. “Deserto de Alegrete” – florestas, uma alternativa de


controle? Boletim informativo da Sociedade Brasileira de Ciência do
Solo, Viçosa-MG, v. 25, n. 1, p. 21-23, 2000.

SOUZA, B. I.; SILAN, A. M. B. P.; SANTOS, J. B. Contribuição ao estudo da


desertificação na Bacia do Taperoá. Revista Brasileira de Engenharia
Agrícola e Ambiental, v.8, n.2/3, p.292-298, 2004.

SUERTEGARAY, D. M. A. Desertificação: recuperação e desenvolvimento


sustentável. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. da. (Org.). Geomorfologia
e meio ambiente. 4 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. p. 249-289.

SUERTERARAY, D. M. A. Deserto grande do Sul – controvérsia. 2. ed.


Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 1998. 109p.

TRINTA milhões de brasileiros ameaçados. O Estado de São Paulo. São


Paulo, 05 jun. 2006. Disponível em: <http://www.integracao.gov.br/
comunicacao/clipping/corpo.asp?id=31613>. Acesso em 27 jul. 2006.

27

Vous aimerez peut-être aussi